Fanfic finalizada: 31/12/2019

Capítulo Único

colocou o dedo no relógio de ponto e esperou que fosse registrado o final do seu turno. Espreguiçou-se esticando as costas e estalando alguns ossos dos braços. Estava exausto. Ele normalmente ficava cansado nos finais dos seus plantões, mas naquele dia, em especial, ele estava realmente esgotado. Os bocejos de sono começaram há pouco mais de uma hora, e ele nem mesmo conseguia disfarçar a sua cara de quem estava contando os minutos para ir para casa.
— Hey, cara, vamos tomar uma cerveja saindo daqui, o que acha?
virou o corpo para encontrar quem falava com ele. Raul, médico residente do hospital, estava acompanhado de outros médicos e até de alguns enfermeiros. pensou que o convite teria sido muitíssimos bem vindo se aquele dia não tivesse sido tão intenso: três acidentes de carro, duas cirurgias de emergência e um paciente jovem que fugiu do quarto em que estava internado, o que acabou causando na abertura dos pontos da cirurgia que Dr. havia feito três dias atrás.
De fato, uma cerveja lhe cairia bem, mas um banho relaxante e uma noite longa de sono lhe cairia bem melhor.
— Vou deixar para outra hora… Hoje eu só quero ir para casa e descansar.
— Uma cerveja vai te ajudar a relaxar, cara. — Raul insistiu. — Vamos… Só uma rodada, e então todos vamos embora. O dia foi bem pesado para todo mundo…
esfregou os olhos com força e reprimiu mais um bocejo. De fato, ele estava muito cansado, mas raramente negava um happy hour com o pessoal do hospital. Além disso, ele sabia que uma rodada de cerveja e alguns minutos de conversa jogada fora poderiam lhe ajudar a deixar os problemas do hospital para trás. Quer dizer, não seria um banho quente e relaxante, mas ainda assim... Que mal faria, não é mesmo?
— Beleza, então, vou só deixar o jaleco no meu armário e já encontro com vocês na saída.
E esse realmente era o plano de , guardar suas coisas no vestiário dos médicos, pegar sua mochila, se despedir da sua equipe, a qual trabalhou realmente muito bem naquele dia, ir até o bar ali em frente tomar uma ou duas cervejas e ir para casa descansar por um longo, longo tempo. Afinal, ele só precisaria voltar ao hospital na parte da tarde do dia seguinte, o que lhe garantia uma manhã inteira dentro do seu apartamento usando nada além que uma cueca e uma camiseta, enquanto assistia a algum filme que não lhe fizesse pensar muito,
Mas uma voz lhe chamou a atenção. Uma voz que ele ouvira três semanas atrás. Uma voz que foi suficiente para que ele parasse o caminho que estava fazendo, desse alguns passos para trás, e procurasse a sua dona.
Será que é...?, pensou.
Olhou em volta, voltando sua atenção para a recepção, e foi então que ele a encontrou.
Sua paciente nervosinha, a fotógrafa de outro dia… A mesma que havia sofrido um acidente, não parava de perguntar sobre a sua máquina fotográfica e, no final, precisou ficar com o tornozelo imobilizado. Ah, sim… se lembrava bem dela. E se recordar da conversa, no mínimo engraçada, que tiveram naquele dia, fez com que ele abrisse um sorriso divertido.
Dali onde estava, a poucos metros da recepção, podia ouvir quase perfeitamente bem o que e o rapaz ao seu lado falavam.
— Você precisa mesmo fazer tanto barulho para andar? Parece um soldado marchando desse jeito. — o rapaz reclamou.
A garota bufou nervosa, como se estivesse cansada de responder àquela pergunta.
— A culpa é dessa botinha maldita! Ela é pesada demais, e eu não consigo andar normalmente. Não vejo a hora de tirar isso.
aumentou ainda mais o sorriso divertido.
Ah, essa garota nervosinha…
E como se estivesse assistindo a algo muitíssimo interessante, cruzou os braços e apoiou a lateral do corpo no pilar ao lado, garantindo que tivesse uma boa visão e audição de onde estava.
O rapaz permaneceu em pé, ao lado de , enquanto ela conversava com uma das atendentes. Enquanto ele virava a cabeça de um lado para o outro, muito curioso com o ambiente, como se nunca tivesse ido a um hospital antes, , explicava à secretária que tinha retorno agendado com a ortopedia para aquele dia.
Após receber a informação de que logo seria atendida pelo ortopedista de plantão, foi até uma das cadeiras da recepção, meio andando, meio marchando, tendo seu fiel companheiro do seu lado, ainda muito curioso.
— Ei, quando os médicos bonitos vão começar a aparecer? Só tem médico velho aqui. — o amigo de comentou ao se sentar do seu lado.
A garota revirou os olhos, mas não sem antes soltar uma risadinha desacreditada.
, a vida real não é como em um episódio de Grey’s Anatomy. — comentou pesarosa. Afinal, quem, em sã consciência, não sonhava em ser atendida por um médico no estilo de Mark Sloan?
— Falando em Grey’s Anatomy, será que vamos encontrar com o médico que cuidou de você no dia do acidente? Sua mãe disse que ele é muito gato.
Se ainda tinha qualquer resquício de culpa por estar ouvindo a conversa de e de seu amigo, o resquício desapareceu instantaneamente. O assunto entre eles estava havia acabado de ficar mais interessante.
revirou os olhos para .
— Minha mãe acha que qualquer cara solteiro é um gato e potencial futuro marido para mim. — ela disse com tom de deboche.
precisou segurar a risada, não queria ser visto, afinal, ele estava se divertindo muito mais do que se tivesse ido tomar um cerveja com os outros médicos...
— Ainda não entendo como a minha mãe conseguiu encontrar a foto daquele médico nas redes sociais… — comentou meio desacreditada.
— O que é CSI perto da capacidade investigativa da sua mãe? — comentou rindo. E dessa vez, até mesmo precisou rir com ele.
De fato, sua mãe, uma solteirona no auge dos sessenta anos e sendo uma mulher apaixonada por se apaixonar, acabara se tornando uma especialista em encontrar potenciais companheiros. Como uma mulher que mantinha o status de solteira por muito pouco tempo — afinal, dona Monica raramente era vista sem um namorado do seu lado — não entendia como , sua própria filha, poderia ser tão diferente dela mesma. Não conseguia entender o motivo da filha ainda estar solteira e, pior, não se importar nenhum pouco com o fato de não ter uma aliança de ouro na mão esquerda.
— Sinceramente? Espero nunca mais encontrar com aquele médico. — disse sincera.
franziu a testa.
— E por quê?
De longe, precisou se esforçar para ver a garota suspirar.
— Porque eu estava sob o efeito de um remédio que me deixou mais brisada do que a maconha que o seu primo vendeu pra gente no seu aniversário.
riu alto da lembrança, e acabou levando um tapa de .
— Desculpe, desculpe…
olhou em volta de si, procurando por algum olhar de reprovação por terem feito barulho quando havia uma placa enorme com os dizeres “NÃO FAÇAM BARULHO”. , muito ligeiro, escondeu o corpo atrás do pilar em que estava encostado, apenas para não correr o risco de ser descoberto por . Quando a garota voltou a atenção para o amigo, pôde voltar para a posição que se encontrava antes.
— Sei lá… Acho que devo ter falado algumas besteiras…
— Que tipo de besteiras?
— Não me lembro exatamente, mas acho que, em algum momento, cheguei a ameaçar expor no jornal que o hospital havia me sequestrado, ou algo assim...
jogou a cabeça para trás e, de novo, riu alto, o que acabou atraindo novos olhares de repreensão. Mas não tentou impedir o amigo dessa vez. Estava mais preocupada com o rubor nas suas bochechas ao tentar se lembrar da cena e das “ameaças” completamente sem fundamento que havia feito para o doutor bonitão.
E pensar no doutor bonitão apenas fez com que o rubor aumentasse, assim como a sua careta.
— Além disso, o médico que me atendeu aquele dia era prepotente demais. Acredita que ele tentou flertar comigo?
pareceu interessado naquele comentário, e o Dr. também, já que aproveitou o teor da conversa para dar um passinho a mais para frente, para não perder nenhuma só palavra.
— É sério?!
— Bem, sim… Ou não. — fez uma careta confusa. — Não sei… As minhas lembranças são meio confusas. Sabe como é, eu estava meio chapada e tal… Mas mesmo confusa, sei que não quero me encontrar com aquele médico e nem com o ego enorme dele de novo. Quer dizer, o cara acha que só porque parece um galã de Hollywood, tem um sorriso bonito, olhos da cor do mar e braços do tamanho dos do Superman pode sair esbanjando charme por aí?
olhou para a amiga por alguns segundos, como se pensasse em uma resposta.
— Sim. — e depois de levar um empurrão insatisfeito dela, começou a rir. — Desculpe, pensei que era para eu responder.
estava se divertindo muitíssimo de onde estava, atrás do pilar que marcava o início da recepção. Naquele momento, ele até mesmo se esqueceu da dor de cabeça e do cansaço nas costas. Estava revigorado, como se estivesse acordando após uma noite de oito horas de sono. Mas mais do que isso, estava ansioso para colocar sua ideia em prática.
É bem verdade que ele acabara de sair de um plantão de doze horas e que, até poucos minutos atrás, só conseguia pensar em quanto tempo levaria para chegar em casa e finalmente poder dormir.
Mas não agora.
Agora tinha outros planos, planos estes que envolviam atender uma última paciente naquele dia. Afinal, para quem havia perdido as contas de quantas pessoas atendera naquele dia, que mal faria atender mais uma? Especialmente quando ela era tão interessante...
Os planos de , contudo, quase foram interrompidos. O médico quase levou um susto ao ver uma médica plantonista se aproximar da recepção e levar a mão até a ficha de . Sem pensar duas vezes, rapidamente descruzou os braços, desencostou o corpo do pilar e andou a passos rápidos até onde Mary estava. Usando o seu melhor sorriso convincente, se aproximou da médica e pediu a ficha de .
— Hey, Mary, pode deixar essa paciente comigo… Atendi ela quando deu entrada no hospital dias atrás. Já conheço o seu caso, então não de preocupe. — ele disse em tom leve, como se estivessem jogando conversa fora em uma mesa de bar.
Dra. Mary pensou em contestar, afinal ela havia chego antes dele, mas o brilho dos olhos do Dr. foi o que a convenceu de deixá-lo atender quem ele quisesse ali dentro.
O médico não economizou no sorriso de agradecimento, podia jurar ter ouvido Dra. Mary suspirar antes de se afastar.
Antes de chamar o nome de , contudo, ele sacou o celular do bolso da calça, digitou uma mensagem de texto para Raul, e inventou uma desculpa esfarrapada qualquer para justificar a sua recusa em sair com os rapazes do hospital naquela noite.
“Esqueci de checar um paciente. A cerveja fica para a próxima”. Não esperou receber uma resposta, contudo. Guardou o celular, vestiu o jaleco novamente e conferiu se os fios do cabelo estavam todos no lugar. Checou o nome de na sua ficha, e então, com a voz alta e grave, chamou o seu nome.
Foi realmente divertido ver a as várias expressões de : primeiro o susto (provavelmente por ter reconhecido a voz de ), a surpresa e, por fim, mas não menos engraçado, a careta que ela fez, como se quisesse se esconder em algum buraco escuro. Todas as suas reações se deram ao mesmo tempo, e precisou usar de todo o seu esforço para se manter profissional e não cair na risada ali mesmo.
Pesarosa, se levantou tendo ao seu lado. Ainda pisando forte, quase marchando, caminhou lentamente, como se estivesse indo para uma câmara de tortura, até onde Dr. a esperava com um sorriso enorme no rosto, muitíssimo satisfeito em encontrá-la novamente.
— Olá, , como vai?
não recusou a mão estendida dele, mas imaginou que sua tentativa de sorriso forçado acabou parecendo uma careta meio estranha.
— Bem, considerando esse peso morto. — apontou para a bota no pé.
riu do comentário e então virou-se, não sem antes pedir para que eles o acompanhassem, e partiu rumo ao consultório onde atenderia .
— Hm… Não sabia que estaria de plantão hoje. — de novo, ela completou em pensamento, enquanto andava atrás dele, seguindo-o para onde quer que ele a estivesse levando.
apenas virou o rosto para lhe dar um sorrisinho de lado e responder:
— Sou cheio de surpresas.
pensou ter visto o Dr. dar uma piscadinha marota, mas não conseguiu confirmar suas suspeitas. De qualquer forma, com ou sem piscadinha marota, revirou os olhos com a atitude dele, e então olhou para como se disse “Viu? Eu disse que ele era metido”. , por outro lado, não deu muita bola à amiga, já que sua atenção estava inteirinha no sorriso metido do doutor bonitão.
Dr. entrou em um novo corredor, e então virou à direita. Andou mais um pouco e virou em outro corredor, entrando em uma sala exatamente igual a todas as outras ali no hospital. tinha a impressão de que se fosse solta ali, sozinha, não saberia como voltar à recepção.
entrou primeiro e então segurou a porta aberta para e . Enquanto o médico colocava a ficha dela em cima da mesa, segurou o braço da amiga e cochichou no ouvido dela, mesmo já imaginando a resposta:
— Quem é esse?
, contudo, não manteve o tom de voz baixo, como o de , ao responder.
— Esse é o médico que me obrigou a usar essa bota infernal nas últimas semanas.
Seu descontentamento era bem claro na voz. Mais do que isso, a intenção de chamar a atenção do médico também era muito clara. Por algum motivo, queria provocar . O motivo ela não sabia… Talvez por ele ser irritante, talvez por ele não perder uma chance de provocá-la… Talvez ela só quisesse provocá-lo de volta, para variar.
— Não precisa agradecer. — respondeu Dr. ainda de costas. E quando se virou, tinha um belo sorriso nos lábios. O maldito nem mesmo havia ficado desconcertado com o comentário ácido de !
Ainda demonstrando estar muitíssimo a vontade, ele apontou para a maca perto da parede, indicando que ela deveria se sentar, e estendeu a mão para que lhe entregasse o último exame que fizera.
riu da resposta do doutor. Não sabia se havia rido porque realmente tinha achado engraçado, ou se apenas ria de nervoso — ele era tão bonito que deixava o garoto desconcertado. , contudo, não gostou da resposta do médico, e prova disso foi a sua cara fechada ao subir na maca. Sem esperar por orientação, colocou a perna para cima e começou a tirar a botinha enquanto passava a analisar as imagens do tornozelo que ela havia tirado mais cedo.
Ainda admirando o perfil do médico — como se ele conseguisse sequer olhar para outro lado — se aproximou de e falou baixinho para ela:
— Fala sério que esse é o médico que cuidou de você da outra vez… Ele é o maior gato! Sua mãe tem muito bom gosto. Ela poderia procurar um marido assim para mim… Ai!
Dr. olhou para o lado, onde havia reclamado. Com um sorrisinho amarelo, o garoto fez um gesto de pouco caso, demonstrando que não havia sido nada demais. O médico, então, voltou a analisar as imagens, enquanto reclamava com do tapa que havia levado dela.
— Estou falando sério, se você fugir dele de novo, eu pego ele para mim.
estava pronta para dar alguma resposta atravessada, mas Dr. voltou a atenção para eles, e ela só pôde sentir medo dele ter ouvido o comentário de . Quer dizer, como se não bastasse ela já ter passado vergonha na presença dele da primeira vez, ao ameaçar escrever uma matéria jornalística mentirosa, ela ainda teria que passar vergonha uma segunda vez?
— Sua fratura cicatrizou bem. — ele disse sério, sem joguinhos de sedução com o seu sorriso brilhante, sem piscadinhas marotas. — Você usou a botinha todos os dias, como recomendado?
— Sim…
— Ela usou sim! Eu fiquei de olho nela, Dr.
fez questão de levantar a mão a falar, ávido em chamar a atenção do médico bonitão para si. precisou conter a vontade de revirar os olhos, especialmente quando Dr. deu um sorriso satisfeito para , como se aprovasse a sua atitude nobre de proteger o bem-estar da sua melhor amiga.
— Neste caso, então, você está dispensada do uso desse imobilizador.
Pela primeira vez naquele dia sentiu alívio. Nem acreditava que poderia voltar a andar como uma pessoa normal. E quando já estava prestes a jogar a perna para fora da maca, ansiosa para ir embora, o médico estendeu a mão para ela e impediu que ela continuasse o seu caminho rumo à liberdade.
— Mas você vai precisar fazer fisioterapia. — ele completou.
Levou apenas um segundo para entender o que ele queria dizer. Fisioterapia? Fala sério!
— Ah… Claro… Vou pensar sobre isso.
Novamente ela tentou se levantar, e novamente ela foi impedida por Dr. .
— Sem querer parecer indelicado, mas você não tem que pensar sobre isso. Eu sou o seu médico, e estou dizendo que você tem que fazer fisioterapia.
poderia dar muitas respostas ao médico mandão. Inclusive, ela já tinha várias dessas respostas na ponta da língua. Mas dizer qualquer uma delas apenas lhe renderia mais tentativas dele em convencê-la a perder uma hora do seu dia indo até uma clínica para fazer exercícios doloridos no seu tornozelo já muito dolorido. E como apenas queria ir embora, ela respondeu simplesmente:
— Ok, ok… Pode marcar.
Diferentemente do que esperava, Dr. apenas balançou a cabeça em sinal de concordância, e voltou para a sua mesa. Pegou alguns documentos ali em cima, colocou-se embaixo do braço e cruzou as mãos na frente do corpo. E quando menos esperava, eis que ela escutou a pergunta que fez ficar de queixo caído:
— Certo… E o jantar?
pode ter entendido a intenção do Dr. , mas não entendeu nadinha daquela pergunta.
— Hm… Eu já comi. — ela respondeu simplesmente. Porque não havia outra resposta para aquela pergunta que ela nem mesmo havia entendido.
— Eu ainda não. — e dando o seu famoso e glorioso sorriso, ele perguntou — Quer me acompanhar?
E foi naquele momento que tudo fez sentido. A indireta, a pergunta, o sorriso… Sempre o maldito sorriso! E por mais que , ao seu lado, estivesse hiperventilando com a proposta que ela acabara de receber, não compartilhava do mesmo sentimento. Quer dizer… Fala sério! O cara estava a chamando para sair ali, no hospital? E assim, na cara dura?
— Você só pode estar brincando.
O sarcasmo na voz de foi o bastante para que ele entendesse que não deveria continuar o assunto. E, bem, ele não continuou. Dr. sabia reconhecer quando levava um fora.
— Ok, sem jantar, então.
Segurou os documentos novamente e seguiu para a saída. Quando já estava com a porta aberta, contudo, foi a vez de de pará-lo.
— Espera! Para quando você marcou a minha fisioterapia?
O médico bonitão franziu a testa, como se houvesse ficado confuso com a pergunta. E usando o tom de voz mais suave que tinha, ele respondeu a ela:
— Não é o meu trabalho.
Mesmo surpresa com a resposta, não contestou. Isto porque, ao vê-lo saindo, quase fechando a porta, ela se lembrou de perguntar:
— Espera! E como eu saio daqui? — até porque, depois de terem entrado em tantos corredores, virado em outros e entrado em uma sala exatamente igual a todas as outras, tinha certeza de que não fazia de ideia de como faria para chegar até a saída.
não fez cara de confuso dessa vez, mas sua expressão demonstrava que ele havia achado graça da pergunta. Ou, talvez, ele apenas apenas tivesse achado graça da resposta que estava prestes a dar:
— Também não é o meu trabalho. — e com o seu maldito e inseparável sorriso, ele completou: — Tenham uma boa tarde.
Ao ouvir a porta fechar atrás do médico de ego infladão, não pôde conter a boca aberta. Chocada com a resposta dele, ela estava pronta para reclamar da sua atitude quando um , igualmente chocado e paralisado ao seu lado, virou-se para ela.
— Caramba, , como foi que você deixou esse homem escapar assim, sem mais nem menos?!
Ainda mais surpresa — se é que isso era possível — não apenas pela atitude do médico metidão, mas também pelo comentário do seu melhor amigo — o qual deveria ter ficado do lado dela, e ter ficado igualmente chocado com a saída teatral do Dr. desceu da maca, ainda com o tornozelo doendo, e foi meio mancando, meio pisando forte, dessa vez sem ser por culpa da botinha, até à porta.
Olhou para ambos os lados, sem ter ideia de onde estava, apenas esperando encontrar algum funcionário que pudesse lhe indicar a saída, ela saiu com ao seu lado, ainda desacreditado com o péssimo jeito de para flertar com homens bonitões.
, por outro lado, tinha apenas um pensando em mente: esse médico de ego inflado… Ele ainda vai se ver comigo… Ah, se vai!




Fim?



Nota da autora: A parte dois foi tão curtinha quanto a primeira, mas espero que também tenha sido divertida.
Não desistam desse casal maravilhoso, eu prometo que ainda vai rolar um beijo (hihi). Espero que gostem, de verdade!
Não se esqueçam de deixar um comentário cheio de amor e de recomendarem a fanfic para as amigas ❤️
Beijos de luz
Angel




Outras Fanfics:
Longfic:

Ainda Lembro de VocêIt’s Always Been You


Shortfics:

21 MonthsBabá TemporáriaBeautifuly DeliciousBecause of the WarCafé com ChocolateElementalO Conto da SereiaO Garoto do MetrôRumorShe Was PrettySorry SorryWelcome to a new wordWhen We Met

Ficstapes:

05. Paradise 06. Every Road 07. Face 10. What If I 12. Epilogue: Young Forever 15. Does Your Mother Know

MVs:

MV: Change MV: Run & Run MV: Hola Hola



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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