Wedding B-day Por: Clau Judd | Beta: Marcela P.
revisada por Lelen
O relógio bateu nove horas em ponto. Eu já estava extremamente irritada com o atraso de para me buscar. Caramba, era nosso aniversário de casamento, e ele ainda se atrasava para me pegar no serviço? Respirei fundo a fim de me acalmar e respirei aliviada assim que vi seu carro despontar na ponta da rua. Abri a porta e entrei no carro, fechando-a com certa violência; eu estava muito irritada.
- Oi amor – ele disse, e eu virei para encará-lo, com a intenção de ignorá-lo. Falhei totalmente. Assim que nossos olhares se cruzaram eu me perdi no azul dos seus olhos, e esqueci completamente que deveria estar irritada pela uma hora de espera por ele. Ele se aproximou e deu um leve selinho em mim. Sorri para ele.
- Oi. – respondi sentando-me corretamente no banco do carro, enquanto ele acelerava. Eu não iria falar nada sobre o dia de hoje. Estava cansada de lembrá-lo dessas datas, portanto ele que se lembrasse dessa vez. Eu sabia que ele não ia lembrar. Nunca lembrou, não lembraria agora, certo?
- Está tudo bem, ? – ele perguntou desviando o olhar da rua para mim, acenei afirmativamente.
- olha pra rua, por favor. – pedi. – sim, meu amor, eu estou bem. Um pouco irritada pelo atraso, mas estou bem. – Falei com pouca convicção. Sem contar que hoje faz um ano que casamos , não tem mais nada errado. Completei mentalmente. Ele parou o carro na porta de casa e veio abrir a porta para mim. Certo, talvez ele não merecesse tanta raiva assim. Mesmo depois de sei lá eu quantos anos juntos, ele continuava sendo o cavalheiro que sempre fora. Sorri para ele e roubei-lhe um beijo caminhando, em seguida, até a porta de entrada e destrancando-a. Ao que minha mão tocou a maçaneta, a mão de segurou-a. Sua outra mão logo indo para minha cintura. Ele aproximou os lábios de meu ouvido.
- , deixa que eu faço isso. – sussurrou arrepiando-me pelo seu tom de voz. Olhei-o confusa, o que diabos teria de errado em eu abrir a porta. Ele rodou a maçaneta enquanto cobria meus olhos, e eu começava a desconfiar que ele talvez não tivesse esquecido e aprontado alguma com a nossa casa, a nossa sala.
- ... – chamei-o, mas ele me ignorou e continuou a me conduzir pela sala. Eu andava sem enxergar nada – Amor, para eu não gosto de não enxergar – falei tentando em vão desvencilhar-me de si. Ele era mais forte que eu, mas eu nenhum momento segurou-me com força, apesar a necessária para me manter perto de si, sem que me machucasse. Sorri inconscientemente ao lembrar que ele nem sequer chegara a levantar o tom de voz comigo, nunca. Ele parou de andar, e manteve nossos corpos colados.
- , promete uma coisa para mim? – ele perguntou e eu balancei a cabeça afirmativamente – promete que se eu tirar a mão você não vai olhar? – mordi o lábio. Droga. Eu queria saber o que ele tanto fazia mistério, mas com ele me pedindo daquele jeito eu não conseguia dizer não. Sussurrei um ‘prometo’ baixo, e nada convincente. Ele riu – melhor eu te levar pro quarto, assim sei que não vai espiar. – bufei contrariada. Ta bom, eu iria olhar mesmo, mas ele podia confiar em mim um pouquinho não? Ele voltou a andar e me levou até nosso quarto, em fim tirando a mão dos meus olhos. Olhei inconformada para ele.
- Você não confia em mim? – fiz biquinho e ele riu roubando-me um selinho.
- Não para isso. Curiosa do jeito que é ia olhar. Não ia ser justo. – ele respondeu. Sentei-me na cama, e o vi sair do quarto fechando a porta logo em seguida. Passei um tempo encarando a porta do quarto, mais ou menos uns dez minutos, e então ouvi sua voz do andar de baixo. – Amor, vem cá. – eu me levantei num salto, e desci as escadas correndo parando ao pé dela e encarando a incrível cena que tinha ali.
A luz da sala estava apagada com algumas pequenas velas acesas, a mesa de jantar arrumada, com os pratos, comidas, copos, o vinho e os talheres. O piano aberto. E então por ultimo, encarei . Ele estava de terno com uma rosa na mão e seu melhor sorriso.
- Feliz um ano de casados – ele falou. Eu ainda fiquei algum tempo encarando-o, logo eu acordei de meu pequeno transe e corri até ele, beijando-o. Entreabri os lábios, e nossas línguas se chocaram. Elas brincavam uma com a outra em perfeita harmonia e sincronia. Mesmo depois de um ano casados, e dois de namoro, eu ainda tinha a mesma sensação que tive quando o beijei pela primeira vez. As conhecidas borboletas no estomago. Ele se afastou, segurando meu rosto entre suas mãos e limpando as lágrimas que escorriam pelo meu rosto, e foi só ai que eu percebi que chorava. Ele puxou a cadeira para eu me sentar, e ao contrario do esperado, não sentou em sua cadeira. Caminhou até o piano e sentou-se ali. Meu coração falhou uma batida. Só Deus sabe o quanto eu amo vê-lo tocando piano e cantando. Ou talvez ele mesmo soubesse.
Seus dedos trilharam pelas teclas do piano formando aquela melodia doce que eu amava. Sua voz me embalou em um mar de lembranças. E seus olhos azuis a me encarar me faziam perder o chão. Suspirei inevitavelmente ao ver o sorriso que ainda se mantinha em seus lábios, meus olhos voltaram a marejar e eu não pude evitar de voltar a chorar. Levantei-me e sentei-me ao lado de no piano e acompanhei-o na canção. A nossa canção. E então seus dedos tocaram as ultimas notas, eu acabei com o espaço que existia entre mim e ele e novamente senti as borboletas no estomago que me causava e que eu tanto amava.
Ele me puxou para junto de si e juntos fomos jantar, comemorar nosso um ano de casamento.