's POV
- , amor, eu só tenho uma coisa pra te dar! - Eu disse em um tom suave me aproximando vagarosamente dele. - Isso! - E derramei todo conteúdo de minha taça sobre sua cabeça.
- Oh damn it! - Ele gritou confuso e zangado enquanto eu me acabava de rir. - Você é louca? - Ele perguntou passando a mão sobre os cabelos encharcados.
- Não, querido. - Eu disse com um sorriso zombador. - Você é que estava louco de pensar que eu ficaria com você!
- Foi você quem veio até mim, . - Ele disse como se refletisse um pouco e eu me zanguei de imediato.
- , você é tão lerdo! - Eu disse revirando os olhos. - Você está na gravadora do meu pai, e se você fizer merda, quem se ferra é a imagem da gravadora também. Eu não podia deixar você aparecer em todos os jornais com umazinha qualquer.
- Hey, isso é ciúmes? - Ele perguntou com um sorriso de lado enquanto eu revirava os olhos de novo. - Se eu não posso beijar ela, eu quero beijar você.- Ele colou nossos corpos de novo.
- Não se pode ter tudo o que quer, . - Eu disse um pouco sem reação. Ele era tão bonito e seu perfume era tão gostoso. Mas era uma péssima pessoa, é lembre-se disso !
- Mas eu não quero tudo, quero você. - Tentei me afastar um centímetro, mas quem disse que meu corpo respondia? Droga, não devia ter tomado aqueles coquetéis coloridos e bonitinhos com guarda-chuvinha.
- Mas você não é o que eu quero. - Eu disse me afastando bruscamente dele e saindo dali o mais rápido que eu conseguia. Eu me sentia caminhando em uma corda bamba enquanto caminhava sobre esses saltos altos e controlando minha fúria.
Mas que droga, como eu odeio ! Ele é só mais uma daquelas estrelinhas babacas de Hollywood que querem te usar, mas nessa eu não caio de novo. Sim, exatamente, estou falando de Jonas, o internacionalmente famoso cantor da banda Jonas Brothers. Milhares de meninas podiam achar ele lindo, mas eu não. Milhares de meninas podiam ficar presas naquele olhar, mas eu não. Milhares de meninas podiam babar com aquele físico perfeito, mas eu não. Milhares de meninas ficariam felizes ao lado dele, mas eu não. Tudo bem, chega de falar dele, que eu já estraguei meu dia com esse fato!
Não ia adiantar eu ficar no meio da festa se eu estava mais com um humor para enterro, o que a propósito foi causado pelo meu queridíssimo . Eu me despedi da , minha melhor amiga desde o inicio do High School, que me arrastou até esta maldita festa na casa dos Jonas, a qual eu me negava até a morte a vir. Mas ela estava ocupada demais pegando Jonas, sim, irmão do . Mas o era um cara muito legal, oposto do . Desde que eu conheço a família Jonas só vejo um defeito, o . O resto da família podem ser consideradas as melhores pessoas que eu já conheci. e eram como irmãos para mim, e com o Frankie eu até regredia. Paul e Denise me tratavam como se fossem a filha que nunca tiveram. E apesar de tudo eu sentia um ódio mortal por Jonas, talvez ódio não seja a palavra certa, mas sim repulsa.
Então eu resolvi ir andando, sim ANDANDO, faz bem pra saúde sabia? Se eu saísse de limousine ia chamar muita atenção e eu não queria me ver nas capas das revistas amanhã naquele estado deplorável. É, mesmo que eu fosse só a filha do dono da gravadora dos Jonas Brothers a imprensa me sufocava, talvez pelo fato de eu sempre estar andando com pessoas famosas. Mas eu não andava com gente famosa para me promover, mas sim pelo simples fatos de que eram ótimas pessoas e minhas amigas.
A festa era na casa dos Jonas, não muito longe da minha, umas três quadras. Então liguei para o meu motorista e o dispensei. Eu não me importava de ir andando de qualquer forma, a não ser pelo fato de estar sendo seguida. Eu já sou meio paranóica e odeio quando tem alguém atrás de mim, sinto como se estivesse sendo seguida. Mas de qualquer forma essa pessoa estava seguindo meus exatos passos a uma quadra inteira. A rua era de classe alta, mas as três da manhã nem uma rua assim era movimentada e os paparazzi já estavam longe. Eu não tinha coragem de olhar para trás, a bebida me deixa covarde. E não, eu não estava bêbada, era só algo para culpar meu medo.
- Hey! - Senti uma mão segurando meu ombro. Eu estremeci de medo e simplesmente congelei ali. - , eu quero falar com você. - Reconheci a voz, o que me trouxe um pouco de tranqüilidade mas mesmo assim me atormentava.
- O que você quer? - Eu senti meu corpo oscilar um pouco para o lado e segurou meu cotovelo para que eu não caísse. Imagina a vergonha de cair na frente dele?
- Eu não sei o que eu to fazendo, mas eu tenho que fazer. - Ele disse olhando para o céu e de repente ele selou seus lábios nos meus. Ele colocou seus braços na minha cintura e eu em seus ombros e por quase um segundo eu me deixei envolver no que estava prestes a começar, mas em súbito eu me separei dele e lhe dei um tapa na cara.
- O que você pensa que está fazendo? - Eu disse com o rosto vermelho de nervoso. - Nem tudo é como você quer, eu já disso.
- Pode ser fácil se você ver de outro jeito. - Eu o encarei boquiaberta, como ele sempre tinha uma resposta poética. - Se não faz sentido, descorde de mim.
- Você está insistindo em não sei o quê! Eu já disse que de você eu quero distância. Eu sigo em
frente e passo por você. Será que você não pode só me ignorar? - Eu perguntei me virando contra ele.
- , eu não te entendo. Você realmente é uma
garota besta e mimada. - Ele disse passando as mãos pelo cabelo zangado.
- O que você está dizendo de mim? - Eu perguntei irritada.
- Nada, esquece, vai lá pintar sua unha de rosa e brincar com sua Barbie. - Ele disse de zoação com a minha cara.
- Vou mesmo, porque eu prefiro ir brincar com o Barney do que ficar do lado de um babaca que se acha só porque é famoso. - Eu disse gesticulando com nojo para ele. - Você não tem o direito de me julgar. Como você eu já vi muitos, .
- Eu não sou igual a todos eles. - Ele disse irritado com minha afirmativa. - E é por isso que eu não quero você, entendeu?
- Você está maluco? Você é bipolar? - Eu perguntei coçando a cabeça. - Era VOCÊ quem estava
tentando me agarrar.
- Era por pena. - Ele disse encarando o chão.
- Cala a boca, , ou quer levar outro tapa? - Eu disse fechando minhas mãos em punho. - Você nunca quis ficar comigo por pena. Pena de quê?
- De você! Existe algo pior do que ficar vagando por aí sozinha? - Ele disse olhando além de mim.
- Existe, ficar por aí com você. - Eu revidei dando um sorriso maroto. - E agora dá licença que eu tenho que ir pra casa. E se você voltar logo, aquela piranha/galinha/vaca ou sei lá o
que, está te esperando.
- Pelo menos eu tenho alguém me esperando! - Ele gritou quando eu me afastei um pouco. - E o nome dela é !
- Antes só do que mal acompanhado. - Eu murmurei alto o suficiente para ele ouvir.
" Olá Tiger,
Como foi seu dia? Espero que tenha sido bom, já que o meu foi uma desgraça. Se lembra daquele garoto idiota que eu te disse? Então, ele voltou a me perturbar, se ele acha que pode ficar me usando está muito enganado. E sabe o que mais me perturba? É que ele passa maior imagem de bom moço enquanto é contrário a isso. Odeio pessoas que passam falsas imagens. E sabe o que eu odeio mais ainda? É que por um segundo hoje eu senti que gostava dele, mas como era ele, ele estragou com tudo. Sabe, ele falou coisas ridículas que deu vontade de chutar ele até a morte! Mas tudo bem, vou parar de falar nele. Todo e-mail que já te escrevi tem ele, mas que droga!
Amanhã eu vou sair com meu pai, e espero que seja legal, eu vou junto com ele em uma reunião, eu gosto do emprego do meu pai *- *
Bem, mas e você, como está? E aquela garota que você disse que gostava, já se resolveu com ela? Descobriu se gostava dela ou odiava? Haha, acho que nós dois temos problemas com o coração!
xx, Stargirl "
Tiger. Era para ele que eu escrevia e-mails, era como escrever em um diário, só que ele me compreendia e me ajudava muitas vezes.
's POV
O despertador tocava loucamente ao meu lado, fazendo minha cabeça latejar. 6:30 am. Droga, eu não consigo nem um minuto de paz. Se eu não tivesse uma reunião para decidir sobra a nova turnê da banda, eu não levantava. Hoje também eu não poderia faltar, a reunião é com o diretor da empresa, que também é pai da minha amada . Sim, isso foi sarcásmo para os que não perceberam. Eu me levantei e me arrastei até o chuveiro protegendo meus olhos da claridade. A noite passada tinha sido um lixo, o me empurrou uns coquetéis coloridos de fruta e depois disso eu não me lembro de nada direito. Eu só sei que meu cabelo está cheirando a champanhe. Não é muito animador quando sua ultima lembrança é de uma pessoa que você odeia, mas tudo bem.
Eu dirigi sozinho até o estúdio já que meus irmãos haviam saído antes de mim, e eu havia me atrasado. O relógio no meu pulso marcava 9:45, faltavam quinze minutos para o início da reunião e eu andava em círculos pelo estacionamento lotado da empresa. Eu avistei uma vaga de longe e acelerei o carro, mas na mesma hora que acelerei um Porsche preto também fez o mesmo e a última coisa que assimilei foi um grande baque e o air bag sendo ativado.
Eu me senti um pouco tonto, devido à pancada que meu corpo sofreu e depois de uns três minutos saí do carro atormentado. Eu já estava atrasado, meu dia estava péssimo e agora uma batida de carro não era algo muito ideal. É só ficaria pior se... Não era possível!
- ? - Eu indaguei enquanto ela tentava sair do carro um pouco atrapalhada por causa do seu air bag. - Só podia ser você! Não sabe dirigir não?
- Você bate no meu carro e eu não sei dirigir? - Ela disse saindo do carro e batendo a porta do mesmo. - Oh my fucking Gosh, você comprou sua carteira! Olha o que você fez com meu carro, meu bebê...
- Eu que fiz com seu carro? - Eu disse andando até a frente para analisar o estrago. - Você é que não dá a seta nem pra entrar numa vaga!
- Nada a ver, você é quem vem a uns 100 km/h em um estacionamento, garoto. - Ela disse se pondo na minha frente.
- É só o que me faltava, eu atrasado e você ainda bate no meu carro! - Eu disse irritado, bufando. - Agora você vai ter que explicar pro seu pai a culpa do meu atraso.
- Explicar o quê? - Ela perguntou olhando para os carros batidos.
- Que a filhinha dele é uma ruim de roda e bateu no meu carro, e aliás vai pagar o prejuízo.
- Não vou pagar nada, ! - Ela disse colocando a mão na cintura. - E cadê os malditos seguranças?
- Precisa de alguém pra te defender de mim? - Eu perguntei me aproximando dela. - Tá com medo de quê?
- De nada, seu idiota. - Ela se moveu para o lado. - Que droga.
- Vamos fazer o seguinte, a gente decide isso mais tarde, tudo bem? - Eu propus olhando no relógio e constatando que estava 5 minutos atrasado.
- Tudo bem. - Ela concordou depois de ponderar alguns instantes. - Mas você paga o prejuízo.
- Que seja. - Eu revirei os olhos e fiz uma careta. - Agora você sobe comigo e explica pro seu pai que você bateu no meu carro, por isso eu me atrasei.
- Você se atrasou porque encheu a cara ontem, isso sim. - Ela disse olhando para os seguranças que corriam em nossa direção.
- Eu não tomo bebidas alcoólicas, ! - Eu disse entrando na frente do seu campo de visão.
- Como não? - Ela perguntou com um sorriso zombador. - Então você pegou a de cara limpa? Nossa, piorou!
- Eu não fiquei com a . - Eu neguei freneticamente com a cabeça.
- Uhum sei, você pegou tantas que nem lembra não é?
- Não que eu te deva uma explicação, mas pro seu governo, eu não fiquei com ninguém naquela festa. - Eu disse apontando o dedo para ela. - Não beijei ninguém.
- Eu disse que você estava bêbado. - Ela voltou a cabeça para o ar e fez sinal de negação. - Você me beijou ontem, seu tapado!
- EU O QUÊ? - Perguntei quase caindo para trás com o fato. - Não, não. Não é possível. Você está louca! Estava delirando! Você está tendo delírios comigo.
- Eu não estava delirando. E se fosse coisa da minha cabeça, só receberia um nome: pesadelo. - Ela disse encarando-me nos olhos. - Você me beijou a força, babaca e eu te dei um tapa na cara.
- Eu... - Tudo bem, isso explicava a dor que senti no rosto ao acordar, mas será que eu a beijei? DROGA. - Você deve ter confundido as pessoas, afinal de conta, você pega geral na festa.
- Ta me chamando de galinha, ? - Ela perguntou pondo as mãos na cintura.
- Imagina, eu não iria xingar o animal. - Eu disse sorrindo com raiva.
- Como alguém consegue ser tão babaca quanto você? - Ela não parecia com raiva, mas sim triste. - Eu tenho vontade de mostrar para todas suas fãs como você realmente é. Assim elas não seriam enganadas por essa sua imagem.
- Eu não tenho uma imagem, eu mostro para elas quem eu sou. - Eu disse apontando para mim mesmo. - Eu não preciso fingir, e tudo que elas sabem, é a mais pura verdade.
- Você nunca me provou isso. - Ela disse olhando para o lado oposto.
- É que você me deixa alterado. - Eu disse olhando para ela de um jeito diferente. Mas espera aí, por que eu tô olhando para ela com essa cara de babaca? Será que eu... NÃO!
- Alterado? - Ela perguntou sem jeito.
- É, você é uma fútil. - Minhas palavras soaram falhas, sem firmeza. - Você é uma garota egoísta e mimada, que não se importa com os outros. Troca de namorado como troca de roupa, quer chamar a atenção de qualquer forma porque você não tem nenhum talento e vive as custas do dinheiro do seu pai...
- Pra mim já chega! - Ela disse um tom mais alto. - Vai se ferrar . E pare de falar do que você não tem a mínina idéia.
- Err, senhor Jonas, desculpe a intromissão. - Um dos seguranças que observava a cena parado ao nosso lado se dirigiu a mim quando saiu voada. - Mas eu acho que o senhor não deveria ter dito aquelas coisas. A senhorita , ela não é nada disso. Ela é...
- Me desculpe, mas eu não quero ouvir falar neste nome. - Eu disse até um pouco grosso.
Depois de 10 minutos explicando tudo para os seguranças eles foram chamar o seguro dos carros que os retirariam dali e eu me apressei até a entrada da gravadora por onde passei voando e rapidamente entrei no elevador. Eu não sei se o destino me odiava ou o que, o elevador estaria vazio se não fosse por ela ali.
Eu entrei e vi que ela iria para o mesmo andar que eu, perfeito. Ela constatou que era eu quem havia entrado, mas nem se deu o trabalho de olhar para mim. Pude perceber que seus olhos estavam avermelhados e brilhavam contra a luz artificial, o que mostrava que ela havia chorado. Nesse segundo senti a culpa me invadir, tenho que admitir que não deveria ter dito o que eu disse, mas pensei que isso não a afetaria. Eu não conseguia ficar ali calado, sem pedir desculpas. Droga por que sou assim?
- Err... ? - Eu a chamei e somente seu olhar se voltou a mim. - Me desculpe pelo que eu disse. Não deveria ter dito aquelas coisas sobre você. Desculpa. - Ela acenou com a cabeça e a porta do elevador logo se abriu e ela saiu desesperadamente dali.
Eu saí do elevador e fiquei uns dois minutos ali fora e depois de respirar um pouco de ar puro e me recompor fui até a sala de reuniões onde já estava uma grande conversa se desenrolando. Quando entrei todos pararam para me encarar e percebi que ela estava lá, sentada em um sofá afastado da sala, quieta. Isso era estranho porque ela era bem participativa nas reuniões que eu presenciei. E eu devia ter previsto que estaríamos na mesma reunião.
- , por que todo esse atraso? - perguntou olhando no relógio. - Mais de uma hora, cara!
- O quê? - Eu olhei no meu relógio e para o que estava na parede da sala. Ótimo, meu relógio estava em um fuso horário diferente. - Ah, me desculpa eu tive uns problemas a caminho. - Eu olhei de relance para e percebi que ela estava ouvindo alguma coisa no ipod.
- Mas então, , como eu estava falando para seus irmãos, vocês farão um show promocional em Las Vegas no mais movimentado cassino. A gravadora está fazendo uma parceria com o local, assim além de vocês, outras bandas também estarão lá.
- Parece legal. - Eu disse me sentando na cadeira e olhei para novamente, ela estava lentamente tirando os fones do ouvido. - Quem mais vai tocar lá?
- Bem, vai ter a Lady Gaga, ela vai abrir o festival. - Ele disse folheando os papeis. - A Ke$ha e a Britney Spears também se apresentarão. A Selena também vai com vocês.
- A Selena? - Eu indaguei sorrindo. Ela era uma ótima garota. - Ótimo, ela é bem legal.
- , se controla aí. - disse segurando um riso.
- Bem, - O senhor disse recuperando o ar sério da reunião enquanto folheava papeis. - vai ter também Panic At The Disco...
- PANIC AT THE DISCO? - se levantou rapidamente do sofá derrubando seu ipod e quase que perdendo o equilíbrio. - OMG, eu preciso ir para Las Vegas!
- , por favor, se comporte. - Seu pai a repreendeu a encarando feio e foi minha vez de segurar o riso.
- Pai, por favor, eu preciso ir para Las Vegas. - Ela praticamente implorava.
- Eu não vou deixar você ir pra Vegas, muito menos sozinha. - Ele a repreendeu protetoramente enquanto ela fazia uma careta.
- Eu levo a ! - Ela parecia animada e determinada a ir à Las Vegas.
- Duas garotas sozinhas em Las Vegas? - Ele riu como se ela houvesse contado uma piada. - Só se for com os seguranças.
- O quê? Eu não preciso de 10 babás atrás de mim. - Ela negou com a cabeça.
- Senhor, a gente pode tomar conta delas. - deu a idéia do ano! Ninguém merece esse panaca. Agora eu seria responsável por ela e pela ? Que ótimo.
- Tudo bem. - Ele disse após alguns minutos de encherem a paciência do empresário. - Mas eu só deixo porque sei que vocês são bons rapazes... E voltando ao assunto da reunião...
Depois disso eu não consegui prestar mais atenção em nada. Eu ficava a observando a cada 1 minuto, ela me mantinha preso com suas expressões que mudavam a cada momento. Era engraçado ver como ela estava animada com a viagem. Mas por que ela estava tão animada para ir assistir ao show de uma banda? A reunião pareceu se arrastar por horas e eu só queria sair dali.
- Acho que o McFLY também vai estar lá! [n/a: Eu ia colocar Cobra Starship, mas eu sei que a maioria de vocês amam o Mcfly ;) ] - conversava com ao telefone. - É, eu sei que você nem conhece eles, mas eu vou te apresentar. Você vai adorar o Danny, ele é muito louco, talentoso, divertido e lindo...
- , vai ficar aí? - perguntou estalando os dedos em frente a minha cara.
- Err, já estou indo. E , vou precisar de uma carona. - Eu disse me recompondo. Ele me olhou me questionando. - Longa história.
- Tudo bem, mas anda logo! Estou lá embaixo te esperando. - Ele disse correndo atrás de , que já estava dentro do elevador.
Eu terminei de anotar umas coisas no meu celular mesmo e fui até os elevadores, e exatamente um minuto depois ela apareceu ali. Eu fiquei uns minutos a encarando mas logo depois desviei meu olhar. Ela agora estava feliz e contente.
- Então você gosta desse Danny? - Eu perguntei curiosamente preocupado e ao mesmo tempo tentando tentando ser descontraído.
- Ele é legal. - Ela disse sem me dar muita atenção e encarando o painel que apontava onde estava o elevador.
- Legal no sentido de amigo ou de algo mais? - Eu franzi meu cenho.
- Legal no sentido de não te interessa. - Ela se virou para mim e me encarou séria. - Posso saber por que o interesse?
- Não... É que... - Tudo bem , pensa numa desculpa. - É que se eu vou ter quer ser sua babá em Vegas...
- Você não vai precisar ser minha babá! - Ela disse revirando os olhos.
- Mas foi o que o combinou com seu pai.
- Eu não preciso de ninguém atrás de mim, e como você disse, de qualquer forma, foi o quem prometeu.
- E você acha que o vai desgrudar os olhos da ? O vai estar com a , e então sobrou para mim.
- Meu Deus, ! - Ela disse colocando a mão na boca em uma falsa surpresa. - E de onde surgiu toda essa preocupação comigo?
- Eu não sei. - Eu disse sem jeito. Bem, eu não sabia mesmo. Por mim ela podia quebrar a cara no asfalto, mas eu não sei de onde saiu isso agora.
" Olá Stargirl,
Meu dia não foi bom como você pensa... Eu acabei me estressando de novo. E eu nunca disse que eu gostava daquela menina, pelo contrário, eu não sei de onde você tirou isso. Bem, ela me confunde, eu não posso dizer que a odeio. Ela simplesmente me confunde. Sabe, tem vezes que você diz coisas em momentos de nervoso, coisas que você não quis realmente falar, e depois você vê que machucou a outra pessoa. Hoje isso aconteceu comigo, e sempre acontece quando estou ao lado dela. Eu fico nervoso demais e acabo fazendo besteira e agindo como uma pessoa totalmente diferente.
Ah, e sobre esse cara, sei lá, acho que ele gosta de você. Depois de tudo o que você me contou, ele é um cara legal, mas com a atitude errada. Dá uma chance a ele, você também parece repreender muito ele, às vezes é por isso que ele é assim. Talvez você intimide ele, uma ameaça. Baixa um pouco a guarda.
xx, Tiger. "
Eu aqui dando conselhos amorosos, quem imaginaria? Se os sentimentos fossem tão fáceis assim de lidar, talvez eu poderia me entender agora.
's POV
- Hum... - Eu murmurava enquanto várias cenas completamente estranhas passavam na minha cabeça. Era como se cenas da realidade se misturassem como sonhos.
Eu vi a gente embarcando no jato particular da empresa junto de algumas outras bandas novas que eu não me lembro o nome, mas eram muito legais. Relances da viagem passavam na minha mente, e via diversas vezes me espiando de canto e fazendo caretas enquanto eu conversava com um baixista de uma das bandas. Me lembro de estar dentro da limousine ao lado de e dos Jonas, e me divertir com as caras de espanto de , e ao atravessarem uma parte privada do cassino, que eu admito que eu mesma me espantei. Me lembro de os Jonas nos acompanhando até o show, já que a apresentação deles não seria no dia. E logo depois de ser abandonada pela e pelo que logo deram um jeito de sumir, e a e o também foram embora. Me lembrava de várias vezes um garçom vir me servir algum tipo de bebida. E por fim me lembro de estar cantando e dançando como uma louca “But It's Better If You Do” ao lado Brendon e o me puxando para fora do palco cortando meu barato.
De repente eu voltei a realidade um pouco afobada. Um sonho ou a realidade? Eu mal conseguia abrir os olhos e o quarto estava escuro, nem me pergunte como eu cheguei aqui. Eu me sentia insana depois de acordar de um sonho assim. Eu rolei sobre a cama e de repente me senti chocando com outro corpo. Meus olhos que estavam praticamente fechados se arregalaram de súbito e encaravam o ser que estava ao meu lado.
- Oh My Fucking Gosh, acorda! - Eu disse balançando o tal ser que estava ao meu lado. Ele murmurava e escondia seu rosto no travesseiro inconscientemente. - Levanta logo! - Eu disse em desespero.
- ?! - Ele perguntou confuso enquanto abria os olhos lentamente. - O que você está fazendo no meu quarto?
- É o que eu quero saber. - Eu disse nervosa enquanto se sentava na cama eu o encarei e percebi sua falta de roupa. - O que está acontecendo aqui?
- Espera, o que aconteceram com suas roupas? - Ele me encarou em uma espécie de surpresa enquanto observava minhas “roupas”. Eu vestia algo mais parecido com trapos, que um dia foi chamado de roupas. Estava com a parte de cima da minha roupa de baixo e vestia algo completamente rasgado que um dia havia sido uma saia.
- Acho que o mesmo que com as suas. - Eu apontei para seu peito despido e para o lençol que ele se enrolava. - , o que está acontecendo?
- Eu não sei. - Ele estava em estado de pânico.
- O que você fez comigo garoto? - Eu disse paralisada.
- Eu não fiz nada e ainda mais com você! - Ele disse ficando vermelho. - Será que a gente...
- No way! - Eu disse com meu coração disparado. - Quer dizer, não mesmo. A gente estava no show do Panic e agora estamos aqui?
- É, não faz mesmo sentido, tem alguma coisa errada. - Ele disse passando a mão no cabelo nervoso.
- , que marcas vermelhas são essas em você? - Eu disse me referindo aos arranhões que estavam em suas costas, peito e braços.
- Ouch, por isso que isso está ardendo. - Ele se encarou e notou o fato. - O que você fez comigo ?
- EU?! - Eu puxei mais o lençol para me cobrir também e senti algo em meu dedo. - Por que eu estou usando esse anel?
- Não! - Ele surtou. - Cadê meu anel da pureza?
- Ai que merda, eu não acredito! - Eu comecei a chorar. - A gente se casou!
- O QUÊ? - Ele gritou quase caindo da cama.
- Olha o que está escrito no seu anel. O que a gente fez? - Eu comecei a chorar mais. - Eu não acredito que a gente dormiu junto também. Eu te odeio, o que você fez?
- Não, não é possível! - Ele negou desesperadamente. - A gente se lembraria.
- Mas o que explica isso? - Eu apontei para nós mesmos. - , o que você fez comigo?
- Ai Meu Deus, eu não sei! Eu não me lembro de nada! De nada! - Ele se culpava e parecia ter raiva. - Eu não posso ter feito isso, quer dizer, minha promessa e ter me casado...
- Eu não quero estar casada. - Eu estava desesperada. - Meu pai vai me matar!
- Calma ! - Ele disse puxando minha mão. - A gente pode resolver isso e ninguém vai saber. Quer dizer, um casamento em Vegas só vale em Vegas, né? Por favor, diz que sim... - Ele murmurou a ultima frase apertando seus olhos fechados.
- Mas e se a gente fez alguma coisa a mais, ? Quer dizer, se você quebrou sua promessa e eu a minha?
- Bem, pelo menos foi com você. Alguém que eu gosto...
- O QUÊ? - Eu quase morri com o que ele disse. Quer dizer que ele não se importava de ter quebrado a promessa se fosse comigo? E ele gostava de mim? - Você gosta de mim?
- Isso não vem ao caso. - Ele disse ficando nitidamente vermelho e virando o rosto. - A gente não se lembra de ter feito algo, então tecnicamente não conta. É. Isso.
- Claro que conta, garoto! - Eu disse parando de chorar e entrando em pânico. - Mas que droga, logo você?! Isso é alguma peça ou o quê? Você que armou isso? Por que está fazendo isso? Você quer vingança?!
- Para de falar idiotice, pelo amor de Deus! - Ele parecia irritado com minhas palavras. - Você acha que eu faria algo assim de vingança ou até mesmo fingiria?! - É tudo bem, você não é a melhor pessoa do mundo, mas acho que não faria algo assim...
- A gente não fez nada. - Ele segurou minha mão com força. - Acredita em mim.
- Tenho outra opção? - Eu perguntei inclinando a cabeça para o lado.
- Ou você acredita em mim ou a gente vai ficar se lamentando. - Ele disse tentando não demonstrar nervosismo. - Eu queria estar me matando agora pelo o que fiz ou não.
- Eu também estou arrependida de ter ido ao show, se não fosse ao show, nada teria acontecido. - Eu puxei mais o lençol para me cobrir. - A culpa é minha...
- É mesmo. - Ele disse me olhando com uma careta. - Mas você não faria nada sozinha, eu também sou culpado. Eu só não sei o que fazer, ou o que pensar.
- Eu também não... - Eu voltei a chorar. - Cara, logo você... Eu te dei um tapa porque você tentou me beijar, e agora que a gente... Então, agora eu tenho que fazer o quê? Te meter a porrada?
- Não, isso já é suficiente. - Ele disse apontando para as marcas em seu corpo e eu virei meu rosto ficando um pouco corada. - , eu sei que a gente tem nossas desavenças, mas isso não importa agora.
- Eu estou com medo. - Confessei encarando o lençol.
- Eu estou aqui, e nós vamos resolver isso.
Eu me joguei para abraçar , ele estava se mostrando tão diferente. Só que estava sentado na beirada da cama então quando me joguei em seus braços ele perdeu o equilíbrio e ambos caímos no chão. Eu caí sobre ele, deixando nossos rostos muito próximos. Nossos lábios se roçaram e ele começou a me beijar delicadamente. Eu me separei dele quando senti uma dor no meu pulso e gemi de dor enquanto ouvi a porta ser aberta bruscamente e duas vozes expressavam palavras de surpresa.
- É, o jornal estava certo. - disse espantada enquanto encarava a cena.
- Não, espera aí, gente! - Eu disse saindo de cima de e puxando o lençol para mim deixando ele só com sua roupa de baixo. - Não é o que vocês estão pensando. A gente não fez nada, bem eu acho. É que simplesmente não lembramos de nada... Mas se aconteceu alguma coisa, a culpa é dele! - Eu apontei para que fez cara de incrédulo.
- Culpa minha? - Ele disse arregalando os olhos.
- É, não se faça de santo . - Eu disse negando com o indicador. - Todos sabem que foi você quem já tentou ficar comigo.
- Oh gosh, você está delirando... - Ele revirou os olhos e se levantou.
- Woooooow, você deve ter aproveitado bastante né. - babava em praticamente o comendo com os olhos.
- Errr, será que você pode pegar um shorts na minha mala? - Ele perguntou sem jeito tentando desviar do olhar da tarada da .
- Qual foi, ? - perguntou indignado enquanto abria a mala. - Vai ficar olhando pra esse palitinho enquanto pode ter tudo isso aqui? - Ele disse passando a mão sobre o seu tanquinho e fazendo uma cara de sexy que ao meu olhar parecia frustrada.
- Peraí, um de cada vez! - Ela disse colocando as mãos na cabeça. - , me ajuda aqui!
- Ai eu realmente mereço isso! - Eu revirei os olhos e joguei algo para o vestir. - Toma isso aqui garoto!
- O que é isso? - Ele perguntou com a peça de roupa na mão.
- Ih, isso é meu! - Eu disse um pouco envergonhada. - Devolve! - Eu peguei a blusa de sua mão e corri para o banheiro onde me troquei e voltei logo para o quarto.
- Tudo bem, agora que ambos estão vestidos, principalmente o , e eu posso me concentrar. - disse respirando fundo e se sentando na cama. - Me contem tudo.
- Eu e a , provavelmente estávamos bêbados demais e não nos lembramos de nada. Nós acordamos assim como vocês viram e a gente não faz a mínima idéia do que aconteceu. - disse nervoso. - Mas a gente não fez nada.
- Eu sei que vocês não fariam nada, cara. - disse batendo nas costas de como um ato de consolo. - Mas esse não é o problema.
- Como assim esse não é o problema? - Eu questionei gesticulando com as mãos.
- Esse é o problema. - pegou algo que estava embaixo da porta do quarto, de modo que mostrava que havia sido jogado por debaixo da mesma. Ele me entregou uma dessas revistas de fofoca, na frente havia uma foto enorme de mim e do nos pegando de um modo nada puro. E o título estampado era “O que Jonas faz quando ninguém o vê fazendo o que queria fazer se ninguém pudesse vê-lo.”
- Ai meu Deus, temos problemas. - Eu disse a ponto de desmaiar passando o jornal para .
- O-o q-que? - Ele disse segurando trêmulo a revista. - A mídia vai me matar!
- Meu pai vai te matar! - Eu lembrei a ele enquanto cobria meu rosto com uma das minhas mãos. - Cara, ele vai te matar depois de me matar!
- Vocês estão desesperados e não pararam para pensar nisso, mas como a aqui é um gênio... - disse mexendo no próprio cabelo em um estilo diva. - Sabe o que tem de mais errado aqui? Como eles conseguiram uma foto de vocês dois dentro desse quarto?
- Os paparazzi não tem permissão de ao menos vir até esse andar. - completou encarando nós dois. - Essa é a parte mais estranha.
- Mas isso não diminui o que fizemos, . - Eu disse a ponto de chorar de novo. - A única diferença é que o mundo todo sabe.
- Qualquer coisa vocês podem dizer que é uma montagem! - Ela disse dando de ombros. - Quando eu vi, eu pensei que era, afinal, não me parecia ter outra explicação. Mas aí eu cheguei aqui e vi vocês...
- Tem mais um coisa... - parecia um pouco sem jeito. - Eu acho que a gente está...
- Vocês estão o quê? - perguntou tomando a revista da mão de .
- Casados... - quase se engasgou ao dizer a palavra, e a boca de foi ao chão.
- Wow, por essa eu não esperava. - disse espantado colocando a mão sobre a boca.
- , e você nem me chamou para ser sua madrinha de casamento?! - perguntou indignada. - Deixa eu ver. - puxou minha mão e analisou a aliança e depois começou a rir como uma louca.
- O que foi? - perguntou inseguro.
- Eu tenho uma boa notícia! - Ela disse controlando os risos. - Vocês não estão realmente casados. Ontem aconteceram casamentos simbólicos sabe, só de zoação. Tinha uns caras lá “casando” os casais que estavam se pegando. Não se lembra que você espantou o caras quase que a patadas, ?
- É mesmo! - disse depois de se lembrar e deu um sorriso amarelo. - Então, ele estava me atrapalhando né, vocês queriam que eu tratasse ele como?
- Pelo menos não estou casada com ele! - Eu abri um grande sorriso. - Mas isso também não melhora muito.
- Isso é o que você ganha quando acorda em Vegas... - disse em um tom triste depois de ter bufado.
“Oi Tiger,
Eu estou sem chão. Isso define tudo. Aconteceu uma coisa que eu não consigo acreditar, é algo realmente ruim. Tudo bem, não completamente ruim. Mas o problema é que esse fato envolve ELE. Sabe, ele parecia tão diferente hoje, tão compreensivo com tudo. Talvez ele não seja tão ruim assim. Bem, vamos ver o que vai acontecer...
Xx, Star girl"
's POV
Não era possível. Eu teria quebrado minha promessa? E com a ? A menina que eu brigo desde sempre! Eu sentia como se tivesse decepcionado a mim mesmo. Então era só eu ficar bêbado e faria qualquer besteira? Era só ter acontecido algo que me faria deixar todos meus princípios? Eu não queria acreditar no tipo de pessoa que eu poderia ser.
Mas havia o fato de que eu sabia que eu não poderia realmente ter feito isso. E era esse fato que me fazia acreditar que havia algo de errado.
Eu estava andando de um lado para o outro dentro do quarto. estava sentando no sofá zapeando os canais da TV e eu podia ouvir que quase todos os canais falavam sobre nós. e tinham saído para tentar resolver tudo. foi dar o comunicado à imprensa de que a história era falsa, mas mesmo assim ela não tinha nenhuma prova contrária. O celular de tocava desesperadamente, e eu estava com o meu desligado. Seu pai havia ligado para ela umas 25 vezes, mas ela estava ignorando as chamadas.
- , você se lembra por que a gente começou a discutir? - Ela disse desligando a TV e me observando andar pelo quarto.
- Bem, eu também não. - Eu parei de andar e refleti sobre o que ela disse. - Acho que foi porque você é uma chata. - Eu brinquei tentando descontrair o momento.
- Ah, lembrei. Foi porque você é um idiota. - Ela disse séria me encarando. - Como me esqueci disso?
- Eu estava brincando... - Eu abaixei meu olhar desapontado com minha tentativa frustada. - Desculpa então...
- Tudo bem, eu desculpo. Mas só dessa vez, não se acostuma. - Ela sorriu brevemente e depois sua expressão voltou a tensão do momento.
- Então quer dizer que voltamos ao que éramos antes? - Eu perguntei inseguro observando seu rosto.
- Bem, você se refere as nossas brigas?
- , o que você acha de a gente parar com isso de uma vez por todas? - Eu perguntei me sentando ao seu lado no sofá. - Quer dizer, eu não gosto de brigar com você, você parece legal, mas a gente nunca teve a chance de se conhecer. E agora com isso tudo acho que não devíamos brigar.
- Sei lá, é que parece um pouco difícil olhar pra sua cara depois de toda essa situação, é um pouco constrangedor para mim...
- Então você quer continuar me ignorando? - Minha voz transparecia um pouco de tristeza.
- Não, não mesmo... É só que como eu vou ser sua amiga depois disso? Vai ser meio difícil. Eu não sinto como se você fosse meu amigo.
- Então você me odeia? - Eu abaixei minha cabeça e encarei o chão. - Sabe, eu não quero voltar a brigar com você porque eu nunca te odiei, eu só queria ficar mais perto de você. E por muito tempo acho que tentei da forma errada. Eu queria ser seu... - Eu parei e respirei fundo para buscar a palavra certa, afinal era mais uma confissão para mim mesmo do que para ela. - Amigo. Por favor, não se afasta de novo...
- Hey - Ela disse levantando meu rosto delicadamente. - Eu não quero me afastar de você. Sabe, você me parecia um verdadeiro idiota antes, mas acho que como você está se comportando agora subiu no meu conceito. Nenhum outro menino faria isso, nenhum outro tem essa mesma promessa e estaria tão preocupado em não só em quebrá-la, mas estar preocupado comigo. E tenho que admitir que eu não esperava que você fosse assim, você provou que era o contrário do que eu pensava.
- Então, amigos? - Eu perguntei estendendo a mão.
- Claro. - Ela recusou meu aperto de mão e me deu um beijo no rosto. Tenho certeza que corei porque ela ficou me olhando com um sorriso de lado. - Isso continua estranho...
- , eu sei que pode parecer estranho, mas eu tenho uma coisa a mais pra falar.
- Então fala. - Ela se virou para mim e me encarou esperando alguns minutos. - Você vai falar ainda hoje?
- É, esquece! - Eu disse passando as mãos no cabelo atordoado.
- Odeio quando fazem isso de esquece! Anda, a gente é amigo, diz logo!
- Não, foi realmente nada, eu juro! Foi só uma coisa que passou pela minha cabeça mas já foi! Nem me lembro mais.
- Eu juro que vou te bater se você não me disser logo, garoto! - Eu desviei meu olhar e me mantive calado até que levei um tapa no braço. - Anda, vai falar por bem ou por mal?
- Nem um nem outro! Esquece isso. - Eu dei de ombros e liguei a TV.
- O que eu tenho que fazer para você me falar? - Ela perguntou desligando. - Eu não vou desistir, fala.
- Me responde uma pergunta. - Eu disse apoiando meu cotovelo em um dos braços do sofá de dois lugares, e ficando de lado para observá-la. Ela fez sinal para que eu prosseguisse. - O que eu devo fazer quando eu gosto de alguém que provavelmente não gosta de mim e eu também acabei de descobrir que eu gosto dessa pessoa?
- Bem... - Ela disse depois de um tempo pensativa. - Você deveria esperar um pouco mais para ver se gosta mesmo dessa pessoa.
- Mas e se eu não quiser mais esperar? E se eu tiver esperado demais? Errado demais?
- Você deveria perguntar a essa pessoa o que ela sente, talvez isso ajude.
- Mas e se essa pessoa disser que não sente nada disso por mim?
- Você vai ter levado um fora. É uma experiência nova para você ou o quê? - Ela perguntou sorrindo para mim.
- Não, já levei muitos desses, é só que eu não queria ouvir isso vindo dela.
- Mas você disse que nem gosta tanto assim dela, né! Então tanto faz.
- Eu não disse que não gostava tanto assim dela, é só que eu descobri agora.
- Então vai logo falar com ela, antes que perca a vez. - Ela disse dando de ombros e me encarando por um tempo. - Está esperando o quê? Vai perguntar para ela!
- Tá... - Eu disse e ficamos calados por uns 10 minutos. - , você... - Eu perguntei inseguro começando a gaguejar e sem terminar a frase.
- Eu? - Ela perguntou me fitando. - Odeio quando você não termina suas frases. O que você ia perguntar?
- Ah, nada de importante. - Eu comecei a suar frio, ótimo.
- Espera, quem é essa garota? SOU EU?! - Ela perguntou espantada quase caindo para trás.
- N-não na-não! - Minhas mãos fazendo gestos exagerados me denunciavam. - Claro que não, por que eu gostaria de você ?
- Então quem é? - Ela perguntou ainda duvidando de mim. - Se você disser que é a eu juro que bato em você até sua cabeça funcionar e você ver que ela é uma vadia!
- Não é ela, pô. Não é ninguém, é só uma situação que está acontecendo com um amigo meu.
- Certeza que não sou eu né? - Ela disse preocupada.
- Que merda, já disse que é todo mundo menos você!
- Hey, isso é um insulto? - Ela parecia com raiva agora.
- Não, é só que... - Eu parecia nervoso. Eu estava nervoso.
- Ah, você é muito estranho. Vai se ferrar, Jonas! - Ela disse cruzando os braços e ficando emburrada.
- Casal! - entrou pela porta acompanhado de . - Tenho uma notícia que vai lhes fazer pular de alegria.
- Fala logo. - disse sem humor.
- Vocês não passaram a noite juntos! Foi tudo armação. Havia um paparazzi disfarçado de funcionário do hotel, e ele distribuiu bebidas alcoólicas para vocês até estarem quase inconsciente e junto com um dos seguranças aqui do hotel, eles armaram tudo isso e ele tirou as fotos de vocês.
- Eu vou quebrar a cara desses palhaços. - Eu senti os músculos do meu corpo enrijecerem de raiva, e quando estava prestes a levantar senti a mão de me puxar.
- Deixa ele terminar, depois eu te acompanho e a gente acaba com eles. - Ela mantinha o olhar em .
- Então, nosso advogado chegou a poucos momentos e está levando o tal sujeito para a polícia e depois vocês tem que ir prestar queixa. A foi comunicar o mais novo fato para a imprensa e mostrar o vídeo da confissão do paparazzi.
- Está tudo resolvido! - disse pulando de alegria até nós.
- Então, a gente não dormiu junto e foi tudo armação?! - dizia incrédula as palavras lentamente. - AAAAAAAAAAAAH! - E ela gritou de felicidade, para minha infelicidade seu grito era bem histérico.
“Olá Stargirl,
Você tinha completa razão, eu gosto daquela garota. Mas que droga, por que as mulheres sempre tem razão? Percebi que eu estava apaixonado por ela desde que a conheci. E depois de tudo que aconteceu ultimamente, eu estou confuso. Sabe, aconteceram algumas coisas terríveis aqui também, mas graças a Deus tudo se resolveu. E acho que isso até serviu para eu me aproximar dela.
E sobre o seu problema, torço para que se resolva logo. Estou esperando notícias suas. Ah, Star Girl, eu queria te mostrar uma coisa. É uma música. É sobre ela, ela não sai da minha cabeça [...]
Xx, Tiger"
's POV
Tenho a impressão que passei meses dormindo. Haviam 3 meses desde o que aconteceu em Vegas e a mídia parece ter esquecido um pouco devido ao novo bafão que circulava. Foram três meses de pura monotonia, foram três meses de castigo. Eu não podia mais sair com a , ir ao trabalho do meu pai, não podia nem acessar a internet o que me deixou arrasada por não poder falar com o Tiger. Mas acho que o que me deixou pior foi ficar sem poder falar com os Jonas, no resto daquela semana que acabamos ficando em Las Vegas eu me aproximei mais ainda de e e descobri um novo .
Há um tempo atrás, quando me ligou, eu pensei em lhe dizer o que estava se passando comigo. Eu não sabia se estava apaixonada por ele, mas eu não podia ser tão vulnerável ao cair nas suas armadilhas de amor. Eu não podia perder meu tempo se não seria correspondida. A me ligava quase que todo dia e ela me contou que havia a pedido em namoro, e eu me senti muito contente por ela. e me ligaram umas oito vezes durante meu castigo e o me ligava com mais freqüência, uma vez na semana.
Finalmente hoje eu estava fora do castigo, era hoje que eu me libertava do cantinha da punição, é! Seis e meia da manhã, a não estaria acordada, mas eu queria poder comemorar. Resolvi abrir meu e-mail e percebi que haviam cinco mensagens não lidas. Comecei a ler as mais recentes, todas eram do Tiger. Ele me perguntava por que eu não o estava respondendo e o que estava acontecendo. Me senti culpada por não poder tê-lo respondido. E por fim sobrava só mais um.
“... E ela não sai da minha cabeça. Eu estou compondo uma música para ela:
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