“Feitos um para o outro, foram feitos um para o outro". Era o que todos diziam sobre e . Já haviam planejado pra qual faculdade iriam se inscrever, o nome dos seus quatro filhos, já haviam decidido até que iria trabalhar com o pai de e se casariam.
acordou confusa, havia sonhado com algo estranho. Ficou pensando sobre ele amanhã inteira e foi pra escola com ele ainda na cabeça. Já havia decidido o que iria fazer.
Ao chegar na lanchonete após a escola, sentou para esperar :
- Desculpe-me pelo atraso, estava conversando com seu pai sobre o trabalho, afinal estamos no último ano. - Disse o sorridente rapaz com a respiração um pouco ofegante.
- Eu quero terminar.
- Como assim ? O que você está dizendo? Aconteceu algo?
- Não aconteceu nada, só sinto que precisamos terminar.
- E todos os nossos planos de nos casar, ter quatro filhos e sermos felizes para o resto da vida?
- A vida não é um conto de fadas , e bem... Eu fui aceita em Harvard.
- E você vai?
- Vou...
O garoto, inconformado, apenas levantou e saiu. Desde que se conheciam planejavam ir para Yale estudar juntos e depois formar uma família modelo, mas havia estragado tudo na visão dele. Talvez ela estivesse cansada de tantos planos e conversas, talvez ela quisesse apenas um tempo para pensar e ver se era aquilo que queria. Talvez ela não quisesse uma vida perfeita, com um namorado perfeito e filhos perfeitos.

--

Um ano depois, estava em Harvard sozinha e sem um namorado perfeito, como havia decidido.
Passando pelo campus um rapaz lhe chamou a atenção.
- Vote em George! Vote em George que você não vai se arrepender! - Gritava o rapaz.
- Não, obrigada.
- É republicana?- Perguntou com um sorriso nos lábios e o olhar sobre a menina.
- Sou. - Responde a envergonhada , colocando o cabelo para trás da orelha.
- Tome este broche, de graça. Apenas para a moça mais linda deste campus.
- Só vou usar porque está na moda. - A menina soltou um riso discreto.
- Aceita sair para tomar café e discutir sobre a candidatura do seu "querido amigo" republicano? - Passou a mão no cabelo e riu.
- Se você sabe que seu candidato não vai vencer, porquê faz isso? – A garota apontou para uma bancada cheia de panfletos, broches e cartazes.
- Porque é o certo. - Os dois jovens riam involuntariamente um para o outro. - E então, aceita ir ao café comigo?
- Primeiro me diz seu nome, não saio com estranhos. - Soltou mais um riso discreto.
- Ah, claro. Meu nome é , . Mas me chame apenas de , por favor. E qual seria o seu nome?
- Meu nome é , mas eu deixo você me chamar de . E sim, eu aceito ir tomar um café com você. - Os dois saíram do campus em direção a cafeteria. --
Desde aquele dia e não se separaram mais. Ao terminar a faculdade eles se casaram e tiveram um filho chamado . desistiu da advocacia e entrou para uma banda bastante famosa com seus amigos após voltar para sua terra natal, a Inglaterra. abriu um escritório de advocacia em Londres e é muito requisitada. Ela nunca mais encontrou seu namorado "perfeito", , e algumas vezes ela lembra dele, mas logo após se lembra que devido a ele conheceu seu marido que ama tanto, e com o qual teve um filho lindo.
"Talvez ela não precisasse de uma vida perfeita, talvez ela só precisasse de uma vida.”


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