O frio estava cruel naquela tarde de sábado. entrou em casa e rapidamente fechou a porta. O calor do aquecedor agiu instantaneamente em seu corpo, aquecendo-o rápido. O menino tinha um sorriso débil nos lábios, via-se perfeitamente a felicidade estampada em seu rosto.
Assim que seu corpo acostumou-se com a temperatura, ele pôde perceber um som – bastante alto – vindo da cozinha.
O menino arqueou uma de suas sobrancelhas arqueadas, deixou sua carteira em cima da mesinha de centro, e o casaco no sofá, e tentando não fazer barulho, se aproximava da cozinha, que era de onde parecia vir o som.
Não demorou para que ele descobrisse que música que era, I Write Sins Not Tragedies do Panic! At the Disco, e não demorou para ele ouvir a voz da namorada cantando – quase que aos berros – a música.
riu sozinho, encostando-se no batente da porta da cozinha, olhando-a cantar de olhos fechados, e fazendo qualquer coisa no fogão. A menina ainda estava com sua calça xadrez que usava para dormir, e sua blusinha regata. sorriu ainda mais quando viu a barriga da menina, já bastante a mostra.
Para qualquer outra pessoa, a barriga de estava praticamente normal: como a de alguém que vive de refrigerantes e fast-foods, por isso, um pouco saliente.
Já para , a barriga dela ganhava um centímetro novo todos os dias. Era seu filho que ganhava tamanho, e queria mostrar isso pra ele.
- Ouch, ! – Reclamou , quando virou-se e viu o namorado olhando-a sorrindo.
- Pode continuar! – Ele pediu rindo, fazendo sinal com a mão. – Você é bem melhor que o Brendon Urie!
fez careta, e virou as costas para o namorado, voltando a mexer algo no fogão.
sorriu e aproximou-se da menina, olhando o que ela fazia. Tinha um cheiro realmente bom.
- Desde quando você cozinha? – Perguntou, tirando uma com a cara da namorada.
- Desde quando eu assisti aquele programa de culinária, e vi um doce do Brasil... – comentou, ainda mexendo aquela coisa marrom – Brigadeiro.
- Brigadeiro... – repetiu – Parece bom.
- Também acho. – Concordou , desligando o fogão e pegando um pouco do doce com uma colher pequena. Ela o assoprou e deu na boca do namorado – Experimenta.
sorriu e comeu um pouco do doce, que a namorada lhe dava na boca.
Apesar de estar quente, era bom, realmente bom.
- Uau. – Foi o que disse.
sorriu.
- É, é bom mesmo! – Concordou, tirando a panela do fogão, e deixando-a na pia – Deixe esfriar, e depois comemos.
assentiu com a cabeça. Agora ele sorria mais ainda.
- O que houve? – perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas.
O menino pegou na mão da namorada, e a guiou para a sala. Não tinha nada ali, não entendeu todo aquele suspense.
mexeu no casaco que estava ainda em cima do sofá, e do bolso interno, pegou algo que parecia...
- Um Cd? – perguntou.
abriu um enorme sorriso, e mostrou a capa do Cd.
- AH MEU DEUS! – Foi o que a menina gritou, ao ver a foto de , , e , e as letras formando a palavra ‘McFly’.
pulou no colo de que a segurou com força, girando-a.
- Não é o máximo? Quer dizer, finalmente o Cd ficou pronto! – comentou sorridente e feliz.
- Isso é maravilhoso, amor! – disse sincera.
- Vem, vem ouvir! – chamou sorridente, pegando na mão da menina, colocando-a no sofá.
foi até o aparelho de som, e colocou o Cd, aumentando o volume.
O ‘Doo doo do do doo’ cantado pelos meninos do McFly preencheu a sala silenciosa, e ouvia com um sorriso exagerado nos lábios. Ela realmente ficava feliz por .
também estava feliz, via-se claramente nos olhos dele.
Quando a música chegou ao fim, olhou o encarte do Cd. Sorriu ao ver a foto da capa, sorriu ao ver os agradecimentos...
- Met this girl? – perguntou ao ler a letra da música.
- nos surpreendendo com sua capacidade de compositor! – explicou ainda com seu sorriso idiota no rosto.
procurou uma música em especial no encarte, mas não a achou.
- E I've got you? – Perguntou, um pouco decepcionada.
- Deixamos para um próximo Cd, ela é muito boa, por isso, será como um atrativo para o próximo Cd, entende? Nesse aqui, temos a Five Colours, e...
- Get Over You... – comentou.
O sorriso de murchou um pouco.
- Get over you. – Repetiu o menino. – Você tem uma música, nesse Cd! – disse, com um ar um pouco cínico.
odiava quando era cínico, ou quando achava que o fato de ainda gostar dela, fosse culpa dela.
- , não começa... – Pediu a menina.
deu de ombros, e sorriu.
- Eu estou realmente feliz! Em breve começaremos a fazer shows, sabe, não em bares, em estádios, auditórios de verdade! – O menino contava sorridente.
- Eu sei disso! – disse sorrindo, abraçando o menino pelos ombros – E eu fico realmente feliz pelo seu sucesso, vocês merecem mais do que qualquer outra pessoa! – Disse verdadeiramente.
- Sabe ... – O menino a colocou em seu colo – Eu nem precisava disso tudo pra ser feliz, quer dizer, a única coisa que eu precisava, era você! E eu tenho! – Sorriu – Tudo o que eu preciso, é você!
sorriu, e abraçou o namorado com força.
- Eu também! – A menina disse, e não demorou para puxa-la para um beijo.
Conforme eles beijavam-se, o menino empurrava-a delicadamente no sofá, deitando-a.
As mãos de já estavam por debaixo da camisa do menino, e as dele, passeavam livremente pelas pernas dela.
Era algo incrível, o desejo que um tinha pelo outro. Era algo que não acabava, algo que aumentava a cada vez que eles se tocavam.
sem demoras, tirou a blusa da menina, e beijou a barriga dela, provocando arrepios já conhecidos.
Ele conhecia cada reação, cada centímetro do corpo da namorada. Sabia que se mordesse seu pescoço, soltaria um gemidinho, sabia que se beijasse sua orelha, ela arrepiaria; ele amava descobrir cada nova reação nela, era como se o divertisse.
O menino descia a calça da menina, quando ambos ouviram o barulho da campainha.
deslizou para o lado da menina e bufou.
- Quem é o infeliz? – Perguntou, visivelmente irritado.
, apesar de desapontada, não pôde deixar de achar a situação cômica.
- Deve ser o , ou o ... – disse, ficando de pé.
jogou a blusa dela, e fez uma careta.
- Dá pra você se trocar antes de abrir a porta? Você já era gostosa, agora que ta grávida, olha o tamanho dos seus peitos! – disse, tentando ser sério, mas com um sorriso tarado.
riu e jogou uma almofada no namorado.
- Idiota. – Deu a língua.
- Foi quem comentou primeiro... – disse levantando-se, e indo em direção a porta – Quase o arrebentei quando ele disse isso!
riu, e vestiu sua blusa, voltando a sentar no sofá.
abriu a porta, e , e estava parados e sorridentes na porta. não sorriu do mesmo jeito. Hey, ele estava com a antes de ser interrompido pelos quatro marmanjos!
- Não morre mais, ! – disse de um jeito mal-humorado, e riu.
- Você já viu ? – fingiu que não existia, e perguntou à amiga, com os olhos brilhantes.
sorriu e assentiu com a cabeça.
- O Cd ficou realmente bom! – Disse sincera.
- Jura? – Dessa vez, foi quem perguntou.
- Sim! – Repetiu a menina sorrindo – Aliás, vocês vão ficar parados aí na porta? Entrem... – Deu espaço para que os garotos entrassem.
entrou rapidamente, deu um abraço apertado na irmã, e a olhou sorrindo de lado.
sorriu da mesma forma para o garoto, e fez sinal para que ele entrasse.
- Que cheiro é esse? – perguntou, indo em direção a cozinha.
olhou o namorado, e riu.
- Nem vem , isso é meu e da ! – disse, indo atrás do amigo.
sentou-se no sofá ao lado de , e sentou-se no braço.
- O que é de vocês, é nosso! – disse rindo, chegando a sala com o prato de brigadeiro – Aonde está a hospitalidade?
- Junto com seus modos. – disse, não evitando sorrir.
Quando estava com os amigos, seu mau-humor ia embora fácil.
- Hei, isso cheira bem! – disse, pegando uma colher na cozinha, e voltando a ponto de comer com .
- Uau, isso é bom! – disse com cara de africano faminto, depois de provar o doce.
- Também, quem fez? – Gabou-se a menina.
- Quando namorávamos, você não costumava cozinhar! – disse detraído, enquanto comia.
ficou em silêncio, assim como o restante da sala. corou levemente, e percebeu.
Aquilo não o deixou muito alegre.
- É que agora, eu sou quase uma mulher casada! – disse, acabando com o silêncio um tanto quanto constrangedor – Tenho que aprender!
- Hei , já decidiram os nomes? – perguntou, olhando a barriga da irmã.
olhou para , que deu de ombros rindo.
- Não chegamos em um acordo ainda... – O menino riu – Eu detestei as opções dela...
- E eu, idem! – Interrompeu a menina.
riu, enquanto e disputavam a socos, o restante do brigadeiro.
nunca percebeu que fosse tão infantil... Ela gostou de descobrir isso.
- E padrinhos? – Perguntou o menino, ligando o som, e deixando o Cd do McFly tocando.
Tocava agora Surfer Babe.
olhou para , que riu.
- Ainda não decidimos... – Assumiu.
- Óbvio que serei eu! – disse confiante, levantando-se e esticando o corpo, como se estivesse fazendo um aquecimento – Eu sou o irmão da , e além do mais, o mais bonito e talentoso dentre os três!
- Nem vem! Eu sou bem mais bonito que você! – disse, deixando o prato com e entrando na conversa.
ficou olhando ... Então, ele também queria ser padrinho do seu filho?
colocou o prato – agora sem brigadeiro – na cozinha, e voltou a sala, ainda em silêncio.
- Eu tive uma idéia! – disse sorrindo. Ela também era infantil – Tipo, ainda não sabemos o sexo do bebê, então, eu acho uma maneira mais divertida de escolhermos os padrinhos... Ou melhor, o padrinho, já que a madrinha é a !
- Pelo menos isso... – disse dando de ombros fazendo uma careta.
Ele não gostou muito do fato de ter que competir ser padrinho do seu sobrinho.
- Vamos fazer o seguinte, quem acertar o sexo do bebê, será padrinho! – disse sorrindo, enquanto abaixava o volume, ao sentir uma vibração no chão: era a maldita vizinha com sua maldita vassoura, no andar debaixo.
- amor... – começou – Sabe, somos em três, e até aonde eu sei, existem apenas DOIS sexos, entende? – O menino disse fingindo seriedade.
começou a rir.
- Sem graça... – Disse a menina, dando de ombros.
- Não querendo fazer desfeita, mas acho melhor vocês dois disputarem isso... – finalmente se pronunciou – Não por nada mas... Ah, vocês entendem!
olhou o menino, claro que ela entendia. Era realmente estranho ser padrinho do filho da garota que ama.
colocou a mão no joelho de e sorriu.
- Entendemos ! – Disse sincera.
sorriu agradecido e mexeu no cabelo da menina.
não achou ruim. Quer dizer, ele era bastante e ciumento e tal, mas ele confiava em .
Tinha que confiar.
- Então, eu acho que será um menino! – disse certo.
- Eu também! – disse, fechando o punho – Pode mudar!
- Não mesmo! Eu disse primeiro! – disse rolando os olhos – Deixe de ser possessivo, !
, e apenas riam da cena.
- Então tá... – deu-se por vencido – Eu acho que será uma menina!
ia dizer algo, quando o celular de começou a tocar. Ele fez sinal de que ia atender, e saiu da sala.
A menina não gostou muito disso, nunca atendia ligações longe dela...
Aquilo foi estranho.
Tirando tais pensamentos da cabeça, sorriu.
- Certo! e eu queríamos surpresa, mas já que está apostado, depois da minha formatura, eu faço a ultra-sonografia e veremos! – Ela disse sorrindo.
- Eu vou ser padrinho, cara! – disse confiante e feliz.
Seus olhos brilharam, e achou isso extremamente fofo.
- Nem vem, serei eu! – disse mais confiante do que .
- Eles são duas crianças... – comentou rindo.
- E eu não sei? – disse, enquanto tentava ver . O menino atendia na cozinha.
percebeu que estava curiosa.
- Vai até lá... – Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Não... Eu não sou ciumenta nem nada... – mentiu. No momento ela estava sim com ciúmes. Não com ciúmes, mas curiosa...
Realmente curiosa...
- Você não precisa ser ciumenta pra sentir-se curiosa... Vai lá, pega um copo de água, não sei... – incentivou.
assentiu com a cabeça. Ela iria apenas beber água.
Enquanto e discutiam, a menina saiu do sofá e foi até a cozinha.
não conversava, ele estava sentado na bancada, segurando o celular com força e olhando-o com certa raiva.
ficou esperando um pouco, pra ver se ele falava algo, já que a alguns dias, ele andava recebendo vários telefonemas, que ele dizia serem a trabalho.
A menina entrou na cozinha, e sorriu sem graça para a mesma.
foi até o filtro e encheu um copo de água.
- Quem é? – Perguntou, vendo o namorado através do copo.
- Ah... Eh... – Gaguejava – Uma mensagem do empresário...
- Te ligando em pleno sábado? – Perguntou mais uma vez, agora bebendo sua água.
- , estamos em lançamento de Cd, ele não se importaria com dia ou horário, não acha? – O menino respondeu, começando a andar.
- E por que ele ligou apenas pra você? – perguntou, indo atrás do namorado.
rolou os olhos e virou-se pra .
- , o que foi hein? Deu pra interrogatórios agora? Você nunca foi assim...
respirou fundo.
- Desculpa... – Disse olhando pra baixo.
assentiu com a cabeça, deu um selinho na namorada, e voltaram para a sala novamente.
sentou-se no braço do sofá, e os meninos iniciaram qualquer assunto que ela não estava prestando atenção... Por algum motivo, aquela ligação de tinha deixado-a um tanto intrigada.
Distraindo-se de tais pensamentos, voltou sua atenção para os garotos. Mal percebeu se deu o tal recado do empresário, ou não...
Sorriu. Tinha que confiar em , ele era seu marido. Bem, não era marido, mas já como se fosse.
- Então vamos sair hoje? – propôs.
andava tão saidinho...
- Saída de casal? – Perguntou sorridente, com os olhos brilhando.
É, era um romântico, embora nem ele mesmo soubesse disso.
- Ah, pode ser! – respondeu sorrindo, enquanto olhava qualquer ponto fixo na parede, e se divertia com o fio do telefone.
- A Olívia vai? – perguntou, não escondendo seu tom de hostilidade.
sorriu amarelo.
- Hm... Ela é minha namorada, . E se vamos sair em casais...
- Ótimo, não vamos! – disse breve, e pareceu acordar para o assunto.
- Hei! Pedir minha opinião é legal, ! – disse, com um tom que parecia ser bravo. Onde estava o romântico e pervertido, de instantes atrás?
Só podia ser a tal mensagem...
- Ah , se a Olívia for, eu não vou... – disse firme – Desculpa , é algo extremamente pessoal com ela, não com você! – Disse dando um sorriso de lado.
riu e balançou negativamente a cabeça.
porém continuou com a cara fechada.
- Vamos sim! Qual é , você não é mais criança! Chega dessa coisa ridícula de rinchas entre garotas do ensino médio! – disse rápido, e todos se calaram ao ouvi-lo.
É... Onde estava o gentil, de minutos atrás?
ficou um tanto quanto surpresa pela resposta, e pelo comportamento do namorado. Ela simplesmente abriu a boca e deixou que as primeiras palavras que passassem pela sua cabeça, saíssem:
- Tudo bem... – Disse, ainda surpresa.
olhou de um jeito não muito amigável, e percebeu.
- Então, eu acho bom deixarmos para outro dia, que tal um filme na casa do... ? Só nós, homens? – sugeriu, na intenção de quebrar aquele maldito silêncio constrangedor que tinha se instalado.
- Não , vamos sair em casais. Está decidido! – disse ainda sério.
- Hei , calminha! – se pronunciou finalmente – Pra que tanta agressividade? – Perguntou, com a cara fechada.
- , deixa! – forçou um sorriso e colocou a mão no ombro do namorado – só está um pouquinho cansado e... Bem, vocês chegaram em má hora... – Ela disse sorrindo de lado.
deu um sorriso pervertido, e e fizeram uma careta.
Nenhum dos dois gostavam de imaginar naquele estado com .
- Bom, já que está decidido, vou falar com a ... – disse, ficando de pé – Ponto de encontro?
- Aqui mesmo... – disse, também de pé.
- Então fechou! Katie vai querer ir, ela ama sair! – disse, já se dirigindo a porta.
Os outros riram, e acenou, saindo do apartamento. abraçou com força, e deu um beijo na sua testa.
ficou parado, e esperou que se despedisse da irmã. também saiu do apartamento e começou a conversar com .
O garoto chegou perto da ex-namorada, e colocou sua mão em seu ombro.
- Se você não quiser, eu não levo a Olívia, eu invento alguma coisa... – Disse o menino, sussurrando.
sorriu abertamente, e sentiu uma enorme vontade de pular no pescoço de .
- Não , seria tremendo egoísmo da minha parte! – assumiu – Leve-a sim! Como disse, está na hora de eu deixar essa coisa de rincha de lado!
sorriu e assentiu com a cabeça.
- Você quem sabe!
assentiu com a cabeça também, e deu um beijo no polegar de , que riu, e beijou a palma de sua mão.
O menino riu, e saiu do apartamento, despedindo-se de , por fim.
fechou a porta atrás de si, e continuou com a cara amarga.
- por que... – começou, mas a interrompeu.
- Já são quase seis horas, vou tomar um banho... – Disse, dando as costas e indo em direção ao banheiro.
ficou parada na sala, sozinha.
Sentiu os olhos arderem. Por que raios estava agindo daquele jeito?
Ela ouviu o barulho do chuveiro, no banheiro, e foi para o quarto escolher alguma roupa.
Apesar de não estar em seu melhor estado de espírito, e sem nenhuma vontade de sair, ela iria linda e fingiria estar animadíssima.
Quem sabe com isso, não voltava com seu bom humor...
Capítulo 30: Tears Don't Fall;
Agora ela penteava os cabelos, enquanto já dava leves borrifadas de seu perfume, em seu pescoço.
não pôde não sorrir ao ver como estava vestido, aquela calça jeans, a camisa branca com os primeiros botões abertos, o all star de couro também branco, e o cabelo daquele jeito desarrumado que ela tanto gostava.
Olhou para si mesma, e viu a saliência em que já encontrava sua barriga por debaixo daquela blusa de frio branca, e o enorme casaco preto (que marcava bem sua cintura) que usava por cima. Estava com uma calça skinny e um par de botas camurças alaranjadas – folk está na moda! - Colocou um cachecol vermelho que combinava com suas botas, e pegou a sua pequena bolsa Prada.
Ela estava perfeitamente linda, mesmo não sabendo para onde iriam.
- Aonde vamos? – Decidiu por perguntar.
deu mais uma olhada em seu espelho, e mais uma ajeitada em seu cabelo.
- Ainda não sabemos. Quando eles chegarem, decidiremos. – disse, ainda olhando-se no espelho.
respirou fundo, indo até . A menina sentou-se na cama, e suspirou.
- O que aconteceu, ? - Perguntou a menina, com a voz um pouco embargada, tamanho era seu desânimo. Em uma situação normal, a abraçaria por trás, diria que ela estava linda, e tentaria adiar o compromisso apenas para transarem naquele momento.
Mas não, estava frio. Parecia aquele de anos atrás, o qual apenas ‘tirava’ , e sempre tentava faze-la sentir-se mal.
- Nada. – Ele disse ainda sem olhar a namorada.
- Está acontecendo alguma coisa sim, ! – Ela disse decidida – Qual é o motivo para você me tratar dessa forma, com tamanha frieza?! – Perguntou com os olhos querendo começar a lacrimejar.
Maldita gravidez que a deixava ainda mais sensível.
- Esse é o problema, ! Você vê coisas aonde não tem! – Ele disse, virando-se finalmente para a namorada.
Ele sentiu vontade de elogia-la, claro que sentiu. Mas não o faria, queria estar sério – pelo menos durante essa conversa.
- Ah claro, achei que esse era o seu papel, afinal, não sou eu que o vejo me traindo com sua ex-namorada! – Ela disse firme. Aquele cinismo de estava irritando-a profundamente.
deu um riso sarcástico.
- Eu tenho meus motivos, ! – Disse o menino sério, indo para a sala.
respirou fundo, e o seguiu.
- , eu não vou ficar aqui, levando patadas suas, por alguma coisa que eu fiz, que eu nem sei o que é! – disse séria, apontando o dedo para . Mais uma vez seus olhos encheram-se de lágrimas, mas não, ela não iria deixar aquelas malditas lágrimas caírem – E não venha me dizendo que é o , porque eu não fiz nada demais com ele, eu mantenho distância dele, se quer saber!
- Claro, eu vejo realmente a distância de vocês! – disse rolando os olhos – Mas não , não tem nada a ver com ... Hoje eu percebi que... – O menino respirou fundo.
esperou que ele continuasse.
- Hoje eu percebi o quanto estamos desperdiçando nossas vidas. – Ele disse por fim, e sentiu aquelas palavras como lanças em seu peito. Estragando nossas vidas?
- Co-como assim? – Perguntou a menina, com a voz novamente embargada.
levou as mãos a cabeça, olhou para o teto e respirou fundo.
- , olha pra você! – Apontou – Você tinha tudo pra continuar sendo aquela espécie de ‘top de colégio’ Rainha do Baile, ou qualquer outra coisa fútil que você tanto amava... Seus dias não seriam enfurnada nessa casa assistindo televisão, ou simplesmente comendo qualquer besteira com a , você estaria em um shopping gastando o máximo de dinheiro que conseguisse, e nunca, nunca precisaria trabalhar, ! – disse sério. – Você passa mais tempo naquele maldito estúdio, do que aqui em casa!
- , tudo isso não aconteceu porque eu planejei ou quis! – disse sincera, após um tempo absorvendo aquelas palavras – E se eu mudei, foi porque estava na hora de amadurecer...
- Eu te forcei a amadurecer rápido. Amadurecer, algo que nem eu consigo! – Interrompeu o menino.
- Que seja , já discutimos isso diversas vezes! – disse rápido – É esse o motivo desse tratamento indiferente?
respirou fundo.
- Eu estou confuso . – Assumiu.
sorriu irônica.
- Confuso? Há horas atrás, quando estávamos quase nos comendo nesse sofá – Apontou – Você não parecia confuso, você me parecia bem certo, se quer saber! – Ela dizia rápido, ainda com os olhos brilhantes pelas lágrimas – Há horas atrás, você estava fazendo declarações e declarações... Qual é o seu problema?! – Ela disse alto a ultima frase.
respirou fundo.
Ele abriu a boca pra responder, mas foi interrompido pela campainha.
- Chegaram. – Disse o menino, por fim.
- Ótimo, diga a eles que eu não vou! – disse, indo para o quarto.
- , não começa com infantilidade... – disse da porta.
Ouviu o barulho da porta do quarto sendo batida com força, e rolou os olhos, abrindo a porta do apartamento e dando de cara com e Olívia.
vestia uma calça simples, all star tradicional, uma camiseta da Coca-Cola e o cabelo jogado. Olívia estava sorridente, vestindo uma calça comprida, um vestido bem curto por cima da calça, e cachecol, já que ainda estava fresco.
- Hei! – cumprimentou, acenando discretamente.
simplesmente deu espaço para que o casal entrasse.
- , como vai? – Olívia perguntou com sua voz irritante, beijando cada uma das bochechas de .
- Indo... – Respondeu sorrindo – E vocês, casal?
- Melhores, impossível! – Interrompeu a garota, com seu sorriso exagerado.
simplesmente assentiu com a cabeça.
- Fomos os primeiros a chegar? – Perguntou o garoto, esticando-se para ver algo na cozinha.
- Sim. – respondeu simplesmente, sentando-se no sofá.
- E a , ainda se arrumando? – tornou a perguntar, sentando ao lado de , enquanto Olívia já enchia uma pequena tacinha de licor que tinha no bar.
- Não. – disse simplesmente, olhando Olívia servir mais duas tacinhas – Brigamos.
fez um barulho estranho com a boca.
- Mais uma vez? – Perguntou.
- É, mais uma vez! – respondeu sério, pegando agora a tacinha estendida por Olívia. A menina sentou-se ao lado de , e bebeu seu licor.
- A não vai mais? – Perguntou Olívia com um sorriso de lado.
- Não sei. Se ela não for, vou eu sozinho! – disse sério, bebendo seu licor.
Agora foi Olívia quem sorriu.
- Eu... Posso falar com ela? – Pediu .
Olívia e olharam para um tanto quanto surpresos. Ambos tinham ciúmes dele com , e a situação: e em um quarto conversando, não os agradavam.
- Er... – começou, mas Olívia tomou a frente.
- Vai amor! Coloque algo na cabeça daquela garota! – Ela disse, colocando a mão no ombro de – e eu ficaremos aqui esperando-os.
olhou a menina, e respirou fundo, assentindo com a cabeça.
sorriu de lado, colocou as mãos dentro dos bolsos da calça, indo em direção ao quarto.
Ele já não estava mais a vista nem de nem de Olívia, então suspirou e disse baixinho, perto da porta.
- , abre pra mim... – Pediu.
Não obteve resposta.
- , por favor... Eu só quero conversar com você... – tornou a pedir.
Ele ouviu passos dentro do quarto e abriu a porta.
Ela não tinha lágrimas nos olhos, nem o rosto amassado. Ela estava perfeitamente normal, mas com uma seriedade desconhecida.
Sem dizer nada, entrou no quarto e fechou a porta atrás de si.
sentou-se na cama, e a seu lado, colocando a mão no joelho da menina.
- O que foi? – Perguntou.
respirou fundo.
- Você viu o jeito que ele está me tratando, não viu? – Ela disse olhando para qualquer ponto fixo na parede – Eu juro que não sei o que fiz , ele está citando motivos para... – A menina não conseguiu terminar a frase.
- Terminar? – a completou.
simplesmente assentiu com a cabeça.
abraçou a garota pelos ombros e sentiu as lágrimas mais uma vez, pedindo para sair.
Não, elas não iriam cair.
- Eu não acho que queira realmente isso, ... – dizia, enquanto apertava entre seus braços. Ele a abraçava com força, não queria deixa-la sair – Ele não seria louco e... Apesar dele estar estranho, ele ama você, menina! Conhecemos , seu humor muda com facilidade e...
- Não foi o humor dele... Ele ficou estranho depois daquela ligação! – disse, agora com a voz sufocada, já que ela afundava seu rosto no peito de .
- Não ... Foi só uma coincidência... – dizia.
simplesmente ficou quieta e respirou fundo.
- Eu amo tanto ele, ... – disse por impulso, e sorriu de lado.
- Eu sei disso ! Acho que sei disso mais do que todo mundo... – O menino disse sorrindo e fazendo carinho na cabeça da menina – Você não pode simplesmente deixar que esse mal entendido, esse comportamento do , estrague o seu namoro! – Agora o menino colocou a mão na barriga de – E em breve, terão uma coisinha remelenta andando por aí... – riu ao ouvir aquilo – Conversem ! E ah, você vai sair conosco hoje sim! Eu quero que você se divirta um pouco!
- Eu não estou com meu melhor espírito... – Assumiu a menina.
- Mas vai... – Ele sorriu – Por mim?
olhou para os olhinhos de , que tinham aquele brilho inocente que ela tanto amava nele.
Impossível contestar algo, olhando para .
- Ok... – Ela disse sorrindo.
Com esforço, soltou-se do abraço de , e ficou de pé.
- Vou lá na sala, dizer que a convenci. Se quiser me acompanhar...
- Não, vou retocar a maquiagem... – disse sorrindo de lado – Obrigada!
sorriu e mandou um beijinho pra menina, saindo do quarto em seguida.
Ele amava , e ficava feliz com a felicidade da menina.
Fechou a porta, e voltou à sala, onde Olívia e conversavam animadamente enquanto conversavam.
sentou-se no braço do sofá ao lado de Olívia, e sorriu.
- Ela vai! – disse aos presentes.
Olívia fez uma careta, e ficou com a mesma expressão passível.
- Uau , seu poder de persuasão é bom! – Elogiou , com uma ponta de cinismo, que resolveu ignorar.
Ouviram a campainha e simplesmente gritou ‘Entra’.
e a menina do cabelo azul entraram na sala, juntamente com e .
- Ouch, que cheiro horrível de perfume barato! – disse assim que entrou na sala, e bateu o olho em Olívia.
segurou um riso ao ver a expressão da namorada.
- Hei ! – disse, antes que sua namorada desse um ataque.
- ! – cumprimentou, ainda pendurado na cintura da namorada.
Sim, Katie e namoravam. Depois daquela musica, a garota não teve coragem de recusar.
E beijar não era uma tarefa nada difícil.
- Cadê a ? – Perguntou , ao ver que sua irmã não estava entre as pessoas.
- No quarto. – respondeu sem emoção.
sentou-se no meio dos amigos, e foi até o quarto da amiga.
Ela entrava, quando saía, de modo que as duas trombaram, batendo uma a cara na outra.
- ! – disse rindo, enquanto massageava a testa.
- ! – disse do mesmo jeito, e fazendo a mesma coisa.
As duas riram, e pararam de repente.
- Estava se arrumando até agora? – Perguntou .
entortou a boca.
- Não, briguei com ... – Disse.
- De novo? – perguntou com uma expressão cansada – , vocês só brigam ultimamente e... Isso não é bom!
- Eu sei... – disse – Mas ele começou a agir estranho comigo e...
- Meninas, vão demorar muito ou querem que decidamos para onde iremos? – Ouviram dizer da sala, e puxou .
- Não mesmo, já estamos aqui! – disse, assim que chegaram a sala.
deu um sorrisinho ao ver .
- Eu não disse que os peitos da estão enormes? Ela está mais hot do que nunca! – Disse rindo, e levou um tapa da namorada – Hei amor, estou dizendo por dizer, você sabe que é a minha estrela mais linda...
e fizeram uma careta ao ouvir as ultimas palavras de .
continuava sério.
- Então, eu pensei que poderíamos... – Olívia começou, mas ao perceber que não falaria nada, entrou na conversa.
- Poderíamos ir ao ‘Avenue’ fiquei sabendo que uma banda bem legal está tocando... – Disse a menina, sorrindo furtivamente para o namorado.
- Ah, eu gostei da idéia! – concordou.
- Por mim, fechou! – disse, erguendo a mão direita, e abraçando Olívia.
rolou os olhos com aquilo.
- Então ótimo! Vamos ao Avenue... – Katie disse, pela primeira vez – Como faremos a divisão dos carros?
- Eu vou com a , o e a ... – pronunciou-se – E vocês vão com e Olívia...
- Tudo bem! – Katie disse sorrindo, e balançando seu cabelo azul.
A menina estava totalmente diferente de e – que usava um lindo vestido vermelho estampado, e sandálias da mesma cor, com saltos altíssimos.
Katie usava uma saia plissada xadrez, e um cinto de rebite xadrez. Ela usava uma blusinha branca simples, e um casaco leve. Seu cabelo estava todo preso mas com duas mechas na frente, soltas. Parecia um personagem de anime japonês. Já que estava frio, ela usava meias grossas até o meio das pernas, e um sobretudo.
Seus olhos azuis pareciam adquirir o tom azul berrante de seu cabelo, e a maquiagem clara, colaborava pra isso.
- Então, vamos. – disse, ficando de pé e pegando as chaves de seu carro.
Ele saiu na frente, e os outros o seguiram. ficou lado a lado com e disse baixinho à amiga:
- Viu só?
com uma careta, assentiu com a cabeça, e a abraçou pela cintura.
Eles desceram pela escada, até o estacionamento, enquanto , Olívia, e Katie preferiram esperar o elevador.
- E então , qual foi sua música preferida do Cd? – preferiu iniciar um assunto, o silêncio estava constrangedor, e ela não queria que percebesse qualquer coisa.
- Not alone. – disse enquanto abria a porta do carro.
- Hm... Eu gostei de Get Over You... Tão fofa... – comentou, e riu.
- gosta de coisas depressivas! – O menino disse rindo, e levou um tapinha da namorada. – Eu gostei de Met This Girl, e She Left Me... E você, ?
- Todas. – respondeu simplesmente, entrando no carro.
olhou para , que deu de ombros, e abriu a porta, entrando no carro.
O irmão e a cunhada fizeram o mesmo, sentando-se no banco traseiro.
ligou o rádio, e tocava qualquer coisa na rádio local. Ele aumentou o volume, e acelerou em direção ao pub.
percebeu o comportamento estranho do cunhado, e percebeu também que não estava animada.
- Impressão minha, ou a está chateada? – perguntou baixinho à .
A menina mordeu o lábio e assentiu com a cabeça.
- Mas não é nada demais, daqui a pouco, os dois estão normais... – Disse ela, cruzando as pernas.
- Então, tem a ver com ? – Perguntou .
assentiu com a cabeça, e olhou o cunhado, que dirigia sério.
estava com a cabeça encostada no vidro e olhava as ruas em que passavam.
Estava com medo, insegura... Em horas, mudou de comportamento. Em horas, ele transformou-se em um que nunca conhecera.
Mal perceberam quando o menino estacionou defronte ao pub, onde já era ouvida a banda, que tocava qualquer clássico anos 60.
ainda em silêncio, desceu do carro, sendo seguido por , e .
Ele encostou-se no carro, e esperou que os outros chegassem; foi até a irmã e beijou sua testa.
- está esquisito, eu sei... – Ele disse – Mas você o conhece, sabe que daqui a pouco vocês estarão normais... E eu te amo! – Disse abraçando-a.
não pôde não sorrir com . Ele era o garoto mais perfeito do universo.
Por que não existia outro que não possuía qualquer laço sanguíneo com ela?
estava ao lado de , encostada no carro, os dois olhavam qualquer ponto fixo, enquanto e conversavam qualquer coisa inútil.
- , a não merece ser tratada assim... Sem ao menos um motivo! – A menina disse ao amigo, que continuou em silêncio.
respirou fundo, e cruzou os braços; rolou os olhos.
- Você pelo menos, tem um motivo? – Tornou a perguntar.
- , desculpe a indelicadeza mas... Você não tem nada a ver com isso! – disse seco.
assentiu com a cabeça, e juntou-se ao namorado e a amiga, que conversavam sobre filmes de comédia.
Assim que chegou, foi até o namorado, chegando ao lado dele.
Ela odiava o fato de amá-lo tanto, tanto que não sobrava espaço para orgulho, de modo que era sempre ela, quem corria atrás dele.
Idiota.
- , por favor, fala comigo... – pediu, novamente com a voz embargada.
ficou um tempo em silêncio, ele olhou para e , e olhou finalmente para .
- Entra no carro. – Pediu, entrando no carro também.
não entendeu, simplesmente abriu a porta do carro e entrou.
Capítulo 31: Preciso dizer que te amo;
dirigia em silêncio, e não percebeu a cara de surpresa de e , quando saiu com o carro.
olhava o namorado e sentiu pela primeira vez na vida, medo.
Medo de perde-lo, medo do que ele poderia dizer-lhe.
ligou o som novamente, e tocava Wonderwall, do Oasis.
O silêncio entre os dois era insuportável. balançava as pernas de um lado para o outro, pensando em mil e uma coisas.
Não demorou para que ele estacionasse.
parou o carro na calçada da praia. A mesma praia em que eles vieram a meses atrás.
sentiu o coração acelerar ao lembrar daquela noite, a noite mais perfeita da vida deles; tudo passou como um flash na cabeça da menina: os dois sentados, escolhendo uma estrela e dando o nome da namorada, fazendo o mesmo, os dois abraçados vendo o Sol nascer...
Uma perfeição que parecia tão distante naquele momento.
- , eu realmente amo você... – começou, olhando fixo para a janela – Mas... – O garoto ficou em silêncio, passando a mão pelo cabelo.
- Mas... – continuou, ansiosa.
Se ele a amava, por que raios estava tratando-a daquele jeito?
- Mas... – Respirou fundo – , eu não agüento mais! Eu não agüento mais essa história de brincar de casinha, eu não agüento mais essa coisa de você trabalhar... – Ele olhou para cima. – Eu não suporto ser enganado ! Eu não sou como o ...
- Como assim? – perguntou sem entender.
- Não se faça de idiota... – Ele disse sério, olhando pra cima. Seus olhos estavam brilhantes, e sabia que a qualquer momento, podia chorar.
- , dá pra você me explicar? – pediu a menina, começando a irritar-se com toda aquela conversa.
tirou o celular do bolso e abriu o flip. Ele olhou a mensagem e fechou – ainda mais – a cara, passando o aparelho para a menina.
- É bem bonita sua relação com seu fotógrafo! – Ele disse por fim.
leu a mensagem e sua boca abria a cada palavra lida:
"Hey , não acha que anda tendo ciúmes da pessoa errada?
Já parou para olhar Matthew Levine?
A fama de que ele sai com suas modelos, parece ser verdadeira.."
E abaixo da mensagem, uma foto de e Matthew abraçados, defronte da Starbucks.
Na verdade, a foto era do fotógrafo abraçando pelos ombros, e ela com o copo da cafeteria na boca. Ela lembrava perfeitamente desse dia, foi algo tão... Normal.
- Você... Você está me tratando assim, por uma mensagem ridícula e anônima? – Perguntou indignada.
ficou em silêncio, e olhou para a janela, passando a mão pela franja e respirando fundo.
Ela não estava acreditando...
Primeiro: alguém estava tentando acabar com o relacionamento dela, segundo: era um babaca por ter ciúmes do fotógrafo, terceiro: não confiava nela.
- ... O seu fotógrafo não é um cara feio! E você...
- , você não confia em mim? – perguntou séria – Eu não agüento mais isso! Você acha o que? Que eu vou ir pra cama com todo cara bonito que conversa comigo? É o , agora é o Matthew... – Ela dizia rápido, de um jeito exaustivo – Eu não agüento mais... – Disse, começando a chorar.
em um impulso, abraçou a menina com força. Ele realmente não suportava vê-la chorando.
- Eu... Eu... – Ele não sabia o que dizer, ele só queria abraça-la.
- Você não confia em mim! – concluiu, soltando-se do abraço do namorado.
Ela fez menção de sair do carro, mas travou as portas, e encostou a cabeça no volante.
- Eu confio em você ... Acredite! – Ele dizia cansado - Eu não agüento mais sentir ciúmes de qualquer cara que te olha... Eu queria não sentir ódio do quando ele está perto de você, queria não sentir raiva de você por um momento, o momento em que você sorri pro com aquele sorriso que eu estava habituado a ter só pra mim... Queria sentir-me indiferente a essa foto, ou não ligar quando você sair com seu fotógrafo... Mas eu não consigo! Eu amo você de uma forma tão intensa, que chega até a parecer doentia... – Ele respirou fundo - Me desculpa.. – O menino pediu, finalmente olhando para a namorada.
sentiu o coração apertar quando viu os olhos de brilhantes. Era raro vê-lo chorar, e ele estava ali na sua frente, chorando e pedindo desculpas a ela.
Ela absorveu com calma cada palavra do namorado, e olhou para o teto.
- Promete que vai confiar em mim! – Pediu.
segurou o rosto da namorada, e olhou fixamente em seus olhos.
- Eu confio em você. – Disse sério, e percebeu a sinceridade do menino.
Sem demoras, ela o abraçou, abraçou com mais força do que o necessário.
Ele pegou o rosto de , e delicadamente beijou-a, com cuidado, devagar, como se fosse o primeiro beijo da vida dela.
Ele traçava o rosto dela com o polegar, e sentia o gosto da menina que ele tanto amava.
Tinha tanto medo de perde-la, tanto medo...
Sentiu-se um idiota por duvidar dela, sentiu-se um idiota por ter a tratado tão mal nas ultimas horas...
Devagar, separaram-se e encararam-se. Ele viu aquele brilho nos olhos que ela só tinha, com ele.
Aquele sorriso que ela só dava pra ele.
a abraçou novamente com força, ele queria que ela soubesse o quanto ele a amava.
- Apesar de ás vezes não parecer... – disse devagar, quando partiram o beijo. Os dois estavam de testas coladas, e ele entrelaçava sua mãos nas dela – Eu te amo, muito! E eu preciso dizer... ás vezes eu não sei o momento certo pra dizer isso... – Respirou fundo, e apenas ouvia tudo, olhando nos olhos do namorado – Eu amo você mais que tudo, . Mais que tudo mesmo! Eu não suportaria a idéia de te perder...
- Você não vai me perder, ! – Ela disse, interrompendo-o – Nunca! Sempre será nós dois! Ou melhor... - Olhou para sua barriga e sorriu – Nós três!
sorriu e colocou a mão na barriga da namorada.
Os dois sorriram juntos, e ele não demorou para juntar suas bocas novamente. Porém o beijo não durou muito, pulou pra trás e olhou de olhos arregalados, para .
- O que foi? – Perguntou a menina, confusa.
- ... – disse, com os olhos mais uma vez brilhantes – Ele... Nosso filho...
- O que tem? – perguntou ansiosa. A expressão de estava assustando-a.
- Ele mexeu ! – contava feliz, levando novamente a mão à barriga da namorada – Mexeu, !
olhou sorrindo abobada para sua barriga e a mão de passeando nela. Ela fez o mesmo que o namorado, e os dois ficaram em silêncio, apenas esperando qualquer outro sinal do bebê.
- Ele não vai mexer mais... – reclamou.
- Psiiu! – fez com a boca, e continuou olhando pra barriga da namorada, com aquele mesmo sorriso débil.
Os dois ficaram em silêncio, apenas observando.
- MEXEU! – Gritaram juntos.
Eles continuaram estáticos, com as mãos na barriga da menina durante mais uns quinze minutos.
A criança pareceu cansar-se de fazer movimentos.
Os dois começaram a rir e mais uma vez beijou .
A felicidade dos dois era estampada em seus rostos, a beijava com carinho, como se pra ele, fosse a única coisa que importasse no mundo todo. correspondia do mesmo jeito.
puxava para seu banco, quando ouviram o celular do menino tocar.
Ele fez uma careta, e riu, atendendo-o ao ver o número de .
- Fala ! – Ela atendeu, enquanto colocava-a em seu colo e beijava seu pescoço.
Era difícil raciocinar com provocando-a.
- Vocês não vão voltar? – Perguntou o menino, ansioso.
abaixava o casaco de , deixando em vista apenas a blusinha branca que ela usava. Suas mãos já passeavam por dentro da mesma, e massageava sua barriga – com cuidado.
mordia fortemente seu lábio inferior, ao sentir as mãos gélidas do menino, chegarem em seu sutiã, e a língua dele, em sua nuca.
Era realmente impossível conversar com .
- Uhm... Não... – Ela disse de olhos fechados –Até depois, ! – E desligou.
a olhou com um sorriso safado no rosto, e desceu o banco, ficando deitado e segurando forte na cintura da namorada.
Ele queria continuar provocando-a. Ele tirou a blusa da menina, e puxou-a para mais perto, beijando seu pescoço e descendo para o colo. Aquilo realmente mexia com .
As mãos dele massageavam suas costas, e desciam para a barra de sua calça.
com pressa, desabotoou a camisa do namorado, jogando-o no banco traseiro. riu.
Ele, com um simples movimento, colocou-a sob si e abriu o botão da calça dela, puxando-a sem nenhum cuidado. Enquanto a despia, fazia exatamente o mesmo.
olhou-a com um sorrisinho de lado, e passou a mão pelas pernas dela, chegando na borda da calcinha. Ele beijou a parte interna da coxa dela, e aquilo fez todos os pêlos existentes do corpo da menina, arrepiarem-se violentamente.
Malditas preliminares.
enterrou as unhas nas costas do namorado, e ele entendeu perfeitamente o que ela queria.
tirou o sutiã da menina e começou a beijar o meio de seus seios, e com a outra mão ele tirava sua calcinha. tirava a boxer de , que estava bastante apertada naquele momento.
Ele posicionou-se em cima da menina, e começou os movimentos, devagar.
soltou um gemido alto, mas abafado por estar com o rosto no ombro de . Ele começou a movimentar-se mais devagar, o que fez com que enterrasse ainda mais forte as unhas em suas costas, e mordesse seu ombro. fechou os olhos ao sentir as mãos da menina puxando seu cabelo e fazendo-o deitar a cabeça um pouco pra trás.
Quando percebeu, também movimentava-se, como se pedisse para ir mais rápido. Eles precisavam sentir-se realmente juntos.
Juntos chegaram ao clímax, e distribuiu o peso de seu corpo em seus braços, posicionados um a cada lado da namorada.
- Eu... – Ele estava ofegante – Amo você... – Respirou fundo – Muito.
simplesmente sorriu – Ela também estava ofegante – E deu um selinho no menino.
abaixou a cabeça, como se tomasse ar, fechou os olhos, com um sorriso no rosto.
Ele olhou-a e ambos sorriram.
Com esforço, os dois vestiram-se e voltou ao banco do motorista. Realmente, a felicidade de ambos estava estampada em seus rostos. entrelaçou sua mão na da namorada, e dirigiu de volta para sua casa.
Deus sabia como ele amava , e sabia que ele não queria perde-la.
Capítulo 32: Você perdeu de novo;
- Vocês são selvagens! – disse, enquanto a mulher gordinha do refeitório colocava três bolachinhas em seu prato – Seis vezes em uma noite? Queria que seu irmão conseguisse tamanha proeza! – Disse rindo.
começou a rir, e a mulher colocou cinco bolachinhas no prato dela, sorrindo. agradeceu e sentou-se na mesa do centro, junto com .
- Não quero saber da vida sexual entre você e meu irmão... – Riu – Mas é... Foi o dia em que fizemos as pazes, e o dia em que nosso bebê mexeu! – disse com um sorriso tonto no rosto.
riu, e deu suas bolachinhas para , ficando apenas com a banana.
- Mesmo assim... Esse apetite sexual elevado de vocês me assusta! – A menina riu.
As duas sorriram, e ficaram observando o colégio.
Faltavam apenas quatro dias para a formatura, e o colégio já estava sendo preparado pra isso.
Flores não paravam de chegar, comentários não paravam de serem feitos, professores estavam mais estressados que o normal...
O típico clima pré-formatura.
- Sabe, eu estive pensando naquela mensagem do ... Eu não entendo quem possa ter feito isso... – começou, mexendo seu capuccino, dentro do copo.
deu uma ultima mordida na banana, antes de deixar a casca na bandeja.
- Eu já disse que só pode ter sido a Hornby! – disse como se fosse óbvio – Você já ligou pro número da mensagem?
- Claro que já! – disse comendo suas bolachinhas. Se tem uma coisa que ela sentiria saudade do St. Marrie, seria das bolachinhas! – Mas nunca atende... E outra, se fosse mesmo a Olívia, você acha mesmo que ela mandaria a mensagem do próprio celular, onde poderia ser facilmente descoberta? Isso é subestimá-la!
- , ambas sabemos que Olívia é mais burra que uma porta... E outra coisa, da onde você liga? – perguntou, duvidando da inteligência da amiga.
- Do celular do , oras... – disse inocentemente, e bateu com a palma da mão na própria testa.
- , como você é burra! – Riu – Você tem o número?
- Tenho... – disse sem entender, estendendo o próprio celular para . – Está marcado como ‘numero da mensagem do ’.
rolou os olhos, era tão óbvia.
ia ligar de seu celular, quando sorriu maroto, e esticou-se um pouco para a mesa do lado.
– enquanto comia – olhou a amiga como se esta fosse alguma retardada.
- Hei, você pode me emprestar o celular? – Pediu , a menina da mesa ao lado.
A garota ficou simplesmente deslumbrada com o fato de poder emprestar algo, a ou a . Sorrindo, a garota baixinha e ruiva tirou o aparelho do bolso, e entregou-o a , que sorriu agradecida.
Ela discou os números da mensagem, e ficou esperando.
- Ninguém atende... – disse com o aparelho no ouvido, e bufou.
- Eu não disse? – E comeu uma bolachinha – Essa pessoa é um pouco esperta...
deu de ombros, mas continuou com o celular no ouvido, esperando que a pessoa atendesse.
- Hm... Olha só quem está vindo.. – Comentou , olhando para trás e vendo Olívia e suas amiguinhas incrivelmente fúteis, passando por elas.
apertou os olhos, e fechou o flip do celular da menina, olhando para Olívia. não entendeu.
- o que...
- Psiiiu! – Mandou a menina, interrompendo .
Ela deu send no celular, e ficou observando Olívia, que estava sentada a duas mesas dela, mas alguns barulhos eram possíveis de se escutar daquela distância: risos escandalosos, gritos escandalosos, e celulares escandalosos.
Qualquer música da Fergie tocava bem alto, do celular de Olívia, e percebeu aquilo, com um sorriso débil nos lábios. continuava sem entender.
Sim, Olívia pode ser muito burra!
– sem falar com – levantou-se, e ainda com o celular no ouvido, chegou até a mesa de Olívia, que ainda sem perceber a presença de , atendeu.
- Então é seu celular que está tocando, Hornby? – perguntou com um sorriso maroto nos lábios, após desligar o aparelho.
curvou-se para trás, para poder ver o que a amiga fazia.
Olívia arqueou uma sobrancelha, e as suas amiguinhas ficaram acompanhando cada movimento dela, e de , com os olhos.
- Hm, desculpe mas... O que você tem a ver com isso? – perguntou Olívia com seu mesmo tom insuportável.
, com um sorriso vitorioso nos lábios, fechou o flip do celular que segurava, e o celular de Olívia parou de tocar.
Coincidência?
Olívia olhou apreensiva para o celular de e para o seu. mais uma vez, deu send no celular, de modo que o de Olívia voltou a tocar escandalosamente.
Bingo!
- Hornby, você é patética! – começou, e a essa altura, percebeu.
A menina foi até , olhando Olívia com nojo, ódio nos olhos...
- N-Não Entendi... – Olívia disse gaguejando, e com o pescoço começando a ficar vermelho.
- Ok, vou explicar! – disse visivelmente feliz por ter descoberto quem era o ser humano irracional que começou com as mensagens para – Ah querida, muito obrigada! – Agradeceu à simpática garotinha do primeiro ano, que havia lhe emprestado o celular – A alguns dias, , o namorado da , que você conhece perfeitamente, recebeu uma mensagem desse número de celular, com uma foto ridícula da com o Matthew, e um comentário mais ridículo ainda... Claro que só podia ter vindo de você, uma garota ridícula, fútil e ainda por cima, burra, que nem pra mandar uma mensagem realmente anônima, presta! – dizia, e percebeu Olívia ficando vermelha, e os olhos da garota começando a lacrimejar.
Mas não, não teve dó ou nenhum sentimento parecido. Por culpa dela, quase que seu namoro vai por água abaixo.
Se pudesse, ela arrebentaria Olívia ali mesmo.
- E-Eu... Você está mentindo! – Acusou Olívia, ficando de pé.
fez menção de avançar, mas segurou.
- , eu fui a maior prejudicada, e não vale a pena sujar nossas mãos com um verme como ela! – disse, agora olhando no fundo dos olhos de Olívia – Você tentou me separar do , Hornby, mas a única coisa que você conseguiu, foi que nosso relacionamento ficasse ainda mais forte... Você perdeu de novo, Olívia! Estou começando a ficar cansada de te vencer sempre! – disse, virando as costas para a garota.
, delicadamente, jogou o restante de um copo com capuccino, no uniforme de Olívia, e fez uma cara de ‘Ops’ em seguida.
O colégio ficou em silêncio para observar a conversa das três, e a medida que e aproximavam-se de sua mesa, os murmúrios começavam.
- Então foi ela... – disse extasiada.
- precisa saber disso! E eu vou contar agora! – disse pegando o seu celular, mas a impediu.
- Não . – Pediu – Não é justo com o ... Ele gosta dela...
- ! – repreendeu – Sabemos que gosta é de você, só pra inicio de conversa, depois, Olívia é um mau-caráter, você acha mesmo que merece alguém como ela?
negou com a cabeça, e rolou os olhos como se fosse óbvio.
- Então ! Ele não merece ser enganado e... – Ela riu – Meu ego agradeceria se eu pudesse acabar com o relacionamento dela, que ela julga ser perfeito!
não pôde não rir, e viu digitar uma mensagem. Sentiu um pouco de pena de , mas como mesmo disse, ele não merecia alguém como Olívia.
- Prontinho! – Ela disse assim que terminou de enviar a mensagem para .
riu da felicidade da amiga, e olhou pra trás, vendo Olívia desconsertada olhando pra qualquer ponto fixo da parede.
As aulas passaram com tal velocidade que até chegou a duvidar.
Mal percebeu quando o sinal anunciando o final da aula de francês soou.
A menina pegou a bolsa e seguiu direto para a saída, sem parar no armário. Olhou para os lados (procurando ) mas não viu nem sinal da amiga.
sentou-se nos degraus da enorme escadaria, e ficou olhando os carros e limusines parados defronte do colégio, esperando as alunas.
Viu um carro prateado parado próximo a uma árvore... Ela conhecia aquele carro...
ficou de pé, e seguiu até o carro, sorrindo abertamente.
- Primeira vez que você vem me buscar no colégio! – disse sorridente, ao ver sentado na lataria do carro.
Ele sorriu e a abraçou com força, dando um beijo na menina em seguida.
Óbvio que pessoas olharam e comentaram.
- É... Eu sou um namorado um tanto quanto desnaturado... – disse rindo, mordendo o queixo de , que riu e fez uma careta.
- Mas dessa vez, eu te perdôo! – Ela disse rindo, enquanto o menino a puxava pra mais perto, segurando em sua cintura.
olhou para o portão, procurando , quando viu Olívia saindo sozinha, agarrada na sua bolsa dez vezes maior que ela.
não pôde não sorrir.
- Ah amor, eu descobri quem foi o ser que mandou aquela mensagem pra você... – contou, e arqueou uma das sobrancelhas.
- Quem? – Perguntou, curioso.
simplesmente apontou para Olívia, que viu os dois juntos, abraçados.
arqueou a sobrancelha (mais ainda) e olhou para .
- ... Isso não é porque vocês tem essa rincha idiota, é? Não é legal ficar culpando as pessoas... – começou, mas o interrompeu.
- ligou para o número das mensagens, de um celular de uma menina do primeiro ano! – contou, e ficava mais surpreso a cada palavra – Foi ela, mas ela é um ser tão burro, tão insignificante, que não soube nem mandar uma mensagem anônima, a idiota mandou do próprio celular...
olhou para Olívia, que agora sentava-se na escada.
- Eu vou lá falar com essa garota... – disse, mas segurou em sua mão.
- Não ! Ela não merece que nem dirijamos a palavra a ela... Ela merece nosso total desprezo, nada mais que isso! – disse olhando firmemente nos olhos do namorado.
lançou um olhar de desprezo para Olívia, que abaixou a cabeça ao sentir o olhar do garoto sobre ela. O menino abaixou a cabeça e respirou fundo.
- Hm, eu não vou esquentar mais com isso... Eu confio inteiramente em você, independente de mensagens anônimas ou não... – disse, e ficou inteiramente feliz com aquelas palavras.
- Fico feliz! – Ela disse sincera.
a abraçou mais forte, e olhou pra baixo.
- Ele não mexeu hoje? – Perguntou esperançoso.
negou com a cabeça, e achou o bico de extremamente fofo.
- Obrigada por me esperar, Fletcher! – chegou até o casal, reclamando.
- Eu achei que você estaria aqui... – Mentiu .
- Uhum... – fingiu acreditar. era péssima atriz – , já te contou sobre a Hornby? – Perguntou com os olhos brilhando de felicidade.
riu da menina, e assentiu com a cabeça.
- Quero só ver a reação do ... – A menina disse sorrindo, e arqueou a sobrancelha.
- já sabe? – Perguntou.
- Sim! Eu fiz o favor de comunica-lo! – respondeu orgulhosa – Bem casal, eu preciso ir mais cedo pra casa hoje, começar a procurar meu vestido de formatura... – Sorriu – Até depois!
- Até! – disse, mandando um beijo no ar pra amiga, que sorriu.
acenou para os dois, e caminhou rápido em direção a uma das limusines ali paradas.
- Mas então, você passou aqui por algum motivo em especial? – perguntou, ao ver a limusine da amiga tomar distância.
- Eu preciso de algum motivo em especial? – perguntou arqueando a sobrancelha.
deu a língua.
- Você entendeu...
riu.
- Sim, eu tenho... na verdade, nós dois temos! – Ele disse, e não entendeu.
- Temos? – Perguntou confusa.
sorriu e beijou a testa da namorada.
- Médico, hoje... , tá na hora de você lembrar do horário de suas consultas! – Ele disse, e bateu com a palma da mão na própria testa. Como pôde esquecer-se da consulta?
- É verdade... – Ela disse sorrindo. Adorava ir as consultas médias, e poder ver seu bebê através da ultra-sonografia.
era uma grande amante da tecnologia.
riu ao ver a excitação da namorada, e deu um beijo em sua bochecha.
- Você prefere passar em casa pra se trocar, ou vai assim mesmo? – perguntou o menino.
- Ah, até passarmos em casa... – fez uma cara desanimada – Vamos direto, eu nem estou tão mal arrumada...
sorriu, olhando a namorada. A saia curta, a camisa com o emblema do colégio no peito esquerdo. O cachecol azul e o casaco preto, junto com seus sapatos de boneca e suas meias três quartos. Ele adorava quando ela usava seu uniforme.
- Não mesmo! – Ele disse sincero – Então vamos?
assentiu com a cabeça, e entrou no carro, enquanto dava a meia volta. Ela colocou o cinto de seguranças, e ligou o som. Tocava A Little Bit Longer, dos Jonas Brothers. Ela era obrigada a admitir que gostava de Jonas Brothers, mas sabia que não gostava.
- , pode mudar de estação... – Ele pediu, assim que entrou no carro e ouviu o que tocava – Coloca música de verdade, por favor!
- Ah , eu gosto... – pediu com sua melhor cara de anjinho.
- Não! – Ele disse firme, e fez bico assim que ele mudou a estação de rádio.
Dica: nunca discuta sobre música, com um músico.
deu a partida, e após uns segundos, percebeu Who We Are, do Lifehouse. Pelo menos, era uma banda que ela gostava.
dirigia, e batia levemente os dedos no volante, e cantarolava baixinho. achava lindo quando ele fazia isso, cantava.
Quando a música chegou em seu refrão, cantava alto, com emoção. Ele exagerava nas expressões faciais, mas achou aquilo bonitinho.
O menino virou-se pra namorada, que o observava sorrindo. Sorriu mais ainda ao vê-lo corando.
- , não me olha... – Ele pediu, rindo.
deu a língua, e virou a rua.
Não demorou para que ele parasse defronte do consultório do Dr. Evans. desceu primeiro, e esperou a namorada dar a volta no carro.
Ele segurou em sua mão, e juntos entraram no consultório.
Capítulo 33 – I'll Be Ok;
As mãos de ainda suavam quando via deitada naquela cama de hospital, e o Dr. Evans passando aquela coisa na barriga da sua menina.
sorria boba, enquanto apertava sua mão.
- , amor... Não precisa apertar tanto minha mão... – pediu, e o médico deu um sorriso.
Dr. Evans aparentava no máximo uns quarenta anos. Ele acompanhou a gravidez de desde o inicio, então já tinha certa intimidade com o casal. Os cabelos já salpicados de fios brancos, só deixavam o médico mais charmoso. Ele era uma cópia melhorada do Mel Gibson. A falsa seriedade que via-se em seus olhos, apenas o deixavam ainda mais charmoso.
- Desculpa... – se recompôs, agora colocando as mãos nos bolsos.
olhava o bebê pela televisãozinha com um sorriso tonto, e não estava diferente.
- Vejam só, vejam só! – Dr. Evans disse sorrindo, com aquela voz de locutor de novela das oito – Já sabemos o sexo do bebê! – Ele disse.
- Qual é? – perguntou ansioso.
- ! Não combinamos que seria surpresa? – perguntou ao namorado, sem parar de olhar.
- Ah ... Eu não agüento mais... – Assumiu , provocando um riso do médico – E outra, precisamos avisar logo quem será o padrinho...
fez uma espécie de bico, mas no fundo, estava tão ansiosa quanto pelo sexo do bebê.
- Então qual é, Doutor? – perguntou ansiosa, e o médico sorriu.
- Posso fazer um suspense? – Ele perguntou.
- Não. – e falaram juntos, o que fez mais uma vez o médico rir.
- , ... – O médico começou – Vocês serão pais de uma menina! – Ele disse sorrindo.
cambaleou e sentou-se na cadeira, com os olhos mais uma vez lacrimejados.
- Menina? – perguntou sorrindo boba – , é uma menina!
- E-Eu... Menina... – repetia baixinho a si mesmo, e o médico sorriu mais uma vez.
- É normal pais de primeira viagem ficarem tão... Desculpe a palavra, bobos ao saber o sexo do bebê! Imagino como você deve estar se sentindo, ! – Ele disse, e apenas sorriu.
- Uma menina, ! – Ele disse, agora voltando pra perto da namorada – Uma menininha, nossa menininha... – Ele dizia.
apenas sorriu e olhou o namorado, maravilhada. estava quase chorando ali na sua frente, apenas por saber o sexo do seu filho.
Ou melhor, sua filha.
O médico fez sinal para voltar a se sentar, e ela o fez. a ajudou descer da cama e o doutor voltou a sentar-se atrás de sua enorme mesa, cheia de coisas de médicos: cadernetas, canetas, palhetas, uma caixa com camisinhas, dentre outras coisas.
- , você anda tomando todos os cuidados? – O médico perguntou, enquanto escrevia qualquer coisa. sentou-se defronte do médico, e a seu lado. Eles estavam de mãos dadas.
- Sim. – Disse a menina.
- Não anda passando nervoso, não anda fazendo exercícios que exijam muito de você...
- Não...
- Mentira dela! – intrometeu-se – Eu já disse que não quero que ela fique andando, mas a é teimosa... O senhor pode falar pra ela que, andar pode prejudicar a criança! Ela pode perfeitamente pegar um táxi pra se locomover na cidade... Outra coisa, escadas! Ela insiste em usar a escada...
O médico e interrompeu .
- , os exercícios que eu falo, são corridas, pegar peso, algo agressivo, que possa comprometer a saúde da criança, agora andar, usar a escada, são coisas normais, que se feitas com cuidado, não oferecem risco algum! – Ele disse sorrindo – É normal pais terem tanto cuidado na primeira gravidez da namorada... Mas cuidado é uma coisa, exagero é outra bem distinta...
assentiu com a cabeça, e riu.
- Viu? – Ela perguntou, e simplesmente ignorou-a.
- Mas nossa filha vai nascer perfeita, doutor? – perguntou, apertando novamente a mão de .
Ela fez uma careta.
- Como eu disse na primeira consulta de vocês, a sim uma possibilidade bem remota da criança nascer com algum tipo de problema, já que o sangue é o mesmo... – Ele dizia, e apertava mais a mão de , que tentava inutilmente, tirar a mão da do namorado – Mas as maiores chances, e pelos cuidados que vocês estão tomando, é quase certo que a filha de vocês nascerá perfeita, sem nenhum problema! – parou de apertar a mão de ao ver o sorriso do médico – Mas eu não posso confirmar nada... Mas enfim, não sofram antecipadamente! – Ele sorriu e olhou para – Bem , eu quero que você continue com suas vitaminas, alimentando-se bem, e tomando os cuidados que eu sempre lhe recomendo...
- Pode deixar... – assentiu com a cabeça.
- E você , pode pegar leve com sua namorada! – Ele riu, e assentiu com a cabeça.
cutucou o namorado, que riu.
- Bem, já podem ir! – O médico disse, e e levantaram-se.
- Obrigada Dr. Evans... – agradeceu, e o médico apenas sorriu.
sorriu em forma de despedida, e juntos saíram da sala. Cumprimentaram a secretária de trezentos anos de idade, do médico, e pararam defronte do carro.
olhou para o nada, e com um sorriso ridiculamente idiota nos lábios, ele abraçou .
- Uma menina, ! Eu vou ser pai de uma menina! – Ele disse sorrindo, e olhando a namorada com aquele sorriso fofo.
o abraçou.
- Vai ser nossa menininha, amor! – Ela disse, colocando seu rosto entre o pescoço e o ombro de .
Ele a abraçou com força, e colocou a mão na barriga da namorada.
- Você não sabe como o papai tá feliz... – Ele disse baixinho para a filhinha deles. teve vontade de morder e guardá-lo num potinho.
Ela simplesmente agarrou-se com mais força no menino, e ele deu um beijo leve nos lábios dela.
- Obrigado! – Ele disse sorrindo.
- Por que? – perguntou sorridente.
- Por... – olhou pra cima, e sorriu – Fazer de mim o cara mais feliz... Eu amo você, ! – Ele sorriu e beijou a testa da namorada – Amo vocês duas! – Ele sorriu, olhando a barriga da namorada.
Os dois continuaram abraçados, cada um pensando em milhares de coisas ao mesmo tempo, até que o celular de começou a tocar.
Com uma careta, tirou o aparelho do bolso e viu o nome "" no visor. Arqueou uma sobrancelha.
- Hm... Oi? – Ele atendeu, deixando curiosa, já que ela não tinha visto quem era.
estava um pouco intrigado, já que fazia um bom tempo que não o ligava.
- ... Eu estou passando lá no Tom, o vai lá... Vai lá com a ... – Ele disse simplesmente.
- Ok... – disse, olhando , que com uma espécie de bico, entrava no carro – Estou pra lá... Mas o que houve? – Perguntou.
- Lá conversamos... Até depois! – E desligou.
ficou com cara de interrogação, e desligou o aparelho, entrando no carro em seguida.
- Quem era? – perguntou, curiosa, enquanto colocava o cinto de segurança.
- ... Ele quer que a gente vá na casa do Tom... – dizia, enquanto ligava o carro e saía – Ele não quis me dizer o porquê...
- Aposto que é por causa da vadia da Olívia! – disse sorridente, mas laçou-lhe um olhar de repreensão. A menina ignorou e olhou para o outro lado.
Os dois ficaram em silêncio, e sorria bobo ao olhar a barriga de . Era como se só agora a ficha dele, de que estava grávida, e de que ele ia ser pai, caísse.
já pensava em diversos nomes, em diversas roupas, lacinhos de cabelo... Sua filha seria a garotinha mais bem arrumada da Inglaterra.
- ... – disse, após um tempo em silêncio.
- Hm... – Murmurou a menina, enquanto continuava olhando sua barriga, e acariciando-a, como se com isso, pedisse para sua filha, chutar ou algo do tipo.
- A nossa filha... – virou a rua – Ela pode se chamar Anne? – Ele perguntou sério, e sorriu.
Anne, o nome da avó deles. Era ela quem praticamente criou os dois, era ela quem ensinou a se comportar em uma mesa de chá, ela quem colocou nas aulas de pólo aquático, foi ela quem os levava para o catecismo na igreja, era ela quem contava histórias para os dois dormirem quando pequenos embaixo da árvore de ipê que enfeitava o enorme jardim, e era ela quem sempre comprava cookies e muffins para e , quando os pais os proibiam de comer doces...
Vovó Anne, foi realmente um choque para os dois, quando ela morreu.
- Anne ... – repetiu baixinho, e sorrindo.
A menina chutou.
- , ela chutou! – comemorou sorridente, e abriu um enorme sorriso, colocando uma das mãos na barriga da namorada, e guiando o carro com a outra.
- Anne! Ela gostou do nome! – Ele disse sorrindo, enquanto esperava que a menina chutasse novamente!
voltou sua atenção para o trânsito, ambos extasiados pelos acontecimentos recentes.
Não demorou para que entrasse na garagem do prédio de Tom, e eles pegassem o elevador, parando no sétimo andar.
Os dois entraram no apartamento, e estava deitado no sofá, assistindo TV, sentado no braço do sofá, girando freneticamente um molho de chaves, e Tom estava aparentemente na cozinha.
- Hei! – cumprimentou os amigos, ainda com as mãos em sua barriga. O sorriso de e estava realmente exagerado.
- Oi! – cumprimentou sorridente, enquanto apenas acenou – Uau ... Que sorriso é esse?
abraçou a namorada pelos ombros, e entrou na conversa.
- Nossa filha... – começou, e ambos ouviram um grito da cozinha.
- É MENINA? – E Tom chegou correndo até a sala, enxugando as mãos em um pano de prato de vaquinha.
sorridente, e mais sorridente ainda, confirmaram com a cabeça.
- AAAAAAAH! – Tom começou a gritar, e apontou o dedo na cara de (que tinha uma espécie de bico) – Seu bosta! Eu disse que seria uma menina, eu disse! – Agora ele pulava – Eu vou ser o padrinho da minha sobrinha, DA MINHA SOBRINHA! – Ele voltou a apontar o dedo na cara de , que ficava cada vez mais aborrecido – Você perdeu, ! Eu ganhei! EU VOU SER O PADRINHO! – Tom berrou a última frase, e simplesmente passou a mão pelo rosto.
- Seu merda, você babou na minha cara! – Disse o menino, limpando o rosto com cara de nojo, enquanto Tom apenas ria – E... Você ganhou por sorte... Pelo menos, é mais uma menina no mundo... E se puxar a ... – fez um sorriso safado, e fuzilou-o com os olhos.
- HEI! Nem pense em chegar perto da minha filha! Eu juro que te capo com tesoura de jardineiro! – disse em tom ameaçador, que fez ficar com medo.
sentou-se no sofá, e a seu lado, abraçando-a pelos ombros novamente.
- Já escolheram o nome? – Tom perguntou animado. Seus olhos brilhavam de excitação.
olhou para sorrindo, o menino assentiu com a cabeça.
- Sim. Anne! – Ele disse, e Tom sorriu.
- Em homenagem a vó? – Perguntou.
assentiu com a cabeça, e olhou para . O menino continuava quieto, apesar de ter sorrido para as noticias recentes.
- , por que você nos chamou aqui, afinal? – perguntou, colocando a mão no joelho do menino, fazendo-o acordar da espécie de transe em que ele se encontrava.
estralou os dedos, e respirou fundo assim que o silêncio predominou na sala.
sentou-se no chão, defronte do casal, e Tom jogou o pano de prato longe, sentando ao lado de , como índio.
- Na verdade, eu só não queria ficar sozinho... – O menino deu uma espécie de sorriso – E como já estava aqui, eu queria que vocês também estivessem... Sei lá... – sorriu para o menino - Antes de tudo, eu quero pedir desculpas a você , e a você ... Pela atitude ridícula da Olívia... – começou, respirando fundo. percebeu o quão estava sendo difícil pro menino – Ela quase destruiu o namoro de vocês e... Era essa a intenção dela...
- , tá de boa... Você nem tinha que se preocupar com isso! – o interrompeu, mas o menino fez sinal para o amigo ficar quieto. o fez.
- Sei lá, eu chamei vocês aqui... – O menino levou as mãos a cabeça, e bagunçou propositalmente os cabelos, gostava quando ele fazia isso – Porque eu terminei com ela, e queria que vocês soubessem por mim... – deu um sorrisinho – Acho que é um carma, todas as meninas pelas quais eu me interesso, se interessam por você, ! – disse dando um sorriso amargurado.
e ficaram estáticos, enquanto e Tom apenas ouviam, um pouco surpresos.
- Como assim? – Foi quem perguntou, e deu um sorrisinho.
- Desde a minha festa, Olívia passou a se interessar pelo , não sei se foi real interesse, ou apenas para competir com você... – engoliu em seco – Só sei que ela me disse isso hoje... Eu estava fazendo um real papel de idiota...
por impulso, o abraçou, abraçou com força.
O silêncio voltou a reinar na sala, Tom olhou apreensivo para , mas ao contrário do que imagina, mantinha a expressão passível, e olhava a cena sem nenhum tipo de raiva. Ele confiava em .
- Você não fez papel de idiota, ! – dizia baixinho, enquanto mexia nos cabelos de . O menino a abraçou do mesmo jeito – Ela simplesmente não te merecia, e eu já te disse isso milhares de vezes...
apenas ficou quieto.
levantou-se, e fez sinal para e Tom. Ele saiu da sala, e Tom e o seguiram, deixando e sozinhos na sala.
Ao perceber que estavam sozinhos, sentiu seu ombro molhar. estava chorando.
- , você não está... – não conseguiu completar a frase, seus olhos já encheram-se de lágrimas.
- Eu realmente achei que estava conseguindo te esquecer, ! – disse com a voz embargada pelas lágrimas – E eu não estou chorando por aquela puta! – Ele disse, ainda com o rosto afundado no ombro da menina – É que eu só me ferro, a cada dia eu vejo você mais feliz, vejo que você está bem melhor sem mim e... – O menino afagou o cabelo de – Vejo que não consigo te esquecer, e isso me faz mal.
apertou ainda mais o abraço, e deixou que as lágrimas que estava segurando, caíssem pelo seu rosto, parando no ombro de .
- eu...
- ... – Interrompeu o menino – Não fala nada. Só o fato de você estar aqui comigo, já é o bastante, o bastante pra eu perceber que tenho importância pra você... – Ele sorriu e separou-se do abraço, segurando no rosto da menina, fitando-a – Não é a importância que eu queria, assumo! – Os dois sorriram em meio as lágrimas – Obrigado.
beijou a testa de , e mexeu em seu cabelo.
- Eu amo você ! – Ela disse sorrindo – E eu estou aqui pra qualquer coisa, você sabe! E quanto a Olívia... Eu vou arrebentar a cara dela, pode deixar! – Ela disse, o que fez rir.
- Não se rebaixe... – O menino pediu rindo – Só o fato de você derrubar coca-cola nela, já é o bastante! – Ele disse rindo, e riu.
- já derrubou capuccino nela! – disse rindo, ao lembrar da cena.
¬- Pronto, já está de bom tamanho! – Ele disse rindo.
Os dois ficaram se encarando, e sorriram. colocou a mão na barriga de .
- Anne? – Ele perguntou e sorriu, assentindo com a cabeça – Bonito nome!
- quem escolheu! – disse, e sorriu.
- Vocês merecem ser felizes, de verdade! – Ele disse sincero.
o abraçou novamente.
- Obrigada! – Agradeceu a menina, sorrindo.
Novamente, abraçou fortemente, o menino fez o mesmo. Ele sentiu o cheiro do cabelo dela, aquele cheiro que ele tanto amava, que saía do cabelo da menina. Suas mãos desceram para a cintura dela, e aquilo fez com o corpo dela estremecesse.
Com esforço, separou-se da menina, e olhou-a nos olhos, que estavam lacrimejados.
- Eu vou ficar bem. – Ele disse sorrindo, e beijando-a no rosto.
- Eu sei disso! – disse sincera, segurando as mãos do menino.
Os dois fitaram-se por alguns segundos, e abaixou a cabeça. Ele abraçou-a pelos ombros, e guiou-a para a cozinha, onde estava sentado na bancada, comendo uma maçã, olhava qualquer coisa na geladeira, e Tom continuava lavando a louça.
- Que bonitinho, Tom lavando a louça! – disse, para mostrar que eles estavam na cozinha.
Os três voltaram atenção para e . sorriu de lado e desceu da bancada.
- Escreva, . – disse para o garoto – Escreva sobre isso, você vai ver como vai melhorar...
- Boa idéia... – disse passando a mão na nuca – Escreverei... Musicas de fossa sempre fazem sucesso...
Os cinco riram, e olhou para o teto.
- Já vou indo... – Disse após um tempo – Amanhã eu volto pro ensaio...
- Sem problemas! – disse, finalmente fechando a geladeira, e comendo um pedaço de queijo.
sorriu e acenou para os amigos. Beijou o rosto de , e saiu.
Os quatro ficaram em silêncio até a porta ser fechada.
- não merecia isso... – Tom disse finalmente terminando de lavar a louça.
- Não mesmo. – disse séria, chegando do lado de .
- ... Vamos indo? A gente passa naquele restaurante japonês que você tanto gosta... Estou morrendo de fome... – disse, beijando o topo da cabeça da namorada.
Os olhos de brilharam com a idéia.
- Vamos sim! – Ela disse imediatamente.
- Obrigado por nos convidar! – disse, fazendo um bico, fingindo-se de ofendido.
- , é programa de casal! – Tom disse como se fosse a coisa mais óbvia – Você quando sai com a Katie, nem se preocupa em nos chamar!
e riram do bico que fez.
- Tom amor, até depois! – disse, abraçando o irmão.
- Até depois e... Cuide bem da minha sobrinha e... – Ele olhou para com um sorriso vitorioso – Afilhada! – Frisou a ultima palavra, e rolou os olhos.
deu uma gostosa gargalhada, e abraçou .
- Você pode chama-la de afilhada também... – disse rindo, baixinho para que Tom não escutasse, quando se despedisse dele – Ela pode ter dois padrinhos...
- Ela vai gostar mais de mim! – disse seguro.
riu.
- Não duvido! – Disse ainda rindo.
Ela esperou que se despedisse dos dois, e enfim saíram do apartamento. Os dois esperaram o elevador, e sentiu as mãos de em sua cintura.
- Você foi bem legal com o ! – disse sorrindo.
ficou imensamente feliz com o fato de não ter ficado com raiva, ou qualquer coisa parecida, por ela ter ido consolar .
A menina sorriu do mesmo jeito que o namorado, e deu um beijo leve no garoto. Tempo bastante até o elevador chegar.
Capítulo 34: Mudanças;
- Anne? Você poderia ter colocado o nome de Amelia! Bem mais bonito do que 'Anne'! – Joanna disse com uma espécie de careta, enquanto tirava as medidas da filha.
estava em pé sobre um pequeno banquinho, no quarto de sua mãe.
Faltavam três dias para o baile de formatura, e a menina estava realmente ansiosa. Seu vestido já estava pronto, mas com a barriga de crescendo, ainda eram necessários alguns ajustes.
- Mãe, foi quem escolheu... E Anne é bem mais bonito do que Amelia! – disse sincera, olhando-se no enorme espelho que tinha a sua frente.
- Achei realmente injusto vocês homenagearem a minha sogra... – Joanna continuava, enquanto colocava alfinetes no delicado tecido – Minha mãe era bem mais amorosa com vocês!
- Mãe, eu só a vi a vovó Amelia três vezes, depois que ela se mudou para o México! E olha que, ela mudou-se quando eu tinha seis anos! – disse, não evitando sorrir.
Jo deu de ombros, e bufou.
- Que seu pai não me escute... – Joanna comentou baixinho, agora virando o corpo de para que a menina ficasse defronte dela – Mas... Minha mãe era uma safada! – riu alto – Ela só mudou-se para o México, depois de conhecer um tequileiro mexicano, em uma festa temática...
- Sério? – perguntou boquiaberta, achando o máximo que sua vó tivesse se apaixonado por um tequileiro mexicano. Porém, resolveu não manifestar reação, já que sua mãe achava isso o cumulo – E... Por que papai não pode saber? – perguntou após a mãe afirmar com a cabeça.
- Seu pai ama falar mal de minha mãe... Se souber disso então, nunca mais terei sossego na minha vida! – Joanna disse passando a mão na testa, em demonstração de cansaço.
riu da cena, e olhou-se no espelho. Estava realmente linda. Sem sombra de duvidas, era o vestido mais lindo que já vira na vida.
- Mãe... Você é um gênio! – disse sorrindo, passando a mão pela roupa, acentuando-a em seu corpo.
Joanna deu um sorrisinho convencido, como quem diz: 'eu sei'.
- Só espero que a roupa de seja boa também... Não vai ficar muito bom o seu par ir mal vestido... Você está uma princesa! – Joanna elogiou, e sorriu.
- Ele vai lindo, mãe... Eu mesma escolhi a roupa dele! – disse.
Olhou-se mais uma vez no espelho, e desceu do banquinho. estava realmente ansiosa com a formatura. Não faria faculdade de imediato, mas já sabia o que queria: faria moda, seguindo os passos da mãe.
Mas no entanto, ela continuaria sendo modelo. Não saberia viver longe dos flashes.
- Imagino... – Jo disse sincera. Era algo bem fácil, imaginar lindo.
Maldito sangue de Robert... Ou seria bendito?
começou a despir o vestido, com cuidado. O modelo era bastante delicado, e merecia todo o cuidado do mundo. É, quando dizia que Jo desenhava melhor que sua mãe, ele não estava exagerando.
Logo, ela colocou sua calça jeans skinny preta (como ela amava esse modelo de calça!) seu all star branco de couro, a regata branca, e a tiara também branca. Por cima, o casaco preto, que cobria um pouco o volume da barriga. Ela terminava de ajeitar seu cabelo, quando ouviu seu celular tocando, dentro da sua bolsa.
Joanna pendurava o vestido no cabide, e passava suas mãos pelo modelo, como se estivesse passando-o.
pegou o aparelho, e viu uma mensagem de , nesse momento era pra ele estar na alfaiataria, experimentando seu smoking.
"Amor, preciso falar com você...
Tô em casa... Te amo, ."
simplesmente fechou o flip do celular, e guardou o aparelho na bolsa.
- Mãe, já estou indo... – disse, depois que a mãe finalmente deixou de olhar o vestido.
Estilistas ficam realmente orgulhosos de seus trabalhos.
- Mas já? – Joanna perguntou com uma espécie de bico – Você está aqui desde...
- Desde que eu saí do colégio, e mãe, são quase seis da tarde! – disse rindo, apontando para a janela, onde o céu já estava querendo escurecer.
passou o dia ensaiando, e na casa de sua mãe. estava atônita escolhendo seu vestido. Era nessas horas que ela invejava os pais de .
- Mas mesmo assim... – Joanna disse, fazendo um bico.
simplesmente riu, e beijou a testa da mãe. Jo riu, e acompanhou a filha até a porta.
- Jeff te leva... – Ela disse, mas negou com a cabeça.
- Eu quero ir andando... – disse, colocando a mão sobre a barriga.
- Nem me matando! – A mulher disse de um jeito um tanto histérico – Você não pode fazer esforços, e , você não mora muito perto daqui...
- Mas eu queria passar pelo Hyde... – começou, mas foi interrompida pelo grito da mãe chamando o motorista.
Incrível como essas pessoas ficam super-protetoras com as grávidas.
- Pronto... – Joanna disse, quando viu o dedo polegar do motorista erguido, em sinal de afirmação – Vai lá querida, amanhã você volte, para os últimos detalhes... – Agora Joanna sorriu e beijou a mão da filha – Cuidado com a pequena Anne...
sorriu. Era realmente boa a sensação de cuidado que sua mãe tinha com ela... Nem parecia que a tempos atrás, ela foi tão...
Melhor não lembrar.
A menina beijou o rosto da mãe, e entrou no carro do motorista, que tinha um sorriso enorme nos lábios.
- Hei Jeff! – o cumprimentou, sorrindo. Nada comparado ao sorriso do motorista.
- ! Como está? – O motorista perguntou, enquanto saía da enorme garagem do ’s.
ajeitou-se no banco traseiro da limusine, e respirou fundo.
- Muito bem! E você? – Perguntou educadamente.
- Também! E a menina? Sua mãe me contou que é uma menina... – Jeff disse sorrindo, e mordeu o lábio, com um sorriso.
- Está ótima também! – Disse, olhando para sua barriga. Jeff era a versão negra do papai noel. Ele era simplesmente amável.
Jeff ligou o rádio, e tocava Cupid's Chokehold, do Gym Class Heroes. aprendeu a gostar desse tipo de música, com Jeff. Tudo bem que o fato do Fall out Boy estar sempre presente na banda, era ponto positivo para eles, mas mesmo assim, Gym Class era legal.
Jeff cantava meio que dançando, e achou aqui engraçado.
Ela cantava baixinho, e sentiu Anne chutar. Sentiu uma enorme vontade de sair gritando, pulando e dando piruetas. Todas as vezes que Anne chutava, e sentiam uma sensação única. Um misto de surpresa, felicidade... Algo tão simples, que tornava-se a melhor coisa do mundo.
- Take a look at my girlfriend, she's the only one I gote only one I got… - cantou junto com o motorista, que riu.
Não demorou para que o motorista parasse defronte do edifício em que morava. sorriu, e despediu-se do mesmo, que desejou tudo de bom para a pequena Anne.
Pequena Anne, era assim que ela já era tratada.
Após saberem o sexo da neta, Robert e Joanna simplesmente passaram a comprar roupinhas, brinquedos, sapatinhos, tiarinhas, e todas outras coisas cor de rosa para bebês. Apenas com quase quatro meses, Anne já tinha um enxoval até os três anos de idade.
apertou o botão, chamando o elevador. Uma mulher, de mais ou menos uns quarenta anos parou a seu lado, e olhou sua barriga. Fez uma espécie de careta, e rolou os olhos.
A menina percebeu, mas de certo modo, estava acostumada. A sociedade era um tanto cruel com adolescentes – com cara de adolescentes mimadas pelos pais – que engravidam.
A sociedade é um lixo.
entrou no elevador, seguida pela mulher, que fitava do teto, para a barriga de . Da barriga de para o teto.
Quando o elevador parou no andar do seu apartamento, praticamente saiu correndo daquele cubículo de metal, que no momento a sufocava. Como ela odiava esse tipo de pessoas!
Entrou em casa, e viu um desanimado, jogado no sofá apenas de boxers, com o cabelo um pouco despenteado, visivelmente molhado. O cheiro de sabonete, loção pós barba e xampu, invadiram as narinas de , que sorriu.
- Oi! – disse rindo, feito criança. não pôde não fazer o mesmo.
- Oi! – Ele disse rindo, arqueando as sobrancelhas freneticamente, rindo.
mordeu o lábio, e chegou perto do namorado, segurando em seu rosto e dando-lhe um selinho.
Não satisfeito, aprofundou o beijo, e pôde sentir de mais perto o cheiro 'pós-banho--' que ela tanto amava.
A menina sentou-se ao lado do namorado assim que partiram o beijo, e olhou o que passava na televisão: documentário sobre as fazendas do interior do Chile.
Desde quando se interessava sobre esse tipo de coisa?
- ... Meu vestido é lindo! – disse com os olhos brilhando de excitação, virando-se para o namorado, esquecendo-se totalmente da televisão – Quer dizer, minha mãe conseguiu melhora-lo! – Disse a menina extasiada.
sorriu.
- Você fica linda com qualquer vestido... Mas conheço minha tia... No mínimo, você usará um vestido de dar inveja na... – pensou por alguns segundos – Paris Hilton?
riu e beijou o namorado.
- Menos amor... – Riu – Mas e você? Como é o seu smoking? Ficou bom? – Ela perguntou rápido, e percebeu a expressão alegre de , mudar.
- Hm... Era sobre isso que eu queria conversar com você... – disse olhando para baixo – Senta aqui... – Ele pediu, puxando a menina para que sentasse em seu colo.
Ele a abraçou pela cintura e olhou nos olhos da namorada.
- ... Você sabe que acabamos de lançar o Cd, não sabe? – perguntou, ainda olhando a namorada.
Ah sim, o Cd havia sido lançado na segunda-feira, e para surpresa de todos, McFly já era conhecida nas rádios. Seus Cds vendiam com facilidade, de modo que, pelo menos em Londres, McFly já era sucesso.
- Claro que eu sei , que isso tem a ver? – perguntou, não entendendo tamanho suspense.
respirou fundo. Ele ia direto ao ponto.
- Ocorreram imprevistos e... – ficou quieto.
- E... – quis que ele continuasse.
O menino alisou a cintura da namorada.
- , marcaram um show para a sexta-feira... – disse finalmente, olhando agora, para baixo.
- E... – Mais uma vez, ela quis que ele continuasse.
respirou fundo mais uma vez. Por que não era um ser que pensava rápido?
- Eu não vou poder ir a formatura com você, ... – disse finalmente.
ficou uns instantes estática, como se absorvesse lentamente as palavras do namorado.
Lentamente...
Abriu a boca, mas nenhum som saía. As únicas palavras que estavam em sua cabeça eram: não ia em sua formatura.
- Mas... Mas... Mas... – Ela gaguejava – Isso é importante pra mim, ... – disse finalmente, olhando o namorado nos olhos – Eu esperei por isso desde...
- , será o primeiro show oficial do McFly, vai ser no Royal Albert Hall! – a interrompeu – Isso também é importante pra mim! – Ele disse sério.
sentiu seu estômago dar uma volta por completo, e depois como se cubos e cubos de gelo fossem despejado nele.
E todos os planos para o baile?
E o fato de ir com o noivo para o baile, e deixar as outras garotas morrendo de inveja?
E o plano de serem o casal mais bonito do baile?
E o fato de finalmente se formar, e ter seu noivo ali, olhando-a?
Mas não, o fato era simples: nada daquilo aconteceria.
Maldita mudança...
- Eu... – começou, sentindo a garganta fechar. Ela não sabia o que falar.
- Me desculpa... – Ele pediu, olhando para baixo – Eu sei que sua formatura é importante, mas , tente entender que vai ser o primeiro show oficial da minha banda... É importante pra mim também...
- Eu entendi, ! – disse firme.
Sim, ela entendido. Mas não, não tinha aceitado.
Egoísmo.
- Eu queria muito que você fosse... – disse finalmente, agora fitando o teto.
Suas mãos não acariciavam mais a cintura de ; agora elas mexiam-se uma contra a outra, numa tentativa de estralar seus dedos.
Nervosismo.
- Eu também queria... – disse séria.
Os dois ficaram em silêncio. não queria abrir mão de seu baile, e , jamais abriria mão do seu show.
- Aonde vai ser o show? – perguntou, olhando para qualquer ponto fixo na parede.
- Royal Albert Hall. – contava, e apenas assentia.
Milhares de pensamentos habitavam a cabeça de agora. Ela tinha que ser a namorada perfeita, e abandonar seu baile de formatura para ir ver o show do namorado, ou deveria realizar um de seus sonhos, que é se formar, com direito a flores e tapete vermelhos?
- ... Eu... Não posso faltar a minha formatura. – disse, após um tempo.
mordeu o lábio inferior e assentiu com a cabeça, ele já imaginava isso.
- E eu não posso faltar em hipótese alguma, ao show... – disse sério.
assentiu com a cabeça.
Os dois mais uma vez ficaram em silêncio. Toda aquela alegria, aquele estado radiante em que se encontrava, pareceu acabar em instantes. Ela só queria fechar os olhos e dormir.
Drama? Um pouco. Estava na hora de perceber, que o mundo não girava pra ela.
A menina levantou-se do colo do namorado, e murmurou qualquer coisa relacionada a quarto. Nem ela entendeu direito o que dissera.
sentia que tinha decepcionado-a, mas ela tinha que entende-lo.
entrou no quarto, tirou os sapatos, o casaco, e aos poucos, despiu-se, colocando apenas o pijama de pintinhos que a tempos não usava. Como ela amava aquele pijama de pintinhos!
deitou-se na cama e agarrou-se ao travesseiro com o cheiro de . Que importa que são seis da tarde? Que importava que ela não tinha sono? Que importava que estava sentindo-se a ultima das criaturas na sala?
Ela apenas precisava dormir.
Capítulo 35: All I Need Is You;
O celular mexia-se em cima do criado mudo, com aquela musiquinha irritante que usava como despertador. Incrível como despertadores são infernais!
Com esforço – muito esforço, diga-se de passagem – abriu os olhos, e pegou o maldito aparelho que ainda vibrava, abrindo e fechando o flip em seguida, acabando com aquele som. Viu que indicavam oito horas, e sabia que estava na hora de acordar.
Sentiu um espaço a seu lado vazio, e ficou surpresa. não estava mais lá.
Levantou-se com esforço, e entrou no banheiro, fazendo toda sua higiene matinal. Amava o colégio, mas detestava ter de acordar tão cedo.
Rapidamente (ok, não tão rápido) a menina arrumou-se, colocando o uniforme do colégio e prendendo o cabelo em um simples rabo de cavalo.
Ela colocou suas meias ¾ e suas sapatilhas pretas, saindo finalmente do quarto, com a bolsa pendurada em seu ombro.
E então, ela o viu ali. deitado no sofá com a televisão ainda ligada. O menino tinha os lábios entreabertos, e estava encolhido, já que ainda estava apenas de boxers. não pôde não sorrir ao ver o menino, que provavelmente adormeceu ali.
De repente, sentiu-se um monstro. Um monstro por ter sido egoísta, egoísta a ponto de pensar em pedir para que não tocasse, apenas para acompanha-la ao baile.
Ela sorriu, sentia-se feliz por . E afinal, era apenas um baile. Um baile de formatura do St. Marrie, mas mesmo assim, simples baile.
Um simples baile que ela iria.
abaixou-se ao lado do sofá, e começou a acariciar os cabelos do namorado,que mexeu-se um pouco na cama.
- amor... – mih começou, chamando-o.
- Hm... – Murmurou o menino, mas sabia perfeitamente que ele estava naquele estado 'estou acordado mas ainda estou dormindo'.
beijou-o levemente, e o menino finalmente acordou.
Sorriu.
- Pode me acordar sempre que quiser... – Ele sorriu, olhando a namorada – Mas se quiser esperar eu escovar os dentes, fica mais confortável pra você... – Ele riu.
sorriu e ficou de pé, indo para a cozinha assim que dirigiu-se ao banheiro.
Ela tomou iogurte, comeu pão e bolacha, enquanto ficou apenas no café.
terminou de engolir o ultimo pedaço de pão, quando olhou o namorado, com uma camiseta do Doors, e uma calça larga.
- ... Sobre ontem... – começou, e parou para olha-la – Eu quero pedir desculpas... Eu fui egoísta e...
- Eu também... – Ele interrompeu-a – Sei como esse baile é importante pra você...
- E eu sei como esse show é pra você... – Ela disse.
Os dois ficaram em silêncio, cada um viajando em seus próprios pensamentos.
aproximou-se do namorado, e segurou em seu pescoço. Automaticamente levou as mãos a cintura da menina.
- Eu preciso ir ao baile... Eu mais quero do que preciso, mas mesmo assim... – Ela riu – Se você não quiser, eu não vou. A única coisa que eu preciso é você, ! – Ela disse sorrindo, e não pensou duas vezes antes de beija-la.
É, ela estava percebendo que o mundo não girava pra ela, e por ela.
- Não ... – começou – Eu quero que você vá ao baile sim! – Ele disse, colocando uma mexa do cabelo da menina, atrás da orelha – Eu não vou poder ir... Dependendo do horário que o baile acabar, você passa no show, se não... Não faltarão oportunidades pra você me ver em shows, você sabe! Agora baile de formatura... – O menino sorriu – Só existe uma vez, e você merece isso!
sorriu abertamente e mais uma vez agarrou .
- Amo você! – Ela disse sincera.
mordeu o lábio da namorada, e riu.
- Eu sei... – Ele sorriu – E eu também amo você, priminha! – Disse rindo.
riu, e os dois ficaram em silêncio. enrolava os cabelos do namorado na ponta dos dedos e suspirava.
- ... Hm, o que eu significo pra você? – perguntou olhando para baixo.
Momento carência afetiva.
riu e com um sorriso, beijou a testa da menina.
- , é tudo sobre você! Você já devia saber disso! – E riu.
sem demora, pegou o rosto do namorado e o encheu de beijos. Nos olhos, no nariz, nas bochechas, no queixo, na testa...
Ela o amava tanto...
- Eu amo você, ! Muito, muito, muito! – Ela disse em tom infantil, e riu.
- Eu também meu amor, muito! – Sorriu.
Os dois ficaram em silêncio, apenas se olhando mais uma vez. olhou no relógio a seu lado, e com um suspiro, mordeu o lábio.
- Vamos, é sua ultima semana de aula! – Ele disse rindo, pegando as chaves no balcão, e puxando a menina pela mão, em direção a porta.
- Eu fiquei chateada também... – Assumia , depois de contar toda história.
Já estava na última aula, que por sorte elas tinham juntas. Pela primeira vez, gostaram de uma aula de física.
A professora esquisitona não passou nada, já que era sua ultima aula praquela turma. Ela começou a contar sobre suas experiências na vida, e sobre como era bom trabalhar no circo – ela era trapezista, até que seu pai morreu em uma apresentação, e por isso, ela resolveu estudar sobre a lei da gravidade.
- Eu queria muito que o viesse... – dizia, enquanto fazia círculos com o lápis, na ultima página do caderno – Mas é o primeiro show do McFly... Eu não tenho nem direito de cogitar a hipótese dele largar isso, por um baile...
concordou plenamente com a amiga.
- Sabe no que eu pensei? – disse, após um tempo em silêncio.
- No que? – perguntou, ainda desenhando qualquer coisa no caderno.
- Precisamos de pares! – disse, fechando o caderno e colocando-os um acima do outro sobre a mesa. Cruzou os braços e bufou – Não podemos ir a nosso baile de formatura sem pares... Você sabe as regras...
respirou fundo. Não tinha pensado no fato de não poder ir com em seu baile. As meninas eram obrigadas a ter acompanhantes. Malditas regras idiotas.
- Eu... Não tinha pensado nisso... – disse sincera, e começou a enrolar o cabelo na ponta dos dedos.
- E eu acho bom arrumarmos um logo, se não quisermos ser obrigadas a ir com os garotos do St. Patrick! Eles são nojentos! – disse, e fez uma careta ao imaginar os formandos do St. Patrick.
- Droga... – disse, ficando de pé quando finalmente ouviu o sinal anunciando o fim da aula – Aonde vou achar um par até depois de amanhã?
- Não me pergunte, eu também não sei! – disse, enquanto saíam da sala.
Conforme andavam pelo corredor, o barulho era intenso, e o assunto era o mesmo: baile.
não parecia mais empolgada com o baile. Queria que tudo explodisse.
Bem, uma parte dela queria isso, a outra ainda queria estar perfeita, com seu namorado mais perfeito ainda do lado, e receber todos os olhares da festa.
respirou fundo, e sentiu Anne chutando. Ela já estava acostumada com isso.
- Preciso de comida... – disse, enquanto saía do prédio, com .
- Vamos almoçar em casa? Os meninos estão ensaiando hoje, mesmo... – disse, procurando o motorista com a cabeça – Podemos nos encher de porcarias calóricas, ver nossos filmes românticos sem graça, e chorar rios! – A menina disse rindo, e sorriu extasiada com a idéia.
Desde que ficou grávida e passou a morar com , que não tinha mais esses momentos 'amiga' com .
- Você não poderia ter tido idéia melhor! – disse sorridente.
Não demorou para que achassem a limusine de .
O motorista de era uma figura engraçada, ele era baixinho, bastante branco e ruivo. Tinha até sardas. Usava óculos dez vezes maiores que seu rosto, e tinha os dentes da frente um pouco maiores do que o normal. Era praticamente uma mistura de Pedro Pettigrew e Arthur Weasley. Porém, tinha o humor infantil de um professor de primário.
As meninas entraram no carro, e o motorista – Roy – sorriu deixando a mostra seus dentes grandes.
- , ! – Ele as cumprimentou.
As meninas já tinham o avisado, que detestavam essa coisa de ‘Sra. ’ ou algo do tipo.
Amavam seus nomes, e gostavam que eles fossem usados.
- Roy, passa na locadora... – pediu, e o motorista ergueu o quepe, sorrindo.
foi engatinhando até o banco da frente e ligou o som, deixando tocar seu Cd preferido: From Under The Cork Tree, do Fall Out Boy. tinha certa paixão platônica pelo Patrick, mesmo achando-o um tanto quanto gay.
Tocava Sugar, We're Goin' Down, e voltou a sentar-se, com um sorriso idiota no rosto.
Era esse o efeito de Fall Out Boy sobre ela.
- Já pensou, quando McFly for tipo, Fall Out Boy? – disse, após um tempo ouvindo a música.
sorriu.
- Eles estão quase lá! – Disse rindo – Eles estão realmente bem... – disse, com um sorriso no rosto.
não sorria.
- Eu tenho medo... – Ela disse baixinho – Eu amo muito o seu irmão, confio demais nele ... Mas... Eu tenho que o sucesso de alguma forma possa subir a cabeça deles... Não estaremos juntos em todos os shows, não estaremos juntos sempre, não teremos mais aquela coisa de marcar saídas de última hora, tipo, uma pizza no domingo... – respirou fundo – Estaremos perdendo nossos namorados para centenas de garotas que fariam de tudo apenas para dormir com eles... Isso não é legal...
pensou sobre o que dissera.
De fato, ela tinha razão.
As duas ficaram em silêncio, mas foram interrompidas por uma tosse forçada de Roy.
- Desculpem mas... Foi inevitável não ouvir a conversa de vocês... – O motorista disse, olhando-as pelo retrovisor – Eu posso dar um conselho?
rolou os olhos, odiava quando Roy se metia em suas conversas. porém deu risada. Adorava aquele motorista. Claro que preferia Jeff, mas mesmo assim...
- Diga Roy! – disse, sorrindo meigamente.
O motorista virou uma rua, e mais uma vez, olhou-as pelo retrovisor.
- Realmente a banda dos namorados de vocês está famosa... – Roy dizia – Minha sobrinha ama o do cabelo arrumadinho...
- ? – perguntou arqueando a sobrancelha.
- Isso! – Afirmou o motorista – E bem, ela e as amiguinhas dela os amam e tudo mais, quase me bateram quando eu disse que conhecia vocês, namoradas deles, e quase me mataram quando eu disse que gostava de vocês – Roy era tão amável! – Mas bem, vocês acham mesmo que eles as trocariam? por exemplo, de longe eu percebo como o garoto gosta de você! Os olhos dele brilham quando te vê! – O motorista disse, e não evitou um sorriso – E você, ... Você é praticamente casada! Tudo o que vocês precisam é um do outro, e não precisam ser em corpos, você estão ligados de certo modo, então, não há porque se preocuparem! – Roy parou o carro defronte da locadora, e olhou-as – Portanto, deixem de pensamentos bobos em relação a isso, hein?
e olharam boquiabertas para o motorista. Desde quando Roy era tão bom com conselhos?
- Uau! – Foi o que disse, após absorver lentamente (bem lentamente) as palavras.
- Roy, eu te amo! – disse rindo, beijando o motorista na bochecha.
Ele corou violentamente, e as meninas desceram do carro, sorrindo.
Tudo o que elas precisavam era um dos outros... Roy tinha razão!
- Olha, Bonequinha de Luxo! – comentou sorrindo, deixando o pensamento ‘, McFly, namoro’ de lado.
Ela estava lá para ver filmes e se divertir e não criar situações desagradáveis em sua mente.
- Não, não quero filmes antigos... – disse rolando os olhos – Quero... – Ela correu os olhos pelas prateleiras – Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, por exemplo! – Disse, pegando o filme.
- Melhor! – disse – Que tal uma sessão Johnny Depp? Podemos pegar Edward Mãos de Tesoura, Em busca da Terra do Nunca, Piratas do Caribe... – começou, e sorriu em aprovação.
Nada melhor em uma tarde, do que Johnny Depp.
Elas pegaram os filmes citados por , compraram pipocas de microondas, chocolates, iogurte de pêssego ( estava com vontade de tomar!) e balas de café na loja da conveniência da locadora, e lotadas de sacolas, voltaram para a limusine, onde viram Roy balançar a cabeça no ritmo de uma música do Fall Out Boy.
Entraram no carro, e pediram ao motorista que as deixassem em casa.
- Eu amo tanto esse filme... – disse com os olhos lacrimejados, no fim de 'Em busca da Terra do Nunca' – Eles são tão...
- , chega com isso! – disse, enquanto lotava a boca de pipocas – Meu Deus, como grávidas são sensíveis! – Reclamou.
deu a língua, e ficou olhando os créditos finais.
estava deitada de barriga pra cima, enquanto raspava uma panela de brigadeiro. Desde que o aprendeu a fazer, passou a ser viciada no doce.
O celular de começou a tocar, e a menina pediu para a amiga pega-lo em sua bolsa.
olhou no identificador e riu.
- Seu amante! – Zuou.
arqueou uma sobrancelha. Como era lerda!
- Matthew, ! – disse sem paciência, jogando o celular para a amiga.
deu mais uma lambida em sua colher de brigadeiro, e atendeu o telefone.
- Matt! – cumprimentou, antes mesmo do menino dizer algo.
- Hei ! Tudo bom? – Ele perguntou, e ouviu claramente o barulho de carros ao fundo.
- Sim! E aí? – Perguntou, enquanto tirava o Dvd e desligava a televisão.
Quase cinco horas assistindo a filmes, cansa.
- Também... – O menino disse, e tinha certeza que ele sorriu – Eu estou aqui no Hyde, cheguei hoje de São Francisco, aproveitando esse fim de tarde... Pensei que podíamos tomar um sorvete, sei lá...
deu de ombros. Amava o Hyde a essa hora do dia.
- Ah, eu topo! – Ela disse sorrindo – Eu estou aqui na casa da , chego aí em... – Pensou – Uns quinze minutos!
- Eu te espero, então! – Matt disse – Hm, até daqui a pouco!
- Até! – disse, e desligou.
Ela adorava a companhia do fotografo. Antes mesmo deles serem 'colegas de trabalho' tornaram-se amigos.
Amigos quando não estavam na presença de , já que Matt tinha um certo receio do menino.
achava isso tremendamente engraçado.
- E aí? – perguntou curiosa – Trabalho a essa hora do dia?
sorriu e ficou de pé, olhando-se de lado, no enorme espelho do quarto de .
- Não... Ele quer que eu vá no Hyde, tomar um sorvete! – disse tranquilamente, olhando o quanto estava engordando.
Na barriga, e nos seios.
fez um barulho estranho com a boca.
- E você vai? – Ela perguntou.
- Sim! – disse normalmente, agora, arrumando o cabelo.
- Mas sorvete, no inverno? – perguntou, arqueando uma sobrancelha.
- Qual o problema? Adoro excentricidade! – disse rindo.
- E se ...
- não vai falar nada! Ele parou com essa coisa de ciúmes! – interrompeu a amiga.
deu de ombros. Era inútil teimar com .
- Me empresta uma roupa? Não quero ir de uniforme! – pediu, e sorriu.
- , nada meu entra em você no momento! – Ela disse, e fez uma expressão ofendida. riu – Mas eu te empresto algum casaco... Você pode usa-lo fechado... Ninguém perceberá que você está de uniforme!
deu de ombros, e pegou um casaco branco, que ia até a altura de seus joelhos. Era lindo, sempre amou aquele casaco.
- Eu amo esse casaco! – disse, após vesti-lo, e começar a se olhar no espelho.
- Eu sei! – riu – E eu também amo ele, então, trate de não derrubar sorvete nele! Sei como você é cuidadosa... – Ironizou.
deu a língua, e pegou sua bolsa.
- Bem, estou indo então... – Disse.
sorriu, deu um beijinho no rosto da amiga e colocou uma mexa de seu cabelo atrás da orelha.
- Cuidado! – Disse.
- , eu vou de táxi! – disse rindo – Não há perigo!
- Não é disso que eu estava falando... – disse baixinho, e acompanhou a amiga até a porta.
Ficaram esperando o táxi de na frente da casa, até finalmente o carro preto, parar.
Capítulo 36: Loner In Love;
Apesar de estar no inverno, o tempo não estava lá muito frio.
Maldito aquecimento global.
sempre gostou de neve, e nessa época do ano, a uns sete anos atrás, já estaria nevando.
Maldito aquecimento global.
estava com as mãos dentro do casaco, e esticava-se tentando ver alguma sombra de Matthew.
Era praticamente impossível, já que o parque era grande.
Uma menininha e um menininho passaram com suas bicicletinhas minúsculas, "correndo" por ela, apostando corrida.
A menininha era bastante branca com as bochechas extremamente rosadas. Seus olhos eram verdes, e o cabelo era bem escuro. Já o menininho era loiro, dos olhos castanhos. Ele pedalava com força sua bicicletinha do Homem Aranha, enquanto a garotinha, empurrava com o pé sua bicicleta da Barbie.
- Sai Nick! Eu vou ganhar de você! – A menininha dizia, enquanto o garotinho já estava longe.
não pôde não sorrir ao imaginar sua filha ali, correndo de bicicleta. Automaticamente olhou para sua barriga. Passado o desespero, o choque de saber que seria mãe, vinha a ansiedade. A ansiedade para que Anne nascesse logo.
Despertando de seus pensamentos, esticou-se mais uma vez, procurando Matthew.
Vendo que não o acharia se não caminhasse, a menina começou a andar pelo parque. Passou por aquela árvore e não pôde não sorrir: aquela árvore que ficou com , pela primeira vez.
Aquele estado de nostalgia tomou conta da menina, e ela ficou parada, apenas olhando aquela árvore.
Quando estava ali, com , ela não imaginaria como sua vida poderia mudar. Jamais imaginou que ficaria grávida, jamais pensou que brigaria com seus pais, jamais imaginou que seria modelo fotográfica, jamais imaginou que casaria com .
Por um momento, ela esqueceu-se que estava noiva de . Porém, bastou ela olhar para sua mão direita, e deixou que aquele sorriso bobo tomasse conta de seu rosto.
Era tudo tão automático...
- Aposto que você viu uma lagartixa e ficou paralisada de medo! – ouviu aquela voz rouca, com um tom irônico, atrás de si.
- Oi, Matt! – disse, finalmente virando-se, e rindo.
Matt estava com um moletom preto da Hurley, uma calça larga de corrida, e seus tênis Nike cheio de amortecedores. Os cabelos do garoto estavam bastante bagunçados, conforme o vento passava.
Ao ver o sorriso de , o menino fez o mesmo. Ele tinha um sorriso maravilhoso.
- Chegou faz tempo? – Ele perguntou, chegando perto da menina, e passando um braço pelos ombros dela.
Apesar da aparentar ter corrido vários quilômetros, o cheiro dele era bom. Muito bom.
- Não, cheguei agora... – Ela disse, enquanto caminhavam em direção a um banco.
- Hm... Cara, nunca pensei que conseguia correr tanto! – Matt dizia surpreso consigo mesmo – Eu dei cinco voltas pelo parque, em menos de trinta minutos! Sou quase um papa-léguas! – Ele disse extasiado, e riu.
- Uau! – fingiu admiração, embora soubesse perfeitamente que jamais conseguiria tal proeza.
- Mas e aí, sentiu minha falta? – O fotógrafo perguntou rindo, com aquele ‘quê’ convencido e brincalhão que só ele tinha.
- Muita! – Ironizou , rindo – Acho que você deveria cortar as minhas semanas de folga...
Matt fez um bico, e sentaram-se no banco.
- Sem graça, eu senti sua falta! – Ele disse, começando a balançar o pé – Vou realmente tirar suas semanas de folga!
- Nem brinca! – disse, e o garoto riu.
- Mas e aí, o que me conta? – Ele perguntou sorrindo, olhando a menina.
Matt a olhava com firmeza. Aquilo deixava um pouco sem-graça.
- Hm... – Ela pensou – É uma menina! – disse sorrindo, apontando sua barriga.
Matt sorriu.
- Que legal! Já escolheu o nome? – Ele perguntou sorrindo.
assentiu com a cabeça.
- Anne! – Disse.
Matt assentiu com a cabeça, e ficou olhando a barriga da menina, mesmo que por baixo de toda aquela roupa.
- Ah, não poderá ir a meu baile de formatura... – disse depois de tempo, um pouco chateada. Apesar de ter entendido e aceitado, aquilo ainda a chateava – McFly vai ter seu primeiro grande show, no mesmo dia!
- Sério? – Matt Duvidou.
fechou a cara e olhou o garoto.
- Eu tenho cara de quem está brincando? – Perguntou ainda séria, e Matt começou a rir.
- Desculpa! – Ele disse rindo, e não agüentou, começando a fazer o mesmo.
Os dois ficaram em silêncio, cada um observando as coisas a sua frente.
já estava acostumada com esse jeito de Matthew. Do nada, ele ficava quieto, era como se ele mergulhasse em seus pensamentos e não soubesse a hora de voltar a vida-real.
Para quem não o conhecesse, Matt era apenas um garoto bonito. Para os mais íntimos, Matt era um garoto bonito e genial. Genial mesmo!
- Você e o , realmente se amam, né? – Ele perguntou, depois de um tempo em silêncio.
sorriu de lado, e olhou para o céu, que começava a querer mudar de cor.
Ele começava a ganhar um tom alaranjado. Na opinião de , a coisa mais linda.
- Muito. – Respondeu sincera.
Matt assentiu com a cabeça.
- Eu queria sentir isso, sabe? Realmente amar alguém... – Matt começou, olhando qualquer ponto fixo a sua frente – Sabe, poder dizer que eu gosto de alguém, que eu amo... É ruim ser um solitário, sabia? – Ele disse, e não pôde não sorrir.
- Matt, você é 'solitário' – Fez aspas com os dedos – Porque quer! Nós dois sabemos que é só você estalar os dedos que qualquer modelo sai correndo a seu encontro! Você é lindo, simpático, engraçado... – citava as qualidades do menino, mas parou ao ver o sorriso convencido dele. Ela riu – E convencido!
- Não, continua! – Ele pediu rindo – Adoro saber minhas qualidades!
deu um soquinho no braço do menino, que riu. Mulheres são tão fracas, quando comparadas a homens bonitos.
- Idiota! – Ela deu a língua, e Matt deu um abraço de urso na menina.
- Posso te contar um segredo? – Matt disse sussurrando, depois de soltar .
sorriu infantilmente, e acenou com a cabeça.
Matt olhou para os lados, como se estivesse tomando cuidado para não ser ouvido. Colocou a mão na lateral da boca, e aproximou-se do ouvido da menina.
- Eu nunca saí com minhas modelos! É tudo conversa fiada! – Ele disse rindo, e começou a rir, colocando a mão na boca em seguida.
- Prometo que não espalho! – Disse, segurando o riso.
Matt abriu os braços sobre as 'costas' do banco, e riu satisfeito.
- Não espalhe mesmo! Minha reputação estaria acabada! – Ele disse rindo.
Os dois ficaram mais uma vez em silêncio. As vezes, odiava o fato de Matt ser tão 'brisado'.
- Sabe ... Eu namorei uma vez... – Matt continuou, após um tempo – E... Não foi legal. Quer dizer, ela foi a única pessoa que eu cheguei perto de gostar, sabia? – Ele contava olhando fundo nos olhos de , que apenas ouvia, assentindo com a cabeça – Chegamos até a cogitar a hipótese de morarmos juntos... Na verdade, chegamos a comprar um apartamento...
- Uau! – pronunciou, admirada.
Matt deu um sorrisinho de lado.
- Na real, naquela época eu achava que a amava, achava que ela seria a mulher da minha vida... Eu tinha dezenove anos... – Ele contava, e agora, balançava os pés, um contra o outro – Até que eu a vi com outro cara, um amigo de faculdade... – Ele sorriu – Depois disso, eu passei a desacreditar nessas coisas românticas... Até que... – Ele parou de falar.
- Até que... – quis que ele continuasse.
- Até que eu conheci você... E o ! – Matt sorriu – Vocês são a prova viva de que, essa coisa de amor, realmente existe! Vocês enfrentaram de tudo para poderem ficar juntos, sabe? E cara... Eu quero isso pra mim! – Matt disse sério, agora olhando pra baixo. Ele passou as mãos pelo cabelo, e deu um sorrisinho – A menina nem precisa ser linda como você, mas se tiver a sua personalidade, esse seu jeitinho... – Ele riu ao ver corar – Já vale a pena!
sorriu e abraçou Matt.
- Que lindo tudo isso que você disse! – Ela disse e Matt sorriu.
- Por favor, apague tudo depois! Aposto que tinha maconha naquele bolo que eu comi na padaria da esquina! Eu jamais te contaria essas coisas! – Ele disse rindo, e fez o mesmo.
Os dois voltaram a ficar em silêncio, e Matt voltou a encarar o seu ponto fixo invisível.
começou a pensar em . Era inevitável, era só não ter em que pensar, que pensava em .
Malditos apaixonados românticos.
Pensou em , McFly, baile...
- MATTHEW! – gritou, e Matt deu um pequeno pulo do banco.
Fez uma careta e colocou a mão no peito.
- , porra! Eu tô do seu lado, não tem necessidade de gritar! – Ele repreendeu, e deu de ombros.
- Matt meu amor! – Disse ela rindo, colocando a mão no ombro do fotografo – Você estará livre na sexta-feira?
Matt deu um sorrisinho convencido, e jogou os cabelos escuros para trás.
- Eu nunca estou livre, cara ! – Sorriu – Por quê?
mordeu o lábio inferior e olhou para o fotógrafo com cara de criança feliz.
- Porque... – Ela começou a enrolar o cabelo do garoto na ponta dos dedos – Você bem que poderia ir ao baile comigo... – Ela sugeriu, sorrindo abertamente, olhando esperançosa para o menino.
Matt abaixou a cabeça, e coçou a nuca.
- Você acha que o não vai ficar, sei lá...
- Não, ele não vai! – o interrompeu, sorrindo animada. Matthew definitivamente era melhor do que qualquer outro garoto do St. Patrick – Por favor Matt, meu amor! – Ela riu – Você é... O cara perfeito pra ir comigo nesse baile!
- Sou é? – Perguntou convencido, mordendo o lábio e olhando com cara de safado para .
- É! – Ela disse rindo.
Matt colocou a mão no queixo e pareceu pensar por alguns segundos.
- Eu vou ter os privilégios de acompanhante? Tipo, eu vou poder te dar uns pegas? – Ele perguntou rindo, e levou um tapa no braço.
- Cala a boca, Matthew! – disse fingindo seriedade. Era impossível manter-se séria com Matt perto.
- Eu até viro padrasto da Anne! – Matt disse, mexendo na barriga de .
balançou a cabeça negativamente, rindo.
- Fala sério, Matt... – Pediu – Você quer ir comigo?
Matt sorriu e abraçou pelos ombros.
- Sim! Só porque você inovou e me convidou! As meninas de hoje não são como as de antigamente, graças a Deus! – Ele disse rindo.
sorriu e beliscou o menino.
- Quem vê pensa que você tem cinqüenta anos! – Riu.
- Vinte e seis, muito bem vividos! – Ele disse rindo.
estava animada. Pelo menos um de seus problemas, já estava resolvido: acompanhante para o baile.
E passaram todo o fim de tarde juntos. Tomaram um picolé quando, por algum tipo de milagre, um solitário vendedor de sorvetes, passava desanimado com seu carrinho.
Depois, resolveram ir andando até o edifício de , já que Matt estava nos trajes de corrida.
relutou um pouco, mas o poder de Matthew Levine era realmente bom.
Logo, estavam defronte do prédio, e Matt sorriu.
- Então, chegamos! – Ele comemorou, rindo – Fiz uma grávida sedentária, caminhar do Hyde, até aqui! – Ele disse, como se fosse algo realmente distante.
deu a língua.
- Não exagere! – Ela disse rindo.
Matt sorriu, e abraçou com força e cuidado. Cuidado com o bebê, e força o suficiente para tira-la do chão.
- tem sorte! – Matt disse rindo – E eu também, já que serei o seu acompanhante de baile! – Riu.
assentiu com a cabeça rindo.
- Eu que tenho sorte, seu bobo! – Ela disse rindo, apertando o nariz do fotógrafo, assim que ele a colocou no chão – Até depois, Matt!
Matt beijou a bochecha da menina, e saiu caminhando e chutando pedrinhas, enquanto entrava no edifício.
Cumprimentou o porteiro do bigode estranho, e correu a tempo de conseguir entrar no elevador.
- Obrigada! – Agradeceu a mulher baixinha, que segurou a porta.
A mulher sorriu, e apertou o botão indicando seu andar. Olhou no relógio que ficava acima da porta, e constatou que já estaria em casa.
Logo, o elevador parou em seu andar. despediu-se da simpática senhora baixinha, e saiu do elevador, entrando finalmente em casa.
estava sentado no sofá, com os pés na mesinha de centro. Ele falava ao telefone, e acenou quando a menina chegou.
sorriu, sentou-se ao lado do garoto, e beijou o rosto dele.
despediu-se da pessoa com quem falava, e jogou o telefone longe, abraçando pela cintura, deitando-a no sofá.
- Aonde estava, hein mocinha? – Ele perguntou rindo, ficando por cima da menina, e segurando em cada lado de sua cintura.
sorriu.
- No Hyde... – Ela disse, e deu um beijo leve em seus lábios. Agora, ele estava apoiado em seus cotovelos, e mexia em seu cabelo.
- Eu estava com saudades! – Ele disse rindo.
- Exagerado! – deu a língua.
deu a língua, e mordeu de leve o queixo da namorada. Nem parecia que a horas atrás, os dois tinham... Discutido?
Não, não tinham discutido, mas o clima não andava lá muito bom.
- Fazendo o que, no Hyde? – perguntou, enquanto enrolava seus cabelos na ponta de seus dedos, fazendo pequenos cachos.
- Eu estava lá com o Matt, ele voltou de São Francisco e me ligou... – Ela disse despreocupada, agora colocando todo o cabelo de para trás, e soltando-a.
Namoradas se divertem com coisas tão estúpidas, tipo, cabelos dos namorados.
- Hm... – murmurou, fechando os olhos e rindo, ao sentir seu cabelo cair novamente sobre sua testa.
- Ele vai ao baile comigo... – continuou, agora, colocando o cabelo de atrás da orelha, deixando a mostra o alargador recém adquirido.
tinha dado uma espécie de ataque quando viu aquele – palavras dela – arrombo na orelha do namorado. ouviu horrores, mas depois de um tempo, ela passou a gostar.
Malditos rockstars.
- Vai? – perguntou, arqueando uma sobrancelha, e pegando na mão de .
- Sim... – Ela disse, agora fitando os olhos do namorado – Você sabe que, óbvio que eu preferiria você, mas convenhamos que, Matt é melhor do que qualquer formando do St. Patrick...
- Eu fui um formando do St. Patrick! – disse fingindo-se ofendido.
deu a língua, e apertou o nariz do namorado.
- Você foi o único que salvou... – disse rindo – Quer dizer, você, meu irmão, o e o ... – Ela disse, enquanto começou a dar beijinhos pelo braço de , começando por seus dedos.
- Eu era o mais bonito, não era? – Ele perguntou em tom convencido, sem olhar para a menina. Ele agora dava pequenos beijos pelo pescoço dela.
- Uhum... – Ela disse, de olhos fechados.
riu ao sentir a pele da menina arrepiar-se, e começou a beijar sua orelha.
- Você também... – Ele sussurrava na orelha da menina com uma voz rouca, enquanto mordiscava a mesma – Você sempre foi a melhor dentre seu grupinho de amigas, a mais bonita, a mais gostosa...
riu, e fez o mesmo, agora fitando-a. Os dois se olhavam apenas, um analisando intimamente o outro.
sorriu e começou a beijar , cheio de desejo. Suas mãos já passeavam por dentro do casaco da menina, com o fim de empurra-lo para baixo.
gemeu baixinho ao sentir a língua quente do menino, em seu pescoço ainda gelado, e arrepiou-se ao sentir as mãos do namorado, em suas pernas adentrando sua saia.
Não demorou para que o casaco de que vestia, caísse no chão da sala, e com cuidado, começasse a desabotoar a camisa de . A cada botão que ele desabotoava, era um beijo na barriga da menina. já tirava a camisa do namorado sem cuidado algum; ergueu os braços para ajuda-la, e rapidamente, ela começou a desabotoar suas calças.
Ambos deixaram-se levar pelo momento, pela coisa que no momento, era o que o mais queriam.
Ficar realmente juntos.
Capítulo 37: Do You Wanna;
O dia estava perfeito, definitivamente.
Apesar de ser inverno, o Sol estava predominante naquele dia, de modo que era possível até andar com apenas um casaco leve.
O céu parecia ter sido encomendado, tamanha beleza ele exibia naquela tarde de sexta-feira.
Finalmente, o dia tinha chegado: a formatura de .
- Boa sorte... – disse respirando fundo, ainda dentro do carro. Era a última vez que veria naquele dia, antes do baile e do show.
respirou fundo, e colocou uma mecha do cabelo da namorada atrás da orelha.
- Pra você também... – Desejou – Eu... Mesmo que eu não esteja com você... Eu quero que seja o melhor dia da sua vida, certo? – Ele disse com um sorriso lindo.
sorriu e beijou as costas da mão do namorado.
- O melhor dia da minha vida foi quando eu descobri que você gostava de mim também! – Ela sorriu.
puxou delicadamente a menina para um beijo demorado. Ele mexia em seu cabelo com cuidado, e , bagunçava-os sem nenhuma delicadeza.
Com dó, partiram o beijo, e olharam para a casa da mãe de , aonde estavam parados defronte.
- Vai lá... – disse, dando um tapinha na perna de .
A menina mordeu o lábio, deu um selinho no namorado, e saiu do carro, entrando em casa.
Ouviu o carro tomando distância, e respirou fundo. Era hoje!
Deixou que aquela empolgação da formatura tomasse conta do seu corpo, e deixou os pensamentos do tipo ' não estará lá' de lado. estaria fazendo o que ele mais gostava, que era tocar.
E ela se divertiria, afinal, era sua formatura!
- Mãe? – gritou, assim que entrou em casa.
Joanna saiu do escritório, segurando vários panos e papéis.
- , por que demorou tanto? – A mulher perguntou cansada, começando a subir as escadas.
deu de ombros e seguiu a mãe.
- ainda tinha coisas a arrumar, antes de seguir ao Royal Albert Hall, aonde vão fazer o show... – Ela dizia, enquanto subia as escadas, seguindo a mãe.
Entraram no antigo quarto de , que hoje, servia como uma espécie de closet para os vestidos da menina. Porém era temporário, já que em breve, ela levaria todos para sua casa.
- Royal... Banda... – Joanna murmurava, enquanto colocava os panos sobre a cama – Seu irmão tinha porte para ser um lorde! Mas não, ele resolveu ignorar toda educação que eu dei para ele, entrando em uma bandinha de rock! Dê-me paciência, Deus! – Reclamou.
apenas riu.
- também... – Ela continuou, ignorando o riso de , que se despia no momento – Quando que eu ia imaginar que aquele garoto brilhante, que eu chamava de sobrinho, se tornaria um rockstar e... Meu genro! – Ela mesma riu – Eu preciso de vodca! – Disse a si mesma.
continuou rindo, e colocou o seu vestido, que sua mãe já começou a arruma-lo.
- Filha, você é a grávida mais linda que eu já vi! – Admirou-se Jo, ao ver a barriga de sua filha – Você está linda! Quer dizer, seu corpo continua quase o mesmo mas... Você está linda! – Concluiu.
colocou suas mãos sobre sua barriga e respirou fundo, sorrindo.
- Obrigada, mãe! – Agradeceu, sorrindo.
Jo fitou a filha por alguns segundos; balançou a cabeça como se estivesse tirando pensamentos de sua mente, e começou a ajustar o vestido da menina, já que o relógio marcavam quatro da tarde.
estava apenas de roupão, o cabelo já estava arrumado, e seu rosto já tinha a perfeita maquiagem.
Como era bom poder contratar cabeleireiros e maquiadores maravilhosos, sem sair de casa.
Como era bom ter dinheiro!
Ela deliciava-se com uma enorme taça de sorvete de kiwi com cobertura de banana e uvas passas. Desejos.
já tinha ligado centenas de vezes, para saber como andavam os preparativos de . Ah, iria ao baile com o primo, Josh. lembrava-se de Josh, um tipo metido e convencido. Ela sempre detestou-o, embora tivesse que concordar que Josh era maravilhoso. Ele morava no País de Gales, e sempre vinha nas férias para Londres.
- Ah meu Deus, este sunday está maravilhoso! – disse maravilhada, à cozinheira, que sorriu orgulhosa.
- Obrigada, eu estava com saudades de fazer sorvetes, batatas fritas dentre outras bobagens... – Marli riu – Desde que você e mudaram-se, a casa ficou silenciosa... – Suspirou.
riu, terminou de tomar seu sorvete, despediu-se da cozinheira, e subiu para seu quarto, onde sua mãe estava, colocando o vestido em cima da cama.
- Enfim, pronto! – Disse finalmente, sorrindo.
sorriu abertamente quando viu o modelo ali, pronto, pedindo para ser vestido. A menina tirou o roupão, e com cuidado, colocou o lindo modelo vermelho, acima dos joelhos. Ajeitou a fita preta que estava em sua cintura, disfarçando um pouco, o volume de sua barriga. Não que ela quisesse esconder que estava grávida, só queria continuar elegante.
Joanna observava colocando seu vestido, cada detalhe daquilo que podia ser chamado de obra de arte. Um digno modelo de Joanna .
Vestiu as altíssimas sandálias, e colocou a tiara prateada em seus cabelos, que estavam perfeitamente ondulados.
olhou-se no espelho e sorriu. Estava linda. Estava pronta para o baile.
Queria tanto que a visse...
Passou seu perfume Dolce que tanto amava, e retocou a maquiagem com mais sombra, e gloss cor-de-rosa.
- Filha... Você está maravilhosa! – Joanna disse, debulhando-se em lágrimas – Você... Você... Oh meu Deus, minha filha está se formando! – Ela disse alto, erguendo os braços e abraçando com força.
Por um momento, achou ter visto Molly Weasley no corpo de sua mãe.
Separaram-se do abraço, e Joanna pegou a câmera, que estava sobre a cômoda. Imediatamente, Joanna começou a tirar fotos da filha, que rindo, fazia poses. Ora sérias do tipo 'sou uma modelo, baby' ou então, aquelas 'eu odeio tudo isso' com direito a língua para fora e caretas.
continuou se arrumando, enquanto Joanna foi retocar a maquiagem. Mesmo que não fosse sair de casa, jamais ficava sem maquiagem.
A menina olhou-se mais uma vez no espelho e respirou fundo, olhando-se.
Estava ali, linda. Prestes a ter a melhor noite de sua vida... Mas não, ela sentia um vazio, um enorme vazio. Pensou em , como estava, se no momento, ele estava ajustando o som, ou fazendo algum tipo de reza para ter sorte em seu primeiro show. Sorriu ao imaginar dando pulinhos de aquecimento.
Sentou-se na cama, e colocou a mão em sua barriga, olhando-a.
- É... Hoje é o primeiro show do papai! – disse sorridente, deixando que seus olhos começassem a arder pelas lágrimas.
Não eram lágrimas de tristeza ou algo do tipo, eram lágrimas de felicidade: estava conquistando seu maior sonho; ela estava indo para seu baile de formatura, e ambos estavam a poucos meses de receber o maior presente do mundo todo, Anne.
sentiu uma pequena pontada no estômago, e riu. Anne estava agitada ultimamente.
Um tempo depois, Joanna voltou ao quarto, ainda com a câmera nas mãos, e sorrindo boba.
- Seu par chegou! – Avisou sorridente – E ...
- OH MEU DEUS! – gritou, entrando no quarto, interrompendo Joanna.
Jo deu de ombros e riu, deixando as duas amigas no quarto.
estava linda. Usava um vestido azul marinho, longo, com sandálias prateadas altas. Seu cabelo estava bastante liso, mas amarrado em um rabo de cavalo.
- Oh meu Deus! – disse, em um tom bem mais calmo que , sorrindo – Você está...
- LINDA! – mais uma vez interrompeu, gritou – Definitivamente linda! , eu odeio você, sério! Por que você tem que ser sempre a mais bonita? – Ela disse, colocando a mão na cintura – AAAAH! – estava tendo um ataque, o que fazia com que a menina risse.
- Hei, cala a boca! – disse rindo – Você está maravilhosa, e corta essa história de 'a mais bonita'! – Pediu.
riu, e puxou a amiga para defronte do espelho. As duas admiraram-se sorrindo.
- É hoje... – comentou.
- É... – continuou, olhando cada detalhe de seu rosto, e corpo.
Momento narcisista.
- Queria que estivesse aqui... – disse, agora virando-se.
- Eu também... Quer dizer, o também... – riu – Mas... Vamos lá , eles estão felizes, e querem o mesmo da gente! – dizia, em seu momento otimista – Vamos logo, porque eu conheço o Matthew, e sei que ele já deve ter me xingado de todos os palavrões possíveis!
riu, e entrelaçou seu braço no de . As duas sorriram, e desceram as escadas.
Ouviram alguns elogios da empregada, mais alguns de Joanna, e de Robert, que passava por ali, antes de enterrar-se nos livros do escritório novamente.
Saíram da casa (ah claro, Jeff elogiou-as, assim como o jardineiro, que estava sentado em um dos bancos...) e pararam defronte da limusine.
- Vocês querem mesmo que abrimos a porta para vocês? – ouviu aquela voz sarcástica e grossa, que ela reconheceu ser de Josh.
Teria de ter paciência.
- Oi Matt! – disse sorrindo, abrindo a porta do carro e entrando, dando de cara com o fotógrafo.
Matt estava maravilhoso, ah sim!
O smoking não o tinha deixado com cara de pingüim, muito pelo contrário, só tinha deixado-o ainda mais bonito. Seus olhos claros estavam absurdamente azuis naquele dia, e seu cabelo, tinha ganho um corte mais baixo, e estava um pouco arrepiado. Um pouco.
O cheiro do garoto intoxicou as narinas de , e ela sentiu-se feliz por ter um acompanhante como ele.
- Uau! – Foi o que disse Matt, antes de ficar boquiaberto, observando .
A menina riu, e entrelaçou seu braço no do garoto rindo, apoiando a cabeça no ombro dele.
- ... – Dessa vez, foi Josh quem disse em tom bobo, encarando a menina.
virou-se para o garoto que lhe dirigira a palavra, e não se surpreendeu ao ver que Josh estava ainda mais bonito. Seus olhos verdes estavam mais claros naquela noite, talvez pelos tons louros que agora encontravam seus cabelos, antes castanhos, e pelo smoking. Usava uma gravata borboleta cinza, e os sapatos sociais que provavelmente, comprou com o pai. O cabelo do menino, que agora estava um pouco comprido (para quem estava habituado a usar a cabeça quase raspada) tapava suas orelhas, de modo que ele colocou sua franja um pouco de lado. Nada emo, apenas estética.
deu um sorrisinho, e Josh sorriu galante. Aquele sorriso que ela tanto odiava por ser tão provocador e perfeito. Maldito Josh.
- Oi Josh! – Disse , em tom de desanimo, arrancando risos de e Matt.
fechou a porta atrás de si, e Roy, o motorista Weasley, dirigiu em direção ao colégio, ao som de New World, L'arc en Ciel. Hyde e sua voz era realmente contagiantes.
- Me liguem quando for a hora de busca-los! – Avisou Roy, quando todos desceram do carro, menos .
- Certo! – Ela disse, finalmente saindo do carro, e fechando a porta atrás de si.
já estava enroscada no braço de Matt, enquanto dava o braço para o primo, que ainda encarava indiscretamente . Ela simplesmente ignorava.
O colégio estava maravilhoso. Ele nunca pareceu tão belo. O salão de festas nunca pareceu tão grande, tão arrumado...
No centro, uma enorme pista de dança, com direito a globos espelhados. Na entrada, o tapete vermelho, que era facilmente ignorado pelas formandas, que iam direto para o bar, que ficava ao lado da entrada.
Existiam tendas nos cantos do salão – o que provavelmente foi obra das garotas do comitê de decoração, já que, em hipótese alguma, a diretora teria tal idéia – e bem ao fundo, uma espécie de palco, onde tinham já alguns instrumentos. Ninguém sabia da banda que tocaria ali, era total mistério.
sorriu, e agora de mãos dadas com Matt, seguiram para o bar, sendo seguidos por Josh e .
- Droga, vão pensar que namoramos! – Reclamou Josh, com .
rolou os olhos, soltando a mão do primo.
- Eu jamais namoraria você! Você é meu primo! – Ela disse rolando os olhos.
começou a rir, e fingiu uma tossida.
- Oh não, eu não quis dizer que... Ah , você entendeu! – disse, confusa.
riu e pegou a bebida que Matt agora estendia a ela.
Josh deu um sorrisinho de canto, e perguntou.
- Então... É verdade mesmo? Quer dizer, você... ...
- Sim! – disse exibindo um sorriso de dar orgulho a qualquer dentista. Maldito efeito .
Josh assentiu com a cabeça, e pegou uma bebida. rolou os olhos, e foi até o bar, pegando algo para si.
Ouviram qualquer música animada começar a tocar, e automaticamente dirigiram-se a pista de dança.
Matt, , Josh e .
As estudantes olhavam com inveja, admiração, adoração, raiva... Todos esses sentimentos juntos. Ela amava isso, e sentiria tanta falta.
Outra música começou a tocar, e eles começaram a dançar, juntamente com as dezenas de pessoas aglomeradas na pista.
percebeu que, meninas no geral, olhavam furtivamente para Matt, já que a maioria das meninas solteiras, deixaram seus acompanhantes babacas do St. Patrick, no canto do salão.
percebeu que Matt olhava uma garota loira e alta, alguém em que jamais prestou atenção na vida.
Bem, ela nunca prestou atenção em ninguém, a não ser ela.
Maldito egocentrismo.
- Vai lá! – disse ao amigo, já no meio da música, sorrindo.
- Ahn? – Perguntou o menino, fitando , com um sorriso.
sorriu.
- Vai lá, Matt! Eu vi os olhares que você está trocando com a garota ali! – disse alto, tamanho o volume da música.
- Pára , você ta vendo demais! – Ele disse rindo, continuando a dançar.
riu e balançou a cabeça negativamente.
- Eu vou no bar... Pra menina não achar que namoramos... – riu, ao ver o sorriso de Matt – Boa sorte, garoto solitário! – Riu.
Matt deu um beijo na bochecha da menina.
- Não bebe muito, não se esqueça que você está grávida! – Ele disse em tom paternal.
riu e beijou o rosto do menino, saindo e fazendo sinal para a garota loira.
A menina dirigiu-se ao bar, e pediu uma água com gás. É, ela já tinha bebido um pouco, e sabia que tinha que tomar cuidado com a gravidez. Escorou-se no balcão, esperando que o garçom pseudo-porco-espinho trouxesse seu pedido.
- Aqui! – Ele disse com aquele sorriso 'estou sendo pago pra isso', ao entregar a água para .
agradeceu, e antes que pudesse virar-se, sentiu uma mão em sua cintura abraçando-a fortemente, e um queixo em seu ombro.
- Eu já disse que você está realmente boa, ? – Josh disse, com o mesmo tom de voz irritante.
rolou os olhos, tirou as mãos do menino de sua cintura, e virou-se com um olhar nada amigável.
- Não enche meu saco, Josh. – Disse séria, indo em direção aos sofás que ficavam próximos a entrada.
Josh riu, e foi atrás da menina.
sentou-se no menor sofá, e abriu sua água, dando um longo gole. Josh sentou em seu lado, e passou o braço pelos ombros da menina.
- , vamos lá! Hoje é sua noite de formatura, você merece se divertir... – Josh dizia, chegando perto de . O cheiro do menino era hipnotizante. Agora, ele encostou sua boca no ouvido da menina, sussurrando – Você merece... Merece alguém como eu... – Ele agora passava sua boca por trás da orelha dela. É, aquilo provocava certos arrepios. empurrou Josh e rolou os olhos.
- Josh, por que você não vai azarar qualquer outra garota? – perguntou séria.
Josh a irritava por sua prepotência. Malditos garotos que sabem que são hots.
- Porque nenhuma outra garota me interessa... – Ele disse sorrindo de lado, passando a mão pela cintura da menina e colocando-a ao outro lado de seu corpo, ficando assim, apoiado.
O menino estava defronte de , e aquela posição a impossibilitava de sair.
- Que legal. – Ironizou a menina – Josh, já chega... – E mais um gole. Ela não estava preocupada nem nada do tipo, aqueles joguinhos de Josh eram simplesmente entediantes.
- Você acha mesmo que, não vai pegar nenhuma garota? – Ele começou – Shows envolvem bebidas e cigarros, você acha mesmo que ele não vai ficar bêbado e catar alguma groupie?
- Acho. – disse séria – Entre nós existe algo que, acho que alguém tão sem cérebro como você, jamais entenderia... Existe respeito, Josh! – Ela disse séria.
Josh deu uma pequena gargalhada.
- Respeito, todo mundo pensa isso! – Ele disse arqueando uma sobrancelha – Vamos lá , eu sei que você tinha uma queda por mim... – Agora, Josh apertava a cintura de .
rolou os olhos e empurrou o menino, que ficou no sofá sorrindo, e olhando-a.
- Eu devia ter no máximo, dez anos. Dá um tempo Josh, por favor! – Ela disse séria, levantando-se e deixando o menino ali, sozinho.
ia em direção a pista de dança e respirou fundo ao olhar tudo aquilo.
A festa estava linda, as pessoas estavam maravilhosamente bem vestidas, seu acompanhante estava enroscado com uma loira – ah sim, uma das coisas mais visíveis agora, era Matt e a desconhecida, se beijando – havia sumido, ela estava sendo cantada por um garoto sem cérebro e prepotente...
Aonde estava toda aquela utopia de formatura perfeita?
Aonde estava toda aquela animação de 'estou me formando'?
Aonde estava a diversão daquilo tudo?
Não, ela não estava se divertindo, aquilo tudo estava incrivelmente sem graça; ela sabia aonde queria estar, e com quem.
Sorriu.
deu sua garrafinha de água, ainda na metade para um garçom, pegou o celular de dentro da sua bolsa, e enviou uma mensagem para .
Ela deu mais uma olhada na festa, respirou fundo, e saiu do salão, pegando o primeiro táxi ali parado, esperando qualquer formando bêbado incapacitado de dirigir.
- Kensington, Royal Albert Hall, por favor! – Pediu através daquela pequena janelinha que a possibilitava de conversar com o motorista.
Capítulo 38: The Great Escape;
Ela tirou uma nota da bolsa, e pagou o taxista.
Estava parada em frente ao Royal Albert Hall. Lembrou-se de como estava preocupado em não encher o lugar. Tudo bem que não era lá muito grande, mas para um começo, estava ótimo!
sorriu ao ver a quantidade de pessoas que ainda tentavam entrar, e ao ouvir o barulho ensurdecedor dos gritos.
Com cuidado e com as mãos na barriga – ela não queria sua filha sendo massacrada por fãs histéricas – tentou entrar no meio de algumas meninas.
Algumas, a olharam como se fosse algum alienígena, quer dizer, quem vai a um show, e entra no meio daquele mundo de pessoas, com vestido e salto alto?
- Oi, eu queria um ingresso... – pediu, e recebeu um sorrisinho do cara da bilheteria.
- Esgotamos a duas horas. – Informou.
E os gritos continuavam mais altos...
- Então, você pode chamar meu namorado? É o , ... – Ela disse.
Automaticamente, os gritos pareceram cessar, e todas as presentes a olharam. O cara da bilheteria começou a rir.
- Ah claro, aquela ali – Apontou – É a irmã do , a mais alta ali a direita, é a namorada do , e a do cabelo estanho ali, ó! – Apontou novamente – É a mãe do seu "namorado" – Fez aspas com as mãos.
- Eu estou falando sério! – disse com a voz um pouco aguda.
- Poupe-me de mais histórias absurdas garota, e saia daqui antes que você seja massacrada! – Ele disse rindo – Se você é mesmo namorada de , porque não tem um ingresso?
As garotas ali presentes encararam , com um sorrisinho malvado nos rostos.
Uma série de resmungos começou, e os que mais ouviu foram "namorada do ? Até parece" ou então "namorada do meu ? Vadia!"
respirou fundo, desanimada.
Por que não pediu um ingresso vip? Por que tinha de ser tão burra?
Bem, ela achava que a essa hora, estaria no baile, se divertindo.
Ilusão.
Olhou mais uma vez o local e um suspiro angustiado saiu de sua garganta. Ela precisava entrar.
Pegou o celular, e deu send no número de , mesmo sabendo que, jamais ele estaria com o celular no bolso.
Alou, quem faz um show com celular no bolso?
quando desesperada, não pensava, fato.
"Oi, aqui é o e por algum motivo de força maior, eu não estou podendo atender. É, liga depois e quem sabe eu te retorno." ouviu a mensagem e a gargalhada de fundo do namorado, e respirou fundo.
Ela sentou-se no meio fio e respirou fundo, colocando as mãos na cabeça. Dane-se que ela estava sentada naquele chão imundo e sujando seu vestido perfeito, dane-se que quem passava achava no mínimo que ela era uma garota de programa.
Ela só queria entrar e ver entrar.
Um sentimento de frustração tomou conta do corpo de , e por pura sensibilidade, seus olhos encheram-se de lágrimas ao ouvir um "mais uma namorada de " vindo de qualquer fã ali.
abriu o flip do celular e compulsivamente, começou a passar os contatos de sua agenda telefônica.
Tantas pessoas...
Todas inúteis.
Ela fechava o flip, quando viu um nome que, por puro impulso, apertou send.
Katie, a namorada de .
cruzou os dois dedos, e pediu a todos os santos que conhecia, para que ela atendesse.
Chamou...
Os gritos estavam mais altos, provavelmente estavam anunciando a entrada deles.
Chamou mais uma vez...
Ela não ia atender.
Na terceira chamada, o coração de deu um salto.
- Katie?! – Ela praticamente gritou.
"Oi, não atendi, é, eu sei. Deixe seu recado após o bip. BIIIIIP"
respirou fundo e olhou para cima, tentando conter as lágrimas desanimadas.
- Katie, é a ... Se ouvir, me liga. – Disse, e desligou.
Colocou o celular na bolsa, e ficou de pé. Precisava achar um táxi agora. Sua noite havia acabado.
Sentiu o celular vibrar dentro da bolsa, e desanimada, atendeu.
Porém, seu coração começou a bater em ritmo acelerado quando viu o nome "Katie" no visor.
- ? – Ouviu, quando atendeu.
- Katie! – disse sorrindo, animada, eufórica e qualquer outra coisa parecida – Oh meu Deus, graças a Deus!
- Desculpa não atender, eu não tinha ouvido... – Ela disse – Hei, você não deveria...
- Depois eu te explico! – Interrompeu – Katie, tem como você me colocar pra dentro? Eu estou aqui na bilheteria...
- Claro! Me espera! – A menina disse e desligou.
abriu um enorme sorriso de excitação e virou-se, esperando qualquer sinal de Katie. Olhou no visor do celular, e viu que já eram nove e meia. O show deveria ter começado... Ainda bem que eles não são lá muito práticos.
viu uma garota de cabelo azul, parecida com um anime japonês fazendo sinal para o ela, e correndo – sim, correndo! – foi até ela.
- Ela é namorada do , está comigo... – Katie disse ao segurança, apontando .
As meninas presentes olhavam estupefatas aquela cena. virou-se e deu um sorrisinho vitorioso, antes de entrar.
Se demorasse mais um segundo ali, ela seria morta.
- Obrigada Katie, muito obrigada mesmo! – agradecia a menina, que riu.
- Não foi nada, mas corra, porque eles já estão entrando! – Disse, e as duas começaram correr em direção a área vip.
Com um pouco de esforço da parte de , chegaram a área vip, e sentou-se.
Explicou toda a história a Katie, que disse algo como "meu baile foi uma bosta, bailes são uma bosta!" e descobriu que ela era mais velha.
Pegou um espelhinho na bolsa, e olhou-se. Apesar de toda a correria, de todo seu 'quase choro' e outros equívocos, ela continuava linda, e sua maquiagem intacta.
Obrigada, Prada.
Automaticamente, e Katie ficaram em pé quando viram chegar saltitando no palco. Em seguida, veio correndo e acenando, entrou um pouco mais quieto, mas esbanjando sorrisos. foi o último a entrar, e ele sorria e acenava. sentiu seu coração na garganta ao ver o seu namorado ali, sorrindo feliz.
Katie começou a gritar, assim como as milhares de meninas ali presentes.
Ouviram eles cumprimentarem a platéia, e anunciarem a primeira música: 5 Colours In Her Hair, motivo da platéia ter surtos com o ' Doo doo do do doo dooo'
E o show seguia maravilhosamente bem. Eles tinham intimidade com o palco, eles conversavam com o público, eles faziam o que gostavam, e muito bem.
Já tinham tocado Met This Girl (e Katie quase se jogou em ) She Left Me, Get Over You, That Girl e um cover de Kaiser Chief's, I predict riot, para ser mais exata.
sorria feito idiota ao ouvir cada vez, ao ver cada movimento de . que a desculpasse, mas ela mal prestou atenção no irmão.
Para ela, só existia ali, naquela multidão de pessoas.
- Bem, agora nossa próxima música, é quem quer anunciar... É, ele é um pouco problemático, mas superamos isso! – disse rindo e sentiu o coração acelerar – Eu sei eu sei, não deve ser nada que preste mas...
terminou de fazer suas gracinhas, quando eles entregou o microfone a . sentiu o coração apertar. sorriu, e olhou para cima, com um sorriso que encantava onze a cada dez meninas ali.
- Hm... – Começou o menino, sorrindo – Ok, esse vai ser um momento romântico barato, que vemos nesses seriados clichês mas... Eu escrevi essa música pra menina mais importante da minha vida, que por um motivo de força maior, não pôde vir... – sentia agora seu coração bater em ritmo de bateria de escola de samba. Ele tocaria I've got you! – Hm... De qualquer modo, vamos lá! – E sorriu, olhando para trás e voltando em sua posição inicial.
Fizeram contagem, e Tom anunciou o nome da música: All about you.
arqueou uma sobrancelha, e seus olhos começaram a encher-se de lágrimas. Katie sorriu para a menina, que no momento, tinha seus olhos presos em .
Começaram a música, e sentia que a qualquer momento, explodiria. Bem, Anne parecia empolgada com a música também, já que chutava sem dó, a barriga de .
It's all about you (It's about you)
(É tudo sobre você) (É tudo sobre você) It's all about you baby
(É tudo sobre você baby) It's all about you (It's about you)
(É tudo sobre você) (É tudo sobre você) It's all about you
(É tudo sobre você)
Ninguém exceto a banda cantava, apenas assobiavam ou gritavam.
Todos prestavam atenção na música, na letra, nas expressões de quem a cantava, tudo.
Não era o tipo de música dançante, não era o tipo de música para ser gritada.
Era o tipo de música de ser tocada com sentimento, e isso, era mais que o bastante.
Yesterday you asked me
(Ontem você me perguntou) Something I thought you knew
(Algo que pensei que você sabia) So I told you with a smile
(Então te disse com um sorriso) It's all about you
("É tudo sobre você")
sorriu, e como em um flashback, lembrou-se quando discutiu com , na casa do , quando ele disse pela primeira vez, que era tudo sobre ela.
Depois, a dias atrás, quando ela perguntou o que ele sentia por ela.
Um sorriso débil brotou em seus lábios, e seus olhos não se movimentava mais. Eles estavam grudados em e em seus movimentos.
Then you whispered in my ear
(Então você sussurrou em meu ouvido) and you told me too
(me disse também) Said you made my life worthwhile
(Disse você faz minha vida valer à pena) It's all about you
(É tudo sobre você)
Lembrou-se mais uma vez.
Lembrou-se quando disse a que, era ele quem fazia sua vida valer a pena.
Como se fosse possível, sorriu mais uma vez, e seu coração parecia acompanhar o ritmo da música. Antes acelerado, agora devagar.
Sua garganta tinha um nó. Era uma sensação boa, apesar de tudo.
And I would answer all your wishes
(E eu realizaria todos os seus desejos) If you asked me too
(Se você me pedisse) But if you deny me one of your kisses
(Mas se você me negasse um dos seus beijos) Don't know what I'd do
(Não sei o que eu faria)
viu de olhos fechados, e aquilo fez com que sua vontade de aperta-lo, esmaga-lo, beija-lo e afins, aumentasse.
Como podia ser tão perfeito?
Sem dúvida alguma era a letra mais linda que tinha visto na vida. E era pra ela... Para ela.
Aquilo traduzia o que ela sentia também, sim!
As garotas ainda gritavam, e era possível ouvir alguns pedidos de casamento.
Groupies...
ignorou-as, e continuou prestando atenção em cada palavra.
Cada palavra que por meio daquela música, era dita pra ela.
So hold me close
(Então me abrace forte) and say three words like you used to do
(E diga três palavras como você costumava fazer) Dancing on the kitchen tiles
(Dançando nos azulejos da cozinha) It's all about you, yeah
(É tudo sobre você, yeah)
começou a rir ao lembrar da cena, chegando e presenciando o momento 'sou o Brendon Urie' na cozinha.
Ele se lembrava de coisas tão inúteis, bestas e sem sentido algum.
Sim, ele se lembrava.
Katie tinha uma expressão maravilhada no rosto, e todas as pessoas ali, tinham inveja da musa da música.
também teria, e sentiu-se incrivelmente sortuda.
And I would answer all your wishes
(E eu realizaria todos os seus desejos) If you asked me too
(Se você me pedisse) But if you deny me one of your kisses
(Mas se você me negasse um dos seus beijos) Don't know what I'd do
(Não sei o que eu faria)
Algumas pessoas arriscavam a letra da música, outras apenas balançava os braços no ritmo.
não tinha capacidade de fazer nem um, nem outro. Estava estática, apenas olhando tudo aquilo.
Ela queria que a visse, queria que ele soubesse que ela estava ali...
Começou a acenar para o palco, mas era inútil. Ele não ia vê-la tão cedo...
Sorriu, e desistiu. Decidiu apenas escutar sua música.
So hold me close
(Então me abrace forte) and say three words like you used to do
(E diga três palavras como você costumava fazer) Dancing on the kitchen tiles
(Dançando nos azulejos da cozinha) Yes, you made my life worthwhile
(Sim, você faz minha vida valer à pena) So I told you with a smile
(Então eu te disse com um sorriso) It's all about you
(É tudo sobre você)
E mais uma vez, começaram com o "It's all about you" de modo que, na última repetição da frase, eles pararam e deixaram que a platéia gritasse a frase.
sentia elefantes correndo em seu estômago, baldes e baldes de gelo sendo despejados em seu peito, e sentia que o ar não poderia passar por seus pulmões.
Essa era a vida dura, de namoradas de integrantes de bandas.
- Uau, ! – Katie admirou-se – Sem querer tirar a música do , mas essa foi a mais linda que eu já ouvi, sério!
simplesmente sorriu, e colocou as mãos em cada lado do rosto.
- Eu... Eu também! – Admitiu.
sorriu e assentiu com a cabeça.
Depois deles conversarem mais um pouco com a platéia, anunciou o que seria a última música: Surfer Babe.
Mal perceberam, e os meninos já se despediam do público, e saíram do palco.
As pessoas ainda gritavam, mesmo com o palco vazio. Sem dúvida alguma, foi um ótimo 'primeiro show'.
ainda estava parada estática, olhando para o palco, quando sentiu a mão de Katie puxando-a.
- Hei, não vai ver seu homem? – Perguntou rindo.
sorriu, e seguiu a menina, entrando no backstage.
Era a primeira vez que entrava em um backstage, mas ela nem ligava. Nem preocupou-se em olhar para portas, e pessoas que tiravam os equipamentos do palco. Simplesmente era guiada por Katie, porque se fosse para ir sozinha, jamais chegaria ali.
Seu psicológico estava abalado, fato.
- Pronto! – Katie disse, parando defronte de uma porta, indicada o camarim.
sentiu o coração acelerar novamente, e assim que Katie abriu a porta, viu jogado no sofá, de olhos fechados e com uma garrafa de cerveja nas mãos. Ele tinha um sorriso no rosto, um sorriso lindo.
- AMOOOR! FOI LINDO! – Ouviram Katie gritar antes de se jogar no colo de .
ignorou a demonstração de afeto alheia, e simplesmente entrou no camarim. Não respondeu a pergunta de , e ignorou o comentário de , simplesmente ajoelhou-se ao lado de , e passou uma das mãos pela cintura do menino, beijando o queixo do mesmo.
- Eu amo você! – Ela disse baixinho, e em uma fração de segundo, abriu os olhos.
sentiu o coração do menino acelerar, e sorriu abertamente. puxou-a para um beijo, e ali ficaram, sem se importar com a presença de qualquer outra pessoa. Naquele momento, naquele segundo, as únicas coisas existentes no universo, eram eles. Apenas eles.
- O que você ta fazendo aqui? – perguntou sorridente, após partirem o beijo.
- Eu percebi que não tinha sentido eu ficar naquele baile, sem você. Minha cabeça estava aqui... – Ela sorriu e deu um selinho no menino – Eu ouvi a música , eu...
interrompeu-a, dando um beijo na menina.
Porém, foram interrompidos por uma mão, que depois de olharem com caras nada amigáveis, perceberam ser de .
- , cadê a Hiandra? – perguntou, e simplesmente deu de ombros.
Ela sabia que Hiandra a xingaria de todos os nomes possíveis, mas ela não pensou. Simplesmente agiu por impulso ao sair da festa.
- Como você entrou aqui? – perguntou com um sorriso lindo, colocando a menina sentada em seu colo, assim que sentou-se.
- Longa história... – disse, apontando Katie com a cabeça, que no momento, comia frios com .
estava quieto, sentado no amplificador, olhando qualquer ponto fixo invisível. sentiu um aperto no peito. Ignorou a presença de , beijou e fez declarações a , sabendo do que o menino sentia por ela.
Por um momento, sentiu-se um monstro.
- Hei gente, vamos comemorar, nosso primeiro show, cara! – disse alegre, pegando uma garrafa de vinho branco francês, e erguendo-a como se fosse um champanhe.
- Não, eu vou ligar pra Hizy, já que minha irmã inútil não fez isso! – disse fingindo estar bravo – Aliás muito obrigado por ter vindo me abraçar e cumprimentar! – Riu.
sorriu e foi abraçar o irmão. Abraçou-o com mais força do que o necessário, e ele riu.
- Vocês foram ótimos, maravilhosamente ótimos! – Ela disse sorrindo.
- Eu sei! – Gabou-se .
riu e voltou ao colo de ; assim que ela sentou-se, começou a conversar baixinho com Anne.
Ele contava qualquer coisa sobre o show à filha, e achava aquilo tudo extremamente fofo.
Como num despertar de algum transe, sorriu e pegou um cacho de uva. Chegou ao lado de , e sorriu.
- Você ta linda, ! – Elogiou – E... é estranho tudo isso mas, você fazem um casal realmente legal! – Ele disse sorrindo, apontando o diálogo de com a barriga de .
apenas riu, e beijou o rosto do menino.
sorriu e deu um soquinho na perna de .
- Você ainda vai encontrar a garota certa, ! – disse, e assentiu com a cabeça, sorrindo.
ainda falava no telefone, e pegou uma das uvas de .
- Pronto, Hizy vem! – comemorou – E ela está uma fera com você, ! – Avisou.
sorriu, e voltou a abraçar .
E ali passaram a noite, no camarim, comemorando o primeiro show, comemorando o sucesso que estavam tendo, comemorando a presença de cada um ali.
É, eles só tinham coisas para serem comemoradas.
Capítulo 39: Everybody Knows;
e caminhavam em direção a uma loja. riu quando passou na frente, ficando defronte dela, com uma câmera na mão.
- E agora, sua mãe vai entrar nessa loja, ficar meia hora, e escolher apenas uma roupa! – falava para a câmera, rindo.
colocou a mão no rosto e entrou na loja, ignorando o ataque cinegrafista do namorado.
Uma vendedora simpática e baixinha chegou sorridente, para conversar com .
filmava tudo.
- Que barriga linda! – A vendedora disse sorrindo, olhando – É menino ou menina? – Perguntou interessada.
abriu a boca para responder, mas interrompeu-a.
- São quatro! Três meninas e um menino! – disse sério, enquanto começava a rir.
- É mentira, é apenas uma menina! – Ela disse rindo, fazendo a vendedora rir também.
- Pára de mentira, ! São quatro mesmo, moça! – continuou, agora, ele olhou para a câmera – Oh, sua mãe está mentindo para a vendedora!
começou a rir, e a vendedora fez o mesmo.
- Mas... É menina ou menino? – Perguntou novamente, sorrindo.
- Menina! – disse – Eu queria ver uma manta amarela... Me mostra?
- Claro, um momento! – Ela disse saindo do campo de visão dos dois.
mexia em algumas roupas, e o olhava, rindo.
- AH, OLHA ISSO AQUI! – exclamou sorridente, pegando um vestidinho branco, com o emblema do Manchester – É perfeito!
fez uma espécie de careta.
- Não mesmo, já disse que ela vai torcer para o Liverpool! – Ela disse, voltando a olhar alguns vestidinhos.
- Não! Ela vai torcer para o Manchester! – Teimou .
rolou os olhos.
- , já conversamos sobre isso! – Ela disse, fingindo estar brava.
- Vamos ver! – Ele disse sério – Olha, vou levar! – Ele disse à vendedora, assim que a mesma chegou com a manta amarela.
- Não vai não! – disse, tomando o vestido de .
- Vou sim! – disse para a vendedora, que sentia-se mais confusa a cada palavra dita por eles.
- Calma senhores, entrem em um acordo! – Ela disse rindo, divertindo-se com a situação.
- Eu vou levar apenas a manta! – disse com um sorrisinho, e a vendedora assentiu com a cabeça.
- E eu vou levar esse vestido! – Ele disse ignorando o olhar de – Eu vou levar! – Enfatizou a palavra 'eu'.
deu de ombros, e a vendedora levou o vestido e a manta para cobrar no caixa.
abraçou pelos ombros.
- Sua mãe é temperamental... Mas eu amo ela! – Ele disse para a câmera.
começou a rir, e beijou o namorado ali mesmo na loja.
continuava filmando cada movimento de , com um sorriso idiota nos lábios.
se observava defronte do espelho enquanto penteava os cabelos ainda molhados. Ficou de lado, e a enorme barriga ficava em maior evidência. Sorriu.
Faziam três meses desde o baile e o primeiro show do McFly. A banda já era famosa por toda a Europa, e estampava nove a cada dez revistas adolescentes.
Programas de rádio, televisão, entrevistas, clipes, shows... Já eram hábitos da banda, de modo que , fora abrigada a acostumar-se com a ausência do namorado.
sorriu e foi para a sala, onde assistia a reprise de Friends, e ria com um copo de cerveja nas mãos.
Era sábado, tirou o final de semana, o que agradeceu mentalmente. Por mais que o apartamento não fosse lá muito grande, ela detestava ter de ficar sozinha ali.
Chegou ao namorado, e com sua enorme barriga de seis meses, sentou-se ao lado dele, que sorriu para a namorada.
- Eu já disse que você está linda, assim? – Ele perguntou sorrindo, colocando uma das mãos na barriga da namorada.
fez uma careta.
- Não estou não, eu estou horrível! – Disse rindo.
deu um selinho na garota e pediu para que ela se deitasse em seu colo. o fez com a maior facilidade do mundo. O menino começou a afagar seus cabelos e sorria, brincando com a barra da blusa que ela vestia.
- E aí, Anne? Já tá grande, hein! – começou a conversar com a filha.
sorriu abertamente. Amava quando ele fazia isso, e desde que o médico disse que isso era bom para a criança, nunca mais calou a boca.
- Sua mãe ta reclamando, dizendo que você é pesada demais... Eu nem acho! – Ele riu. Simplesmente ignorava , era como se na sua frente, estivesse apenas sua filha, e não uma barriga – Quer dizer, eu ainda não te carrego... Mas mesmo assim! Sua mãe reclama demais! – Riu ao ver a cara de .
- Eu não reclamo demais! – Ela disse, fingindo-se de ofendida.
- Agora ela quer entrar na conversa... – dizia ainda olhando para a barriga – Sua mãe é muito carente, pelo amor de Deus! – E começou a rir.
levantou-se e fitou bem de perto.
- Eu é que sou bem carente, ? – Perguntou com um sorriso sapeca de canto.
olhou fixo nos olhos dela e sorriu.
- Ah... ás vezes eu peço um pouco de carinho... – Ele disse baixinho com a voz um pouco rouca – Mas desde que você ficou grávida, você é pior... Mas... Eu não me importo... – Ele disse, agora beijando o pescoço da namorada.
fechou os olhos imediatamente, e começou a mexer nos cabelos da nuca do menino.
subiu sua boca para a orelha dela e mordeu de leve, provocando certos arrepios na menina. puxou o rosto do menino e o beijou com vontade.
A cada dia que passava, o desejo, o amor que ambos sentiam, parecia aumentar. Por mais que reclamasse da atual ausência do namorado, gostava de quando ele voltava depois de uns dias fora. Os dois matavam a saudade de um jeito bem convencional. Com cuidado, claro, mas mesmo assim...
já tentava subir a blusa que acabara de colocar, e já puxava a camiseta de assim que o viu erguer os braços, para ajuda-la.
Ficaram de pé, e aos beijos (e um despindo o outro, diga-se de passagem) foram em direção ao quarto. Aquele sofá minúsculo não dava mais conta de , e sua barriga.
Com todo o cuidado do mundo, deitou na cama, e colocou sobre ele. Os dois beijavam-se com pressa, com força, e apesar do tempo estar fresco, o quarto parecia pegar fogo.
segurou na cintura de , e guiava-a sobre si. A menina arranhava a barriga do namorado, deixando marcas por entre o corpo dele. Ele mordia o lábio e fechava os olhos.
já estava deitada ao lado de , de olhos fechados, e ambos com a respiração pesada.
estava apoiado no cotovelo, olhando . Ele passou o polegar pelo rosto da menina, por cada traço que ele trazia.
- Tomara que Anne seja igual a você! – Ele disse de olhos fechados.
sorriu.
- Eu quero que ela tenha seus olhos! – Ela disse, dando um beijo de leve no olho do menino. Ele sorriu – São os mais lindos do mundo!
apenas sorriu e beijou a testa de .
Seu celular começou a tocar em cima do criado mudo e ansioso, foi atender, ignorando de certo modo, .
Não, ela não era egocêntrica (um pouco, talvez) nem egoísta (bem pouco) mas ultimamente, sempre que o celular tocava, ignorava , estivessem fazendo qualquer coisa; ele ficava bastante agitado com certas ligações. Ele sempre desconversava quando ela perguntava sobre.
viu ele pegando o celular e indo para a sala. Desconfiada, pegou a camisa do menino, vestiu-a e sua calcinha, e foi atrás, devagar.
A barriga de não era gigante, mas para ela, era. Ela achava que era a maior do mundo.
Viu que estava na cozinha, seguindo então para a mesma.
conversava baixo, com a geladeira aberta. apoiou-se no balcão e o menino olhou-a. Sorriu amarelo.
- Hm... Eu te ligo depois então! – Ele disse, desligando em seguida.
fingiu indiferença quanto ao comportamento estranho de , e ele resolveu ignorar.
pegou duas garrafinhas de iogurte, e deu uma à namorada.
- Você prefere de pêssego, né? – Ele perguntou, estendendo a garrafinha branca para a menina.
- Uhum... – Disse, pegando-a.
– somente de boxers ainda – puxou para mais perto e beijou-a.
- Eu amo você, viu! – Disse.
não evitou um sorriso. Não tinha como ficar desconfiada de , nem nada do tipo. Ele a amava e ela sabia disso.
- Eu também, amor! – Ela disse, beijando o nariz do menino.
- Eu tenho uma surpresa pra você... Acho que você vai gostar... – Ele disse sorrindo de lado, pegando na mão da namorada – É algo tonto, mas eu te conheço, sei que você vai gostar!
- Por que, eu tenho cara de tonta? – Perguntou rindo, colocando a mão na cintura.
beijou o topo da cabeça da menina, e guiou-a para a sala.
sentou-se no sofá, enquanto procurava algo dentro de uma mochila enorme. A menina ficou olhando-a, enquanto agora, ele tirava tudo o que havia lá dentro.
Moedas, carteira, palhetas, baquetas, Cds, camisetas...
- , você quer ajuda? – Ela perguntou rindo, e fez que não com os dedos.
deu de ombros, e continuou olhando-o.
tirou da mochila uma revista e colocou-a atrás de si.
- Promete que não vai me achar babaca? – Ele perguntou rindo.
mordeu o lábio inferior e assentiu com a cabeça.
Ele jogou a revista no colo de e foi para o quarto.
- Eu vou trancar a porta. Não quero ver sua cara! – Ele gritou do quarto.
riu e viu a capa, com o McFly na capa.
Folheou a revista chegando a matéria da capa, e viu um dos títulos: Namoro.
Tinha tópicos indicando cada integrante, uma entrevista com cada um. procurou com os olhos a de , e imediatamente começou a ler.
Lá ele falava sobre , sobre Anne. Respondia as perguntas e fazia pequenas declarações do tipo "hoje eu não sei mais como seria sem elas..." ou então "se eu soubesse que seria assim, teria me declarado bem antes".
Mas foi um trecho daquela entrevista, que fez os olhos da menina encherem-se de lágrimas.
"Claro que eu enfrentei coisas, pra conseguir ficar com ela. Eu enfrentei minha família, amigos, tive que fazer escolhas difíceis – confesso – ganhar uma maturidade que eu não tinha, e pra ser sincero, não imaginava que a teria tão cedo. Mas... Eu não me arrependo de nada, e se eu pudesse, faria tudo de novo.
Eu realmente não sei mais acordar e olhar pra lado, sem vê-la ali, agarrada com um travesseiro e dormindo pesadamente. Não sei mais chegar de uma entrevista como essa, por exemplo, e não vê-la sentada no sofá com um copo de café nas mãos, rindo de qualquer desenho idiota.
Não sei mais viver sem ela, sem a voz, o sorriso, as manias chatas, o cheiro dela...
Se me perguntarem qual é a coisa mais importante da minha vida, sem dúvida alguma eu responderia: a . Se bem que no momento, ela divide essa posição com a Anne! [risos]
Enfim, eu posso realmente dizer que amo a ; hoje em dia dizem que nós "jovens" temos vergonha de dizer que amamos, ou expor sentimentos. Bem, eu não! Eu tenho o maior orgulho do mundo de expor o que eu sinto pela minha noiva. Seja com cafés da manhã na cama, seja com músicas escritas para ela, seja com entrevistas como essa... Eu amo muito ela, mais do que a mim mesmo. E isso não é conversa!"
leu e releu aquilo três, quatro vezes.
Sorriu imensamente, deixou a revista de lado e foi até o quarto, onde a porta continuava fechada.
Bateu.
- ? – Ela o chamou, sorrindo boba.
- Nem vem, não vou abrir! Aquilo ficou muito meloso, eu não deveria ter tomado três copos de café, você sabe que eu fico idiota com muito café! – Ele dizia rápido.
- cala a boca e abre logo? – Ela pediu rindo.
Ouviu passos mais próximos, e o barulho da chave dando uma volta. estava coçando a nuca e olhando pra baixo.
abraçou-o com força e beijou a ponta da orelha do menino.
- Você é o melhor namorado do mundo, sabia? – Ela disse olhando-o nos olhos.
mordeu o lábio e riu.
- Claro que eu sabia! – Ele riu.
riu e novamente o abraçou.
Ficaram em silêncio, afagava o cabelo da menina, e ela fazia o mesmo, enrolando-os na ponta dos dedos.
- Eu tenho tanto medo de perder, ... – Ele disse baixinho, próximo ao ouvido da menina.
respirou fundo.
- Não precisa ter medo, ! – Ela disse com a testa colada no ombro do menino – Você nunca vai me perder!
- Promete? – Ele perguntou, olhando-a nos olhos.
- Prometo! – Ela disse, pegando a mão do menino, e beijando a palma.
riu e fechou a mão, como se guardasse o beijo, riu.
- Agora... Todo mundo sabe quem é a minha musa! – Ele riu.
- É! – sorriu convencida – Acho que vou virar música, também quero fazer entrevistas fofinhas!
- Nem vem! – Ele disse rindo - Não quero dividir isso você!
sorriu e mais uma vez o abraçou.
guiou-a para cama, ligou a tv do quarto e deitou a seu lado.
Passou um braço pela cintura da menina e ficou olhando-a.
Era esse seu passatempo preferido: olhar .
E assim ficou, vendo-a sorrir, olhar para ele de volta...
Para ele, não tinha coisa melhor no mundo.
Capítulo 40: Pense em Mim;
Matt trazia duas latinhas de coca-cola, entregando uma a assim que sentou-se.
Os dois assistiam qualquer coisa inútil na televisão, enquanto e Katie divertiam-se na cozinha.
- Hei, anime-se, hein! – Matt disse bagunçando o cabelo de – Eu estou aqui com você, a e a Katie também! E outra, os namorados delas também estão viajando, assim como o seu!
- Eu sei... – respirou fundo – Mas é que... – Olhou para sua barriga – Eu não quero mais ser namorada de um integrante de uma banda famosa... Eu quero o de antes, presente... Matt, eu estou entrando no oitavo mês, e sabe quantas vezes eu vi nesses dois últimos meses? Cinco vezes! – Ela disse com a voz embargada.
- , você tem que entender que é o que ele gosta de fazer, e que ao mesmo tempo, os sustenta, de certo modo! Aposto que pra ele, é difícil deixar a namorada grávida, pra ficar tocando para milhares de desconhecidos... Mas você tem que entender! – Matt dizia baixinho, mexendo no cabelo da menina.
O fato é, desde a entrevista linda que deu falando de , os dois viram-se apenas mais cinco vezes. O menino encontrava-se em turnê com a banda pelos países da Europa. Eles estavam extasiados por isso, então, resolveu não manifestar nenhuma reação negativa sobre o assunto.
Estava de oito meses, e queria ali.
Desde essa viagem de , e Katie estavam morando com , para o caso dela precisar de alguma coisa. Partos prematuros acontecem.
- Eu entendo! – disse, deixando sua latinha intocada de coca, de lado – Eu só queria ele aqui comigo! Ligações não me satisfazem mais...
Matt entortou a boca e respirou fundo. Grávidas já são problemáticas. já é problemática. grávida então...
- Quem quer miojo? – Katie perguntou sorridente chegando a sala com um enorme prato de miojo – Não é me gabando, mas é o melhor que vocês comerão na vida! Sério!
- Estou sem fome! – disse, revirando os olhos.
- , pode parar de graça! – disse séria, entrando na sala – Você não ta com fome, problema seu. Só não se esqueça que aí dentro, tem uma menininha que precisa de comida!
rolou os olhos. Seu humor estava péssimo atualmente.
Com uma careta, pegou o prato de miojo – uma comida muito nutritiva, fica a dica – e começou a comer devagar. Matt trocou olhares significativos com e Katie, que respiraram fundo.
- ... Promete que não vai ficar mais pra baixo? – perguntou, ajoelhando-se na altura da amiga – O te ama, e aposto toda a minha coleção da Valentino, que ele daria tudo pra estar aqui com você, mas do mesmo jeito, ele precisa estar aonde está, e gosta disso! – Ela dizia, enquanto comia devagar, olhando para o seu prato – E eu sei de uma coisa que vai te animar, bastante! – disse sorrindo.
- Então me fala, que eu também quero participar! – Matt disse animado, ficando de pé e desligando a televisão.
- Matt, é um programa de garotas! – Katie avisou, jogando-se no sofá.
- Nem ligo! – Matt disse dando de ombros – Estou convivendo apenas com vocês a quase dois meses, vocês acham mesmo que...
- Você virou gay? – perguntou com os olhos arregalados, olhando para o menino.
As meninas riram e Matt fechou a cara.
- Voltou a ser engraçadinha, ? – Perguntou – Eu quero dizer que já não ligo pra essa coisa de 'programa de meninos ou meninas' se for preciso, até assisto filmes do...
- Adam Brody? – Katie perguntou esperançosa.
Matt simplesmente deu de ombros, o que fez as meninas rirem.
- Mas não, não é filmes! – disse – , quantas vezes você saiu apenas pra comprar coisas para Anne?
- Ah... Algumas vezes... – disse pensativa, já terminando de comer.
- Então, hoje sairemos apenas para comprar roupinhas para Anne! Escolher a decoração do quarto, essas coisas! Meu pai conhece um arquiteto maravilhoso, e ele pode fazer o quarto da Anne!
- , ainda nem escolhemos uma casa... – disse, sentindo outro aperto no peito. Maldito ausente – E sei lá...
- Vamos escolher o quarto – Enfatizou a palavra – E não a casa!
deu de ombros e sorriu. Ela realmente precisava de um programa do tipo, e compras para a filha, seria perfeito.
- Eu topo! – Katie disse erguendo a mão, e Matt deu de ombros, como quem diz: 'que seja'.
sorriu, deixou o prato a seu lado, e ficou em pé.
- Que seja... – Riu – Vou me trocar, já venho! – Ela disse.
O dia estava bem quente, de modo que ela pode colocar um vestido leve florido, ela já usava roupas de grávida, segundo ela, sem graças e sem glamour, segundo as pessoas, as melhores roupas do planeta (para gestantes).
Prendeu o cabelo de lado por uma presilha de libélula, e passou apenas um rímel e um gloss nos lábios. Borrifou seu perfume rapidamente, e pegou sua bolsa.
- Eu que vou dirigir, né? – Matt perguntou esperançoso.
- Sem chance, serei eu! – Katie disse tomando as chaves da mão do menino, e saindo na frente.
Ele abriu e fechou a boca várias vezes, mas não emitiu som algum.
- São nessas horas que eu detesto ser amigo de vocês! Preciso arrumar uma namorada! – Ele disse a ultima frase quase que inaudível.
As meninas riram, e abraçou o amigo pelos ombros.
- Obrigada. – Ela agradeceu, sorrindo.
- Não estou fazendo por você! – Ele disse rindo, e riu também – Mentira, estou sim! – Deu de ombros – Mas eu também estou fazendo pela Anne!
deu a língua, e abraçados, saíram do prédio.
Katie já estava dentro do carro no banco do motorista, e no do carona. sentou-se no banco traseiro ao lado de Matthew, que escolhia um Cd.
Saíram do prédio, e Matt por fim, decidiu-se por Artic Monkeys. Fake Tales Of San Francisco tocava alto, e eles cantavam baixinho – não cantava baixinho, enfim.
Em menos de trinta minutos no shopping, Matthew já estava soterrado de sacolas, enquanto soltava um 'own' a cada loja infantil que entrava.
- Eu juro pela minha mãe, que nunca, nunca mais me sujeito a isso! – Matt reclamava, enquanto recebia mais uma sacola.
- É a última loja, Matt! – avisou, enquanto olhava um vestidinho azul.
Era lindo, cheio de babadinhos e bordados. Era minúsculo, do tamanho menor do que de uma boneca.
Ela olhou sapatinhos, tiarinhas, presilhas, enfim, tudo que podia ser chamado de 'vestimento para bebês' levando então, quase metade da loja.
Matt quis escolher um vestidinho cor de rosa, disse que Anne ficaria linda.
No momento, o garoto fazia o papel que, por roteiro, deveria ser de . Aquilo fez com o que o coração de apertasse.
Ela não sabia aonde ele estava – bem, sabia que ele estava na Irlanda, apenas isso – Não sabia com quem ele estava, o que estava fazendo, e o pior de tudo, não sabia quando voltaria.
Logo ou não... Era a duvida que mais atormentava nos últimos dias, e aquilo chegava a machucar.
- Acho que já está bom, né? – Katie disse após um tempo, enquanto segurava algumas coisas.
despertou-se de seus pensamentos, e assentiu com a cabeça. Matt percebeu o desanimo repentino da menina.
- , vai pagando aí, vou levar a pro carro... – Ele disse baixinho a menina, que assentiu.
Matt – soterrado por sacolas – tocou o ombro de e sorriu.
- Vamos? A termina aqui... – Ele disse sorrindo.
assentiu com a cabeça, e seguiu o fotógrafo. Ás vezes (leia-se: na maioria das vezes) esquecia-se completamente que Matt era seu fotografo. De certo modo, seu patrão. Aquilo era legal... E estranho.
Os dois caminharam em silêncio até o carro. Matt guardou as sacolas no porta-malas e escorou-se no carro, ao lado de .
Algumas pessoas que passavam pelo estacionamento daquele shopping olhavam e Matt de um jeito diferente. No mínimo, achavam que Matt era o pai da criança.
- , eu não gosto de te ver assim! – Matt disse após um tempo em silêncio.
respirou fundo.
- Nem eu... Mas sei lá, faz tempo que eu não vejo o e... – Ela olhou para cima, encarando o teto fechado e escuro do estacionamento – Matt, você está fazendo o papel dele!
Matt riu e abraçou a menina pelos ombros.
- Eu não estou fazendo papel de ninguém! Eu sou seu amigo e... Eu quero ficar com você! – Ele disse – E eu jamais poderia fazer o papel de alguém que eu jamais poderia substituir!
assentiu com a cabeça, e abraçou Matt. Agora as pessoas que antes o encaravam pareciam ter a certeza de que eles eram um casal. Matt mexia no cabelo da menina, que tinha a testa colada em seu ombro.
e Katie chegaram, e e Matt separaram-se devagar. Ele sorriu para ela, e bagunçou sua franja, levando um 'ridículo' como insulto.
Voltaram para o carro, e decidiram ir direto para a casa – de .
Ainda tocava o Cd do Artic Monkeys, mas a música que tocava agora era Stickin' to the floor. sentiu o celular vibrar, e o coração gelar ao ver o nome de no visor.
- , abaixa o som! – Pediu, antes de atender.
abaixou o som, e ela rapidamente atendeu.
ligava regularmente para ela. Era o jeito que ele tinha encontrado de ser um pouco mais presente, mesmo que a distância.
- Oi... – atendeu, sentindo o coração bater mais rápido.
Ele ainda tinha os mesmos efeitos sobre ela.
Matt, Katie e tentaram dispersar seus pensamentos da conversa, sabiam como queria conversar com .
- Amor... – disse do outro lado da linha – Como... Como você está?
respirou fundo no telefone.
- Bem... – Ela disse, embora seu tom de voz confirmasse completamente o contrário – E você, como está a turnê?
- Ótima! Ontem estivemos em uma cidade muito legal! Eu estou louco pra trazer você aqui... – contava animado. Notava-se a animação evidente em sua voz.
- Hm, que legal amor! – disse, forçando animação.
Os dois ficaram em silêncio, e um barulho de buzina fez acordar de seus pensamentos.
- Está no trânsito? – perguntou após um tempo.
- Uhum... Acabei de sair do shopping... Compras para Anne... – contava.
- Sério? – perguntou, mais uma vez em tom excitado.
- Sério. , Katie e Matt estão passando esse período comigo... – dizia, agora olhando para o teto do carro – Matt até escolheu um vestido...
ficou quieto. Ele tinha entendido tudo.
- Você... Ah ... – disse de um jeito arrastado – Eu também queria estar aí... Claro que eu queria! Mas...
- É seu trabalho, eu sei . – Ela disse mordendo o lábio – Eu entendo, mas eu não consigo administrar a saudade que eu sinto, a falta...
Sentiu (ah sim, agora é quem dirigia) virar a rua, e encostou a cabeça no vidro. Os três iniciaram um assunto, e não ligava para , o que no momento ela agradecia mentalmente.
- ... pode ter certeza que eu só penso em você enquanto estou aqui! Tudo faz com que eu pense em você... E nós estamos separados por um tempo determinado, semana que vem eu estou voltando...
- Sério? – perguntou animada. Ah sim, aquilo era uma animação verdadeira!
- Sério! – Ele disse e tinha certeza de que ele tinha sorrido – Eu só quero que, durante essa semana, você não fique triste ou algo do tipo, só pense em mim. Pense em mim que eu vou estar pensando em você!
sentiu o coração ganhar um novo ritmo, o ritmo que sempre que ouvia a voz de , o seu coração ganhava.
- Amor, vou ter que desligar... Vamos voltar a ensaiar... – disse após um tempo em silêncio – Os caras mandaram um beijo!
- Mande outro... – Ela disse sorrindo.
- Ok... Eu te amo, pequena. – Ele disse baixinho.
suspirou.
- Eu também . Muito.
Ficaram mais um tempo em silêncio, ouvindo apenas a respiração um do outro. murmurou um 'eu te amo' mais uma vez, e desligou.
deixou o celular ainda no banco e fechou os olhos.
- Seu irmão é o namorado mais desnaturado do mundo! – disse, olhando pelo retrovisor – Cara, te liga com a maior freqüência do mundo, e o ? Só a noite... E olhe lá! – Reclamava .
e Matt riram. Katie fez uma careta.
- também... – Ela contava, com uma espécie de bico – Ele só me liga a noite, e ainda fica pouco...
- é o namorado perfeito! – concluiu.
- Obrigada! – disse rindo.
- Eu também seria um namorado perfeito! Eu sou legal, bonito, e hot! – Matt disse fazendo uma cara sexy.
- Desculpa aí senhor 'se eu pudesse eu me comia!' – Katie disse de um jeito engraçado, que fez os outros rirem.
A pequena ligação de e a simples noticia de que ele voltaria na próxima semana serviram como uma injeção de animo para . Seu rosto parecia esticado com um sorriso, já que o mesmo não parecia querer sair; Matt olhou para a menina e sorriu contente. Ele detestava ver desanimada.
Não demorou para que voltassem ao apartamento de . Matt – sozinho – pegou todas as compras e colocou-as no quarto de , que no momento, era o deposito de coisas para Anne. Assim que voltasse, ela conversaria sobre a compra de uma casa. Já era essencial.
colocou um short velho, uma camiseta do 'Back to the future' do , e prendeu os cabelos em um rabo de cavalo mal feito. Já eram quase seis da tarde, e ela não sairia mais de casa.
- , eu vou pra casa pegar umas roupas... – começou, assim que terminou de tomar um iogurte – Eu volto depois, pode ser?
- Pode sim! – disse sorrindo, pegando um pacote de salgadinhos do armário – Eu não agüento mais ver você com aquela skinny amarela! – disse rindo, e ganhou um pedala (bastante fraco) de .
- Aproveitando, eu vou pegar algumas coisas também... – Katie disse, assim que voltou do banheiro – Me dá carona? – Pediu à .
- Claro! – Sorriu.
- Vão demorar? – perguntou, olhando no fundo do seu salgadinho, procurando a surpresa.
Grávidas voltam a ser crianças também. Bem, voltava.
- Não muito... – disse, pegando novamente as chaves do carro – Matthew! – Gritou.
Matt estava esparramado no chão, assistindo Lost. Ele estava com a cabeça apoiada na almofada de melancia de , e quase dormia.
- Matthew! – chamou mais alto.
Matt resmungou qualquer coisa, colocou a almofada debaixo do braço e foi até a cozinha.
- O que foi? - Ele perguntou carrancudo.
As meninas riram.
- Esse é o efeito que Jack exerce sobre Matthew Levine! – disse rindo, fazendo com que as outras duas fizesse o mesmo.
- Nem brinca! – Matt disse sério – Eu acho que estou virando fruta... Estou andando demais com meninas, e estou com abstinência sexual! – Ele disse baixinho, e as meninas riram.
- Eca! – Katie disse fazendo uma careta – Imagina o Matt gay?
- Cala a boca! – Matt disse rindo, dando um pedala na menina – Mas enfim, vocês não fizeram eu largar o Jack... BRINCADEIRA! – Ele acrescentou ao ver o olhar das meninas – Pra discutirem minha sexualidade, certo?
- Não, é que vamos ter que ir pra casa buscar roupas... Então, tem como você ir embora depois que voltarmos? – perguntou, indo em direção a sala.
Os outros a seguiam.
- Ah beleza! – Matt concordou rapidamente.
sorriu para o menino.
- Então ótimo! Vamos rápido, Katie! – disse, pegando a bolsa – Até depois pessoas!
Katie acenou e seguiu . Matt jogou-se ao sofá, ainda agarrado a almofada.
- Você realmente gostou da minha almofada! – comentou, sentando ao lado do fotografo.
- Demais! – Ele riu.
Os dois ficaram em silêncio, Matt voltando a se concentrar no seriado, e pensando em qualquer coisa inútil. Matt virou o rosto e ficou olhando , cada traço, cada expressão que ela fazia. Ele sorriu.
- Fica assim! – Ele disse, assim que a menina olhou para ele.
sorriu.
- Assim como? – Perguntou.
- Calma! – Matt disse, saindo quase que correndo em direção a sua mochila, que estava jogada ao canto da sala.
Ele começou a revira-la, e pegou uma câmera. sorriu.
- Posso tirar fotos de você? – Ele pediu com um sorriso bobo no rosto – Nada profissional, eu só quero tirar fotos suas, pra mim.
sorriu abertamente.
- Claro que pode... – Ela disse sorrindo.
- Então, continua como se eu não estivesse aqui! Eu quero tirar fotos suas espontâneas, nada com poses ou algo do tipo! – Ele disse, fitando-a diretamente nos olhos.
Matt tinha olhos realmente bonitos.
- Uhum... – Ela disse, desviando seu olhar para o chão.
Matt sorriu e apontou a câmera para ela. , apesar de intima de câmeras, sentia-se um pouco desconfortável, não sabia como agir.
- Aja naturalmente! – Matt disse novamente, como se adivinhasse o que pensava.
Malditos fotógrafos que lêem mentes.
sorriu, e foi para a cozinha. Matthew foi atrás.
Ela abriu a geladeira e pegou um copo de suco de melancia. Esticou-se para alcançar a porta mais alta do armário e pegou um pacote de bolachas, já que o seu amado salgadinho havia acabado.
Sorriu ao ver o sabor do biscoito 'marshmellows' simplesmente amava.
Voltou a sala (precisamos citar Matt em sua cola, com sua câmera?) e sentou-se no chão, com as pernas cruzadas. Sua barriga ficava bastante em evidência, e ela já não ligava mais.
Olhou a televisão, e viu que passava uma propaganda sobre qualquer programa de auto-ajuda. Riu.
- Matt, eu não quero ficar só fazendo coisas, eu quero conversar! – Ela disse rindo, olhando para o garoto, que a fotografava.
- Converse! – Ele disse simplesmente, continuando a clica-la.
- Não, vai que eu saio ruim na foto, sei lá, com a boca aberta... – Ela disse rindo, fazendo com o que o garoto risse também.
- Já tirei fotos dessas suas frases, e posso dizer como fotografo, que você ficou maravilhosa em todas! – Ele disse sorrindo.
- Exagerado! – Ela deu a língua.
- Essa ficou a mais legal! – Ele disse rindo.
sorriu e balançou a cabeça negativamente. Matt abaixou a câmera e começou a passar as fotos. sentou a seu lado para vê-las.
Matt realmente conseguiu pegar momentos normais da menina, e transformar em fotos realmente boas.
- Se quiser, te mando cópias... Essas fotos serão minhas! – Matt disse, ao ver o olhar da menina.
- Ah... – Ela reclamou.
Matt riu, e passou a câmera à menina. Enquanto ela olhava as fotos, Matt fitava-a.
O celular de voltou a tocar e Matt, que estava mais próximo da mesinha de centro, pegou-o. O nome de estava mais uma vez no visor.
Pela primeira vez na vida, Matt sentiu algo parecido com ciúmes. Ele não tinha nenhum tipo de sentimento fora amizade por , mas dessa vez, ele sentiu algo estranho ao ver o nome de . Era como se ele estivesse atrapalhando alguma coisa.
Um pouco (um pouco!) a contragosto, ele passou o celular à , que sorriu imensamente ao pega-lo.
Ela deitou no sofá e atendeu, enquanto Matt, sentado no chão, voltou a tirar fotos da menina.
- Agora, eu posso ficar mais com você no telefone... – disse à menina do outro lado da linha – Não temos mais nada por hoje!
- Que bom! – disse sorridente, abraçando-se a uma almofada – O que fez hoje?
- Uma entrevista, três passagens de músicas, e fomos a uma radio, divulgar a nova música de trabalho... – Ele contava animado.
- Que legal! – Ela disse feliz pelo namorado.
- É sim! – Ele concordou – Aliás, escrevi uma música nova e... Queria que você visse... – disse.
- Semana que vem amor, semana que vem você me mostra! – Ela disse sorrindo.
- Uhum! – Ele disse de um jeito que, mais uma vez, tinha a certeza que ele sorria.
Matt continuava a fotografa-la, enquanto conversava com . Na opinião dele, as expressões que fazia quando falava com , eram as mais lindas do mundo.
e ficaram em silêncio, poderiam ficar assim por horas, apenas ouvindo a respiração um do outro. Era o jeito que encontravam para ficarem juntos, mesmo com a distância.
ignorou parcialmente (parcialmente!) a presença de Matt e fechou os olhos. Imaginou a seu lado, e tinha certeza que no momento, ele estava fazendo a mesma coisa.
dormia no sofá, o celular estava no chão, e Matt olhava mais uma vez as centenas – sim, centenas! – de fotos que havia tirado da menina naquele dia. Ele ainda estava sentado no chão, e olhava-a dormindo.
Ele sorriu involuntariamente olhando-a. Começou a mexer em seu cabelo devagar, como se com isso ela fosse dormir melhor. estava de pijama, uma calça xadrez e uma blusinha regata normal, que nela, virava praticamente uma mini-blusa. O cheiro do cabelo da menina parecia impregnar a sala. Não só o cabelo, o cheiro dela. Na opinião dele, tinha um cheiro característico, e era bom. Era como se fosse a mistura de tudo que ele mais gostava. era a garota perfeita...
E tinha o namorado perfeito.
Ele respirou fundo, estava tão confuso... Ele não gostava de , sabia que não, mas queria ter alguém como ela, assim como a tem.
Ele colocou a câmera na mesinha de centro, e encostou as costas no sofá onde dormia, voltando a atenção – com custo – para a televisão.
e Katie chegaram conversando alto, e quando viram dormindo no sofá, ficaram quietas instantaneamente.
- Faz tempo que ela dormiu? – perguntou baixinho.
- Um pouquinho! – Matt disse, ficando de pé – Bem, vou pra casa, preciso dormir também! – Ele riu – Boa noite, meninas.
- Boa noite Matt, obrigada! – agradeceu.
- Vai pela sombra! – Katie disse sorrindo.
Matt assentiu com a cabeça, e sorriu. Guardou a câmera na mochila, colocou-a nos ombros e olhou mais uma vez dormir.
Despediu-se das meninas novamente, e saiu do apartamento, com mil e um pensamentos estranhos e diferentes rondando sua cabeça.
Capítulo 41: It’s Not Easy to Be;
estava deitada na maca do consultório do Dr. Evans, enquanto Joanna estava a seu lado, derretendo-se ao ver a neta pelo ultra-som.
fazia o pré-natal e consultas normais com sua mãe. Bem, quando estava viajando, pelo menos.
Ou seja, na maioria das vezes.
- Olha como ela é linda! – Joanna dizia alegre – Oh se quando eu estava grávida de você ou do seu irmão, eu pudesse ver vocês assim... Teria tido um enfarte! – Ela dizia maravilhada.
riu.
- Doutor, ela é... Hm... Perfeita? – perguntou com certo receio.
Apesar de não sentir nenhum tipo de mágoa com sua mãe, nem nada do tipo, ela ainda tinha pavor de pensar que sua filha poderia nascer com algum tipo de deficiência.
- , pela ultra-sonografia não é possível dizer, aparentemente ela é sim, perfeita! – O médico disse, fazendo ficar um pouco mais tranqüila – E pelos exames que fizemos, não indicou nada de anormal também, porém, quando a criança nascer, poderemos ver isso com mais exatidão... – Ele dizia – No entanto, não acho que deva se preocupar!
respirou mais aliviada, e Joanna passou a mão pelos cabelos da filha.
- Não se preocupe, dará tudo certo! – Ela disse com um sorriso.
olhou para a mãe com um sorriso, e depois, voltou a olhar as imagens da filha. Seu coração acelerava toda vez que olhava. Era assim em todas as consultas, achou que se acostumaria, mas não. Cada consulta era uma sensação diferente. E era bom.
- Hm, pode se levantar, ! – O médico disse, guardando o equipamento da consulta; abaixou a blusa que vestia, e levantou-se da maca. O Dr. Evans anotava qualquer coisa, enquanto Joanna contava sobre sua gravidez à filha.
- Bom , como você já está no oitavo mês, é preciso que agora, mais do que nunca, você tome cuidado! Pode ser que Anne queira nascer antes do nono mês, ou seja, você tem que estar preparada! – Ele dizia enquanto anotava – Então, seria bom que você começasse a tomar essas vitaminas que eu estou te indicando, e mais uma vez, evitasse estresse, esforços, e todas essas coisas...
- Uhum... – disse, olhando sua barriga.
- Dr. Evans, o senhor não acha que a minha neta está muito... Pequena? Olha só o tamanho da barriga da ... Quer dizer, está grande para ela mas... No geral, é pequena, não é?
O médico riu.
- Está perfeitamente bem! Minha esposa mesmo, quase não teve barriga, e meu filho nasceu com um ótimo peso! O tamanho da barriga não tem nada a ver! Com isso, não com o que se preocupar! – Ele disse confortando a senhora.
Joanna sorriu e pegou a receita que o médico lhe dera.
- E , como está? – O médico perguntou.
- Viajando... – disse, sorrindo de lado.
- Ainda? – O médico arqueou uma sobrancelha.
Os contras de ter um médico amigo: ele acha realmente que é íntimo e dá palpites na sua vida. Ou então, sabe mais da sua vida do que deveria.
- Não, de novo. – disse.
O médico arqueou a sobrancelha mais uma vez, e deu de ombros.
- São os contras de um namorado famoso! – Ele disse, e assentiu com a cabeça.
Joanna e despediram-se do médico, e saíram do consultório.
Entraram na limusine, e Jeff parecia mais feliz a cada vez que o via.
- , seu pai e eu estávamos conversando... – Joanna começou, assim que Jeff ligou o carro – Você e ficaram noivos mas... Ninguém sabe! Quer dizer, não foi nada oficializado nem nada...
- Achamos melhor assim... – disse, olhando-se no espelho de sua carteira, e arrumando a faixa branca que usava nos cabelos.
- Isso não está certo... – Joanna disse, abandonando-se – Jeff querido, ligue o ar, por favor!
O motorista acenou, e ligou o ar-condicionado.
- Mãe, achei que já tivesse aceitado... – disse baixinho, já com medo de uma discussão.
- Não, não estou falando sobre o namoro de vocês, apesar de você saber minha opinião... – Ela deu de ombros – Eu quero que vocês oficializem esse noivado! É como uma tradição de nossas famílias... E vocês são da mesma família, ou seja...
- Você quer uma festa de noivado? – perguntou.
- Exatamente! – Joanna disse com os olhos brilhando de excitação – Desde que você e saíram de casa, seu pai e eu não tivemos mais motivo algum de promover uma festa, nem um jantar sequer! Então, podemos fazer sua festa de noivado!
- Melhor não, mãe... – disse – Eu não quero, não grávida... – disse séria – Sei lá, é um tanto quanto cansativo, entende?
- Pode ser depois de Anne nascer! – Joanna tentou.
- Não mãe... Acho melhor não... – tentava mudar a idéia da mãe – Se quiser, deixo você organizar nossa festa de casamento... – disse, até porque, sua mãe seria a melhor pra isso – Mas festa de noivado, não...
Joanna sorriu com os olhos brilhantes.
- Você... Eu posso organizar a festa de casamento? – Ela perguntou excitada.
- Pode! – disse sorrindo – Ninguém melhor que você pra fazer uma festa de casamento e... Eu não quero algo simples... Já me desliguei demais desse universo! – Ela assumiu rindo, à mãe.
O fato é, desde que começou a morar com , ela não respirava moda, como era quando morava com sua mãe. Ela passou a vestir-se bem independente a tendências, e passou a viver de um jeito bem mais simples do que estava acostumada.
Não que fosse ruim, afinal, o que era simples para , era extremamente exagerado para qualquer morador da classe econômica, porém, era diferente pra ela.
Mas ela também não reclamava.
- Você é meu sangue, não tenho duvida disso! – Joanna disse orgulhosa, rindo.
O motorista dirigia rápido – a pedido de Jo – em direção a mansão dos . Não demorou para que chegassem e fosse quase que correndo a cozinha, pedir para Marly fazer torradas com geléia de pêssego. Estava com desejo da geléia de pêssego de Marly.
esperou a cozinheira fazer as torradas, e com um prato cheio, foi para a sala. Sentou-se no chão, e colocou o prato na mesinha de centro. Joanna tinha ido ao quarto trocar de roupa.
Ligou a televisão e começou a passar um programa sobre moda, da tv a cabo.
- ? – ouviu a voz grossa de seu pai atrás de si.
Sorriu e virou-se, onde viu Robert vestindo uma bermuda, e uma regata listrada branca e vermelha.
- Pai! – Ela disse sorridente, indo abraçá-lo.
Ficou agarrada no pai um bom tempo, até ele separar-se dela e fazer com que ela desse uma volta.
- Você está linda! – Ele disse sincero.
mordeu o lábio.
- Estou enorme! – Disse.
Robert riu e bagunçou um pouco o cabelo da filha.
- Você é linda, filha! E que sua mãe não me ouça, mas você é a grávida mais linda que eu já vi na vida! – Assumiu.
soltou um 'AAAWN' e abraçou o pai com mais força. Ele tinha um cheiro tão gostoso, cheiro de pai!
Aquela mistura de loção pós-barba, perfume caro e chiclete. Sim, pais tem cheiro de chiclete!
- E ? – Robert perguntou, assim que soltou-se dele.
A menina fez uma espécie de careta.
- Viajando ainda... Volta daqui quatro dias... – Ela contou, voltando a sentar-se no chão, e comer suas torradas tingidas de laranja, tamanha a quantidade de geléia.
- Ainda? – Robert perguntou, sentando-se no sofá, conseqüentemente, atrás de .
simplesmente assentiu com a cabeça, e respirou fundo.
- Ai pai... Tem horas que... Sei lá, eu não agüento isso! – Desabafou – Como hoje, na consulta... Era para o estar ali comigo, e não a minha mãe! Esses dias mesmo, fomos fazer compras, e foi Matt quem escolheu um vestido pra Anne! – Ela dizia rápido.
Robert deu um sorriso, e sentou-se no chão, ao lado da filha.
- Você não acha que... Está pensando só em você? – Ele perguntou.
fez uma careta.
- Não.
Robert riu.
- Você acha que eu sempre fui presente, com sua mãe? – Ele perguntou – Isso porque eu não era nenhum integrante de banda famosa, sempre fui um mortal administrador de empresas! – Ele contava – Mas mesmo assim, eu não era lá muito presente, mas sua mãe sempre agüentou as pontas... E veja só onde estamos!
Imediatamente, lembrou da conversa de meses atrás, quando sua mãe disse "Você acha que eu casei com seu pai por amor?"
Decidiu ficar quieta e ouvir o que o pai estava dizendo.
- Ah pai, isso não está sendo fácil! – Ela disse, do mesmo jeito.
- E se fosse fácil, teria graça? – Ele perguntou rindo. Às vezes parecia que Robert via a vida como um jogo.
- Não vejo nenhuma graça, do jeito que está... – Ela disse com a boca cheia.
Danem-se as boas maneiras!
- Que seja! – Robert deu de ombros – Eu só acho que você tem que entender o lado do , e deixar de fazer drama! Você é grandinha demais pra isso, não acha? – Ele disse rindo.
Pais são a coisa mais estranha do mundo. Eles ao mesmo tempo em que estão rindo, dizem palavras curtas e grossas, e que na maioria dos casos são verdade.
- Mas... – Ela começou, mas Robert interrompeu-a.
- Eu te conheço , você é minha filha! E sei que você queria estar em primeiro lugar, e eu acredito que esteja! Mas você tem que entender que tem outras coisas na vida, agora! – Ele dizia.
fez uma careta.
- Promete pra mim que não vai mais reclamar da ausência de ? – Ele pediu.
- Impossível! – disse séria, mordendo outra torrada.
- Ok, eu deixo você reclamar um pouco... Mas não fazer disso tudo, um drama! – Ele riu – Pode ser? – Ele perguntou, estendendo o dedinho mínimo.
começou a rir, e entrelaçou seu dedinho no do pai.
- Pode! – Disse.
Os dois riram. Robert continuou ali com , até Joanna chegar.
Ficaram vendo televisão, conversando, e pensando em como Anne seria, e até mesmo, já planejando o casamento.
Fazia tempo que só convivia com os amigos. Ela sentia falta dos pais, claro que sentia!
Aconchegou-se entre o braço do pai, e ficou ali a tarde inteira.
Mal percebeu que anoitecera, quando pediu a Jeff que a levasse para casa.
O motorista levou-a para o edifício, e disse milhares de vezes sobre como a casa andava silenciosa.
sentiu-se uma criança barulhenta, embora mais cedo, seu pai tenha tratado-a como criança.
Bem, talvez suas atitudes tivessem sendo de uma criança.
Ela despediu-se do motorista assim que ele parou o carro defronte do edifício, e entrou.
O porteiro acenou freneticamente para , que sorriu em cumprimento.
Entrou no elevador e respirou fundo, segurando a bolsa. Tinha que ligar para quando chegasse em casa, mas não ia o fazer. Ela queria ficar um pouco sozinha.
Ligaria para , talvez.
Ou para Matt.
O elevador parou, e ela parou defronte da porta do seu apartamento. Pegou a chave da bolsa e abriu a porta, com o celular nas mãos. Ligaria para Matt!
Ela deu 'send' no número do fotógrafo, e entrou em casa, deixando a bolsa na mesinha de centro, e sentando no sofá.
Só chamava.
- Ta ligando pra quem? – Ela ouviu aquela voz masculina e sorriu abertamente.
Virou-se devagar, e viu ele ali, parado e sorrindo, escorado no batente da porta do quarto.
- AAAAH MEU DEUS! – Ela gritou, antes de jogar o celular no sofá e sair correndo (sim, correndo!) ao encontro do namorado, que estava ali, sorrindo com os cabelos bagunçados e o rosto um pouco amassado.
abriu os braços e assim que sentiu o rosto de em seu ombro, abraçou-a com força.
- Que saudade... – Ele disse baixinho no ouvido dela, assim que sentiu o coração da menina bater com força.
- Muita! – Ela disse, ainda agarrada ao namorado – Você não ia voltar só daqui a quatro dias?
- Ia... Mas conseguimos adiantar as coisas por lá... – Ele sorriu e beijou a testa da menina – Gostou da surpresa?
- Muito! – Ela disse sorrindo, segurando no rosto do namorado, e puxando-o para um beijo.
Os dois beijaram-se por vários minutos, como se a cada minuto de beijo, eles aproveitassem um minuto de ausência. Com custo e com os lábios incrivelmente vermelhos, separaram-se.
colocou uma mecha do cabelo de atrás de sua orelha, e passou o polegar pelas bochechas da menina.
- Eu nunca senti tanto sua falta! – Ele disse, olhando-a fixamente nos olhos.
- Eu também não, nunca foi tão difícil! – Ela disse olhando-o com a mesma intensidade.
mais uma vez abraçou-a, e guiou-a para a cama. Ele deitou-a a seu lado, e abraçou-a com força. Queria sentir-se junto a ela.
- E a nossa menina, como está? – Ele perguntou, sorrindo.
sorriu também, olhando sua barriga. As mãos de , agora passeavam pela barriga de .
- Ótima! Fui hoje ao médico... – Ela contava.
- Uhum... – disse baixinho, com uma mão, ele fazia carinho na barriga de , e com a outra, mexia no cabelo da menina.
Os dois ficaram em silêncio e de olhos fechados. Aquela, na opinião deles, era a melhor forma de matar a saudade. Só o simples fato de estarem juntos, sentindo a respiração um do outro, já era o suficiente.
Capítulo 42: I Know, it's Not Your Fault;
- Bom dia meu amor! – acordou com um beijo nos olhos.
Ela sorriu antes de abrir os olhos, e espreguiçou-se.
- Bom dia meu... – Ela parou de falar ao ver a enorme bandeja de café da manhã que estava na sua cama.
Ela olhou para que sorria feito criança, e ela sentiu uma imensa vontade de mordê-lo.
- Ah ! – Ela disse de um jeito arrastado, derretendo-se.
O menino sorriu e deu um selinho na namorada.
- Quero compensar o meu tempo perdido! – Ele disse com uma cara fofa.
sorriu, e beijou a testa dele, levantando-se rápido e indo ao banheiro escovar os dentes. dizia não ligar em beijá-la com seu hálito matinal, mas ela não gostava.
Rápido, fez sua higiene matinal, e voltou para a cama. estava apenas de boxers (a vermelha xadrez que tanto amava) e com o cabelo bastante bagunçado.
Ela sentou no colo do menino, defronte pra ele, e beijou-o de um jeito intenso. rapidamente levou as mãos a cintura da menina, e começou a massagear as costas da mesma.
- , antes de irmos para a parte menos romântica... – disse, partindo o beijo, e fazendo a menina rir, e morder o lábio inferior – Eu... Ah, por favor, me desculpa?
olhou diretamente nos olhos do menino, e sorriu de lado.
- Pelo quê? – Perguntou.
- Por ser a pior espécie de namorado do mundo! – Ele disse olhando pra baixo – Sei lá, você está grávida , logo a Anne nasce, e mesmo assim, eu fui!
sorriu de lado, e beijou a testa do menino.
- Eu... Confesso que reclamei bastante, fiz toda espécie de drama, mas... , é sua carreira, você estava feliz, é seu sonho e tal... – Ela sorriu para o menino – Eu é que tenho que me desculpar por ter sido infantil a ponto de transformar a sua viagem, em um drama mexicano... – Ela riu.
entortou a boca.
- Mesmo assim...
- , eu sei que a culpa não foi sua, ok? – Ela dizia sorrindo – E chega de remorsos, não combina com você!
começou a rir.
- Não? – Ele perguntou.
- Não! – disse rindo.
colocou a mão por entre os cabelos de e puxou-o para trás, e fazendo a menina inclinar a cabeça para trás. Ela sorriu quando sentiu o menino passar a língua pelo seu pescoço.
Fechou os olhos imediatamente e começou a arranhar de leve as coxas do menino, adentrando a boxer, fazendo-o soltar um gemido abafado. sentiu o corpo do menino reagir ao seu e sorriu.
- Depois... – Ela disse rindo, ao separar o beijo.
olhou para a menina com uma expressão surpresa. saiu do colo do menino, e sentou-se na cama a seu lado.
- , você provoca e depois corre? – Ele perguntou rindo, mas com um tom um pouco decepcionado.
mordeu o lábio e assentiu com a cabeça.
- Anne está com fome! – Ela disse rindo.
- Agora joga a culpa na menina... – disse com um bico, pegando um croissant.
sorriu e deu um selinho no menino, voltando sua atenção a bandeja. Estava realmente perfeita, e no canto, tinha uma única flor, com um cartãozinho.
Ela abriu, e direcionou seu olhar para as pernas da namorada. Ele não queria ver o rosto dela ao ler aquela carta ridícula – segundo ele.
"Eu já disse que você é a coisa mais importante da minha vida? Já te disse que você tem o sorriso mais lindo do mundo? E já te disse que eu faço de tudo pra vê-la sorrir? Eu te amo minha linda. Muito!"
olhou para , que agora engolia um muffin sem ao menos mastigar.
engatinhou até o menino e o beijou delicadamente, explorando cada canto da boca dele devagar.
Ele era o menino mais perfeito do universo, e tinha que agradecer todos os dias por ter um namorado como ele.
As mãos de passeavam agora pelas pernas de , e subiam para seu quadril. riu entre o beijo ao sentir passando o dedo por dentro da borda do short. Dessa vez, ela não ia impedi-lo.
Com cuidado, separou-se da menina, deixando ela com cara de interrogação.
Vingança?
- Calma, vou colocar a bandeja no chão! – Ele explicou, colocando a mesma no chão. Sorriu – Pronto...
Ele deu um sorrisinho pervertido, e começou a deitar a namorada na cama. Ele beijava o pescoço dela, tentava a todo custo, tirar aquela blusa. arranhava por dentro da coxa do namorado, o que o fazia gemer e morder o pescoço dela com certa força.
Finalmente, ele conseguiu livrar-se da blusa dela, que tanto o incomodava. começou a abaixar o short do menino ao sentir o corpo dele novamente reagir ao seu.
Estava quase tirando a maldita boxer, quando o celular de começou a tocar insistentemente em cima do criado muda.
- Deixa tocar... – pediu com a voz fraca, ao sentir o menino parar de beijá-la.
- Não posso... – Ele disse um pouco nervoso, erguendo novamente a boxer e descendo da cama.
Ele sentou ao lado de e olhou no identificador.
- Eu... Hm... Vou na cozinha, quer alguma coisa? – Ele perguntou, sem encarar nos olhos.
- Não... – Ela disse.
pegou o celular e saiu do quarto. respirou fundo, e colocou novamente sua blusa.
Ela sabia perfeitamente bem que não era nada sobre o McFly, já que eles usavam o telefone residencial. Por algum motivo, essas ligações estranhas que andava recebendo, e o jeito mais estranho ainda com que ele as atendia, deixavam insegura.
colocou seus chinelos cor-de-rosa berrante, e foi atrás de , dessa vez, sem fazer barulho.
Não queria parecer insegura, ou o tipo de namorada ciumenta, mas ela queria saber do que se tratava.
- Eu consegui chegar mais cedo que o previsto... Não deu pra eu te ligar... – dizia baixo ao telefone, e gesticulava.
colocou o ouvido na parede, como se assim, fosse escutar mais alto. Andava vendo muita novela.
- ...Óbvio que ela não sabe... Eu já te pedi pra não me ligar nesses horários que ela está comigo! Eu... Não dá, hoje não dá Ellen! – Ele disse bem mais baixo – Amanhã... Uhum, amanhã! Eu também... Tchau. – E desligou.
Instantaneamente, sentiu os olhos encherem-se de lágrimas.
Não podia ser o que ela pensava, podia? Não, era de que estavam falando!
Respirou fundo, e foi para a sala, ligando a televisão rápido. Tinha que se distrair. Não podia desconfiar de ...
Mas aquilo tudo estava óbvio demais... Ele disse 'óbvio que ela não sabe' no mínimo, era sobre ela... Disse que hoje não dava, provavelmente um encontro.
As evidências estavam na cara de , ela só tinha que enxergar.
Na verdade, ela enxergava, só não queria acreditar. Só não podia acreditar.
Respirou fundo.
- , eu vou à casa da ... – Ela disse, chegando a cozinha, onde bebia água.
- Ah amor... Vai depois, a gente nem matou a saudade ainda... – Ele disse sorrindo, chegando mais perto da menina.
deu um sorriso amarelo.
- Depois matamos... É urgente! É, urgente! – Ela disse rápido, voltando ao quarto.
não entendeu. Deu de ombros e voltou a beber sua água.
pegou a primeira roupa que achou a sua frente: um short bem curto preto de cetim, uma blusa branca, e um par de chinelos branco, com uma fivela de strass.
Pegou sua bolsa, e voltou à sala.
- Amor, eu te levo, espera só eu... – começou, mas o interrompeu.
- Não dá mesmo , é urgente! Eu... Eu volto depois! – Ela disse sorrindo de lado, dando um selinho no menino.
não entendeu o comportamento de , mas deu de ombros.
saiu do apartamento, e rapidamente ligou para .
Enquanto chamava, ela tentava parar um táxi. Mas era impossível, ela não tinha a mesma habilidade de .
Chamou mais uma vez...
esticou o braço ainda mais – como se fosse possível – e um taxista da cabeça tingida de branco, parou para ela.
- Obrigada! – Ela agradeceu enquanto entrava no carro.
E chamou mais uma vez...
Ótimo, não estava disponível quando mais precisava dela. Respirou fundo.
Ligou para a primeira pessoa que viera em sua mente em seguida: .
Fazia tempo que não conversava com ele, e sabia que ele era a pessoa certa pra isso.
Deu 'send' no numero do garoto e esperou que ele atendesse.
Não demorou muito, e uma voz sonolenta soou do outro lado da linha.
- ? – perguntou.
- ? – Ele perguntou, provavelmente confuso.
sabia como ficava lerdo quando acordava. Ela sempre achava isso engraçadinho.
- Oi! – Ela disse – você... Está ocupado? – Perguntou, torcendo mentalmente para que ele dissesse que não.
- Não... Por quê? – Ele perguntou.
tampou a parte inferior do telefone, e deu o endereço de ao taxista.
- Eu estou indo aí, tudo bem? – Ela perguntou.
- Claro , mas aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou.
- Não... Sim... – Confundiu-se – Quer dizer, conversamos quando eu chegar aí, tudo bem?
- Uhum... – disse, e desligou.
Ela sentia o coração num ritmo acelerado. Jamais cogitou uma hipótese de ser traída por e as evidências esfregavam isso em sua cara.
Não demorou muito para que o taxista parasse defronte da enorme casa de . A menina o pagou, e tocou a campainha.
Foi mesmo quem a atendeu. Ele olhou para ela, e abraçou-o com força.
Ela não estava chorando nem nada, simplesmente sentiu vontade de abraçar com força.
O menino abraçou-a do mesmo jeito.
- Hei, o que aconteceu? – Ele perguntou, fechando a porta atrás de si, e guiando para o jardim.
Sentaram-se em um dos bancos do enorme jardim de , e respirou fundo.
- , eu vou te fazer uma pergunta, mas independente de qual for a resposta, eu quero a verdade, ok? – Ela pediu, e sem entender, assentiu com a cabeça.
- , o está me traindo? – perguntou séria.
arregalou os olhos, assustado com a pergunta.
- Da onde você tirou isso, ? – Ele perguntou sério.
- Eu.. Eu ouvi ele no telefone com uma tal de Ellen e... O jeito que ele falava confirmou, entende? – Ela disse com a voz embargada.
Ah não, ela não ia chorar!
- E o que exatamente você ouviu? –Perguntou.
- "não me liga nesse horário Ellen! Óbvio que ela não sabe, hoje não dá, amanhã sim! eu também, tchau!" – imitou a conversa.
olhou para baixo e coçou a nuca.
- Você tem certeza? – Perguntou.
- Claro que tenho! – disse séria.
ficou em silêncio.
- Eu acho que não passou de um mal entendido... te ama, ! – dizia, olhando para baixo - e depois de tudo que ele passou pra te ter, ele não ia deixar você escapar tão fácil... – Respirou fundo – Eu não deixaria...
sentiu uma imensa vontade de abraçar e beijar , mas se conteve.
- Ah , me desculpa vir aqui por causa disso é que... – Ela sentia-se uma idiota agora. Tanta pessoa no mundo, ela foi desabafar sobre uma suposta traição logo com o ex-namorado – Você foi a pessoa que me veio primeiro a cabeça, a primeira pessoa que eu confiava...
sorriu.
- Não tem problema, ! Fico feliz em saber que você confia em mim! – Ele disse.
sorriu e abraçou novamente.
- Eu te amo, ! – Ela disse novamente.
sorriu.
- Eu também , eu também! – Ele sorriu.
ficou de pé e olhou para cima, respirando fundo.
- Obrigada! Mesmo! – Ela agradeceu – Mas agora eu vou andar, sei lá... – sorriu de lado.
- Tudo bem... – Ele ficou em pé – Se precisar de alguma coisa...
- Obrigada, ! – agradeceu mais uma vez, sorrindo – Você é um anjo!
sorriu e acompanhou até o portão. Ela saía do portão ainda atônita, quando sentiu uma dor enorme na barriga, não evitando um grito.
- Você ta bem, ? – perguntou assustado, ao ver a menina abaixar-se segurando a barriga.
- Eu não sei... – Ela dizia com os olhos cheios de lágrimas – Ta doendo , ta doendo muito! , o que ta acontecendo? – Ela perguntava desesperada, já não evitando as lágrimas.
levou as mãos à cabeça e gritou por alguém. O jardineiro veio correndo, pegou o celular do empregado, e ligou para um médico.
- Vem, eu vou te levar para o médico! – Ele disse pegando , e colocando-a apoiada em seus braços, guiando-a até a limusine.
não raciocinava direito tamanha a dor que sentia. Ela não podia perder aquela criança, simplesmente não podia.
Fechou os olhos, e como se alguém apagasse a luz, desligou-se do mundo real, ou em outras palavras, desmaiou.
Capítulo 43: False Alarm;
caminhava de um lado para o outro no corredor do hospital. estava sentado, com a cabeça apoiada nas mãos.
- , acalme-se! Você está me deixando ainda mais nervoso! – reclamou, obrigando a sentar-se.
- Não dá ! A está naquela sala, passando por sabe Deus o quê! , ela pode perder a nossa filha! – Ele disse desesperado, deixando com que as lágrimas escorressem pelo seu rosto.
nunca viu daquele jeito.
- Vai ficar tudo bem, ! Vai ficar tudo bem... – dizia, embora ele mesmo não soubesse se isso realmente aconteceria.
colocou a cabeça por entre suas mãos e respirou fundo. Ele estava com medo, pela primeira vez na vida, ele estava realmente amedrontado.
Um médico alto, que não era o Dr. Evans, chegou com uma prancheta e uma cara não muito amigável.
Se bem que médicos em geral não fazem caras boas.
- Dr. O que está acontecendo?! – perguntou desesperado, ficando em pé.
também ficou de pé, mas em silêncio.
O crachá marcava 'Dr. Richard Parker'. Ele era alto e de cabelos bastante negros. Era um pouco moreno e com os olhos bastante claros.
- Você é responsável pela ? – Ele perguntou sério, olhando para .
- Não, é ele! – respondeu apontando .
Intimamente, sua vontade era dizer que sim, e mandar para o inferno. Aquela situação tinha mexido com os nervos do garoto.
- Sua... – O médico começou, querendo que continuasse.
- Noiva! – respondeu alto e rápido.
- Noiva... Sua noiva entrou em trabalho de parto, a bolsa acabou de romper... Ela está no oitavo mês de gestação, certo? – O médico perguntou.
não tinha cabeça para responder. Não naquele momento.
Anne estava nascendo.
Ele não estava preparado, não ainda. Seu coração parecia acompanhar a velocidade de um carro de fórmula 1, e sua cabeça girava.
- Sem querer te pressionar, qualquer mínima informação sobre o estado de é importante, eu não acompanhei a gravidez da garota, então preciso que você me diga! – O médico disse um pouco sem paciência.
deu um soco no ombro de , fazendo-o despertar de seu transe.
- Sim, oitavo mês. – Ele respondeu – Tem algum risco? Algum risco da ou a Anne morrerem?
O médico assentiu com a cabeça do modo mais frio possível, anotou qualquer coisa na prancheta e saiu pelo enorme corredor, sem falar nada.
voltou a se sentar. Sua boca estava aberta, mas nenhum som queria sair. Seus pulmões pareciam impossibilitados de receber ar, e seu coração, ao mesmo tempo que batia numa velocidade impressionante, parecia querer parar de bater a qualquer momento.
- Eu vou avisar os outros... – disse após um tempo.
continuou passado. Agora, suas mãos ficaram entrelaçadas na frente da boca. Elas tremiam, tremiam tanto que ele seria incapaz de segurar qualquer coisa.
pegou o celular e saiu de perto de . não ligou.
O garoto ficou em pé e caminhou de um lado para o outro. Ele queria estar com , queria poder segurar a mão da menina como planejaram desde o inicio da gravidez.
E isso tudo aconteceu tão rápido...
De manhã, eles estavam bem, quase fizeram sexo!
Porém, em um surto, saiu de casa, e na casa de , aconteceu tudo isso.
Mas não, ele não queria pensar no que fazia na casa de , não queria pensar em mais nada, ele só queria estar lá dentro, segurando a mão dela.
Dirigiu-se até o balcão, onde uma recepcionista bonitinha, mas com o rosto magro demais, atendia.
- Eu... Eu quero entrar! – disse, sem nexo algum.
- Hm... Desculpe, entrar aonde, senhor? – Ela perguntou com aquele tom que recepcionistas usam.
- Minha namorada! Eu quero entrar na sala, ficar com ela! – disse alto.
Ele nunca, nunca ficou desesperado do jeito que estava.
- Impossível. Não foi permitida a entrada de ninguém exceto os médicos! – Ela disse com um sorrisinho.
sentiu vontade de socar aquela recepcionista desgraçada.
Ele ia gritar alguma coisa, quando sentiu uma mão em seu ombro, e lhe disse "calma" embora ele não tenha ouvido.
sutilmente, puxou o amigo para o banco de espera novamente.
- Cara, se acalma pelo amor de Deus! – pediu sério – Eu também estou nervoso, não como você, mas estou! , você mais do que qualquer outra pessoa precisa ter calma! Precisa estar calmo para quando puder receber visitas, você lhe transmitir segurança!
- , e se ela morrer? – perguntou visivelmente arrasado. Ele chorava feito criança – , eu não vivo sem a , cara!
- Ela não vai morrer! Nem ela nem sua filha! – disse chacoalhando pelos ombros – Vai dar tudo certo, nós sabemos que vai!
cobriu o rosto e continuou chorando. Nunca foi religioso, mas naquele momento, pediu para todos os santos existentes (ou que ele sabia que existiam) para que a namorada saísse bem daquilo.
Não demorou, e Matt, , , Katie e já estavam no hospital. não estava tão desesperado quanto , mas ele estava com medo de perder a irmã.
Os outros, tentavam (tentavam!) passar segurança a .
O tempo parecia não querer passar, e o tal Dr. Parker, não parecia querer mostrar seu rosto.
- Toma ... – deu um copo de água ao garoto.
- Eu não quero. – Ele disse, ainda olhando para baixo, e batendo o pé no chão freneticamente.
- Toma, cara! – disse – Você precisa se acalmar!
Mas ignorou. estava em silêncio, sentado ao lado do menino.
- Se ela não tivesse ficado naquele estado... – murmurou, passando a mão nervosamente pelos cabelos.
- Quê? – perguntou, olhando diretamente para .
respirou fundo. Seus nervos estavam alterados e ele precisava dizer o que achava. Ou sentia.
- Por que você teve que trair ela, ? Porra, ela deixou tudo por você! Será que é difícil pra você dar valor a alguma coisa? – estourou, deixando todos boquiabertos.
olhou para com certa fúria nos olhos.
- Co-como é que é? – perguntou, com a voz embargada.
- Ela descobriu, ! Descobriu e foi na minha casa pra me perguntar! Ela estava nervosa, e você sabia que ela não podia ficar nervosa! Sabemos isso desde o primeiro mês dela! – dizia rápido, e a veia de seu pescoço saltava.
estava mudo, enquanto se aproximou do primo. olhou a cena com medo, e sabia que se precisasse, entraria no meio de uma briga – para separar, claro.
- Você... Você fez isso com a minha irmã, ? – perguntou de olhos fechados, assim como seus punhos.
- Claro que não! – Ele disse alto – Nunca eu faria isso!
- E quem é Ellen? – perguntou em tom acusador – me contou que a dias você anda tendo ligações suspeitas, que você sai de perto dela pra atender... Disse que hoje não daria para vê-la...
Uma enfermeira passou por eles e mandou que eles ficassem em silêncio, mas nenhum dos três prestaram atenção no que aquele projeto de ser humano tinha falado.
estava com medo, e Katie, preparada para gritar por ajuda.
- Ellen? – perguntou – Ellen? – Agora ele levou a mão aos cabelos e ficou em pé, respirando fundo – Foi por isso que surtou daquele jeito? Pela Ellen?
- Quem é Ellen, ?! – perguntou sem paciência.
nunca viu daquele jeito.
- Ellen é uma corretora de imóveis que minha mãe conhece! Eu estava fazendo uma surpresa, procurando uma casa legal pra mim e pra ! Era SURPRESA eu não queria que ela soubesse! Ela achou uma casa do jeito que eu quero, e queria eu fosse ver hoje! Eu disse que não, porque queria passar o dia com a minha namorada! Foi por isso? – Ele perguntou estupefato.
ficou em silêncio. Tudo o que disse tinha sentido.
- Eu espero mesmo que isso seja verdade, ! – disse sério.
olhou para o primo, e percebeu pelo estado do garoto, que era verdade.
sentou-se mais uma vez, e o silêncio, pela primeira vez voltou a pairar.
- Eu... Eu acho que vou buscar café... – Matt disse pela primeira vez desde que chegara. O garoto estava pálido, e seus olhos absurdamente verdes, não tinham aquele brilho. Ele também estava com medo – Alguém... Alguém quer?
- Eu quero! – Katie disse.
Matt assentiu com a cabeça, colocou as mãos no bolso e saiu andando pelo corredor, em direção a lanchonete.
sentou-se ao lado de , que abraçou-o pelos ombros.
Logo, acabando com aquela agonia, um semblante alto aproximou-se, e logo reconheceu o Dr. Parker.
- A está bem? – perguntou imediatamente, levantando-se.
O médico pareceu analisar por um momento.
- Sim. – Ele respondeu, agora olhando para o garoto – Não foi um parto fácil...
- E minha filha? – Ele perguntou ansioso.
O Dr. Fez uma espécie de careta, ao que tudo indicava, detestava ser interrompido.
- Sua filha nasceu bem! – Ele disse ainda sério – Mas ficará na incubadora até ganhar o peso necessário para sair do hospital, já que nasceu prematura, embora, com apenas um mês de antecedência. está bastante fraca e precisa de repouso, mas, se você quiser vê-la...
- Eu quero! – disse rápido.
O médico olhou as pessoas a volta, e voltou a olhar para .
- Acho melhor apenas um ir vê-la, ficar com ela, se for o caso. Ela precisa de repouso, e toda essa agitação só fará mal a ela...
olhou para baixo, e os amigos assentiram com a cabeça. não, ele continuou sério, olhando-o.
- Ok. – disse.
O médico assentiu com a cabeça, e começou a caminhar, sendo seguido agora por .
A cada porta branca fechada e numerada em que passavam, o coração de se agitava com a expectativa do homem a sua frente abri-la e ali, ele ver sua menina. Mas não, aquele corredor parecia interminável, assim como as portas pelas quais passavam.
Depois de andar, o doutor parou defronte da porta numerada '162' e abriu-a. sentiu o coração gelar.
Entraram no quarto, e viram , aparentemente dormindo em cima de uma maca. Ela parecia cansada, e os cabelos, sempre arrumados meticulosamente, estavam um tanto bagunçados e alguns fios estavam grudados em sua testa.
- Sua filha está na incubadora, é na sala a direita... Vou avisar os outros acompanhantes, para o caso de quererem ver a criança... – Dito isso, o doutor deixou sozinho no quarto.
Ele não sabia o que fazer, não sabia como se portar... Aquela situação havia o pego de surpresa, ah sim!
Sem pensar mais, aproximou-se da maca, e começou a tirar os fios de cabelo que estavam na testa da menina.
- Oh meu amor... – Ele dizia baixinho, de olhos fechados – Graças a Deus ficou tudo bem... Graças a Deus...
- ... – Ouviu dizer com a voz falhada, olhando-o para ele – Ela nasceu, ! Ela... Ela é linda!
sorriu e não conteve as lágrimas ao abraçar com o maior cuidado do mundo. Ele tinha medo de machucá-la.
- Eu estou tão feliz, ! – Ele disse baixinho, enquanto a abraçava – Eu... Eu fiquei com medo de te perder, ! Eu... – As lágrimas saltavam de seus olhos – Nunca senti tanto medo em minha vida!
ficou apenas quieta. Estava bastante cansada, e só o fato de saber que sua filha estava bem, e que sue namorado estava com ela, já a confortava.
- Cadê a Anne, ? – perguntou, quando separaram-se.
segurou na mão da menina.
- Ela não tem peso suficiente, então, vai ficar uns dias na incubadora... – Ele sorriu ao ver os olhos assustados da namorada – Mas não se preocupe, ela está bem!
respirou aliviada, e beijou sua testa.
- Eu... Eu amo tanto você, ! – Ele disse sério.
apenas fechou os olhos e assentiu com a cabeça. Ela sentiu aquela exaustão, e o efeito dos calmantes agirem em seu corpo, e logo, seus olhos voltaram a se tornar pesados, e a imagem de começava a ser desfocada.
O garoto puxou uma cadeira, e sentou ao lado da menina, até ela dormir. E ficou ali, velando seu sono.
Capítulo 44: My Girl;
estava com a testa colada no enorme vidro que estava entre ele, e as dezenas de bebês enfiados naqueles berços também de vidro. Era algo totalmente cruel, segundo ele.
Porém, ele mal ligava para as dezenas de crianças ali, ele só olhava uma, mais precisamente, a pequena – pequena mesmo! – menininha dentro de uma das incubadoras, com um pequeno número abaixo da mesma.
Era ela ali, quietinha e visualmente imóvel.
Ele poderia passar dias ali, apenas olhando a filha, que no momento, descobria como era o mundo.
Um sorriso idiota e débil brotou em seu rosto quando viu a filha mexer a mãozinha. Algo pequeno para qualquer outra pessoa, não para .
- , você está aí a horas... – Ele ouviu dizer, colocando uma mão sobre o ombro do garoto – já está pronta...
- Já? – Ele perguntou, ainda sem tirar os olhos da filha.
assentiu com a cabeça e respirou fundo. Deu mais uma olhada na filha, e abaixou a cabeça, caminhando lado a lado com o cunhado em direção ao quarto da namorada.
ficou apenas dois dias no hospital, e hoje, tinha ganhado alta. Por um lado, ela parecia saltar de felicidade – ela realmente detestava hospitais – mas por outro, lamentava-se por ter de deixar a filha ali.
"É por pouco tempo!" O médico cansava de repetir.
Mesmo assim, ela sentia-se a pior mãe do mundo.
Eles se aproximaram do quarto, e uma conversa era escutada, juntamente com risos. sorriu e suas costas pareciam bem mais leves.
No dia anterior, explicou toda a história a , toda a história sobre Ellen, casa, e corretora de imóveis. Ela acreditou nele, nos olhos do namorado ela via que era a verdade.
E jamais teria capacidade de inventar algo do tipo.
- Prontas? – perguntou entrando no quarto, onde terminava de pentear o cabelo, e fechava uma mala.
- Prontas! – assentiu sorrindo. Seu olhar encontrou com o do namorado, que sorriu imensamente.
Sem delongas, aproximou-se da menina e beijou-a delicadamente, abraçando-a com certa força.
Fazia tempo, que ele não sentia o peito de , junto ao seu daquele jeito, já que antes, a barriga – ou melhor dizendo, Anne – ficava no meio.
Mas não, agora ele sentia os batimentos dela, e poderia até contar a freqüência.
- Você está linda, sabia? – Ele perguntou/disse sorrindo.
simplesmente sorriu e beijou a testa do menino.
- Eu... Eu quero vê-la antes de ir embora... – pediu, referindo-se a filha.
- Imaginei! – disse, e sorriu.
- Vamos todos vê-la! Minha afilhada e sobrinha, vai gostar de toda essa atenção! – disse sorridente.
negou com a cabeça, rindo.
- Eu ainda acho que depois de ontem, você deveria deixar ser o padrinho! – opinou, ignorando a expressão de indignação exagerada de .
- Ele chorando ao ver Anne foi a coisa mais linda! Ele merece o prêmio 'fofo do ano'! – completou, ignorando totalmente .
- Foi mesmo! – assumiu.
- Eu também quase chorei! – disse rolando os olhos.
- debulhou-se em lágrimas! Ele queria entrar lá e abraçar Anne! Ele até parecia o pai da criança! – contou rindo.
- Ah não, ninguém ganhou do no quesito 'desespero/emoção'! – entrou na conversa, e assentiu com a cabeça, abraçando a namorada pelos ombros.
- Que seja! Serei o padrinho e ponto final, certo ? – perguntou frisando o nome da irmã, ignorando a namorada.
Incrível como eles se ignoravam. Bem, quando convinha.
pegou a mala de , e saíram do quarto, sentindo uma felicidade imensa. Seria realmente completa, se eles pudessem ter saído com Anne, mas sabiam que era o melhor, e sabiam que em breve, isso aconteceria.
Caminharam em direção ao vidro que mostrava os bebês na incubadora novamente, e ao chegar lá, os olhos de encheram-se de lágrimas. Era sua filha ali, pequenina do tamanho – ou menor – que uma boneca.
Olhou para sua barriga, e viu que, não existia mais aquela coisa enorme, ela tinha voltado ao normal.
- Dá... Dá pra acreditar que, que eu tenho uma filha? – comentou numa espécie de transe, encarando a filha – Quer dizer, é como se tudo fosse ainda mentira... Acho que não caí na real ainda...
- Nem eu... – Admitiu , encostando-se no vidro novamente.
- Ela vai sair logo daí! – Disse , confortando-os – Vocês ouviram o que o médico falou...
e assentiram com a cabeça. Ficaram olhando a filha por mais alguns minutos – leia-se: vários minutos – e só saíram, quando os chamou.
deixou-os em casa, e sentiu-se pela primeira vez em muito tempo, abraçada pelo apartamento que a meses, vivia, que a meses chamava de lar.
Foi como se tudo passasse rapidamente com um flash em sua cabeça, desde o momento que passou a viver com .
deixou a mala no chão próximo a porta, abraçou por trás, colocando o queixo em seu ombro, sorrindo.
- Eu tenho uma surpresa pra você... – Ele disse sorrindo.
fechou os olhos ao ouvir a voz do namorado em seu ouvido. Aquela voz ainda lhe causava arrepios, mesmo ouvindo-a todos os dias.
- Sério? – Ela perguntou sorrindo.
Sua vida podia ser resumida em um sorriso, que seria o resumo mais fiel do mundo.
Ela realmente tinha motivos.
- Sim! – Ele riu – Na verdade, são duas... – soltou-se da menina, e foi até o quarto.
sentou-se no sofá, e ficou esperando-o.
O apartamento continuava maravilhosamente limpo, e sabia o motivo: passara todos esses dias no hospital.
Riu sozinha ao lembrar-se da bagunça que o menino fazia, e das reclamações da empregada no dia seguinte.
voltou com um cd nas mãos, e arqueou a sobrancelha. Ela abriu a boca para falar, mas a interrompeu.
- Não, não é cd novo do McFly... Mas é uma música que eu fiz pra você... – Ele contou.
abriu um outro sorriso bobo, e ligou o som.
- Eu... Eu não agüentava ficar longe de você... – começou a explicar – Mesmo eu sabendo que seria por pouco tempo... dizia que eu ficava insuportável.. – Riu – Então, sugeriu que eu escrevesse... E aí está!
sorriu para o namorado, que ligou o som.
A musica começou com guitarra, um ritmo gostoso que, dava a até vontade de levantar e dançar.
Tell me that you want me baby
(Me diga que você me quer baby) Tell me that it's true
(Me diga que é verdade) Say the magic words and I'll destroy the world for you
(Diga as palavras magicas e eu mudarei o mundo para você) Not before the broken hearted
(Um exercito de corações partidos) Marching through the streets
(Marchando pelas ruas) And every city's burning to the ground under your feet
(E toda a cidade esta queimando debaixo de seus pés)
ouviu a primeira parte da música, com a seu lado. Ele batia com o pé no chão no ritmo da música. Ele olhava para qualquer canto, menos para ela.
ainda achava lindo o fato dele sentir-se envergonhado perto dela.
I wanna hold you
(Eu quero te abraçar) My skies are turning black (feels like a heart attack)
(Meu céu esta ficando preto – sinto como um ataque cardíaco) And I'd do anything you ask
(E eu faria qualquer coisa que você pedir) I wanna hold you bad
(Eu quero muito te abraçar)
E o refrão foi mostrado, e sorriu feito tonta, ao ouvi-lo.
Aquela parta da música traduzia perfeitamente o que ela sentia nos últimos meses. Era realmente incrível como as músicas do McFly, traduziam perfeitamente o que ela sentia, em palavras.
Aquilo chegava até assustar um pouco, mas era maravilhoso.
Melt the polar ice caps baby
(Eu derreteria as calotas polares baby) Watch them flood the earth
(Assistiria elas inundarem a Terra) I'd do anything to show you what your love is worth
(E eu faria qualquer coisa para mostrar que seu amor tem valor) Won't you show me your devotion?
(então me mostre sua devoção) Heal my aching heart
(Cure meu coração dolorido) It's like a neutron bomb explosion tearing me apart
(É como uma explosao de bomba atômica acabando comigo)
olhou para , de modo que seus olhares se encontraram. O menino sorriu e puxou-a delicadamente, fazendo-a deitar com a cabeça encostada em seu peito.
passou o braço pela barriga do menino, e fechou os olhos, concentrando-se mais uma vez no refrão da música.
I wanna hold you
(Eu quero te abraçar) My skies are turning black (feels like a heart attack)
(Meu céu esta ficando preto – sinto como um ataque cardíaco) And I'd do anything you ask
(E eu faria qualquer coisa que você pedir) I wanna hold you bad
(Eu quero muito te abraçar)
cantava baixinho com a música, no ouvido de . Ela sorriu e olhou para aqueles olhos que ela tanto amava, ficando perdida nos mesmos.
Era como se nada mais no mundo existisse naquele momento.
Attention please, we interrupt this program,
(Atenção por favor, nós interrompemos este programa) With some disturbing news,
(Com algumas notícias perturbantes) World wide evacuation,
(Uma evacuação mundial) We're going to lose,
(Nos vamos perder) We've pulverised the nation,
(Eles vão pulverizar a nação) I guess it shows that's just the love you do
(Eu acho que isso mostra o que o amor pode fazer)
riu ao ver o jeito com que cantou a ultima parte. A letra a encantava mais ainda, a cada nova palavra cantada.
Era linda, era boa, era aquele tipo de música que se é perfeita. E ela não achava aquilo apenas porque foi seu namorado quem a escreveu para ela. É porque era simplesmente verdade.
O refrão começou, e voltou a cantar baixinho, fazendo arrepiar-se e sentir vontade de morde-lo.
I wanna hold you
(Eu quero te abraçar) My skies are turning black (feels like a heart attack)
(Meu céu esta ficando preto – sinto como um ataque cardíaco) And I'd do anything you ask
(E eu faria qualquer coisa que você pedir) I wanna hold you bad, bad, bad
(Eu quero muito muito muito te abraçar) Do anything you ask
(E eu faria qualquer coisa que você pedir) I wanna hold you bad
(Eu preciso muito te abraçar)
A música terminou, e uma com um sorriso imenso – que parecia que rasgaria sua boca a qualquer momento – beijou o namorado.
Era sempre assim quando ele apresentava uma música dedicada a ela. Ela nunca sabia o que fazer, sempre o beijava, como se com isso, toda a emoção que sentia no momento, fosse transferida a ele.
- Você gostou? – Ele perguntou com um sorrisinho incerto de canto.
- Eu preciso mesmo responder? – Ela perguntou rindo, o que fez o menino fazer o mesmo.
Ele a abraçou com força, mexendo no cabelo dela.
- Está tudo tão perfeito, só falta a Anne aqui e... Isso logo acontecerá! – dizia baixinho – Eu... Eu nunca pensei que poderia ser tão feliz, sabia?
apenas ouvia sorrindo. Ela sentia-se igual, exatamente igual.
Ficaram um tempo em silêncio, novamente, um apenas sentindo o outro.
- E a outra surpresa? – perguntou com um sorriso sapeca.
riu e beijou o nariz da namorada.
- Só quando Anne estiver aqui!
- Então não vai demorar! – disse sorrindo, e novamente ajeitando sua cabeça ao peito do namorado.
Capítulo 45: Come together;
Uma semana havia se passado desde o nascimento de Anne, e estava com a filha nos braços, ainda no hospital.
tinha recebido a ligação do Dr. Evans – que passou a cuidar de Anne – anunciando a alta da menina.
Imediatamente, os dois seguiram para o hospital.
sorria feito boba, ao sentir a sua filha em seus braços. sorria do mesmo jeito, ou até pior.
- Ela... Ela é linda, ! – Ele disse feito idiota.
- Eu sei! – Ela disse do mesmo jeito.
Os dois recomeçaram a andar para fora do hospital. Andavam exageradamente devagar, como se cada passo, pudesse machucar a pequena.
Anne, apesar de ter conseguido o peso necessário, ainda era muito pequena e frágil, de modo que todo o cuidado com ela, seria pouco.
- Ela está dormindo? – perguntou assim que entraram no carro, e ajeitou-se no banco do carona com a filha.
Anne estava enrolada em uma manta cor-de-rosa. Vestia uma roupinha minúscula amarela, e uma toquinha da mesma cor. Nasceu com bastante cabelo, o que – segundo mitos populares – explicava os enjôos da menina.
- Já pensou quando podermos fazer penteados nela? – perguntou sorridente.
começou a rir.
- Que comentário mais gay, amor! – disse rindo, e riu rolando os olhos.
- Nem foi! – Defendeu-se.
apenas riu, e voltou a olhar a filha.
- Bem... Como Anne já está conosco... – começou – Eu posso lhe dar a outra surpresa!
encarou o namorado curiosa. Tinha esquecido-se completamente da surpresa, graças as visitas diárias ao hospital, as visitas de seus pais e tios, e com os sexo 'normal' (leia-se: sem uma barriga imensa atrapalhando).
- Eu havia me esquecido! – Confessou.
- Mas eu não! – disse rindo – Fecha os olhos!
- Não mesmo! Irresponsável, eu estou com nossa filha! – Ela disse fingindo estar brava, mas ao pronunciar as palavras 'nossa filha' sorriu involuntariamente.
deu de ombros, e sorriu, ligando o carro.
- Não abre os olhos agora... – dizia, enquanto caminhava atrás de , vendando-a com uma das mãos, enquanto com a outra, a guiava.
- , pára com isso, você sabe que eu odeio esse tipo de coisa! – Ela disse, tentando tirar a mão de , de seus olhos.
- Pára de ser sem graça, ! – Ele repreendeu-a – Você vai estragar a surpresa!
- , a última vez que você fez uma surpresa desse tipo, tampando meus olhos, você me jogou na piscina... – Ela disse em tom acusador, e começou a rir alto – Não ria! E eu posso derrubar a Anne, seu irresponsável!
- Ah , tínhamos treze anos, e qual o problema em te jogar na piscina? Todo mundo faz isso! – Ele disse rindo, continuando andando vendando .
- Nenhum, Harold! – Ela disse – Desde que não estejamos no inverno, e a piscina esteja sem aquecedor! – Disse mais uma vez com seu tom acusador. continuou rindo alto. – ! Tira a mão! – Pediu alto, tentando mais uma vez tirar as mãos do namorado de si.
- ! – disse apertando-a para perto dele – Deixa de ser insuportável! – Ele disse começando a se irritar – Estamos chegando! E eu estou segurando a Anne! – Ele disse, pegando a filha com o maior cuidado do mundo – Bem, agora eu estou.
Eles já haviam descido do carro a uns minutos, e aquela caminhada só deixava mais apreensiva.
- Um... – começou a contar baixinho, no ouvido de – Dois...
- ! – brigou, agora, conseguindo tirar a mão do menino, de seus olhos.
Ela abriu a boca, mas nenhum som saiu. Estava parada defronte de uma casa bastante grande, com o muro baixo, de tijolinhos que pareciam terem sido desenhados. Tinha um portãozinho um pouco mais baixo que o muro, e um outro portão largo, que seria para garagem.
A casa era branca, e o telhado escuro. As janelas tinham os vidros escuros também, assim como a porta e as janelas. No canto, havia um pequeno jardim, com algumas flores pequenas. Do outro lado, havia um enorme espaço, que era a garagem.
- Você... Gostou? – perguntou, abraçando por trás, e colocando seu queixo no ombro da menina.
simplesmente assentiu com a cabeça.
- Essa... Essa... – Ela começou, mas não conseguia continuar.
sorriu.
- Sim . Essa é a nossa casa! – Ele disse visivelmente feliz, enquanto olhava para a filha, e em seguida, para a namorada – Vem, vem ver o resto! – Disse animado.
sorriu abertamente, e seguiu o namorado, enquanto adentravam a casa.
Parecia mentira, por a casa estava definitivamente pronta. Os móveis da sala eram todos brancos, exceto pelo tapete que tinha cor de pêssego, e os quadros coloridos. O corrimão da escada parecia brilhar.
A cozinha, era branca e alaranjada, já que a porta dos armários eram de tal cor. Os eletrodomésticos já estavam todos ali, e ao contrário do apartamento, ali tinham panelas.
O fundo da casa era gigantesco. Uma enorme piscina, um enorme jardim, uma linda jacuzzi, e uma maravilhosa rede. Ela sempre amou redes!
olhava a namorada sorrindo bobo, e praticamente imóvel. Ele não tinha lá muito jeito com a filha ainda.
sorriu e subiu as escadas para ver os quartos.
Tinham mais ou menos seis portas naquele corredor. Abriu a primeira, e viu um quarto simples, com as cortinas claras, assim como os lençóis.
- Quarto de hóspedes. – explicou.
assentiu com a cabeça, e abriu a segunda porta. Era um banheiro normal, os azulejos claros, a banheira no canto do cômodo, e um enorme espelho. Sorriu.
Abriu a terceira porta, e viu outro quarto simples, parecido com o primeiro. Mais um quarto de hóspedes.
Olhou para , que pegava na mãozinha da filha, ignorando parcialmente, a menina.
sorriu, e abriu a próxima porta, fazendo seus olhos brilharem ao ver ali, um quarto cor-de-rosa, com alguns desenhos na parede. O berço era enorme e lençóis brancos e rosas, enfeitavam o mesmo.
Uma enorme prateleira ficava na lateral do quarto, e a mesma já estava repleta de ursos de pelúcia. No canto do quarto, um enorme panda de pelúcia (até mesmo maior que ela!) estava no chão, e perto dele, alguns puffs.
Era o quarto infantil mais lindo que ela vira na vida, disso, ela não tinha dúvida alguma.
- ... – Ela não conseguia raciocinar.
- Ellen me indicou um decorador muito bom! Ele foi rápido e, eu gostei do trabalho dele! – Ele sorriu – Embora ele tenha dado em cima de mim... – Contou com uma careta.
começou a rir, e ficou olhando o quarto da filha.
- Vem, vem ver o nosso! – Ele disse sorrindo.
A menina assentiu com a cabeça e seguiu o namorado, que abria a última porta do corredor.
sorriu ao ver o enorme quarto branco, com as cortinas em um tom de azul bem escuro. A cama era uma king-size, que poderia caber um time de futebol ali. Ali havia uma televisão, uma estante de livros e cds, um closet, e um banheiro.
Era tudo tão lindo, tão perfeito...
- , você... Você planejou isso sozinho? – Ela perguntou, estupefata com tudo aquilo.
Era perfeito demais, lindo demais...
- Uhum! Só dei as ordens! – Ele sorriu, sentando na cama, e olhando a filha em seus braços – Cara, dar ordens é realmente legal! – Concluiu.
sorriu e sentou ao lado do namorado, olhando a filha. Com cuidado, passou Anne para a namorada, que a pegou com cuidado. Em uma fração de segundo, a menina começou a chorar, e eles começaram a rir.
- Ela ta chorando! – disse sorrindo bobo.
- Acho que eu percebi... – Brincou – Será... Será que é fome?
- Não sei... Tenta!
abaixou a blusa, e deu um sorrisinho para brincar com ela. Ela deu a língua, e começou a amamentar a filha, que instantaneamente, parou de chorar. Era a melhor sensação do mundo, segundo ela.
Enquanto amamentava a filha, fazia carinho na cabecinha frágil da mesma, ficando encantado com qualquer mínimo movimento que ela fazia.
Ele sentia como se pudesse estourar de felicidade a qualquer momento. E essa era a melhor sensação do mundo.
deu uma outra olhada pelo quarto e respirou fundo. Tudo aquilo era um novo começo, um começo de uma nova vida.
Capítulo 46: All You Need Is Love;
- RÁ-TIM-BUM! – Gritaram os presentes, e uma explosão de gritos e palmas irrompeu do fundo daquela casa.
Anne estava em pé em uma cadeira e batia as mãozinhas freneticamente, ao ver as luzes das velinhas, em seu bolo.
- Faz um pedido! – disse no ouvido da filha, que sorriu para ele.
Ela fechou os olhos e começou a rir. Assoprou com força as velas do bolo, e mais uma vez, começou a bater palmas feliz.
Era o aniversário de três anos de Anne. A garota ficava a cada dia mais linda, e isso chegava a ser assustador. Ela era definitivamente a miniatura de , mas tinha os olhos do pai, assim como queriam.
Ela estava com um vestidinho vermelho e sandálias brancas, que ela mesmo escolheu. Seu cabelo estava cacheado e uma linda tiara prateada enfeitava seus cabelos.
sentia que podia explodir a qualquer minuto, de orgulho.
- Sorri aqui pro tio Matt, Anne! – Matt gritou atrás das pessoas ao redor da mesa.
Anne esticou-se toda na cadeira e deu um sorriso para o fotógrafo, que começou a clica-la compulsivamente.
- Ela está linda! – disse a , que sorriu convencido.
- Eu sei! – Riu.
- Puxou ao pai! – disse rindo, saindo detrás da filha, e posando para a foto que Matt tirava.
Ela assim como a filha, continuava mais linda a cada dia. Ela vestia um vestido florido e curto, com uma faixa branca nos cabelos. Estava com uma sandália baixa branca e os cabelos soltos. Era uma festa na piscina, então, não necessitava maiores produções.
- Começou... – comentou rindo, e dando espaço para algumas crianças que queriam ver o bolo.
Três anos se passaram como uma rapidez impressionante. e casaram-se quando Anne completou um ano. Apesar da cerimônia em si ter sido simples (graças a ) a festa foi noticia em colunas sociais por uma semana, já que Joanna definitivamente deu o seu melhor.
- Anne, tira uma foto com a Lily! – Hayley, uma mulher que aparentava uns trinta anos, de beleza oriental, pediu sorridente, colocando uma garota mestiça ao lado de Anne.
- Tiro! – Anne disse de um jeito sapeca, correndo ao lado da menininha, que sorria.
olhava a cena sorridente, de braços cruzados. Ele e Hayley namoravam a dois anos, e definitivamente, o garoto estava feliz.
Conheceram-se quando pediu para o amigo buscar Anne no colégio; ficou esperando a mãe da menininha mestiça amiguinha de Anne, para não deixa-la sozinha. A mulher, extremamente agradecida com o gesto do garoto, chamou-o para um café...
E o final, todos já sabem.
- Tio , vem aqui no meio! – Anne chamou sorrindo, e Lily sorriu acenando para o garoto.
sorriu para Hayley, e posicionou-se entre as duas pequenas, fazendo uma careta quando Matt fotografou-os.
- Quem diria, pegando uma mulher bem mais velha! – comentou rindo, levando um copo de champanhe a boca.
Champanhe não era o tipo de bebida que se espera em uma festa infantil, mas... E os adultos?
- Você tem algum tipo de preconceito, ? – Katie perguntou colocando a mão na cintura, fingindo estar brava.
O cabelo da menina não era mais azul, agora, ele era de um vermelho berrante. Lindo, definitivamente.
- Nenhum, amor! – disse sorrindo, fazendo beicinho para a namorada, que riu e deu um pedala no mesmo – Ah, Anne está cada dia mais linda! – Ela disse sorrindo.
- Eu sei! – disse sorrindo, vendo a filha agora correndo de mãos dadas com Lily – Ela está impossível!
- Ontem, ela quebrou aquele vaso grego que a nossa tia nos deu de presente de casamento... – começou a contar rindo, levando sua taça de champanhe a boca.
- Aquele caríssimo? – perguntou fazendo uma expressão surpresa.
fez uma careta, enquanto assentiu rindo.
- Tivemos que fingir ficar bravos com ela, mas no fundo, agradecemos por ela ter destruído aquela coisa horrorosa! – contou, arrancando risos dos presentes.
- Oh, mas que festa linda! – Uma mulher um pouco morena, com um vestido leve vermelho, chegou comentando. Ela tinha o corpo bem torneado, e era espanhola – E a garotinha Anne, é realmente encantadora! – Ela disse com seu sotaque carregado.
- Obrigada Pepa! – agradeceu sorrindo – E Matt, não largou a câmera ainda? – Perguntou.
A espanhola fez uma espécie de bico.
- Não... Eu não tenho chances contra aquela coisa! – Ela disse rindo, olhando o namorado divertindo-se ao tirar fotos da festa.
Matt, assim como , também tinha começado a namorar. Ele demorou mais para assumir um compromisso, mas quando o fez, faltava pendurar a espanhola no pescoço.
- E ) e , aonde estão? – Pepa perguntou, pegando um copo de água que o garçom lhe ofereceu.
- Lua de mel! – contou rindo – México!
- Bem a cara do ) ! – comentou rindo.
- Uhum! – Katie disse rindo, abraçando o namorado pelos ombros – Pena que eles vão ter de voltar logo...
- Por que? – A espanhola perguntou.
- McFly precisa lançar o novo Cd... Na minha opinião, o mais legal! – Katie disse sorrindo.
- Eu ainda prefiro o primeiro! – disse rindo. [N/A: não, não tenho preferência quanto aos cds :D]
- Todos são bons, ok? – disse rindo, convencido.
concordou.
Matt chegou até eles, deu um beijo no rosto da namorada e tirou uma foto de e , que riram.
- Cara, nunca me diverti tanto com balões! – Matt disse rindo, olhando os balões de gás presos na borda da piscina.
- Você não teve infância, Levine! – disse rindo, dando um tapinha no ombro do mesmo.
- Mas é sério! Pepa, me dá uma coleção de balões? – Matt pediu com um sorriso infantil, e a espanhola começou a rir.
- Cala a boca, Matthew! – Katie disse rindo, entrando na conversa, e dando um pedala no menino.
Matt riu e abraçou a namorada.
A mãe de , Molly, e Joanna conversavam animadamente na beira da piscina. Cada uma com seu traje de banho discreto e chique. Já Robert e o pai de , Paul, estavam sentados a uma mesinha perto da piscina, eles riam de qualquer coisa, e bebiam.
lembrou-se do casamento, das palavras que sua tia lhe dissera:
"Por mais estranho que isso possa parecer, você é o que eu tinha em mente de garota perfeita pra o , e fico realmente feliz que estejam juntos!"
sorriu ao lembrar-se daquelas palavras, e respirou fundo, olhando as pessoas em sua volta.
Eles ficaram em silêncio, observando a festa. Tocava The Queen and I, do Gym Class Heroes, e as crianças – não só crianças – animavam-se a cada batida da música.
- Amor... Vem cá um pouquinho? – pediu.
sorriu e assentiu com a cabeça. Ele entrelaçou sua mão na dela, e juntos, adentraram a casa. Não tinham que se preocupar com a filha nem nada do tipo.
- Obrigado! – Ele disse sorrindo.
fitou o menino nos olhos e sorriu imensamente.
- Pelo que? – Ela perguntou, enquanto ele a encostava na parede da cozinha.
Riram.
- Por me fazer o ser humano mais feliz do mundo! – Ele sorriu – Sério, eu não sei o que seria de mim, se eu não tivesse você aqui, ! – Ele dizia sorrindo, e baixinho – Sem a Anne... Não sei o que seriam dos meus domingos, sem pic-nics no Hyde com vocês, o que seriam de madrugadas chuvosas, sem a Anne no meio da gente, coberta até a cabeça... – Ele riu – Eu amo muito vocês, de verdade!
ouviu cada palavra sorrindo. Os olhos de brilhavam, e ela o abraçou com força.
E ficaram ali abraçados, ouvindo o imenso barulho de fora.
- Mamãe, papai? – Ouviram a voz fina e infantil da filha.
soltou-se de a agachou-se para ficar na altura da filha.
- Tio jogou a tia Katie na piscina! – Ela contava rindo – Eu queria que a tia e o tio ) estivessem aqui... – Ela fez um bico.
pegou a filha no colo, e sorriu.
- Tio ) e tia estão viajando... – Ele explicou – Mas você tem esse mundo de pessoas! – Ele dizia sorrindo para a filha. abraçou o marido pela cintura.
- Quer saber... – Ela começou rindo, abraçando o pai e a mãe – Eu nem precisava desse tantão de pessoas, só vocês já ia ser legal! – Ela disse rindo.
sorriu boba para a filha, enquanto mordeu a perninha da mesma, que soltou um gritinho.
Se realmente existisse um limite de felicidade, o de e já teria ultrapassado a anos.
Se aquela coisa do 'felizes para sempre' não existia, agora, existia.
E e eram a prova real disso.
N/A: Eu ainda não acredito que finalizei With Me! Sério, eu demorei anos pra escrever essa fic [/exagero] e de repente, termino ela do nada –q
Tipo, essa fic fez eu me apegar demais no pequeno Judd :3 apesar de ser Poynter, eu escrevi com o Harry (não sei, o Harry era o primo perfeito x"D) e sei lá, acho que deu mais certo! :D
Ficarei com saudades de dar uns pegas no Harry. aloca ;
Desculpe pra quem não curtiu o final "/ eu estava meio ocupada ultimamente, então, a finalização foi a solução que eu encontrei, para não abandona-la, mas eu, sinceramente, gostei do final, achei fofinha e tal.
Eu estou cheia de fics inacabadas aqui no pc, então, não pensem que se verão livres de mim assim tão fácil –q
Enfim, eu quero pedir desculpas mais uma vez, pelo final repentino ;; e pra quem me pediu um fim dramático.
Eu não consigo matar ninguém no final, eu necessito de finais felizes –q desculpe :B
Bem, é isso! Vamos agora aos agradecimentos \o\
As comentadoras antigas, pelos comentários desde o comecinho da fic! Seja dando opiniões, ou simplesmente falando 'atualiza, eu amo essa fic!' Obrigada mesmo!
A Daniie, peste de irmã –q que leu essa fic antes mesmo de eu mandar pro FFADD, e sempre me incentivava a escrever, quando eu dizia 'vou tirar WM do site'.
A Cáh, por betar e sempre dizer eu adoro betar suas fics. Eu amo você minha jones&bourne! :D
A Gabi, por me incentivar a colocar 'bebê' na fic :D
E mais uma vez, a vocês, por lerem tuudo isso, e ainda por cima, perderem tempo comentando! :66
SEE YA! :* Mih
Agora, as músicas que deram nomes aos capítulos :D
Capítulo 1 – All My Loving – The Beatles
Capítulo 2 – O Mundo Vai Girar – Forfun
Capítulo 3 – Hey Tonight! – Creedence
Capítulo 4 – Uma Música – Fresno
Capítulo 5 – Vou Te Levar Comigo – Biquíni
Capítulo 6 – Sunday Morning – Maroon 5
Capítulo 7 – Love Of My Life – Queen
Capítulo 8 – Complicated – Avril Lavigne
Capítulo 9 – I Feel So – Box Car Racer
Capítulo 10 – I'd Do Anything – Simple Plan
Capítulo 11 – Pensamento Permanente – Granada
Capítulo 12 – Friday Night – McFly
Capítulo 13 – Let Me Go – 3 Doors Down
Capítulo 14 – E Ser Feliz – Funpark
Capítulo 15 – Logo Você – Fresno
Capítulo 16 – Hold On – Good Charlotte
Capítulo 17 – Please Don't Do This – Plain White T's
Capítulo 18 – O Anjo Mais Velho – O Teatro Mágico
Capítulo 19 – Not Alone - McFly
Capítulo 20 – Seize The Day – Avenged Sevenfold
Capítulo 21 – I'm Getting Over You – The Click Five
Capítulo 22 – All my life – Foo Fighters
Capítulo 23 – The Party Song – Blink 182
Capítulo 24 – My Heart – Paramore
Capítulo 25 – Passado – Fresno / Tempos depois – Moptop
Capítulo 26 – The poison – Bullet For My Valentine
Capítulo 27 - Lights And Sounds – Yellowcard
Capítulo 28 - Se Ao Menos Você Voltasse – Fresno
Capítulo 29 – Pergunta – Fresno
Capítulo 30 – Tears Don't Fall – Bullet For My Valentine
Capítulo 31 – Preciso Dizer Que Te Amo – Cazuza
Capítulo 32 – Você Perdeu De Novo – Fresno
Capítulo 33 – I’ll Be Ok – McFly
Capítulo 34 – Mudanças – Nx Zero
Capítulo 35 – All I Need Is You – The Click Five
Capítulo 36 – Loner In Love – Busted
Capítulo 37 – Do You Wanna – The Kooks
Capítulo 38 – The Great Escape – Boys Like Girls
Capítulo 39 – Everybody Knows – McFly
Capítulo 40 – Pense Em Mim – Darvin
Capítulo 41 – It's Not Easy To Be – Coldplay
Capítulo 42 – I Know It's No Your Fault – Kobe
Capítulo 43 – False Alarm – K.T. Tunstall
Capítulo 44 – My Girl – Tiago Iorc
Capítulo 45 – Come Together – The Beatles
Capítulo 46 – All You Need Is Love – The Beatles