(Quem quiser, ponha para carregar e dê play quando aparecer a notinha! Música!)
Seus olhos ardiam por conta da grande quantidade de lágrimas que derramara, e sua visão, completamente turva, foi perdida por alguns instantes.
Encostou-se na parede, sentindo a tristeza e a raiva correndo juntas por suas veias, chegando ao seu coração e lhe fazendo apertar fortemente a alça da bolsa que carregava.
Cada célula de seu corpo gritou por algo que ela não sabia bem o quê, mas que decidiu entender como álcool, muito álcool.
Era patético e covarde resolver as coisas assim, mas quando se é uma ‘’rainha’’ e tem o costume de ter seus poucos problemas resolvidos em um estalar de dedos, você não sabe bem como agir diante de uma tempestade tão grande como era aquela.
As imagens da cena que acabara de presenciar invadiram sua mente, dando a uma vontade incontrolável de gritar.
Apertou os lábios fortemente, ouvindo um cantar de pneus soar alto pela rua silenciosa.
levou as mãos aos cabelos, prendendo-os em um coque frouxo e desencostando-se da parede rapidamente, empurrando a porta à sua frente em seguida.
Reconheceu a grande limusine branca imediatamente, tendo sua certeza confirmada ao notar o garoto de olhos notáveis bater as portas e encostar-se nelas de forma despojada e arrogante, tudo ao mesmo tempo, o que a faria rolar os olhos em outra ocasião.
Os olhos do garoto passaram pelos seus pés – agora descalços -, fazendo-o arquear as sobrancelhas por alguns instantes; subiram por suas pernas, cobertas por uma meia três-quartos ; subindo mais um pouco e chegando aos lábios e olhos vermelhos da garota, que tinha a aparência chorosa.
Ele continuou imóvel, indiferente, apenas observando-a dar alguns passos em sua direção.
parou na frente de , que descruzou os braços, abrindo a porta da limusine e apontando com a cabeça para o confortável e espaçoso banco traseiro.
A garota entrou sem reclamar, o que o surpreendeu por alguns instantes, e entrou em seguida, batendo a porta e dando um aceno de cabeça ao motorista.
- Ele me trai - ouviu sua própria voz irromper o silêncio.
- Eu sei – respondeu, ainda olhando distraidamente as imagens que passavam por eles, distorcidas.
A garota soltou uma risada irônica, bufando em seguida.
- Eu deveria saber que você seria fiel a ele até em suas cachorradas.
- E você queria que eu fizesse o quê? – perguntou o garoto, ainda sem olhá-la. – Ele é meu melhor amigo e você... Bem, você a rainha e, apesar de eu ser o rei, não temos nada afetuoso nos prendendo um ao outro.
Ela rolou os olhos, fitando o rosto dele com raiva.
- Pro inferno com essa de Rainha e Rei, eu só queria não ser enganada! – Sua voz alterou-se um pouco no final da frase, e desviou seus olhos da janela para ela por uma fração de segundos, voltando-os para a janela em seguida.
- Vingue-se – sugeriu , sem emoção.
- É o que eu pretendo fazer, mas por hoje só quero esquecer a maldita cena de meu namorado e sua vadia ruiva se comendo na MINHA casa.
Os olhos de se arregalaram e ele a olhou, boquiaberto.
- Na sua casa?! – A voz dele saiu surpresa, quebrando toda a sua indiferença habitual. – Marcus tá ficando louco?
Ela não respondeu, só soltou um suspiro audível, prendendo os lábios fortemente entre os dentes.
- Vai machucar. – o olhou confusa, e ele apontou seus lábios com os olhos, fazendo-a soltá-los apenas para responder:
- E desde quando você se importa?
soltou um risinho irônico e voltou seus olhos para fora.
Uma música alta invadiu os ouvidos de assim que a limusine estacionou, fazendo-a arquear as sobrancelhas.
- Victor, Victrola – respondeu , antes mesmo de ela perguntar.
Os dois saíram do carro, adentrando o local pouco iluminado.
A boca de se abriu lentamente, e ela olhou de para as garotas seminuas no palco, incrédula.
- Uma boate burlesque, ? – Ela riu ironicamente.
- Achei que você queria esquecer as lindas cenas que presenciou, querida. – Ele sorriu de lado, parando uma das garotas e pegando dois copos, entregando um a . – E então eu me lembrei desse lugar, esquecido por mim por um tempo. Eu costumava vir aqui quando queria esquecer-me de algumas coisas.
observou-o piscar para uma das dançarinas no palco e não pode evitar rir da cena.
- Mas, ao contrário de você, eu não sou tarada, querido . – Ela riu sozinha, bebendo um gole do líquido vermelho em seu copo.
O líquido queimou sua garganta fortemente, deixando-a ligeiramente tonta.
Bebeu o todo o resto de um só gole, aprovando o efeito do mesmo.
Assoviou para uma das garotas, observando-a parar bruscamente e caminhar até eles, e pegou outro copo do mesmo líquido vermelho.
Tomou outro grande gole, notando que agora o líquido não queimava mais como no começo.
e estavam sentados em uma das espaçosas poltronas do local, que por acaso ficavam de frente para o palco, iluminado por uma fraca luz vermelha.
observava as dançarinas com um sorriso malicioso nos lábios, enquanto balançava a perna no ritmo de uma das músicas antigas que tocavam no local.
deixou um risinho baixo escapar, observando a cara de tarado dele.
- O quê? – Ele sorriu, confuso.
- Nada. – Ela balançou a cabeça negativamente. – Só a sua cara de tarado.
Ele riu alto, jogando a cabeça para trás.
- Eu sou homem, – ele disse, como se fosse obvio. – É difícil não olhar com cara de tarado pra uma garota rebolando seminua na tua frente, sabe?
Ela balançou a cabeça afirmativamente.
- Exatamente por isso que eu ri. – Ela desviou seus olhos para o palco, voltando-os novamente para . – Vocês, homens, se deixam seduzir por qualquer coisa.
Ele a olhou, ligeiramente confuso.
- Ah, , qual é? – Ela deu um tapinha na própria perna. – Olha só pra elas.
Ele o fez e voltou seus olhos para ela, como quem dizia "o que há de errado com elas?"
- Qual é a graça de ver garotas quase peladas rebolando loucamente por sua atenção? – Ele a lançou o mesmo olhar sugestivo de instantes atrás. – Não tem graça assim. Não é nem um pouco sensual, não tem clima... Não tem expectativa!
Ele voltou a rir alto, passando as mãos pelos cabelos.
- E o que você sabe sobre ser sensual, ? – Ele apontou para ela. – Falar é fácil. Queria ver você lá em cima.
tomou outro gole de sua bebida, desviando os olhos para o palco novamente.
- Não gosto que duvidem de mim, .
O rosto de se iluminou, surgindo um sorrisinho maldoso no canto dos lábios.
Suas mãos apoiaram-se no espaço entre os dois e ele encurvou-se lentamente na direção dela, vendo-a ficar imóvel.
- Eu duvido que você suba naquele palco e faça melhor que elas, – desafiou ele, em seu ouvido.
afastou-o delicadamente com a palma da mão, tomando o resto de sua bebida no copo.
Lançou um sorriso sexy na direção de , antes de levantar-se calmamente e dirigir-se à ponta do palco.
observou, divertido, chamar uma das garotas com o dedo, sussurando algo em seu ouvido e observando-a olhar em sua direção.
A garota lançou um sorrisinho a e concordou com a cabeça com .
pôs um dos pés no primeiro degrau para o palco e virou o rosto, olhando diretamente nos olhos de , que sorriu com a cena.
No exato momento em que ela havia acabado de subir todos os degraus e chegado ao palco, a música começou a tocar.
(N/A: Dê play na música!)
Her hair is Harlow gold,
(Seu cabelo é dourado Harlow) Her lips a sweet surprise
(Seus lábios uma doce supresa) Her hands are never cold
(Suas mãos nunca estão frias) She's got Bette Davis eyes
(ela tem os olhos da Bette Davis) She'll turn her music on you
(Ele colocará sua música em você) You won't have to think twice
(Você não terá que pensar duas vezes) She's pure as New York snow
(Ela é pura como a neve de Nova Iorque) She got Bette Davis eyes
(Ela tem os olhos de Bette Davis)
O ritmo um pouco inapropriado da música não impedia de ser extremamente sexy em seus movimentos, conseguindo ainda ser inocente em outros, o que só prendia ainda mais a atenção de , que a observava com os lábios levemente entreabertos.
As mãos da garota deslizavam sensualmente por seu corpo impecável, levando consigo os olhos de .
And she'll tease you,
(E ela vai provocar você,) She'll unease you
(Ela vai te inquietar,) All the better just to please you
(Tudo de melhor justamente para te agradar.) She's precocious and she knows just
(Ela é precoce, e sabe exatamente) What it takes to make a crow blush
(O que é preciso para fazer uma profissional envergonhar-se.) She got Greta Garbo stand up sighs,
(Ela tem os suspiros indiferentes de Greta Garbo,) She's got Bette Davis eyes
(Ela tem os olhos de Bette Davis.)
Seus dedos puxaram lentamente o palito que prendia seus cabelos, soltando-os e sacudindo-os, deixando alguns fios caídos sobre seu rosto propositalmente.
afrouxou o nó da gravata da escola e, olhando fixamente nos olhos de , puxou-a para cima, passando as mãos pelo tecido e caminhando lentamente na direção dele.
She'll let you take her home,
(Ela te deixará levá-la para casa,) It whets her appetite
(Isso estimula seu apetite.) She'll lay you on her throne,
(Ela te colocará no seu trono,) She's got Bette Davis eyes
(Ela tem os olhos de Bette Davis.) She'll take a tumble on you,
(Ela vai te dar um tombo,) Roll you like you were dice
(Te rolar como se você fosse dados) Until you come at blue,
(Até que você fique deprimido,) She's got Bette Davis eyes
(Ela tem os olhos de Bette Davis.)
envolveu o pescoço de com sua gravata, observando seu pomo-de-adão mexer-se um pouco quando depositou um de seus pés no meio de suas pernas entreabertas.
Sorriu ao senti-lo depositar as mãos em sua cintura e livrou-se delas, dando as costas e voltando ao palco. Mas não antes de espiar bufar impaciente, por cima dos ombros.
She'll expose you, when she snows you
(Ela vai te expor, quando te enganar) Off your feet with the crumbs she throws you
(Aos seus pés com as migalhas que ela te joga.) She's ferocious and she knows just
(Ela é feroz e sabe exatamente) What it takes to make a pro blush
(O que é preciso para fazer uma profissional envergonhar-se.) All the boys think she's a spy,
(Todos os rapazes acham que ela é uma espiã,) She's got Bette Davis eyes
(Ela tem os olhos de Bette Davis.)
Os pés de subiram lentamente por suas pernas, descendo novamente e levando com eles as meias três-quartos que estava usando.
A saia curta que ela usava agora revelava belas pernas, por onde desejou arduamente passar as mãos.
acompanhou o movimento de sua cintura, engolindo em seco.
Aquela garota estava mexendo com ele, estava sim.
Ela enfiou as mãos por dentre os longos cabelos soltos e subiu-os sensualmente, levantando os olhos – que antes estavam direcionados para o chão – até .
Ela sorriu da forma mais provocante que conseguiu e virou-se de costas, ainda mexendo os quadris no ritmo da música.
Passou as mãos pelas pernas, exatamente como ele agora desejava loucamente estar fazendo, subindo para os quadris e cintura e abriu os primeiros botões da camisa social, virando o rosto de lado e observando mexer-se desconfortavelmente em seu lugar.
Continuou com o rosto virado, querendo observar a pose arrogante de ir ao chão, junto com a saia que ela acabara de tirar.
Quando voltou suas mãos para a camisa e desabotoou o último dos botões, virou-se novamente para frente.
Lançou um sorriso torto para , antes de deslizar a peça pelos ombros lentamente, acabando com qualquer vestígio de sanidade que existisse no garoto.
And she'll tease you,
(E ela vai provocar você,) She'll unease you
(Ela vai te inquietar,) All the better just to please you
(Tudo de melhor justamente para te agradar.) She's precocious, and she knows Just
(Ela é precoce, e sabe exatamente) What it takes to make a pro blush
(O que fazer para um profissional se envergonhar.) All the boys think she's a spy,
(Todos os rapazes acham que ela é uma espiã,) She's got Bette Davis eyes
(Ela tem os olhos de Bette Davis)
Já se passava das 3 da manhã quando e saíram da boate. Um vento forte bateu contra o rosto da garota, levando seus cabelos para trás e fazendo-a estremecer.
aproximou-se um pouco mais e passou o braço esquerdo sobre seus ombros, apertando-a contra si.
o olhou espantada, como se ele tivesse acabado de bater nela.
- O que foi? – perguntou ele em resposta, franzindo a testa.
Ela apontou as mãos dele em seus ombros e a curta distância entre os dois com os olhos, sugestivamente.
- Eu posso ser cavalheiro de vez em quando, sabe, ? – Ele fez uma cara irônica e ela deu de ombros, ainda assustada com o gesto... gentil do garoto.
Dentro da enorme limusine não estava frio. O aquecedor esquentava o lugar, dando a uma sensação de conforto.
- Você quer ir pra casa, certo? – perguntou , incerto.
- Não. – Ela encarava o banco à sua frente, uma linha de expressão entre as sobrancelhas.
- Mas seus pais devem estar preocupados contigo. – Ele fez uma pausa. – E ele também.
- Eu não quero ir pra casa, . – o olhou suplicante. – Por favor.
encarou seus olhos por alguns instantes e, para sua surpresa, o encarou de volta.
Nunca se pode dizer ao certo o que aquele olhar significava. A intensidade, as mil palavras não ditas, mas que nunca precisaram ser ditas, afinal.
Quando os dois se deram conta, a distância entre os dois corpos não era mais a mesma, suas respirações não eram mais individuais... Eram uma só, mergulhadas uma na outra.
sentiu, pela primeira vez, algo engraçado fazer uma festa em seu estômago. Aquilo não podia ser borboletas! Era ridículo demais...
- Você não vai me beijar, vai? – A voz de cortou o silêncio.
Eles podiam sentir até seus narizes se tocando.
- Você não vai me beijar. – Ela afirmou – mais para si mesma que para ele.
- Eu... – sentiu uma enorme vontade de socar a si mesmo. Quero dizer, sua voz estava saindo falha! Assustador... – Eu vou ter que discordar de você.
sentiu se movendo mais para perto dela e, em seguida, uma das mãos de ir de encontro à sua cintura e a outra a seu pescoço, trazendo seu rosto mais para perto.
- Eu vou te beijar – disse ele, seguro. Ou pelo menos era o que ele tentava dizer a si mesmo. Ser seguro de si era algo que, pela primeira vez na vida, não se aplicava a .
Os dois se aproximaram, juntos, e iniciaram um beijo cheio de algo que ambos não conseguiam explicar.
sentiu estremecer em seus braços quando suas línguas se tocaram e, estranhamente, ele se sentiu bem com isso.
Sentiu-se bem em causar algum efeito nela.
As mãos de puxaram fortemente os cabelos de , que a apertou mais ainda contra si em resposta.
O ritmo dos dois não era calmo, eles não queriam ser calmos no que estavam fazendo. Estavam se beijando na intensidade que queriam e que precisavam.
Estavam se abraçando com uma força que podia fundi-los um ao outro... Mas era assim que necessitavam um do outro.
Aquele desejo crescente chegava a ser assustador, pois eles nunca imaginaram aquilo. Nunca se imaginaram juntos, mas parecia que haviam guardado muita coisa um pelo outro.
rompeu o beijo, mas apenas para levantar-se e posicionar uma perna de cada lado das de , sentando em seu colo.
, por outro lado, não esperou que ela se inclinasse e voltasse a beijá-lo. Puxou o corpo da garota contra si com força, forçando seus lábios contra os delas de uma forma possessiva... Que ela não ousou reclamar.
Um gemido baixo escapou pelos lábios de quando ele sentiu as mãos gélidas de adentrarem sua camisa. Apertou sua cintura fortemente em resposta, fazendo a garota sorrir entre o beijo.
puxou o lábio inferior da garota entre os dentes lentamente, arrancando agora dela um gemido incontrolável.
Decidiu provocá-la um pouco, descendo os beijos para seu pescoço.
Por onde seus lábios passavam, tinha certeza que iriam deixar marcas feias. Mas ela não queria se importar com aquilo agora. Quis muito menos quando sugou seu lóbulo lentamente, querendo na certa deixá-la surtada.
ajeitou-se no colo de e sentiu o rosto corar violentamente ao sentir a excitação do garoto mais do que evidente.
Seguida da vergonha, uma sensação de satisfação invadiu seu corpo, fazendo-a sorrir. Ela causava efeitos nele... Efeitos evidentes.
Mordeu o lábio fortemente ao sentir sugar a pele de seu pescoço com certa força, tentando reprimir outro gemido.
Os lábios dele subiram por seu pescoço, depositaram um beijo em seu queixo e subiram distribuindo beijos por todo o seu rosto, até chegar aos seus lábios, onde ele fez questão de morder.
Suas línguas voltaram a se tocar sem demora, sem precisar de permissão, acariciando uma a outra como se fossem uma só.
apertou sua cintura contra a de sugestivamente, fazendo-o soltar um gemido um tanto quanto alto.
Sorriu satisfeita e desceu suas mãos pelo peitoral dele, chegando até a barra da camisa pólo que ele usava.
Puxou-a para cima como estava querendo fazer já fazia um tempo, sem pedir permissão ou hesitar.
ajudou-a a tirar a peça, rompendo o beijo por alguns instantes e levantando os braços para facilitar o trabalho.
Não demorou muito para que a camisa social e a gravata de tomassem o mesmo rumo da camisa de e os dois voltassem a se beijar, ofegantes e desejosos.
Quando as mãos de foram de encontro ao cinto do rapaz, ele surpreendeu-a, segurando seus pulsos delicadamente.
- - ela sentiu vontade de sorrir à menção de seu apelido. – Você tem certeza?
Ela olhou nos olhos de , sentindo um frio gostoso subir por sua espinha e mais um monte daquelas sensações clichês que lemos em histórias melosas de amor. Sensações que nos deixa apavorados e alegres, tudo ao mesmo tempo.
Não sentiu vontade e ou necessidade de falar, apenas sorriu. Um sorriso verdadeiro e cheio de sentimentos que antes eram reprimidos, mas que agora estavam sendo libertos nesse mesmo sorriso.
Sorriso esse que entendeu na mesma hora, hora essa que ele não quis perder, voltando a beijá-la e impedindo-a de terminar o trabalho de abrir seu cinto. Mas esse trabalho seria feito por alguém mais tarde, de qualquer forma.
E como ele imaginara, mais tarde – ou não tão tarde assim – as mãos de se voltaram para o fecho de seu cinto, abrindo-o sem dificuldade alguma.
tirou as calças com os pés mesmo, sem querer interromper a sensação maravilhosa que era beijar a garota a sua frente.
Mais tarde a saia do uniforme da garota também foi dispensada. Estava sendo apenas uma barreira entre os dois mesmo.
parou de beijá-la, fazendo-a gemer alto em protesto.
O garoto riu gostosamente, lançando a ela um olhar que misturava malícia e carinho, tudo ao mesmo tempo, como tudo nele.
As características duplas de , que antes só a irritavam, agora eram completamente aceitas por .
Seus beijos desceram para o pescoço da garota, onde ele fez questão de deixar mais uma marca; desceram mais um pouco, distribuindo beijos por seu colo e seios e desceram para sua barriga, onde antes de começar a torturá-la com beijos e chupões lançou-a um sorriso divertido, como se adivinhasse seu fraco nesta área.
Depois de inúmeros beijos e provocações, o desejo entre os dois estava começando a se tornar incontrolável.
Isso foi evidente quando o estômago de deu uma volta completa ao sentir puxar sua calcinha para baixo sem delicadeza alguma e em seguida, quando a garota fez o mesmo com a boxer vermelha de .
Os corações, que antes já martelavam fortemente contra os peitos, pareciam que iam explodir de tão forte que batiam enquanto os dois sentiam sensações novas tomarem conta de seus corpos.
sabia que essa era a primeira vez de e tentou controlar seus movimentos ao máximo para não machucar a garota.
O que era algo inédito para ele, que sempre tratara garotas como apenas carne.
Com ela era diferente. Não que ele sempre nutrisse esse respeito por ela... Não, isso era algo novo. Toda essa explosão de sentimentos era nova e ele estava descobrindo-as com ela. Descobriu que era muito mais prazeroso dar prazer do que receber, como sempre recebia com as garotas que costumava sair, quando sentiu o corpo de relaxar sobre o seu e depois ouvi-la suspirar ruidosamente.
Descobriu que era uma sensação muito mais incrível saber que fora o primeiro de uma garota, em vez de ter certeza de que fora apenas mais um número na lista de outra.
E descobriu também que descobrir tudo isso tornava o ato de fazer amor muito mais prazeroso do que fazê-lo com alguém profissional nisso quando sentiu, logo após o de , seu corpo relaxar prazerosamente.
puxou de volta para si quando sentiu que ela tentara livrá-lo do "peso" de seu corpo e envolveu-a em seus braços, deitando no espaçoso banco da limusine e fazendo-a deitar sobre si.
E os dois adormeceram em seguida, extasiados.
É engraçado como o corpo da gente às vezes faz coisas automáticas. Naquela manhã, não acordou ouvindo alguém falando ou algum ruído. Também não foram buzinas, a luz do sol, o frio ou o calor que a despertara.
E muito menos os gritos histéricos de sua mãe.
Abriu os olhos lentamente, sentindo algo engraçado em seu estômago – que não era fome.
Apoiou-se no banco e percebeu que adormecera em cima de , que tinha os braços presos firmemente em sua cintura.
Tentou se soltar de forma que não o despertasse, mas não encontrou outro meio a não ser continuar deitada sobre seu corpo.
Permitiu-se sorrir abertamente ao observar o rosto sereno dele enquanto dormia, tão próximo ao seu.
Ajeitou-se de forma que não o incomodasse, voltando a encostar a bochecha no peito do garoto e passou seus olhos pelo carro, observando a bagunça de roupas no chão e nos bancos.
Seus olhos pararam nos vidros escuros, que estavam completamente embaçados, e algo passou por sua mente, fazendo seu largo sorriso desmanchar-se imediatamente.
lembrou-se do que havia feito na noite anterior... E com quem.
Ela havia perdido sua virgindade com , o cara que menos se importaria com isso na face da terra! E, pior, melhor amigo de seu namorado!
Que agora era ex, é claro, mas que não deixara de ter sido algo seu.
Uma sensação de culpa apoderou-se de , fazendo-a apertar os olhos fortemente.
Ela não se arrependia do que haviam feito ali, não mesmo, e isso a fazia sentir a pessoa mais burra do universo.
É claro que acordaria, daria uma olhada nela e sairia daquele carro, sem dirigi-la uma palavra sequer.
Isso era um fato, ele sempre fazia isso.
Quantas vezes não ouvira garotinhas chorando por aí, porque o cara com quem tiveram sua sonhada primeira vez agora mal lembrava-se delas?
Um medo incontrolável envolveu-a, fazendo sentir-se estúpida.
Mas ela não seria assim, ela não se lamentaria por ele. Ela era , seu nome já explicava muita coisa.
Tirou o braço de delicadamente de seu corpo, tomando cuidado para não acordá-lo.
Ela iria embora sem dizer uma palavra a ele, ela faria ele sentir o que as garotinhas sentiram.
Se é que tinha algum sentimento.
Quando seus pés tocaram o chão do carro, sentiu algo envolver sua cintura e um arrepio irritantemente forte passar por sua espinha.
puxou-a delicadamente de volta para seu peito e depositou um beijo em seu pescoço, fazendo-a estremecer.
- Bom dia – disse a voz rouca do garoto.
virou-se e pode ver um sorriso no rosto de .
Aquele sorriso a fez perceber que dessa vez tudo seria diferente. Aquele sorriso, que chegava até os olhos de , expressavam tudo o que ela sentira na noite anterior, nos braços dele.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou , mudando seu tom de voz para preocupação.
sorriu, esquecendo-se completamente de toda a besteira que havia pensado há pouco.
Ela havia conseguido, ela ainda não sabia, mas havia. Ela mudara , amolecera seu coração.
Ela, , a última das garotas que ele poderia se imaginar com.
- Nada. – Ela também sorriu, sentindo depositar um beijo carinhoso na ponta de seu nariz, fazendo-o se enrugar.
- Então - bateu as mãos, tocando o rosto de em seguida –, tá com fome?
A garota fingiu pensar por um instante, arrancando risadas do garoto.
- Estou! – gritou, pulando no pescoço dele. – Você me deixou faminta, , tenho que admitir.
lançou a ela um sorriso cafajeste, fazendo-a morder o canto dos lábios.
- E que tal se eu aumentar essa sua fome?
abriu a boca, fingindo indignação.
- Mas a minha fome é muito grande! – respondeu ela, de modo infantil. – E nós temos todo o tempo do mundo pra você tirar a minha fome.
- Temos, é? – perguntou ele, aproximando seu rosto do de . – E você promete?
- Prometo? – Ela franziu as sobrancelhas, confusa. – Prometer o quê?
- Que vai ser minha por muito tempo. – Ele beijou sua clavícula, arrancando um suspiro da garota. – Pra sempre, se possível.
Embora parecesse cedo demais para fazer tal pedido, aquilo não a assustou.
Não a assustou porque, no fundo, ela sabia que era dele, embora isso nunca ter sido evidente.
- Prometo – respondeu ela, sorrindo verdadeiramente.
Talvez aquele amor, que começou em uma boate burlesque chamada Victor, Victrola, tenha acontecido estranhamente rápido.
Mas talvez o amor, estranho e inexplicável, não precise de uma explicação lógica.
Poderia ter acontecido em uma esquina, em um parque ou até em uma boate que não se chamasse Victor, Victrola... Mas ainda sim seria, de todas as formas, estranho e inexplicável.
N/A, 04.02.2010: Oh meu Deus, que medo. Não pensem que eu estou com medo de vocês, não é isso... Ou é? rs
Bom, é a minha PRIMEIRA FIC PUBLICADA! Sempre bate aquele friozinho na barriga, certo?
Eu espero de coração que vocês gostem de Victor, Victrola!
A fic foi escrita em mais ou menos duas semanas - Tudo isso? Pois é. Bruna Rodrigues, a rainha da desorganização e indecisão, muito prazer! - e foi inspirada no episódio 01x07 de Gossip Girl (jura?!), que é o meu preferido de toda a série! –ss *-* Bluck, Né galere? /calei.
A música que toca na fic é Bette Davis Eyes, do Kim Carnes e é uma das minhas preferidas! Eu puis essa versão, que é um cover, por ela ser mais lenta e apropriada para a fic do que a versão do Kim Carnes ou da Leighton, que são mais rápidas.
Desculpem meu gosto antiquado pra músicas, mas eu não resisti! E a letra tem tudo a ver, huh?
Eu queria dedicar V.V. pra BITCH da Maria Eduarda, que sempre é a primeira a ler as minhas fics e me dizer se está boa, ruim, um lixo... Tchamo, gatinha. <3
E acabando o momento #lesbian, queria agradecer também a minha beta. Que não é qualquer beta, é A diva do FFOBS – Não precisa nem de nome (piadinha interna rs), Marii-Marii, que aceitou betar minha fic mesmo não estando disponível e por ter me dado uma super força com o script. Muito Obrigada!
Então é isso, gatinhas. Muito obrigada por cada comentário desde já, pois a fic já está finalizada e eu não vou ter oportunidade de agradecer a cada uma rs.
E, quem quiser, pode me seguir no twitter (@BruhJones) e falar comigo lá, eu vou adorar! (Já vou avisando que você pode se arrepender amargamente disso, pois eu falo mais que a mãe da cobra.)
Vejo vocês em breve, Bruh. Xx
Nota da diva do FFOBS que nem precisa de nome beta-reader: Own, essa Bruna é uma fofona *-* De nada, querida, tanto por betar a fic quanto por te ajudar com o script, foi mesmo um prazer, sério!
E, ah, quem ler a fic e achar algum erro, seja ele de script, html ou português, qualquer coisa, por favor me mande um tweet ou um e-mail! Muito obrigada, gatinhas! xxx. Marii-Marii P.S.: Eu amei a fic HOHOHOHO