Sabe aquele sonho que todas nós temos quando encontramos amigas de verdade? Aquele de morar juntas! Sem pais pra perturbar, nem ficar botando limites e regras em tudo, poder sair sem ter hora pra voltar! Aí que sonho! Que garota nunca pensou nisso?!
e . Elas conseguiram realizar esse tão esperado sonho, só que elas o modificaram um pouquinho. Não simplesmente moravam juntas, elas moravam juntas em Londres! Isso sim é perfeito. Outro país, numa outra casa, com outras pessoas e sua melhor e inseparável amiga. Agora era só começar a faculdade e o emprego, se estabilizar e aí sim poderiam curtir. Muitas coisas para se fazer em pouco tempo. Então elas resolveram esperar um pouco mais. Começaram suas faculdades no Brasil mesmo, e se inscreveram num programa de intercambio. Foram aceitas! Mas como nem tudo são flores, não encontraram nenhuma família que estava disposta a recebê-las. Já que eram duas garotas. Tiveram que mentir para seus pais e acabaram alugando uma casinha num bairro ‘não muito rico’ de Londres.
Mas como eram jovens, não estavam nem aí para o minúsculo lugar em que viviam, afinal já estavam estudando e trabalhando. trabalhava em uma locadora e em um pub.
[n/a: acho que todas as meninas já viram Sorte no Amor não é?! Então, imaginem aquele quarto em que as amigas da Lindsay viviam. Sendo que era uma cama ao lado da outra. Cama de solteiro xD]
Capítulo 1
- Acorda dorminhoca! Hoje é o seu dia! – pulava por cima da amiga batendo com o travesseiro no rosto dela.
- Aí, ... – levantava mal humorada como sempre. Tentou tirar de cima dela, mas não adiantou de nada, ela muito mal conseguiu fazer a amiga parar de bater na sua cara com o travesseiro.
- PARABÉNS! – gritou jogando o travesseiro longe e abraçando a garota.
- Ônn - todo aquele mau humor desapareceu - obrigada. – Falava com uma voz de quase choro.
- Te acordei, né? – disse quando saiu do abraço.
- Pra falar a verdade, sim! – disse se espreguiçando.
- Yeah! Te acordeei. Uhuul! – comemorava rindo.
- Não teve graça. - fingiu estar ofendida.
- Se você estivesse olhando a sua cara, eu duvido se você não ia achar graça.
- Hei! – bateu em com seu travesseiro. revidou pegando o seu jogado no chão e dando na cabeça da amiga.
- En-tão-é-as-sim-é?! – falava enquanto batia em .
- É assim siiiiiim! – saiu finalmente de cima dela e correu pela minúscula casa até ser encurralada por num canto da parede. – , chega, você venceu, okaay. VENCEU! – agora estava fazendo cócegas em .
- Diz que eu sou a rainha do universo!
- Eu não vou falar isso! – falava entre gargalhadas.
- Fala, senão eu não vou parar! é a rainha do universo! Fala, anda fala!
- éarainhadouniverso! – ela falou rápido.
- Eu sei, eu sei! – soltou a amiga e voltou rindo para sua cama.
- O que você ta fazendo? Vai dormir de novo?
- Só mais cinco minutinhos – fez cara de cachorro abandonado.
- Nãaaao, nem pensar! Eu preparei ‘a’ noite pra você hoje!
- Ah é?! Me conta! – repondeu interessada.
- Nós vamos pra o The End! – falava toda empolgada.
- The End? CARACA! Sempre quis ir lá! Nossa você pensou em tudo, êin!
- Isso aí garota! Agora anda, vai logo toma banho e trocar de roupa! Eu tava só te esperando pra ir arrumar os preparativos.
- Preparativos? Mas nós não vamos sair?
- Ô raciocínio lento, meu deus! - segurou o rosto da amiga com as duas mãos - os preparativos são as roupas que nós vamos usar, a maquiagem que vamos fazer e por aí vai. Entendeu? – ela falava calmamente como se estivesse falando com uma criança.
- Entendiii! E gostei da idéia. – A menina respondeu empolgada.
- Que ótimo. Então vai logo toma banho.
- Okaay! To indo – levantou rapidamente e foi para o banheiro. – Põe uma musica ai! – gritou já com o chuveiro ligado.
- Taa! – levantou e botou um cd de musica eletrônica que ela fez no computador.
Trinta minutos mais tarde sai do banheiro enrolada na toalha e segurando uma escova como se fosse um microfone.
‘I wish to give, to take, to make, to shake,
I wanna see it happen
I want to see, to be, the one that plays the game without no fears and regrets
I want to know you, better than I know myself
I want to feel the end, and enjoy the consequence
I'm playing the game
The one that will take me to my end
I'm waiting for the rain
To wash who I am’
( Eu desejo dar, pegar, fazer, tremer,
Eu quero ver acontecer
Eu quero ver, ser, o único jogador sem medos e receios
Eu quero conhecer você, melhor que eu me conheço
Eu quero sentir o fim,
E curtir as conseqüências
Eu estou jogando o jogo
O que me levará a meu fim
Eu estou esperando pela chuva
Que vai lavar quem eu sou )
- Eu amo essa músicaaaaa! – E começou a pular em cima da cama feito uma doida.
a imitou e começou a dançar. É praticamente impossível resistir ao jeito animado de . Ela contagia todos e tudo a sua volta.
*
- ?
- O que?
Elas estavam sentadas nos famosos ônibus de dois andares. olhava para fora da janela e lia qualquer coisa em uma revista.
- Eu nem to acreditando! – Ela abriu um enorme sorriso.
- No que? – olhou pra ela interessada.
- Meu aniversário de 21 anos! E em Londres! Quando que eu podia imaginar isso!?
- Nenhuma de nós podia imaginar isso. Ta sendo tudo tão mágico, né!
- Nem me fala. – suspirou e voltou a olhar pela janela.
- ! Olha aqui – já tinha os olhos pregados na revista novamente. – São o e o .
- Cadê? – puxou a revista das mãos da amiga. – aiii, ele ta tão lindo.
- Quem? O , né?! Porque o você sabe que é meu!
- Okaay, senhora ! – e riu.
- Quem me dera!
- Quem me dera o que? – viajava na foto de na revista.
- Ser a senhora ! – E deu um tapa na testa da amiga – , eu to falando com você!
- O que é? – riu – Outch, isso doeu, ta?! – ela levou uma das mãos até a cabeça.
- Aí sua lerda! – pegou de volta a revista e guardou na bolsa – é aqui que nós vamos ficar.
Desceram na Oxford Street. Um paraíso para elas. Compraram roupas para mais tarde e depois foram para um salão fazer o cabelo. disse que não queria ir, pôs não tinha dinheiro, mas se ofereceu para ajudar a pagar, já que o salário dela era maior que o de . Terminada as compras, elas foram direto pra casa, alugaram um filme, mas não conseguiram ver. Estavam ansiosas demais para isso. Ficaram conversando e programando a noite.
*
- ! Já ta pronta? – gritava devido ao som alto.
- Só falta o sapato. E você? – estava sentada sobre a sua cama, colocando seu scarpin preto.
- To pronta! – terminou de vestir sua blusa.
- Eu também!
Elas estavam lindas. estava com uma calça jeans, seu scarpin e uma blusa preta toda brilhosa.
estava com uma calça skinny, também de scarpin e uma blusa vermelha caída no ombro.
- Então, vamos?
- Siiiiiiim! – gritou e saiu fechando a porta após ter desligado o radio.
*
- Nossa, quanta gente!
- Aham! – falavam saindo do táxi. Elas não queriam de jeito nenhum chegar andando ou de ônibus. – Vem, vamos entrar logo! – estava extremamente ansiosa.
- Não precisa ter pressa! – falava tranqüila pagando o taxista.– eu acho que não te contei como consegui que nós viéssemos pra cá, né?!
- Não contou, não! – fez cara de desconfiada – o que você fez, ?
- Nada, garota! – riu – eu participei de uma promoção na BBC e ganhei. Nosso nome ta na lista, meu bem! Bebida e comida grátis! Além daquelas pulseirinhas super fashion que deixam a gente circular por todos os ambientes! – falava esfregando as mãos.
- Verdade? Aí , você é um máximo garota! – Num pulo abraçou a amiga.
- Também amo você! – E riu retribuindo o abraço.
Capítulo 2
- Oi! Érr... Nós estamos na lista. – se aproximava de um segurança com um papel nas mãos.
- Documento com foto, por favor.
- Aqui – tirou na bolsa sua identidade e fez o mesmo.
- e ? – Ele falou enquanto examinava as identidades.
- Isso! – disseram juntas.
- Podem entrar. – Ele entregou a elas duas pulseiras verdes e se afastou um pouco para que elas pudessem passar.
- Obrigada! – agradeceu colocando sua pulseira. não falava nada e nem fazia nada, abriu um sorriso daqueles que a gente só vê em desenho animado e foi entrando na boate.
- Êi garota! coloca essa pulseira logo antes que peguem de você! – ia atrás dela.
- O que? – olhou pra ela ainda distraída.
- A pulseira! – e riu – vem, deixa que eu coloco. – Ela colocou a pulseira na amiga.
ainda parecia embasbacada com tudo aquilo. Tantas pessoas bonitas e bem arrumadas em um lugar só era uma coisa que ela ainda não tinha visto.
- Vem , vamos dançar! – a arrastou para a pista de dança.
- ARE YOU READY? – gritaram juntas dançando muito.
- Cara, eu amo essa música! – falava fazendo passinhos estranhos.
- Que música você não ama? – a imitava nos passinhos.
- Assim agora! Vai . Uhuuul!
Elas se divertiam muito, vários garotos se aproximaram delas tentando começar algum assunto, mas elas não davam papo. Só queriam dançar, e se fosse pra ficar com alguém, que pelo menos esse alguém não estivesse bêbado.
- , eu vou pegar uma bebiba, você vai querer qual?
- Caipirinha, claro! Pra matar a saudade da terrinha! – e gargalhou.
- Boa, vou pegar uma pra mim também.
- Eu vou com você! – já estava saindo com a amiga.
- Não, fica aí. Eu vou rápido.
- Então ta! – sorriu e continuou dançando.
*
- Faz duas caipirinhas pra mim, por favor!
- Claro – o barman respondeu.
viajava em seus pensamentos, ficou de costas para o bar observando sua amiga dançando de longe. Ela estava tão feliz. Mas algo interrompeu seus pensamentos.
- Oi! – alguém falou ao seu lado.
- Oi! – ela respondeu educadamente sem se virar para ver quem era.
- Você está com aquele menina ali, a de preto?
- Sim, ela é minha amiga. Por quê? – Ela virou pra ele de repente e teve um grande susto.
- É que eu to com um amigo no camarote, e ele gostou dela e taalz. Você sabe como é, né?!
- É... É... – ela travou. Não saia uma palavra se quer.
- Já sei. Ela tem namorado. Ele não vai gostar dessa notícia. – O garoto passou a mão pelos cabelos, olhou pra cima e fez uma cara triste para o seu amigo que o observava.
- É... É... – seguiu o olhar dele e ficou mais surpresa ainda quando viu com quem ele falava.
- Você está bem? – ele perguntou preocupado vendo a menina o olhar sem dizer ainda nenhuma palavra.
- Aqui a sua bebiba. – o barman deslizou os copos sobre a bancada e entregou a garota.
Ela não desviava o olhar do garoto, parecia não piscar.
- Hei, garota? – o barman a tocou nos ombros e ela pareceu acordar de um transe.
- O que? Quem? Aimeudeus, aimeudeus. – ela fazia gestos rápidos com as mãos.
- Seus drinks! – o barman respondeu rindo quando viu a reação dela. O garoto sentando ao seu lado também riu.
- Desculpe, nem me apresentei – ele estendeu a mão – . – e sorriu lindamente.
- Não, eu que tenho que pedir desculpas. Acho que foi a pior reação que você já viu! – ela apertou a mão dele – , para os íntimos. – e riu.
- Não se preocupe. Pelo menos você não gritou chamando a atenção toda pra nós dois e muito menos rasgou minhas roupas. – ele riu.
- Bem que eu queria – ela pensou alto olhando pra cima.
- Ó, me desculpe. Não ouvi. O que você disse? – ele olhou pra ela.
- Hã? Não, nada não. – riu sem graça. –ainda bem que ele não escutou – pensou.
- Então, aquela sua amiga ali tem mesmo namorado?
- Quem? Namorado? A ? Não.
- É serio? – ele perguntou empolgado. – ela não tem mesmo namorado? Ta solteira?
- Sim! – respondeu simplesmente achando graça quando o garoto olhou pra cima e fez ‘joinha’ com as mãos pro amigo.
- E você?
- Eu o que?
- Tem namorado?
- E-eu? – ela gaguejou.
- Sim, você! – ele sorriu vendo a garota ficar desconcertada.
- Não. – respondeu de cabeça baixa.
- Não! – ele pensou alto. – Que ótimo.
- Ótimo o que?
- Nada, nada! – ele que ficou tímido e resolveu mudar de assunto, quando viu que a garota possuía a mesma cor de pulseira que a dele – Ei, você também é vip.
- Vip? A é, a pulseira! Sim, sou sim! – e sorriu. – ganhei numa promoção, daí vim comemorar o aniversario da minha amiga aqui.
- Hoje é aniversário dela? Quantos anos ela ta fazendo?
- 21 anos.
- Que legal! – ele ficou quieto e também, um silêncio enorme se criou entre eles. – ér... Você já comeu alguma coisa do buffet?
- Não!
- Nem eu! Vem, vamos lá em cima então. – ele se levantou sorrindo e estendeu a mão para a garota, que a aceitou no ato, até esquecendo das bebibas e de sua amiga a esperando no meio da pista de dança.
Já no camarote vip, passou por seu amigo e falou baixo ‘cara, ela ta solteira. Vai fundo’. O garoto abriu um largo sorriso e desceu as escadas. Enquanto e se acomodavam no sofá após terem pego alguns doces de cima da mesa.
Capítulo 3
estava achando estranho a demora da amiga, mas não se preocupou muito, imaginou que ela devia estar por aí com algum garoto. O que era verdade. Continuou dançando, até ser interrompida por um garoto bêbado que chegou dançando ao seu lado. Ela não agüentou ficar séria e começou a rir dos passos que ele fazia. Bêbado como o garoto estava acabou achando que ela estivesse dando mole pra ele e foi logo se aproximando.
- Você vem sempre aqui? – ele perguntou.
- Eu não ouvi isso! – caiu na gargalhada, respondeu educadamente que era a sua primeira vez naquele lugar.
- E você ta sozinha? – ele continuou com o interrogatório.
- Não, estou com meu namorado. – ela teve que mentir, viu que ele não sairia do pé dela tão cedo.
- Namorado, é?! Hm, e cadê ele? – ele olhou em volta.
- Foi no banheiro e já deve estar voltando. Olha, eu não quero brigar com ele okaay, então é melhor você sair.
- Você está mentindo e eu não vou cair nessa! – ele insistia.
- Que mentindo o que! – aumentou o tom de voz.
ia descendo as escadas reparando na garota, vendo o jeito que ela dançava e como todos olhavam pra ela, foi se aproximando e sem querer ouvindo todo o papo daquele bêbado. Resolveu salvá-la.
- Amor! Demorei? – ele se aproximou por trás e a abraçou. – Algum problema aqui, amigo? Ele olhou de cara feia para o garoto.
- Não, só estava querendo saber as horas. – riu sem graça e saiu trocando as pernas.
- Obrigada! – agradeceu ao garoto, não tinha a mínima idéia de quem era, mas a tirou de um problemão.
- Se nada! – ele sorriu.
Eles ainda estavam abraçados.
- ! – ele falou em seu ouvido.
- ! – ela saiu do abraço e encarou o garoto. Não o reconheceu, estava muito escuro, ela só podia ver que ele era muito bonito. – Mas pode chamar de . – e deus dois beijos em seu rosto.
- Não se preocupe – ele a segurou pela cintura para que ela não se afastasse – sua amiga está lá em cima com um amigo meu. – E falou em seu ouvido.
- Sabia que ela devia estar com alguém! – assim que terminou de falar, ela virou seu rosto junto com o garoto. Eles quase se beijaram, suas bocas ficaram absurdamente próximas e se não fosse pelo empurrão que receberam eles teriam se beijado.
- Erm... Você não é daqui, né?
- Daqui onde? De Londres?
- Aham. - ele concordou.
- Não. Sou do Brasil. Eu e minha amiga chegamos há um mês aqui.
- Sério?
- Aham. – ela concordou e ambos riram pelo fato dos dois terem falado ‘aham’. Era ridículo alguém rir disso. Mas eles pareciam felizes e quando estamos felizes achamos graças das coisas mais idiotas do mundo. – Você não dança? – ela pegou na cintura dele e balançou para um lado e para o outro.
- Não danço muito bem! – ele riu. – E você? Também ta toda paradona aí! – ele fez o mesmo que ela fez nele.
- Danço sim! Eu só parei porque nós estávamos conversando! – ela deu língua pra ele e começou a dançar. – Já estou dançando! Sua vez!
- Ah não. Você vai rir.
- Não vou! Juro!
- Quem jura mente!
- Prometo?
- Quem promete não cumpre!
- Sei lá o que eu faço então. – E riu – mas eu não vou rir! – Fez o sinal da cruz com os dedos os beijou.
- Ta bom! – ele se convenceu e começou a dançar, ele realmente dançava estranho. não resistiu e começou a rir. – sabia! Ta vendo! Não danço mais. – ele fingiu um bico.
- Me desculpa! – ela ria bastante – não resisti, mas vou parar. Parei já, viu!? – ela tomou fôlego e ficou séria de repente.
Eles se olharam nos olhos e ambos começaram a rir. curvava um pouco as pernas e segurava a barriga.
- Se você ta rindo, por que eu não posso? – ela perguntou ainda rindo.
- Porque eu estou rindo de mim mesmo! – e ficou sério, como se tivesse ficado ofendido. – to brincando! – ele riu mais ainda vendo a cara que ela fez.
- Seu sem graça! – ela deu um soco no ombro dele. – mas não importa como, você vai dançar! Eu fecho os olhos, sei lá. Mas dança, por favor! Dança, dança, dança! – ela falava batendo palmas.
- Okaay! – ele segurou as mãos dela – mas fecha os olhos.
- É sério?
- Você disse que fecharia!
- Ta booom! – ela revirou os olhos rindo e os fechou logo em seguida. – mas como eu vou saber que você ta dançando aqui comigo?
- Você vai saber. – ele sorriu aproximando seu corpo com o corpo dela, segurou a garota com uma das mãos pela cintura e ficou seguindo o seu ritmo. Ela, por sua vez, apoiou uma de suas mãos no ombro dele.
- Até que de olhos fechados parece que você dança bem! – ela falou rindo em seu ouvido.
- Mas eu danço bem! É que a minha dança é muito evoluída pra essa geração.
- Okaay então! – ela gargalhou.
Eles continuaram dançando por um bom tempo, até anunciarem a troca de DJs. Então eles resolveram ir atrás de e . achou muito desconfortável o fato de todas as meninas que passavam riam para o garoto. Todas, sem exceção. ‘Será que elas não estão me vendo? Nós estamos de mãos dadas’ ela pensava. (Ele havia pego sua mão para evitar problemas com outros bêbados). Mas tudo bem, afinal ela não era nada dele mesmo.
Chegaram no camarote e encontraram e numa conversa bem animada e resolveram se juntar a eles.
- Ei, vejo que você já conheceu o meu amigo! – falou pra ela.
olhou de pra , de pra . Nem reparou que ainda estava de mãos dadas com .
– É! – ela respondeu meio boba pra e rapidamente se virou pra lançando um olhar bastante significativo – , vamos ao banheiro comigo?
- Vamos! – ela se levantou e seguiu a amiga deixando os garotos.
foi se sentar no sofá ao lado de .
- Por que as garotas sempre vão ao banheiro juntas?
- Sei lá cara, é um mistério do universo! – e riu junto com .
*
- ! Aquele era o ? ?
- Siiiiiiim! – respondeu empolgada dando pulinhos. – ele é tão fofo e está interessado em mim.
- Como que você conseguiu? Como que você encontro com ele? Me conta!
- Que te conta o que! Me conta você! E o ? Ele é legal?
- Que ? Como você sabe o nome dele? Eu nem te falei nada!
- Não acredito que você não percebeu, !
- O que eu não percebi? – elas olhavam seus reflexos no espelho. – Aimeudeus! Espera, se você está com o e o disse que é amigo dele. Não acredito!
- Isso mesmo! Mas como você não percebeu?
- Aimeudeus, aimeudeus! Eu dancei e quase beijei o ! Me abana , me abana!
- Quase beijou? Como assim? – elas estavam eufóricas. – espera, meu celular está vibrando. – tirou o celular do bolso e falou alto – mensagem do !
- Você já deu seu numero pra ele? Vocês já se beijaram?
- Não, não nos beijamos ainda! Mas vamos nos beijar! Você vai ver! – ela sorriu quando leu a mensagem.
- Então? E a mensagem?
- Ele está mandando nós nos apressarmos que eles querem nos mostrar uma coisa.
- Que coisa?
- Não sei, ué! Vamos lá falar com eles.
- , espera! O que eu vou fazer? É o que ta lá fora, e ele está comigo. O que eu faço?
- É só você não ser fã! Não grita e nem faz escândalos! Seja você mesma!
- Aí ...
- Anda garota! Você consegue! – e saiu puxando a amiga para fora do banheiro.
*
Voltando para onde os meninos estavam, elas mal falaram alguma coisa. Eles a seguraram pela mão e as levaram para fora da boate, dizendo que elas hoje iriam ver uma coisa incrível.
Capítulo 4
- Vocês estão de carro? – .
- Não! – .
- Ótimo, menos uma coisa pra se preocupar!
- Hã?
- Você não se importam de entrar no nosso carro, né? – .
- Não! – .
- Okaay.
Eles chegaram até onde o carro estava. foi na frente com e sentou atrás com .
- onde vocês vão levar a gente? – perguntou já com o carro em movimento.
- Vocês vão ver! – respondeu misterioso.
- Ainda está de noite, não vai ter nada aberto a essa hora. – .
- Uma coisa fica aberta! – falou rindo olhando pra .
olhou na mesma hora pra e as duas pensaram na mesma coisa. Mas eles não poderiam ser capazes de fazer aquilo. Ou seriam?
- Fechem os olhos meninas. Estamos chegando.
- , não vai adiantar nada fechar os olhos. Elas vão ver de Longe.
- O que nós vamos ver? – .
- Aí que garota ansiosa. Pois você é que não vai ver! – a puxou pra perto dele e colocou a mão em cima de seus olhos.
- Hei, . Isso não vale! – tentava tirar sua mão.
- Vale sim! – ele se divertia com aquilo.
- , me ajuda. – ela falou, mas não escutou. Finalmente haviam chegado ao seu destino.
- London Eye! – exclamou.
- O que? , você ainda ta aí? A gente já chego?
- Chegamos sim, sua chata! – tirou a mão dos olhos dela rindo e ela pôde, por fim, ver a imensa roda gigante.
- UAU! É linda!
- Então, vamos moças? – .
- Vamos! – e falaram juntas e saíram do carro acompanhadas de e .
- Mas espera, nós não vamos andar nela não, né? – perguntou com medo.
- Claro que vamos! – a abraçou de lado.
- Nós não podemos, eu não posso!
- Por que não pode? – falou intrigado.
- Ela tem medo de altura! – falou simplesmente checando a hora no celular.
- Eu tiro o medo dela! – disse andando mais rápido e abraçou pelo outro lado.
- Ei. Ninguém vai me abraçar não? – parou e colocou as mãos na cintura.
- Ô ciúmes! – se soltou dos meninos e abraçou a amiga. e as abraçaram logo em seguida. com e com . Foram caminhando tranqüilamente até chegarem bem perto da London eye. e foram comprar os bilhetes enquanto e ficaram conversando.
- ? O que você acha que o quis dizer quando falo que ia tirar o meu medo? – falava com as mãos pra trás arrastando um dos pés no chão.
- Que ele vai tirar o seu medo, ué! – falou simplesmente vendo dar um tapa a bunda de e depois sair pulando imitando um gay. E depois riu.
- Amiga, disfarça! – cutucou a garota.
- Outch, disfarçar o que? – esfregava o braço que foi atingido por com uma das mãos.
- Olha a sua cara de garotinha apaixonada. – zombou da amiga apertando suas bochechas.
- Eu não sou garotinha apaixonada! – falou tímida. – Você que é! – e imitou a amiga apertando as bochechas dela.
- Que meigoo! – chegou perto delas ainda imitando gay. – Vem ! – ele apertou as bochechas do garoto que fez o mesmo com ele.
- Parem com isso! – e caíram na gargalhada vendo eles as imitando.
- Bilhetes comprados! – pegou dois no bolso e sacudiu no ar. – vem, você vai comigo! – puxou pela mão e a levou até uma cabine.
- Aí , eu tenho muuuuito medo de altura. É serio! – falava receosa.
- É só não olhar pra baixo, okaay?
Eles conversavam enquanto também entravam em uma cabine.
*
- Vamos ficar aqui mesmo! – puxava ainda pela mão.
- ? Essa cabine é bem grande. Por que a e o não vieram pra cá com a gente?
- Quando eu fui comprar com o , ele fez questão de ir sozinho com ela. Então...
- Sei como é. Não precisa falar mais nada. – e riu.
- Você está bem tranqüila, né?! Não tem medo de altura?
- Não! A medrosa aqui é a ! – saiu rindo em direção a parede de vidro em frente. – UAU! A vista daqui de cima é linda. Tomara que a não de nenhum ataque!
- É linda sim! – viaja sentado no centro da cabine.
- Eu sei! – ela suspirou e olhou pra trás. – êi, levanta daí e vem ver!
Ela estava tão empolgada, era impossível deixar de atender a algum de seus pedidos.
- Okaay, mas nós ainda temos trinta minutos aqui dentro para apreciar a vista! – ele foi se levantando calmamente indo ficar ao lado da garota.
- Trinta minutos? – ela o encarou.
- É o tempo que dura à volta. Aproximadamente trinta minutos!
- Trinta minutos é muito pouco. – ela voltou a encarar a vista.
- Eu sei. – ele respirou fundo.
Eles passaram alguns minutos em silêncio. Cada um com seu pensamento admirando a bela vista. Até serem interrompidos pelas engrenagens sendo ligadas.
- Estamos andando! Estamos andando! – falava empolgada vendo aos poucos a vista de Londres ficar cada vez maior.
- Faz tanto tempo que eu não venho aqui. Acho que tinha até esquecido! – abriu um enorme sorriso.
Já fazia dez minutos que eles estavam ali apreciando a vista. Até que , como num impulso, olhou pra trás e deu de cara com um maravilhoso amanhecer. Não resistiu e foi até a garota, colocou uma de suas mãos tampando a visão dela e foi a levando até a outra ponta da cabine.
- Já percebi que você tem mania te tapar a visão das pessoas. – ela se deixou ser guiada por ele.
- Das pessoas não. Só a sua. – ele falou em seu ouvido. A posicionou de frente para o nascer do sol, e ficou atrás dela, a abraçando – ta pronta? – ele falou mais uma vez em seu ouvido antes de tirar a mão da frente dos olhos dela.
Ela não conseguiu pronunciar uma palavra. Era a coisa mais linda que ela já viu. Uma vista incrível do rio Tâmisa sendo completada pelo nascer do sol. ainda a abraçava e o perfume dele era tão gostoso, ela se aconchegou mais no peito dele.
- ‘Que ótimo presente de aniversario. Não poderia ser mais perfeito’ – ela pesava enquanto não tirava os olhos da bela vista.
- Then just look into my eyes 'cause the heart never lies (Apenas olhe nos meus olhos porque o coração nunca mente) – ele cantou no ouvido da garota.
Ela, por um instante, ficou sem ação, era inacreditável ouvi-lo cantando assim, tão perto. Se perdeu em alguns pensamentos até finalmente o olhar, ela estava errada. O olhar de definitivamente era o que de mais incrível ela já tinha visto. Era profundo, cheio de desejo e aconchegante ao mesmo tempo. Ela poderia passar o resto de sua vida admirando aqueles olhos, mas não foi o que aconteceu. foi aproximando seu rosto, encostou sua testa na dela e roçou seus narizes.
- Isso é loucura. – falou antes de beijá-la. Calma e delicadamente, ele a abraçou com mais força pela cintura e a garota posou suas mãos sobre as mãos dele. Ali, naquela cabine, só o sol era testemunha daquele inevitável sentimento que acabara de nascer.
*
- Vamos lá, não vai acontecer nada - disse .
- Mas eu tenho muito medo.
- Eu vou estar com você lá, lembra?
- Okaay, me convenceu! Eu vou! – falou por fim sendo abraçada por e ganhando um beijo na testa. O Garoto estava com um largo sorriso no rosto.
entrou na cabine de olhos fechados, estava com muito medo, por mais que estivesse segurando sua mão.
- Nossa, você está tremendo e gelada também – ele falou esfregando a mão dela entre as suas.
- Eu sei, eu disse que tenho medo de altura. – ela riu nervosa.
- Mas fica calma, é só uma volta. É rápido! E quando você chegar lá em cima, vai ter sua recompensa.
- É, eu vi umas fotos, a vista de lá é realmente linda. – Ouviu-se ao longe o barulho das engrenagens sendo ligadas e a cabine balançou um pouco. , como num impulso, se jogou sobre o colo de que estava sentado no chão da cabine e o abraçou. – , a gente vai cai! – ela falava com medo. Sua voz estava trêmula.
- Não vamos! – ele falava o mais calmo possível acariciando os cabelos da garota.
- Deixa eu ficar sentada aqui?! – ela perguntou já se aconchegando entre as pernas dele. – não quero levantar.
- Tudo bem! – ele riu ainda mexendo nos cabelos da garota.
- Você não se importa se eu ficar de olhos fechados, né? É que eu fico um pouco tonta com toda essa altura. – disse já fechando os olhos.
- Não me incomodo, mas é você que está perdendo essa maravilhosa vista.
- Que vista? – Ela abriu os olhos e se deparou com um nascer do sol maravilhoso. – É lindo!
nem havia reparado que já estava com os olhos abertos. Apoiou sua cabeça no ombro da garota e ficou sentindo seu perfume.
- ? – ela se sentou e ficou de frente para o garoto.
- Sim! – ele a encarou nos olhos.
- A vista daqui... – Ela sorriu tímida – Está mais bonita.
Ele agiu automaticamente, já sabia o que ela queria. O que ambos queriam. Então ele a beijou, um beijo que parecia nunca ter fim, que trazia diversos tipos de sensações. Era quente e frio ao mesmo tempo.
, nos primeiros segundos, parecia não acreditar no que estava acontecendo, mas deixou os pensamentos de lado e acabou se entregando ao beijo. ‘passarinho quer cantar, o rabinho balançar, quando acaba de nascer... tchu, tchu, tchu, tchu...’
- O que é isso? – interrompeu o beijo rindo.
- Meu celular! – ele falou sem graça – isso é hora de você tocar? – ele falou olhando diretamente para o aparelho.-Oi, Fletch! Sério? Que bom! Não, por nada! Ta, ta! Ta aqui também! Ta! Tchau!
- Algum problema? – perguntou sem jeito.
- Pelo contrário! – ele sorriu e guardou o celular. – onde nós estávamos? – e a beijou novamente.
Capítulo 5
Após darem a volta pela London eye, , , e se encontraram. Os quatro com um sorriso no rosto que denunciava muito mais que um belo amanhecer.
- ?
- Sim!
- O Fletch me ligo e disse que a entrevista foi desmarcada, parece que teve um imprevisto lá na emissora.
- sério? – falou mais alegre do que esperava – com licença, senhoritas! – fez reverencia e saiu puxando .
- Que foi, cara?
- A gente pode chamar as meninas pra almoçar com a gente! E depois podemos ver Os caça-fantasmas! – ele se empolgou um pouco quando pronunciou o nome do filme.
- Boa idéia, meu garoto! – bagunçou os cabelos dele. – Vamos lá falar com elas! - ele chegou perto das meninas que estavam conversando animadamente. – o que as senhoritas acham de almoçar com a gente?
- Verdade? Acho ótimo! – falou.
- E depois do almoço uma seção de cinema com Os caça-fantasmas! – fez um gesto engraçado tirando risada de todos.
- Os caça-fantasmas? Yeah! – comemorou. – que foi? – ela olhou pra eles que a estavam encarando estranhamente. – eu gosto de Os caça-fantasmas! – e deu de ombros. – também vou!
- Ótimo! Nós vamos levar vocês pra tomarem banho e depois vamos pra nossa casa, nos arrumar. Certo?
- Certo! – e concordaram juntas com o que havia dito.
Andaram mais um pedaço até o carro e foram em direção a casa das meninas.
- Bem vindos ao nosso humilde, com ênfase em humilde – riu – lar! – e completou a frase abrindo a porta da pequena casinha.
- Lar doce lar! – entrou atropelando os garotos e se jogou em sua cama.
- Ei, ! As visitas entram primeiro. – riu da atitude da amiga que dava língua pra ela.- estou indo tomar banho! – falou pegando um muda de roupa e entrando na portinha entre o corredor que ia pra cozinha. – , coloca meu cd aí! – ela gritou lá de dentro.
- Taaa! – levantou sobre os olhares de ambos os meninos, colocou o cd de musica que eletrônica e, ao som de adágio for strings, começou a dançar e pular em cima de sua cama. Balançava os cabelos de um lado para o outro, quando saiu do banheiro enrolada no roupão e se juntou com ela em cima da cama. Os meninos não sabiam o que fazer, estavam parados encostados na porta se entreolhando e olhando para as garotas.
- Vocês vão ficar parados aí mesmo? – perguntou rindo e descendo da cama. A principio ela ia puxar os meninos pra dançar, mas desistiu e apagou a luz enquanto fazia isso.
Todos começaram a dançar, cada casal em uma cama diferente, todos os quatro com os celulares ligados iluminando o quarto.
e trocavam alguns estalinhos entre seus passos enquanto e não perdiam tempo e só queriam se beijar. Dançavam sim, mas se beijavam mais do que dançavam.
Terminada a musica, se jogou em cima de sendo seguido por e . Deram um montinho nele, sem motivo algum. Apenas por estarem felizes. Caíram no chão e começaram a rir. , como num estalo, se lembrou que estava de toalha e correu de volta para o banheiro. ficou escolhendo sua roupa enquanto e agora dançavam outra musica.
Assim que saiu do banheiro com um vestido e uma rasteirinha foi inevitável não ouvir o ‘uau’ de . Ele provavelmente tentou disfarçar, mas não conseguiu. entrou logo assim que saiu, conseguiu se arrumar o mais rápido possível. Não queria perder tempo, afinal, e estavam na sua casa. Era demais pra cabeça dela. Saiu do banheiro com uma bermuda, all star, blusa branca e uma bolsa amarela.
- Estou pronta! Vamos! – anunciou assim que saiu.
apenas lançou um sorriso malicioso, que só foi percebido por .
Saíram os quatro em rumo a casa de , esperaram ele se arrumar e depois foram pra casa de .
- Sua casa é bem legal, ! – .
- Obrigada, se joguem em algum lugar por aí enquanto eu tomo um banho rápido! – ele disse já subindo as escadas.
- Okaay! – seguiu a risco o que ele falou e se jogou na poltrona, e só riam. – vocês não vão se sentar, meninas?
- Vamos sim! – sentou no sofá sendo seguida por .
Enquanto tomava banho, não conseguia tirar do pensamento. Flashes da noite de ontem ficavam aparecendo em sua cabeça.
*
- Hei, a noiva já está pronta? – gritava batendo na porta do banheiro.
- Já to saindo, cara! – se tocou que já fazia trinta minutos que ele apenas deixava a água escorrer pelas suas costas. Desligou o chuveiro, trocou de roupa rapidamente e desceu as escadas. – pronto! Já estou aqui e limpinho! – ele esticou a barra da blusa e ficou se olhando. Todos riram.
- Mas agora não adianta mais. – falou dando de ombros.
- Ué, por que?
- Nós vamos ficar em casa e pedir pizza! – disse empolgada.
- Yeaaah! Pizza, babe! – apareceu com o telefone na mão. – qual sabor?
- Quatro queijos! – e falaram juntos. sorriu na mesma hora.
- Eu quero calabresa! – falou.
- Eu também quero! – completou. – então, uma de cada?
- Sim! E compra coca também! – .
- Okaay! – continuou a fazer o pedido pelo telefone.
- Quer dizer que eu me arrumei à toa? Vou lá em cima trocar de roupa!
- Vai não! Você ta tão bonito assim! – elogiou .
- Vai não! Você ta tão bonito assim! – , assim que desligou o telefone, fez uma voz mais fina e repetiu as palavras de vendo ficar ainda mais sem graça.
- Só faltou você, ! – ele disse passando as mãos no cabelo.
- Eu o que? – a garota estava desligada observando . – ah! – ela sorriu e levantou do sofá, começou a fazer gestos com a mão e completou – vai não! Você ta tão bonito assim! – e caiu na gargalhada com vendo a cara de e .
- Mudando de assunto... – começou ainda sem graça. – então? Os caça-fantasmas mesmo né?
- Sim! Faz muito tempo que não vejo, vai ser bom relembrar minha infância! – disse se aconchegando no sofá.
- É mesmo. Vai ser muito bom! – .
- A pizza demora muito pra chegar aqui? – .
*PLINDON*
- Não precisa responder!
- Pizzaaaa! – voltou da porta com as quatro embalagens na mão e uma garrafa de coca na outra.
- Como eles são rápidos. – .
- É que eu sempre peço. Sou vip! – falou gargalhando! – cara, você não cansa de ficar falando 'pizzaaa'!? – todos começaram a rir.
- Só paro de falar 'pizza' quando ela já estiver na minha boca! – ele abriu uma das embalagens e respirou fundo o maravilhoso cheiro. – hmm!
- Eu pego os copos! – .
- Eu boto o filme! Pode ser? –
- Pode sim! Sinta-se em casa! – gritou da cozinha.
- E eu e o , vamos fazer o que?
- Comemos! – falou já enfiando um pedaço de pizza na boca!
- Comer? Opa, é comigo mesmo! – foi para o chão ao lado de e começou a comer uma fatia que acabara de pegar.
Após comerem toda a pizza e acabarem com a coca, eles resolveram se dedicar ao filme que já estava pela metade. tinha uma estranha mania de ficar repetindo as falas junto com os personagens, era muito engraçado vê-lo, mas às vezes irritava, ele ficava contando a historia toda.
- Are you a god? – ele imitou a voz da fantasma e repetiu sua fala junto com ela.
- ! – gritou o repreendendo jogando uma almofada nele.
Cinco minutos depois de várias gargalhadas sobre o que fez, o sono começou a bater. Afinal, eles estavam em claro desde a noite anterior. apoiou a cabeça no colo de , que por sua vez, encostou a sua no sofá. e estavam no chão. Ele de barriga pra cima e ela com a cabeça apoiada sobre seu peito.
Capítulo 6
- Boa noite! – acabara de acordar.
- Boa noite! – a respondeu.
- São que horas?
- Quase uma da manhã.
- O que? Sério?
- Sério! – vinha da cozinha com um copo de água. Já havia trocado de roupa. Estava com uma samba-canção e uma blusa de manga.
- Acho que dormimos demais. – ela disse se espreguiçando. – cadê o ?
- Ta lá em cima mudando de roupa.
- Ah, sim! E você, que roupa é essa? – olhou a amiga de cima a baixo.
- Ficou com inveja? A sua está ai do seu lado! – ela sorriu. Também vestia uma samba-canção e uma blusa de manga de .
- Minha? – ela olhou para o braço do sofá e encontrou as mesmas peças de roupa. – isso ta limpo? – ela pegou a samba-canção azul e a levantou no ar.
- Ta limpo sim, alias, ta nova! Comprei ontem! Nem usei ainda! – .
- Que bom! – sorriu ganhando um estalado beijo de .
- , seu armário ta uma zona só! – descia as escadas, vestia também uma samba-canção, mas estava com uma blusa de botão toda aberta. Estava absurdamente lindo.
- Espera, por que você trocou de roupa, ? Nos temos que ir! Amanhã tem faculdade e depois trabalho. Voltamos as nossas vidas esqueceu? – ela chamou a atenção da amiga que se perdia olhando pra .
- O que? Ah! Mas , amanhã não tem nada de importante na faculdade e amanhã eu to de folga! – ela comemorou.
- Mas eu não!
- Mas você só trabalha de noite! – ela deu língua pra amiga. – nós vamos ficar e ponto!
- Okaay, mamãe!
- Debochada! – riu – agora anda, vai logo trocar de roupa, você não vai querer dormir com esse vestido do lado do , né?!
- Ahh por que não? – sorriu malicioso.
- Ei! – sorriu – é melhor mesmo eu ir trocar de roupa.
*
chegou na sala e os encontrou conversando sobre onde dormiriam.
- Então a dorme com você no quarto de hospedes, e a comigo no meu quarto!
- É, mas é só dormir, êin, senhor ! – ela apontou o dedo pra ele, como uma mãe faz com um filho.
- Okaay! Eu juro! – ele disse.
- Quem jura mente!
- Prometo?
- Quem promete não cumpre!
- Então eu... Eu sei lá o que eu faço! – e caíram na gargalhada lembrando do dia em que se conheceram. ficou sem entender.
- Que historia é essa de quarto? – se aproximou deles.
- Isso mesmo, você e o , eu e o . Cada um em seu quarto! Mas não se preocupe, é só dormir! – piscou pra amiga.
- Não to gostando dessa idéia.
- Deixa de bobeira, !– puxou a amiga num canto – Não vai acontecer nada. Eu êin, e alem do mais você não ia tirar de mim a oportunidade de dormir abraçadinha com o , né?! Me da isso de aniversario! Você ainda não me deu presente! – ela sorriu.
- Não dei? Quem conseguiu o camarote na boate?
- Aí, ! Por favor! Não vai doer! – fez uma cara de cachorro sem dono.
- Okaaaay! Me convenceu!
- Isso! – comemorou. – resolvido. Vamos dormir então? Ainda estou com um pouco de sono. – ela disse voltando com para onde os garotos estavam.
- Sim! – subiu com a garota para o quarto de hospedes.
- Vamos? – .
- Vamos! – .
*
- Nossa, esse quarto é bem grande pra um quarto de hospedes! – dizia entrando no quarto.
- Eu sei! Sempre falo isso pra ele! – ia entrando logo atrás dela.
Eles ficaram olhando o quarto por alguns segundos.
- O canto é meu! – gritou e se jogou no canto da cama, perto da parede.
- Ahh! Mas eu sempre durmo no canto. – ele reclamou.
- Então hoje é o dia de fazer diferente! – ela sorriu. – vem, deixa de ser chato, apaga logo essa luz e deita aqui.
- A senhora que manda, mamãe! – apagou a luz e se deitou de barriga pra cima ao lado da garota.
- Por que todos me chamam de mamãe?
- Porque você fica mandando em todo mundo! – ele riu.
- Fico nada!
- Fica sim! – ele riu mais ainda.
- Fico nada! E para de rir!
- Viu!? – ele gargalhou.
- Ta, ta! – ela sorriu vendo ele gargalhar ao seu lado.
- O que foi? – ele percebeu o olhar da garota.
- Não, nada. É que é estranho estar aqui com você.
- Estranho?
- É! Sabe aquelas coisas que a gente nunca imagina que vai acontecer? E que, como por um milagre, você percebe que aconteceu?
- Tipo o amor? – ele cruzou os braços em baixo da sua cabeça e ficou encarando o teto, ela, também encarando o teto, estava com os braços apoiados sobre sua barriga.
- É! Mas é mais como encontrar alguém especial.
- Sei! Está acontecendo comigo. – ele se levantou e ficou sentado na cama, de costas pra ela.
- Está? – ela se levantou e sentou ao lado dele.
- Ahm. – ele assentiu. – e é mesmo bem estranho. – ele a encarou. Foi aproximando seus lábios, a garota já estava de olhos fechados esperando o toque do lábio de no seu. a beijou o mais delicadamente possível. Passando sua mão na nuca na garota, aos poucos ele foi deitando seu corpo quase sobre o dela. O beijo foi aumentando de intensidade, e da boca, passou a beijar o pescoço da garota.
- Não – ela começou fracamente – não, – disse em tom de voz normal. – não! – falou um pouco alto. O garoto a olhou assustado. – é que... Ér... Eueu... Eu nunca. – ela desviou o olhar do dele.
- Você nunca... Nunca mesmo?
- Munca mesmo!
- Me desculpe então! – ele saiu de cima dela.
- Não precisa pedir desculpas! Você não sabia. Agora vem, vamos dormir. – ela o olhou sorrindo.
- Não ficou chateada comigo?
- Claro que não! Então, vamos dormir, senhor ? – ela deu um estalinho no garoto.
- Vamos sim, senhora ! – ele retribuiu o beijo.
- Mas antes! – ela levantou e tirou se sua bolsa o seu mp4. – eu gosto de dormir ouvindo musica. – assim que ligou, começou a tocar The calling – anything.
- Adoro essa musica! – ele também ouvia, ela havia lhe dado um fone.
- Eu também!
‘ Whatever you want
Whatever you need
Whatever it takes
I’d do anything’
Cantaram juntos.
- Boa noite! – falou se aconchegando no peito de .
- Boa noite! – ele a abraçou e deu-lhe um beijo na testa.
*
subiu as escadas pensando no que poderia acontecer. Dormir ali, com , na mesma cama era tão surreal. Sem contar o fato deles se conhecerem a pouco mais de um dia. Ela não cansava de repetir em sua mente ‘será que é um sonho?’.
- Bem vinda ao meu quarto! – ele abriu a porta depois de dar um beijo na garota, fazendo-a despertar de seus pensamentos.
Entrando no quarto de , teve a estranha sensação de que já havia entrado ali, não pelo fato de já ter entrado, mas sim pelos sentimentos que ele trazia. Várias fotos de família na parede e objetos que ele guardava desde que era criança, tudo a fazia lembrar de todos os seus amigos e familiares que ela deixou no Brasil.
continuou entrando no quarto e se sentou em sua cama. Ficou reparando em , no jeito dela, em sua beleza, em como ele se sentia quando estava perto dela. ‘Será que é ela?’. Essa frase ia e vinha em sua cabeça.
- Ta tudo bem? – ele perguntou observando a estranha expressão que a garota tinha no rosto.
- Ahm. São só saudades de casa. – ela respirou fundo e respondeu sem olhar pra ele, indo deitar ao seu lado na cama.
, ainda sentado na cama, continuou olhando a garota se deitar ao seu lado.
- Você é linda! – ele disse a olhando nos olhos. Ela desviou o olhar do teto e o encarou com um lindo sorriso tímido. Ela ia falar alguma coisa, mas fora interrompida por um caloroso beijo de . Um beijo intenso, que foi aumentando junto com a velocidade em que as mãos de ambos percorriam o corpo um do outro. Ele, a princípio, tentou se controlar, sabia que as coisas não seriam as mesmas na manhã seguinte se aquilo acontecesse, mas não conseguiu e acabou sendo vencido pelo momento. ainda estava indecisa, ela deixava se levar, mas em sua cabeça estavam passando mil coisas. Por mais que seja Ele, ela não poderia. Afinal ele era homem, e homens são homens, na manhã seguinte, depois que ela fosse embora, ele poderia não ligar pra ela e fingir que nunca aconteceu. Ela não queria que fosse assim. Não queria que sua primeira vez fosse assim. Então, por um momento em que foi beijar seu pescoço, ela tomou coragem.
- , pára! Desculpa, mas não dá! – ela falou tímida se sentando na cama e abraçando suas pernas. – eu ainda não fiquei com ninguém.
- Tudo bem, minha linda! – ele sorriu bobamente, era a primeira vez que uma garota dizia não pra ele. Por ele ser quem era, as garotas sempre estavam dispostas a tudo. Tirou uma mexa de cabelo que caia sobre os olhos da garota. – não precisa ficar com vergonha.
- Okaay! – ela falou ainda bastante tímida.
- Vem, vamos dormir. – ele deu um beijo em sua testa e a puxou pelo braço para que ela se deitasse com ele. fez o que ele pediu, e se deitou ao seu lado. Dormiram abraçados o resto da noite.
Capítulo 7
- Por que você não me acordou?
- Bom dia pra você também! – falou sorrindo para que estava descendo as escadas. - é que você estava dormindo tão quietinha que eu fiquei com pena de te acordar. – e abriu os braços para que ela pudesse deitar entre eles.
- E você ficou me vendo dormir, é?! Bom dia! – ela deu um estalinho no garoto e se deitou ao seu lado – e a e o ?
- Fiquei. – ele sorriu. – estão na cozinha.
- está na cozinha? – ela riu. – se prepara pra passar fome.
- Eu ouvi isso, êin! – gritou.
- Era pra ouvir! – ela gargalhou.
- Dormiu bem?
- Como um anjo! – ela sorriu. KABUM
- O que foi isso? – perguntou preocupada.
- Foi na cozinha, vamos lá ver! – a puxou pela mão.
Chegando na cozinha eles viram a cena mais, digamos, bizarra. estava tentando fritar um ovo, quando o mesmo caiu. Tentando limpar a lambança que tinha feito, ela escorregou e acabou levando junto com ela para o chão. , inutilmente, tentou se segurar na pia, mas levou com ele varias panelas e talheres. Era realmente muito engraçado. , , panelas e talheres se embolando no chão.
- Eu disse que a gente ia passar fome. – falava entre gargalhadas.
- Para de rir e vem ajudar. – tentava se levantar.
- Eu não chego aí nem que me paguem, vocês estão todos sujos. – ainda ria muito junto com .
- ? E você, não vai ajudar?
- Eu muito menos.
- Se não ajudar, não come! – falou estressada.
- Comer o que? – gargalhou mais.
- Isso! – ela levantou e se aproveitando da distração de , jogou um pote de farinha em cima da amiga.
parou de rir na hora, e quem estava rindo era . Sem contar que já rolava no chão. E que ainda estava no chão.
- Você não fez isso. – falou rapidamente.
- Fiz! – se vangloriou.
- Então toma! – , num gesto rápido, estourou um ovo na cabeça da amiga.
- ! – ela falou séria.
- Estamos quites! – se gabou.
- Não estamos! – olhou pra , que interpretou o olhar dela na hora. era o único que ainda estava limpo. pegou um ovo, pegou outro. Elas fingiram que iam jogar uma na outra, mas acertaram a cabeça de . Ele ficou sério na hora, mas em questão de segundos agarrou pelas pernas e a puxou pra chão. fez o mesmo com . Jogando farinha na cabeça da garota. Começaram uma insistente guerra de comida. PLINDON
- Isso foi a campainha? – parou de jogar ketchup na cabeça de .
- Foi! – passava as mãos cheia de maionese nas costas de .
- Quem vai atender? – tentava inutilmente fazer parar.
- O , ué! Ele é o dono da casa. – .
- Só se o for comigo.
- Ah, não.
- Ah, sim! – falou. - vai logo lá.
- Ta, ta!
e levantaram todos sujos e só de cuecas para abrir a porta. Suas blusas estavam jogadas em qualquer canto da cozinha.
- Está tudo bem? – uma vizinha do lado e outra, da frente da casa de perguntaram.
- Está sim! – falou.
- Nós estávamos tentando fazer panquecas! – mentiu.
- Ah, sim. – a vizinha esticava o pescoço para ver se conseguia olhar alguma coisa dentro da casa.
- Mas está tudo bem. Obrigada por se preocuparem, bom dia e passem bem! – entrou com e fechou a porta na cara delas.
- Não agüento mais essas vizinhas fofoqueiras, cara. – voltava para a cozinha com em seu encalço.
- Se muda, ué! É simples! Eu se fosse você, já teria me mudado. – olhava diretamente pra quando esfregou a mão toda suja de maionese da bochecha dele. – hei, eu pensei que a guerra já tivesse acabado. – ele reclamou limpando o rosto.
- Acabou nada, só está começando! – espirrou mais ketchup no cabelo de .
- Nós contra elas? – falou olhando pra .
- Nós contra elas! – e correram em direção as garotas.
Retomada a guerra, ninguém podia olhar pro lado que recebia algum tipo de comida na cara. Foi hilário! Mas eles já estavam ali algum tempo. Nenhum deles tinha comido, estavam famintos e sujos e ainda tinha que ir trabalhar mais tarde. Então ela foi a primeira a sair para tomar banho enquanto , e conversavam sobre qualquer coisa inútil no chão da cozinha.
- Vamos brincar de rapidinha? – sugeriu.
- Rapidinha? Opa, gostei desse nome. – falava esfregando as mãos.
- Não é nada disso, seu maldoso. – deu um soco no ombro do garoto. – é assim, eu falo uma palavra e vocês tem que responder a primeira coisa que vier a cabeça. Entenderam?
- Entendemos! – falaram juntos.
- Então eu começo. Ér... Comida!
- Pizza! – respondeu.
- Eu também ia falar pizza. – sorriu pra .
- Banda!
- Beatles! – falaram rápido e juntos.
- Assim não vale. Me perguntem vocês.
- Por que não vale? – .
- Porque eu já conheço vocês. Vocês que não me conhecem. Nem eu e nem a . Alias, vamos esperar ela descer que aí ela brinca com a gente.
Um estrondo. Um grito de dor.
- ! – falaram juntos.
Subiram correndo e encontraram enrolada de Toalha na ponta da escada. Com uma cara de dor.
- Que foi, ?
- Eu tava indo tomar banho e vi uma barata passar na janela do banheiro. Daí eu desci correndo e virei o pé. Ta doendo. – falou com a voz chorosa.
- Muito? – .
- Muito! – ela concordou.
- Vamos botar ela lá no sofá. Eu vou ligar pro emprego dela e vou dizer que ela não vai poder ir. – falava preocupara vendo carregar a amiga para o sofá.
- Não seria melhor levar ela no hospital? – .
- Acho que sim. – se sentou ao lado da garota que esfregava seu pé.
- Não precisa gente, eu to bem!
- Não ta nada... ‘Oi, aqui é a amiga da , é que ela caiu da escada... Não, ta tudo bem sim. É, aí ela não vai poder ir hoje. Tudo bem? Que ótimo. Okaay, falo com ela. Tchau’ Pronto, resolvido. Você não vai trabalhar hoje e nós vamos te levar ao médico.
- Não precisa, .
- Shiu! Ta resolvido.
- Eu já disse que odeio quando você dá uma de mãe? – ela sorriu ganhando um beijo na testa da amiga.
Todos foram tomar banho e se vestir, pois iriam levar ao hospital. No caminho, passaram na padaria e compraram pão, queijo, coca... Essas coisas que se compra pra tomar café da manhã. Entraram no hospital e , depois de um raio-X, acabou saindo de lá com a perna engessada. Eles estavam dando muita sorte, ninguém os tinha descoberto. Mas isso não durou muito. Quando chegaram em casa, ela estava totalmente tomada de repórteres.
- Com certeza foram as vizinhas. – .
- Malditas fofoqueiras. E agora?
- Vamos lá pra casa, é pequena, mas cabe todo mundo!
- Ótima idéia, !
explicou todo o caminho para e em alguns minutos eles já estavam na casa das garotas.
- De volta ao lar. – entrou sendo carregada por .
- E o que nós vamos fazer agora? – se jogou a cama de .
- Twister? – .
- Mas você não pode brincar, . – .
- Eu fico rodando o relóginho. Ah vai, vamos brincar. Vai ser engraçado. Anda, vai. Vamos.
- Ela é sempre assim?- falou rindo.
- Assim como? – .
- Chata!
- Hei! Eu não sou chata.
- Sempre! – e gargalhou vendo a amiga dar língua para ela. - Então vamos brincar. Vocês topam meninos?
- Por mim tudo bem! – .
- Por mim também!
, no mesmo instante, tirou o jogo de debaixo da cama. Deu o reloginho pra amiga e forrou o famoso tapete de bolinhas coloridas no meio da casa.
– Primeiro eu, depois o e depois o . Okaay?
- Okaay. – responderam juntos.
deu a primeira volta no relógio. – mão direita no azul. – falou pra amiga.
- Bom, vamos lá! – ela disse já colocando sua mão na bolinha azul.
- , sua vez. – ela girou o reloginho. – pé esquerdo no verde. , - e após girar o relógio mais uma vez – pé direito no amarelo.
Depois de cinco rodadas, já era impossível identificar onde começava um e terminava o outro. estava o mais esticado possível. meio de lado, e por cima dela, meio de costas.
- , mão esquerda no vermelho. – .
- Mas o vermelho ta muito longe.
- É o jogo. – disse rindo vendo todos eles embolados no chão.
se esticou o máximo possível, e de propósito, derrubou e .
- ! – falaram juntos.
- É o jogo. – ele falou gargalhando. Agarrou , deu em beijo na garota e depois saiu gritando ‘venci’ pra quem quisesse escutar.
Capítulo 8
- Acorda! Acorda!
- Aí , são que horas? – .
- Nove! Vocês têm que ver isso.
- , não faz nem três horas que a gente foi dormi.
- É, , sossega! – arremessou um travesseiro nele.
- Não, é serio! Ta nevando!
- Neve? – sentou no colchão da sala onde eles estavam dormindo. – , ta nevando! Ta nevando!
- O que? Neve? – acordou esfregando os olhos e olhou pela janela.
- É neve! Vamos lá ver!
Se enrolaram nos cobertores em que dormiam e foram para os fundos da casa de .
Pequeno esclarecimento.
Depois da noite na casa das meninas, e , cada vez iam se sentindo mais apegados as garotas. Principalmente e , esses não se desgrudavam. Sempre que podia, dava um jeito de ligar pra garota, de fazer visitas ao pub durante o horário de trabalho dela. Não que não ligasse e nem procurasse , mas eles eram mais ‘adultos’, ambos já tinham se decepcionado em outros relacionamentos. Eles queriam ir com calma.
Bom, e nessa calma toda se passaram seis meses. As meninas chegaram em Londres nas férias de junho e já estava em dezembro. Mesmo com esses seis meses, os ‘quase casais’ ainda estavam no quase. Nem e muito menos haviam tomado alguma iniciativa. As garotas também não falavam nada.
Depois de uma noitada, na The End, elas foram pra casa deles, e como era de costume, passaram a madrugada, bebendo, comendo, jogando Twister e falando besteira. Além de ‘se pegar’, claro! Só pegaram no sono por volta das seis da manhã.
Pequeno esclarecimento.
- , ta nevando! Dá pra acreditar? – abriu os braços e botou a língua pra fora, deixando alguns flocos de neve entrarem em sua boca.
- Eu sei! É lindo! – .
- ? Acorda! – bateu nas costas do amigo enquanto passava correndo para ir agarrar .
- É agora ou nunca! – ele falou para si mesmo e foi em direção a . – namora comigo?
- O que? – ela abriu os olhos, abaixou os braços e ficou de frente para o garoto.
- É você! Você é a garota que eu escolhi, a adulta, porém, brincalhona, ! Aquela que fica comigo há seis meses e me atura nos meus piores dias. Que me escuta, me aconselha, me consola. É você! É com você que eu quero compartilhar cada momento da minha vida. – ele pegou a mão da garota e a olhou o mais fundo possível em seus olhos – será que ta muito cedo pra eu dizer que Te amo? – e sorriu vendo uma lagrima escorrer dos olhos de - Namora comigo?
- Sim! – ela pulou em seu colo, deixando o cobertor que a enrolava cair no chão – é claro que eu quero namorar você!
a segurou o mais forte que podia e a levantou no ar.
- Espera! Espera! – ele a colocou de volta no chão.
- Que foi? – ela não entendeu.
- Você vai ver! – ele correu até dentro de casa e voltou de lá com uma violeta de plástico. Uma flor de plástico.
só observava aquele garoto de bermuda correndo em sua direção escondendo alguma coisa atrás das costas.
- Essa flor – ele começou assim que mostrou a flor pra que, por um estante, não entendeu nada. – significa tudo o que eu sinto por você. Eu poderia dar uma de verdade, mas sendo de verdade, ela acaba morrendo. E isso é uma coisa que não vai acontecer com tudo que eu sinto aqui dentro – ele apoiou uma das mãos sobre o próprio peito – então eu quero que você a guarde com carinho. – disse dando a flor para a garota.
- Eu amo você. – disse chorando e pegando a flor.
- Eu não mereço nem um beijinho? – ele fez bico.
- Um não, vários! – ela pulou em seu colo, entrelaçou suas pernas na cintura do garoto e lhe deu um beijo apaixonado. Um beijo com um significado que só quem já passou por aquela situação entenderia. A neve caia sobre seus rostos e se misturava com suas lagrimas.
*
- Anda, , a gente vai perde o vôo! – .
- Já to saindo! – apareceu com duas malas na porta da casa delas. – , me ajuda aqui!
- Okaay! – ajudou a colocar suas malas no carro. Elas iriam aproveitar as férias da faculdade e do emprego para poderem ir passar o natal com suas famílias no Brasil. Assim como e que também ficariam com suas famílias.
*
- Eu vou sentir muita falta de você, sabia?! – falava pra assim que chegaram no aeroporto.
- Sabia!
- Convencido! – ela sorriu e ganhou um beijo do disfarçado menino.
- Não vai me esquecer, não é?
- Nunca! E você?
- Claro que não! Você já faz parte de mim. Esquecer de você é como me perder no mundo.
- Aiiin, você ta tão romântico! – ela o abraçou forte.
*
- Eu vou esperar você voltar! – disse simplesmente sentado ao lado de numa das cadeiras do aeroporto.
- O que? – ela se surpreendeu com a atitude do garoto, não esperava aquilo.
- Eu vou te esperar, quero que me avise quando voltar. Eu vou vir te buscar no aeroporto.
- Sério?
- Sim. Não quero perder você.
- Você não vai me perder. – ela falou o mais doce possível, pegando o rosto do garoto de leve e virando em direção ao dela.
- Eu te amo. – ele falou.
Ela sorriu, não falou nada, sabia que sentia o mesmo, mas não queria contar. Ele era famoso e podia estar apenas brincando com os sentimentos dela. Mesmo depois de seis meses ela ainda desconfiava nele. Preferiu ficar quieta e receber o beijo apaixonante que deu a ela.
‘ Ultima chamada para o vôo 457, com direção ao Brasil. Embarque não plataforma 4.’
- Tenho que ir! – levantou.
- Vou sentir saudades.
- Eu também! – ela deu um estalinho nele – , vamos!
- Eu odeio despedidas , eu sempre choro. – disse já chorando. – já vou. – falou pra .
- Não chora, vai ser por pouco tempo. – ele secou as lagrimas dela.
- Eu sei!
- Anda, vai antes que o vôo saia sem vocês.
- Okaay! – ela deu um ultimo abraço nele e foi se despedir de , enquanto já abraçava .
- Tchau! – elas falaram juntas deixando os garotos de pé as olhando ir embora.
- Psiu! – chamou . – Não esquece que eu te amo!
- Eu também! – e sorriu virando o corredor da plataforma.
*
também viajou naquele dia, deixando apenas em Londres. Sua família que tinha ido visitá-lo e ele foi o único que não precisou viajar.
Capítulo 9
Naquela madrugada, de vinte e quatro pra vinte e cinco de Dezembro, ceiava com sua família na enorme mesa de jantar que possuía em sua casa. fazia o mesmo em sua casa e as meninas também no Brasil.
Meia noite! Todos se levantaram e se abraçaram desejando Feliz Natal uns aos outros.
Naquela madrugada, recebe uma mensagem no celular. ‘Feliz Natal, minha linda. Te amo!’. Dizia simplesmente. Apesar de não ter assinatura, ela já sabia de quem vinha. .
*
- , eu vou voltar pra Londres mais cedo. Não agüento de saudades do . Parece que eu vou explodir. – falou ao telefone.
- Sério? Que lindo, amiga.
- Sério! Eu preciso vê-lo. Você vem comigo?
- Não. Vou aproveitar minha família mais um dia.
- Okaay, então. Até depois de amanhã?
- Até! – e sorriu ouvindo a felicidade da amiga em ir ver . – beijos.
- Beijos – e desligou.
Naquela mesma tarde, viajaria. Com sorte, estaria em Londres na manhã seguinte. Seus pais a acompanharam até o aeroporto e se despediram da garota. não avisou que chegaria um dia mais cedo, ela sabia que ele também sentia muitas saudades dela e queria fazer uma surpresa.
Assim que desceu do avião, pegou suas malas e foi direto para casa de . Esse tempo que eles ficaram longe, ela descobriu o quanto amava aquele garoto e decidiu que aquele era o momento de ficar pra valer com ele. Ela tinha certeza que ele era o cara certo. PLINDON
- Deixa que eu atendo – uma voz feminina respondeu de dentro da casa de . – sim? – disse ao abrir a porta.
não sabia o que dizer. Quem era aquela garota quase nua que abria a porta da casa de ?
- Quem é, ? – descia as escadas de bermuda e deu de cara com parada em sua porta.
- Idiota! – disse e saiu carregando suas malas de volta para a rua.
- ! Amor! Volta aqui! Não é nada disso que você está pensando! – ele corria atrás da garota.
Pra sorte de , o táxi que a levou pra casa de ainda estava parado na porta. E foi nele que ela entrou.
- Pra onde? – o taxista simpático perguntou.
- Me tira daqui! – disse com lagrimas nos olhos vendo socar a janela do carro.
*
- Quem era, ? – descia as escadas de cueca abraçando a namorada.
- Não sei, acho que era a namorada do . E o pior, acho que ela confundiu tudo. – disse ganhado um beijo de .
*
não sabia o que pensar. Era ele, o SEU que estava lá com aquela garota. Quem era aquela garota? Por que ela estava com ele? Será que ela sempre esteve com ele? Muitas perguntas para uma pequena cabeça confusa. foi pra casa e ligou o computador. Precisava falar com alguém. tinha que estar on-line.
diz:
? Você ta aí?
diz:
amigaaaaa! Você já chegou? E aí? E os meninos? E o ?
diz:
aí , foi horrível.Eu cheguei toda feliz e encontrei o com outra! ;(
diz:
como assim encontrou? Me explica direito.
diz:
eu bati na porta dele, e uma vadia semi-nua atendeu a porta. Aí , que ódio daquele garoto.
diz:
fica calma amiga; você quer que eu mate ele pra você? Eu mato ele pra você!
diz:
não , isso é um problema meu e dele. Não quero que você se meta.
diz:
ah nãao. Eu preciso falar umas poucas e boas praquele otário. Que idiota! Como ele faz isso com uma amiga minha.
diz:
não . Por favor. Não se mete.
diz:
aí. Ta!
diz:
e eu nem te contei a pior parte.
diz:
o que?
diz:
cara, ele podia ter pensando em outra coisa. Que idiota.
diz:
me conta!
diz:
ele teve a cara de pau de dizer ‘não é nada disso que você está pensando’. Tem frase mais clichê que essa??? Tem? Hã? Aíi , que ódio dele.
diz:
fica calma.
diz:
não consigo. E essa florzinha de plástico. Aih que ódio. To aqui com ela na mão. Que vontade de amassar e jogar no lixo. Era isso que eu devia fazer, mas não consigo. Eu amo de mais aquele garoto. Não queria amá-lo tanto assim.
diz:
eu não sei nem o que te falar. Queria ta ai.
diz:
queria que você tivesse aqui. =[
diz:
=/
diz:
não agüento mais chorar, . Hunf! Ó, vou deitar. Chora na cama que é lugar quente.
diz:
okaay, vai lá. Amanhã eu to aí.
diz:
ta. Beijos.
diz:
beijos.
Assim que desligou o computador, foi dormir, mas não conseguiu. Por algum tempo a cena daquela garota na porta não saia da sua cabeça, muito menos a feição no rosto de . Era horrível saber que o garoto que ela tanto amava a tinha traído. Depois de incessantes horas de choro, às quatro horas da manhã, ela finalmente foi vencida pelo cansaço e dormiu.
Capítulo 10
- ? Ta aí, amiga? Abre a porta! Sou eu, !
- ? – abraçou a amiga assim que a viu parada na porta. Não conteve as lagrimas.
- Olha só o que aquele idiota fez com você. Você está um trapo! – disse olhando de cima a baixo. – mas eu trouxe ajuda! – e tirou de uma sacola um pote de sorvete.
- Aiiin, . Vem, deixa eu te ajuda com as malas! – colocou as malas de dentro da casa e se acomodou com a amiga em cima da cama.
- Deita aqui! – a aconchegou em seu colo. – Agora me conta.
- Eu já disse tudo. Ele me traiu. Simplesmente me traiu. Eu tava com muita raiva, mas agora só to triste. – uma lagrima escorreu. – mas foi bom sabe, - ela levantou enxugando sua lagrima – se eu não tivesse visto o que vi, eu ia ficar com ele.
- Ficar?
- É! Eu ia dormir com ele naquela noite. Estava decidida, me entregaria pra ele. Mas foi bom eu ter visto... Foi bom, né, ? Diz que foi bom. – e se desmanchou em lágrimas, novamente deitando sobre o colo da amiga.
- Foi bom sim! Foi bom! – mexia no cabelo da amiga.
Depois de um tempo em silêncio, dois filmes: ‘um amor pra recordar’ e ‘antes que termine o dia’, muitas lagrimas e palavras de conforto.
- ?
- Hã?
- Você não ligou pro , né?
- Não.
- Por quê?
- Porque você é mais importante.
- Nada disso. Vai lá, liga pra ele. Já faz um mês, ele deve ta com saudades.
- Não. Você é mais importante! Já falei, vou ficar aqui hoje.
- Na-na-ni-na-não! – levantou. – vocês falam que eu sou a mãe, não é? Então, como mãe, eu mando você ir atrás dele.
- Mas ...
- Mas nada, vai matar a saudade. Vai beijar na boca. – e riu.
- Okaaaaaaay! Eu vou! – e levantou animada. – mas você vai ficar bem?
- Claro que vou! Pode ir. – sorriu triste.
- Então ta! Tchau! – beijou a testa da amiga.
- Tchau! – ela levantou pegou uma colher e o pote de sorvete – odeio fossa. – e levou uma colherada a boca.
*
- que me desculpe, mas o não vai deixar de me ouvir! – dizia pra si mesma assim que saiu de casa. Pegou um ônibus e seguiu para casa de . – , abre essa porta! – batia incessantemente na porta da casa do garoto. – Eu sei que você está aí! Abre essa por...
- Que foi? – ele disse com cara de sono, havia dormido a tarde toda.
- Eu pensava que você era um cara legal sabe, mas depois do que você fez com a ... Tsc Tsc Tsc. Nunca pensei que você fosse capaz, , logo você... To decepcionada.
- Mas eu não fiz nada...
- Não fez nada? E a garota seminua que abriu a porta?
- Ela é namorada do ...
- Namorada do ? Quer dizer que alem de trair sua namorada, você também traiu seu amigo? Você é um idiota mesmo, . Suma da vida da minha amiga! Está ouvindo? SUMA!
- Mas eu... – ele tentou, mas fechou a porta primeiro.
saiu da casa do garoto bufando de raiva, pensou em ir pra casa, mas desconfiaria que ela falou com . Então resolveu ir pra praia esfriar a cabeça. Apesar de já ser seis horas da noite.
- ? ? – gritava a vendo entrar dentro do ônibus. – será que é ela? Por que ela não me ligou? O que ela estava fazendo na casa do ? – ele foi entrando de volta em seu carro – Vou ligar pra ela. ‘ o celular chamado encontra-se...’ Merda!
resolveu seguir o ônibus até o ponto onde desceria. Na praia.
- ? Abre a porta. Sou eu, . Por favor. Vamos conversar. – batia na porta da casa de . Depois que foi embora, ele resolveu que eles tinham que conversar.
- Vai embora, ! Nós não temos nada pra conversar. – gritou deitada na cama.
- Por favor.
- Vai embora!
- Mas...
- VAI EMBORA!
- , me escuta. Eu não fiz nada. Você entendeu tudo errado. ? Você ainda ta aí? Me escuta! Droga! – ele chutou a porta.
Enquanto falava, ia se levantando da cama e indo até a porta, sem fazer barulho. Colocou o ouvido na porta. Ela queria ouví-lo, mas não queria que ele soubesse disso. Acabou levando um susto quando ele chutou a porta.
- ! Por favor. Eu amo você! – ele encostou a testa na porta. Uma lágrima escorreu.
- O amor não está nas palavras, , está nas atitudes.
- Mas... – ele respirou fundo – a nossa história não pode acabar assim.
- A nossa história acabou quando você me traiu.
Eles conversavam calmamente. Cada um em um lado da porta.
- Mas eu não te traí.
- Chega. Por favor. Vai embora.
- Amor...
- Por favor, .
- Okaay.
Ele ficou parado, ainda encarando a porta fechada. Ela foi sentando no chão aos poucos. pode ouvi-la se sentando e fez o mesmo.
- ...
- Você ainda está aí, ? Eu não quero te ouvir. Não quero! – ela falou com raiva. Chorando, levantou-se e foi até a cozinha buscar um calmante. Estava precisando dormir.
- ‘I will be there Always waiting Waiting for you To let me inside Where your fire burns In a city of angels Well just like a river rushing straight into the sea I’m the one thing meant for you and you for me
Whatever you want Whatever you need Whatever it takes I’d do anything
( Eu estarei lá
Sempre esperando
Esperando que você
Me deixe entrar
Onde o fogo queima
Em uma cidade de anjos
Assim como o rio corre diretamente para o mar
Eu sou o único destinado para você e você para mim
O que você quiser
O que você precisar
O que for necessário, eu farei qualquer coisa )
Ele abraçou suas próprias pernas e apoiou a cabeça entre elas. Cantarolava a primeira musica que veio em sua cabeça. E sem querer, acabou cantando a musica deles. A musica que eles ouviram juntos na noite que se conheceram.
‘And as you sleep Eyes trough the window I’m watching you dream Well are you dreaming of me? Yeah, So why can’t you see You’re all that matters You know if this earth should crack I’ll be your solid ground Yeah, I will be there to catch you when you fall down
Whatever you want Whatever you need Whatever it takes I’d do anything If I have to crawl Get down on my knees Whatever it takes I’d do anything’
( E enquanto você dorme
De olho na janela
Eu estou vendo você sonhar, você está sonhando comigo?
Eu sempre sonho com você
Então porque você não consegue ver
Você é tudo que me importa
Você sabe que se essa Terra rachar
Eu serei seu chão firme
Eu estarei lá para pegar você quando você cair
O que você quiser
O que você precisar
O que for necessário, eu farei qualquer coisa
Se eu tiver que rastejar
Ficar de joelhos
O que for necessário, eu farei qualquer coisa )
Assim que tomou o remédio, ela começou a ouvi-lo. Caminhou silenciosamente até a porta. Não acreditava, ele não podia estar fazendo aquilo com ela. Não podia estar cantando aquela musica.
‘Oh, I’d take the stars right out of the sky for you I’d end the world give you the sun, the moon For all of the time forever loving you’
( Eu pegaria as estrelas diretamente do céu para você
Eu acabaria o mundo para dar a você o sol, a lua
Por toda a eternidade, para sempre vou amar você )
Ele terminou de cantar e ficou rindo sozinho, lembrando daquela noite. Encostou a cabeça na porta e fechou os olhos. Ela ainda estava ouvindo quando, antes de pegar no sono, ele suspirou e disse ‘anything’. Uma lágrima escorreu dos olhos da garota, seu coração a implorava para abrir a porta e deixá-lo entrar. Ele parecia estar sofrendo tanto quanto ela, mas ela era orgulhosa. Se sentou novamente no chão e também pegou no sono. O Calmante tinha feito efeito.
*
sentou-se na areia e ficou olhando pro nada, pensando no porquê que ela ainda não tinha ligado pra . Ela sentira falta dele, mas depois do que aconteceu com sua amiga, ela tava com medo de que possa acontecer com ela também, mas seus pensamentos foram interrompidos por alguém.
- ?
Ela olhou pra trás e avistou correndo atrás dela.
- ! – se levantou e o abraçou.
- Que saudades! – ele a beijou intensamente.
- Também! – disse sorrindo assim que saiu do beijo. E o abraçou novamente.
- Mas como você descobriu que eu estava aqui? – perguntou
- Eu vi você saindo da casa do e...
- Não conta pra que você me viu saindo da casa do , okaay? – ela o interrompeu.
- Ta, mas por que?
- traiu ela com a namorada do . – contou a estória toda pra ele.
- Não pode ser, o ama muito a , ele não seria capaz de fazer uma coisa dessas.
- Eu também pensava isso antes de saber de tudo. – ela respirou fundo - vamos mudar de assunto? - propôs.
- Claro! – ele sorriu. - Como foi natal?
- Ah, foi bom, rever a família é sempre bom, mas... Eu senti falta de uma pessoa
- Quem?- perguntou já sabendo a resposta. Queria apenas ouvir dela.
olhou em seus olhos, chegou mais perto dele, e lhe deu um beijo, um beijo com saudade, aproximou seus lábios aos ouvidos dele e disse:
- Você! – e o abraçou, um abraço apertado.
- Eu também senti sua falta, falei que eu ia te esperar. Foi estranho esse tempo aqui sem você. Sabe o que dizem, né? Que a gente só descobre que gosta quando nos afastamos. E foi isso que eu descobri, parecia que os dias não passavam quando você estava longe, não parei de pensar em você, acho que não agüento mais um dia longe de você. – ele respirou fundo e olhou mais profundo ainda nos olhos da garota. - Quer namorar comigo?
naquele momento não sabia no que responder, mas fez o que o coração mandou.
- Você vai me fazer feliz?
- A pessoa mais feliz desse mundo!
ficou vermelha por um instante.
- É claro que eu quero namorar você!- ela sorriu e olhou pra ele, que retribuiu o sorriso.
Após o pedido, se aconchegou entre as pernas de e ficaram ali, sobre o luar, aproveitando a companhia do outro, estavam felizes, afinal estavam juntos de novo e agora namorando. olhava para o céu viajando em seus pensamentos quando foi surpreendia pela voz de ao pé do seu ouvido.
‘Just like a star across my sky, Just like an angel off the page, You have appeared to my life, Feel like I'll never be the same, Just like a song in my heart, Just like oil on my hands, Honor to love you,’
( Apenas como uma estrela atravessando o meu céu
Apenas como um anjo fora da página
Você apareceu em minha vida
Senti como eu nunca mais seria a mesma
Apenas como uma música no meu coração
Apenas como óleo nas minhas mãos
Oh... Eu te amo )
‘You've got this look i can't describe, You make me feel like I'm alive, When everything else is a fade, Without a doubt you're on my side, Heaven has been away too long, Can't find the words to write this song Of your love,’
( Você tem esse jeito que eu não consigo descrever
Você me faz sentir que eu estou viva
Quando tudo está enfraquecido
Sem a dúvida de que você está ao meu lado
O céu tem estado afastado faz um tempo
Não consigo encontrar as palavras para descrever esta música
Oh... Seu amor )
ficou admirando com aquele ar apaixonado. Será que aquilo era real mesmo? Era ele, , sentado ali com ela, e cantando pra ela. Era mágico. Algo que ela nunca imaginou que passaria.
- Eu amo você! – ele disse a tirando de seus pensamentos após terminar a musica.
- Eu também te amo – ela finalmente disse, sem medo e nem receio.
Capítulo 11
e chegaram em casa por volta das duas da manhã e levaram um susto por encontrar sentado na porta. Ele estava dormindo profundamente. E ainda haviam algumas lágrimas em seu rosto.
- , acorda, cara! – o chamava.
- O que? ? – ele abriu os olhos. – ?
- É, sou eu! Vem, eu te levo pra casa.
- Mas e a ? Cadê ela? Eu preciso vê-la.
- Hoje você não vai ver ninguém. – ele estendeu a mão para o amigo e o acompanhou até o carro. Enquanto isso, tentava abrir a porta, mas não conseguia. Parecia que tinha algo empurrando contra.
- ! Me ajuda aqui, amor. Acho que a porta ta emperrada.
- , fica aqui! Já volto! – ele falou deixando sentado no banco do carona. – que foi?
- A porta! – respondeu pra ele.
- Deixa eu tentar! – ele rodou a maçaneta e empurrou a porta com força. Ouviu-se um barulho lá dentro e a mão de apareceu na porta.
- Você podia ter batido – ele falou sonolenta. Ainda estava sobre o efeito do calmante.
- ? Você ta bem?
- To! Eu só tomei um calmante! – disse se afastando da porta para que entrasse. – , me ajuda a deitar na cama, acho que não consigo.
- ! Coloca ela na cama pra mim, por favor?
- Claro. – a pegou no colo e a ajeitou na cama. nem percebeu, estava muito grogue para ter qualquer reação.
- ? – ele falou já deitada. não respondeu, achou que ela estivesse dormindo. – ? – ela insistiu.
- Oi, amiga. Fala. – Ela já estava na porta, estava indo levar até o carro.
- E o ?
- Ta lá fora.
- Ele ta bem?
- Ta.
- Okaay. – e fechou os olhos e dormiu.
acompanhou até o carro e se despediu do garoto com um doce beijo.
- Me liga amanhã?
- Claro, minha linda.
- ?
- Eu! – ele se virou rindo.
- Amo você! – ela sorriu.
- Também! – e deu um estalinho nela, ligando o carro e saindo.
*
- Bom dia!
- ? Já acordou?
- É, são dez horas já. Não consegui ficar na cama. E aí, como foi ontem?
- Foi lindo. – ela suspirou – me pediu em namoro. Foi perfeito, amiga.
- Hmn. Bom pra você. Minha noite não foi tão boa assim.
- Eu sei.
- Como você sabe?
- Eu cheguei com o e encontrei o sentado aí na porta.
- Que horas você chegou?
- Umas duas horas. Não lembra? O até te colocou na cama.
- Verdade? Não, não lembro não. Mas e o ? O que ele tava fazendo aqui ainda?
- Dormindo.
- O que? Como assim dormindo?
- Dormindo, ué. Tava sentado com a cabeça apoiada na porta; dormindo.
- Coitado. – ela suspirou tomando um gole do Nescau que tinha feito.
- Vai ficar sentindo pena? Depois do que ele fez com você?
- Nãão, é que ontem, sabe... Ele cantou pra mim. A nossa música.
- Vocês têm música? Ta, mas isso não importa. Ele te traiu e ponto. Não pode perdoá-lo assim.
- Eu sei, não disse que vou perdoá-lo. – ela respirou fundo. – só pode ser carma, . É o segundo cara que eu me apaixono achando que vale a pena e ele me trai. Se não é carma, é macumba! – e sentou na cama desanimada.
- Pára de bobeira, garota. Eu, êin. Ninguém fez macumba pra você. Ele que é um canalha. Eles são! – ela sorriu beijando a testa da amiga e se levantando pra ir ao banheiro.
terminou de tomar seu Nescau e resolveu ir dar uma volta. Tava precisando esfriar a cabeça. Deixou um bilhete pra e saiu.
* ‘, fui dar uma volta. Mais tarde to em casa. Beijos.’
leu o bilhete e sorriu triste.
*
- ?
- ? Já acordou?
- Nem dormi. Fiquei pensando em ontem. Ela nem me deixou entrar, .
- Mas também, você queria o quê? Você traiu ela, cara.
- Não, eu não traí.
- , pra cima de mim? Eu sou seu amigo, cara, pode falar a verdade.
- Mas eu to falando. Eu não traí.
- ...
- Sério. Vem, senta aqui que eu te explico. – e bateu no sofá onde havia dormido na noite anterior.
sentou ao seu lado um pouco sem paciência, mas como amigo ele tinha que escutar as duas versões da história.
Flashback:
PLINDON
- !
- Feliz natal, cara!
- Pra você também! – o abraçou. – ah, deixa te apresentar, essa é , minha namorada.
- Prazer! – deu dos beijos no rosto. – Feliz natal!
- Pra você também! – ela disse simpática sorrindo.
- Entrem, entrem! – saiu de frente da porta para que e entrassem. – mas fala, o que você ta fazendo aqui? Você não ia passar o natal com a sua família?
- Ia não, fui! É que eu voltei um dia antes pra ficar com a ! – e abraçou a namorada.
- Que romântico. – sorriu zoando o amigo. – mas eu entendo bem, também estou namorando. – e sorriu bobo lembrando de .
- Sério, cara? Até que enfim! – ele deu um soco no braço do amigo.
- Parabéns – falou.
- Obrigada. To muito feliz, cara, eu finalmente encontrei ela. – e abriu um enorme sorriso.
- Onn! – e falaram juntos.
- Mas, me contem, como vocês se conheceram?
[...]
- Então ela era mesmo namorada do ? E tu fico com ela mesmo gostando tanto assim da ?
- Calma, . Não terminei ainda. Continuando.
[...]
- Amor?
- Sim.
- Já são três horas da manhã e a gente ta sem carro.
- Três horas?
- Aham.
- , eu vou embora. Já ta muito tarde. – falou com que voltava da cozinha.
- Ir embora? Fica aí, não precisa ir embora não.
- Não, já ta tarde.
- Por isso mesmo, não vou deixar vocês irem embora. Podem ficar.
- Já que você ta oferecendo. – sorriu – tudo bem pra você, amor? – perguntou pra .
- Aham. – e assentiu.
- Sabe onde fica o quarto de hospedes, né?
- Claro! Posso subir?
- Que pergunta! Claro que pode. Vai lá. Também já to indo dormir.
- Okaay.
- Boa noite!
- Boa noite! - responderam juntos já subindo as escadas.
[...]
- Aí eu fiz mais uma horinha e fui dormir. Tava com muito sono.
- To achando que você ta enrolando demais.
- Não to enrolando, só to contando a historia toda. Mas se você não quiser ouvir, tudo bem.
- Não. Começou, termina.
- Okaay.
[...]
Na manhã seguinte, foi a primeira a acordar e vestiu uma blusa de . Já que estava cedo, ela imaginou que eu ainda estivesse dormindo, então ela não viu problema nenhum, foi até a cozinha e pegou um copo d’água. A campainha tocou e ela foi atender.
*
- Droga! A campainha! – olhou pro relógio. – seis horas da manhã. Quem toca a campainha na casa dos outros às seis da manhã um dia depois do natal? – ele se levantou devagar, mas se apressou quando lembrou que e estavam dormindo lá. Não queria acordá-los. Desceu as escadas correndo e encontrou já com a mão na maçaneta.
- Deixa que eu atendo! – ela sorriu pra – sim? – disse ao abrir.
End Flashback.
- A partir daí tu já sabe.
- Então foi isso? Foi tudo um mal entendido?
- É. Eu tentei explicar isso pra ela, mas ela não me deixou. , você precisa me ajudar.
- Cara, vou fazer o que eu puder.
- Valeu, . Agora eu preciso ir embora. Acho que saí de casa ontem com tanta pressa que deixei tudo ligado.
- Okaay. Vai lá. Quer carona?
- Não, tudo bem. To precisando caminhar.
- Ta. Tchau.
- Tchau. – e saiu fechando a porta.
Capítulo 12
acordou na manha seguinte com o barulho da campainha. Levantou mal humorado, havia dormido tarde. E foi atender a porta.
- ? ? ? O que vocês estão fazendo aqui? – disse enquanto os amigos já iam entrando.
- Viemos te fazer uma visita, ué! – .
- E contar a maravilhosa idéia do ! – completou.
- Sua idéia? – perguntou esfregando os olhos. – que idéia?
- To pensando em fazer a festa de ano novo lá em casa. – disse.
- Ótima idéia, né? – disse esfregando as mãos.
- Não sei, não to com espírito pra festas.
- Ah, que isso. Não tem essa de não ter espírito! É ano novo, meu caro, e você vai pra festa.
- Não, . Não quero.
- Ta decidido, . Você vai e pronto. Vão ter muitas garotas solteiras lá, não pra mim e nem pro , mas você e o bem que estão precisando.
- Hei, eu não estou precisando! – falou ofendido. – mas não deixa de ser verdade que vão ter muitas garotas. Você tem que ir, cara!
- Aiiii, okaay, eu vou. Satisfeitos?
- Satisfeitíssimos! – falou empolgado.
- Bom, se vocês me dão licença, vou visitar minha namorada. – levantou.
- Hm. Okaay. – falou triste. Há poucos dias ele também tinha uma namorada.
- Vai lá, apaixonadinho! – zombou do amigo, enquanto o mesmo já saía pela porta mandando o dedo para eles.
- Pera aê, ! – levantou correndo. voltou à porta.
- Que foi?
- Me deixa lá na casa da . Tenho que avisar pra ela sobre a festa.
- Ta! Vamos.
- E com esse, são menos dois. – .
- O que? – perguntou.
- Não, nada não. – e sorriu marotamente vendo sair pela porta. – que foi, cara? – ele encarou que estava jogado no sofá com cara de velório.
- Nada. – disse desanimado. – vamos beber? Tenho uma garrafa de tequila fechada em cima da pia.
- Opa! Falou a palavra mágica.
*
- Amor! Que surpresa! – abriu a porta e abraçou .
- Tava com saudades! – ele sorriu ganhando um caloroso beijo da sua namorada.
acabara de sair do chuveiro e encontrou aos beijos com na porta. Não queria, mas foi impossível não sentir uma pontinha de inveja da amiga.
- Rhum rhum.
- Ah, oi, ! – a cumprimentou educado. – Tudo bem?
- Vou indo. – sorriu amarelo.
- Que bom que você está aqui!
- Por que eu não estaria?
- Ah, sei lá, você não trabalha?
- É! – sorriu – mas continue. Por que é bom eu estar em casa?
- Por que assim eu já falo com as duas juntas.
- Falar o que? – atrapalhou o ‘papo paralelo’ deles.
- Vai ter uma festa de ano novo na casa do e, bom, to convidando vocês.
- Uhuul. Festa de ano novo! – abraçou o namorado.
- Não estou com pique pra festas, . Acho que vou ficar em casa no ano novo.
- Nem pensar, ! Nós vamos pra festa! Você vai mesmo perder a oportunidade de conhecer o ? O e o ?
- Não sei, - disse desanimada. – mas pensando bem...
- Sabia! – comemorou. – êi! Eu trouxe uma coisa. Vou lá no carro pegar.
- O que você trouxe? ? Por que ele sempre me deixa falando sozinha mesmo? – sorriu recebendo um abraço da amiga.
- Voltei! – apareceu na porta segurando seu violão.
- Pra quê o violão?
- Você me disse que não sabe tocar a daí eu pensei em te ensinar.
- Onn, eu tenho o namorado mais fofo do mundo! – e abraçou o garoto dando-lhe um estalado beijo.
- Vem, vamos sentar ali na cama. – e a puxou pela mão. A aconchegou entre suas pernas e colocou o violão em seu colo. – qual musica você quer aprender?
- Não sei! A mais fácil? – e sorriu.
- Cai-cai balão? – ele riu da cara que a garota fez. – tudo bem, uma do McFLY então. Eu não sabia tocar essa mesmo!
- Bobo! – e sorriu – qual musica então? All about you?
- Pode ser! Você vai ver, vai pegar rapidinho! – e foi colocando as mãos da menina em cada ponta do violão. E pousou as dele em cima. – assim. Esse dedo aqui, e esse aqui. – ele ia ajudando a menina o máximo possível. Depois de alguns minutos tentando ensiná-la como sincronizar o movimento das duas mãos, ela desistiu.
- Chega! Eu não consigo, amor! – e deitou a cabeça pra traz no ombro dele.
- Não, você não pode desistir. Anda, vamos de novo! – ele pegou as mãos dela novamente e posicionou nas cordas do violão.
- Não! – ela sorriu o encarando – canta pra mim.
- Tem certeza que não quer aprender?
- Hoje não! – ela voltou a encostar a cabeça no ombro dele e abaixou as mãos. Para que ele pudesse tocar, nem precisar que ela saísse dali. – canta pra mim!
- Okaay. – ele sorriu beijando a sua testa.
‘It's all about you It's all about you baby It's all about you It's all about you’
, que havia voltado para o banheiro para se vestir, agora estava de novo no quarto. Parou e ficou olhando por alguns instantes aquela cena. Eles estavam de costas para ela e não perceberam sua presença. Na mesma hora veio em sua cabeça. Por que ele tinha que fazer isso com ela? Justo com ela. Será que o que eles viveram não significou nada? Sentiu uma lágrima descer de seus olhos quando olhou para o criado mudo ao lado de sua cama e avistou a pequena violeta de plástico que havia lhe dado. Sorriu por um momento lembrando daquele dia e de tudo que ele disse pra ela. Meu Deus! Como ele era falso! Limpou as lágrimas e saiu pela porta, já estava atrasada. Decidiu não atrapalhar e .
Capítulo 13
Aquele dia passou rapidamente, assim como o dia trinta. E, como num piscar de olhos, já era véspera de ano novo. Todos estavam numa correria só aprontando a tal festa na casa do .
- , o vai vir buscar a gente, né?
- Claro! Ele sabe que a gente não tem a mínima idéia de onde fica a casa do . E aí? Animada?
- Não muito.
- Ah, que isso, amiga! Anda, animo! – falou enquanto vestia sua roupa toda branca.
- Não adianta, não consigo comemorar, vou acabar estragando o ano novo de vocês.
- Pára de bobeira! – foi até a amiga. – você nunca estraga nada, agora anda, vai se arrumar! Daqui a pouco o ta aí.
- Okaay. Mas só mais uma coisa.
- O que? – sorriu.
- O vai estar lá, não é? Não queria encontrar com ele.
- Você sabe que vai ser impossível isso não acontecer.
- É, eu sei! – respirou fundo desanimada.
- Pára com isso! – a sacudiu pelos ombros. – amanhã já é outro ano. E como dizem, ano novo, vida nova!
- É, você tem razão!
- Eu sempre tenho! – e piscou pra amiga que deu língua. – agora vai se arrumar e trate de ficar bem gostosa pro te ver e ficar arrependido da burrada que ele fez.
- Você está querendo dizer que eu não sou gostosa? – fingiu estar ofendida.
- Você entendeu, sua maluca! Agora anda, anda!
- Aiiii, depois eu que sou a Mãe! – e foi rindo ate o armário buscar seu vestido.
*
- Anda, garota! O já chegou!
- To indo! – e saiu correndo da cozinha.
- Vamos, vamos! – abriu a porta e foi correndo para o carro de estacionado em frente a sua casa.
- Só falta a sandália! – pegou as sandálias do chão e pegou junto sua bolsa.
- Oi, ! , você é muito apressada, garota! Nem pra esperar eu colocar as sandálias.
- Que esperar o que! Você demora muito pra se arrumar!
- Eu demoro? Eu sempre sou a mais rápida! Só porque hoje você se arrumou primeiro...
queria interromper mas não conseguia. e estavam numa discussão de quem era a mais rápida e ele não queria se meter, foi dirigindo até a casa de . O Carro dele havia quebrado e daria uma carona.
- O que nós estamos fazendo aqui? – e pararam de discutir e ela pôde perceber a casa de .
- Ele está sem carro. Vim buscá-lo. Tudo bem?
- Tudo sim! – Mentira, não estava nada bem. E ela pode confirmar isso quando viu ele sair de sua casa e vir andando em direção ao carro. Ele estava lindo. Uma calça jeans clara, um sapa tênis e um blusão branco com os primeiros botões abertos. Ele já ia entrar no carona quando reparou em sentada.
- Oi, ! – a cumprimentou e engoliu seco quando percebeu que também poderia estar dentro daquele carro. Tentou ser o mais espontâneo possível, mas não conseguiu. Travou quando abriu a porta e encontrou a garota sentada na outra extremidade do carro. Não acreditou. Ela estava perfeita. Ficou observando seu vestido, seu cabelo, suas pernas...
- ? Não vai entrar? – ela falou sorrindo pra ele.
Todos ficaram estáticos. Ninguém esperava aquela atitude dela. Nem ela mesma, mas havia acabado de decidir: Ano novo, vida nova não é? Assim como disse. Decidiu parar de chorar pelos cantos, já estava na hora dela crescer. Será que não tinha aprendido na primeira vez?!
- O que? Hã? Há! Vou sim! – ele sorriu surpreso e olhou para e tentando entender o que estava acontecendo – como você está? – falou ainda meio temeroso.
- Muito bem! E você?
- Bem também!
- Você está bonito! – ela o olhou de cima abaixo. – e cheiroso também!
- Valeu! – ele não entendia – você também.
- Obrigada! – ela sorriu e olhou pra . Era impressionante como elas duas se conheciam, com apenas esse olhar já pôde perceber o joguinho que estava fazendo. – ? Ta esperando o quê pra ligar esse carro? – falou animada – to doida pra chegar!
- Nada! – ele sorriu olhando pra espantado com a alegria repentina de . E ligou o carro.
No caminho para a casa de , tentou e conseguiu ser o mais normal possível. Como se nada tivesse acontecido. Conversava animadamente com e com todos no carro.
- Chegamos! – anunciou.
- UAU! É bem grande aqui! – falou já saindo do carro.
também saiu e se apressou em ir para o lado da namorada, junto com e , que ainda dava a volta pelo carro.
- Vamos entrar? Estou com um pouco de frio. – ela disse. Seu vestido era tomara que caia, justo e curto.
- Também, com esse pedaço de pano que você veio! – disse rápido fazendo cara feia para dois homens que passavam sorrindo pra .
- Está com ciúmes zildo? – apertou as bochechas dele. E saiu andando na frente de propósito. Queria que ele visse o que perdeu. encarou como que não entendia nada.
- Deixa ela, cara! – falou e saiu andando com para a entrada da casa.
e estavam radiantes. Tinham muitos famosos ali. E todos eles vinham cumprimentar e , que estavam sentados no sofá com elas. acabava os apresentando às garotas, que procuravam não fazer nenhum tipo de escândalo.
- ! ! Olha, o ! – chamou a atenção da amiga.
- E o !
e se entreolharam rindo e chamaram os garotos.
- , essa é , minha namorada e amiga dela.
- Oi! – se aproximou dando dois beijos em cada uma e foi seguido por que fez o mesmo. – sintam-se à vontade, meninas. As bebidas estão na geladeira e as comidas... Bom, não tem comidas! – ele sorriu – essa festa foi feita pras pessoas saírem bêbadas! Estão me chamando, daqui a pouco eu volto! – disse e saiu.
- Aii! Ele é mais lindo ainda pessoalmente! – falou. Tinha os olhos brilhando.
- Ei, eu ainda estou aqui!
- Ô meu amor, ele é lindo, mas não mais que você! – e abraçou o namorado.
só ria da cena.
- ? – o chamou. – Vamos dançar?
- O que? Dançar?
- É! Vamos anda! Por favor!
- Mas, mas...
- Mas nada! – ela o puxou pelo braço o levando para onde todos estavam dançando.
Capítulo 14
10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1! FELIZ ANO NOVO!
Todos começaram a se abraçar e se beijar. veio correndo pulando no colo de e , que estavam sentados no sofá. e se abraçavam enquanto vinha por trás e também se jogava sobre os garotos.
- Com licença que agora é minha vez! – puxou de e abraçou a namorada, dando-lhe um beijo. na mesma hora sentiu as pernas fraquejarem. Ela achava que pararia de respirar sempre que sentia o corpo de tão próximo ao seu.
ficou sem ter o que fazer. gritava com e em cima do sofá e beijava . Ela ficou parada olhando as outras pessoas se abraçando e desejando ‘feliz ano novo’.
- Feliz ano novo!
Uma voz veio em seu ouvido. Ela se virou e viu parado atrás dela com o mais belo dos sorrisos.
- Feliz ano novo! – disse simpática.
- Posso te dar um abraço? – ele a abraçou quando a menina acenou que sim com a cabeça. Aquele abraço era uma coisa que não devia ter acontecido. Tudo que ela havia pensado em fazer com ele desapareceu. Ela só queria ficar ali, sentindo o corpo dele no seu e as mãos dele acariciando suas costas. Afundou sua cabeça no ombro dele sentindo seu perfume e ficou por alguns instantes viajando naquele cheiro.
- FELIZ ANO NOVO! – um bêbado amigo de se aproximou abraçando ele e, conseqüentemente, atrapalhando.
- Feliz ano novo! – disse sem graça vendo se afastando aos poucos. Onde ela estaria indo? Por que estaria indo?
- Amiga, aonde você vai? – segurou seu braço.
- No banheiro. – disse baixo. – fica aí, daqui a pouco eu volto.
achou estranho o comportamento da amiga, mas percebeu que ela queria ficar sozinha e acabou deixando ela ir.
[n/a: coloquem she left me pra tocar aíi meninaas.]
subiu correndo as escadas, pensou em realmente entrar no banheiro, mas desistiu. Toda aquela felicidade estava fazendo mal à ela. Por mais egoísta que isso seja. Continuou sua caminhada pelo corredor e entrou no primeiro quarto que viu. Estava vazio, pra sua sorte. Se encostou no parapeito da janela e foi praticamente impossível não pensar em .
- ?
- ? O que você está fazendo aqui? – ela limpou algumas lágrimas que já escorriam de seus olhos.
- Vim te ver. Eu vi quando você sumiu. Só queria saber se está bem.
- Estou bem sim, obrigada. – e voltou seus olhos para o lado de fora da janela. Ele veio de vagar e se encostou ao seu lado.
- , vamos conversar...
- Não, . Eu não quero falar sobre isso.
- Por favor, a gente ainda não esclareceu o que aconteceu. – ele a olhou.
- Pra mim já está tudo esclarecido! – disse firme o olhando nos olhos.
- Mas...
- Mas nada! Eu não quero mais saber! – e foi andando pelo quarto.
- Smor, por favor.
- Por favor? Por favor digo eu! Você não sabe o que você me fez passar, . – ela deixou algumas lágrimas escorrerem de seus olhos – eu sofri muito, eu sofro muito! Tenho que tomar calmante pra dormir. Você tem noção disso? Você tem noção do mal que você fez pra mim? – ela passou a mão pelo rosto, limpando algumas lágrimas que ainda insistiam em cair – Não, você não tem noção. – ela sentou na ponta da cama.
não conseguia pronunciar uma palavra. Ele sabia que não tinha culpa, mas mesmo assim não conseguia. Aos poucos ele foi andando, sentou ao seu lado na cama e abaixou a cabeça. Algumas lágrimas caíram de seus olhos. Querendo ou não, aquelas palavras o magoaram muito. Ela, quando percebeu ele ao seu lado, levantou seu rosto, o fazendo olhar diretamente pra ela.
Não sabia muito o que dizer, mas percebeu que aquela separação também doía muito nele. Ela limpou suas próprias lágrimas com a mão que ainda estava livre.
- Não se preocupe, - ela começou - você vai ficar bem, - limpou mais algumas lágrimas que caíram - você não precisa de mim! Acredite, você vai melhorar. – e deu um beijo em seus lábios. Um beijo de despedida. E saiu pela porta, o deixando sentado na cama.
saiu pela porta aos prantos e desceu as escadas correndo.
- ? O que houve? Por que você está chorando? – a parou quando a amiga passou por ela e .
- Nada, não aconteceu nada! – disse limpando as lágrimas. – e eu não quero falar sobre isso, okaay? Não quero passar minhas primeiras horas do ano assim. Eu quero me divertir hoje! – e saiu arrastando para o meio da pista de dança. não entendeu nada, mas não quis contrariar a amiga e foi com ela pra pista de dança. Dançavam muito e se divertiam bastante. Até e estavam lá com elas.
- ? Vai aonde, cara? – o parou quando ele passou por eles.
- Vou embora. – disse seco.
- Mas, , ! – ameaçou correr atrás dele, mas desistiu ao ver o amigo fazer um gesto com o braço como quem diz ‘me deixa’. Ele deu de ombros e voltou a dançar com as meninas.
*
Quatro horas da manhã todos já haviam ido embora, menos , , , e , com a namorada e mais dois amigos deles: Stefanie e Jonny. Já estavam com um tremendo tédio quando sugeriu algo.
- Hei, vamos brincar?
- Brincar? – .
- É! ‘Eu nunca’, conhecem?
- Claro que sim! Mas brincar disso agora? – .
- Sim – ele disse animado – e quem for perdendo vai ter que tomar um copo de tequila! – e deu um sorriso malicioso.
- Eu topo! – afirmou de primeira. Stefanie e Jonny também.
- Essa é ‘A’ garota! – sorriu vendo ela sentar perto dele. – e vocês?
- Eu não! – começou – Vou subir com a . – e sorriu pra garota, que entendeu na mesma hora o que ele quis dizer.
- Hã, né! Garanhão! – brincou com ele, vendo ficar vermelha.
- Cala a boca, ! – e levou uma almofadada de . – eu topo!
- Já que todos toparam, eu também topo! – foi a última a se pronunciar.
-Ótimo! Então se divirtam! E boa noite! – deu a mão pra e subiu as escadas com ela – êi, olha, olha o que vocês vão fazer na minha casa, êin! – os repreendeu.
- Que casa? – ele ouviu o zoar – depois dessa festa de hoje eu não vejo mais casa aqui! Só algumas paredes e um teto! – e todos riram. ignorou seu comentário e continuou subindo as escadas.
- Então, quem começa?
- Eu! – Stefanie levantou – eu nunca tomei um porre!
Todos beberam, menos .
- Ahh, não vale. Ela não está bebendo! – e apontou pra ela.
- Mas eu nunca tomei um porre mesmo. – e deu de ombros.
- É verdade, gente! Ela nunca bebeu! – apoiou a amiga após virar seu copo com a bebida. – minha vez! Eu nunca – e pensou um pouco – nunca viajei de avião!
Todos beberam.
- Eu, agora sou eu! – se pronunciou - Eu nunca...
E por ai foi, horas e mais hora de ‘eu nunca’. Por volta das seis, todos já estavam bastante bêbados e tinham acabado com cinco garrafas de tequila.
- O vai nos matar! Acabamos com o estoque dele! – falou tentando se levantar, mas acabou caindo no sofá de novo.
- , vem ao banheiro comigo? – levantou se segurando em alguns objetos.
- Pra que? Você vai querer que eu segure e balance? – e começou a gargalhar dando o braço pra amiga.
Todos na sala começaram a rir do comentário de .
- Shiuuuu! – ela botou o dedo na boca – o vai acordar!
- Shiuuuu! – fizeram todos juntos tentando segurar o riso enquanto as meninas iam ao banheiro.
Stefanie esperou desaparecer no final do corredor e rapidamente se sentou ao lado de .
- ... – disse arrastado.
- O que?
- Você ta namorando aquela menina?
- To, por quê?
- Que desperdício! – ela falava meio embolada. – você é muita areia pro caminhãozinho dela. Mas sabe... – e passou o indicador no ombro dele – eu tenho um caminhão grande! – e pulou rapidamente no colo dele.
- Sai de cima, Stef! Sai, anda. Se a chegar, isso vai dar problema! – e colocou as mãos nos ombros dela, a empurrando.
*
- , eu já terminei. Vou voltar pra sala, ta?
- Ra!
mal chegou na sala e foi surpreendia por Jonny, que a agarrou, dando-lhe um beijo. Ela não resistiu, estava bêbada demais pra isso.
*
- ! – acabara de retornar do banheiro. – o que significa isso?
- , ... – ele tentou levantar, mas acabou caindo com o peso de Stefanie sobre ele. – sai de cima, garota! – e a empurrou no colo de , que rapidamente a beijou. – , espera!
- , vamos embora! – e puxou o braço da amiga, a fazendo parar de beijar Jonny.
- O que foi? – disse meio embolado.
- Depois eu explico!
- Tchau, Jonny! Você beija bem, e é muito gostoso! – e gargalhou saindo com pela porta. – , eu falei que ele era gostoso, você viu? Eu falei! – e gargalhou mais ainda.
- Eu vi, amiga! Eu vi! – e sorriu. Por mais raiva que estivesse, ela estava bêbada, não conseguia sustentar nada por muito tempo.
*
- Err... Eu vou subir então. Tchau, , Stef, Jonny. – falou meio cabisbaixo.
Stefanie e levantaram suas mãos dando ‘tchau’ pra ele. Jonny disse um longo ‘tchau’ e logo em seguida caiu deitado no tapete da sala. E acabou dormindo por ali mesmo.
*
- , nós precisamos beber!
- Mais?
- É! Bem mais!
- Você quer entrar em coma alcoólico, garota? – e gargalhou. Elas ainda estavam de braço dados caminhando pelo meio da rua.
- Quero! – deu um pulo e depois gargalhou. – vamos! Eu compro!
Andaram mais um pouco até encontrarem um bar aberto. Compraram mais uma garrafa de tequila e nem se preocuparam com os copos, bebiam no gargalo mesmo. Voltaram para o meio da rua, estava completamente deserta. tratou de abrir logo a garrafa e deu o primeiro gole.
- Quando a vida te decepciona, o que é que você faz? – perguntou abraçando a amiga de lado.
- Continue a nadar, continue a nadar! – e correspondeu o abraço tomando também um gole.
- Pra achar a solução, continue a nadar! – cantaram juntas. Gritaram juntas! E começaram a rir de repente.
Capítulo 15
- !
- Que?
- Apaga essa luz. – disse cobrindo o rosto com o travesseiro.
- Não sou eu, é o sol.
- Droga! - bufou.
Silêncio.
- !
- Que?
- São que horas?
- Sei lá, acho que já são meio dia e alguma coisa.
- Sério?
- Ahm.
Silêncio.
- !
- Que?
- Você lembra como a gente voltou pra casa ontem?
- Acho que de táxi.
- Hm.
Mais uma vez o silêncio.
- !
- Que? – já perguntou impaciente.
- Me lembra de nunca mais beber?
- Sim! – sorriu.
Finalmente acabou com as perguntas. Silêncio.
- !
- Que?
- Feliz Ano Novo!
- Pra você também.
*
- Minha cabeça não pára de doer.
- Já tomou o remédio que eu te dei?
- Tomei. Já faz muito tempo e nada. – disse se jogando no sofá.
- Hm, e o que a gente vai fazer nesse primeiro dia do ano? – se jogou no sofá junto com a amiga.
- Proponho sorvete, brigadeiro e ‘antes que termine o dia’.
- Ótima idéia!
- Então ta, eu vou à locadora, depois compro o sorvete e você faz o brigadeiro! Okaay?
- Okaay!
levantou, prendeu o cabelo num coque desarrumado, vestiu um enorme casaco e saiu.
*
- Querida Che-gay! – entrou animada dentro de casa. Não sabia de onde tinha vindo aquele humor repentino.
levantou com um pulo do sofá, desligou a televisão e limpou os olhos.
- , você estava chorando? – foi andando carinhosa até a amiga.
- Não. É que caiu alguma coisa no meu olho. – a garota esfregava os olhos tentando convencer a amiga.
- Sei. E por que desligou a televisão?
- Nada. Não era nada.
desconfiou da atitude da amiga e imediatamente ligou a televisão. Quando a imagem finalmente apareceu no aparelho, ela pôde ver porque a amiga estava chorando. Estava passando uma maratona de clipes do McFLY. Ela sentou ao lado da amiga, que já tinha um pote de brigadeiro nas mãos, e abriu o pote de sorvete. Elas até esqueceram do filme.
A noite chegou rápido aquele dia. Depois de uma longa maratona de seis horas de McFLY, elas puderam ter sua ‘overdose’ e ir dormir. Na manhã seguinte, levantou atrasada para o trabalho. Tinha que estar na locadora às nove horas e já eram oito e meia. Sorte que ela trabalhava a duas quadras de casa. Se arrumou o mais rápido possível e deixou um bilhete avisando . Essa que tinha uma vida boa. Tava de férias, e só voltava dia dez! Sortuda!
- Bom dia, Senhor Julios.
- Bom dia, . Feliz ano novo!
- Pro senhor também! - sorriu simpática para o baixinho e gordinho senhor de bigodes e foi buscar seu uniforme (um avental que continha um ‘broche’ com o nome da garota).
Devidamente vestida, ela foi para trás do balcão esperar quem seria o maluco ao alugar um filme do primeiro dia útil do ano – já que 1º de janeiro não conta.
Dez horas, onze, meio dia. Hora do almoço. Não sabia porquê, mas não sentiu fome aquele dia. Preferiu ficar na locadora aproveitando o silêncio. Ainda mais que o senhor Julios não voltaria mais. Esse sim, seria um dia só pra ela.
Depois de uns cinco minutos de silêncio aproveitado, o sininho da porta tocou. Algum freguês tinha entrado. Ele sussurrou alguma coisa que pensou ter sido um ‘feliz ano novo’ ou algo parecido, e foi escolher um filme.
- Vocês não têm 'De volta para o Futuro'?
- Temos sim, segunda prateleira à esquerda! – disse automática.
- Okaay! – ele se dirigiu até onde ela havia indicado e pegou o filme. acompanhava seus movimentos com os olhos. Ele pegou o filme e foi até o balcão.
- O senhor já é cadastrado aqui?
- Não.
- Ta! Então eu vou precisar da sua identidade.
- Shm! – ele tirou a carteira do bolso e entregou a identidade pra garota. Assim que ela segurou, ele não soltou. Fez com que ela o olhasse. – dormiu bem ontem?
- O que? – ela perguntou surpresa.
- Você não lembra que eu te trouxe?
- Hã? Eu-eu nem te conheço.
- , sou eu! ! – e aos poucos foi tirando o chapéu, óculos e cachecol.
- . – falou surpresa. – o que você está fazendo aqui?
- Vim alugar um filme! - e sorriu balançando o DVD no ar.
- É sério!
- E por acaso eu estou brincando?! – falou com um pouco de raiva. Mas pediu desculpas ao perceber a cara que a garota fez. – okaay, não vim brigar. Só vim saber como você está. Você estava muito bêbada ontem e eu fiquei preocupado.
- Ah, se era só isso. Sim, estou bem. – falou seca – você vai querer levar o filme?
- Vou! – ele sorriu vendo que ela estava confusa. Primeiro havia dito que só estava ali pra saber dela, e agora iría levar o filme. Garoto maluco!
- Então eu vou precisar da sua identidade! – e olhou para o papel plastificado que os dois ainda seguravam.
- Claro! – ele soltou. Ela foi digitando em silêncio todos os dados dele.
- Pronto! 3,50.
- Ra! – ele entregou o dinheiro.
- Aqui está, tenha uma boa tarde! – ela lhe deu o troco e entregou a cópia do DVD pra ele.
Ele sorriu quando sentiu a mão dela tocando na sua. Um arrepio percorreu toda as costas da garota, mas ela soube disfarçar muito bem.
- Boa tarde! – respondeu e saiu educado pela locadora, colocando de volta o cachecol, os óculos e o chapéu.
Assim que ele saiu, não sabia o que fazer. Como assim ele tinha levado ela pra casa? Mas e o táxi? Será que ele levou as duas? Que confusão. Ela foi andando até a prateleira de onde ele tinha tirado o ‘De volta para o futuro’ e ficou lá olhando e lembrando. Aquela prateleira parecia ter sido feita pra eles. 'De volta para o futuro', 'tartarugas ninjas', 'stars wars', 'caça fantasmas'... Ficou ali perdida nos seus pensamentos quando o sininho da porta tocou de novo. Ela olhou e viu um andando rápido na sua direção. Não pôde nem perguntar o que ele ainda fazia ali. Ele a agarrou e a beijou. Ali, no meio da loja.
No começo ela lutou contra o beijo dele, mas ele prendeu suas mãos sobre seu peito e continuou beijando a garota, mesmo à força. Aos poucos, ela foi se entregando e fechando os olhos. Desprendeu suas mãos e passou em volta do pescoço dele, puxando com força o cabelo de sua nuca. Ele a segurou com força pela cintura e foi levando a garota para o banheiro, derrubando alguns DVDs das prateleiras.
Já dentro do banheiro, ele a encostou contra a parede e desceu seus lábios para o pescoço dela. Ela ia arranhando as costas dele com força enquanto tirava a blusa do garoto. Ele levantou os braços para ajudá-la e logo em seguida desamarrou seu avental, o jogando para qualquer canto do banheiro que estava todo escuro. Naquela altura, eles não podiam/queriam mais parar. tirou a blusa da garota e levantou sua saia. Ela abria o zíper da calça dele. Tudo muito rápido. Era um misto de raiva, prazer e excitação. Sem perder tempo algum, ele colocou a camisinha e levantou uma das pernas da garota. Ela não teve como não deixar de sentir dor, era sua primeira vez. Mas o prazer de tê-lo ali junto com ela, superava qualquer dor. Aos poucos, ele foi intensificando os movimentos, de modo que eles puderam chegar ao êxtase juntos.
Ele foi soltando a perna da garota e roçou o nariz no dela. Eles respiravam fundo, estavam exaustos. foi descendo apoiada com as costas na parede e sentou no chão. a seguiu, se aconchegando entre suas pernas e apoiando a cabeça no meio dos seus seios. Ela beijou sua testa e ficou mexendo em seus cabelos até ambos pegarem no sono.
*
- , acorda, meu amor.
- Hm... – disse arrastado – 'meu amor'?! – sorriu quando finalmente levantou e olhou pra ela.
- É! – ela sorriu mais ainda e deu um estalado beijo nele – acho que meu celular está tocando. Vou lá ver quem que está ligando. – e ameaçou levantar.
- Sh, não. Fica aqui deitadinha comigo. – ele a segurou pela mão. Ela não conseguiu levantar.
- Tá okaay, do que nós podemos conversar então?! – sorriu.
- Deixa eu pensar! Humm – fez cara de pensativo – se você tivesse um filho, que nome você daria pra ele?
- Nossa, , que belo assunto pra gente conversar depois de... Ér... Você sabe. – sorriu tímida.
- Sah, vai dizer que você nunca pensou nisso?!
- Já, claro que já!
- Rntão, que nome você daria?
- David!
- Sério? Eu também. Eu amo esse nome. – sorriu – então tá decidido, o nome do nosso primeiro filho vai ser David!
- E se for menina?
- Dávida? – gargalhou.
- Ai, , só você mesmo! – a garota gargalhou com ele. – iih ó, meu telefone voltou a tocar. Agora eu vou ter que ir lá atender.
- Ah, nãao!
- Ôh, maluco. Você quer que eu fique deitada com você no chão do banheiro de uma locadora? - falou docemente.
- Ta certo. Mas eu vou lá pra fora com você!
- Okaay, deixa só eu ver se estamos sozinhos. – levantou e abriu a porta – estamos sozinhos!
- Ótimo! – ele a agarrou por trás, beijando com força o ombro dela.
- ! Me solta, garoto! Eu tenho que ir lá ver que está ligando – uma pausa – quem ligou!
- Vamos assim então, agarradinhos.
- Mas deixa eu botar minha blusa e... érr.. Calcinha antes. – falou a última frase mais baixo.
- Okaay. – ele sorriu da timidez dela e colocou de volta sua blusa.
Saíram do banheiro de mãos dadas. rapidamente pegou o celular de dentro da bolsa e viu que tinha uma chamada perdida de .
- Quem ligou?
- . Vou retorna pra saber o que ela quer. – ela discou os números no aparelho e o colocou no ouvido, mas logo tirou quando ouviu a gritaria de .
- DO CÉU! ONDE VOCÊ ESTÁ? JÁ SÃO 20H! VOCÊ SAI DAÍ 19H! QUEM LEVA 1H PRA ANDAR 2 QUARTEIRÕES?
- , fica calma, eu tô aqui na locadora ainda. To aqui com o... – na hora que ela ia dizer ‘’, ele levou o seu indicador a própria boca, indicando a ela que não contasse nada. Ela entendeu. – Com o... O... Julios. Isso! O Julios. Ele pediu pra eu ficar mais tarde pra ajudar a arrumar os filmes novos que chegaram.
- Hm – disse já mais calma do outro lado da linha – e por que você não me avisou?
- Ahh, eu esqueci. Você sabe como eu sou avoada, né ?! Eu esqueci. Me desculpa, ta?
- Ta! Mas que isso nunca se repita, êein!
- Okaaay! Eu já estou indo pra casa! – fez uma cara triste quando ela falou isso, fez um biquinho tão fofo que foi irresistível não lhe dar um beijo.
- Que barulho foi esse? – .
- Barulho? Que barulho?
- Barulho de beijo.
- Não ouvi barulho nenhum. E cá entre nós, eu não beijaria o Senhor Julios, né. – falou nervosa vendo se escangalhar de rir com o que ela acabara de falar.
- Verdade! – também ria muito do outro lado da linha. – então ta, vou te espera pra comer.
- Por que?
- Porque você me deixou muito nervosa, e por isso vai trazer uma pizza!
- Ah, ta. – sorriu. – já estou indo. Beijos.
- Outro. – e desligou.
Assim que desligou, a encheu de beijos.
- Não vai embora não. Vamos lá pra casa.
- Não, seu tarado! – ela o empurrou e lhe deu um tapa no ombro. – eu tenho que ir pra casa.
- Sh, nãao.
- , - ela o ignorou – por que eu não podia falar nada pra ?
- É melhor, não é?
- É? Por quê?
- Ah, porque eu não quero que ninguém fique sabendo disso que aconteceu entre a gente.
- E por que não? – disse já agressiva.
- Porque eu quero começar de novo com você, - ele foi pra trás da garota a abraçando - e não quero que ninguém dê opiniões. E isso implica que ninguém saiba.
- Mas, , ela é minha amiga.
- Eu sei, amor, mas olha – ele a virou de frente pra ele – escondido é melhor. Dá mais adrenalina. – e sorriu maroto.
- Quando eu digo que você é tarado! – sorriu – ta okaay! Eu aceito ficar escondido com você. Satisfeito!?
- Satisfeitíssimo!
- Ta! Agora eu vou embora. Ainda tenho que comprar uma pizza.
- Pizza? Opaaa, acho que a pode saber que a gente ta junto. – a garota soltou uma gargalhada e fingiu não ter ouvido o que disse. Ela deu um último e ofegante beijo antes de empurrá-lo para fora da locadora e vê-lo partir com o seu carro. Por alguns minutos ela ficou encostada na porta encarando de longe a entrada do banheiro, sorrindo bestamente. Mas não durou mais de minutos. Ela recebeu uma mensagem de mandando ela chegar logo pois estava com fome. Dentro de meia hora, e já estavam se deliciando com uma pizza de quatro queijos.
Capítulo 16
- Aí, como eu ainda queria estar de férias...
- Pára de reclamar, vai dizer que você não fica com tédio de passar o dia inteiro trancada nessa casa?!
- Não. Eu gosto de ficar aqui quietinha. Mas, como nada é perfeito, o dever me chama! – e levantou do sofá saindo pela porta.
- Ei, me espera, vou andando com você até o ponto! – saiu correndo atrás da amiga.
[n/a: trabalha durante a noite/madrugada no pub e trabalha durante a manhã/tarde na locadora.]
*
- Tem alguém sentado aqui?
- Não. – respondeu para uma garota que sentava ao seu lado no ônibus.
- Não lembra de mim?
finalmente olhou pra garota, e levou um susto quando a reconheceu.
- Stef? – perguntou surpresa.
- Então você lembra! – sorriu – e aí, como você está?
- Muito bem, né?! – disse sarcástica – depois que você acabou com o meu namoro. Está tudo ótimo.
- Como assim eu acabei com o seu namoro? – perguntou cínica.
- Odeio cinismo! – falou pra si mesma – não lembra?! Então eu refresco sua memória. Eu fui ao banheiro e, quando voltei, te encontrei com o MEU namorado, aos beijos.
- Mas estávamos todos bêbados...
- E aí? Isso não muda nada. Você ainda é vadia e ele é um galinha! – aumentou o tom de voz.
- Okaay, é melhor parar por aqui. Eu não estou te ofendendo.
- E o que você quer que eu faça? Fique rindo? Não sou tão falsa como você. – e levantou com raiva – graças a Deus chegou meu ponto.
- Ei, espera! – Stef foi atrás dela pelo ônibus. – ele não te traiu.
- O que? – parou.
- Ele não te traiu, nós nem sequer nos beijamos. Eu tentei, mas ele não me quis. E ficou me empurrando. Ele não fez nada. Eu juro.
- E por que eu acreditaria em você? – ela ainda estava parada nos degraus do ônibus.
- E por que não acreditaria? Conversa com ele!
- Você não vai descer, mocinha? Eu vou sair com o ônibus! – o motorista gritou lá da frente junto com outros passageiros.
- Já estou indo, já estou indo! – deu uma última olhada para Stef e saiu do ônibus.
*
No pub, estava com a cabeça em outro lugar. Não sabia o que fazer, muito menos o que pensar. Não sabia se ligava pra , afinal, ela ainda não tinha escutado a versão dele. Resolveu arriscar e, num impulso, discou seu numero. ‘Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens... ’
- Droga! – desligou, mas ligou de novo e decidiu deixar uma mensagem. – Ér... Oi, sou eu. Se você puder, da uma passada aqui no pub pra gente conversar. Beijos.
Depois dessa mensagem, ela sentiu uma pontinha de arrependimento. E se ele tivesse ficado com a Stef? E se ela estivesse mentido? Mas e se não estivesse? Era melhor tirar essa historia a limpo.
Já eram cinco da manhã e ele ainda não tinha ido lá. Será que não tinha recebido a mensagem? já estava no final do expediente quando um último freguês entrou pela porta.
- Já fechamos. – ela disse sem olhar pra ele.
- Você está linda!
- ? – ela reconheceu a sua voz. Não resistiu e abriu um largo sorriso. – então você recebeu minha mensagem?!
- Sim! Vamos sair daqui?
- Ahm! Vou só trocar de roupa e já volto.
- Okaay.
Dentro de poucos minutos ela já estava de volta e eles já estavam caminhando pelas geladas ruas de Londres.
- Então, como você está? – ela começou.
- Com você aqui, eu estou bem melhor.
Não teve como não sorrir, ele estava ali de novo, ao lado dela. E mesmo sem encostar em uma parte do seu corpo, ela podia sentir o calor que saia da pele dele.
andava com as mãos no bolso, olhando para o céu, quando voltou a falar.
- Sei que... Bom, eu... Eu não sei nem como começar a falar. – respirou fundo e o olhou – você pode me contar o que aconteceu aquela noite?
- E o que eu vou dizer? Eu já disse que não aconteceu nada, mas você não acreditou...
- Medesculpa? – falou rápido. – Eu fui uma idiota em não ter acreditado em você, mas nós estávamos bêbados e...
Ela não conseguiu terminar de falar. a agarrou no meio da rua e calou suas palavras com um quente e doce beijo. não resistiu, não tinha como resistir. Ela queria aquilo tanto quanto ele. terminou o beijo dando-lhe vários selinhos rápidos e, por fim, roçando a ponta do seu nariz no dela.
- Acho que posso encarar isso como um sim.
Ele sorriu com as palavras da garota e deu a certeza de que aquele beijo foi um sim. Continuaram caminhando, só que agora com os dedos entrelaçados.
- Tá nevando. – olhou pra cima e viu alguns flocos de neve caindo sobre seu casaco. – Vem, - ele a puxou – nós vamos nos molhar.
- E o que é que tem? – ela o parou no meio da calçada e o abraçou, dando-lhe uns beijos rápidos. Ele sorriu.
- É mesmo! E o que é que tem? – ele a rodou no ar. – sabe, eu fiz uma música pensando em você. – disse meio tímido – não uma música, mas um refrão.
- Sério?! – ela não acreditava, uma musica pra ela! – canta pra mim?
- Mas não tá pronta!
- Por favoooor! – falou arrastado.
- Okaay. – ele a colocou no chão e pegou o celular do bolso. – eu consegui tirar o refrão no violão. Gravei aqui pra mostrar pro . – ele mexeu no aparelho e os primeiros acordes começaram a tocar.
Look at us now
Ask me, how did this get so
I'll show you how
Got my shoes on the ground
But I'm taking em' off (taking em' off)
And I'm ready to walk, yeah
Ele a abraçou, colocando o aparelho perto de seus ouvidos, e começou a cantar junto com a música.
Oooh, oooh
I can't stop digging the way you make me feel
Oooh, oooh
I can't stop digging the way
Oooh, oooh
I can't stop digging the way you make me feel, yeah
I can't stop digging the way you make me feel
Agora ele já a olhava nos olhos, com toda a paixão existente dentro dele. não resistiu e deixou algumas lágrimas caírem de seus olhos. E a cada pedaço da música se arrepiava, desejando que aquilo não terminasse.
O refrão acabou, mas eles ainda se olhavam nos olhos como se não existisse mais ninguém naquela rua. Estava frio, mas o calor do corpo do outro os aqueciam.
- Então?
- Já disse que Te amo hoje? – ela pulou no seu pescoço.
- Não. Hoje não! – ele voltou a rodar no ar. Aquela sensação era ótima – sabe?!
- Sim.
- Vai fazer o que agora? Já está quase amanhecendo... – ele começou e pôde perceber um tom de malícia em sua voz.
- Vamos pra sua casa?
- O-o que?
- É! Pra sua casa! – ela o abraçou mais forte – é que... eu... – ela enfiou a mão em seu próprio bolso, tirando de lá a chave de casa e jogando no bueiro à frente – acabei de perder a minha chave. – e sorriu maroto pra .
- É sério?
- Claro que sim. Eu amo você, . Amo como nunca amei ninguém e como eu nunca imaginaria amar.
Ele abriu um sorriso maior que o próprio rosto(?) e entrelaçou sua mão com a da garota. Foram caminhando até o carro.
*
não sabia o que poderia acontecer, quer dizer, sabia sim, mas não queria pensar muito naquilo. Ela tinha certeza que tinha que ser naquela noite, se não fosse, não seria mais.
Já na casa de , ele foi a guiando até o seu quarto e a acomodou em sua cama, deitando por cima da garota. Ele tirou uns poucos fios de cabelo do rosto da menina enquanto ela acariciava as suas costas. Ele olhava cada ponto de seu rosto como se quisesse gravar tudo aquilo.
- Você tem certeza disso?
Num suspiro ela consentiu com ele, que a beijou logo em seguida.
- , você sabe que...
- Isso nunca aconteceu? Sei. – ele disse de um jeito que fez todo o corpo de tremer. – só se preocupe em lembrar que eu Te amo. – ele roçou a ponta de seu nariz no da garota, que fechou os olhos imediatamente. Ele se ergueu um pouco, dando um longo beijo em sua testa, e depois desceu novamente para seus lábios.
Dos lábios, para o pescoço, ombros, colo... Quando perceberam já estavam praticamente nus e um calor absurdo invadia o quarto.
- Espera.
- O que? – ela não entendeu o porquê dele estar se levantando.
- O preservativo. – ele foi até o banheiro, deixando deitada sobre a cama. Quando ele voltou, não pôde conter o riso.
- Boxer do pateta? Não sabia que fabricavam.
- Essa foi feita sob encomenda! – e sorriu maroto, deitando novamente sobre a garota. Ele recomeçou a beijar sua boca, passando para a barriga e beijando todo o trajeto até os pés enquanto removia a peça íntima dela. – você tem certeza? – perguntou a olhando nos olhos.
- Tenho. Absoluta. – disse sorrindo.
Ele tirou sua boxer e fez o que tinha que fazer.
Capítulo 17
- Isso são horas, mocinha? Já estava quase ligando pra polícia.
- AMIGA! – entrou gritando dentro de casa.
- Que foi?
- Voltei com o . E, hãn... A gente meio que... Fez, sabe?! Aquilo. – disse meio envergonhada.
- SÉRIO? MEUDEUSMEUDEUS! Não acredito! Que lindo! – e começou a gritar junto com a amiga e pular em cima da cama.
- Foilindoeteveumamusicaeaíii... – ia falando rápido de tanta empolgação enquanto ouvia atentamente para não perder uma palavra.
- Aiiin; que fofo, . Mas, hó, agora eu tenho que ir. Quando eu chegar você me conta melhor, okaay?
- Claro!
- Beijos! – e deu um último abraço na amiga antes de sair pela porta.
*
- Bom dia, senhor Julios.
- Bom dia, .
Mal acabou de chegar, não teve nem tempo de se trocar, um idiota qualquer havia derrubado toda uma prateleira de DVD’s.
- Deixa que eu vou. – falou para o patrão que já estava indo ajudar a recolocar os DVD’s. – posso te ajudar? – ela se abaixou, pegando alguns DVD’s do chão.
- Pode!
- ?
- Shiuu. Fala baixo! – ele a pegou pela nuca, dando-lhe um beijo rápido. Ela sorriu.
- O que você está fazendo aqui?
- Tava com saudade. – disse extremamente fofo, o que a fez sorrir mais ainda.
- E precisava derrubar tudo? – o repreendeu.
- Sim! Foi tudo armado. Eu quis derrubar tudo que aí você ia poder ficar mais tempo aqui comigo.
- Sei.
- Então, tem uma reunião hoje na casa de uma menina que o ta ficando. E eu quero que você vá.
- Mas como eu vou? Eu nem conheço essa menina, com certeza vai ter muita gente lá e...
- Não. Vai ser só a gente. Eu já falei com o , sei que ele voltou com a e ele me disse que vai chamá-la. O vai levar a namorada; eu vou ficar lá sozinho? – fez bico.
- Mas gênio, de qualquer forma, mesmo se eu for, você vai ficar sozinho. Esqueceu que estamos brigados?
[n/a: quem é Jones, assim como eu, vai entender essa parte.]
- Ih, é. Ah, mas vai mesmo assim. Vai ser divertido ficar brigando com você – falou fazendo aspas no “brigando”.
- Ah, é? Então o senhor gosta de brigar comigo, é?
- Não, amor... – e a abraçou, derrubando mais alguns DVD’s.
- Está tudo bem aí, ? – o senhor olhou com reprovação para o rapaz.
- Está, sim, senhor. – e levantou.
- Pode ir trocar de roupa, deixa que eu termino aqui.
- Okaay. – e foi rápido com sua bolsa para o banheiro.
devolveu o DVD que ele tinha pego no dia anterior e saiu da locadora. já havia voltado do banheiro e já estava devidamente vestida atrás do balcão.
- Esses jovens. – ela ouviu senhor Julios dizer enquanto tirava a poeira de algumas prateleiras.
- Pois é. – ela aproveitou sua distração e mandou uma mensagem pra .
“Eu vou à festa/reunião. E sim, vai ser muito divertido (6); beijos. .”
*
Já eram oito da noite e chegava em casa. Estranhou ao encontrar ainda deitada na cama.
- ? Você não tem trabalho hoje?
- Não. Me dispensaram. Não entendi nada, afinal, eu mal acabei de voltar de férias, mas faze o que, né. Eu nem gosto de ficar de bobeira mesmo! – disse ironizando.
- Você é muito besta, garota. – e sorriu se jogando na cama. A cabeça dela não parava de martelar em como ela ia dizer que queria ir a festa sem desconfiar. E se a amiga não a chamasse, achando que ela não aceitaria. E agora?
- ?
- Que?
- Tem uma festa hoje na casa de uma menina que o ta ficando, e todo mundo vai...
- Eu vou!
- Que?
- Eu vou! Não agüento mais ficar trancada dentro de casa.
- Mas o vai estar lá!
- E o que é que tem? Acho que já ta na hora de eu parar de viver minha vida em função da vida dele, não acha?
- Falou tudo! – abriu um sorriso de orelha a orelha. – então vai tomar logo banho e se arrumar, porque você sabe que quando eu entro no chuveiro...
- Não precisa falar duas vezes! – levantou num pulo e correu para o banheiro.
*
- ! Não precisa se arrumar muito não. Só vai estar a gente lá. – gritou do banheiro.
- Eu sei!
- Sabe de que? – ela colocou a cabeça entre a porta assim que a abriu.
- Sei de que? Sei de nada! Quem falou que sabe de alguma coisa?
- Você! Você falou “eu sei”. – saiu do banheiro enrolada na toalha encarando a amiga.
- Não. Eu falei... Falei. Eu dei! – ela de repente abaixou e segurou seu pé. – dei uma topada aqui na cama. Ai-ai ta doendo.
- Hum. – desconfiou que ela estivesse mentindo, mas deixou pra lá.
*
- , anda logo, o já ta aqui fora.
- Já to indo!
pegou as chaves, enfiou no bolso e entrou dentro do carro, dando um beijo rápido em .
- Õnn.
- Cala a boca, ! – eles falaram juntos, rindo. riu.
*
- Caraca, que demora de vocês, êin... ? ?
- ! – elas gritaram juntas, abraçando a amiga. – garota maluca! Por que você nunca nos falou nada sobre o ?
- E por que você nunca falou nada sobre o ? – ela olhou direto pra .
- Ah, ta certo. Estamos quites então.
- Vem, entrem! Quero que vocês conheçam a minha casa. – abriu a porta para que todos entrassem.
- De onde vocês se conhecem? – perguntou pra .
- Ela estuda na mesma faculdade que a gente.
- Sim! Eu faço engenharia.
- Que legal!
Eles iam entrando e se acomodando na sala. Logo todos já estavam lá. , , , e (que foram juntos), e a namorada e .
Assim que chegou, eles pensaram que ia ficar um clima estranho, mas pelo contrário. Um estava fingindo dar um gelo no outro. E de vez em quando ficavam jogando piadinha.
Depois de um longo tempo bebendo e conversando sobre nada, teve A idéia.
- Hey, pessoas. Eu tive uma idéia pra poder melhorar a nossa noite.
- Que idéia? – .
levantou e falou alguma coisa no ouvido de . Elas subiram juntas para o quarto da garota.
Na sala, todos pareciam super curiosos sobre o que era aquela caixinha com um desenho de boca que tinha nas mãos.
- O que é isso? – .
- Antes de explicar, eu quero que vocês sentem em círculo, cada um com o seu par.
- Par? – olhou com cara de nojo pra .
- Ih é, né. Tinha esquecido.
- Ahh, parem de bobeira vocês dois. Todo mundo vai brincar. – disse puxando eles dois pro chão e se sentado ao lado deles, junto com .
, , e a namorada, , , e , respectivamente, se acomodaram em volta de um pequeno círculo de almofadas.
- Vou explicar! Bom, para os que não sabem... - pegou um dos dados. - Esse dado azul é que manda, tipo. - Ela mostrou. - ‘Beijar’, e o vermelho manda onde, como exemplo. - Ela mostrou novamente. - ‘Boca’, entenderam? - Perguntou.
- Eu já brinquei disso! - disse rindo.
- Eu entendi. – .
- Eu também! – .
- Ótimo. – – e já que eles estão na minha mão, eu começo. – disse jogando o dado azul. – ‘Mordida’.
- Úúúhh – disse rindo. sorriu maroto, pegando o dado vermelho.
- Joga logo, cara! – disse impaciente.
- Calma! To me concentrando! – riu e jogou. – ‘Orelha’.
- UH, mordidinha na orelha, é? - riu. deu de ombros.
Ela sorriu, chegou mais perto dele e mordeu de leve a orelha de Dougie, que sentiu os pêlos da nuca se arrepiarem com o simples(?) gesto dela.
Ela puxou a orelha do rapaz, que fechou os punhos, dando um sorriso maroto.
- Pronto! Minha vez. – disse, interrompendo. A menina pegou o dado azul. ‘Beijo’. Ele abriu um enorme sorriso.
- Tomara que seja em um lugar sem graça! – disse rindo. Recebeu um dedo do meio em resposta.
jogou o dado vermelho, e ambos - ela e - abriram sorrisos involuntários ao ler ‘Boca’.
- Mas já? – disse rindo.
- Somos rápidos, okaay? - disse rindo.
- Ahh, rapidinho! – o zuou. – ele é rápido assim, ?! – e todos riram.
- Não, meu amor é muito bom! Com ênfase em muito! – e sorriu vendo corar. Ela tomou a iniciativa e sentou no colo do garoto, dando-lhe um beijo sufocante. Os dois beijaram-se como se o mundo fosse acabar a qualquer momento. Via-se apenas o ‘desespero’ de ambos.
- U.a.u. – mexeu os lábios quando eles pararam de se beijar.
- Agora é minha vez! – disse, colocando a mão entre o beijo dos dois. fuzilou a menina com os olhos, mas ela não ligou e girou o dado azul, sem emoção.
- AH, QUE IDIOTA! - começou a rir, quando leu o ‘Cheiro’ no dado azul.
- Pode ser no pescoço... Cheiros são legais! – disse rindo, sentada ao lado de , que sorria feito criança. Ela ignorou o comentário, vendo pegar o dado vermelho. ‘Barriga’.
[n/a: HAUEIHEIOUEHIOUEHEOIUEHOIEUHEOIUHEIU.]
- QUE SEM GRAÇA! – . - Eu sempre me fodo nesses joguinhos... - disse desanimado, passando a mão nos cabelos.
riu da própria ‘desgraça’ e chegou perto dele, levantando sua camisa. O garoto sorriu. reparou em sua troca de olhares.
A menina rolou os olhos por ter apenas que cheirar sua barriga. Queria morder, beijar... Encostou seu nariz na barriga dele e respirou fundo.
- Que coisa sem graça... – disse , dando de ombros.
Depois de muitas rodadas.
- Sabe? Cansei desse joguinho! - disse olhando significativamente para , que sorriu.
- Boa noite, gälerê! Vamos? – estendeu a mão pra , que a segurou rapidamente.
Um tremendo barulho se fez do lado de fora. E a luz acabou.
- AHHHHHH!
- Que que foi isso?
- , sai de cima de mim.
- vVocê que está me abraçando, .
- Isso-foi-um-trovão! – .
[n/a: imagine ele falando tipo o chaves fala quando acha que descobriu o mundo.]
- Dãa; falou o mais esperto! – disse e jogou uma almofada nele.
- Ei, quem jogou isso em mim? – .
- Ih, foi mal, era pra acertar o .
- Heeeeeeey!
- Acho que isso não muda nada. Só o que vocês não sabem é que a minha casa tem trava de segurança. E quando falta luz, ela se tranca sozinha, então, estamos presos.
- O que? Como assim? Mas não era pra você ter um gerador, sei lá, qualquer coisa que destrancasse ela?
- Era sim! Aliás, eu tenho, mas por sorte ou azar – ela sorriu – ele quebrou ontem. Ah, gente, sem grilo, okaay?! Tem quatro quartos lá em cima. Um é meu, e vocês escolham os outros. – e subiu as escadas.
- , dorme comigo? – .
- Não era pra eu estar falando isso? – . – ela vai dormir comigo.
- Okaay, senhor possessivo!
E subiu com para um outro quarto.
- E lá se foram mais dois. – .
- Mais quatro, você quer dizer. – disse subindo as escadas com a namorada.
- E agora? O que a gente faz, ? – cochichou.
- Ué, subimos e dividimos o quarto, assim como eles.
- Não, está louco? E se alguém ver?
- Ninguém vai ver! Eles estão ocupados demais pra se preocuparem com a gente. Vamos, anda.
- Não, é melhor não. – ela respirou fundo. – mas eu não quero ficar lá sozinha no escuro. Eu tenho um certo medo, sabe?!
- Õnn, minha pequena. Então, deixa eu subir com você?
- Já sei, a gente dorme aqui na sala mesmo. Cada um em um sofá.
- Ah, não. Eu quero dormir abraçadinho com você! – ele a abraçou por trás.
- Nop. Cada um em um sofá. – ela o empurrou.
- Okaay. Então só um beijinho de boa noite?
- Ta, um beijinho. – eles se abraçaram e trocaram alguns beijos. – pronto, agora vai.
- Ahhh...
- Anda, não discute! – ela o empurrou para um sofá enquanto ela foi para o outro.
Cada casal estava em seu respectivo quarto fazendo suas respectivas coisas.
*
Quatro horas da manhã, ainda não tinha dormido e levantou para beber um copo de água. Foi descendo as escadas devagar, quando um enorme barulho de trovão a fez parar no meio do caminho e desviar sua atenção para o casal na sala.
- , ! Deixa eu deitar aqui! To com medo de ficar ali sozinha! – ela levantou e se acomodou no peito do garoto.
- Claro, amor. – e deu um beijo na testa da garota.
não acreditou no que estava vendo. Então eles tinham voltado e não tinha contado nada pra ela? Que tipo de amiga era essa? Com muita raiva, ela desistiu da água e voltou para o quarto.
Capítulo 18
Na manhã seguinte daquele dia, um clima estranho pairou entre e . Mais da parte de do que de , que ficava sem saber o que tinha feito.
Todos acordaram, tomaram café e foram pras suas casas – já que a luz já tinha voltado. deixou as meninas em sua casa.
Durante todo o mês, ainda não falava direito com . Sempre arrumava uma desculpa para não ficar em casa com ela. Dizia que ia pra casa de , que ia trabalhar, fazer um trabalho qualquer da faculdade. sempre estranhava, mas pra ela era melhor. Ela sempre aproveitava que estava sozinha em casa pra ligar pra , chamando-o até para dormir lá algumas vezes, quando passava a noite com , ou no trabalho. Na manhã seguinte, era só ele levantar mais cedo e sair de casa antes de chegar. Era o plano perfeito. A mentira perfeita. Mas, como diz o nosso ditado popular: ‘mentira tem perna curta’ e um dia ia acabar sabendo de tudo, quer dizer, um dia ia deixar saber que ela já sabia de tudo.
* *
- , to indo pro trabalho.
- Já? Não ta cedo? Ainda são 20h.
- É, eu sei, mas é que... Ér... Eles me ligaram! Isso! Eles me ligaram pedindo que eu fosse mais cedo.
- Ahh – desconfiou – Okaay. Bom trabalho!
- Valeu. – e saiu.
não esperou nem um minuto para ligar pra .
- Amor?
- ?
- Sim, sou eu! Tudo bem?
- Ahm, e com você?
- Bem também. Está fazendo o que?
- Deitado na cama, olhando pro teto. – sorriu.
- Eu também. Você não quer vim pra cá fazer isso comigo?
- Mas e a ?
- Ela acabou de sair. Foi pro trabalho e, como sempre, só volta amanhã de manhã.
- Okaay. Estou indo. Beijos.
- Beijos.
*
- , que bom que você veio mais cedo. Estava te esperando. – disse Paul, chefe de .
- Estava?
- Sim! Podemos ir até a minha sala?
- C-claro. – ela gaguejou. Estava com medo, nunca Paul havia falado com ela, aliás, ele não fala nunca com ninguém, e quando fala, é demissão na certa. Ela foi até a sua sala, que ficava ao lado de um dos camarotes, e sentou-se em uma cadeira em frente a uma enorme mesa.
- Bom, você está demitida.
- O que? Como assim? Eu fiz alguma coisa de errado? Por quê?
- Não tem porquê. Corte de funcionários. Só isso, nós já passamos a época de festas e não tem mais motivo para mantermos vários funcionários.
- Mas, por que eu? Por quê?
- É como eu disse, corte de funcionários. Eu já preparei o seu salário desse mês e o seu auxílio desemprego. É só você pegar um envelope lá embaixo, no balcão.
- Mas...
- Agora, se você me der licença – ele se levantou de sua cadeira e abriu a porta para a garota – eu ainda tenho muita coisa para fazer.
- Okaay. – ela respirou fundo e se levantou.
- Boa noite.
- Boa noite? Vou te dizer onde você pode enfiar esse ‘boa noite’.
- Ei, me respeite!
- Por que? Você não é mais meu patrão. Idiota! – mandou o dedo pra ele e saiu. Ela sempre quis fazer aquilo. Todos sempre quiseram fazer aquilo. O Paul era um idiota mesmo.
Desceu as escadas e foi para o balcão buscar seu dinheiro. Se despediu dos amigos que já tinha feito e foi embora. Pensou em ir pra casa do , mas preferiu voltar pra casa mesmo. Estava cansada e precisava dormir.
*
- Chegou rápido! Vem, entra! – puxou pela mão, dando-lhe um beijo.
- Nossa! – ele falou assim que parou de beijá-la.
- O que? Estava com saudades! – sorriu e o beijou novamente, dessa vez com mais intensidade. Ele entendeu o que ela queria e foi a empurrando até a cama, tirando a blusa da garota. Ela tirou a blusa dele assim que ele deitou sobre ela. Os beijos aumentavam na velocidade em que suas roupas eram tiradas. Estavam ofegantes.
*
chegou em casa mais cedo naquele dia, e na cama de ela encontrou o inesperado. Ela e dormindo, cobertos por uma fina camada de lençol.
A princípio não teve reação nenhuma, a não ser ficar olhando. Afinal, ela já desconfiava desde o dia na casa da , mas agora veio a confirmação.
Com muita raiva, ela pegou um copo d’água. A luz da geladeira acendeu sobre o rosto de , fazendo o menino acordar.
- Amoor... ... Acorda, a ta aqui! – ele sussurrava chamando a garota.
- Não precisa acordar ela não, . – disse ainda de costas pra ele. – deixa ela dormir, aliás, pode voltar a dormir também. Não to nem aí pra vocês. – falou a última frase um pouco mais alto, o que fez acordar.
- Hã... O que foi?! – falou sonolenta, se virando e reparando que eles não estavam sozinhos – ? – falou assustada, esfregando os olhos.
- É, sou eu!
- O-o que que você está fazendo aqui?
- Fui demitida.
- Demitida? Como assim?
- Demitida, ué. Não precisa de explicações. – agora estava de frente pra eles.
- Falando em explicações – a garota fez uma pequena pausa - eu acho que te devo algumas.
- Estou ouvindo.
- Então... Éer. Eu não podia te contar. - ela olhou pra , pedindo ajuda.
- Não podia me contar? Eu te contei quando aconteceu comigo! Nós somos amigas! – disse já gritando.
- Não foi culpa dela, eu quem pedi – finalmente falou.
- CALA A BOCA, ! O MAIS ERRADO AQUI É VOCÊ!
- Não precisa falar assim com ele. Você não tem o direito...
- Não tenho o direito? Quanto tempo você acha que ia agüentar com essa mentira? – não parava de gritar e agora chorava também.
não respondeu nada. Ficou quieta, queria ter alguma resposta, mas estava nervosa demais e não vinha nada em sua mente. viu ali a oportunidade pra continuar falando.
- Ah, qual é, deixa de ser otária. Depois de tudo que ele fez, você ainda consegue ficar com ele. Você é ridícula, garota.
Depois do que falou, depois de todas essas ofensas, agora é que começava a chorar. a abraçou rapidamente quando viu o desespero da garota.
- Já chega. Pára de falar assim com ela. – .
, quando os viu abraçados, não se conteve.
- Õon, olha só o casalzinho 20. - debochou.
ainda abraçava , que chorava bastante.
- Quer saber? Cuida da sua vida, sinceramente, , eu esperava algo mais racional da sua parte. – e saiu batendo a porta com força.
Depois de um longo minuto chorando, ainda estava abraçando quando ela se soltou dele de repente.
- O que foi? – perguntou assustado.
- Ela ta certa! Depois de tudo que você fez comigo, depois daquela traição... Olha só pra mim...
- Não começa.
- O que? – ela fingiu que não ouviu.
- Isso mesmo. Não começa a brigar comigo. Você nunca deixou eu te explicar o que aconteceu.
- Mas eu não quero saber! – ela levantou, se enrolando no lençol – acho melhor você ir embora.
- Hã? Não, não. Você está louca – ele disse em um tom de voz calmo enquanto levantava e abraçava a garota.
- Não, me solta! – ela dizia sem força entre soluços, deixando ser abraçada por ele.
- Me deixa explicar. Por favor? – disse olhando em seus olhos. A garota foi vencida pela insistência dele e acabou ouvindo toda a historia, ficou feliz por saber que foi tudo um grande mal entendido. Não duvidou nem nada. Eles estavam começando de novo e todo o passado deles foi apagado naquele momento.
*
estava sentado em seu sofá quando a campainha tocou. Ele deixou o controle e foi atender a porta.
- ? Você está chorando?
- Será que eu posso entrar? – disse abraçando os próprios braços, devido ao frio.
Capítulo 19
- Claro, amor, entra – ele a abraçou de lado, guiando a garota até a sala. – senta aqui, eu vou buscar um copo d’água pra você. – E deixou a menina sentada no sofá. Quando ele voltou, estava com a cabeça apoiada nas mãos, chorando bastante. – toma aqui.
- Obrigada. – ela pegou o copo de suas mãos e tomou um longo gole.
- Então, o que está acontecendo? Já estou ficando preocupado, . – disse docemente, colocando o cabelo da garota para trás da orelha.
- Eu briguei com a . – disse fungando e se derramou em lágrimas novamente.
- Brigou? Como assim? Por quê? – ele ficou quieto por um tempo e viu como a garota estava nervosa. – tudo bem, - disse – não precisa me contar nada agora.
- Hum – concordou, sendo abraçada pelo namorado. – ? Eu posso ficar aqui por um tempo? – disse ainda abraçada com ele.
- Claro que sim.
- Só até eu me resolver com a .
- Tudo bem, já disse que sim. Não precisa ter pressa.
respirou fundo, ainda abraçada com . Ele, aos poucos, foi deitando com ela no sofá, mexendo carinhosamente no cabelo da garota. Em pouco tempo eles já haviam dormido.
*
Na manhã seguinte, acordou com o barulho do despertador. Levantou rapidamente, desligando o aparelho para não acordar . Eles ainda estavam na sala. Haviam passado a noite ali.
subiu as escadas, tomou um rápido banho e trocou de roupa, tinha um compromisso no estúdio junto com os outros meninos e Fletch. Antes de sair, jogou um lençol em cima do corpo de e escreveu um bilhete para a garota, que ficou colado na porta da geladeira.
*
- , ! – veio correndo atrás do amigo assim que o viu chegando no estúdio.
- Que foi, cara?
- Você falou com a ontem?
- Sim, ela está lá em casa. – disse normalmente. – por quê? O que você está sabendo que eu não sei?
- Ai, cara, longa história. Depois eu te conto, me deixa só ligar pra primeiro. – tirou o aparelho do bolso e discou o numero da garota. – amor?
- Amor? – mexeu os lábios não entendendo nada.
- Eu to com o aqui e ele disse que a ta na casa dele. É, fica tranquila, ta?! Você não vai ligar pra ela? Por que não? Mas, amor, ela estava nervosa, tenho certeza que não queria dizer aquilo pra você. Okaay, entendo. Te vejo à noite? Ta. Beijos. – e desligou.
- Amor? – ainda não entendia.
- Não sei se vamos ter tempo pra história toda antes da reunião, mas eu adianto o que posso do assunto... – e começou a contar-lhe toda a história.
*
finalmente acordou, levantou e foi até a cozinha.
“Fui ao estúdio.
Tenho uma reunião com o Fletch e os caras.
Fica bem. Qualquer coisa me liga.
Te amo, .”
Não teve como não sorrir com o 'Te Amo' dele, ficou parada por alguns minutos lendo e relendo só aquele trecho do bilhete.
*
- Então foi isso? Caraca, por isso que ela tava arrasada ontem. – conversava com dentro do carro, a caminho de casa.
- É, foi isso. – falou desanimado.
- Mas cara, pra que você foi pedir segredo, hein? Você só faz burrada, .
- Não fala assim, já estou me sentindo culpado o suficiente, não preciso de alguém pra ficar me lembrando disso. – disse meio grosso.
olhou pra ele assustado, não esperava aquela resposta.
- Desculpa. – passou a mão no rosto assim que o carro parou no sinal – eu estou muito nervoso com a possibilidade de ter acabado com a amizade delas e acabei descontando em você. Desculpa mesmo.
- Tudo bem. – colocou a mão sobre o ombro do amigo e deu o seu mais confiante sorriso. – vai ficar tudo bem, você vai ver.
- Tomara. – e acelerou com o carro. – olha, eu vou te deixar em casa e depois vou lá na ver se está tudo bem.
- Okaay. – fez uma longa pausa, olhando pro lado de fora da janela. – êi, o que você achou desse projeto do novo cd? – resolveu puxar um assunto.
- Adorei. O único problema é ir pra Austrália. Mas, graças a Deus, nós só vamos no ano que vem.
- É, eu não quero ficar longe da agora.
- E nem eu da .
Um silêncio surgiu dentro do carro. Mas não se conteve.
- Aah, cara, você tá apaixonado... – falou arrastado.
- Olha só quem fala. Senhor eunaoqueroficarlongeda. – imitou o tom de voz do garoto. Os dois caíram na gargalhada.
*
Uma semana depois, ainda estava na casa de . Estava procurando emprego, mas ainda não havia encontrado nada.
Estavam deitados sobre a cama de , abraçados, vendo DVD.
- ?
- Hm!
- Eu to há um tempo pra te pergunta uma coisa... – ela se apoiou no peito do garoto, de forma em que seus olhos pudessem se encontrar com facilidade.
- Eu também.
- Sério?
- Sim, mas pode falar você primeiro. – ele foi cavalheiro.
- Não, pode falar. – ela insistiu.
- Não. Fala você.
- ...
- Ta, falamos juntos então. Okaay? Está bem assim pra você, madame? – falou a última palavra com deboche, brincando.
- Ta, ótimo.
Ambos respiraram fundo.
- Quernamorarcomigo? – falaram juntos e rápido. E começaram a rir.
- Hei, quem pede em namoro é o homem.
- Aah, isso é passado. Então, aceita?
- ! – ele franziu a testa – sou eu que vou perguntar! – pigarreou – então, aceita?! – e abriu um largo sorriso.
- Eu tenho o namorado mais besta do mundo! – falou pra si mesma.
- Namorado? – ele se jogou em cima da garota com algumas intenções a mais.
- Sim, namorado! – ela confirmou. – Eu aceito.
E mais uma vez ele abriu um enorme sorriso e deu um longo beijo na garota, o que, após algum tempo, passou de apenas um beijo.
# 1 mês depois.
Capítulo 20
- Alô? – falava sonolenta do outro lado da linha.
- Filha?
- MÃE! – ela sentou na cama assustada. – está tudo bem? Por que você está me ligando a essa hora?
- Te acordei? Me desculpa, aqui ainda são 22h.
- Não, mãe, tudo bem. – ela esfregou os olhos e conferiu a hora. 2hs da manhã – estava com saudades suas.
- Eu também. Então, você lembra do aniversário da sua irmã, né?
- Claro que sim. É no inicio de julho!
- Ahm, você vem, não é?
- Não sei, mãe, tem o trabalho e a faculdade aqui...
- Mas, minha filha, é aniversario de 15 anos e vai ter festa. Você tem que vir. Nós estamos com saudades. Já fazem 6 meses que não te vemos.
- Ta bom, eu vou sim. Mas se eu for agora, não vou poder ir no natal, porque vou gastar o dinheiro todo.
- Tudo bem. Até lá você junta mais, ou nós te emprestamos. Mas você vem, não é?
- Vou, claro que vou!
- Ótimo, sua irmã vai ficar feliz.
- Manda um beijo pra ela, ta?
- Ta bom. Vou desligar e deixar você dormir.
- Okaay.
- Beijos, amo você.
- Beijo, mãe, também te amo.
- Quem estava te ligando a essa hora, hein? – acabara de entrar pela porta.
- ? ! – correu até ele, dando um abraço no garoto – o que faz aqui? Já está tarde. E como entrou aqui?
- Está me expulsando? – fingiu-se ofendido.
- Não, claro que não. É só curiosidade. – sorriu.
- Nós acabamos de voltar do show – ele afastou a cortina para que a garota pudesse ver, através da janela, o carro com os meninos parado do lado fora – e eu pedi pra eles me deixarem aqui. Entrei com a sua chave, aquela que você deixa embaixo do tapete. – e levantou a única chave para que ela possa ver. – sabe, você tem que parar de botar a chave ali, é tão óbvio. – disse rindo.
- Eu sei, mas não tem outro lugar. – deu de ombros. – e então, quer alguma coisa? Beber, comer?
- Quero! – ele sorriu maldoso olhando o vestido branco transparente que a garota dormia. – quero você! – ele completou.
*
acordou super atrasada naquela manhã, talvez por causa de , que chegou “cheio de saudades”. Talvez não. Foi por ! Tomou um banho super rápido enquanto preguiçosamente se levantava, vestia sua boxer, pegava um pacote de biscoitos e ia se sentar na sala. Em pouco tempo, já estava pronta, o que era muito raro, diga-se de passagem.
- , estou indo. – ela foi até ele, dando-lhe um rápido beijo.
- Ah, nããããão – falou arrastado, a puxando para o sofá e beijando seu pescoço. – não matei toda a saudade – falou em seu ouvido.
- Não, nem pensar! Estou muito atrasada pro estágio.
- Falta hoje!
- É ruim, hêin! Eu preciso mesmo ir. – ela conseguiu se levantar – quando eu chegar, nós continuamos – sorriu maliciosa, dando um rápido beijo em e roubando o pacote de biscoitos dele.
- Ei! – ele reclamou, mas ela já estava quase ao alcance da porta.
- Te amoooo! – ela gritou sorrindo e saiu.
*
- Bom dia! – disse um preguiçoso. – não vai trabalhar? Já são 10 horas.
- Eu sei. E não, não vou. Hoje é segunda e a locadora não abre.
- Hm! – ele sorriu a abraçando e depois soltou uma gargalhada.
- Do que você está rindo?
- A gente se conhece há 1 ano quase e você ainda trabalha na locadora da esquina – disse zuando a garota.
- Seu-sem-graça! – ela deu um tapa no ombro dele – mas agora eu sou a gerente! – falou como se fosse grande coisa.
- Úúúúh, gerente! Minha namorada é gerente de uma locadora! – ele zombou mais ainda. Mas a parte da brincadeira, ela não ouviu. Fixou sua mente apenas na palavra namorada.
- Namorada? – ela sorriu pra ele.
- É! Não é? – ele fez cara de confuso.
- É! É sim! Namorada! – ela sorriu mais ainda.
- Éi, você mudou de assunto.
- Hã? – agora ela estava confusa.
- Minha namorada é gerente de uma locadora! – ele falou alto dando uma gargalhada.
também riu, apesar de toda a brincadeira, eles agora namoravam oficialmente, se é que existe namoro oficial, e por mais estranho que tenha sido esse pedido de namoro... Bom, foi perfeito de qualquer jeito.
e estavam sentados na sala, mudando os canais da televisão, procurando alguma coisa naquela manhã, quase tarde, de segunda.
- Amor?
- Sim.
- Eu vou pro Brasil na semana que vem.
- O que? Como assim semana que vem?
- É aniversario de 15 anos da minha irmã, e no Brasil essa data é importante, a gente faz uma festa ótima. Ontem a noite minha mãe me ligou me intimando a ir. – sorriu – e eu vou.
- Mas e eu? – fez uma cara de cachorro abandonado.
- Você vai ficar bem. Eu só vou ficar uma ou duas semanas.
- Então eu vou com você!
- Ah, vai! E quem vai te substituir na banda?
- A , ué, o já ensinou ela a tocar guitarra e a voz dela até que é legalzinha. – ele falou aquilo, mas se arrependeu no mesmo instante. Ela e ainda não estavam se falando. Mesmo depois desse 1 mês, elas ainda tinham fixa a idéia de que uma humilhou e xingou demais a outra. E o orgulho não as deixava mudar essa opinião.
- Ela sabe, é?! – falou sem interesse algum.
- É, sabe! Mas vamos mudar de assunto! É melhor! – e resolveram não se meter nesse assunto delas. Elas até que conviviam bem quando tinha uma festa, se cumprimentavam mas não passava disso. Elas não eram de fazer escândalos. – então, que dia que você vai?
- Segunda que vem.
*
A semana seguinte até que passou bem rápido. Ela se despediu de em casa, não queria que ele fosse até o aeroporto por causa dos repórteres, mesmo com muitos óculos, bonés e roupas, ele ainda seria reconhecido. Deu um longo beijo no garoto e pediu pra que ele desse um beijo nos outros. Ele assentiu e ficou observando a garota partir de dentro do táxi.
*
foi buscar no prédio da multinacional no qual ela fazia estágio, ela ficou surpresa, mas adorou. Ele a recebeu com um lindo buquê de rosas vermelhas, o que fez a garota desconfiar da atitude dele. Mas não falou nada, queria ver aonde ia dar.
- Pra onde nós vamos?
- Você vai ver!
Ele foi guiando o carro até parar na porta da The End.
- O que nós estamos fazendo aqui? Ta cedo! E ainda não tem ninguém, !
- Eu sei, por isso mesmo que nós viemos pra cá. – sorriu. – vem. – ele a puxou pela mão para dentro da boate.
E sim, ela estava completamente vazia, a não ser pelo Dj. e ele se encararam e o menino fez um sinal com as mãos. As primeiras notas de Like a star – Corine Baley Rae começaram a tocar. abraçou a garota, a puxou para o meio do salão e começou a dançar junto com ela.
- Eu nunca acreditei muito nessas coisas, – ele começou – sabe? Tudo isso que dizem quando a gente gosta de verdade de uma pessoa. Pernas tremendo, mãos suando, tonteira, borboletas no estômago – sorriu – mas quando eu conheci você, ali, naquele balcão, eu comecei a acreditar em todas as histórias que meu avô me contava sobre amor. Sobre como ele e a vovó se conheceram e ficaram juntos até a morte os separarem. E todo esse tempo com você, todo esse tempo que estamos juntos, me fez perceber que você é a pessoa com quem eu quero ficar pra sempre. Mas não até a morte nos separar. Porque nós sabemos que a morte só separa os corpos, e tudo que eu sinto por você não está em nenhum pedaço do meu corpo, está sim unido em toda a minha alma. – ele respirou fundo, parando de dançar e olhando bem nos olhos de , que ouvia tudo com muita atenção, se ajoelhou e tirou uma pequena caixinha azul-marinho do bolso, revelando um anel com uma pedra que brilhava bastante – , você aceita se casar comigo?
sorria, tremia e chorava ao mesmo tempo. Era um misto incrível de sensações que ela nunca tinha sentido. Ela amava aquele garoto com todas as forças dela, e um pedido como aquele era tudo que ela sempre quis. Não teve outra palavra a dizer, a não ser:
- Aceito! – ela pôde sentir o doce toque das mãos dele colocando o anel em seu dedo anelar. Ele fez tudo com muita calma, se levantou e beijou a garota. Um beijo com sabor diferente. a pegou pela cintura e a rodou no ar, enquanto se ouvia as notas finais da música.
*
já havia chegado no Brasil e a festa já havia acontecido. Tinha sido ótima, e agora, dois dias depois, ela descansava em seu antigo quarto. Mexia em papéis e coisas antigas; quando achou um cartão de doadora de sangue. Desde criança ela sempre quis doar sangue, achava legal poder ajudar a salvar vidas. Sem pensar duas vezes, ela o pegou e foi ao hospital.
- Oi, eu queria doar sangue. – falou a recepcionista.
- Você já tem carteirinha?
- Sim, mas faz muito tempo que eu não dôo.
- Ah, claro. É só ir até ao quarto 9, mostrar a carteirinha e eles vão fazer um rápido exame pra saber se você está apta a doar.
- Okaay, obrigada! – foi se dirigindo para o quarto nove, onde encontrou uma enfermeira. Fez o que a recepcionista falou e em pouco tempo já estava de volta ao balcão, aguardando o resultado.
- Senhora ? – , que estava de costas, se virou de frente para uma médica que estava com o resultado de seu exame.
- Sim, sou eu! Então, eu posso doar? – sorriu.
- Na verdade, não.
- Não?
*
saiu do hospital desnorteada, não sabia com quem conversar, andava igual a uma louca empurrando algumas pessoas pela rua. Resolveu ligar para quem, apesar de tanto tempo, ainda a entenderia. Discou alguns números.
- ?
- ? É você? Porque você foi pro Brasil e não me avisou... - não parava de falar.
- ... - tentou falar de novo.
- Eu sei que é aniversario da sua irmã, ela tinha me convidado e eu planejava te ligar e ir com você, pedir desculpas...
- ...
- Nós deixamos nossa amizade acabar por causa de uma briguinha besta...
- , eu to grávida!
Ouviu-se apenas o silêncio.
FIM.
n/a Lah: acaboooou : ) calma, não se desesperem, acabou a primeira parte.
É isso mesmo meninas, decidi acabar aqui pra ficar um ar de super suspense. Úuh.. rs
Mas então, acho que devo animá-las informando que a segunda parte já esta no capitulo 10 O//
E sim, ela esta cheia de surpresas e encontros... xD
Nãao, não me matem, por favor.
Prometo que a segunda parte vai ser mais legal, até porque, já vou pra minha quinta fic, e a gente acaba ganhando experiência... –falou a pessoa mais experiente do mundo-.
Aah, sobre a quinta Fic, vou começar a mandá-la, vai ficar em andamento também, e bem, se vocês quiserem dar uma olhadinha... Ela esta bem legal. É uma parceria minha com a minha super amiga Maah.
(tenho certeza que quando ela ler isso vai se sentir uma super-heroina. HAUIEHOIEU)
Já estava esquecendo, o nome da outra fic é: Am I too much for you? – McFLY/Andamento.
Então é isso meninas, obrigada a todas que leram, gostaram, comentaram e recomendaram a minha fic.
Agradeço de coração. As vezes quando eu to meio pra baixo, eu venho aqui só pra ler os coments e já me sinto super bem, sério.
Obrigada a minha amigona Miih, -paaarceira- que escreveu comigo, obrigada ao Danny, Dougie, Harry e Tom por me inspirarem, obrigado, obrigado, obrigado. xD
Amo vocês, bjones.
Leiam minhas outras fics:
- Am I too much for you? – McFLY/Andamento – Lah e Maah.
- Our Hot Neighbors – McFLY/Finalizada – Lah, Maah e Mel.
- You are my favorited! – McFLY/Finalizada – Lah.
n/a Miih: Hellooo, people ! É o fim * chora *, por enquanto! Então como a Lah falou, segunda parte vem aii moçadaa! So queira agradecer a mamãe, papai... pksoaksoas. Brincadeira; Sério, agradecer a Laiiiza, este ser que briga comigo o tempo todo (mentira, te amo), a Larissa, porque eu falei que o nome dela estaria aqui, Maah, que graças a Laiza e ao MCFLY, a gente é amiguiiiinhas; e claro, à quem não poderia faltar, ao meu muso: Tom Fletcher, sem ele não haveria inspiração.
Bom, essa foi a minha primeira fiic, espero que tenham gostado, e como um jovem sábio (Harry Judd) disse uma vez: 'it's the end of the beginning'.