Era fim de tarde e ele andava vagamente entre as lápides do cemitério carregando um buquê de rosas brancas. Deixando que as poucas, mas teimosas, lágrimas rolassem pelo seu rosto, assim como no outono as folhas caíam das árvores. Quem o via achava que andava sem rumo, até que enfim parou em frente uma lápide. Colocou as flores em cima do túmulo e disse:
- Já faz tempo que você se foi, . Para ser mais exato, 3 anos e 5 meses. Sim, eu contei. E acredite, não há sequer um dia em que eu passe sem pensar em você, sem lembrar do seu rosto, da sua risada, do seu beijo...
Ele mordeu os lábios tentando conter as lágrimas que queriam cair.
- No início achei que fosse só mais uma das minhas paixões passageiras, assim como muitas que eu já tive. Mas eu estava errado. O que eu sentia por você era maior do que tudo que eu já havia experimentado, por isso estava com medo de admitir o que sentia. Era amor.
Nesse momento ele se ajoelhou ao lado da lápide e passou os dedos nessa, como se pudesse tocar a amada. O sol já estava se pondo, ele continuava ajoelhado e as teimosas lágrimas já rolavam soltas pelo seu rosto vermelho.
- Que droga, ! Se eu tivesse te dito desde o ínicio o que eu sempre soube, que você era o amor da minha vida, nada disso teria acontecido.
Sinceramente,logo depois que você se foi, pensei que eu conseguiria te esquecer, iria provar a mim mesmo que você era só mais uma. Eu estava mais uma vez errado. Os dias, semanas, meses se passavam e você continuava em minha mente, em meus sonhos.
--
flashback/on.
Era uma noite qualquer, quando havia pego o telefone para discar os números já tão conhecidos por ela. (n/a: um tracinho - você/dois tracinhos - seu jonas) - Alô?
-- ? Oi, amor, que horas você vai chegar? Eu já estou te esperando.
- ?
- ? É você? Calma, não é o que você tá pensando. Eu posso explicar! - disse, já entrando em desespero.
- Não, não precisa. Todos os homens dizem isso, mas eu sei o que tá acontecendo. É tão óbvio, ! - disse, já segurando as lágrimas que queriam porque queriam sair e desligou o telefone.
-- Não! !
já chorava descontroladamente em sua cama. Ela pensava que ele era diferente; para ela, ele era o amor da sua vida. Era com ele que ela iria casar, ter filhos e viver uma vida feliz para sempre. [n/a:Clichê. (y)] (n/y: BEM clichê.hahaha) Ela, num impulso, pegou todos os seus remédios para dormir e os colocou na boca. Pensou por um segundo: "Se eu não posso tê-lo, não há mais sentido para viver." (n/y: Dramática ao extremo T.T) Pegou um copo de água e engoliu os remédios. Deitou em sua cama, abraçou o urso que havia lhe dado, e esperou. Nada podia ser feito agora.
, após perceber o que havia feito, tentava ligar para . Seu celular estava desligado e ninguém atendia em sua casa. Ele teve um mau pressentimento e, por isso, foi à casa de .
Bateu na porta, ninguém chegou para abrir. Já preocupado, pegou a chave reserva que guardava dentro da casinha do extintor de incêndio e abriu a porta.
- ?
Ninguém respondia. Procurou pela casa e, quando chegou ao quarto, se deparou com uma cena que para ele era bonita. abraçada com o urso que ele havia dado a ela no dia dos Namorados, aparentemente dormindo.
Chegou ao seu lado, pegou em seu rosto e viu que ela estava fria, assim como mármore. (n/y: Twilight!) Nesse instante, as lágrimas enchem os olhos de , constatando que ela não iria acordar. (n/y: "constatando"? Falô bonito, ein?) Ele acabou de perceber. Ela era a pessoa mais importante que existia para ele, aquela que pode ser considerada o amor de sua vida. Infelizmente, só descobriu isso depois que a perdeu. (n/y: fica mais dramático) Deu um beijo de leve em seus lábios já frios e então ligou para a ambulância, sem se preocupar em conter as lágrimas.
flashback/off.
A noite já havia caído e continuava ajoelhado ao lado da lápide, sem forças para se levantar.
- Dói demais, , por que você não havia me dito que perder alguém que você ama dói até mais do que podemos suportar? Nos faz sofrer tanto? A vida não tem mais sentido sem você agora, você era aquele alguém pelo qual havia a pena viver.
As rosas já estavam murchas de tantas lágrimas que caíam sobre elas. Ele encostou seu dedo sobre o nome de gravado na lápide, como se pudesse acariciar seu rosto mais uma vez. Então tirou um pequeno vidro do bolso.
- Me perdoe, , se eu pudesse, falaria desde o primeiro momento que eu sabia que eu te amava, que eu não iria conseguir viver sem você aqui. - ele disse, destampando o pequeno vidro e, em seguida, tomando o conteúdo - Eu te amo, , como nunca amei ninguém, e se você puder me ouvir, por favor, me perdoe. Eu estou chegando. Chega de saudades.
As últimas palavras foram ditas assim como um sussuro, enquanto encostava a cabeça sobre o túmulo e seus dedos acariciavam a pequena foto de que havia lá.
A fic é bem pequena e foi escrita num momento depressivo do meu dia -q e é a minha primeira fic. :D
Obrigada Yumi por reparar nas minhas palavras repetitivas,e por dizer que adorou.
O seguinte:
N/A: Nota da Autora
N/Y: Nota da Yumi (amiga da autora)
Obrigada. :)