Virtual Friendship



Cap. 1

‘NÃO ACREDITO NISSO! NÃO PODE SER VERDADE!’ null pensava. Estava deitada em sua cama, e podia sentir as lágrimas escorrerem. ‘Não pode ser verdade...’ Ela sussurrou para si mesma, antes de virar o rosto para o travesseiro. ‘NAMORADA! NA-MO-RA-DA! Como ele pode ter namorada? ASSIM?! DO NADA?!’ Ela pensou e deu um leve soluço, enxugando a lágrima que escorria por seu rosto. Ficou um tempo deitada, pensando e brincando com a ponta do seu cabelo. ‘Eu preciso de ajuda. E agora.’ Ela disse, levantando-se e pegando o celular. ‘null, você foi a escolhida.’

‘Claro que não, null! É a lua. Não existem coelhos lá!’ null dizia, rindo.
‘Mas eu to vendo, null!’ O menino tentava inutilmente convencer a menina da existência de tais animais na lua. Os dois estavam sentados na areia da praia.
‘Não, null!’
null, você nunca ouviu isso? Que quando se vê um coelho na lua é por que você está apaixonado?’
‘Erm... Não?!’ Ela riu, jogando a cabeça para trás.
‘Eu vejo. Então eu to apaixonado.’ null disse, olhando dentro dos olhos da garota. Ela pôde sentir seu estômago dar algumas voltas. Um silêncio tomou conta, até que null o quebrou.
‘Eu tenho que tirar uma foto dessa lua!’ Ela falou, botando a mão no bolso. ‘Droga! Esqueci o celular no carro. A foto vai ficar pra outro dia.’
‘Isso quer dizer que você vai sair comigo de novo outro dia?’ Ele perguntou, com cara de sedutor. A menina só riu.
‘Talvez...’ Ele a olhou novamente nos olhos.
‘Quer saber, null? Quem liga para a foto, a lua ou o celular quando se tem null null na sua frente?’ A garota riu, abaixando o rosto, envergonhada. null segurou seu queixo, fazendo-a olhar nos seus olhos. ‘Quem?’ Ele perguntou antes de beijá-la.

‘Não acredito MAIS UMA VEZ.’ null dizia. ‘Ela NÃO ATENDE. Ela tava com o celular hoje no cinema, eu vi.’ Ficou um tempo em silêncio e se olhou no espelho. Como ela se achava tão boa e agora ISSO? ‘null. Por favor. Por favor.’ Discou o número da amiga e cruzou os dedos, torcendo para que ela atendesse.

null ria enquanto null falava alguma coisa inaudível e batia com a mão na porta do elevador.
‘Não adianta bater, null. O elevador parou e isso não vai fazer com que ele ande de novo!’ Ela disse, enquanto parava para respirar e voltava a rir. O menino a olhou de lado, e soltou uma risada leve.
‘Você tá rindo, né?’
‘Eu?! To! Da sua cara quando a luz do elevador apagou!’ Ela respirou fundo, tentando se recompor e continuou. ‘Eu sempre desconfiei que você tinha medo de escuro, null! SEMPRE.’
Ele se fingiu indignado. ‘É mesmo, Dona null?’
‘É! Hoje, quando a luz do cinema apagou, eu vi a cara que você fez para o null.’
‘Viu?!’ Ele parecia espantado.
‘Vi!’
‘Você vai pagar por isso!’ Ele disse, antes de pular em cima da garota e fazer cócegas na coitada.
‘NÃÃÃO!’ null ria e tentava se desvencilhar dos braços de null. ‘null... Pára... Ar... AR!’
‘Ok, ok. Vou deixar você respirar só dessa vez.’ Ele disse, vendo a menina ajeitar o cabelo.
null...’ Ele disse, aproximando-se da menina. Ela pôde sentir o corpo amolecer segundos antes de as luzes se acenderem e o elevador andar. Mas quando ela pensou em sair dos braços de null, ele a beijou. Até que o elevador parou no andar do garoto.
‘Boa noite, null. Amanhã a gente se vê no colégio!’ Ele piscou para ela e saiu do elevador. A menina se jogou contra a parede e tocou os lábios antes de ter um ataque de riso. ‘Ai ai... Só ele.’ Ela falava para si mesma.

‘Droga. Fora de área.’ null enxugava algumas lágrimas que escorriam por suas bochechas. ‘null. Você TEM que atender.’ Ela se sentou na cama e discou o número da menina. Era sua última esperança.

‘Ahn... Obrigada por me trazer em casa, null.’
‘Nada! Sempre aqui!’ Ele disse, piscando para null, que sentiu as pernas moles.
‘Até amanhã então.’ Ela disse, abrindo a porta do carro. Mas antes que pudesse sair, sentiu o menino puxar sua mão. Ela se virou para olhá-lo. Ele ficou um tempo olhando-a nos olhos, até que beijou sua mão. ‘Boa noite, null.’
A menina saiu do carro e foi em direção a porta de casa.
null continuou parado para vê-la entrar. Deu um leve aceno quando ela se virou e fez o mesmo, antes de entrar.
null subiu as escadas, exausta, e se jogou na cama. A última coisa que ouviu antes de adormecer foi o ritmo de ‘Holly I’m the one’ vindo do seu celular.

‘NÃÃÃÃÃÃÃÃO!’ null gritou, com a cara enfiada no travesseiro. ‘Ninguém atende o celular nesse lugar?!’ Ela se sentou na cama e respirou fundo. Ficou alguns segundos imóvel até que se levantou e ligou o computador. ‘Parece que eu vou ter que apelar... De novo.’ Sentou-se na cadeira do computador e fitou as estrelinhas coladas no teto do seu quarto enquanto esperava a máquina ligar. Olhou para a tela e viu sua foto preferida, que estava como papel de parede. Ela e null estavam na piscina. Ele a segurava no colo, e os dois sorriam. A menina tocou de leve o rosto do menino, na foto. ‘Namorada... Quem SERIA Alex?!’ Soluçou levemente. ‘Uma idiota, aposto.’
Conectou a internet. Pensou em abrir o MSN, mas ninguém ali poderia ajudá-la. Botou ‘What went wrong’ do Blink182 para tocar e entrou no site de bate-papo. Quando a página abriu, ela pensou em que apelido colocar. ‘Quem liga para isso?’ Se perguntou, enquanto digitava ‘Fulana’.
Alguns segundos depois, a lista de pessoas online pareceu. ‘11. Ótimo.’ Ela pensou. ‘Vaaaamos ver... Gatinha da Night, Guto Boladão, Anjinha Linda, Beltrano, Fê Gata e... BELTRANO?! Ela riu sozinha. ‘Tão criativo quanto eu. Você foi o escolhido.’ Ela posicionou o mouse, mas antes que ela clicasse...

Beltrano: Nossa! Nossa criatividade é ótima, não? ;D

Fulana: E o pensamento também, por que eu JURO que pensei a mesma coisa! AHOIEUHEAOIUHAOI.

Beltrano: É?! Qual é o seu nome?

Fulana: Se importa se eu não falar?

Beltrano: Não né... ;/

Fulana: Qual é o seu?

Beltrano: Você não diz, então eu também não.

Fulana: O; Tá né. Trato feito. A idade pode? Eu tenho 16.

Beltrano: 17. Você é de Londres também?

Fulana: Sou. (;

‘Boa escolha, null!’ Ela disse para si mesma, rindo.

Beltrano: Estuda?

Fulana: Eu tento. HAOEUHEAOIUA

Beltrano: Então somos dois! Onde?

Fulana: Numa escola...

Beltrano: MENTIRA! Pensei que fosse num Pub.

Fulana: HAOIHEAOIEAUHEOAIOA. Ok, não posso dizer.

Beltrano: Misteriosa demais você, hein!

Fulana: Sim. Eu sou um segredo. (;

Beltrano: UAU! Fiquei até com medo agora. HAOEIUHEAOIHAIO

Fulana: Engraçadinho!

Beltrano: Hey, eu gostei de você, sabia?

Fulana: Isso não é novidade, todos me amam. (L)

Beltrano: Mesmo?! *cara de cínico*

Fulana: SIM! AHEOIAEUHAEOIUHOIA

Beltrano: HAOIUHEOAIUAEO. Mas sério... Que que você acha de sair um dia desses?

Fulana: Não!

Beltrano: NOSSA! POR QUE?!

Fulana: Talvez por que eu esteja conversando com você há uns 15 minutos, às 2:30 da manhã, num domingo, e não saiba se você é um adolescente de 17 anos mesmo, ou se é um americano pedófilo. oO

Beltrano: AH SIM. Você descobriu meu segredo! HAOIEUHEAOIUEAHO

Fulana: Mas nem é isso... É que eu não entrei aqui para conhecer pessoas novas nem nada...

Beltrano: Não?! *cara de curioso*

Fulana: Eu tenho um hábito um tanto estranho... Quando eu tenho problemas, eu peço conselhos para pessoas desconhecidas pelo bate-papo.

Beltrano: AHOIEUHAEOIAUHEAIOUAHOIAEUHEAOIAEHOEAIHAOIAEUHAOIUAHOAIHAO³ L-O-U-C-A!

Fulana: Eu to chorando. Se você for ficar RINDO de mim, obrigada, eu escolho outra pessoa.

Beltrano: Desculpe... Então, se é assim: mande o problema que eu mando a solução! (Y)

Fulana: Há uns 4 meses atrás, entraram 4 meninos novos na minha turma. Eu e minhas amigas logo nos aproximamos, e eu me aproximei de um deles em especial. Você já deve imaginar: eu me apaixonei. Tinha tudo para dar certo, sabe? Até que hoje, nós 8 fomos ao cinema. No final, cada um deles levou uma menina para casa, e foi ele quem me trouxe. A gente tava conversando, animados, até que o celular dele tocou. E adivinha? ‘Ah, um segundo. É a minha NAMORADA.’ Eu não sei o que fazer! O pior é que eu escutei ele falando o nome dela, e ela é do nosso colégio. Só não sei direito quem. Que faço? ~;

Beltrano: Sinceramente?

Fulana: Não! Mente pra mim! CLARO NÉ!

Beltrano: Você encontra outra pessoa que te mereça.

Fulana: Mas é dele que eu gosto, Beltrano!

Beltrano: Às vezes ele gosta de você.

Fulana: NAMORANDO?!

Beltrano: É. Bom, eu vou ter que sair. Amanhã tem aula no meu PUB HAOIEHAOIHAEO

Fulana: Tá... AH! Fiz um MSN falso aqui, faz um também e me adiciona: fulana_@hotmail.com

null sorriu. ‘Simpática essa Fulana’

Beltrano: beeltrano@hotmail.com

Fulana: Valeu. Amanhã a gente se fala?

O menino sorriu mais uma vez. ‘Nossa, não sabia que era tão cativante!’ Pensou ele.

Beltrano: CLAAAARO! Um beeijo!

Fulana: Beeijão *;

*Beltrano saiu agora da conversa.*

*Fulana saiu agora da conversa.*

null sorriu. Não estava mais chorando. Ainda estava triste, mas não chorando. Se enfiou debaixo das cobertas e fechou os olhos. O amanhã seria mais difícil do que ela esperava.

Cap. 2

null! null!’ null gritava, correndo na direção das amigas. ‘Eu fiquei com o null ontem! No elevador! Agradeci mil vezes por morar no mesmo prédio que ele, sério!’ Ela sorria.
‘E eu fiquei com o null. Na praia. Com lua cheia. Parecia filme. Ele é tãããão fofo!’ null dizia, se sentando num banco em frente ao armário de null, onde as quatro sempre se encontravam.
‘Não é mais que o null!’ null a interrompeu. ‘Ele beijou minha mão! Cavalheiro.’
As três riram juntas, até que null perguntou:
‘Cadê a null, gente?’ As três se entreolharam, pouco antes de verem a menina se aproximando. Tinha olheiras enormes. Usava uma blusinha azul clara, calças jeans e all star preto. Mal havia penteado os cabelos.
‘O que houve, amiga?’ null perguntou, passando a mão nos cabelos da menina.
‘Eu fiz de novo.’
‘Não acredito nisso, null null!’ null disse.
‘Eu tentei ligar para as três, MAS NINGUÉM ME ATENDEU. Tive que entrar no bate-papo DE NOVO. Eu descobri que o null tem namorada. Uma tal de Alex. Conhecem?’
‘Uma idiota do 1º ano.’ null disse.
‘Ain, gente! Tinha tudo para dar certo! O null é...’
‘Eu sou, é?!’ null apareceu, seguido de null, null e null. Ele beijou a cabeça de null, antes de ver sua cara de choro. ‘O que houve, linda?’
‘Nada não, null...’ Ela o abraçou.
‘Mesmo?’ Ele perguntou, agora sussurrando no ouvido dela. A menina só assentiu com a cabeça, mesmo sabendo que aquilo não era verdade.
‘Bom, meninas, a gente veio fazer um convite!’ null disse, piscando para null, que ficou vermelha.
‘É! A gente vai ensaiar hoje, na casa do null. Querem ir?’ null perguntou, e olhou para null, que assentia rapidamente.
O sinal bateu, e os oito entraram na sala, rindo e conversando animadamente.

null sentiu um papelzinho bater no seu braço. Abriu, e viu a letra de null.

‘Linda, o que foi? Eu sei que não tá tudo bem...’

‘Nada não, null. Tensão de prova mesmo.’

‘Ok então. (;’

Eles trocaram um breve sorriso, e voltaram a atenção para a aula. Bom, null, pois null logo se virou para null, null e null, que falavam animadamente sobre os tons de amarelo alaranjado do sol.
‘Gente, a null não tá bem... Eu sei disso.’
‘Relaxa, dude! Aqui, já tá sabendo que o null e o null aqui ontem se deram bem depois do cinema?’ null disse, rindo.
‘Sério, caras?!’
‘Aham. A null é demais.’
‘E a null?! No elevador.’ null disse, fazendo todos rirem.
‘Ontem eu conheci uma garota no bate-papo, dudes... Demais.’ null se pronunciou.
‘Sério? E a Alex, cara?’ Agora null, perguntava, mexendo no cabelo.
‘Ah sei lá... Não tá dando mais certo, sabe? Ontem ela me ligou, enquanto eu tava levando a null em casa. Depois que ela saiu do carro, a Alex me ligou de novo e a gente acabou brigando. Ela tá sendo TÃO fútil. Não é a mesma menina por quem eu me apaixonei.’
‘AAAH! Essa menina agora é a null!’ null disse, batendo no peito do amigo. Ele riu. ‘Fala sério! Que idéia!’
‘Mas eu acho que ela tá afim, dude!’ null disse. null concordou com a cabeça e completou ‘Ontem no cinema, ela não parava de te olhar!’
‘Sério?’ null perguntou, tentando disfarçar inutilmente a felicidade.
‘AHAM! E, cara, ela...’
‘Sr. null, já terminou o dever?’
‘Quase, Sra. Miller.’
‘ENTÃO TERMINE!’
Os quatro pararam de conversar, e se voltaram para seus respectivos cadernos.

null! Pára com isso! Ketchup não tira espinha! É comida!’ null gritava, tentando tirar o sachê da mão de null, que insistia em tentar colocar ketchup no nariz.
‘MAS EU VI NA REVISTA!’
‘Que revista, menina?’ null perguntou, olhando para seu suco de limão.
‘Ignora. Ela tem umas idéias loucas, vocês sabem!’ null disse, rindo.
‘Não tenho nada!’
‘Tem sim, null!’ null concordou, rindo.
‘Pelo menos eu não acho que me consultar com um completo desconhecido, 2:30 da manhã seja sensato.’ null ficou séria de repente, e respondeu. ‘É o que eu faço quando minhas amigas não me ajudam POR QUE ESTÃO SE AGARRANDO NA PRAIA!’ Ela terminou gritando, e se virou, indo em direção ao banheiro.
‘Vacilou FEIO, amiga.’ null disse.
‘Tenho que concordar.’ null se pronunciou.
‘Mas... Não foi minha intenção!’
‘Então vai pedir desculpas.’
null olhou para onde a amiga tinha ido. Sabia onde ela estaria, mas achou melhor esperar.

‘IDIOTA!’ null dizia para si, enquanto corria em direção ao banheiro. Ela sempre se escondia na última cabine, a mais escondidinha de todas. Andava rápido pelo corredor, esbarrando nas pessoas sem se importar, até que viu null. Abaixou a cabeça e passou por ele correndo, mas o garoto a segurou pelo pulso.
null, você tá bem?’ Ele perguntou, tentando ver o rosto dela, que a garota tentava esconder.
‘TO! ME DEIXA!’ Ela gritou como resposta, tentando se soltar do menino.
‘Shiu, pára com isso! Você tá assim desde cedo. O null foi o primeiro a perceber, mas eu não sou idiota. Que houve, null?’ Ele levantou o rosto da menina, olhando-a nos olhos. ‘Você sabe que pode confiar em mim, não sabe?’
‘Eu... Ahn... null!’ Ela desabou a chorar, e abraçou o menino. ‘Se eu não quiser contar você continua aqui comigo? Não quero ficar sozinha. Não agora... Por favor...’
Ele a abraçou mais forte ainda, e sussurrou em seu ouvido. ‘Tudo bem... Eu to aqui.’ Ele tentava acalmá-la, e ela continuava chorando, até que o sinal bateu.
‘Eu vou lavar o rosto, null. Obrigada, tá?’ Ela disse, sorrindo de leve e se virando, deixando o menino sozinho no meio do corredor.

‘Srta. null, está atrasada!’ A professora disse, enquanto null se sentava. Sentiu o olhar preocupado de null sobre ela, mas ignorou.
‘Me desculpe.’
A menina sentiu novamente um papel bater em seu braço, mas desta vez, vindo de null.

‘Me desculpa? Não foi minha intenção te magoar, você sabe disso.’

‘Ok. Mas pensa antes de falar.’

‘Eu sei. Eu fui uma estúpida. Mesmo. Eu amo você, amiga (L)’

null sorriu ao ler o bilhete.

‘Eu também. MUITO.’

As duas sorriram. null, que viu, cutucou null. As duas olharam as amigas e sorriram, felizes. ‘Isso sempre acontece.’ null sussurrou, e null concordou com a cabeça.

‘FIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM DE SEGUNDA FEIRA!’ null gritou, se jogando no gramado do colégio. ‘OBRIGAAAAAAADO, SENHOR!’ Todos riram.
‘Bom, vamos para a casa do null 2:00. Pode ser?’ null perguntou. Todos concordaram.
null, te dou uma carona.’ null disse, sorrindo.
‘Erm... Ok então.’ Ela disse, entrando no carro.
null, você vem comigo?’ null perguntou, com cara de pidão.
‘Na verdade eu vou pra casa da null, null. A gente tem que estudar química.’ Ela disse, apertando a bochecha do menino. ‘Mas mais tarde a gente se encontra, tá?’ Ele sorriu e deu um estalinho nela.
null, eu te levo em casa!’ null disse, sorrindo.
‘Não precisa, null... Obrigada!’ Ela respondeu, se virando. Ele a puxou pelo braço, e a trouxe para perto. A menina apoiou os braços no peito dele. Podia sentir suas pernas moles. ‘Eu quero te levar, vai... Me dá essa chance.’ Ela sorriu de leve. Ele estava afim dela?! Era isso ou ela estava sonhando? Ele puxou a cintura dela mais para perto, e quando eles estavam a ponto de se beijar...
null, meu amorzinho!’ Uma voz aguda vinha de uma menina alta, magra demais, loira e de olhos azuis. A garota usava uma blusa branca de alcinha e uma saia rosa de pregas.
‘Ahn... null, essa é a Alex. Minha namorada.’ null disse, parecendo sem graça.
‘Prazer, garotinha!’ Alex estendeu sua mão com garras rosa pink pontudas para null, que sorriu amarelo.
‘Prazer, Alex.’ null percebeu o olhar de reprovação que null havia mandado para Alex.
‘Bom, eu vou indo então, null... Até mais tarde!’ null se virou, indo embora. O garoto pensou em tentar impedir, mas seria muita cara de pau. A namorada dele estava ali, na frente deles.
‘O que vai ter mais tarde, môzinho?’ Alex perguntou, se pendurando no pescoço de null.
‘Nada não, Alex.’
‘Faaaaala, lindinho!’
‘Ensaio do McFly na casa do null, você não liga e...’
‘EU QUERO IR!’ Ela gritou.
‘Erm... Tá, então...’
‘EEEEEEBA! VOU VER MEU BEBEZINHO TOCANDO COM A BANDINHA DELE!’ Ela batia palminhas, animada.
‘Tchau então, Alex.’ Ele disse se virando. Ela o puxou, dando um beijo apaixonado no menino.
‘Tchau, môzinho.’ Ela acenou, e foi de encontro a um grupo de meninas, que davam risadinhas e o olhavam descaradamente.

Cap. 3

null, a campainha ta tocando!’ null gritou da cozinha, onde estava com null e null, fazendo sanduíches.
‘ATEEEEEEEEENDE AÍ QUE EU TO ARRUMANDO AQUI!’ O menino gritou de volta.
‘Ele não vive sem mim!’ null disse, piscando, e indo até a porta.
null.’ null disse, baixo, ainda encarando o sanduíche que comia.
‘Meu nome. Lindo, eu sei.’ null disse, rindo.
‘Sério, dude!’
‘Diga.’
‘Você tá afim da null, num ta?’ null o olhou desconcertado. Que pergunta! ‘Por que?’ Ele perguntou.
‘Por que se estiver, é bom terminar com a Alex logo. Você é meu amigo, mas a null também é, e eu não vou deixar você fazê-la de boba. Não mesmo.’ null agora o encarava.
‘É. Isso é a última coisa que eu quero no mundo. E sim, eu ACHO que to afim dela sim.’
‘OOOOOOOOOOOOOOOI MÔZINHO!’ Alex entrou na cozinha, seguida por null que não estava com uma cara de feliz.
‘Erm... Oi!’ null disse, levantando-se e dando um estalinho em Alex. ‘null, querido, onde é o toalete?’ Ela perguntou, observando a cozinha, com uma leve cara de nojo.
‘No fim do corredor.’
‘Obrigada, gatinho!’ A menina se virou, rebolando e entrando na porta indicada.
‘DUDE!’ null gritou. ‘QUE QUE ELA TÁ FAZENDO AQUI?!’
‘Eu... Ela pediu para vir. Eu disse que tudo bem.’
‘TUDO BEM?!’ null, berrou, botando a mão na boca logo depois. ‘Cara, as meninas vêm pra cá, esqueceu? Eu quero só ver a cara delas!’
null, o que eu ACABEI de te falar?’ null perguntou.
‘Você falou com ele? Já?’ null perguntou, como se já soubesse o assunto.
‘Já.’
‘Relaxa, cara. Eu vou resolver isso.’
‘Não, dude.’ null disse, botando o dedo no peito de null. ‘Você NÃO vai. Você vem falando isso há anos! Sabia que hoje eu encontrei com a null CHORANDO no recreio? E EU TENHO CERTEZA QUE FOI POR SUA CULPA, SEU BABACA!’ Ele explodiu.
‘O... O que?!’ null perguntou, sem entender nada.
null, o null encontrou a null no recreio. Chorando. Ela não quis contar por que. Mas a gente sabe que é por sua causa.’ null explicou.
‘Mas eu...’ null foi interrompido pela campainha. ‘Agora são elas!’ Ele disse, indo em direção à porta. Ao abrir, deu de cara com uma null sorridente.
‘OOOOOOOOOOOOOOOOOOOI!’ Ela falou. ‘Cadê o null?’
‘To aqui, linda!’ Ele disse, correndo na direção da garota, e a beijando.
‘UUUUUUUUUUI, DUDE!’ null falou. ‘NÃO VAI ME TRAIR!’ Todos riram.
‘Entra.’ null disse baixinho para null, puxando-a pela mão. ‘Eu não esqueci o que houve hoje depois da aula não, ta?’ Ele disse, com um sorriso lindo no rosto.
‘E eu não esqueci a Alex.’ Ela respondeu, um tanto seca.
‘AAAAAI! MAS VOCÊ PODIA LIMPAR MAIS ESSE BANHEIRO, HEIN!’ Gritou Alex, indo em direção à sala. ‘Ah, vocês chegaram, gracinhas? Tudo bem?’ Ela perguntou, olhando-as de cima a baixo, parando seu olhar em null.
‘Alex, essas são null, null e null.’ As meninas acenaram discretamente. ‘E a null, que você conheceu hoje.’ null falou o nome da menina como se fosse uma palavra sagrada e sorriu.
‘Bom, então vamos tocar?’ null perguntou, batendo as mãos.
‘VAAAAAAAMOS!’ Todos gritaram, correndo em direção ao porão, onde aconteceria o ensaio.

‘Tá ok.’ null disse, virando-se para os meninos. Sussurrou alguma coisa, e eles assentiram com a cabeça. ‘Eu escrevi essa música para uma pessoa muito especial.’ Ele disse, olhando nos olhos de null, que se sentava entre Alex e null.
‘AAI MÔZINHO! OBRIGAAAADA!’ Alex disse, batendo palminhas. null só levantou a sobrancelha, antes de começar a contagem e a música iniciar.

Hey, I'm looking up for my star girl
I guess I'm stuck in this mad world
The things that i wanna say
but your a million miles away
and I was afraid when you kissed me
on your intergalactical frisbee
I wonder why, I wonder why you never asked me to stay


null cantava e fitava null, que sorria, encabulada.


So wouldn't you like to come with me
Go surfin the sun as it starts to rise
Woah your gravity's making me dizzy
Girl I gotta tell ya I feel much better
Make a little love in the moonlight


Eles pararam de tocar, esperando uma reação das garotas. ‘E aí?’ null perguntou, sem parar de olhar para null. ‘Nossa, null. Eu ach...’
‘MÔZINHO! QUE LINDO! NUNCA IMAGINEI QUE VOCÊ FOSSE ESCREVER UMA MÚSICA PARA MIM!’ Alex sorria. Se levantou, indo até o menino e beijando-o. null abaixou o olhar, tentando se distrair com o cadarço do seu all star.
‘Erm... Que bom que você gostou...’ null dizia, um pouco sem graça. Um silêncio, que incomodava a todos, menos Alex, tomou conta do lugar. Mas null o quebrou. ‘Gente, eu escrevi essa música ontem, então a gente mal ensaiou ainda. Querem ouvir?’ Ele perguntou olhando para null, que assentia freneticamente com a cabeça. ‘CLAAAAAARO!’

Well I met this girl, just the other day,
I hope I don't regret, the things that I said no,
And when we're laughing joking with each other now,
I'm glad I met this girl
She didn't walk away,
I think she was impressed and was having a good time


null começou a rir. ‘O que foi?’ Perguntou um null desapontado. ‘Não gostou?’ Ela o olhou, e negou com a cabeça. ‘Não é isso. É que... Esse ‘having a good time’ é sobre o elevador?!’ Ele sorriu orgulhoso. ‘É! VOCÊ GOSTOU?’ Ela levantou e pulou no menino, envolvendo suas pernas na cintura dele. ‘AMEEEEEEEEI!’
‘Ai null, é por isso que eu gosto de morar no mesmo prédio que você!’
‘Por quê? Para andar de elevador?’ null perguntou, inocentemente.
‘Não. Para PARAR o elevador!’ null respondeu, com cara de safado, fazendo todos rirem, menos Alex.
O ensaio continuou com I’ve Got You e That Girl, até que null falou mais uma vez.
‘Eu quero tocar Too Close For Confort!’
Começou então um som leve, vindo do baixista. Até que a voz de null começou a cantar.


I never meant the things I said
To make you cry
Can I say I'm sorry
It's hard to forget
And yes I regret
All these mistakes


null.’ Alex disse, baixinho, mas foi ignorada por todos. Repetiu. ‘null.’ Desta vez um pouco mais alto, mas mesmo assim, sem resultados positivos. ‘null! Que saco!’ Ela gritou, fazendo com que o McFly parasse de tocar.
‘Você interrompeu, Alex! Que foi?’ Ele perguntou, mal humorado.
‘Quero ir ao shopping. Me leva?’ Todos a encaravam, boquiabertos com a cena.
‘O que?! Não! Eu to ensaiando!’
‘MAS EU PRECISO DE SAPATOS! ACABEI DE ME LEMBRAR DISSO!’ Ela gritou e bateu o salto da sandália rosa pink no chão.
‘MAS EU TO ENSAIANDO! LIGA PRA STACEY!’
null, VOCÊ é meu namorado. VOCÊ tem que me levar.’
‘Alex, você anda com isso ultimamente, né? Eu já te disse que sou seu namorado e NÃO seu cachorrinho! Eu não vou usar coleira!’ Ele parecia um pouco nervoso e olhava de relance para os amigos, que permaneciam calados, assistindo ao show de camarote.
null null! Você não ouse reclamar de mim! QUEM você pensa que é?’ Ela se levantou, empurrando-o.
‘EU?! SOU SEU EX-NAMORADO!’ Ele gritou. Parecia REALMENTE aborrecido. Alex ficou em silêncio. Ameaçou falar alguma coisa duas vezes, mas preferiu dar a volta e sair da casa de null. O silêncio continuou até que null falou. ‘Gente, desculpa. Ela não devia ter vindo. Eu estraguei tudo. Desculpa mesmo...’ Abaixou a cabeça, parecendo muito envergonhado. ‘Tudo bem, null! Pelo menos você terminou!’ null disse, piscando para null e null, que sorriram. ‘É, dude!’ null disse, fazendo sinal de positivo com o dedo.
‘Calma aí. Isso aqui era um complô Anti-Alex?!’ null perguntou, rindo.
‘EXATAMENTE!’ Os três responderam, em uníssono. ‘Fala sério! Quem ela pensa que é para fazer isso?’ null perguntou, parecendo indignado.
‘É mesmo. Estragar o ensaio foi vacilo’ null disse.
‘NÃO! Eu não to falando disso!’ Ele rebateu.
‘De que então?!’ null perguntou, rindo.
‘ELA ACHA QUE VAI COMPRAR SAPATOS ANTES QUE EU?!’ Ele disse, fazendo uma voz feminina, fazendo todos rirem.
‘To com fome, gente!’ null disse.
‘Novidade, né!’ null respondeu, rindo, e piscou para o garoto, que pareceu não acreditar.
‘PIIIIIIIIIIIIIIIIIZZA!’ null gritou, correndo em direção ao telefone, seguido por todos.
null, eu quero mussarela!’ null e null gritaram juntos, rindo logo depois. ‘NÃÃÃO, GENTE! EU QUERO PIZZA DE QUEIJO.’ null falou alto, fazendo todos pararem para olhá-lo. ‘Que foi?’ Ele perguntou inocentemente. ‘null, meu amor, mussarela É queijo.’ null explicou lentamente. ‘AAAAAHN... Então eu quero mussarela com queijo.’ Ele disse. ‘Mas é a mesma coisa!’ null disse. ‘Então eu como o que? Pizza sem queijo?’ O menino disse, confuso. ‘Não animal! A GENTE escolhe o sabor. Pronto.’ null disse, rindo. ‘AÊÊ!’ Todos gritaram, correndo novamente atrás de null.
Depois de cerca de 20 minutos a campainha tocou. ‘ATEEEEEEEENDE!’ null gritou da cozinha, onde estava com null, botando gelo nos copos de refrigerante. null, null e null assistiam interessados, a uma reportagem sobre cabelos brancos na adolescência e null, null e null brincavam de pedra, papel e tesoura. Todos continuaram quietos e a campainha tocou de novo. ‘Seeeempre eu, hein!’ null disse, se levantando do sofá com um suspiro e indo em direção a porta. Quando a menina abriu, entrou em um leve transe. Um sorriso bobo surgiu no seu rosto e ela mexia inconscientemente no cabelo. ‘Ooooi!’ Ela disse, se encostando no vão da porta. ‘Erm... A pizza, senhorita.’ Um garoto que parecia ter uns 18 anos, loiro disse. Ele era alto e EXTREMAMENTE lindo.
‘Ah! Claro! Quanto foi?’ null perguntou, ainda sorrindo abobalhada.
‘Foi...’ O menino olhou em um papel e continuou ’17£’ Ela sorriu.
‘Ahn... Vou buscar!’ Ela disse, virando de costas e indo em direção a mesa da sala, onde estavam 20£ separadas. null pôde vê-la sussurrar para null ‘Ele é um gato!’. O garoto amarrou a cara antes de se encostar no sofá, de braços cruzados. null deu o dinheiro para o entregador ALTAMENTE gato.
‘Aqui!’ Ela sorriu, simpática. Demais, para null.
‘Erm... Desculpe, mas não pediram troco.’ O garoto que estava em pé, do lado de fora, disse. null ficou sem reação por um segundo e olhou para null. ‘Convida-ele-para-entrar.’ Ela disse, baixinho, quase sem som.
‘Bom...’ Ela voltou a olhar o entregador. ‘Posso te recompensar com um pedaço de pizza, refrigerante e De Volta pro Futuro?’ Sorriu, piscando para o menino.
‘Eu adoraria’ ele já não parecia mais TÃO quieto e profissional quanto antes ‘mas eu to em horário de trabalho, até exatamente...’ parou, olhando para o relógio ’20 minutos.’ Ele voltou a olhá-la e sorriu pela primeira vez. ‘QUE SORRISO!’ A menina pensou.
‘Então... Volta daqui a 20 minutos, ué!’ Piscou novamente. ‘AH! Me desculpa! Meu nome é null null.’
‘James Bourne.’ Ele respondeu, piscando da mesma maneira que ela, fazendo-a rir. ‘Volto então, null.’
‘Te espero. ’ Ela fechou a porta e olhou para os amigos que não pareciam ter percebido a conversa com o menino, com exceção de null, que sorria maliciosamente. ‘Pronto!’ null disse.
‘COMEEEEEEEEEEEEEER!’ null, null e null gritaram, indo até a caixa de pizza. ‘Naaah! Ainda não podem comer!’ A menina gritou. ‘Um amigo meu vai vir para cá, daqui a alguns minutinhos.’
‘Quem?’ null perguntou.
‘Um amigo. Você não conhece, null.’
‘Que droga!’ null disse. ‘To MORRENDO de fome.’ Todos riram e null disse ‘Novidade.’
‘O quê?!’ Ele perguntou, fingindo indignação. Todos assistiam ao showzinho, rindo. ‘Você vai veeeer, null!’ Ele gritou, correndo atrás da menina. Logo começou a correria no meio da sala.
null, você vai querar a TV!’
null, desce do ventilador!’
null, pára de morder minha perna!’
null null, tira a mão da pizza AGORA!’
null estava tentando se livrar de null e null, que tentavam loucamente, jogar maionese em seu cabelo, quando a campainha tocou de novo. null logo deu um pulo , e foi abrir a porta. ‘OOOOOOOI, JAMES!’ Dois segundos depois, todos puderam ver o menino loiro/moreno entrar na sala, timidamente. ‘Erm, gente. Esse é o James.’
‘Oi, James’ Todos disseram, menos null, que continuava de bico.
‘Erm... Oi.’
‘James, esses são null, null, null, null, null, null e null.’ Eles sorriram para o menino, com a mesma exceção.
‘Agora que estamos todos aqui, posso comer?’ null pediu, inocente como sempre. ‘CLAAAAAAAAAARO, LINDO!’ null respondeu, apertando a bochecha do garoto, fazendo todos rirem.
‘SAI! EU SENTO AQUI!’ null gritava com null, enquanto eles brigavam pela cadeira mais próxima da caixa. ‘null, eu que vou sentar! CHISPA!’ Ele disse, sentando na cadeira.
‘Você vai ver, null! Vou me vingar. Acredite! Muahahahaha’ Ele começou a rir, maléfico, e esfregar as mãos. ‘null.’ null chamou. O menino parou e olhou para ela. ‘Pára que você não é o Zé do Caixão.’ Ele fez cara de derrotado, se jogando numa cadeira.
‘James... James, né?’ null perguntou, meio irônico. ‘Você estuda?’
‘Sim. Na High London School. E vocês?’
‘NÓÓÓÓS TAMBÉM!’ null, null, null e null gritaram juntas. ‘Como a gente nunca se viu, né?’ null disse. Elas quatro olhavam abobadas para o tal menino.
‘É mesmo. Eu to no 3º. Vocês também?’
‘Não. 2º’ null respondeu. ‘Mas fala um pouco de você.’
‘Bom... Não tenho muita coisa para falar. Eu sou de Oxford, mas moro aqui desde os 9 anos. Tenho uma banda chamada Busted com dois amigos e...’
‘VOCÊ TEM UMA BANDA?!’ null gritou, meio desacreditado. Como aquele idiota tinha uma banda?!
‘NÓS TAMBÉÉÉÉÉM!’ null disse, animado. ‘Se chama McFly.’
‘Sério?! A gente podia se encontrar, tocar alguma coisa, sei lá. Que que vocês acham?’
‘Claro, dude!’ null disse.
‘Mas, enfim, tenho 17 anos. Na verdade, faço 18 semana que vem. Trabalho de noite, por que eu tenho que me sustentar. Meus pais voltaram pra Oxford há 2 anos. Sou VICIADO em bate-papo da internet.’ Ele disse, rindo. ‘Mas eu prefiro filmes.’
‘Bate-papo?! 17 anos, Londres... Beltrano?! Não pode ser...’ null pensava ‘É coincidência demais. Não viaja, null!’
Depois de comerem muito, e null reclamar que não havia comido o suficiente, eles resolveram sentar e assistir ao filme. null, null, null e null sentaram no sofá. null e null dividiam um pufe e null, null e James se sentaram no chão.
25 minutos de filme se passaram até que null cutucou a cintura de null de leve. ‘null...’ Ele falou no ouvido da menina, que se arrepiou.
‘Fala, null.’
‘Quer ir comigo ali fora?’
‘No meio do filme, null?!’
‘Erm... Yep.’
‘Tá.’ Ela concordou. O menino se levantou, puxando-a pela mão. null, null e null se entreolharam e sorriram.

‘Hey! Senta aqui, vai!’ null disse para a menina, apontando para um lugar ao lado dele no balanço.
‘Você não vive sem mim, né?!’ Ela disse rindo.
‘Vivo sim!’
‘Hum... Nop.’ null riu, jogando o cabelo para trás.
‘Convencida.’ Ele disse baixinho, e sorriu maroto para a menina, que o olhava, desacreditada.
‘Naaah! Não sou convencida. Você me ama e isso é FATO.’ Ela disse, enfatizando a palavra ‘fato’.
‘Não. Você me ama.’ Ele falou e riu. ‘Desde a 8ª série.’ A garota o olhou, boquiaberta e mais desacreditada do que antes.
‘O QUE?!’ Perguntou, gargalhando alto logo depois. null adorava aquela gargalhada, e ela sabia disso. ‘Você me ama desde que eu entrei no colégio, null. Pelo menos até a 8ª série. Foi o que o null me contou.’
‘O null o que?! FOFOQUEIRO FILHO DA MÃE! Aquele garoto vai se ferrar comigo!’ Ele disse, fingindo estar realmente nervoso. Ele estava, mas não queria deixar transparecer. Havia esperado por aquele momento desde a 7ª série, quando conheceu null. E agora ela estava ali, na frente dele, sentada com os pés dentro da piscina. Ela o olhou, agora séria. ‘Mas era verdade?’ O menino abaixou a cabeça, envergonhado. ‘Erm... Era.’ Respondeu. Pôde vê-la sorrir.
‘Você ta rindo?! Não se dev...’
‘Shiu, null!’ Ela disse, botando o dedo na boca do menino, calando-o. ‘Não fala não.’ Ele sorriu, e a beijou.
Era o sonho dele que estava se realizando.
Era o sonho dela que estava começando.

‘Geeente!’ James disse baixinho. ‘O null ta babando.’ null o olhou. ELE REALMENTE ESTAVA BABANDO.
‘Nossa. Cheiro de baba seca me irrita. MESMO.’ null disse, abraçando null.
‘Relaxa, fofa, eu te salvo do monstro da baba.’ Ele disse, apertando-a contra o corpo. Ela o olhou de cima a baixo. ‘Se manca, null!’
null.’ null disse. ‘Por que ele tem que ser o monstro da baba? Eu que era!’ Disse como uma criança, olhando de null para null, fazendo todos rirem.
‘Gente, acorda o null. Ele tá em cima de mim, e eu quero ir pra casa.’ null disse, tentando afastar-se de null que dormia como um bebê no seu colo.
‘ACOOOOOOOOOOOOOOOOOORDA, PIRIQUITA!’ null gritou no ouvido do menino, que acordou num pulo, fazendo todos rirem.
‘AMÉM ELE ACORDOU! null disse. ‘Boa noite pra quem fica.’
‘Eu te levo, null.’ James e null disseram ao mesmo tempo.
‘EU!’ null disse.
‘Nop. Eu.’
‘EEEEEEEU! Conheço ela há mais tempo. Mais que algumas horas.’
‘Mas eu...’
‘CHEGA!’ Ela gritou, se divertindo. ‘Vou a pé.’ Disse se virando e saindo da casa. Pôde ver null, James, null e null indo atrás. Todos iam para casa. E ela precisava de internet. Urgente. Mesmo.

Cap. 4

null entrou no novo MSN. Sabia que só tinha um único contato, mas era com ele que queria conversar. ‘Tem que estar On.’ Ela dizia para si enquanto esperava o MSN conectar. Estava. ‘YEEEAH!’ Ela gritou, dando pulinhos na cadeira.

Fulana: Heey! On só pra falar comigo, né?! Me conheceu ontem e já me ama.

Beltrano: oO Se manca aí, garota do pub.

Fulanda: Mas heeein! Você não sabe!

Beltrano: Não. Você não me disse. Ainda?!

Fulana: ELES TERMINAAAARAM!

Beltrano: Sério?!

Fulana: AAAHAM! Hoje. Na frente de TODOS. Brigando. Foi lindo. Fiquei até emocionada. *-*

null riu. Aquela garota parecia realmente divertida. Tinha vontade de conhecê-la. Falando em namoro, lembrou-se de Alex.

Beltrano: Eu também terminei com minha namorada hoje.

null sorriu. ‘Solteiro, é?!’ Pensou, maliciosa.

Fulana: QUE PEEENA. E você ta triste?

Beltrano: Naaah. Ela tava um saco. Sério. Mas me conta do tal menino. Você é quem me pede conselhos.

Fulana: Tá. Entãããão. Eu acho que ele tá afim de mim. Ele quase me beijou. Caara, tão rápido. Até ontem ele namorava e eu era só a ‘amiguinha’. Hoje ele ta solteiro e quase me beija.

Beltrano: Que bom, né?!

Fulana: ÉÉÉÉ! Mas eu não sei... To meio confusa.

Beltrano: Por quê?!

Fulana: Não quero ficar com ele, se ele fizer isso só pra esquecer a ex. Eu gosto MESMO dele. Não quero me machucar, sabe?

‘Eu gosto MESMO dele.’ null leu. Não gostou nem um pouco. ‘Fala sério, dude! Você nem sabe se ela é gata, null!’ Pensou, balançando a cabeça.

Beltrano: Entendo. Também acho que não seria uma boa. Conversa com ele. Pode dar certo.

Fulana: E parecer uma boba?

Beltrano: Você não vai parecer uma boba, garota. Você só se preocupa consigo. Isso é legal em uma menina. Saber se defender, ao invés de se fazer de vitima.

Fulana: Mas vai ser idiota. ‘Olha, não fico contigo por que eu acho que você vai me usar. Beijos, tchau.’

Beltrano: HAOIEHEAOIAEUHAOEIOIAHAOEI. Tosca.

Fulana: Cala a boooooooooca, chato mór!

Beltrano: Shiu. *olhar de desprezo*

Fulana: Shiu naaaada! Se manca aí!

Beltrano: HAHA. Eu já sou mancado. (H)

Fulana: Nop. Você é ESTRANHO.

Beltrano: Não sou. Você que é.

Fulana: Eu escrevo onomatopéias, me chamo Beltrano ou algo do gênero?! NOP.

Beltrano: Eu peço conselhos para desconhecidos do bate-papo, me chamo Fulana, sou dramático ou estudo em um Pub?! NOP.

Fulana: Eu nunca disse que estudava em um Pub. oO

Beltrano: Onde, então?

null ria sozinha, em frente à tela do computador. Ele era um cara legal, e ela sabia disso.

Fulana: Num colégio. ;B

Beltrano: AAH! Fala logo!

Fulana: Eu falo. Estudo na High London School. 2º ano.

‘O QUE?!’ Ele gritou, se levantando da cadeira. ‘NÃO ACREDITO!’ Ela podia ser da turma de null.

Beltrano: Legal. Tenho um amigo que estuda lá.

Fulana: Sério?! Quem?

Beltrano: Nem te conto. ;x

Fulana: O; EU TE CONTEI, ABUSADO!

Beltrano: Eu não. (6) HAOIEUHEAOIUHAIUHAEOIA

Fulana: Vacilo. ³ MUITO.

Beltrano: Não é nada.

Fulana: Idiota. HAOIHEAOA

Alguns minutos se passaram e o tal Beltrano não respondia. ‘Será que ele ta me ignorando?’ null se perguntou, aflita. ‘NAAH! Ele gosta de você. Relaxa.’

Beltrano: Heey! Tá aí?

Fulana: Yep. Por quê?

Beltrano: Olha a janela.

A menina se levantou da cadeira e foi até a janela do quarto. Ficou boquiaberta quando olhou para cima. O céu estava LINDO. Todo estrelado. A lua cheia iluminava sua rua. O telhado das casas refletia a luz.

Fulana: QUE LINDO! Já volto.

Beltrano: Oks.

null abriu a porta do quarto lentamente, para não acordar os pais. Desceu as escadas, pisando de leve em cada degrau, saiu da casa e olhou para cima novamente. Como o céu estava lindo. Sorriu e fechou os olhos, ao sentir pingos caírem sobre seu rosto. Tirou o chinelo que estava usando e pisou no chão. Estava gelado, mas delicioso. Alargou o sorriso, caminhando até atrás do jardim, onde costumava brincar em sua casa da árvore há uns... 6 anos?! ‘Continua ali. Inteirinha.’ Subiu a escada e entrou na casinha. Parecia bem menor agora. Saiu pela janela, escalando alguns galhos e se sentando em outro, exatamente como fazia quando pequena. Podia sentir a chuva aumentando e as folhas roçando em sua pele. Era uma sensação gostosa, de liberdade. Por um instante, se esqueceu de todos os problemas do dia anterior. De null, de Alex, de tudo. Mas no instante seguinte, lembrou do momento em que descobriu sobre a namorada do garoto. Lembrou-se da briga dos dois, e de quando terminaram. Lembrou-se de como se sentiu quando ele quase a beijou, depois da aula, e de como sentia arrepios quando ele sussurrava alguma coisa em seu ouvido. Lembrou, então, da primeira vez que o havia visto.

Flashback

‘Ai, gente! Nem acredito! Depois de quase dois meses de pura sacanagem... AULAS!’ null dizia, se jogando na cadeira atrás da de null e ao lado da de null.
‘Nem me fale!’ null falou. ‘Eu só queria maaaaais! MUITO MAIS.’
‘A gente sempre quer, né, null?!’ null falou. Nenhuma resposta da garota. ‘null?’ Chamou mais uma vez, um pouco mais alto. Sem resposta. ‘GAROOOOOTA!’ Gritou, fazendo a amiga dar um pulo.
‘Que?! Hã?!’
‘To falando com você, lerdinha!’ null falou. null ria e null parecia entretida com um nó na ponta do seu cabelo, mas mesmo assim, prestava atenção à conversa.
‘Gente. Não olha agora, mas entrou um GATO na nossa sala!’ null disse, apontando para um menino alto que acabara de entrar, e que mais tarde ela conheceu como null. null olhou. Ao lado dele, ela o viu. Ele tinha o sorriso mais lindo que ela já tinha visto. Ria de algo que um dos três amigos que o acompanhavam falava. Ele levantou o braço e coçou a nuca. Vestia uma blusa quadriculada verde e azul de botão, uma calça jeans larga, que deixava um pouco da cueca cinza aparecendo, e all star azul escuro. Era estiloso e simpático. null ainda babava quando seus olhares se cruzaram e ele sorriu para ela. SORRIU. PARA ELA.
‘AIMEUDEUS!’ Ela disse rápido e baixo para as amigas, que se aproximaram. ‘Olha o menino que entrou junto com esse tal garoto. OLHA. ELE SORRIU PARA MIM.’
‘Relaxa, amiga.’ null disse, olhando o menino de rabo de olho. ‘Pareça relaxada, pelo menos.’
‘Não olha agora, mas ele ta vindo na sua direção.’ null cochichou, tentando disfarçar.
‘Ok, ok, ok, ok.’ null repetia para si.
‘AH GOSH. Só gatos.’ null dizia olhando sem disfarçar para o menino para quem havia olhado primeiro. null se virou para frente, abriu seu estojo e tirou sua lapiseira. Abriu seu caderno na última página e escreveu:


Come on let me hold you
Touch you feel you
Always
Kiss you
Taste you all night
Always


‘Blink?!’ Ouviu uma voz nem um pouco familiar. Olhou para cima e o viu. Ele sorria para ela de novo, mas agora bem mais perto. A menina sentiu um leve arrepio.
‘É! Gosta?’
‘AMO. Eu queria ter ido a um show antes de eles terminarem.’
‘Eu também. É uma pena, eu achava eles super talentosos.’
‘MUITO! Heey, eu sou o null. null. Você é a...?’
null null.’ Ela sorriu para ele.
Ela achava que estava com cara de boba.
Ele achava que era o sorriso mais sincero e perfeito que já havia visto.
‘Erm... Posso sentar?’ null perguntou, apontando para a carteira vazia em frente a de null.
‘CLARO!’ Ela disse, chegando a mesa para trás, abrindo espaço para o menino. Nesse momento a professora entrou.
‘SILÊNCIO, ALUNOS QUERIDOS! EU SOU A SRA. MILLER!’ Todos prestavam atenção na mulher que estava ali na frente se apresentando. null virou para trás, como se tivesse esquecido alguma coisa.
‘Ah, é um prazer, null. Mesmo.’
‘Eu digo o mesmo, null.’ Ela disse, piscando para o menino que sorriu e se virou para frente.

End Flashback


‘Idiota.’ null murmurou para si mesma, antes de descer da árvore. Ela estava ensopada, pois nesse momento já chovia muito. Entrou em casa e voltou ao computador.

Fulana: Voltei. (;

‘Até que enfim!’ null disse para si, antes de responder.

Beltrano: o/o/ Pensei que tinha morrido. Sério.

Fulana: Ainda não. Mas se eu não me enxugar agora eu morro. De pneumonia.

Beltrano: Hã?! oO

Fulana: Eu tava na chuva.

O garoto sorriu para a tela do computador.

Beltrano: Boa idéia. Também vou. Se você morrer, eu te faço companhia! ;D

Fulana: Isso! o/\o *-*

null se levantou da cadeira e olhou pela janela. A rua estava escura e chovia muito. Riu da situação e olhou para a piscina. ‘Booooa, null!’ Viu as horas: 2:45 da manhã. ‘Quem liga mesmo?!’ Ele abriu a porta do quarto e saiu de casa, indo em direção a piscina. Parou, ainda na varanda, e tirou a camiseta. Deu um passo, sentindo as gotas d’água caindo sobre sua pele. Ele se arrepiou, e saiu correndo, pulando na piscina. A água parecia bem mais quente que o normal. Demorou um tempo até voltar à superfície. Ele se sentia feliz. Feliz por ter terminado com Alex, por ter tomado uma iniciativa em relação à null, por ter conhecido a garota da internet, pela banda, por ter conhecido novas pessoas, que se tornaram especiais. Por incrível que pareça, se sentiu feliz por ter conhecido James. Riu disso também. ‘Entregador de meia tigela.’ Ele falou, mergulhando novamente. Ficou mais um tempo em silêncio, até que decidiu ir dormir. ‘Amanhã tem aula, idiota!’

Cap. 5


null acordou com o despertador de null. Havia dormido na casa da amiga no dia anterior, depois de voltar da casa de null. Olhou para cima, e viu que a amiga nem havia se mexido. Se levantou do colchão onde dormira e sentou na cama da menina.
‘Acooooorda, dorminhoca.’ Disse baixinho, cutucando-a na barriga. A menina resmungou alguma coisa antes de abrir os olhos.
‘Odeio escola.’ Se sentou e fitou um ponto do quarto, tentando acordar de verdade. ‘Liga pro null. Ele vai levar a gente.’
‘Já ta assim, é?’ null perguntou, botando as mãos na cintura.
‘Cala a boca!’ Respondeu a amiga, rindo e se vestindo. Roupa normal, aula normal, pessoas normais. Dia normal.

‘Heeey!’ null disse, quando chegou ao armário. null, null, null e null já estavam ali. Ela sorriu para os amigos e se virou para o armário, para pegar uns livros. Viu que null, null e null haviam chegado. Os cumprimentou e voltou aos livros. ‘Matemática, Química, História...’ Viu um bilhetinho cair. Se abaixou para pegar e sentiu o olhar de null sobre ela. O menino sorriu e piscou. Ela voltou sua atenção para o bilhete.

‘Agora você esqueceu a Alex? Amo você.’

Não pôde deixar de sorrir. Era mesmo verdade. null estava afim dela. Pelo menos era o que tudo indicava, não era? Ouviram o sinal bater. ‘Vamos?’ null disse, para todos. ‘Eu vou ao banheiro, gente. Podem ir.’ null falou. Quando a menina se virou, deu de cara com James, e os livros foram todos para o chão.
‘Ah! Desculp...’
‘James? Heey! Nos encontramos na escola!’ A garota disse, abraçando-o.
‘AAÊ!’ Ele gritou, comemorando. ‘Eu queria mesmo falar com você. Hoje o Busted vai ensaiar lá em casa. Aparece lá com o resto do povo.’
‘Claro! A gente tava louco pra ver vocês tocando mesmo.’
‘Tá aqui o endereço.’ James disse, entregando um pequeno papel para a menina. ’2:30, tá?’
‘Fechado.’ Ela piscou para ele. Segundo sinal. ‘Droga’ Ela pensou ‘o banheiro vai ficar pra depois.’ E saiu correndo em direção a sala de aula.

null!’ null chamava o amigo durante a aula de Geografia. Ele se virou para ela, um pouco distraído. ‘Toma!’ Ela jogou um papel para o menino.

‘Hoje tem ensaio da banda do James na casa dele. Vamos? 2:30. Ele mandou chamar todo mundo. Passa pro resto do povo.’

null leu o bilhete e olhou para null. Fez sinal de positivo com a mão e jogou o papel para null, que jogou para null, que jogou para null, que jogou para null, que jogou para null, que jogou para null. No final, todos haviam concordado.

‘Já são 14:28, James!’ Matt dizia para o menino, nervoso.
‘Relaxa, Matt. É um ensaio com alguns amigos. Só isso. Não é um show.’ O garoto respondeu da cozinha, rindo.
‘Eu vou me mijar todo no dia de um show.’ Matt disse, parecendo assustado. Pôde ouvir a gargalhada de James. Se levantou do sofá e foi até a cozinha tomar um copo d’água. ‘Minha garganta tá seca.’
A campainha tocou no segundo seguinte, fazendo-o se engasgar. ‘Atende, James.’ Ele o olhou e balançou a cabeça, sorrindo e indo até a porta.
‘OOOOOOLÁ!’ Gritaram todos juntos, ao verem James.
‘Oi?’ Ele respondeu rindo. ‘Entra aí, gente.’ Ele abriu passagem para os amigos. ‘MAAAAAAAAAATT! VEEEEEEEM CÁ!’
Ouviram alguns passos, e logo um menino alto, de olhos castanhos, cabelos negros e uma estrela tatuada na mão aparecia timidamente. ‘E aí?’ Ele murmurou.
‘Gente, esse é o Matt Willis. Ele é da minha banda.’ O tal garoto sorriu novamente, e encarou o chão. ‘Ele ta nervoso por causa do ensaio.’
‘Relaxa, Matt.’ null disse. ‘Eu também ficava nervoso.’
‘É.’ null concordou. ‘Um dia ele ficou tão tenso, que quando foi cantar, cuspiu tudo.’
‘Na minha cara.’ null disse, emburrado.
‘Foi, muito legal. Fiquei com cheiro de baba seca, como diz a null aqui, por um mês.’
‘AAH! POR ISSO QUE VOCÊ DISSE QUE ERA O MONSTRO DA BABA ONTEM, NÉ?’ null gritou, fazendo todos explodirem em gargalhadas.
Matt agora se sentia mais à vontade. Depois de conversarem um pouco, o celular de James tocou.
‘Alô? E aí, dude? Por que? AH NUM ACREDITO! Tá. Tá. Me liga depois então, ok? Valeu, tchau.’ O garoto encarou os amigos. ‘O Charlie não vem. Ele ficou de recuperação em 5 matérias e agora a mãe dele o obrigou a ficar estudando a semana toda. O ensaio babou, galera.’
‘Aaaaah...’ Todos fizeram, desapontados.
‘Vamo assistir um filme, então? Que tal terror?’ Matt sugeriu, animado.
‘AAAAAAAAAAAHAM!’ null gritou.
‘Ok, mas não tem pipoca nem refrigerante aqui.’ James avisou, se sentando.
‘Vamos comprar então, ué!’ null disse. ‘Quem vem?’ Rapidamente, null, James e Matt se ofereceram. ‘No meu carro.’ James disse.

null.’ null disse para a amiga que estava no banco de trás do carro de James. Ele e Matt estavam conversando animadamente sobre neve, ketchup e cachorros. Tudo se relacionava, de uma maneira que as meninas não entendiam.
‘Diga.’
‘Ontem eu conversei com o menino do bate-papo de novo. Ele é tãããão legal!’
‘Tá. null, eu já te disse pra parar com isso. Você sabe o que aconteceu da última vez, quando você precisava esconder a prova de Física dos seus pais...’
‘Mas como eu podia imaginar que Gatinho Sensual era o DIRTETOR da escola?’
‘Esse é o problema! Você não sabe com quem você tá desabafando!’
‘Ele é diferente. Ele não é tosco como o Gatinho Sensual, null.’
‘Você é quem sabe. Minha opinião é bem clara em relação a isso: eu sou TOTALMENTE contra. Isso é maluquice.’
‘Mas eu não consigo evitar. É mais forte que eu.’
‘Idiota.’ null disse, rindo.
‘Hey, quer dormir lá em casa hoje? Amanhã é feriado mesmo. Você, null e null.’
‘Claro, po!’
‘CHEGAAAAAAMOS, MENINAS!’ Matt disse, pulando do carro.
‘Vamos, gazela.’ James falou, puxando o menino pela gola da camisa.

‘Vejamos, então... Refrigerante, ok. Pipoca, ok. Chocolate, ok. Absorvente, ok.’
‘James, pra que você quer absorvente?’ null perguntou. null e Matt procuravam incansavelmente por uma marca de chiclete que null pediu. Pelo jeito, só existia na cabeça dele.
‘Pra cadelinha da minha avó. A Meggy. Ela precisa disso, por que tá muito velhinha e não consegue mais enxergar o jornal.’
‘Já pensou em alguma coisa tipo fralda canina?’
‘Existe?’
‘Sei lá. GEEEEEEEENTE!’ null gritou. null e Matt se viraram. ‘Esquece o chiclete do null. Vamos pra fila.’ Eles assentiram, indo em direção ao caixa.
‘UM CAIXA LIVRE!’ James gritou, correndo até o local. Esbarrou em uma garota, que parecia ter tido a mesma reação que ele ao ver o tal caixa livre.
‘AAAAI, SEU VANDALO!’ Ela gritou. James havia caído em cima dela, e os dois ainda estavam no chão. ‘SAAAI DE MIM, COISA RUIM!’
James a olhou. ‘Shiu, menina! Você PULA EM CIMA DE MIM e ainda vem me xingar?!’
‘PULAR EM CIMA DE VOCÊ?! FEIO DESSE JEITO?! SE MANCA, MEU FILHO!’
‘Falou a gatona do mercado, né?!’ Ela o encarou, boquiaberta.
‘CALA A BOCA, GAROTO! COM ESSE CABELO AÍ. METADE LOIRO, METADE PRETO, PARECE UM GAMBÁ, VEM ME CHAMAR DE FEIA?’
‘É ISSO MESMO!’
‘Andressa, pára de arrumar confusão!’ Uma menina, que devia ser amiga da tal louca, disse. Ela, ao contrário da doida, parecia ser calma, tranqüila.
Matt, null e null, que riam sem parar, não puderam deixar de notar na tonalidade tomate maduro da cara de James.
‘Eu?! Arrumando confusão? Isadora, esse... esse... GAMBÁ ENLOUQUECIDO TARADO POR CAIXAS praticamente VOA em cima de mim. Eu fico quieta?! NAAAAH!’
‘CAAAALA A BOCA, SUA DOIDA! VOCÊ QUE SALTOU EM CIMA DE MIM! PARECE QUE NUNCA VIU UM HOMEM NA VIDA!’
‘James, chega!’ null, que ainda lutava para respirar em meio a tantas risadas, falou. ‘Desculpa, menina. É que ele ta na TPM, sabe como é qu... Andressa? Andressa Monteiro?’
null! Quanto tempo, garota! Você ta ótima! Tão diferente!’ A menina agora a olhava de cima a baixo.
‘Você também! A gente não se vê há... o que? 7 anos?’
‘Isso ou mais, né? Lembra da Isadora?’ Ela perguntou puxando a amiga pelo braço.
‘CLAAAAAARO, COMO NÃO?’ Elas agora se abraçavam e davam gritinhos de alegria.
‘Calma aí, null. Você conhece essa ASSASSINA?’ James perguntou, sem entender nada.
‘Estudamos juntas quando éramos pequenas. Nós três.’
‘Eu... Erm...’ James parecia sem palavras.
‘Esses são Matt e null.’ null apresentou-os às outras duas. Os cinco agora conversavam como se fossem super amigos e James fazia questão de se manter longe da amizade com a tal da Andressa. ‘Garotinha enfezada’ ele pensava.
‘Então ótimo. Vamos lá.’ Ele pôde ouvir null, até que Matt se virou para ele. ‘Dude, a Andressa e a Isadora vão com a gente, ta?’
‘O QUE?’ null o olhou, fuzilando-o, como uma mãe faz com um filho quando ele mexe na bolsa de uma visita. ‘Tá ué.’ E foram os seis para o carro de James. ‘Droga...’ Ele pensava.


Cap. 6

‘Naaaah, null’ null dizia, enquanto jogava vídeo game com o menino. ‘EU sou BEEEEEEEM melhor.’
‘Não é não. EU sou.’ Ele respondeu, levantando o queixo, sem tirar os olhos da tela. ‘Muito melhor.’
‘CALADOS. Eu sou o rei do vídeo game.’ null disse, se jogando no sofá de James. ‘Todos sabem que eu esculacho quando tô jogando. Isso é óbvio.’ null e null o olharam de cima a baixo, rindo depois. ‘Que foi? Não acreditam, é?’
‘Nop, amorzinho. Eu sou bem melhor.’ null falou, sentando-se no colo dele. null e null ainda jogavam, quando a menina gritou. ‘YEEEEES! GANHEEEEEEI!’ Se levantou pulando do sofá, comemorando. De repente a porta se abriu. null, Matt, null e uma menina desconhecida entraram.
‘Heey everybody!’ null disse, sorrindo.
‘Cadê o James?’ null perguntou, voltando do banheiro. ‘Ah. Oi.’ Disse, quando percebeu a menina desconhecida. De repente, James e outra desconhecida entraram ao mesmo tempo, batendo na porta.
‘AAAI, CAVALO!’ Ela gritou. ‘Primeiro as damas!’
‘Que dama? VOCÊ? Se manca, garota!’
‘Andressa, já mandei parar!’ A primeira menina disse.
‘Ah, gente. Essas são Isadora e Andressa.’ Matt apresentou.
‘Ooooi!’ Eles disseram ao mesmo tempo. Elas responderam, sorrindo.
‘Bom, já escolhemos o filme.’ null disse. ‘O Chamado.’
‘AAAH NÃO! EU TENHO MEDO!’ null gritou.
‘Fala sério, null, você nunca viu?!’ null perguntou, abraçando null por trás.
‘Nop.’
‘Relaaaaxa, você vai gostar!’ null disse, sorrindo. ‘Bota o DVD aí, James.’
‘Ok, exploradores.’ Ele respondeu, ajoelhando-se em frente ao aparelho. ‘Pronto. Apaga a luz aí, null.’ null se levantou, e o fez. Todos já estavam sentados: Andressa, Isadora, Matt e James no sofá, null e null num pufe, null e null em outro, e null, null, null e null no chão. 30 minutos depois, Isadora segurava forte na mão de Matt, assustada.
‘AAAAAAAAAH! ELA VAI SAIR DA TV!’ null gritou, escondendo o rosto no peito de null. O menino sorriu de lado, abraçando-a.
‘Relaxa, linda, é só um filme.’
Ficaram em silêncio novamente. Matt sentia que sua mão necrosaria em breve se Isadora não a soltasse. ‘Isadora.’ Ele sussurrou para ela. ‘Minha mão ta doend...’
‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!’ Ela gritou, pulando no colo do garoto. Todos riram.
‘Não abusa dele não, garota!’ Andressa disse.
‘É. Pega mal!’ null completou, piscando, fazendo todos gargalharem.
‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! NÃO! EU VOU EMBORA!’ null gritou. ‘Não vou assistir mais isso! MORRO DE MEDO!’ Ela se levantou. ‘James, estou no seu computador. Beijos, tchau.’ Se virou, subindo as escadas até o quarto do menino. Ligou o computador. ‘Ele tem que estar online.’ Ela pensava. Entrou no MSN. Of. ‘DROGA!’ Disse, batendo com a mão na mesa.

‘AH, null, fala sério! Isso não existe!’ null tentava convencer null.
‘E se existir?’
null, não adianta. Você tem que contar a verdade: a Samara existe. Eu já peguei ela. No poço. Foi queeeente!’ null disse, fazendo todos gargalharem, menos null, que ficou com cara de apavorado.
‘SÉRIO, DUDE?’
null, ele ta acreditando.’ Isadora disse.
‘Mas ele tem que saber. É como descobrir que Papai Noel não existe e...’ null dizia.
‘NÃO?! COMO NÃO? ELE ME DEU ATÉ PRESENTE ANO PASSADO!’ null gritou, se levantando. Todos o encararam, boquiabertos, antes de começarem a rir. O menino continuou sem entender.
‘Existe sim, null.’ null disse.
‘É. Eles só estão tentando te iludir.’ null explicou.
‘Ahn sim... ENGRAÇADINHOS! Quase me pegaram, hein!’ Ele disse, apontando o dedo para os meninos.
‘É, né null? Foi quaaaase!’ Matt disse, fazendo todos rirem.
‘Vou lá em cima, gente. Dar um susto na null.’ null disse.
‘Boa idéia, null! Também vou!’ null disse, mas null a impediu. ‘Ou não, né...’
O garoto se levantou, subindo as escadas e fazendo o mesmo caminho de null. Foi até o quarto de James, e parou na porta. Estava se preparando para entrar, quando viu aquilo. ‘Fulana.’ Ele disse baixinho, para si. ‘É a null. Eu preciso descobrir quem é o tal...’ Ele dizia. Ainda estava processando a idéia. ‘Mas isso é segredo, null. SE-GRE-DO.’ Ele voltou ao plano inicial. ‘No já. 1,2,3 e...’
‘AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!’ Ele gritou, pulando dentro do quarto. null rapidamente fechou o MSN, e botou a mão no peito, tentando se acalmar.
null, você quer me matar?!’
‘Mais ou menos isso...’ Ele disse, piscando e sorrindo maroto. A menina deu um tapa no braço dele, que sentou em seu colo.
‘SAAAI DE CIMA DE MIM!’ Ela gritou, rindo.
‘NAAAAAAAAAAH, LINDA! Vai ter que me convencer a levantar.’
‘Como? Eu prometo que te compro um chocolate.’ Ela disse, angelicalmente.
‘Nop. Quero um chiclete. A-GO-RA.’
‘Não tenho, null.’ Ela disse, estranhando a resposta do garoto.
‘Então eu fico aqui.’
‘Não fica não. Não mesmo.’
‘Então... Eu quero... Deixa eu ver...’ Ele falava, fazendo cara de pensador. ‘JÁ SEI O QUE EU QUERO!’
‘O que?’ Ela perguntou, fingindo má vontade.
‘Isso.’ Ele respondeu, segurando as bochechas da garota. Passou o nariz de leve no rosto dela. ‘Isso.’ Ele repetiu, agora sussurrando. E a beijou.
‘YES! TOMEI CORAGEM!’ Ele pensou.
‘YES! YES! YES?!’ Ela pensou.
‘Não, null... Sai.’ Ela falou, depois de um tempo. Ele se afastou da menina, sem entender.
‘Mas... M... Eu pensei qu...’ Gaguejava.
‘Pensou errado. Eu não quero que você me use pra esquecer a Alex, null. Vocês terminaram ontem e eu sei que você ainda sente alguma coisa por ela.’
‘NAAAH! NÃO!’ Ele gritou. ‘null, eu juro! Eu nunca faria isso com voc...’ Ele não terminou. null havia saído do quarto antes disso. Passou correndo pelos amigos.
‘O que houve?’ null perguntou para ela.
‘Depois eu ligo pra vocês.’ Ela respondeu, antes de bater a porta da casa de James. Todos estavam em silêncio, e null e null se entreolhavam, quando null desceu as escadas.
‘O que houve?’ null, desta vez, perguntou.
‘Argh, NADA!’ Ele gritou, fazendo a mesma coisa que a garota.
‘É o que eu to pensando?’ null perguntou.
‘Provavelmente, caro null.’ null respondeu.
‘É impressão minha ou só eu, James, Andressa e Isadora não entendemos?’ Matt perguntou, se ajeitando no sofá.
‘Não, não é impressão.’ null respondeu.
‘Então explica.’
A garota olhou para os amigos, como se estivesse perguntando se era justo contar, e eles apenas confirmaram com a cabeça. Ela hesitou.
‘AAH! EU CONTO!’ null disse, começando a contar.

null abriu a porta de casa lentamente. ‘Droga, esqueci!’ Ela disse, batendo com a mão na testa e pegando o celular.

null, meu celular ta tocando. Pega pra mim.’ null disse, pegando o telefone da mão da amiga. ‘null’ Ela leu em voz alta.
‘DIIIIIIIIIIIGA O QUE HOUVE!’ Falou ao atender.
‘Depois. Vocês dormem aqui hoje, né?’
‘É né! A gente ta indo praí.’
‘Ok. Chama a Isadora e a Andressa também.’
‘Ok. Vou falar com elas.’
‘Te espero aqui, então. Preciso de vocês. Beijo.’
‘Beijo, gata!’
null desligou o telefone. ‘Nós todas dormiremos na casa dela hoje. Incluindo vocês.’ Ela disse, apontando para Isadora e Andressa, que assentiram.
‘E nós?’ null perguntou, manhoso.
‘Durmam com os cães!’ null respondeu, rindo.
‘Estamos indo AGORA.’ null falou, se levantando.
‘OOOOOOk!’ null respondeu, ficando em pé. ‘Adeus pra quem fica.’ Abriu a porta e todas as meninas saíram.
‘Estamos abandonados.’ null disse, fitando a TV.
‘Parece que sim...’ Matt falou.
‘Liga pro null aí.’ null falou.
James pegou o celular, discando o numero do garoto.

null estava deitado na cama, pensando no último acontecimento, quando seu celular tocou. ‘Bourne. Não.’ Ele pensou, antes de desligar o celular e ligar o computador.

‘Tá desligado.’ James falou, se jogando no sofá.
‘Video game?’ null perguntou.
‘SIIIIIIIIIIIM!’ null gritou, correndo para o quarto de James, seguido por Matt, null, null e James.

Mais uma vez, null estava em casa, desejando com todas as forças que o tal menino estivesse online. Ela não estava chorando, pois não sabia se estava feliz ou triste. Ela podia sentir arrepios só em lembrar-se do beijo. Ligou o computador e se sentou. Entrou no MSN, mas o menino estava of. ‘Que saco.’ Ela falou para si mesma, antes de ver a janelinha subindo.

*Beltrano acabou de entrar*

Sorriu.

Fulana: HEEEEY!

Beltrano: Eu MAL entro e ela veeeeem. Diga. (;

null sorriu. Agora que sabia que era null, tudo parecia diferente. E estava, não estava? Estava.

Fulana: Ele me BEIJOU.

‘O QUE?’ null gritou, dando um pulo da cadeira. A única pessoa que havia beijado null era... ELE. ‘EEEEU!’ Ele gritou novamente, sorrindo. ‘ELA ME AAAAMA! ME AAAAMA! ME AAAAMA!’ Sentou-se de novo na cadeira.

Beltrano: CUMA?!

Fulana: A gente tava na casa de um amigo. Eu tava no computador, ele veio, sentou no meu colo e acabou me beijando. *-*

Beltrano: E você?

Fulana: Aí vem a parte ruim: eu fiquei toda confusa. Levantei e vim correndo pra casa. QUE QUE EU FAÇO?

Beltrano: Conversa com ele. Já te disse.

Fulana: NAAAAH! Eu vou parecer uma idiota, sério. Outro conselho.

Beltrano: Com ele converse? HAOIUEHEAOIUHAOIA (;

Fulana: Engraçaaado. *cara séria*

Beltrano: Sério. Eu não sei. Essa é a única solução.

Fulana: Ain não... Eu fiquei feliz por ele ter tomado uma atitude, sabe? Eu gosto de atitude.

‘Nota mental, null: Ter atitude.’ Ele pensou, alegre.

Beltrano: Então espere. Se você não toma atitude, pode ser que não ande...

‘É mesmo...’ null pensou, em casa. null havia dado o primeiro passo, mas ela reagiu da pior maneira possível. E se ele tivesse se assustado e decidisse desistir? Ela perguntou para Beltrano.

Beltrano: Se ele gostar de você, ele vai reagir.

Fulana: Eu espero. Mesmo, caara. ~;

A campainha tocou. ‘Elas chegaram.’ A menina se levantou e desceu as escadas para atender a porta e dar de cara com as cinco amigas.
‘Ooooi, gente!’ null falou.
‘Explique-se JÁ, Srta. null!’ Andressa disse, entrando na casa da amiga.
‘Ok. O null me beijou.’
‘E VOCÊ SAIU CORRENDO? BEBEU O QUE, MINHA FILHA?’ null perguntou, gritando. Ela não podia acreditar.
‘Eu fiquei confusa. Eu to confusa. Demais.’
‘Por que?’ null perguntou.
‘Por que eu acho que ele ainda gosta da Alex, e não quero ser usada.’ Ela respondeu, calmamente. As amigas ficaram em silêncio, processando a idéia.
‘Eu tenho que dizer que te entendo, amiga.’ null falou, tentando parecer empática.
‘É. Eu também não gostaria de me sentir usada, mas você tem que ter certeza. Ele pode muito bem estar gostando de você, sabe? Às vezes você ta se protegendo mais que o necessário.’ Isadora falou, abraçando null.
‘Eu sei... Mas é que eu tenho tanto medo.’ Ela disse. ‘Mas, enfim, vamos subir!’ Completou, subindo as escadas. Chegando no quarto, a menina desligou o computador e se sentou na cama. Começaram a conversar animadas, e logo já estavam rindo. Era incrível como a presença das amigas já fazia com que null se sentisse bem. Muito bem.

‘Ela saiu. Sem se despedir.’ null pensou, tristonho. ‘Não acredito, dude...’ Se levantou da cadeira e foi ver o céu, como havia feito no outro dia. Estava mais lindo que antes. As estrelas brilhavam mais e a lua parecia maior. Ele sorriu, se lembrando do que havia feito na casa de James. ‘Ela fugiu, mas ela gosta de você. Corre atrás, garoto. Ela merece.’ Pensou, se deitando na cama. Pegou o celular e abriu para ver a foto do papel de parede. A foto preferida dele: null segurava null no colo, e eles estavam na piscina. Os dois sorriam muito, pareciam realmente felizes. O sorriso dela era o mais lindo de todos. ‘Já seeeei!’ Ele disse para si, escrevendo uma mensagem para a menina: ‘eu ainda não esq’ O celular tocou, bem na hora em que ele escrevia. ‘Alex. Eu não acredito nisso.’ Atendeu.
‘Oi.’
'OOOI MÔZINHO. TAVA COM SAUDADES SUAS!’
‘Não me chama de môzinho, Alex.’
‘Por que? Ta estressadinho, meu amor?’
‘Não. É que você sabe que a gente não tem mais nada.’
‘Não?! Eu não sabia disso.’
‘Sabia sim.’
‘Não, não sabia, minha gracinha.’
‘E você quer que eu te lembre na frente de todo mundo? Mais uma vez.’
Ela ficou um tempo em silêncio, até que continuou.
‘Ok, null. Eu to te dando outra chance.’ Respondeu, meio grossa. ‘Você nem ao menos me merece.’
‘Realmente, por que NINGUEM TE MERECE.’
‘VOCÊ É UM ABUSADO! OK ENTÃO! MAS NÃO VENHA RECLAMAR NO MEU OUVIDO QUANDO EU APARECER COM OUTRO!’
‘Eu reclamo se você NÃO desaparecer, isso sim.’
A menina desligou o telefone na cara dele, que riu, voltando a se lembrar do beijo. ‘Atitude, null. Ela quer atitude.’ Pensou um pouco. Precisava de uma idéia. Mesmo. Mesmo. ‘CLAAARO!’ Digo, não mais, né?

Cap. 7

‘Acorda, null!’ null gritava, batendo com o travesseiro na cara de null. ‘Já ta todo mundo na cozinha, só falta você.’ Ele resmungou alguma coisa em resposta e se virou. ‘Vai ficar seeeem comida!’ null disse, saindo do quarto. Bem, foi incrível a velocidade com que null se levantou ao ouvir isso. Mesmo.

‘Cheguei, bando de gay!’ null disse, entrando na cozinha e se sentando a mesa de James. Todos haviam dormido na casa do menino.
‘Até que enfim a Bela Adormecida acordou!’ null exclamou, bebericando seu chocolate quente.
‘Cala a boca, null! Alguém já ligou pro null?’ Matt perguntou.
‘Vou ligar agora.’ James falou, se levantando e indo até o telefone da sala.

null ainda estava deitado na cama, dormindo, quando ouviu o toque do celular. Acordou e atendeu.
‘Alô...’
null, você não vem pra escola? Já era pra ta aqui!’
‘CARACA! DROGAESQUECIAESCOLA!’ Ele gritou rápido, pulando da cama. Pôde ouvir várias risadas.
‘Babaca, hoje é feriado!’
‘Ahn é... Esqueci.’
‘Tinha que ser você!’
‘Mas fala logo, Bourne. Você não me ligou pra ouvir minha voz linda, o que vale a pena fazer, claro.’
‘Não, valeu. Liguei por que ta todo mundo aqui. A gente pensou em ligar pras meninas e fazer alguma coisa.’
‘Ok. To indo praí então.’
‘Valeu, dude.’
Desligou o telefone e foi até o banheiro. Tomou um banho, se vestiu, comeu alguma coisa e pegou o carro, indo em direção a casa de James.

‘Ele deve tá chegando daqui a pouco.’ James falou, desligando o telefone.
‘Ok então. To ligando pra Isadora.’ Matt disse, pegando o telefone da mão de James.
‘IIIH, WILLIS! JÁ PEGOU ATÉ O TELEFONE DA GAROTA!’ null gritou, rindo.
‘Peguei sim, por quê? Algum problema?’
‘Naaaah, nop. Imagina.’ null falou, rindo mais ainda.
‘Ela é demais, dudes.’ Matt falou, enquanto discava o número da menina. Todos o olharam. ‘APAIXONOOOOOU!’ Gritaram em coro, em meio a risadas. O garoto ignorou, esperando a menina atender.

‘Isadora sai desse banheiro que eu quero tomar banho!’ null gritou, batendo na porta. null, null e null já estavam na cozinha, enquanto Andressa ainda estava no quarto, se arrumando.
‘HEEEEEY!’ Ela gritou, ao ouvir o toque do telefone da amiga, levantando da cama e indo em direção ao banheiro. Bateu na porta, ao lado de null. ‘Isadora, celular.’
‘Que?’
‘CELULAR!’
‘Ah tá. To saindo.’ Ela respondeu.
Dois segundos depois as duas meninas ouviram o barulho da porta se destrancando, e deram de cara com Isadora com uma toalha na cabeça. ‘ATÉ QUE ENFIM!’ null exclamou, entrando no banheiro. A menina pegou o celular da mão de Andressa e atendeu.
‘Alô?’
‘Alô, Isadora?’
‘OOOOI MATT!’
‘E aí? Erm... Aqui, eu e o resto dos meninos estávamos pensando em fazer alguma coisa hoje. Vem pra casa do Bourne com o resto das garotas.’
‘Ok, só um segundo.’ Ela tampou o aparelho, gritando para as amigas. ‘VAMOS SAIR COM OS MENINOS HOJE, TÁ? ESTAMOS INDO PRA CASA DO JAAAAMES!’ Ela ouviu alguns ‘oks’ murmurados como resposta e voltou ao celular. ‘Ok, nós estamos saindo daqui a uns 20 minutinhos.’
‘Te espero então, gata.’
‘Ok. Me espere então. Beijo.’
‘Beijos!’
Desligou o telefone e viu uma Andressa com as mãos na cintura, a encarando. ‘Que foi?’ Isadora perguntou para a amiga.
‘Gata é?!’
‘AAH CALA A BOCA!’ Disse rindo e batendo na cabeça da menina.

‘CAMPAINHA, BOOOOOOURNE!’ null gritou, ainda mastigando o pão. Todos já haviam terminado o café, menos ele. Ouviu o barulho do menino descendo as escadas. James atendeu a porta.
‘E aí, null?’ Disse, sorrindo.
‘Fala, cara!’ Ele respondeu, entrando. Agora que ele sabia que null gostava dele, James não parecia mais tão irritante. Ele era até legal. ‘Po, null! Você come hein!’
‘Cala a boca aí, null!’ null gritou como resposta, voltando total atenção ao pão que comia.
James e null subiram, indo até o quarto, onde todos estavam reunidos, jogando vídeo game.
‘Po, null! Você quase arrebenta o controle, cara!’ null gritou, tirando o controle da mão do amigo.
‘Foi mal. É a empolgação.’
‘EMPOLGAÇÃO?! Isso pra mim é falta de mulher! A null não é suficiente não, é?’ Matt falou, brincando.
‘Cala a boca aí!’ null respondeu, emburrado.
‘HEEEY!’ null disse, cumprimentando a todos. ‘Quero jogar.’
‘SAI FORA!’ James gritou, empurrando-o e pegando o controle da mão de Matt.
‘Eu e você, Bourne.’ null disse, começando outra partida. A campainha tocou de novo e eles escutaram novamente a voz de null.
‘CAMPAINHA, BOOOOOOURNE!’
‘Ah não! Vai outra pessoa! CAN-SEI.’ James falou.
‘Eu voooou, encosto!’ null disse, se levantando e indo até a porta. Abriu e deu de cara com null e as meninas. Não pôde deixar de reparar na garota. Estava linda. Vestia uma saia jeans, uma blusa roxa de manga comprida e rasteirinha prata com detalhes em roxo. Os cabelos soltos caiam sobre seu ombro. Ela parecia um anjo para ele.
‘Oi, null...’ Ele disse, sorrindo para a menina. Ela sorriu de volta, olhando para baixo, envergonhada.
‘Nós também estamos aqui, tá?’ null falou rindo, e indo até null, que acabava de comer seu pão.
‘Entra aí, gente!’ Ele disse, por fim. As meninas riram e entraram, indo direto subir as escadas.
‘Atitude, null.’ Ele pensou, seguindo-as.
‘OOOOOI!’ null disse sorrindo quando chegou na porta do quarto onde os meninos estavam.
‘Oi, null!’ null respondeu, enquanto a menina sentava em seu colo. null, Isadora, null e null entraram logo atrás dela. Andressa, que entrou depois, tropeçou no fio do controle de James, fazendo o jogo desligar.
‘PO, GAROTA! TÁ CEGA É?’ Ele gritou, se levantando.
‘Ai seu GROSSO! Eu tenho culpa?’
‘CLAAAARO NÉ!’
Todos, que já sabiam que a discussão continuaria, saíram do quarto, deixando-os sozinhos.
‘CLARO NADA!’ Ela gritou de volta. ‘SEU GAMBÁ!’
‘Sua estúpida!’
‘A SUA MÃE, NÉ?’
‘CALA A BOCA ANTES DE FALAR DA MINHA MÃE!’ Ele gritou, dando um leve empurrão em Andressa.
‘TIRA A MÃO DE MIM, SEU BABACA!’ A menina gritou, dando um tapa na cara de James. O garoto segurou o pulso dela, puxando-a para perto.
‘ME LARGA AGORA, BOURNE!’
‘NÃO VOU LARGAR NÃO! VOCÊ ACHA QUE MANDA EM MIM, É?!’
‘É SIM!’
‘AH GAROTA, CALA A BOCA!’
‘FAZ CALAR, IDIOTA!’
Ele a olhou, com raiva. Que garota abusada!
‘FAÇO SIM!’ Ele gritou, beijando-a. Andressa tentou se soltar, mas não conseguiu. Se debatia nos braços de James, até que foi cedendo aos poucos, até que ele quebrou o beijo e sorriu para ela.
‘Você é linda demais pra ser tão abus...’ Foi calado com um tapa na casa.
‘BOURNE, SEU RIDICULO!’ A garota gritou, saindo do quarto.
Ele se sentou na cama. O que tinha acabado de fazer? ‘Eu não acredito nisso! Eu BEIJEI Andressa Monteiro. Preciso de tratamento médico.’ Falou para si, e lembrou do beijo da garota. Sorriu sozinho e tocou os lábios. ‘Talvez não precise tanto assim.’

Andressa desceu as escadas, furiosa, e se sentou no sofá, ao lado de null. Cruzou os braços, emburrada.
‘O que houv...’ null começou, mas foi cortada.
‘NÃO PERGUNTA!’
Um segundo depois e viram James descer, do mesmo jeito. Ele se sentou ao lado de null, que ficou entre os dois.
‘VOCÊ É PATÉTICO, MENINO!’ Andressa gritou para James.
‘EU?! EU?! VOCÊ QUE É! FICA AÍ SE FAZENDO DE DIFICIL! VAI FALAR QUE NÃO GOSTOU?!’
Ela o encarou, boquiaberta. Tentou falar uma vez, e parou. Que menino abusado!
‘GOSTAR?! DE QUE?! VOCÊ NEM BEIJAR SABE, JAMES! PARECE UM SAPO!’
‘Sapo é?! Só se tiver virado príncipe, por que você se derreteu toda!’
‘CALMA AÍ!’ null gritou, rindo, desacreditado. ‘O Bourne beijou a Andressa. É isso?!’
‘É!’ Os dois responderam juntos, emburrando a cara.
‘NÃO ACREDITO NISSO!’ null exclamou, fazendo todos gargalharem. ‘Eu percebi desde o primeiro ‘gambá’ que saiu da sua boca, Monteiro.’
‘Fica quieta.’ Andressa disse entre os dente, sem olhá-la nos olhos, morrendo de raiva.
‘Ela me ama e não tem coragem de assumir.’ James disse, rindo.
‘Parece alguém que eu conheço.’ null disse, olhando bem para null, que ficou vermelha e abaixou os olhos.
‘Esqueçamos tal acontecimento e focalizemo-nos no assunto principal.’ null falou.
‘CUMA?! O null agora ta dando pra falar direito, é?!’ Isadora exclamou, fingindo estar pasma.
‘Parece que sim!’ Matt disse, rindo.
‘QUE BONITIIIIIIIIINHO!’ null falou, apertando as bochechas do menino, que deu um selinho nela.
‘Tá quase lá, null!’ null falou, fazendo todos rirem. ‘Mas enfim, que faremos?’
‘Eu tava pensando em irmos patinar no gelo. Que que vocês acham?’ null perguntou.
‘Ótima idéia, null!’
‘Erm... Gente, tem um probleminha.’ Isadora falou.
‘Diga.’
‘Eunãoseipatinar.’ Ela disse, rápido.
‘QUE?! Fala que nem gente!’ James falou, rindo.
‘EU NÃO SEI PATINAR!’
‘Como não? Uma inglesa que se preze TEM que saber patinar!’ Ele exclamou.
‘Mas eu não.’
‘Relaaaxa! Eu te ensino!’ Matt falou, piscando para a menina, que sorriu agradecida.
‘LÁ VEM O MATT SE APROVEITANDO!’ null gritou, fazendo todos rirem.
‘Cala a boca, null!’
‘Heeeey! Não manda o meu bebê calar a boca não!’ null disse, abraçando a menina, fazendo todos rirem mais ainda.
‘Vamos logo, gente!’ null disse, abrindo a porta. Foi seguido pelos outros. Eles se dividiram em dois carros. Iriam patinar no parque. Era o melhor lugar, sem dúvida.

‘Erm, null.’ null disse dentro do carro em que estava com null, Matt, Isadora e James.
‘Fala, insuportável.’
‘Passa lá em casa antes?’
‘Pra que, dude? A gente já ta no meio do caminho.’
‘Eu preciso, cara. Sério.’ Ele olhou para o amigo, como se estivesse pedindo ajuda.
‘Ok,ok.’
Os outros quatro, que nem haviam percebido a mudança de planos, conversavam animadamente sobre como Isadora conseguiria levar mais tombos que uma criança. Pararam o carro em frente à casa de null, que desceu.
‘Vai rápido, null!’ null falou, vendo o garoto entrar correndo em casa. Alguns segundos depois, o mesmo null saiu carregando um violão.
‘Pra que um violão?!’ null perguntou, ao perceber onde estava.
‘Você vai ver, cara null.’ Ele respondeu. A garota arqueou a sobrancelha.
‘Ui, to até tenso.’ Matt falou, rindo.
‘Fique mesmo. Fique mesmo.’

‘CHEGAAAAAAAAAAMOS!’ null gritou, pulando do carro com null no colo. Logo atrás, desceram null, null, Andressa e null.
null, calma. É só um parque.’ null falou, rindo da reação do amigo.
‘Eu sei! Não é incrível?!’ Ele respondeu, sorrindo abertamente. Todos estranharam, gargalhando.
‘ATÉ QUE ENFIM, HEIN!’ Andressa disse, ao ver o carro de null se aproximando.
‘Cala a boca, garota.’ James respondeu, sem encará-la, enquanto descia do carro.
Andressa ia falar alguma coisa, mas foi cortada por um olhar fuzilante de null.
‘Bom, vamos pegar os patins?!’ null falou, batendo as mãos.
‘VAAAAAAAAMOS!’ Um coro de vozes felizes respondeu. Pegaram os patins e encararam o lugar, cada um escolhendo um lago diferente. O parque era composto por vários lagos, localizados em diferentes áreas. null, null, Andressa e James escolheram o maior lago, onde havia mais pessoas. Matt e Isadora foram para o lago de principiantes, onde estava mais vazio. null, null, null e null se decidiram em um outro mais para dentro do bosque, cheio de árvores, que faziam com que parecesse um lugar romântico. null ainda estava escolhendo o seu, quando sentiu alguém segurar seu braço. Era null.
‘Vem comigo. Eu conheço um que é incrível.’ Ele sussurrou no ouvido da menina, que se arrepiou, levando-a para dentro do bosque. Chegaram a um pequeno lago, onde caia uma cachoeira, que estava congelada. A luz do sol batia por entre brechas que as folhas das árvores faziam, e refletia no gelo, fazendo parecer um pequeno arco-íris.
‘Nossa, null...’ null falou, quando conseguiu abrir a boca. O lugar era REALMENTE maravilhoso. ‘Isso é tão... Perfeito.’
‘É, eu sei. Eu descobri isso com a minha irmã, quando éramos crianças.’
‘Hum.’
Um silêncio pairou. A menina ainda examinava o lugar, quando disse. ‘Bom, null, vamos?’
‘Não. Senta aí. Eu tenho uma surpresa.’ Ele falou, tirando o violão das costas. Ela sorriu.
‘Surpresa, é?!’
‘Aham. Senta.’ Ele completou, sentando-a em uma pedra, ao seu lado. Começou a dedilhar alguma coisa.
‘Eu escrevi isso ontem. Espero que você goste.’ null sorriu e concordou com a cabeça.

I think yesterday
And all the times I spent being lonely
I watched the young be young
While all the singers sung
About the way I felt
The days are here again
When all the lights go down,
What do they show me?
The rules are all the same
It's just a different game
To tell you how I feel
Although it seems so rare
I was always there


A menina sorriu. Era a música mais linda que ela já havia escutado. Mas e se ele só estivesse tentando iludi-la? Ela parou de sorrir, deixando uma lágrima escorrer.
‘O que houve?’ null perguntou, parando de tocar. ‘Não gostou, linda?’
‘Não é isso...’
‘O que é então?’ Ele deixou o violão de lado, chegando mais perto da menina e enxugando as lágrimas que desciam por seu rosto.
null, eu to muito insegura. Você e a Alex terminaram há pouco tempo. Eu sei que você ainda sente alguma coisa por ela, e eu tenho medo de me machucar por causa disso, sabe?’
‘Não, linda, não é nada disso! Já tinha um bom tempo que a gente não dava mais certo. O dia do ensaio foi só a gota d’água que me mostrou que ela não era mais a mesma, que ela não era a garota certa pra mim. Você que era. Você que é.’ Ela abaixou o rosto, tentando evitar um sorriso de lado que surgia. Sentiu que o menino se aproximava, mas não tentou fugir. Ele levantou o rosto dela pelo queixo, fazendo-a olhá-lo nos olhos. ‘Me dá uma chance de te mostrar que eu posso ser mais que o amigo que gosta de Blink182, que te pega no colo e que te chama de linda. Por favor.’
null, por favor... Não me faz ficar mais confusa.’
‘Não me faz esperar mais tempo pra ser feliz do seu lado.’ Ela o olhou, desacreditada. Ele sorriu e a beijou. Foi um beijo suave e apaixonado. Bem melhor que o da casa de James.
Ela pôde sentir tudo ao seu redor desabando. Mas será que ele também?
Ele se esqueceu de tudo. Só sorria por dentro. Sentia que estava fazendo a coisa certa. Mas e ela? Será que sentia a mesma coisa?
null, por favor.’ Ela falou, separando-se do menino. ‘Entende que isso não é fácil assim...’
‘Por que não, null? Não complica: a gente se gosta e isso é fato.’
‘Não, não, não, não. E a Alex?’
‘A Alex não importa mais. Acredita em mim, por favor.’ null pediu, sorrindo fraco.
null, desculpa, mas não dá.’ Ela falou se levantando e pegando seus patins. Deixou o menino sozinho.
‘Calma, null. Você tá no caminho certo. Relaxa.’ Ele disse para si, sorrindo logo em seguida.

‘JAMES BOURNE!’ Isadora ouviu os gritos de Andressa, do outro lago e riu.
‘Parece que eles tão se entendendo, hein?’ Ela comentou com Matt, que botava seus patins. ‘Preparada, Isadora Mansano?’
‘Quase isso.’ Respondeu, rindo. ‘Vamos.’ Se levantou entrando no lago, levando um escorregão. ‘AAAH!’ Se segurou na mão do garoto, que botou a mão na cintura dela, rindo.
‘É. Isso vai ser mais difícil do que eu pensava.’

null, me espera!’ null gritava, tentando seguir a garota, que patinava na frente.
‘RÁÁÁÁPIDO, SEU LERDINHO!’ Ela disse, parando. O garoto, que não conseguiu frear, acabou caindo por cima dela.
null!’ Ela gritou, gargalhando junto com ele.
‘Olha o James e a Andressa.’ Ele comentou e os dois olharam para eles.
‘BOURNE, POR QUE VOCÊ AMA TANTO SE JOGAR EM CIMA DE MIM?’ Andressa gritou, enquanto James tentava se levantar.
‘Eu?! Você me puxa, me joga em cima de você e ainda fala isso?’
‘TE PUXAR?!’
‘ISSO MEEEESMO!’
‘Se manca, James! Gambá idiota! Cala a boca.’
‘Você pediu. De novo.’ Ele falou, beijando-a logo em seguida.
‘NÃO ACREDITO!’ null gritou, morrendo de rir com null. ‘Bourne e Monteiro. Eu ainda não tinha me convencido!’
‘JAMES BOURNE, EU MANDEI VOC...’
‘Shiu, Andressa!’ Ele falou. ‘Agora você não me escapa, gata.’ A apertou mais forte e voltou a beijá-la. Ela partiu o beijo e sorriu.
‘Bourne, não creio nisso.’ Disse, rindo.
‘Agora você pára de me xingar?’ James perguntou, fazendo cócegas nela.
‘Talvez.’ Ela se fez de difícil.
‘AAAAAAAAE!’ null e null gritaram, se jogando em cima do mais novo casal. ‘Quem diria, hein?’ Ela disse.

null, pára com isso! Você vai sufocar minha amiga!’ null disse, rindo, e tentando separá-lo de null.
‘NAAAH! SAI!’ Ele berrou, voltando a abraçar a menina.
‘Vocês deviam tomar vergonha.’ null se pronunciou.
‘É, null. Eles tão certos, a gente nem ta namorando.’ null falou, pensativa.
‘NÃO?!’
‘Você não pediu.’
‘É mesmo, null. Eu e a null podemos, por que a gente já namora.’
‘Nop, null. VOCÊ também não pediu.’ null disse.
‘NÃO?!’
‘Não.’ Ela respondeu, levantando o queixo.
null e null se entreolharam e sorriram, maliciosos.
‘Quer ser minha namorada?’ Perguntaram juntos, fazendo as garotas rirem.
‘SIIIIIIM!’
null, que ainda sorria, abraçada ao mais novo namorado, viu null passar correndo. ‘null, olha lá. Que que houve?’ A amiga olhou para onde null indicava. Viu a garota correndo.
‘Não acredito. Ela deve ter feito de novo.’
‘Verdade. Ai, mas a null às vezes é tão idiota!’ null falou. Olhou para os meninos, que agora tentavam patinar. Não haviam nem reparado nelas.
‘AIMEUDEUS, agora é o null.’ null falou e apontou para o mesmo lugar, onde null caminhava tranquilamente, com as mãos no bolso. ‘Eu vou lá, null.’
‘AAAAH! Eu também!’ E as duas foram correndo até ele.
‘Ahn, oi meninas!’ null exclamou, sorrindo.
‘Cadê a null?’ null perguntou, com as mãos na cintura.
‘Acho que ela foi embora.’
‘O que?! Mas por que?’ null falou.
‘Por que ela não acredita em mim.’ Ele respondeu, como se não fosse nada demais e completou. ‘Mas eu vou fazer ela acreditar.’ Saiu andando, deixando as duas com cara de tacho no meio do parque.

Cap. 8

null entrou em casa, correndo.
‘Oi, querida!’ Sua mãe exclamou sorridente, ao vê-la entrar. ‘Ah! Chegou uma coisa pra você!’ Completou, pegando uma enorme caixa de cima da mesa e entregando à menina.
‘Ahn, obrigada, mãe.’
Subiu as escadas, entrou no quarto, fechou a porta e se sentou na cama com a tal caixa no colo. ‘Enorme!’
‘De: Garoto que gosta de Blink182
Para: Garota linda’

Sorriu ao reconhecer a letra de null. Por mais confusa que ela estivesse, tinha certeza de uma coisa: amava aquele garoto. Resolveu abrir a caixa, curiosa para ver o que tinha. Lá dentro, viu um papel dobrado. Desdobrou-o, anciosa.
null, está aí a letra da música que você não me deixou terminar de tocar.

I think yesterday
And all the times I spent being lonely
I watched the young be young
While all the singers sung
About the way I felt
The days are here again
When all the lights go down,
What do they show me?
The rules are all the same
It's just a different game
To tell you how I feel
Although it seems so rare
I was always there

Oooh, oooh I can't stop digging the way you make me feel
Oooh, oooh I can't stop digging the way
Oooh, oooh I can't stop digging the way you make me feel

I took a little time
Scripting all the things that I tell you
I'll send them through the mail
And if all goes well
it'd be a day or two
I spent some extra nights
Trying to forget the things that I've shown you
By now the smoke is cleared

And all along I feared
It would turn out this way
Though it might be wrong
My light is always on

Oooh, oooh I can't stop digging the way you make me feel
Oooh, oooh I can't stop digging the way
Oooh, oooh I can't stop digging the way you make me feel



Look at us now
Ask me, how did this get so
I'll show you how
Got my shoes on the ground
But I'm taking 'em off (taking 'em off)
And I'm ready to walk, yeah

Oooh, oooh I can't stop digging the way you make me feel
Oooh, oooh I can't stop digging the way
Oooh, oooh I can't stop digging the way you make me feel, yeah
I can't stop digging the way you make me feel

Beijos,

null.

Ps.: A caixa é grande, por que o resto do espaço não está exatamente vazio. Tem um pedacinho do que eu sinto por você.’


A garota sorriu ao terminar de ler a letra da música. Era linda. ‘Eu preciso contar isso pro Beltrano.’ Entrou no MSN. Lá estava ele.

null já estava online há um bom tempo, quando a viu entrar. Sorriu.

*Fulana acabou de entrar*

Beltrano: OOOOOI!

Fulana: heeeey!

Beltrano: E aí?

Fulana: Ele me beijou de novo hoje.

Beltrano: Sério?

Fulana: SIM! E escreveu uma música pra mim. É a mais linda que eu já vi, sem brincadeira.

Ele alargou o sorriso. ‘Ela gostou.’

Beltrano: Original. ((;

Fulana: SIIIIM *-* Eu falei com ele, sobre estar confusa e tudo o mais.

Beltrano: AE! Seguiu meu conselho! o/

Fulana: É. Ele disse que gostava de mim e tudo o mais. Mas eu continuo com medo.

Beltrano: Dá uma chance pra ele.

Fulana: Ah, sei lá...

Beltrano: medrosa.

Fulana: Sou mesmo.

Beltrano: Mas você tá confusa em relação a gostar dele?

‘Não.’ null disse para si quando leu a pergunta no computador.

‘Ela ta demorando pra responder. Vai dizer que sim.’ Pensava null, entristecendo-se, enquanto esperava a resposta da menina. Pegou o violão e tocou alguns acordes, até que ouviu o som do MSN.

Fulana: Não. Não MESMO.

‘AAAAAAAAAAAAAAAAE!’ Gritou, feliz.

Beltrano: Por quê?

Fulana: Por que eu sinto que ele é especial, sabe? Tipo, você já sentiu que pode contar com uma pessoa sempre que precisar, que essa pessoa vai te alegrar com pequenos atos. Já reparou nos detalhes de alguém?

Beltrano: Já.

Fulana: Sério?!

Beltrano: Na verdade, eu to vivendo isso ;~)

Fulana: O; QUEM?!

Beltrano: Que que adianta eu te contar se você num sabe nem quem eu sou?!

Fulana: Verdade. ³ HAOIUHEAOIUA

Beltrano: Mas vamos voltar ao assunto principal: você confusa.

Fulana: Sim :S

Beltrano: Que que você quer que ele faça pra te convencer?

Fulana: Sei lá. Me faça sentir segura, sabe?

Beltrano: Como, se você não dá chance pra ele?

Fulana: ~; Eu tenho medo.

Beltrano: De qualquer jeito, se ele realmente te amar, ele vai saber o que fazer.

null ainda encarava a tela do computador, quando seu celular tocou. ‘null. Estranho. Ela nunca me liga.’
‘Oi, null!’
‘Oi, Sr. null. Pode JÁ me explicando o acontecido. Você, null, parque. Relacione as palavras.
‘Ahn... Onde você ta? É meio complicado pelo celular.’
‘Casa do James. Todo mundo tá aqui. Vem pra cá então.’
‘To chegando. Beijo.’
‘Beijo.’

‘Ele tá vindo pra cá, gente. Eu acho que - Matt, pega mais gelo pra Isadora – ela ta de doce.’ null disse, desligando o telefone.
‘Liga pra ela.’ null falou, sentando-se no sofá.
‘Será que é certo? Ele vai querer contar e tal, e a null aqui não vai ajudar.’ null opinou, sentando-se ao lado da amiga.
‘Acho que é vacilo não ligar pra garota.’ null completou.
‘Já estou ligando, beijos. Tchau.’ null falou, pegando o telefone.

null ainda estava diante do computador quando ouviu seu celular tocando. Correu para atendê-lo. ‘null.’
‘Heey, null!’
‘Ah, Oi. Vem pra casa do Bourne. Ta todo mundo aqui.’
‘Todo mundo o...’
‘Não. Isso não inclui o null.’
‘Ok. To indo.’
‘Não demora.’
‘Tá. Beijão.’
‘Beijo.’

‘Ela vem também.’ null comunicou, enquanto guardava o celular no bolso.
null, você disse que o null não está aqui.’ Andressa falou, enquanto bebia um gole de refrigerante. ‘Mas ele vai chegar daqui a alguns minutos e...’ A campainha tocou, fazendo-a para de falar. Todos se entreolharam, até que Matt disse. ‘Eu vou.’ Se levantou e foi até a porta.
‘Hey, Willis!’ null falou, entrando na casa.
‘E aí, null!’ Todos cumprimentaram. O garoto olhou em volta, e perguntou. ‘Ela não ta aqui, certo?’
‘Certo.’ Isadora falou, enquanto Matt botava um pouco de gelo em seu joelho.
‘O que houve com você?!’ null perguntou, ao perceber o estado da garota.
‘Eu não sei patinar, e o Matt muito menos. No final eu me ferrei toda.’
‘Ahn sim.’
‘Mas voltemos ao que interessa.’ null falou, cortando a conversa.
null, pára de falar no imperativo. Você não parece tão inteligente quanto pensa.’ null disse, fazendo todos rirem.
‘Cala a boca, null.’
‘Vamos logo, antes que ela chegue!’ null chamou a atenção dos dois, que ainda se encaravam. ‘Conte, null.’
‘Bom, foi assim: eu a levei até um lago. Lá eu toquei a música que eu escrevi pra ela, e que vocês já conhecem’ Apontou para os meninos e continuou ‘aí acabou rolando um clima, sabe? Eu pedi uma chance pra ela, e ela falou que tinha medo, que achava que eu ainda gosto da Alex. Eu a beijei e ela foi embora. Fim do conto.’
null, ela só ta muito assustada. Até semana passada você era o amigo de quem ela gostava. Depois você passou a ser o amigo de quem ela gostava que tinha namorada. Agora você é o amigo de quem ela gosta, MAS que gosta dela também. Tudo foi muito rápido.’ Andressa tentava explicar. ‘Eu digo, por que eu só voltei a falar com a null esses dias, então eu não vivi isso. Eu só assisti, entende?’
‘Aham...’ Ele confirmou, cabisbaixo. A campainha tocou e todos se entreolharam, deixando null sem entender a situação. Até que ele compreendeu. ‘NÃO ACREDITO! VOCÊS A CHAMARAM!’
‘Exato. Vocês não podem se evitar, fato.’ James falou, indo atender a porta.
‘OOOOI, QUERIDO BOURNE!’ null cumprimentou-o, animada, dando um beijo na bochecha do menino. Parou ao ver null. ‘Ahn, oi, null.’
‘Oi, linda.’ Ele disse, se aproximando da menina, que recuou. Os outros ignoravam, fingindo estar conversando. ‘Hey, relaxa. Eu não vou te agarrar nem nada.’ Riu de leve.
‘Eu não pensei isso.’ Ela respondeu, rindo.
‘Ótimo.’ Pegou a mão da garota. ‘Vamos.’ A puxou até a porta. ‘A GENTE JÁ VOLTA!’ null gritou para os amigos, levando-a até o jardim. Sentaram-se na beira da piscina. A luz do pôr-do-sol refletia na água, fazendo com que suas peles parecessem de ouro. Ficaram um tempo em silêncio, até que ele se pronunciou.
null, por que é tão difícil você acreditar em mim?’
‘Por que sim, null. Eu não sou idiota. Isso tudo que aconteceu entre você e a Alex ainda é muito recente, e eu entendo que você esteja meio triste. Eu só não quero me machucar.’
‘Eu já te disse que a Alex não tem nada a ver com isso, e que eu não vou te machucar.’
‘Não é tão simples assim, null. Eu...’
‘É sim. Você que complica.’
Ela ficou um tempo em silêncio, encarando seus olhos.
‘Me prova.’
‘Me dá uma chance.’
Mais uma vez, eles ficaram só se encarando, até que ela sentiu o menino se aproximar, e se levantou, deixando-o sozinho novamente.
‘DROGA!’ Ele gritou, chutando a água da piscina. Respirou fundo antes de voltar para dentro da casa.

‘MATT! OUCH!’ Isadora gritou, quando o menino apertou forte demais a compressa de gelo contra seu queixo. ‘MACHUCA ASSIM!’
‘Desculpa, foi sem querer.’ Ele respondeu, estreitando os olhos. Viram null entrar.
‘Hey, null. Cadê ela?’ Isadora perguntou.
‘Foi pra casa. De novo.’ Respondeu cabisbaixo, subindo as escadas. Matt encarou a garota. ‘É, de novo...’

null, me dá esse controle A-GO-RA!’ null gritava, tentando tirar o controle do vídeo game da mão do namorado, enquanto null, null, null, null, Andressa e James riam sem parar, até que null entrou no quarto, pegou as chaves do carro, e saiu. Ouviram a porta da casa batendo.
‘Coitado, gente. A gente tem que ajudar.’ James disse.
‘É.’ null confirmou.

‘MATT WILLIS, VOCÊ QUER ME MATAR DE DOR?’ Isadora gritou, mais uma vez.
‘AAAAAI, FOI SEM QUERER! JU-RO.’
‘Ok. Mas seja mais delicado.’
‘Ok, vou tentar.’ Ele voltou a encostar a compressa de gelo no machucado da menina. ‘Eu nem acredito que fingi que sabia patinar. Foi idiota.’
‘Sim. Pra você foi fazer isso, né?! Queria me matar, suponho.’
‘Não. Queria ficar mais com você.’ Ele respondeu, fitando-a nos olhos. Isadora olhou para baixo, tímida.
‘Isadora!’ Ele gritou, fazendo-a tomar um susto, e riu. ‘Relaxa.’ Completou, beijando-a.
BEIJANDO-A?! É, beijando-a.

null chegou em casa, sorridente. Por mais confusa ela estivesse, sabia que aquele sentimento era bom. Sentia que gostava de null e que aquilo era recíproco. Foi até a sala. ‘Ninguém em casa.’ Deduziu. Subiu até seu quarto, ligando o computador.
Lá estava ele. Online.

Fulana: *-*

Beltrano: Isso é bom?

Fulana: Sei lá. Acho que sim.

Beltrano: Explique.

Fulana: Ele me beijou. De novo. Ele disse que gosta de mim, me pediu uma chance.

null sorriu, em casa.

Beltrano: E você?

Fulana: Fui embora. Medo, cara, muito medo.

Beltrano: MEDO?! BURRICE, NÉ?! Pára de doce!

Fulana: Nop.

Foi aí que null teve uma idéia magnífica. Segundo ele.

Beltrano: PRECISO DE AJUDA!

Fulana: QUE HOUVE?! AIMEUDEUS,OGAROTOTÁMORRENDO! HAOIHUOIA

Beltrano: Que que eu faço pra conquistar uma garota?

Fulana: Ah, isso? Pensei que você tava sendo esquartejado. (;

Beltrano: Sério.

Fulana: Bom, isso não é tão rápido. É um processo lento. Vocês já se conhecem?

Beltrano: Já né. HOIAEHOAI

Fulana: Ótimo. Meio caminho andado. Qual a relação de vocês?

Beltrano: BEEEEM amigos. E com muitos amigos em comum.

Fulana: Ah cara, dá uma flor pra ela, seja cavalheiro. Mas também não é pra ser cachorro de ninguém.

Beltrano: OK. FLOR. OK. HAEOIEAUHEAIO Que mais?

Fulana: Seja carinhoso, elogie os detalhes dela, sabe? Os olhos, o sorriso, o jeito de andar, a risada... Você tem que criar climas, entendeu?

Beltrano: Aham. Anotei tudo. o/o/

Fulana: HAOIAEHOIUEAHEAOI³

Beltrano: Ok, são 00:30 e eu tenho que ta de pé daqui a 6 horas. Vou dormir. BEEEEEEEEEEEIJOS (L)

Fulana: Nossa, já?! Eu também vou então. Um beijo *;

*Beltrano está agora Offline*

*Fulana está agora Offline*


Cap. 9

null null. Explique-se JÁ.’ null disse, ao chegar no colégio, encontrando-se com null, null e null, no lugar de sempre.
‘Ok. Foi assim...’ Ela começou a contar.

null!’ James gritou, correndo atrás do amigo, ao vê-lo no corredor da escola. null, null, null e Matt o seguiram. ‘Conta o que houve ontem, dude!’
‘Ah, Bourne. O de sempre. Eu agi e ela recuou.’
‘Detalhes.’ null pediu.
‘TÁ, INSUPORTÁVEIS! Foi o seguinte:...’

‘Entenderam?’ null confirmava com as amigas, enquanto iam para a sala de aula.
‘Deixa eu ter certeza: ele te beija e você foge. Legal.’ null disse, batendo na cabeça da amiga.
null, larga de ser trouxa! Todo mundo já sabe que ele gosta de VO-CÊ.’ null falou, apontando para a garota.
‘Não sei, gente...’
‘NÃO SABE?! Me poupe.’ null a cortou. ‘Dá uma chance pra ele, meu Deus! É tão difícil?’
As quatro entraram na sala, sentando-se em seus lugares de costume. null atrás de null e ao lado de null, que ficava atrás de null. O McFly se sentava bem em frente. null na frente de null e atrás de null. null na frente de null e atrás de null. Os meninos, felizmente, ainda não haviam chegado.
‘Alivio me domina, por mais egoísta que isso possa soar.’ null disse, largando-se na cadeira, assim como as outras três.
‘Retire o que disse.’ null falou, ao ver os quatro garotos entrando na sala. Os olhares de null e null se cruzaram, mas ela apenas abaixou a cabeça, forçando-o a fazer o mesmo.
‘Linda, eu queria falar com você.’ O menino disse, sentando-se na frente dela. ‘Eu quero que voc...’
‘ALUNOS, AMORES MEUS!’ A Sra. Miller berrava, ao entrar na sala. ‘SEEEEEENTADINHOS, MEUS LINDINHOS! E EM SILÊNCIO!’
‘Depois, null.’ null respondeu, abrindo o livro de Química.

Já estavam no terceiro tempo de aula, quando null chamou null, sussurrando. ‘Heeey.’ A menina olhou para a amiga, tentando ser discreta.
‘Fala.’
‘Eles’ ela começou, apontando para null e null ‘estão se falando, né?’
‘É.’
‘Ok.’ null completou, virando-se para frente. Pegou um papel e escreveu:

null, aproveita o momento. FALA COM ELA AGORA! Ela não vai poder fugir ;)’


null pegou o bilhete que null havia lhe entregado e o abriu. ‘Verdade!’ Sorriu para a menina, agradecido. Rasgou um pedaço de papel do caderno. Escreveu tudo o que queria e jogou em null. A menina, que estava dormindo, levantou ao sentir null chamando-a. ‘Lê.’ Ele sussurrou, jogando um pedacinho de papel na mesa dela. Abriu.

‘Linda, eu sei que isso pode ser difícil pra você, mas não é pra você pensar que é fácil pra mim. Eu amo você, e não é justo você desacreditar de mim, só por que eu tinha uma namorada. Mas acabou. E isso eu já deixei bem claro. Tudo o que eu quero é uma chance. Só isso. Eu amo você.’

A garota sorriu ao terminar de ler o bilhete. ‘Quer saber? Que se dane.’ Pensou, enquanto escrevia no papel.

‘Ok. Eu também.’

null ainda não acreditava. Sorria ao ler o bilhete pela milésima vez naquela aula. ‘ELA ACEITOU. ACREDITOU. AIMEUDEUS.’ O sinal bateu, e os alunos se levantaram, ansiosos pelo recreio. null sorria com as amigas, quando sentiu alguém puxá-la pela cintura. Era ele.
‘Você não ta brincando comigo, né?’ null perguntou, sorrindo, abobalhado.
‘Nop.’
‘Jura?’
‘Juro, null. Você me pediu uma chance. Eu to te dando. Agora vê se aproveita.’ Ela respondeu, piscando para o menino. null sorriu mais largo.
‘Eu amo você. MUITO.’
‘Eu tamb...’ null ia responder, mas foi cortada por um beijo de null. Dessa vez ela não fugiu. Não hesitou. Ela só segurou na nuca do menino, feliz.
‘Eu preciso te contar uma coisa, linda.’ O garoto disse, partindo o beijo.
‘Diga, lindo.’ Ele não pôde deixar de sorrir com a última parte da resposta, mas continuou.
‘Erm... Beltrano.’
null o olhou, incrédula.
‘O QUE?!’ Ela gritou. null a encarou, arrependido.
‘Desculpa, linda. Eu juro que no inicio eu não sabia mas...’ Parou ao vê-la rir. Isso mesmo, ela estava morrendo de tanto gargalhar.
‘O que... Por que você ta rindo?’ Ele perguntou, sorrindo levemente, confuso.
‘AAAH MEUDEUS! CALA A BOCA!’ Ela disse, beijando-o.
Ele estava feliz.
Ela também.
Ele a amava.
Ela também.
Eles estavam juntos.
E isso era tudo o que importava.

The End


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