Capítulo Único
— Querida, pare de correr dentro de casa — pediu pela milésima vez sem tirar os olhos do lindo pinheiro que estava decorando. Por mais que pudesse usar magia, gostava de decorar a casa no estilo trouxa. Ao invés de obedecer às ordens da mãe, a pequena garota de 9 anos apenas riu mais quando seu pai entrou correndo em seguida, a barba em seu rosto de uma cor totalmente diferente da normal.
Sirius estava fascinado com o quanto sua garotinha era inteligente e também com a facilidade que ela tinha com magia. finalmente se virou, apenas para reclamar.
— Sirius, você não pode ficar rindo dessas coisas, é por isso que ela está sempre fazendo magia sem nossa permissão.
— Sem a sua permissão — ele apontou sorrindo e esticou a mão para a filha, que de imediato correspondeu ao hi-five. revirou os olhos e voltou a decorar a árvore, sabia que qualquer gesto de cumplicidade entre aqueles dois a faria sorrir, e tudo o que ela mais precisava agora era terminar de decorar a árvore ao invés de ficar sorrindo como boba.
— Vamos lá, querida, me ajude com essa aqui — desceu as escadas e entregou uma estrela gigante para a filha, que com apenas um gesto conseguiu levitar a estrela e prendê-la no topo da árvore de natal.
A mais nova dos Black sorriu orgulhosa de si e sentou-se na poltrona do pai, folheando o livro que começara mais cedo naquele mesmo dia.
Até mesmo Monstro, que estava contrariado quando o proibiu de decorar a árvore porque ela mesma iria fazer, deu um meio sorriso ao ver a menina se sair tão bem. Logo em seguida, voltou para o quartinho onde dormia, sua patroa havia dito que ele não trabalharia aquela noite, deixando o elfo incomodado. Sirius o entendia, ele queria se mostrar útil e achava errado ter um elfo. A mulher até mesmo estava pesquisando sobre os direitos dos elfos, afirmando que eles eram explorados. E quando ela o convidou para participar da ceia com a família, Sirius pôde imaginar os inúmeros insultos que o elfo gostaria de fazer, foi por isso que impediu a insistência da esposa quando Monstro recusou o convite.
Sirius observou a menina de cabelos castanhos, os olhos do homem já ameaçando lhe trair. ficou de frente para o marido e passou uma de suas mãos na lateral do rosto dele, fazendo carinho na barba. Não foi preciso mais que isso para Sirius fechar os olhos e deixar uma lágrima escapar.
— No que está pensando? — beijou a bochecha dele e Sirius abriu os olhos, mais pareciam duas poças d'água no momento.
— Regulus. Ele adoraria conhecê-la — explicou quase num sussurro e selou os lábios do marido, afastando o rosto em seguida. — Eu queria voltar no tempo e contar a ele, que nem tudo seria tão difícil para sempre, que poderíamos resolver tudo.
— Ele estaria orgulhoso. — disse com toda a certeza do mundo — Nós temos orgulho de você, Black. Nunca esqueça disso.
Antes que Sirius pudesse dizer algo, um som familiar se fez presente, atraindo a atenção dos residentes.
— Black? Voltamos à Hogwarts ou vocês já decidiram divorciar? — James brincou com os amigos, fazendo Lily acertá-lo com um tapa em seguida.
— Tio James! — a menina gritou e se levantou depressa, correndo para os recém chegados.
— Ora ora, se não é a Black mais inteligente. — James elogiou fazendo a menina sorrir enquanto e Sirius cumprimentavam Lily. Logo em seguida, Potter pegou uma caixa bem embrulhada e entregou a ela — Isso é pra você.
— Obrigado tio James, tia Lily — a menina sorriu e foi abrir a caixa.
— Onde está Harry? — perguntou e segundos depois o menino apareceu pela rede de flu, junto a Remus. — Oh meu Deus, você carregou nove meses pra ele crescer e ficar idêntico ao James? Coragem, Lily. Muita coragem.
Harry sorriu, indo abraçar a tia. aproveitou e puxou Remus para o abraço também. Fazia tempo que não os via, estava sempre ocupada cuidando da filha ou trabalhando, quando tinha tempo livre, tudo o que ela queria fazer era dormir por alguns dias. Além do mais, todos também viviam ocupados e não sobrava muito tempo para visitas, viam-se apenas em feriados e festas de aniversário. Lupin estava um pouco abatido, notou assim que se afastou do homem. Com um sorriso, ela correu para a cozinha, deixando todos confusos. Em seguida saiu de lá, carregando uma fonte de chocolate que havia comprado numa loja trouxa, o que acabou por arrancar risadas de todos.
— O quê? Eu gosto de agradar — a mulher reclamou, colocando a fonte em cima da mesa. — Como vai a ? Vocês ainda estão juntos?
Um borrão preto apareceu atrás de Remus e logo dois braços estavam no pescoço do homem. Com o susto, quase caiu para trás, mas foi amparada por Sirius. A mulher não estava acostumada a aparatar, sentia muitos enjoos. Logo, viajava apenas pela rede de flu, desacostumando com o outro método e Sirius sempre aparatava longe dela, para evitar os sustos.
— Vocês devem estar querendo me matar — reclamou e riu.
— Pode apostar que sim. — Flint respondeu, dando um selinho em Remus antes de ver a fonte de chocolate na mesa. — Credo , estamos em uma dieta.
— Dieta vocês fazem em casa, aqui vocês vão comer chocolate até não aguentar mais. — respondeu fazendo a filha e o sobrinho comemorarem. olhou para os dois. — Os adultos, pra vocês são apenas duas colheres e olhe lá. Com os poderes se manifestando, eu que não vou dar açúcar pra vocês.
O som da campainha tocando chamou a atenção de todos.
— Fiquem à vontade, eu vou atender. — avisou enquanto os convidados iam para a sala e foi abrir a porta. Assim que o fez, seu rosto foi de confusão à extrema felicidade. Ignorando o frio que fazia, ela se jogou na amiga em um abraço desengonçado. — Você não respondeu minhas cartas, achei que não viria.
— Isso é totalmente culpa da minha coruja, 'tá sempre deixando para depois e acaba nem saindo de casa — Hestia respondeu e revirou os olhos.
— Não importa, estou feliz que conseguiu vir. — sorriu novamente e se afastou de Jones, dando abertura para entrarem na casa — Vamos, entra. Eu já vou servir o jantar.
[...]
Com todos reunidos à mesa após a refeição, pediu licença e foi buscar a torta de limão que aprendera a fazer com sua antiga vizinha. As demais mulheres também se retiraram, seguindo pelo mesmo caminho que a dona da casa, o que deixou claro para os homens que elas iriam fofocar. Aproveitando a oportunidade, Sirius foi até a cozinha rapidamente, apenas para pegar cervejas. Ele havia descoberto que algumas bebidas trouxas eram mais fortes que whisky de fogo. Voltando para a sala de jantar, ele viu as crianças distraídas abrindo os presentes e chamou os dois amigos para que o acompanhassem até o quintal.
Na cozinha, as mulheres se acomodaram em lugares aleatórios enquanto fatiava a torta.
— Como vai a sua afilhada, ? — perguntou, se lembrando de tê-la ouvido dizer que estava atrasada pois precisou visitar a afilhada mais cedo.
— Ah, Olivia é uma criança incrível. Ela é inteligente, educada e tem um ótimo senso de humor, além de saber como irritar o Snape, não que precise de muito para isso. — Flint disse rindo e olhou para as crianças conversando na sala. — Mal posso esperar para ela ter idade suficiente para entrar em Hogwarts.
— Nem me fale, eu fico nervosa como se fosse meu primeiro dia. — reclamou — Sirius é quem tá mais animado com tudo.
— Por falar nisso, quem diria que você e Sirius seriam ótimos pais hein — provocou e todas riram.
— Ah, qual é. Eu sempre fui muito protetora com todos e ele então, nem se fala — se defendeu.
— Mas até hoje eu não entendo como terminaram juntos, já que vocês mal se falavam — Lily começou, fazendo e Hestia caírem na risada. — Sosseguem vocês duas. — Lily pediu confusa e olhou para , que segurava o riso — Do que elas estão rindo?
— Eu não acredito que você ainda não contou pra ela! — Hestia quase gritou.
— O que ela não me contou? — Lily perguntou, os olhos brilhando em expectativa — Conta, !
revirou os olhos e sorriu ao ver que as crianças brincavam, decidindo que talvez fosse a hora de Lily saber como tudo começou. Colocando uma fatia de torta para cada amiga, respirou fundo.
— Tudo começou no tercei-
— O que as madames tanto cochicham? — Sirius parou no batente da porta, sorrindo para a mulher. James e Remus vinham logo atrás.
— Ah, isso vai ser ótimo — Hestia sorriu maldosa — Acredita que Lily não sabe como vocês terminaram juntos? Segundo ela, vocês mal se falavam.
— Isso é verdade, até eu fiquei surpreso. — James respondeu, fazendo Remus rir e Sirius mordeu o lábio inferior, parecendo se lembrar de algo naquele exato momento.
— Você não contou pra ele? — perguntou, chocada com a nova informação. — Oh, isso explica muita, muita coisa. — ela continuou, se lembrando de algumas investidas de James durante a adolescência.
— Alguém pode por favor explicar do que vocês estão falando? — Lily disse e sorriu.
— Como eu ia dizendo, Sirius e eu passamos uma boa parte do terceiro ano nos encontrando na torre de astronomia, ele foi meu primeiro beijo.
Lily alternou o olhar entre a amiga e Sirius, assim como James também fazia. Apesar de estar louca para dizer algo, ficou calada enquanto James ficava vermelho só de pensar na pergunta que faria a seguir:
— Por quanto tempo vocês continuaram se vendo?
— Apenas durante o terceiro ano. — Sirius respondeu, piscando para a esposa em seguida — Ela fugiu de mim por um século após o nosso beijo, toda vez que eu tinha uma chance, algo saía errado. Depois, eu passei a ficar incomodado com a presença dela por qualquer motivo.
— Você beijava tão mal assim naquela época? As garotas viviam atrás de você — Hestia comentou e confirmou. Apesar de pertencer a outra casa, a sonserina sempre ouvia os rumores sobre o famoso mulherengo Sirius Black.
— Como eu disse, foi o meu primeiro beijo. Eu era insegura, passei um bom tempo fugindo do que aconteceu — tentou defender o marido. Ela pegou uma garrafa de vinho e abriu, enchendo as taças no balcão e distribuindo para as amigas. — Depois voltei a me aproximar, após a festa de Halloween quando James e eu...
Os olhos de se arregalaram ao perceber o que quase havia dito. Sirius não estava nem um pouco surpreso e abraçou o amigo de lado, já havia contado aquela história. No entanto, Lily quase cuspiu o vinho que estava tomando e parecia um pimentão de tão vermelha, enquanto Remus, e Hestia se acabavam de rir da expressão horrorizada de James. Potter não imaginava que o assunto viria à tona um dia, por isso, jamais contou a esposa.
— Não se preocupe, florzinha. Eu já superei o Potter anos atrás — tratou de dizer, alfinetando a amiga mas em tom de brincadeira, o que arrancou um sorriso da ruiva.
— Se te faz sentir melhor, eu peço desculpas, Lily. — Remus começou, fazendo a mulher o encarar confusa. — Eu incentivei o Pontas, pra ver se o pulguento aqui iria tomar uma atitude.
— Pulguento não, olha o respeito — Sirius reclamou.
— Eu vou lembrar de trazer outro assunto polêmico no próximo Natal — comentou risonha separando mais uma fatia de torta e foi para perto de Remus, ambos deixaram a cozinha e foram para perto das crianças.
olhou para a torta e logo em seguida para o caminho que o casal havia feito. Hestia logo chamou James e Lily para uma conversa na sala.
Apenas uma taça de vinho foi deixada para trás, o que a fez sorrir como boba. Não sabia se estava sendo precipitada mas os sinais estavam bem claros. Sirius sorriu para , se aproximando devagar e parou atrás da mulher. Ela sentiu a respiração dele seu pescoço assim que foi abraçada por trás e então Sirius beijou suavemente o pescoço da esposa.
— Eu conheço essa cara. — ele disse sorrindo e ela concordou feliz, antes de se virar para ele — Você vai me contar?
— Não é meu segredo pra contar, mas acredito que Remus e irão fazer algum tipo de discurso hoje — ela provocou e Sirius revirou os olhos. Odiava quando sabia de algum segredo mas não podia contar, não era ela quem sempre se juntava com as outras mulheres presentes para fazer fofoca? — Vamos pra sala, talvez eles digam algo.
O casal deixou a cozinha e se aproximou dos demais amigos, Sirius sentando em sua poltrona e devido ao fato de que estavam entre amigos, não se importou em manter os modos e se acomodou no colo do marido.
Apesar de fazer muito esforço para disfarçar, Black era péssima tentando controlar sua curiosidade. Uma vez que tivesse algo em mente, ela correria atrás como um lobo. Além de , ela não tirou os olhos de Remus também. Embora estivesse um pouco abatido devido ao pequeno problema peludo, Lupin parecia mais sorridente. E não só com . Sirius disse alguma coisa e se ajeitou no colo dele, notando o exato momento em que, não muito longe de todos, Remus passou a mão na barriga de .
— VOCÊS ESTÃO GRÁVIDOS — ela gritou, assustando não só o sobrinho e a filha, como todos os outros convidados. Todos olharam para Remus e , que sorriram em resposta. Não sendo muito de falar ou fazer discursos, Remus tomou a iniciativa de abraçar por trás e colocar ambas as mãos na barriga da esposa.
— Feliz Natal, família.
Sirius estava fascinado com o quanto sua garotinha era inteligente e também com a facilidade que ela tinha com magia. finalmente se virou, apenas para reclamar.
— Sirius, você não pode ficar rindo dessas coisas, é por isso que ela está sempre fazendo magia sem nossa permissão.
— Sem a sua permissão — ele apontou sorrindo e esticou a mão para a filha, que de imediato correspondeu ao hi-five. revirou os olhos e voltou a decorar a árvore, sabia que qualquer gesto de cumplicidade entre aqueles dois a faria sorrir, e tudo o que ela mais precisava agora era terminar de decorar a árvore ao invés de ficar sorrindo como boba.
— Vamos lá, querida, me ajude com essa aqui — desceu as escadas e entregou uma estrela gigante para a filha, que com apenas um gesto conseguiu levitar a estrela e prendê-la no topo da árvore de natal.
A mais nova dos Black sorriu orgulhosa de si e sentou-se na poltrona do pai, folheando o livro que começara mais cedo naquele mesmo dia.
Até mesmo Monstro, que estava contrariado quando o proibiu de decorar a árvore porque ela mesma iria fazer, deu um meio sorriso ao ver a menina se sair tão bem. Logo em seguida, voltou para o quartinho onde dormia, sua patroa havia dito que ele não trabalharia aquela noite, deixando o elfo incomodado. Sirius o entendia, ele queria se mostrar útil e achava errado ter um elfo. A mulher até mesmo estava pesquisando sobre os direitos dos elfos, afirmando que eles eram explorados. E quando ela o convidou para participar da ceia com a família, Sirius pôde imaginar os inúmeros insultos que o elfo gostaria de fazer, foi por isso que impediu a insistência da esposa quando Monstro recusou o convite.
Sirius observou a menina de cabelos castanhos, os olhos do homem já ameaçando lhe trair. ficou de frente para o marido e passou uma de suas mãos na lateral do rosto dele, fazendo carinho na barba. Não foi preciso mais que isso para Sirius fechar os olhos e deixar uma lágrima escapar.
— No que está pensando? — beijou a bochecha dele e Sirius abriu os olhos, mais pareciam duas poças d'água no momento.
— Regulus. Ele adoraria conhecê-la — explicou quase num sussurro e selou os lábios do marido, afastando o rosto em seguida. — Eu queria voltar no tempo e contar a ele, que nem tudo seria tão difícil para sempre, que poderíamos resolver tudo.
— Ele estaria orgulhoso. — disse com toda a certeza do mundo — Nós temos orgulho de você, Black. Nunca esqueça disso.
Antes que Sirius pudesse dizer algo, um som familiar se fez presente, atraindo a atenção dos residentes.
— Black? Voltamos à Hogwarts ou vocês já decidiram divorciar? — James brincou com os amigos, fazendo Lily acertá-lo com um tapa em seguida.
— Tio James! — a menina gritou e se levantou depressa, correndo para os recém chegados.
— Ora ora, se não é a Black mais inteligente. — James elogiou fazendo a menina sorrir enquanto e Sirius cumprimentavam Lily. Logo em seguida, Potter pegou uma caixa bem embrulhada e entregou a ela — Isso é pra você.
— Obrigado tio James, tia Lily — a menina sorriu e foi abrir a caixa.
— Onde está Harry? — perguntou e segundos depois o menino apareceu pela rede de flu, junto a Remus. — Oh meu Deus, você carregou nove meses pra ele crescer e ficar idêntico ao James? Coragem, Lily. Muita coragem.
Harry sorriu, indo abraçar a tia. aproveitou e puxou Remus para o abraço também. Fazia tempo que não os via, estava sempre ocupada cuidando da filha ou trabalhando, quando tinha tempo livre, tudo o que ela queria fazer era dormir por alguns dias. Além do mais, todos também viviam ocupados e não sobrava muito tempo para visitas, viam-se apenas em feriados e festas de aniversário. Lupin estava um pouco abatido, notou assim que se afastou do homem. Com um sorriso, ela correu para a cozinha, deixando todos confusos. Em seguida saiu de lá, carregando uma fonte de chocolate que havia comprado numa loja trouxa, o que acabou por arrancar risadas de todos.
— O quê? Eu gosto de agradar — a mulher reclamou, colocando a fonte em cima da mesa. — Como vai a ? Vocês ainda estão juntos?
Um borrão preto apareceu atrás de Remus e logo dois braços estavam no pescoço do homem. Com o susto, quase caiu para trás, mas foi amparada por Sirius. A mulher não estava acostumada a aparatar, sentia muitos enjoos. Logo, viajava apenas pela rede de flu, desacostumando com o outro método e Sirius sempre aparatava longe dela, para evitar os sustos.
— Vocês devem estar querendo me matar — reclamou e riu.
— Pode apostar que sim. — Flint respondeu, dando um selinho em Remus antes de ver a fonte de chocolate na mesa. — Credo , estamos em uma dieta.
— Dieta vocês fazem em casa, aqui vocês vão comer chocolate até não aguentar mais. — respondeu fazendo a filha e o sobrinho comemorarem. olhou para os dois. — Os adultos, pra vocês são apenas duas colheres e olhe lá. Com os poderes se manifestando, eu que não vou dar açúcar pra vocês.
O som da campainha tocando chamou a atenção de todos.
— Fiquem à vontade, eu vou atender. — avisou enquanto os convidados iam para a sala e foi abrir a porta. Assim que o fez, seu rosto foi de confusão à extrema felicidade. Ignorando o frio que fazia, ela se jogou na amiga em um abraço desengonçado. — Você não respondeu minhas cartas, achei que não viria.
— Isso é totalmente culpa da minha coruja, 'tá sempre deixando para depois e acaba nem saindo de casa — Hestia respondeu e revirou os olhos.
— Não importa, estou feliz que conseguiu vir. — sorriu novamente e se afastou de Jones, dando abertura para entrarem na casa — Vamos, entra. Eu já vou servir o jantar.
Com todos reunidos à mesa após a refeição, pediu licença e foi buscar a torta de limão que aprendera a fazer com sua antiga vizinha. As demais mulheres também se retiraram, seguindo pelo mesmo caminho que a dona da casa, o que deixou claro para os homens que elas iriam fofocar. Aproveitando a oportunidade, Sirius foi até a cozinha rapidamente, apenas para pegar cervejas. Ele havia descoberto que algumas bebidas trouxas eram mais fortes que whisky de fogo. Voltando para a sala de jantar, ele viu as crianças distraídas abrindo os presentes e chamou os dois amigos para que o acompanhassem até o quintal.
Na cozinha, as mulheres se acomodaram em lugares aleatórios enquanto fatiava a torta.
— Como vai a sua afilhada, ? — perguntou, se lembrando de tê-la ouvido dizer que estava atrasada pois precisou visitar a afilhada mais cedo.
— Ah, Olivia é uma criança incrível. Ela é inteligente, educada e tem um ótimo senso de humor, além de saber como irritar o Snape, não que precise de muito para isso. — Flint disse rindo e olhou para as crianças conversando na sala. — Mal posso esperar para ela ter idade suficiente para entrar em Hogwarts.
— Nem me fale, eu fico nervosa como se fosse meu primeiro dia. — reclamou — Sirius é quem tá mais animado com tudo.
— Por falar nisso, quem diria que você e Sirius seriam ótimos pais hein — provocou e todas riram.
— Ah, qual é. Eu sempre fui muito protetora com todos e ele então, nem se fala — se defendeu.
— Mas até hoje eu não entendo como terminaram juntos, já que vocês mal se falavam — Lily começou, fazendo e Hestia caírem na risada. — Sosseguem vocês duas. — Lily pediu confusa e olhou para , que segurava o riso — Do que elas estão rindo?
— Eu não acredito que você ainda não contou pra ela! — Hestia quase gritou.
— O que ela não me contou? — Lily perguntou, os olhos brilhando em expectativa — Conta, !
revirou os olhos e sorriu ao ver que as crianças brincavam, decidindo que talvez fosse a hora de Lily saber como tudo começou. Colocando uma fatia de torta para cada amiga, respirou fundo.
— Tudo começou no tercei-
— O que as madames tanto cochicham? — Sirius parou no batente da porta, sorrindo para a mulher. James e Remus vinham logo atrás.
— Ah, isso vai ser ótimo — Hestia sorriu maldosa — Acredita que Lily não sabe como vocês terminaram juntos? Segundo ela, vocês mal se falavam.
— Isso é verdade, até eu fiquei surpreso. — James respondeu, fazendo Remus rir e Sirius mordeu o lábio inferior, parecendo se lembrar de algo naquele exato momento.
— Você não contou pra ele? — perguntou, chocada com a nova informação. — Oh, isso explica muita, muita coisa. — ela continuou, se lembrando de algumas investidas de James durante a adolescência.
— Alguém pode por favor explicar do que vocês estão falando? — Lily disse e sorriu.
— Como eu ia dizendo, Sirius e eu passamos uma boa parte do terceiro ano nos encontrando na torre de astronomia, ele foi meu primeiro beijo.
Lily alternou o olhar entre a amiga e Sirius, assim como James também fazia. Apesar de estar louca para dizer algo, ficou calada enquanto James ficava vermelho só de pensar na pergunta que faria a seguir:
— Por quanto tempo vocês continuaram se vendo?
— Apenas durante o terceiro ano. — Sirius respondeu, piscando para a esposa em seguida — Ela fugiu de mim por um século após o nosso beijo, toda vez que eu tinha uma chance, algo saía errado. Depois, eu passei a ficar incomodado com a presença dela por qualquer motivo.
— Você beijava tão mal assim naquela época? As garotas viviam atrás de você — Hestia comentou e confirmou. Apesar de pertencer a outra casa, a sonserina sempre ouvia os rumores sobre o famoso mulherengo Sirius Black.
— Como eu disse, foi o meu primeiro beijo. Eu era insegura, passei um bom tempo fugindo do que aconteceu — tentou defender o marido. Ela pegou uma garrafa de vinho e abriu, enchendo as taças no balcão e distribuindo para as amigas. — Depois voltei a me aproximar, após a festa de Halloween quando James e eu...
Os olhos de se arregalaram ao perceber o que quase havia dito. Sirius não estava nem um pouco surpreso e abraçou o amigo de lado, já havia contado aquela história. No entanto, Lily quase cuspiu o vinho que estava tomando e parecia um pimentão de tão vermelha, enquanto Remus, e Hestia se acabavam de rir da expressão horrorizada de James. Potter não imaginava que o assunto viria à tona um dia, por isso, jamais contou a esposa.
— Não se preocupe, florzinha. Eu já superei o Potter anos atrás — tratou de dizer, alfinetando a amiga mas em tom de brincadeira, o que arrancou um sorriso da ruiva.
— Se te faz sentir melhor, eu peço desculpas, Lily. — Remus começou, fazendo a mulher o encarar confusa. — Eu incentivei o Pontas, pra ver se o pulguento aqui iria tomar uma atitude.
— Pulguento não, olha o respeito — Sirius reclamou.
— Eu vou lembrar de trazer outro assunto polêmico no próximo Natal — comentou risonha separando mais uma fatia de torta e foi para perto de Remus, ambos deixaram a cozinha e foram para perto das crianças.
olhou para a torta e logo em seguida para o caminho que o casal havia feito. Hestia logo chamou James e Lily para uma conversa na sala.
Apenas uma taça de vinho foi deixada para trás, o que a fez sorrir como boba. Não sabia se estava sendo precipitada mas os sinais estavam bem claros. Sirius sorriu para , se aproximando devagar e parou atrás da mulher. Ela sentiu a respiração dele seu pescoço assim que foi abraçada por trás e então Sirius beijou suavemente o pescoço da esposa.
— Eu conheço essa cara. — ele disse sorrindo e ela concordou feliz, antes de se virar para ele — Você vai me contar?
— Não é meu segredo pra contar, mas acredito que Remus e irão fazer algum tipo de discurso hoje — ela provocou e Sirius revirou os olhos. Odiava quando sabia de algum segredo mas não podia contar, não era ela quem sempre se juntava com as outras mulheres presentes para fazer fofoca? — Vamos pra sala, talvez eles digam algo.
O casal deixou a cozinha e se aproximou dos demais amigos, Sirius sentando em sua poltrona e devido ao fato de que estavam entre amigos, não se importou em manter os modos e se acomodou no colo do marido.
Apesar de fazer muito esforço para disfarçar, Black era péssima tentando controlar sua curiosidade. Uma vez que tivesse algo em mente, ela correria atrás como um lobo. Além de , ela não tirou os olhos de Remus também. Embora estivesse um pouco abatido devido ao pequeno problema peludo, Lupin parecia mais sorridente. E não só com . Sirius disse alguma coisa e se ajeitou no colo dele, notando o exato momento em que, não muito longe de todos, Remus passou a mão na barriga de .
— VOCÊS ESTÃO GRÁVIDOS — ela gritou, assustando não só o sobrinho e a filha, como todos os outros convidados. Todos olharam para Remus e , que sorriram em resposta. Não sendo muito de falar ou fazer discursos, Remus tomou a iniciativa de abraçar por trás e colocar ambas as mãos na barriga da esposa.
— Feliz Natal, família.
FIM
Nota da autora: Sem nota.