What if I wanted to break?
(Ouça o tema da fic)




What if I wanted to break
E se eu quisesse terminar?
Laugh it all off in your face
Rir de tudo na sua cara
What would you do?
O que você faria?
(oooh ooooh ooooh ooooh)

[ on]
- Amor? - gritei por ele, quando entrava em casa.
Já eram 16h, acabara de chegar do trabalho. Larguei minhas coisas na sala e fui até o quarto. Nada dele aqui. Procurei pela casa toda e nada. Já faz alguns dias que ele anda muito estranho. Não fala direito comigo, nunca está em casa, e vive bêbado quando aparece por aqui. Algo está acontecendo e eu preciso descobrir o que é.
Antes de continuar minha história, quero me apresentar: me chamo , tenho vinte e cinco anos, e sou casada com , webdesigner de uma banda super famosa no mundo. Estamos casados há quase dois anos e, de uns tempos para cá, as coisas não andam nada boas.
- Ai, como é bom chegar em casa e tirar o sapato de salto, depois de um dia cansativo de trabalho - disse sentada no sofá da sala.
Me deitei no sofá para relaxar um pouco e liguei a TV. Passava um programa de fofoca, o qual fiquei assistindo somente para relaxar mesmo, quando falaram algo do Simple Plan, a banda da qual meu marido é webdesigner.
"...foram vistos saindo de uma boate, esta madrugada, acompanhados por outras mulheres, que não as suas esposas..." - disse a apresentadora, e logo mostraram uma foto do que ela havia acabado de falar.
- PQP! Eu não acredito! Desgraçado! Ele 'ta me enganando com outra?!
No mesmo instante, sem que eu quisesse, lágrimas começaram a cair pelo meu rosto. Desliguei a TV e parece que foi coisa do destino, ou sei lá o que.
- Amor? - disse ao entrar em casa.
- Seu canalha! - falei jogando uma almofada nele.
- O que eu fiz?
- Eu sei que você não é nenhum santinho... - lágrimas insistiam em cair.
sentou–se ao meu lado.
- Me diz o que você andou ouvindo a meu respeito?
- Não se faça de idiota! - gritei, me levantando e indo até o quarto.
- Me fala o que você ouviu, amor - levantou–se vindo até mim.
- Que você e os meninos foram vistos esta madrugada saindo com outras, de uma boate! - gritei.
- Onde você ouviu isso?
- Naquele programa de fofoca, do canal 4 - ainda chorando, deitada na cama.
- Amor, e você acredita nisso? - disse. deitando–se ao meu lado.
- Sai daqui! Você não é santo e eu sei muito bem disso, desde que nos conhecemos!
- Eu te amo! Você não deveria acreditar no que falam nesses programas! - gritou.
- Até foto eles mostraram!
- Deve ser montagem.
- Onde você andava esta noite?
- Fui numa festa com os meninos...
- 'Ta vendo?!
- Mas... eu não sai de lá com outra! Acredita em mim!
- Não dá! Você ultimamente anda totalmente diferente do que era quando nos conhecemos, quando você era mais carinhoso, mais amigo. Era, como eu diria, o melhor para mim! E de uns tempos para cá, você nunca 'ta em casa. Quando está, aparece bêbado e a gente vive brigando! Eu não aguento mais viver assim!
- Amor - disse deitado do meu lado.
- Que foi? - respondi ainda com a cara no travesseiro.
- Me dá uma chance para tentar mudar isso tudo e voltar a te fazer feliz?
- Me mostra que você vai mudar, que eu vou pensar se te dou essa chance - disse olhando–o fixamente.
- 'Ta bom. Agora eu vou tomar banho que tenho uma reunião logo mais - falou se levantando e indo até o banheiro.
Sentei na cama, limpei as lágrimas com as mãos, me levantei e fui até a cozinha tomar um copo de água. Peguei o resto da barra de chocolate e fui para a sala, onde me sentei no sofá e voltei a assistir TV, enquanto tomava banho. Troquei de canal várias vezes, até encontrar um onde passava a série Friends, a qual eu amo. Dei muita risada, são todos muito engraçados.
Pouco depois.
- Estou saindo, honey - ele falou me depositando um beijo em meus lábios.
- Okay - fui seca com ele, sem esperança de que ele realmente mude.
- Não vai me dar um beijo?
- Enquanto você não mostrar que mudou, não espere nada de mim - disse olhando para a TV.
- Tudo bem. Eu volto para dormir em casa - falou ao sair.
- Eu duvido, mas tudo bem... tchau - respondi.

What if I fell to the floor?
E se eu caísse no chão?
Couldn't take this anymore
Não pudesse mais aguentar
What would you do?
O que você faria?
(Do, do, do, do, do)
(Faz, faz, faz, faz)

Depois que saiu, segui deitada no sofá até 18h30, quando decidi tomar banho. Desliguei a TV, me dirigi até o quarto, fechando a porta e ligando o aparelho de som no volume máximo. Queria me desligar de todos os problemas, pelo menos enquanto tomava banho. Me dirigi até o banho, após me despir no quarto, liguei o chuveiro e deixei que a água caísse sobre meu corpo. Minutos depois, deixei o banheiro enrolada na toalha, ao som de Backstreet Boys, "Quit Playing Games With My Heart".

“…Quit playing games with my heart
Before you tear us apart (With my heart)
Quit playing games with my heart
I should've known from the start
Before you got in my heart (With my heart)
Quit tearing us apart (From my heart)
Quit playing games with my heart…”
, cantava junto.

Fui até o armário, peguei minha camisola de seda vermelha e me vesti, colocando o robe preto por cima. Estava penteando os cabelos, quando ouvi o telefone tocar.
- Quem será?! - corri até sala para atender. - Alô? - disse logo em seguida.
- ?
- Eu, quem é?
- Sou eu, a !
- Fala, mulher! A que devo essa ligação?
- Você 'ta sozinha em casa?
- Sim. Por quê?
- Posso ir até aí?
- Claro, amor. Venha.
- Okay, logo estarei aí.
Desliguei o telefone depois.
Voltei ao quarto, terminei de pentear meus cabelos e troquei de roupa, colocando um shortinho jeans e uma blusinha de alcinha vermelha. Pouco depois, ouvi a campanhia.
- Já vou! - gritei do quarto.
- ! - disse, tentando sorrir ao me ver.
- Amor, o que houve com você? - perguntei ao ver seus olhos inchados.
- Diz que isso não está acontecendo comigo? - puxei–a para dentro, fechando a porta e a conduzi até o sofá da sala.
- Senta e me conta o que aconteceu!
- Você chegou a ver a reportagem no programa de fofoca do canal 4, hoje?
- Ai, não me diz que o também...
- Uhum. Ele anda muito estranho ultimamente...
- Aiiii - disse abraçando–a. - Não podemos deixar que eles façam isso com a gente!
- E o que a gente faz?
- Você sabe onde eles estão agora?
- Não, só sei que eles tinham uma reunião importante...
- Vamos ter que ficar atentas para saber o que eles farão amanhã, e segui–los para descobrir toda essa história...
- Mesmo a gente amando eles, não merecemos passar por isso!
- Não mesmo! Quer tomar alguma coisa?
- Aceito um copo de água...
- Vou pegar para você na cozinha.
- Eu vou com você - disse levantando–se e indo comigo.

Nos sentamos nas cadeiras e continuamos nossa conversa até tarde. A acabou jantando comigo, porque como eu imaginava, o não apareceu. ficou aqui até 22h, quando ela disse que tinha que ir para casa, mesmo depois de oferecer para ela ficar no quarto de hóspedes. Depois que ela saiu, apaguei as luzes da cozinha e da sala, voltei ao quarto, troquei de roupa e me deitei na cama. Estava calor, por isso liguei o ar condicionado e fiquei ouvindo música até pegar no sono.
[/ off]

[Narrador observador]
Enquanto isso...
havia ido à tal reunião que dissera à e depois os meninos o convidaram para uma "festinha", no mesmo local onde haviam sido fotografados pelo canal 4. Prontamente, ele aceitou, sem nem falar nada sobre sua conversa com sua esposa. Não demorou muito a chegarem na tal boate, era um lugar pequeno e que poucos tinham acesso. Foram recepcionados pelo dono do local, e logo se dirigiram ao lugar onde encontrariam suas amantes. Ah, falando em amantes, todos estavam nessa.
- Oi, Lindo - disse, agarrando e beijando–o vorazmente.
Oi, Linda - ele falou entre um beijo e outro.
- Vamos lá para o outro cômodo, para podermos ter mais privacidade - puxou–o.
O local tinha alguns "quartos" para aqueles casais que quisessem mais privacidade, e foi para um desses que ela os conduziu. Entraram e fecharam a porta.
? - chamou–a até ele, que estava sentado no enorme sofá que havia alí.
- Diga, meu rei. Todos seus desejos serão realizados hoje - ela disse, aproximando–se dele.
- Minha esposa descobriu tudo... - falou de cabeça baixa.
- Como? - questionou, beijando–o devagar pelo pescoço, fazendo–o soltar pequenos gemidos.
- Fomos fotografados pelo canal 4 saindo daqui naquela noite... - respondendo aos beijos dela.
- O que você vai fazer?
- A gente não vai poder se encontrar tão seguido como está sendo até agora, e vamos ter que combinar direitinho os locais...
- Ahh, amor... assim eu não vou aguentar...
- Vamos fazer isso por um tempo, depois a gente volta a se encontrar todos os dias, 'ta bom - disse antes de um gemido alto.
já estava sem camisa, e ela beijava–o vorazmente e dava leves mordidas. Ficaram ali um bom tempo, até que todos resolveram ir embora, separados de suas amantes, para que não fossem vistos e fotografados novamente. Já passava das 5h da manhã, quando adentrou em seu apartamento, sem fazer barulho. Foi até o quarto, trocou de roupa e se deitou ao lado de sua adorável esposa, adormecendo pouco depois.

Come break me down!
Venha me destruir!
Bury me, bury me!
Me enterre, me enterre!
I am finished with you!
Eu estou farto de você!

What if I wanted to fight
E se eu quisesse lutar?
Beg for the rest of my life
Implorar pelo resto da minha vida
What would you do?
O que você faria?
(Do, do, do)
(Faz, faz, faz, faz)

como sempre, acordou às 7h quando o despertador tocou. Ao se espreguiçar na cama, viu que não estava sozinha desta vez, mas sabia que ele não havia chego cedo.
- Onde você andou, MEU AMOR... - pensou meio baixo, dando ênfase nas duas últimas palavras, com tom de cinismo.
levantou–se, foi até o banheiro, onde lavou o rosto e penteou seus longos cabelos pretos, dirigiu–se até a cozinha, onde tomou café da manhã como todos os dias, e retornou ao quarto para arrumar–se. Quando eram 7h40, ela deixou a casa em direção ao trabalho, algumas quadras dalí. O dia estava bonito, ensolarado e quente, como normalmente é no verão.

Algumas horas já haviam se passado, eram exatamente 16h30, e voltara para casa. havia acordado por volta das 15h, tomou banho, trocou de roupa, e depois de deixar um bilhete, saiu às pressas.
[/off narrador observador]

[ narrando]
Quando cheguei em casa, larguei a bolsa em cima da mesa da sala, como de costume, e fui até a cozinha, onde encontrei algo diferente na geladeira: um bilhete.

"Amor;
Tive que sair para encontrar os meninos no estúdio. Volto somente à noite. Com amor; ."
- o li em voz alta.

Assim que terminei de ler, liguei para a cabine do porteiro do prédio.
- ? - perguntei quando alguém atendeu.
- Sim, . Em que posso ajudar?
- Você viu que horas meu marido saiu?
- Eram umas 16h.
- Obrigada.
- De nada - desliguei logo em seguida.
- É hoje que eu vou saber se isso é verdade ou não... - disse sozinha.
Me sentei à cozinha e preparei algo para comer, pois estava com fome. Depois disso, acomodei a louça na máquina e pensei.
"Vou ligar para a ."
No que acabei de ajeitar as coisas na cozinha, o telefone toca.
- Alô?
- ?
- Oi, , eu ia te ligar!
- Transmissão de pensamentos, again"
- Pois é. Como você 'ta?
- Um pouco melhor do que ontem...
- Que bom. Olha só, eu cheguei faz pouco e encontrei um bilhete do ...
- Dizendo?
- Que eles iam passar o resto da tarde no estúdio, e que provavelmente ele só voltaria à noite.
- Que horas ele deixou o bilhete?
- O porteiro disse que ele saiu umas 16h.
- Então, a princípio eles estão lá...
- Pois é. 'Ta afim de ir checar isso de perto?
- Fazer tipo detetive?
- É. Segui–los...
- Claro, vamos tirar essa história toda a limpo!
- Beleza. Te encontro em frente àquela igreja dentro de meia hora, pode ser?
- Beleza. Até mais!
- Até, amore - disse e desliguei.
Depois disso, fui até o quarto e troquei de roupa, pois estava com o uniforme da empresa. E, alguns minutos depois, deixei o local rumo à tal igreja.

Say, you wanted more
Você diz que queria mais
What are you waiting for
O que você está esperando?
I'm not running from you (from you)
Não estou correndo de você (de você)
Come break me down!
Venha me destruir!
Bury me, bury me!
Me enterre, me enterre!
I am finished with you!
Eu estou farto de você!
Look in my eyes!
Olhe nos meus olhos
You're killing me, killing me!
Você está me matando, me matando!
All I wanted was you!
Tudo que eu queria era você!

Exatos trinta minutos depois, estavam as duas em frente à tal igreja, há meia quadra do estúdio onde eles estavam.
- Chegamos juntas - disse vendo chegar.
- Pois é... tudo bem com você? - nos abraçamos.
- Tudo e você?
- Tudo dentro do possível...
- Hoje a gente tira essa história a limpo, não se preocupe.
- Eu espero - sorriu.
Ficamos ali, uns minutos olhando o movimento e cada passo que a gente conseguia, além das pessoas que saiam e entravam no estúdio. Já passava das 17h30, vimos e saírem sozinhos.
- Vamos ficar aqui - disse ao ver que ia sair atrás deles.
- Okay. Nosso problema é com o e o , não com esses dois - referindo–se a e .

Passaram–se algumas horas, já era noite e eles ainda estavam no estúdio. Pelo barulho que ouvíamos lá da rua, pareciam estar ensaiando. Por volta das 20h, vimos movimento na porta: eles estavam finalmente deixando o local.
- Vamos ficar para ver onde eles vão... - disse baixinho.
- Okay.
Ficamos com os olhares direcionados para os dois, e quando vimos que eles estavam entrando dentro do carro...
- Vamos, para dentro do meu automóvel - disse puxando .
Entramos no carro e, assim que eles saíram, fomos atrás, um pouco distante para não dar na cara que estávamos seguindo–os.
- , você já veio para esse lado da cidade - falou, percebendo que estávamos num lugar desconhecido.
- Não que eu lembre - disse atenta ao trânsito e ao veículo onde estavam os meninos.
- É o carro do , né?
- Acho que sim.
Alguns minutos depois, vimos os meninos estacionarem o carro e descerem. Nós estacionamos num local em que pudéssemos observar bem, e ali ficamos.
- Que lugar é esse que eles acabam de entrar?
- Não quero ser do contra, mas isso parece ser um prostíbulo - ela falou.
- Um o quê? - disse sem querer acreditar no que acabara de ouvir.
- Uma casa de prostituição, amiga.
- Ai, meu Deus! Eu não 'to acreditando que as vadias são prostitutas! - com raiva, bati no volante onde era a buzina, mas não havia quase ninguém na rua.
- , cuidado!
- Desculpa!
- Olha o nome do lugar.
- LoveSexHouse!
- Ele me paga!
- E caro! , eu acho que a gente devia fazer o mesmo...
- Como assim?!
- Digo, vamos para uma festa amanhã? Esquecer que a gente tem marido e curtir a noite até não poder mais?
- Entendi, amiga. 'To dentro. 'Borá para night amanhã.
- Mas eu só quero ver eles saírem daqui, para ver se vão sair sozinhos ou não...
- Você trouxe até a máquina fotográfica?
- Trouxe. Quero ter provas disso. Posso precisar... - disse, pegando a máquina no porta–luvas do carro.
Estivemos ali paradas, dentro do carro, até meia noite, quando eles deixaram o local, mas na porta, vimos o que precisávamos ver.
- Eca - com cara de nojo.
- Nojento - falei enquanto tirava fotos dos "casaizinhos" beijando–se.
- A vontade que eu tenho agora é ir lá...
- Não vai! A nossa vingança será maligna - dei uma risada maléfica.
Depois de verem e registrarem tudo.
- Vamos? Não quero mais ver isso! - ela pediu.
- Eu também não! Vamos esperar eles saírem...
- Okay.
Pouco depois, eles deixaram o local e nós fizemos o mesmo.
- Para onde vamos?
- Para casa - disse, de cabeça baixa.
- Depois disso, você quer ir se trancar no quarto e chorar a noite toda, ? - olhei–a fixamente.
- Onde a gente pode ir uma hora dessas?
- Vamos naquele Pub perto de casa?
- Okay!
- 'Borá então - em seguida, saímos em direção ao Pub.

I tried to be someone else
Eu tentei ser outra pessoa
But nothing seemed to change
Mas nada pareceu mudar
I know now, this is who I really am inside!
E eu sei agora, isto é o que eu realmente sou!
Finally found myself! Fighting for a chance I know now,
Finalmente eu me encontrei! Lutando por uma chance eu sei agora,
THIS IS WHO I REALLY AM!
ISTO É O QUE EU REALMENTE SOU!

Ah, haaah
Ah–ha ohh
Ah, haaah

Como havia dito, fomos ao Pub, curtimos até às 3h, e cada uma voltou para casa. E como nas outras noites, ele não estava. Fui até o quarto, tomei banho e pouco depois estava deitada, não demorando a adormecer.
[/off ]

[on ]
Depois de passar o resto da tarde no estúdio com os meninos, ensaiando e em reunião, decidimos sair pra relaxar um pouco, já que o clima em casa não estava bom. Por quatro votos a dois, ficou decidido que voltaríamos àquela "boate". No início disse que não ia, mas acabaram me convencendo. Achei que não seria nada mal me despedir dela.
- , como você mexe comigo - pensei.
Como de costume, ela estava à minha espera no salão principal, e de lá me puxou até o "quarto". Ficamos curtindo a noite juntos, até meia noite, quando estávamos na porta, nos despedindo das meninas, e percebemos que um carro deixava o local em alta velocidade.
- Que louco - disse parando o beijo.
- Louca, você quer dizer - disse.
- Era uma mulher?
- Pelo que eu consegui ver, era... e o carro parecia ser o da .
- Como?! Ela 'ta me seguindo? Não pode!
- Calma, tchutchuco, relaxa - disse e uniu nossos lábios da forma mais doce possível.
Aquela beijo era do tipo que a gente não quer parar jamais. Tentei esquecer o que havia dito e curtir cada segundo.
Larga ela e fica comigo - disse baixinho em meu ouvido, enquanto mordia levemente minha orelha, me deixando "com vontade".
- , não faz isso, você 'ta me deixando louco - respondi no mesmo tom em seu ouvido.
- Vem comigo - falou, puxando–me e saindo da "boate".
Ela acabou me levando até sua casa, onde acabei passando a noite.
[/off ]

[on ]
Dia seguinte, acordei lá pelas 15h e, para variar, eu estava sozinha. Ele não veio dormir em casa, como havia dito quando saiu para a tal reunião. Depois de tomar um bom e demorado banho, me vesti e fui até a cozinha, almoçar. Alguns minutos depois, estava quase terminando de comer, quando o telefone tocou. Fui até a sala e atendi.
- Alô?
- , boa tarde, amiga!
- Boa tarde, querida. Tudo bem?
- Tudo e você? Recuperou–se da nossa pequena night? - perguntou.
- Claro e estou pronta para outra.
- Uia! Vamos hoje, então?
- Óbvio! Vingança parte dois.
- Os gatinhos de ontem vão?
- Acho que sim. Eles ficaram de encontrar a gente lá na boate, hoje à noite.
- Beleza. Que horas você vai?
- Lá pelas 22h.
- Liga para mim quando você tiver saindo?
- Claro, amor.
- Okay. Nos vemos mais tarde então.
- Eu vou até o shopping, procurar uma blusa. Não quer ir junto?
- Quando você vai?
- Daqui a pouco. Só termino de comer, coloco as coisas na máquina e termino de me arrumar.
- Daqui uma hora?
- Talvez antes. Vem para cá e vamos juntas.
- Okay. Daqui a pouco vou para aí.
- Ok. Te espero - disse e desliguei.
Terminei de comer e alguns minutos depois sai com até o shopping, que ficava há duas quadras de casa. Nos divertimos um pouco, compramos uma blusa cada uma para arrasar na night de hoje. Tínhamos que nos vingar em grande estilo.
Já era 20h30, e me encontrava tomando outro banho, mais curto desta vez. Me vesti e, fui jantar. Havia pedido um sanduíche natural e um suco na lanchonete, na esquina de casa, e já havia chegado. Comi ouvindo música e já entrando no clima.
Às 21h55 liguei para , e disse que já estava saindo. Ela disse que ia me encontrar em frente à boate. E assim foi, uns dez minutos depois, estávamos as duas em frente ao local, procurando por nossos "amigos".

Come break me down!
Venha me destruir!
Bury me, bury me!
Me enterre, me enterre!
I am finished with you!
Eu estou farto de você
(You! You!)
(Você ! Você!)

- Oi, Linda - disse por trás de mim.
- Oi, querido - falei, dando–lhe um beijo.
- Oi, gata - disse à .
- Oi, gatinho - ela disse, beijando–o.
- Vamos entrar? - perguntei aos três.
- Vamos - responderam juntos.
- A noite é uma criança, - falou.
- Oh, yeah! - sorrimos juntas.
Entramos na boate, que já estava bem cheia, e nos dirigimos direto até a pista de dança. A música era muito dançante e não podia parar de dançar.
- E aí, 'ta curtindo? - ela perguntou em meu ouvido, enquanto os meninos haviam ido comprar bebidas.
- Muito! Aproveite, amore!
- Com certeza!
- E esquece que a gente é casada - falei baixinho. e ela fez sinal com os dedos de "Ok".
Pouco depois, os meninos voltaram com as bebidas para a gente também. Tomei um gole e puxei–o para mais perto de mim.
- 'Ta muito sexy com essa blusa, gata - ele disse, olhando–me fixamente nos olhos.
- Obrigado, gatinho - falei e logo o beijei.
Um beijo ardente, não digo apaixonado, porque era muito cedo para ser, mas era bom, muito bom. Ficamos nos beijando e dando leves mordidinhas nos lábios, um no outro, durante alguns minutos. Depois dançamos, conversamos, bebemos e rimos muito. A noite estava realmente boa.
[/off ]

[on ]
Passei a noite na casa da . Quando acordei já passava das 15h e ela não demorou a acordar também. Nos arrumamos e almoçamos juntos. Sabia que não podia ir para casa agora, já que a saia do trabalho às 16h. Então, inventei de sair com a . Ficamos um bom tempo passeando no shopping e fomos no parque também. Eu sabia que se quisesse continuar casado com a teria que dar um fim nessa relação com a , mas isso é mais forte do que eu.
- , eu tenho que resolver minha vida - disse olhando o movimento, enquanto estávamos sentados na grama no parque.
- Resolver o quê? - perguntou–me olhando fixamente.
- Sobre a gente...
- Vamos na sua casa, pegamos suas coisas e você se muda para minha casa. Fácil!
- É, só que eu sou casado.
- Pede o divórcio, meu bem.
- Mas eu ainda amo um pouco a ...
- Ama e a está traindocomigo? Que amor é esse? - olhou–me com os olhos arregalados.
- Eu ando meio confuso, depois que comecei a me encontra com você... - disse de cabeça baixa.
- Acho melhor você se decidir logo.
Passamos o restante do dia juntos, até que os meninos ligaram e pediram que eu fosse ao encontro deles no estúdio. Deixei em casa e fui–me. Chegando lá, entrei e fui direto para onde eles sempre ficavam. A novidade era que começariam a gravar o CD na próxima semana, e ainda tinham que terminar umas músicas.

- A noite vai ser longa hoje... - disse baixinho.
- Notícias da senhora sua esposa? - questionou.
- Da minha? - perguntei olhando–o com desconfiança.
- Sim, chefinho - riso debochado.
- Não. Nem fui em casa.
- Você não dormiu em casa?
- Nops... - respondi de cabeça baixa.
- Você dormiu com a...?
- Com a .
- Ai... e o seu casamento?
- Não sei, preciso pensar no que eu realmente quero.
- Realmente! Mas hoje tem festinha lá na boate.
- Mas vocês não têm que terminar isso até o fim dessa semana?
- Sim...
- E já é quinta–feira!
- E daí?
- Irresponsáveis!
- 'Bora trabalhar, cambada!
Ficamos nos estúdio até 22h, trabalhando sem parar. Fui em casa tomar banho e trocar de roupa, já que estava com a mesma do dia seguinte. Disse que nos encontraríamos lá na boate mais tarde. Em alguns minutos, cheguei em casa e estranhei ao ver tudo apagado. A não estaria dormindo agora.
- ? - disse indo até o quarto.
Onde será que ela se meteu? - falei sozinho, vendo que ela não se encontrava em casa. Tomei banho, troquei de roupa, e alguns minutos depois, fui ao encontro deles na boate.

Look in my eyes!
Olhe nos meus olhos!
You're killing me, killing me!
Você está me matando, me matando!
All I wanted was you!
Tudo que eu queria era você!

[continua on]

Cheguei ao encontro dos meninos na boate e logo que entrei fui puxado por alguém que me conduziu até um daqueles quartos.
- Oi amor - disse e logo me beijou intensamente.
- não. Eu ainda não decidi o que vou fazer, por favor... - disse entre beijos, mas isso não fez com que ela parasse, e eu estava cada vez mais nervoso e com medo de me arrepender depois.
- Deixa eu ajudar você a se decidir - voltou a me beijar.
Já estávamos quase nus ali naquele quarto, e isso era mais forte que eu, realmente. Não consegui resistir. Deixei que as coisas acontecessem, e seja lá o que tiver que acontecer depois...
[/off ]

[on ]
Já passava das 3h da manhã e a noite ainda fervia. Me encontrava bêbada, sentada em uma cadeira, beijando ardentemente . Nenhum de nós dois resistiu e nenhum de nós deu algum sinal de que queria parar. e estavam no andar superior da boate, provavelmente fazendo o mesmo que nós.
- Gata, você é irresistível - disse me dando selinhos, me fazendo suspirar de prazer.
- Você também é, fofura - falei, voltando a beijá–lo.
- Por que não termina com seu marido e ficamos juntos? - parou o beijo e olhou–me profundamente nos olhos ao dizer isso.
- Você 'ta falando sério? - arregalei os olhos nesse momento.
- Seríssimo! Eu juro que sou capaz de qualquer coisa para te fazer feliz!
- Você tem certeza do que 'ta dizendo?
- Absoluta.
- Vamos deixar que as coisas aconteçam quando tiverem que acontecer. Não quero tomar nenhuma decisão precipitada, ok?
- Ok - disse e me abraçou.
Nesse momento, senti algo diferente, que não sentia há uns bons meses. Senti que a vida estava me dando mais uma chance de ser feliz ao lado de alguém. Mesmo que essa pessoa, talvez seja o e, que a gente ainda não se conheça muito bem. Mas talvez isso seja bom. Pouco depois, voltamos à pista de dança, a meu pedido. Havia ficado tensa com que ele acabara de dizer, e só dançar poderia me fazer relaxar um pouco. Dançamos até quase 4h30, quando apareceu com e disse que estavam de saída.
- Não se preocupa, que eu a levo em casa - ele disse para mim.
- Okay.
Nesse instante, puxei e pedi que ela me ligasse assim que chegasse em casa, só para me deixar mais tranquila e dizer que estava viva.
- Eu vou pegar um táxi, não estamos em condições de dirigir... - ela disse baixinho.
- Isso mesmo, faz bem.
Nos despedimos e eles deixaram o local. Ficamos ali próximo à porta, parados, por uns instantes, até que ele me puxou de volta para a pista de dança.
- Você não quer ir embora agora, né gata? - disse olhando–me.
- Claro que não - falei envolvendo seu pescoço com meus braços; e ele, minha cintura.
Tocava uma música mais calma, romântica, daquelas para se dançar juntinho, e foi exatamente isso que fizemos. Enquanto dançávamos, ficamos em silêncio, apenas prestando atenção na música, nas pessoas à nossa volta e nas nossas respirações, ainda ofegantes.
Come break me down!
Venha me destruir!
Break me down, break me down!
Me destruir, me destruir!
What if I wanted to break?
E se eu quisesse terminar?

Dançamos juntos até quase 6h, quando pegamos um táxi e fomos para meu apartamento.
- Deixe–me ver se está liberado - disse baixinho, indo até o quarto.
- Posso ir - perguntou baixinho, da sala.
- Pode - respondeu no mesmo tom.
foi rápido até o quarto, fechando a porta logo em seguida, e voltando a me beijar, enquanto me conduzia até a cama de casal, deitando–se por cima de mim.
Acho que já deu para saber o que aconteceu depois, não é? Adormecemos juntos depois das 9h da manhã.
[/ off ]

[on ]
Acabei indo passar a noite na casa da , novamente. Ficamos lá na boate até às 4h, e depois a festa continuou na casa dela, até sei lá que horas.
- Meu amor - ela dizia, tentando me acordar.
- Oi, xuxu - fiz bico, ainda de olhos fechados.
- Já passam das 15h da tarde, honey!
- Posso dormir mais?
- Eu encomendei comidinha para a gente. Não 'ta com fome?
- Sim, mas posso aguentar.
- Vem comer comigo, prometo que depois deixo você dormir de volta - me puxou da cama.
- Okay, honey - aos poucos abri os olhos e me levantei.
Lavei o rosto e fui até a sala, sentindo o cheiro de algo delicioso. Me sentei ao lado da e saboreamos aquela comidinha. Depois, ela acabou não me deixando dormir, ficamos conversando deitados no sofá. Lá pelas 17h fui até em casa, sozinho, psra não arrumar confusão com a agora, mas...
Entrei devagar, não ouvi barulho, então fui tranquilo até o quarto, quando abro a porta e dou de cara com uma cena que, francamente, não pensei em ver.
- O que isso significa? - gritei, entrando.
- Que foi - ela disse com os olhos ainda fechados, sentado–se na cama.
- Quem é esse cafajeste deitado na minha cama com você, ?
- O que te interessa?
- Ele está na minha cama, junto com a minha mulher - gritei raivoso.
- Acho que precisamos ter uma conversinha, senhor - disse, se levantando.
- Eu também acho.
Puxei–o até a sala, fechando a porta do quarto ao sair. Nos sentamos no sofá.
- Primeiro de tudo, acho que tenho o direito de saber onde você tem passado as últimas noites que não tem vindo para casa - ela começou.
- Não importa! - tentei não mostrar que estava traindo–a.
- Me importa, sim senhor. Porque eu tenho provas, mas quero ouvir de você!
- Provas? Que provas?
- De que você anda me traindo a um bom tempo...
- Eu, traindo você? Nunca - engoli seco.
- Eu tenho provas, . Não adianta negar.
- Esse casamento já não estava mais me fazendo feliz, como no início... eu juro que tentei resistir, mas era algo mais forte que eu! Mas eu ainda amo você, !
- Eu achei que você me amasse, até o dia em que e eu resolvemos seguir vocês...
- A também? - olhei–a incrédulo.
- Ela também sabe da traição do ...
- E provavelmente fez o mesmo que você, pagou na mesma moeda.
- O que você queria, meu bem? - enfatizou as duas últimas palavras.
- E o que você vai fazer agora?
- Não sei, acho que vou deixar meu futuro nas mãos do GRANDE MESTRE. Ele vai saber o que é melhor para mim.
- Acho que farei o mesmo. Não dá para decidir o que fazer agora, é muito difícil, e não é um bom momento.
- Por isso mesmo, deixemos que ELE decida por nós - ela disse.

Peguei meu casaco no quarto, e logo deixei o apartamento, sem rumo, com mil pensamentos, e sem nenhuma certeza. Mas de uma coisa eu sei: eu quero ser feliz!

Xxx FIM xxX

N/A: Essa é minha segunda song, e das fics que escrevi essa seria a 4ª (se não me falha a memória). Aos poucos espero ter todas as minhas fics (songs e normais, digamos assim) postadas aqui no FFOBS. Tenho as fics postadas numa comunidade (minha) no Orkut, mas acho que aqui elas terão mais chances de serem lidas. E eu realmente espero, que gostem! E, por favor, não saiam sem comentar. Acho que isso é importante para as escritoras, pois assim sabemos se fizemos um bom trabalho ou não.

Qualquer coisa que quiserem falar sobre a fic: Twitter ou MSN/email, caso queiram enviar.
Beijinhos da Ca ou Cathe (como preferirem me chamar).

Outras fics:
I’m Addicted To You by Cathe

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