Finalizada em: 16/08/2019

Capítulo 01 – Amor?

Primavera sempre foi minha estação favorita, o ar fresquinho, os pássaros cantando mais alegres, até mesmo as pessoas pareciam ficar mais carinhosas.
Naquela mesma manhã eu havia recebido um e-mail de uma grande amiga minha, , eu ri ao ler o nome do e-mail, e logo não criei tantas expectativas "Lembranças da turma de 99" eu sinceramente quis enviar logo para a lixeira e falar que o próprio e-mail foi para lá. Mas ela me conhece tão bem que saberia que eu não quis abrir, a questão não era por ser do passado, mas sim pelo motivo de ter lembranças lá que eu nunca gostei.
— É bem o que eu imaginei, o famoso antes e depois de todos os alunos, e ainda na ordem alfabética.
se deu o trabalho de colocar tudo aquilo em ordem alfabética; Eu reconhece poucas pessoas nos dias de hoje, lembrava de algumas e de outras fazia questão de passar rápido. Mil novecentos e noventa e sete não foi um dos melhores anos para mim, eu não sabia o que fazer depois da escola, o teste vocacional não tinha funcionado nem um pouco e a única coisa que eu tinha vontade de fazer era escrever. Depois de um três anos comecei a cursar Letras, e hoje só uma das cinco mulheres mais bem sucedida em uma das maiores editoras de livro de toda a New Jersey.
, bom ela teve sua vida maravilhosamente bem do lado do jogador de futebol americano, foi um amor muito lindo dos dois, se conheceram no ensino médio, casaram e tiveram duas lindas filhas, Summer a mais nova e a mais velha; , a batizou com o mesmo nome que o meu, o motivo era único e até mesmo o marido dela insistiu para que eu não me sentisse culpada.
Há seis anos atrás, depois de salvar a vida das duas mulheres, e , o casal concordaram entre si que eu era a anjo da guarda da pequena filha deles; Em mente eu já seria a madrinha, mas depois do acidente que um motorista – bêbado – de caminhão causou ao bater no carro esportivo de , tudo mudou e assim recebeu o meu nome com uma leve diferença, o trema no e.
Foi realmente um dos dias mais felizes da minha vida, o que passou ser só uma visita de final de semana em Boston, passou a ser o dia que eu salvei a teimosa da minha amiga que insistiu em dirigir, e a vida da minha afilhada.
Clary me tirou dos devaneios batendo na porta e deixando sua voz entrar em minha sala.
, senhora Henderson quer conversar com você. – Clary disse ao entrar.
— Logo estarei lá. Obrigada por avisar.
Clary era a secretária particular de Henderson, e era tão bem paga que um salário dela era o meu em dois meses. Eu realmente admirava a garota, além de ser dois anos mais nova que eu, ela aguenta todas as exigências de Henderson e ainda toca tão bem as histórias de comédia. Poderia dizer que é apenas bajulação, mas Clary sempre me fez a admirá-la.
Minimizei a aba do e-mail e coloquei e computador em standby nesse tempo peguei um caderninho próprio para anotações dos serviços que Shantal me pedia, em passos rápidos cheguei até a grande porta de vidro do escritório da minha chefe. Antes de entrar Clary me chamou pedido para ir até ela rapidamente assim Henderson não me via passando pela a porta.
— Oi.
— Oi. A Shantal vai abrir uma revista literária, pode ser que ela pergunte e você sabe né? Tem algumas pessoas que não pode deixar de saber disso, mesmo que nem todos os funcionários saibam que ela vai abrir uma revista.
— Vou me lembrar disso, mas quando vai acontecer?
— Acho que em breve, vai pegar todos de surpresa, estou avisando você pois você me ajudou muito com a Shantal. – Clary foi bem sincera nas palavras, e não era impossível de dizer que ela estava mentindo.
— Não a de que, você merecia esse lugar. – Me referi ao cargo dela. – Melhor do que qualquer outra pessoa aqui.
— E você merece muito bem o de romance, só não está lá porque não quer.
— Clary.
— É verdade e você sabe muito bem disso agora vai lá e conversa com a Shantal, ela não pode ficar brava por uns milésimos de atraso.
Clary falava como se estivesse me expulsando da pequena sala dela, e não quisesse que eu me atrasasse para entrar na grande sala de vidro. Bati na porta já respirando fundo, lá dentro eu sempre tomava uma outra postura, todas as perguntas que ela faria a mim, eu tinha que ter uma resposta, eu precisava entender toda a ideia que Shantal tinha, e dar outras melhores.
— Com licença. – Pedi.
— Sente-se, por favor. – Calculista com as palavras. Disse para mim enquanto lia alguma obra nova da editora. – Preciso de um de seus afazeres.
— Pode pedir.
— Preciso de um texto onde tenha o relato de amor. Mas não quero um amor igual desses livros que dizer que viveram felizes para sempre, precisamos abrir a revista com um amor sincero, independente de quem seja o casal.
Amor, eu sinceramente odiava essa palavra era como se estivesse tomando o remédio com o pior gosto possível. Nunca tive experiências boas com nenhum homem desde mil e novecentos e noventa e sete; Quando eu enviei o meu portfólio com meus livros publicados em autônomo, e outros textos apenas escritos em dias frios e quentes, nenhum se referia ao amor, na verdade apenas um pequeno livro que não chegou a ser publicado foi de um casal que se conheceu em uma noite, tiveram horas de prazer e depois disso foram se encontrando dormindo juntos até assumiram um ao outro que se amavam.
Não fazia sentido ela querer uma redação de amor, ainda pedir para mim que cuidava com todo cuidado dos livros de Drama e Suspense.
"Merda!" – Foi à única palavra que veio em minha mente. Era isso então, eu só precisava ter a certeza que estava certa.
— Começarei a trabalhar nele, mas quais elementos você deseja?
— Que retrate o amor puro, como eu e John. – Shantal se referiu ao seu marido, que nunca falava dele na frente de seus funcionários. – Que tenha nascido no momento onde todos acharam que não funcionaria e no fim eles tem uma linda família, mas que principalmente haja algo de trágico.
— Mais trágico que Bela adormecida espetar um dedo. – Eu falei em voz alta enquanto anotava no meu caderninho. – Me desculpe.
— Eu sabia que não ia me decepcionar.
— Nunca. – Sorri ao entender o que ela desejava, e eu já tinha a história pronta. – Com licença, senhora.
, você tem dois dias para me entregar. – A mulher falou lendo a mesma obra quando entrei.
Me retirei mais aliviada, e mais tensa que em qualquer outro momento, eu realmente não acreditei que tinha apenas dois dias para poder escrever uma história de amor para uma das páginas da revista. Eu realmente não estava me sentido tão bem como era para me sentir.
— Quero nem perguntar o que é. – Clary puxou assunto. – É tão ruim assim?
— Péssimo e eu nem sei por onde começar.
— Clary, estou indo almoçar, esteja aqui a uma em ponto. – Shantal passou por mim e por Clary.
— Sim senhora. – Sorriu. – Vamos almoçar e então você me conta tudo.
— Certo, eu vou pegar minha bolsa e meu almoço.
— Oba comida caseira mais uma vez. – Colocava o lenço cor de rosa.
— Sim, mas é toda minha. – Ri da conversa.
Clary amava todas as comidas caseiras que eu levava para o trabalho, mas acabou parando de comer depois que decidiu virar vegana, eu tentei também, mas depois de seis meses não aguentei e voltei para minha vida de não vegana.
Enquanto eu ia em direção do meu escritório, senti o celular vibrar no bolso da calça flare, era , eu respirei aliviada por não ser um chama de vídeo. Apertei os passos para chegar ao meu escritório e entrei rapidamente na sala, logo atendi a ligação antes que caísse na caixa postal.
Bom dia, quase tarde. – Ela iniciou a conversa alegremente.
Bom dia !
Como está aí no trabalho?
Tranquilo como sempre, escrevendo, revisando e enviando, e você e as meninas?
Estamos ótimas, melhor do que nunca.
Isso é maravilhoso, diga o que queres, você nunca me liga esse horário.
Você me conhece tão bem, você viu meu e-mail?
Vi.
Gostou dele?
É, ah sim, achei incrível.
Você mente tão mal para mim, eu sei que você não gostou de certas partes, mas sabe o que quer dizer?
Que eu nunca mais terei que ver todos eles outra vez?
Não, mas isso é o de menos, eu reuni todos eles, todinhos, vamos fazer um encontro da nossa turma de noventa e nove.
Apenas me encostei na cadeira e cobrir meu rosto com o meu casaco, era a pior ideia que tinha acontecido em dois mil e dezenove, não culpo , afinal eu já tinha em mente que ela ia fazer isso mais cedo ou mais tarde, mas justo agora? Onde tudo estava fluindo docemente em minha vida.
E quando vai ser? – Questionei.
Daqui dez dias, trinta de abril, é uma terça.
Não prometo nada ok? Mas vou deixar aqui anotado bem grande na minha agenda que preciso ir, aonde vai ser?
Eu mando mensagem para você, com a hora e o local, me desculpa fazer você revê-los. – Percebi a tristeza em sua voz.
, não tem problema, eu não sou mais a de antes, e afinal, o que não faço pela minha irmã de coração?
Você faz tudo por mim. Te amo! Vou preparar comida para as meninas, beijinhos tchau.
Tchau!
Realmente não fiquei brava com ela, se eu estivesse em outra turma isso aconteceria, o problema é que o passado não devia ser mexido e eu torci desde o momento que ela disse que chamou todos, que especialmente três pessoas não fossem e se isso concretizasse eu seria a mulher de trinta e seis anos, mais decepcionada em toda a New Jersey.
Recuperei-me de toda aquela informação que recebi, até mesmo dos dois dias para entregar um projeto, peguei minha bolsa e a marmita e fui de encontro com Clary que no caminho expliquei tudo que Shantal tinha falado; Entretanto percebi que Clary não estava tão surpresa, que subitamente sabia lá no fundo que aquele pedido ia ser feito a mim, só não compreendia o motivo de Shantal ter falado a ela, isso eu garanto, Shantal nunca conta seus planos para alguém até mesmo sua secretaria.
Resolvi esperar ela voltar com seu almoço para poder tirar uma dúvida com ela, só não esperava ela se espantar tanto com a questão:
— Clary, você já imaginava que eu ia ser a escolhida?
A moça em minha frente engasgou com um pedaço de tomate.
— Clary, ai meu Deus. – Tentava ajudá-la entre risos.
— Estou bem. – Ela tomou água. – Olha eu não imaginava.
— Mesmo? Não minta para mim.
— A verdade é que bom, você me pegou, fui eu que indiquei você, Shantal me perguntou se conhecia alguém da editora que era incrível sem ser os mesmos e eu falei de você.
— Mas Clary, você sabe muito bem que eu não escrevo nada de amor. – Comi minha comida.
— Eu sei, mas sei que você sabe muito bem escrever, você sem querer me enviou um pequeno texto de sua autoria e não pode deixar de ler, era maravilhoso estava na cara que era só um rascunho, mas estava maravilhoso.
— Não Clary, não é assim que funciona comigo. – Bebi meu refrigerante. – Aquele texto que você leu, faz tempo que eu escrevi, naquela época o amor era realmente verdadeiro.
— Mas ele ainda é , acredita em mim, existe o amor você só tem que quebrar esse seu bloqueio. – Ela me olhava tão esperançosa. Mas mesmo assim não queria acreditar que foi ideia dela. – Olha não há apenas amor de um casal, tem tantos amores por aí que você pode olhar e escrever, vamos fazer um acordo se você não conseguir nada nesses dois dias eu converso com a Shantal, certo? Explico que me equivoquei e me candidato a achar outra dentro da editora que pode fazer isso.
Fiquei parada olhando para minha amiga por quase dois minutos pensando na proposta dela, e não poderia negar que ela estava certa. Existem tantos amores por aí que eu estava errada em ter medo de escrever sobre esse sentimento, até eu mesmo sinto esse singelo sentimento pela minha afilhada.
— Está bem, eu vou pensar em algumas coisas, analisar todos os sete cantos de New Jersey e até mesmo minha própria família. – Estendi a mão para fechar o acordo.
— Caso ao contrário você vem e conversa comigo. – Ela apertou a minha mão com um grande sorriso.
— Isso!
Terminamos o nosso almoço e voltamos para nossos escritórios, trabalhei incansavelmente na frente daquela tela luminosa com o bendito livro que estava passando por mim, depois da minha aprovação ele ia ser encaminhado para a senhora Henderson. Foi o dia todo assim até o fim do meu expediente.
Sai do escritório às sete horas da noite, exausta e com o salto em minha mão e na outra a chave do carro, enfim indo para o lugar mais confortável desse estado. Porém quando estava chegando perto de casa meu celular tocou dentro da bolsa, minha ansiedade aumentou já que podia ser Shantal dando mais tempo para a redação ou até mesmo me enviando algo muito importante.
Esperei chegar em casa para ver a mensagem, assim evitaria qualquer coisa no percurso para o doce lar. Depois de me jogar no sofá com um potinho de uvas, eu fui ver a tal mensagem da minha melhor amiga, mas quem enviou foi a pequena anjinha de seis anos. Era mensagem de voz.
Oi madrinha, mamãe pediu para avisar que está dando banho na Summer, e também que a reunião da escola de vocês vai ser no dia trinta de abril às oito horas da noite no salão de festa do onde foi a formatura de vocês. Desculpa se atrapalhei você no trabalho, te amo!
— Ai meu Deus como eu amo essa criaturinha! – Disse olhando para o celular. Apertei o botãozinho e gravei um áudio para a . – Meu amor, tudo bom? Muito obrigada por avisar, eu irei na reunião e passo ai para ver vocês, meu docinho. E não atrapalhou a madrinha, também te amo beijinho!
Se alguém olhasse nós dois naquele momento iriam dizer que era minha filha.
Bom teria tempo para poder acertar tudo até dia trinta, eu ia conseguir deixar os livros prontos para Shantal ler e avaliar, a redação de amor para dois dias e deixar a casa toda ajeitada antes de viajar. Será dez longos dias até ver todos e voltar para as lembranças mais indesejadas de todo o tempo. Mas por hoje eu só precisava descansar e relaxar.


💘


Dois dias depois.
Não achei que seria tão desgastante escrever sobre um único tema que eu tinha a certeza que existia em outras formas de demonstração. Era tantas tentativas com várias personagens que eu nem ao menos conseguia achar um que me fizesse me sentir mais confortável. Todos os rascunhos do meu pequeno caderninho vermelho foram parar na lixeira de ferro e eu no outro lado do apartamento esperando uma luz cair do céu.
Acreditei que se passasse quase que dois dias inteiros focada na redação de Amor, eu estaria com tudo pronto, mas não. Agora estou sentada na pequena poltrona de tecido do escritório da minha chefe a esperando sair de uma grande reunião. E no momento que eu conversasse com ela eu sabia que uma das duas ações ela tomaria: 01. Ela simplesmente me mandava pegar todos os papéis no recursos humanos; 02. Shantal ia ser sínica e ver com Clary se há alguém que pudesse me substituir.
Só que eu não esperava minhas palavras saírem da minha boca daquela tal maneira:
— Então é isso? Uma folha em branco? – Shantal jogou em cima da mesa.
— Eu sei que consigo, só preciso de mais um dia.
— Conseguir como sendo que em dois dias, você não descreveu o amor em uma linha? Nem citou o de mãe e filha, muito menos de uma amizade.
— Shantal eu.
— Não tem cabimento, você foi uma indicação esperava muito mais de você . – Ela me interrompeu sem ao menos se preocupar.
— Eu te garanto Shantal, me de mais sete dias, apenas sete dias e você vai receber o melhor texto de amo que você já leu em toda sua vida como a maior editora de livros! – As palavras saíram tão tranquilas que até eu me assustei com a ordem que coloquei dentro daquela sala.
— Espero que em sete dias eu tenha essa redação em minhas mãos, caso ao contrario terá uma redação em sua mesa. – Shantal deixou bem a entender que era minha demissão.
— Sim senhora. – Me levantei.
. – Ela tirou o óculos. – Você sabe que é uma grande escritora, não é atoa que tem livros publicados por si mesma a anos atrás. – E agora era a grande amiga que estava conversando comigo. – Se você continuar evitando isso você nunca vai chegar aonde você quer. Lembre-se "Só você faz o seu futuro, não o que os outros pensam, não que os outros falam, apenas você!". – Finalizou a conversa com uma de suas grandes frases.
— Me lembrarei disso Shantal. – Sorri e sem querer, deixei uma lagrima escorrer.
— Não a de que querida. – A senhora já estava em minha frente. – Aquela mulher que fica atrás daquela mesma. – Apontou. – Ela sabe o potencial seu, por isso é assim tão rude com você, e se ela não for não vai ter ninguém que faça você sair dessa caixinha. – Me abraçou. – Só não fique mais assim.
— Não ficarei, eu. – Hesitei. – Eu acho que preciso de férias, um tempo para respirar Shantal, são tantas coisas.
— Use esses sete dias para ficar em casa meio período, não precisa ficar até às sete horas aqui, e quero que você volte com a verdadeira , aquela que eu li em seus portfólios, que eu li nos seus livros em sites, eu quero aquela não essa que não consegue finalizar uma leitura do livro e me enviar, muito menos descrever sua relação de amor com sua afilhada.
— Prometo. – Enxuguei a lágrima. – Que a verdadeira vai voltar mais nova em folha, e muito obrigada Shantal.
— Por nada.
Demos um ultimo abraço e me retirei da sala dela. Dei graças a Deus por Clary não está na hora que sai; Shantal sempre foi assim, quando precisava ser chata, ou melhor, a chefe insuportável, ela era. Mas quem não seria quando o assunto é manter seus negócios de pé e ter a melhor equipe? Entretanto quando eu ou alguém da redação precisava de um ombro amigo, lá estava a verdadeira Shantal, amorosa, carinhosa e cuidadosa, sempre fazendo com que nós enxergássemos que não estamos sozinhas e que ela está ali para nos fortalecer.
Enquanto terminava de organizar as artes da capa do nosso próximo livro, eu pensava no que escrever para a revista, eu não consegui em dois dias, quem diria em sete. Mas eu só não compreendia uma única coisa, porque meu coração pediu tanto para que eu continuasse nesse projeto?
Os dias foram passando rapidamente, trabalhava meio período na editora e o outro período em casa, assim tinha tudo adiantado para a viagem a Boston. Não via a hora de poder rever todos, principalmente a e a pequena Summer. Só tinha um problema, eu ainda não havia concluído a redação.

Capítulo 02 – Será que eu ainda o amo?

Aquela sexta-feira de primavera amanheceu fria e com um solzinho tímido; Verifiquei a previsão do tempo antes de sair de casa umas quatros vezes só para ter certeza que toda a roupa que estava em minha mala seria o bastante para aquela temporada na casa alugada em Boston. Eu a mantinha uma casa alugada toda vez que ia até lá, ficava sob os cuidados da corretora de imóveis da família da , já que eles tinham a mesma, e eu usufruía um pouco dessa mordomia além do preço ser um pouquinho mais em conta para mim.
Enquanto saia do meu apartamento, olhei bem para a chave do carro, não sabia se ia dirigindo ou se chamava um serviço de carro. Não era muita mala mas era uma viagem longa e cara, porém não estava com tanta vontade de ir dirigindo, e no fundo algo me dizia que a melhor forma de voltar de Boston era de carro. Deixei bem explícito que era uma viagem longa no aplicativo e pagaria em cartão de débito, para o dinheiro cair direto na conta. Minha sorte foi que uma mulher, cujo o nome era Virginia, aceitou a mesma.
Confesso que não fundo escutei uma vozinha bem no fundo da minha cabeça gritando de felicidade, afinal nos tempos de hoje não é tão confiável fazer uma viagem tão longa com um homem.


💘


Algumas horas depois de tanta espera pela chuva cessar, sai de casa com a mala de rodinhas ao meu lado, a motorista que foi muito gentil comigo me ajudou a colocar a mesma dentro do porta-malas, entrei com apenas minha bolsa e me ajeitei no banco de trás – no lado oposto da motorista. Ia ser quase que três horas de viagem, contando todos os trânsitos e engarrafamentos que iríamos encontrar pelo o caminho, a senhora avisou que esses tempos parados ela descontar da viagem, desse modo ia ficar mais barato.
Muito bem ajeitada naquele banco macio do carro da motorista, procurei um filme para ir assistindo enquanto isso eu pensava no que escrever. Só não ia dormir pois sei que ia fazer isso muito bem ao chegar na em casa.
Riscava cada página do caderninho com um xis vermelho em cima das anotações, nada ficava bom e fazia um bom tempo que não odiava tanto minhas escritas, falei sobre amor de amigas, afilhada e madrinha, pais, mãe e filha, família e até mesmo entre um pet e seu dono, mas nada me fazia feliz. Eu só tinha mais três dias para entregar e eu não tinha a tamanha capacidade para finalizar um texto. Tentei listar até meus bloqueios para me ajudar, mas nem isso mesmo. Em alguns momentos que eu olhava para frente e podia ver a expressão da motorista, tenho certeza que no fundo ela queria compreende porque estava com tanta raiva do que eu escrever, ou melhor, do que eu não escrevia.
Enfim Boston. Chovia bem franco, a estrada molhada o som dos carros lentamente, o perfume das flores, aquilo tudo me fazia lembrar-se do Valentine's Day e era a última lembrança que queria ter naquele momento. Fui direto para a minha casa, já que não tinha muito o que fazer, peguei a chave atrás do tijolinho solto e entrei na tão amada casa de Boston.
Estava impecável os pais de cuidaram muito bem no tempo que estava fora, e toda vez que eu ia lá eles desocupavam a casa, só quando eu pedia. Era a única imobiliária que eu confiava até porque senhor e senhora Scott sempre foram de confiança. Quando eu terminava de arrumar as roupas no guarda roupa escutei meu celular vibrar e tocar em cima da cama. Me joguei no colchão fofinho e atendei o celular ao ler o nome da minha melhor amiga.
você está bem?
Sim por quê?
Houve um acidente de carro, você está bem mesmo.
Sim eu vim mais cedo, está tudo tranquilo. – Ri. – Eu não vou deixar vocês assim tão fácil, mas me fala é na estrada principal para chegar até aí?
Não, pode fazer o caminho normal, e porque não avisou?
Escolha de última hora.
Vou perdoar dessa vez. Te vejo ainda hoje?
Claro, eu só vou terminar de arrumar o guarda roupa, passo ai e vamos buscar as meninas na escola.
Estarei esperando você, até amiga.
Até .
Eu realmente não estava preparada para entrar com tudo naquela loucura de ver minha antiga escola, não estava nem com ânimo para poder ir até o colégio das meninas, que era o mesmo que eu estive com os pais dela, meu ânimo para aqueles dias eram zero.


💘


Era pequena e aconchegante que senti necessidade de me mudar para lá, naquele momento; Uma sala com tapete fofinho uma lareira juntamente de algumas madeiras ao lado, uma cozinha bem disposta com uma mesa redonda e por fim meu quarto com uma suíte, por sorte a banheira que ficava lá estava bem limpa e com o melhor perfume de limpeza, me relaxei nela antes de sair e buscar e as meninas. Como eu imaginei eu levei um bloquinho de notas para fazer algumas anotações, e me surpreendi em fazer uma linha até que razoavelmente boa.
No caminho para visitar minha amiga, me peguei pensando de momentos que nunca passaram pela minha cabeça, sempre ia visitar elas mas aquele feriado estava mais diferente; Passei em frente a antiga escola, olhava a mesma por um bom tempo lembrando – com o carro estacionado – do primeiro dia de aula, quando conheci a , e quando Christopher se mudou para lá.
Depois que guardei o caderninho na primeira gaveta do criado mudo, me vesti com uma roupa confortável e anti poça d'água, meu coturno marrom escuro.


💚


Tínhamos apenas onze anos, eu e tínhamos feito aniversário no começo do ano, bom quase no começo; Como uma boa ariana consegui convencer minha mãe em levar um bolo de chocolate com cereja para a escolha, um dia antes do meu aniversário, tudo saiu muito maravilhoso, minha mãe que tinha feito aquele lindo doce todo marrom e vermelho do jeito que eu imaginei.
me esperava na frente da sala com a sacolinha de presente, não sei como conseguimos nos dar bem desde o primeiro dia que entramos nessa escola, ela de Áries nascida em Março e eu, também de áries, nascida em Abril.

Parabéns!Me abraçou fortemente.Eu não sabia se escolhia verde ou laranja, então peguei esse.Entregou a sacolinha.
Abri com cautela já que quando, era uma pequena Dingo com um laço verde na cabeça, e eu sempre fui apaixonada por Dingo e sabia disso, desde a nossa ia na casa dos pais dela onde assistimos um programa de animais e lá o Dingo australiano apareceu, foi amor à primeira vista.

Como você conseguiu, eu queria faz tempo um desses.
Eu fiz de tudo para achar, papai só faltou me tirar do escritório dele já que ele me ajudou.Ela riu.
Obrigada .A abracei.
Coloca no meu armário, e aí quando saímos da aula a gente pega.
Ok.
Meu armário tinha quebrado, uns alunos mais velhos estavam brigando e acertam dois armários, o meu e da Jennifer foram quebrados e eu passei a dividir temporariamente o armário com a .
Quando entramos em nossa sala sentamos juntas no mesmo lugar de sempre, e esperamos o professor chegar. Mas com a demora dele os alunos e claro, nós duas, cantamos vitória achando que o mestre tinha faltado porém alguns minutos depois vimos ele passando pela porta juntamente de um garoto baixinho de olhos e cabelos claros.

Bom dia turma.
Bom dia professor, Taylor.A sala toda respondeu educada.
Esse é o mais novo colega de turma da gente, Christopher Evans. Espero que vocês o recebam muito bem.
Senhoritas Scott e Bennet, vocês poderiam passar a matéria de todos os dias que ele perdeu?
Sim professor. falou tranquila.
Passamos a nos conhecer ali, desde aquele momento viramos melhores amigos e às vezes ficava enciumada porque jogava basquete com ele e não com ela, mas não podia fazer muita coisa afinal ela nunca gostou de basquete.



💚


Aquele dia eu recebi o melhor presente de todos, sempre soube o que eu realmente gostava, e sabia que não era fã de presentes, mas aquele era especial e eu compreendi o porquê eu não recebi bolo – infelizmente porque os bolos da senhora Scott eram divinos. Se eu soubesse que tudo mudaria no meio da nossa amizade eu acho que eu nunca tinha conversado com o Christopher.
Ah e a Dingo batizado de ficava comigo no meu escritório em New Jersey.
Desci do carro alugado – que tinha pegado perto da minha casa de Boston, e esperei na porta.
, que saudades.
— Eu sei faz dois finais de semana que eu não venho aqui.
— Dois? Faz quase dois meses.
— E você como sempre não conseguiu ficar sem mim.
— Eu me lidei muito bem sem você.
— Obrigada pela parte que me toca.
— Só vamos buscar elas? Ou quer passar em mais algum lugar? – Fomos até o carro.
— Eu ia levá-las para a cabeleireira, a ideia era de fazer um momento mãe e filhas, mas vou ter que colocar uma madrinha no meio. – Riu.
— Eu posso ir embora depois de lá, não me incomodo.
— Para com isso, você pode passar com a gente, você sabe muito bem que as meninas amam quando você está com a gente, de lá vamos passar em um restaurante eu não tenho almoço pronto.
— Virei uber. – Fingi estar brava.
— Pelo menos é prestativa.
— Nossa. – Parei o carro na frente da escola. – Pode descer desse carro. – Ria.
Esperei voltar com as meninas, ao longe eu via que a escola não tinha mudado quase nada, apenas um retoque na cor, um cuidado melhor com a grama e os banquinhos mais modernos. As lembranças também veio junto, e precisei focar em outra coisa para não lembrar daquele momentos, do bendito Dia dos Namorados. Me despertei ao ouvir os gritinhos finos de e Summer já entrando no carro.
— Oi meus amores! – Dei um beijo na bochecha de cada uma. – Como foi a aula?
— Muito legal, e tranquila, eu joguei basquete com meu melhor amigo hoje. – falou naturalmente.
— Que legal , e você Sum? – Questionei fingindo não lembrar de nada relacionado ao basquete.
— Não teve nada de legal, eu tive que ficar na sala na hora da educação física, uns meninos aprontaram e eu não pude ir lá fora. – Fez biquinho ao cruzar os braços.
— Mas é assim mesmo, na próxima aula você vai poder ir brincar lá fora na educação física. – Vi confortar a filha. Summer tinha apenas quatro anos, e mesmo assim tinha uma esperteza de se admirar.
— Que tal irmos tomar um sorvete depois de passar na cabeleireira? – Sugeri.
— Eba! – Elas gritaram.
— Depois do almoço, você está levando as meninas para o mal. – Todas nós estávamos rindo. – Nunca vi você querer fazer as meninas irem comer sorvete antes do almoço.
— Poxa o jogo de basquete foi super cansativo, e passar o dia todo na sala de aula não é uma grande diversão.
— A madrinha tem razão, mas madrinha como você sabe que o jogo de basquete foi cansativo?
— Eu jogava quando tinha onze anos, fui uma das melhores jogadoras da turma, depois que fiz treze anos eu parei de jogar. – Não quis citar Christopher nem um pouco.
— Ela era a melhor da classe, fazia cestas incríveis você tinha que ver. – parecia ver a cena na frente dela.
— Mas eu me machuquei, torci o tornozelo muito feio porque uma garota me empurrou quando eu pulei bom, vi também que meu rumo não era ser jogadora de basquete. – Desliguei o carro no estacionamento e me virei para trás ao tirar o cinto. – Eu percebi que gostava mais de passar os dias, tardes e noites dormindo ou lendo ou escrevendo.
— E aí você virou a melhor autora do mundo! – gritou no carro e junto pode se escutar um "Isso!" da pequena Sum.
— Quase isso, não sou a melhor, mas estou entre elas.
— Você tem um ego muito familiar. – deu à indireta.
— Sei de nada, vamos cortar o cabelo.
Claro que ela se referiu ao meu herói favorito, mas como não amar esse herói? E meu ego tinha que ser levantado porque não? Mas confesso que nunca deixei chegar ao extremo; Entramos e escolhemos as nossas cabeleireiras, eu resolvi também embarcar nas tesouras e tinturas, para uma mulher que ficou a vida toda com os fios escuros resolvi clarear um pouco fazendo luzes não em toda a extensão do cabelo e pela primeira vez cortei meu cabelo na altura do ombro da forma que eu desejava a um bom tempo, só não tive tempo para me desapegar do meu cabelo, pelo qual sempre fui apegada desde criança.
As meninas cortaram o cabelo, mas não muito curto, e ela deixou na altura do bustos dela, mas cada uma fez californiana diferente de . pintou de roxo e Summer de azul. Estavam lindas como sempre, e como sempre fui uma madrinha babona por minha doce afilhada. De lá passamos no shopping onde almoçamos como quatro crianças com cada bandeja diferente. Tomamos nossos sorvetes e fomos para casa, passei a tarde toda conversando com Carter e ajudei minha afilhada no dever de casa além de colocá-la para dormir como eu sempre fazia quando eu ia lá.
— Você a mima demais.
— Não muito. – Sentei no sofá ao pegar a taça de vinho.
— Mima sim, ainda bem que não é todos os dias. – Ela riu baixinho para não acordar as meninas.
— Sua sorte, já pensou aturar nos três todos os dias.
— Credo, Deus me livre.
— Como você é ingrata . – Ríamos. – Quer pedir alguma comida? E o Ryan cadê ele?
— Pode pedir, a gente divide. – Se refere ao pagamento. – Ele está na cidade vizinha a negócios, foi todo irritado para lá.
— Vocês brigaram?
— Não, ele e o pai dele brigaram, você sabe né? Eles nunca aceitaram nosso casamento e muito menos as meninas, e na cidade vizinha tem uma das garotas que foi pretendente dele perante os pais.
— A ex-aluna que foi expulsa por dá em cima do treinador? – Arregalei os olhos.
— Ela mesmo. Eles namoraram não sei se você lembra. – Concordei enquanto ouvia a história. – E eles terminaram meses antes dessa informação rodar a escola toda junto da foto da gravação, não sei o que os senhores Carter veem nela.
— Quer que eu responda. Terminei o pedido, comida japonesa pois quero e não mudarei.
— Você que manda, e não precisa responder.
Paramos de conversar, e aquele silêncio com as olhadas de lado de denunciou o próximo assunto.
— Pergunta logo. – Disse normal.
— Você não sente mais nada por ele?
— Não, claro que não, foi passado . E passo fica lá trás.
— Você nem comentou que no intervalo jogava com seu melhor amigo e me deixava lá sozinha. – Fingiu ainda está magoada.
— Olha o drama, eu sabia que Summer tinha puxado de você, mas agora só confirma tudo. – Ri.
— Com uma amiga dessa nem preciso de inimiga.
— Não exagera. – Joguei uma almofada nela. – Deu trinta e cinco dólares, dezessete dólares e cinco centavos para cada uma.
— Passamos no cartão. , sério, pode ser que ele esteja lá, você está bem?
— Estou, eu gostava do Christopher, juro que não sinto nada mais por ele. – Enfatizei a palavra e falei a verdade, parcialmente. – Não terei recaída se ele for, não ficarei mexida com ele lá, eu juro que estou bem. E eu já vi vários filmes dele, afinal ele contracenou com o Downey.
— Eu sei, eu só não quero te ver mal, principalmente se a Jennifer for.
— Se ambos forem eles vão achar uma outra , eu não sou mais aquela mesma garota que aos dissesses deixou que outros pisasse nela. Pode ser que agora quem fique todo balançado por mim seja ele, e não eu, pode ser que agora Jennifer não seja mais uma cheerleader que conseguia tudo que queria, daquela tal forma.
— Eu vou ficar quieta, mas o Chris você sabe como ele está?
— Eu sei, ele bateu no meu Tony, eu lembro muito bem dele. – Ouvimos a buzina do entregador. – Eu vou pegar meu cartão enquanto você abre.
— Meu cartão já está comigo.
Comemos enquanto discutimos o que faltava para arrumar o salão, ela disse que tinha passado por uma reforma e que eu ia ficar de queixo caído, mas ela estava falando de Boston e tudo que tem em Boston me deixa de queixo caído. Depois de ajudar com as últimas escolhas e arrumar a bagunça das meninas eu fui para casa onde eu ainda tinha que tentar completar aquela linha que mal comecei.
Mas no período que eu fiquei sentada de frente para o quintal da minha antiga casa, eu me peguei pensando em Christopher, como consegui fazê-lo ser só mais uma lembrança antiga, pelo menos nisso eu era boa. Só que negar para mim que eu não fiquei meio toca ao vê-lo beijar Emily Vancamp, era uma grande mentira, e isso me fez me alto questionar: Será que eu ainda o amo?

Capítulo 03 – Eu nunca deixei de amá-lo

Não eu estava muito enganada, não tinha ficado nenhum sentimento por ele ainda no meu coração, eu aprendi muito que amor não é para todos e eu, como minha mãe falava "Não sou todo mundo!" me contentei com todos meus relacionamentos curtos, tendo apenas de um ano o mais duradouro incluindo o noivado. Os homens com quem eu ficava íamos ao hotel também era bom, e me satisfazia, além de ter brinquedos para isso também.
Com duas linhas prontas eu fui para cama, precisava descansar para o final de semana, já que ia passear com as meninas e na terça teria o encontro da turma de noventa e nove.


💘


Acordei com aquele clima mais úmido de Boston, não podia fazer tanta diferença para qualquer outra pessoa mas para mim era uma grande mudança. Levantei e fiz tudo o que precisava e logo fui preparar meu café na prensa francesa, que eu levava para todos os cantos que eu viajava.
A essa altura, já devia ter questionado pela milésima vez quando íamos sair para minha amiga, deduzi isso ao receber uma mensagem de . Eu tinha planos de rever o museu que eu tanto amava e sabia que as meninas nunca tinham ido até lá, e esse se tornou o ponto de encontro nosso. Passeamos, conversamos e eu ensinei a cultura que tinha dentro daquele lindo lugar; Eu amava ver os olhinhos brilhando delas, e até mesmo de , quando eu explicava sobre o passado das pinturas e dos artefato egípcios.
— E o que acharam?
— Incrível, não achei que tinha quadros lindos. – Sumy ficou muito alegre. – Eu vou ser pintora igual eles.
No fundo eu pensei em corrigir a frase dela, mas deixei assim, ficava tão fofo quando ela comia algumas palavrinhas.
— Vai ser a melhor pintora. – a incentivou.
Desde que saímos do museu, vi que minha afilhada estava muito quieta, e isso não era normal, tinha até mesmo oferecido um lanche ou o almoço e apenas Summer respondeu.
— E você ?
— Aqueles artefatos egípcios foram encontrados por quem?
— Por arqueólogos, eles podem achar tanto artefatos aqui em Boston quanto em qualquer outra região desse mundo todo. – Ela permaneceu quieta. – Está pensando em saber mais sobre um arqueólogo, né?
— Sim, madrinha.
— Quem sabe, depois da reunião da minha turma eu não te levo para conhecer uma arqueóloga.
— Gostei!
— Mas só se sua mãe e seu pai deixarem.
— Mamãe você deixa?
— A gente conversa com seu pai quando ele voltar hoje está bem?
— Está. Podemos comer no Burger King?
— Podemos. – Eu concordei.
Foi uma tarde bem agradável, a primavera resolveu deixar o solzinho aparecer. Ryan chegou cedo da viagem, cansado e exausto. Resolvi ficar com as meninas até terça de manhã, fizemos festa de pijama, comemos pipoca e doces e ainda assistimos os três filmes do melhor herói.
— Homem de Ferro, Homem de Ferro! – As meninas gritavam sentadas no colchão enfrente o sofá.
— Aqui, tem para cada uma. – Entreguei os baldes com pipocas. – Prontas para mais um filme?
— Sim!
Eu devia ter voltado para Boston e ficado mais perto das meninas, ou permanecido com meu último namorado apenas para ter um filho, novamente, no fundo eu apenas sentia falta da companhia da minha filha que passei imaginar apenas para mim.


💚


Cinco anos atrás, quando tudo parecia que apenas uma parte do meu sonho ia acontecer:
— E então você pretende ter quantos filhos? – Jack questionou enquanto me ajeitava ao lado dele, ainda nua.
— Dois, darei o nome do menino de Anthony. – Sorri.
— E se for menina? – Ele acariciava minhas costas desnudas.
— Não sei, estou entre Stacy e Alicia.
— Achei que ia ser também do universo da Marvel. – Ele riu.
— Não, eu pensei mas deixei quieto, porém Stacy também é da Marvel. E você?
— Eu nunca tive criatividade com nome, sempre pensei em deixar a futura mãe dos meus filhos escolherem, assim pelo menos não me arrependo da escolha.
Em partes eu concordei com ele durante aquela noite. Ele se ajeitou e eu também mas permaneci acordada, sentia no fundo que mesmo não sendo o homem que mais amei em minha vida ele seria um ótimo pai e marido. Eu não consegui dormir, então saí da minha cama depois de pegar a camisa de Jack e fui para a sala, torci para que não fosse tão tarde e que ainda estivesse acordada arrumando o restante das caixas para a mudança.
"Oi, está aí ou já foi dormir?"
"Terminando a última caixa do quarto da ."
"Precisa de alguma coisa?" – enviou a segunda mensagem um pouco mais rápido do que o normal.
"Talvez, eu estava pensando naquela nossa conversa de alguns dias atrás."
"Você vai se casar com o Jack?"
"Não, ainda não, mas em tentar ter um filho com ele."
"Eu vou ser madrinha do Anthony?"
"Claro que vai, porque não seria?"
"Mas eu acho que vou tentar ficar grávida primeiro, é o sonho que mais quero realizar." – Mandei sem esperar uma resposta.
"Se é assim que você quer, eu apoio, mesmo não sendo muito lógico para mim."
"Bom vou começar a tentar engravidar dele, e aí vemos se casamos ou não, obrigada por me ouvir ."
"Não tem de que, qualquer coisa eu estou aqui."
"Agradecida, boa noite amiga."
"Boa noite."
Passou uma semana e meia, quase duas eu acho, desde que conversei com pela madrugada, eu já não estava me sentindo muito bem, para mim era algo que eu tinha comido principalmente o Donuts que comprei para assistir mais um filme, sozinha em casa; Em uma das idas no final de semana para Boston – sem meu namorado, e eu fomos ao parque, e só por passar pelo lado do senhor que vendia algodão doce, compreendeu tudo.
— Acho que você está grávida.
— Que?
— Eu tive que buscar água para você melhorar, desde quando você passa mal com o cheiro de algodão doce? , é seu doce preferido.
— Não, impossível, nós sempre fizemos certinho.
— Ele fez certinho?
— Claro, ele acima de tudo me respeita, nós tínhamos conversado em ter filhos e pensamos em tentar.
— Um casal super moderno.
— Sim.
— Vamos comprar o teste na farmácia, depois, se der positivo te levo na médica que fez o pré-natal da .
— Mas você precisa terminar de arrumar sua casa, foi para isso que eu vim.
— Eu sei, mas se você estiver grávida como eu vou ter sua ajuda? — Tirou a do meu colo. – Depois você me ajuda, vamos.
Acompanhei ela até o carro, enquanto eu guardava a pequena bolsa de brinquedos da minha afilhada, ela colocava a pequena na cadeirinha. Fomos até a farmácia mais próxima, nós três entramos juntas no estabelecimento e ela comprou o melhor teste e o mais confiável. Eu nunca me senti tão estranha na minha vida, eu nem estava no período fértil, e logo na primeira tentativa – nem nós dois imaginávamos que poderia dar tão certo.
— E então? – Ela esperava colada na porta do banheiro.
— Dois risquinhos! – Aquela felicidade não cabia em meu peito. E claramente estava explodindo silenciosamente já que ao quarto ao lado sua filha dormia.
— Eu não acredito que a vai ter um ou uma companhia. – Me abraçava muito forte.
— Calma, eu vou morrer sufocada. – Me soltei. – Eu também não, eu nem estava no meu período fértil. – Enxuguei meu rosto.
— Precisamos de uma comemoração, mas tenho que levar você ainda na médica que fez o pré-natal da .
— Eu vou quando eu voltar para New Jersey, eu não vou poder ficar indo e voltando já que ela atende só aqui.
— É verdade eu não pensei nisso. Quer comer alguma coisa? Vamos comemorar. – Ela descia as escadas toda alegre.
— Você vai pagar?
— Vou.
— Quero comida. – Pensei um pouco, e logo a grande vontade veio. – Brasileira, será que há essa hora ainda tem algum restaurante no aplicativo que entrega?
— Tem sim, coloca o que você quer e pode fechar o pedido.
Com todo carinho ela comprou a comida, ficamos conversando até tarde; Eu ajudei no que podia e no que era mais leve e no mesmo dia avisei Jack que voltaria mais cedo para casa.
Eu imaginei que a felicidade ia contagiá-lo só não previ ele desabando no choro na minha frente e me fazendo rir, passamos os três meses com todo cuidado para que nada acontecesse com o bebê, passou a me visitar, junto da pequena família dela. Ela fazia comida, arrumava a casa e colocava o marido dela para lavar meu carro e cuidar da .
Só que a felicidade acabou quando eu acordei praticamente desmaiando de dor, Jack me levou para o hospital usando o shorts do pijama dele, sem se importar se a polícia iria pará-lo. O plantão de médicos nunca foi agradável para mim, sempre tive experiências ruins com isso, mas dessa vez foi diferente; O próprio hospital entrou em contato com a médica que estava cuidado de mim e do bebê, ela chegou em menos de uma hora e com ela a pior notícia do ano veio.
— Seu corpo estranhou o bebê. – Buscou palavras mais simples para explicar o processo para mim e Jack. – Ele achou que era um intruso, e com isso ele fez de tudo para se auto defender, levando então ao aborto espontâneo.
— Mas eu tomei todos os cuidados. – Estava tão em choque que meu sonho se foi que nem consegui chorar. – Eu não peguei peso, comi coisas saudáveis, estou tomando água, comecei a fazer yoga para ficar mais tranquila.
— A culpa não foi sua amor. – Jack se aproximou mais de mim. – Antes assim do que ele ou ela ter nascido muito dodoizinho. – Amava quando ele falava daquela forma quando o assunto era nosso filho. – E ia ser pior para nós e o bebê, não acha?
Ele estava tão certo que eu não pude negar.
— Seu namorado tem razão, . Você fez tudo certo, mas a culpa não foi sua. – Deu ênfase na palavra.
foi até minha casa, depois que eu precisei tirar o pequeno anjinho. Ela cuidou de mim mesmo com Jack lá, ela deixou com Ryan só para me amparar e foi então que eu lembrei do dias que passei ajudando ela depois do acidente.
Quando eu estava bem recuperada, eu e Jack tentamos outras vezes mas não foi só as tentativas que não deram certo e sim o nosso amor foi sumindo, aquele pequeno amor que eu sentia por ele se foi naqueles piores episódios de tentativa de ficar grávida.



💚


Sai das recordações quando ouvi a explosão do filme e escutei as meninas vibrarem com o herói. Eu entendi o motivo de não ter um bebê naquela época, eu não estava preparada para ser mãe, entretanto eu tinha as meninas e sabia que passar um dia a sós com ela era a melhor recarga da vida.


💘


e Summer foram entregues sãs e salvas para , e eu torcia para que não tivesse ganhado mais um sobrinho de coração nesse meio tempo, já era terça e eu ainda precisava escolher a roupa que ia usar durante a noite do reencontro.
Como de costume eu fui vê a previsão do tempo, enquanto eu tomava minha modesta dose de anticoncepcional na farmácia, agradeci a moça e paguei. Ia fazer frio, mas não sei se era um frio que me deixa-se tremendo ou apenas querendo um café quente, ou podia ser uma tequila não ia recusar.
ia para minha casa se arrumar lá, e de lá íamos juntas para o salão. Ia ser às oito horas, e as três já estava um vento de gelar até a alma, desisti de usar meu vestido vermelho e ir com uma calça mesmo, eu não tinha levado uma meia calça e não ia pegar com , já que eu tinha mais corpo que ela.
— Boa tarde. – Abri a porta.
— Boa tarde, autora maravilhosa, trouxe comida.
— Hm, lanches do Burger. Você já está com tudo arrumado?
— Está sim, Ryan vai ficar com as meninas, eu simplesmente vou ficar com você. – Ela pegava seu lanche. – O seu tem pimenta.
— É bom ter alguém que me conhece tão bem. – Mordi o lanche sentido o calor do mesmo. – Trouxe tudo também? Eu não tenho essas maquiagem com brilho todo.
— Claro que eu trouxe, não sou tão esquecida assim.
— Aham, sei. Não vou mais de vestido, a previsão falou que vai fazer muito frio.
— A previsão sempre erra.
— Acredite, ela não errou sobre o frio de hoje a noite.
— Veremos.
Concordei com a cabeça enquanto tomava meu refrigerante. Conversamos, jogamos, e separamos inúmeras peças de roupas que ela iria usar, na lógica de minha amiga, ela tinha que estar impecável já que foi a organizadora de tudo. Eu até entendia já que todos iam bem casual, mas eu só ria de todas as posses que ela fazia ao sair do banheiro que ficava no meu quarto.
Um tempo depois já estávamos vestidas, estava linda com o vestido azul e com um sobretudo que a deixa mais elegante ainda, o que me fez lembrar da Duquesa Megan, eu precisei passar um bom tempo pesquisando os melhores looks que ela usou para colocar na biografia de seu livro de culinária – Diga-se de passagem que foi uma correria aquele dia, nem mesmo Pearl, a garota da culinária e entretenimento, conseguiu escolher uma foto.
Já eu. Eu coloquei minha boa e velha amiga calça jeans de lavagem escura com a bota de cano curto. E depois de ficar namorando aquela linda peça dentro do guarda roupa eu resolvi usá-la, afinal comprei fazia seis meses e nunca tive uma boa oportunidade de usar. Meu body no nuance vinho.
— Uau, desde quando não te vejo vestida assim?
— Assim como? – Retocava o batom.
— Assim, , assim.
— Estou normal, a única peça de diferente que tem aqui é o Body.
— Uma peça justa, que você só usava quando saía comigo. – Ela riu.
— Eu sei, também estou me estranhando, mas vou levar uma no carro mais soltinha.
— Vai nada vai deixar aqui. – Tirou da minha mão. – Coloca essa jaqueta no corpo e vamos logo.
foi dirigindo até o salão, e eu como uma boa passageira fui conversando com ela, lembramos de tantas coisas, de tantos sufocos para passar uma cola sem que o professor percebesse, e principalmente do baile de formatura.


💚


A pedidos dos alunos do terceiro ano da turma de noventa e nove, nossa formatura foi para o fevereiro, o motivo nem eu entendi direito, mas aceitei afinal não tinha planos para aquele ano. Christopher já tinha conversado comigo e pedido desculpas depois do meu aniversario de quinze anos, eu parcialmente aceitei as desculpas já que ele ainda estava namorando a Jennifer ainda.
Tudo estava para ser incrível, eu tinha decidido que não ia, bem na última hora, minha mãe ficou tão desapontada que eu nem quis sair do quarto, meu pai já tinha tentado conversar comigo, mas eu não mudei de ideia, até mesmo tinha me ligado e eu me recusei aceitar ir com ela – ficar olhando aquele casal juntos, e Ryan, no meio do baile? Não mesmo. Eu só não esperava a presença dele ali.
— Vai embora! Eu já disse que não vou no baile. – Mexia no meu computador.
— Eu achei que pelo menos eu tinha a entrada liberada para seu quarto. – Chris estava falando bem perto da porta. Levantei rápido e destranquei. – Oi. – Ele sorriu.
— Você tinha até resolver fazer a troca de festas.
— Não tem como fazer você me perdoar cem por cento?
— Não.
— Mas posso entrar no seu quarto?
— Sim.
— Só sabe falar sim e não?
— Não. – Não conseguir manter a expressão de brava enquanto ria. – Ainda mais porque eu sei o que você quer que eu vou ao baile.
— Você devia ir, vai ser o último dia que todos nós vamos estar reunidos. – Ele se jogou na minha cama.
— Quem contou que eu não vou?
.
— Suspeitei. – Olhei para o relógio e depois para ele. – A Jennifer não está te esperando não?
— Eu não vou com ela.
— O que?
— Eu não vou com ela, ela quis ir sozinha, não sei o motivo.
"Mas eu sei, ela está querendo te trair caro Chris". – Guardei esse pensamento para mim.
Emiti um som com a boca e permaneci a mexer no meu computador; Escutei ele respirar fundo e andar até a minha escrivaninha que fica perto da janela, ele puxou o puff e sentou do meu lado. Se ajeitou e ficou alguns minutos me olhando com aqueles olhos azuis.
— Vamos comigo, vai ser legal, confia em mim.
— Você disse a mesma coisa antes.
— Eu pedi desculpas, errei muito feio, mas dessa vez vai ser diferente.
Chris sempre tinha uma boa conversa e conseguia conversar quase todos – todos que ele queria – afinal ele era de geminiano, e comigo não foi tão diferente, mesmo eu sendo ariana e comecei escutar o que ele tinha a dizer, mas também não pude negar que eu quis falar umas poucas e boas para ele.
Mas a pior parte é quando uma ariana se apaixona... É de ferrar tudo, até o psicológico se deixar.
— Não errou feio, foi horrível pior que filme de terror! – Me virei para ele. – Nós três tínhamos feito tudo já, seriamos os únicos com as mesmas cores, eu, você e . Era só ir dançar comigo na minha festa de quinze anos, depois você podia voltar correndo para os braços da Jennifer. Eu confiei em você, na sua palavra, mas você quis trocar a minha festa super simples para ser o príncipe da festa da sua namoradinha. – Respirei fundo. Falei tudo que estava engasgado.
Jennifer não era a jovem adolescente mais rica da escola, mas comparado a minha conta bancária com a dela, ela se tornava a adolescente mais rica da nossa sala. Eu devia ter percebido que ela estava conversando comigo só para chegar perto do Chris, mas eu também não fiz nada para evitar isso; Não tinha me declarado para ele, mantinha sempre a palavra amigos na frente de toda conversa e me recusava ficar a sós com ele. Chris foi literalmente meu primeiro amor e eu sempre tive medo disso principalmente depois que meus pais se separaram e por incrível que pareça foi por uma traição.
— Eu vou conquistar sua confiança, se arrume, nós passamos no Burguer King e de lá vamos para o baile, vamos ficar no anuário final como grandes amigos, não é assim que você fala?
— Falava.
— Então, vamos te espero lá fora, pode ser?
Eu não sabia dizer não quando olhava para aqueles olhos, muito menos quando ele sorria de lado. Eu era perdidamente apaixonada por Christopher.
— Pode. – Vi o sorriso crescer nos lábios dele. – Eu vou me arrumar, e já desço.
— Te espero.
Ele deu um beijo na minha bochecha e saiu todo feliz do meu quarto, me sentia uma grande idiota por estar com um sorriso bobo nos lábios. Coloquei o vestido verde escuro – afinal comprei um da minha cor favorita, alças finas, longo e com um bonito decote; Não era nada chamativo, mas até que eu estava bonita. Apenas fiz uma trança e não passei muito maquiagem para mim um batom já bastava, eu estava indo mais para ficar perto dele do que curtir o baile.
Desci as escadas segurando o salto na mão, ele era baixo mas eu tinha tanto medo de cair da escada, que sempre quando eu precisava usar algum salto eu fazia o ritual de tirar e colocar só no fim da escada.
Eu não sei bem o que o Chris sentiu ao me ver, mas parecia ter perdido a fala quando me viu entrar na sala. Não sei se esperava eu mais arrumada ou se esperava eu menos arrumada; Mas se eu tivesse um sexto sentido, eu poderia dizer que o coração dele disparou muito rápido, e perdeu cem por cento de tudo que ia falar naquele momento.
— Vamos? – Eu questionei. Queria sair de casa logo odiava aquele clima que meu pai e minha mãe fazia só por aparência, praticamente a rua toda sabia que meu pai traia.
— Vamos.
— Filha antes eu queria dizer. – Meu pai começou a fazer o discurso. Fez um sinal com a mão e eu me aproximei dele. – Mesmo ele sendo seu amigo, você não pode confiar nele, ele já traiu sua confiança. – Falou baixo.
— Uau, nossa! – Falei muito ironicamente. – Eu sei diferenciar quem é fingindo, que não trai para quem trai.
— Filha uma foto, antes de vocês saírem. – Ela quis mudar o clima tenso que ficou.
— Sem fotos, mãe.
— Com fotos dona .
E olha eu mais uma vez fazendo o que o Chris falou. Tinha até colocado o melhor sorriso nos lábios depois de escutar umas barbaridades do meu pai. Depois da foto que eu sei que ia para o mural perto da escada sai às pressas com segurando a mão do Chris.
Estávamos terminando nossos lanches, eu com todo cuidado para não ser estabanada e sujar meu vestido, e Chris apenas no refrigerante.
— Vai seguir a carreira de ator? – Questionei depois de levantarmos.
— Vou, a escola ajudou eu achar o que eu quero ser, e você?
— Acho que vou trabalhar, eu não sei bem o que fazer, nem o que eu gosto.
— Você ama escrever, porque não vira autora? – Ele abriu a porta do carro.
— Diz isso por conta das redações. Obrigada.
— Não mesmo. – Sentou ao meu lado, colocamos o cinto e ele deu a partida. – Eu li aquele seu livro.
— Eu tinha onze anos naquela época, eu só tinha miolos na cabeça. – Rimos, e como sempre quando algo era muito engraçado ele colocava a mão sobre o peito. Detalhes que eu nunca esqueceria. – Não faz sentido eu ser autora.
— Faz muito sentido.



💘


Chegamos ao baile. Fazia duas horas que tinha começado e eu nem me importei, já que nossa parada na loja de pelúcias rendeu um Dingo muito fofinho. A turma descolada tinha conseguido acesso a piscina, já nós meros estudantes do ensino médio ficamos apenas olhando, menos eu e minha pequena turma, já que Chris ainda estava na "lista" e nós – Eu, e Ryan, entramos na ala dos descolados. Conversamos enquanto eu vi Jennifer no seu vestido vermelho maravilhoso se aproximar de mim e da pequena rodinha que tinha envolta.
— Oi. – Olhava diretamente para mim. A voz dela não era fina nem irritante, porém para mim era pior entonação de voz que eu já tinha escutado. – Podemos ir ali conversar rapidinho? – Pediu.
Concordei com a cabeça e apenas a segui, perto da piscina. Era nesses momentos que queria que a minha inteligência funcionasse não só para as personagens que eu criava, mas para mim principalmente.
— Sabe, eu e o Chris ainda estamos juntos, eu achei que você o conhecesse o bastante para vê que ele te enganou. Você e sua amiguinha. Foi tudo combinado.
— Combinado o que?
— Eu precisava dar o troco, você conseguiu fazer o Ryan se aproximar da sua amiga, eu tirei seu melhor amigo que também é seu grande amor de você e agora, tirando toda sua reputação de garota invisível da escola.
Foi tudo tão rápido que eu caí direto na piscina, mas não era só cair para mim. Ela era funda e eu não sabia nadar. Eu senti meus pés tocarem no fim da piscina, tentei lembrar das aulas de natação e nem consegui fazer um movimento certo eu sempre tive medo de piscinas fundas e tinha mais medo de um dia eu não puder me auto me salvar já que as aulas de natação nunca deram certo; Meus pulmões não tinha mais ar estava ficando angustiada pela sensação, eu já não sentia meu coração bater e minha visão estava mais turva que qualquer efeito de filme. Eu escutei gritar para alguém me ajudar,. Acho que a essa altura Jennifer estava certa, e Christopher podia estar ao lado dela rindo junto daquela parte da sala descolada só ria.
— Ryan, vai logo salvar ela. – pediu.
— Certo, segura isso, e o blazer entrega para ela quando sair da piscina.
;Eu escutei uma pessoa entrar na piscina e nisso eu desmaiei. Quando acordei já estava no hospital, meu vestido estava no canto e os pais de estavam conversando com o médico, deveria de se esperar que ela não chamaria meus pais.
— Oi. – segurava minha mão.
— Oi.
— Tinha muito cloro na água, bem mais do que o normal, seu vestido e a roupa do Ryan estão com modelitos novos. – Ela tentou me animar.
— E o Chris? – Eu só conseguia pensar nele.
— Ficou com a Jennifer.



💚


, ! – estalava os dedos na minha frente. – Está dormindo de olhos abertos é?
— Não, eu só estava lembrando.
— Do que?
— De não ser uma boa ideia entrar aí. – O carro já estava estacionado. – Eu acho que vou voltar. – Me senti a mesma garota de anos atrás.
— Não vai. – Ela segurou minha mão. – Eu estou com você e você realmente não é mais aquela garota de anos atrás, ainda bem porque você é brilhante, me lembra muito Hermione Granger, e olha que só falta a varinha porque os livros você já domina.
— Engraçadinha.
— Vai você não se arrumou toda só para entrar no meu carro, desce e venha ver o que eu fiz. – Ela pegou sua bolsa. Tenho certeza que ela lembrada do dia da formatura, mas conhecendo ela bem, ela tinha fechado aquilo a sete chaves, colocado um dragão Rabo-Córneo Húngaro, o mestre Yoda e se duvidar colocou até a Beatrice Prior para proteger.
— E o que você fez? Não fala que decorou igual o dia da formatura.
— Não, claro que não. Olhe você mesma.
Era muito um baile, mas um baile de adulto! Não tinha muitas decorações, uns leves enfeites dourados e pratas, fotos da nossa turma e o livro da gente. Tinha uma música muito suave tocando ao fundo e nisso vi um dos nossos antigos colegas. Simon. Ele se formou na universidade de música, virou um DJ incrível e tocava pelos quatro cantos do mundo.
— Oi . – Ele veio até a gente.
— Olá, quanto tempo. – O abracei.
— Oi Simon, obrigada por chegar mais cedo. Eu vou deixar vocês conversando.
Foi uma conversa longa, descobrir que ele tinha uma filha, foi casado duas vezes e estava para se mudar para outro país. Ele até tinha mostrado a foto das duas mulheres mais importantes para ele. Cansada de ficar lá e ele precisando arrumar a playlist de DJ, eu fui até a mesa me servir de suco e levei um outro para e bem naquele momento que eu fui levar a bebida Christopher chegou e por ironia do destino Jennifer também chegou junto dele.
— Você não sente mesmo mais nada por ele né? – Ela me questionou entre os dentes.
— Não mesmo. – Fingi olhar minha bota.
— Sejam bem vindos.
— Obrigada . – Jennifer agradeceu.
— Oi quanto tempo. – Chris a abraçou, como se fossem grandes amigos. Hey a amiga é minha!
— Muito tempo, vinte anos! Aqui Chris, seu crachá. – Ela riu. Claro que todos ali sabiam que ele era o Chris Evans. – E o seu crachá, Jennifer.
— Obrigada, eu não lembro de você. – A loira olhou para mim.
, deve ser porque eu estou sem óculos.
"A verdade é eu estou mais bonita do que antes, sabe, me cuido melhor, aprendi a me amar." – E mais uma vezes deixei algumas palavrinhas apenas no meu pensamento.
. Você está tão diferente. – Chris me olhou dos pés a cabeça. Sem segundas intenções.
— O tempo da uma ajudinha né?
— Porque vocês não conversam naquela mesa. – deu a ideia. – E obrigada pelo suco amiga.
— Que isso, qualquer coisa chama viu. – E ela se virou para a porta e receber mais ex-alunos.
Enquanto caminhávamos para a mesa perto da porta que dá acesso a piscina – ou da antiga piscina, vi que Jennifer tentou entrar no meio da conversa, chamar mais atenção para ela, da mesma forma que sempre fazia. A vontade de me diminuir era grande, e dava para ler no olhar dela, mas como uma boa mulher que eu me tornei e aprendi segurar meu Áries dentro de mim não fiz o mesmo.
— E a carreira de ator? – Jennifer fez a pergunta. Se aproximando mais dele. – Deve ser muito bom com os paparazzi em sua volta.
Um detalhe sobre Jennifer, o sonho dela sempre foi ser uma grande personalidade famosa, aquela que tem estrela na calçada e prêmios tudo em um quarto só para isso, porém todos esses anos bem vividos por mim eu não lembro de vê-la famosa do jeito que tanto desejava. Chris tinha respondido e eu nem sequer prestei atenção.
— ...Mas em alguns momentos é divertido. Da atenção para os fãs e além deles serem muito atenciosos. – Chris terminou.
— E você Jennifer? – Questionei.
— Eu sou uma grande atriz. – Falou transparecendo todo o nervosismo na voz. – Mas precisei parar e cuidar da minha filha.
— Mas que lindo você tem uma filha! Quantos anos ela tem? – Questionei.
— Agora tem quase quinze anos.
— Eu não imaginei que ela fosse mais velhas que as meninas.
— Meninas? – Chris arqueou a sobrancelha, estava mais espantado que a Jennifer.
— Sim a e a Sumy.
— Você tem duas filhas? – Ela me perguntou.
— Não. – Coloquei o copo na mesa, me segurando para não rir alto. – Elas são as meninas da , eu sou madrinha da e não tive filhos. – Senti uma dor no coração ao lembrar daquele pequeno episódio de três meses felizes.
— Mas você deve ter alguém. – Chris alternou o olhar, dos meus olhos para minhas mãos. Devia ter procurado uma aliança ou a marca da mesma.
— Não tenho, já tive alguns namorados e um noivo, porém não passou disso. Droga acabou. – Olhava para meu pequeno copo. Eu mudei de assunto completamente.
— Eu pego mais, você quer Jennifer?
— Não obrigada, Chris. – Ela agradeceu e esperou ele se afastar de nós. – Me fala, você não conseguiu nada não foi?
Eu estava tão cansada daquela rivalidade tão tosca, que nem mesmo as máscaras da minha banda favorita me assustava em um dia sem energia.
— Não, Jennifer, eu sou uma autora bem renomeada, trabalho na Editora S.H. em New Jersey.
— Bem renomada e não tem ninguém para dar amor a você.
— Jennifer, a verdade. – Respire fundo e me ajeitei na cadeira. – Passamos anos com essa porcaria de rivalidade, sério desnecessário. Eu passei um bom tempo sem nenhum namorado mesmo, passei achar que o defeito estava em mim por isso eles não chegavam e ficavam para sempre na minha vida. – Ela me olhava como se fosse um E.T. — Mas foi aí que eu percebi uma coisa.
— Que você é realmente sem sal, e que até mesmo Chris Evans achou isso de você na adolescência? – Ela riu.
— Não. Que para ter alguém que nos ame só precisa de um pequeno passo, a gente se amar primeiro. Eu me conheci, passei gostar do meu corpo, me amei ao olhar no espelho e casaria comigo mesmo, porque olha. – Eu ri. – Não precisei de homem nenhum para dizer o quão linda eu estou ou se tal roupa deixa minhas estrias aparecerem, e pode acreditar nem mesmo minha melhor amiga precisou falar para mim, e hoje eu sou feliz, não tenho tudo conquistado ainda pois se tivesse a vida não teria nenhum pingo de graça. – E foi então que achei o que eu precisava. E ela? Ela ficou me olhando como se eu estivesse salvando a vida dela.
— Como você consegue ser tão incrível desde o fundamental?
— Todas somos, é que essa sociedade não dá o devido valor, só temos que lembrar que precisamos ajudar uma as outras, e olha sem ressentimentos, e se no fundo algo está te machucando ou prendendo você é melhor se libertar, e vai por mim o mundo é bem mais "Cor de Rosa" do que lemos nos livros para a aula de literatura.
— Obrigada . – Ela me abraçou forte demais. – Eu nunca vi ninguém ser tão legal assim.
— Acontece, e por nada. – Eu, , uma autora renomada e gostosa ficou sem palavras ao ver Jennifer Adams me agradecendo.
Aleatoriamente ela se levantou da mesa e foi cumprimentar as antigas amigas dela e em seguida quem sentou ao meu lado – no lugar dela – meu antigo amor. Tinha como ele ficar mais perfeito ainda do que com aquela blusa branca básica e aquela barba tão bem feita? Podia passar ano e entrar ano, mas eu nunca deixei de amá-lo.

Capítulo 04 – O nosso felizes para Sempre

— Eu não sei o que você falou mais deve ter sido incrível. Sua bebida.
— Obrigada. Foi não.
— Ela saiu daqui diferente, e você diz que não?
— É. – Sorri tímida. – Mas como esta todos? A senhora Lisa, as meninas seu pai e o Scott.
— Estão todos ótimos, quando minha mãe ficou sabendo que eu vinha ela pediu para avisar você que ela está com saudades.
— Eu também estou, preciso da um jeito de ir vê-la, a comida dela faz falta.
— Amiga, perdão atrapalhar, mas eu não entreguei eu crachá. – se aproximou.
— Nossa até eu esqueci.
— Tira a jaqueta.
.
— Anda logo, não quero estragar ela.
não queria estragar a jaqueta, era de couro sintético a cola ia sair depois, eu entendi muito bem a intenção dela. Eu tirei a jaqueta e entreguei para ela, minha doce amiga colocou o crachá dando uma piscadinha para mim e se retirou.
— A jaqueta vai ficar perto das minhas coisas e da sua bolsa.
— Certo, .
Um pouco "discreto" Chris olhava meu decote, ou melhor, o decote do meu body.
— Está tudo bem? – Questionei.
Pigarreou antes de me responder, eu queria muito rir das bochechas ruborizadas mas não podia.
— Sim. Quer da uma volta?
— Pode ser.
Deixamos nossos copos em cima da mesa e saímos por aí. Chris cumprimentou alguns ex-alunos e eu acabei fazendo o mesmo, não todos. Tinha alguns que queria e tirava foto só por ser um ator, vulgo Capitão América, e eu nem preciso dizer como eu sei, né? Tinha algumas pessoas ali que nunca gostaram dele. Voltamos a caminhar em direção a piscina, um leve embrulho em meu estômago só de lembrar que foi ali, e naquele dia onde passei a odiar piscinas muito fundas.
— E você, o que anda fazendo?
— Eu trabalho em uma editora, a S.H. acho que você já ouviu falar. – Ele concordou com a cabeça. – Também sou autora. – E eu sabia o que estava por vir.
— Estranho, eu achei que alguém, a anos atrás, falou que ser autora não combinava. – Rimos.
— Quem disse? Não foi eu não. Eu que não quis acreditar, acho que depois da minha mãe ficar falando de medicina e meu pai de advocacia e eu só querer um tempo para respirar, eu me achei.
— Entendo, achei que eu fui o responsável.
— Não mesmo. – Sentamos nas cadeiras de sol. – Eu não gosto muito daqui.
— Também não.
— Sabe Chris. – Parei para formular uma pergunta mais completinha.
— Não.
— Não o que?
— Eu não sei.
— Meu Deus. – Eu estava rindo muito alto já. E acho que acabei contagiando ele, realmente velhos hábitos nunca mudam ele ainda ria colocando a mão no peito. – E você permanece com sua mania.
— Meus fãs falam disso, eu nem percebo. – Ele sorriu. – Espera, você é minha fã?
— O que? Não mesmo, eu era sua amiga, fã eu sou do Downey.
— Era?
— Sim, não conversamos mais, você ficou famoso e perdemos contato.
— Perdemos porque você não deixou passar seu número, porque se dependesse de mim eu nunca teria parado de conversar com você.
— Isso não vem ao caso. – Eu fiquei tão vermelha que tenho certeza que eu podia me esconder no meio das rosas que tinha ali perto.
— Ainda está sentida por conta do seu aniversário, de verdade eu dei minhas mais sinceras desculpas. – Saiu da cadeira de sol e sentou ao meu lado. – Se precisar eu posso pedir de novo.
— Não é a festa, eu já me conformei. Foi o baile mesmo.
— O que tem ele? Eu pretendia dançar com você. – Ele, todo delicado entrelaçou seus dedos nos meus, senti um arrepio todo percorrer meu corpo e aquele calor se acendeu no meu coração mais uma vez.
— Jennifer falou que foi tudo armação, sua e dela.
— Eu não planejei nada, eu só quis ficar com você está tentando ganhar sua confiança de novo. Jennifer falou que foi o melhor momento da festa eu neguei, para mim estava sendo o melhor momento desde a hora que você aceitou ir comigo. – Chris se aproximou mais. – Quando eu cheguei no hospital saia abraçada com Ryan e os pai dela logo atrás, eu lembro até hoje das palavras dela "Você quase deixou ela morrer na água, devia ter pulado de vez ficar lá parado segurando a mão da Jennifer".
— E porque não pulou?
— Porque era a Jennifer que estava me segurando, junto com alguns amigos do futebol, e o Ryan foi rápido também, eu nem tive tempo de levar você para o hospital quando eu vi, estava indo logo atrás enquanto ele dirigia, os professores não tinham entendido nada.
não falou nada que você estava no hospital.
— É porque ela fez o pai dela me colocar para fora. – Ele riu. – E o pai dela dava muito medo na época.
— Medo? Eu ficava quase tremendo quando eu ia cumprimentar ele, e o dia que eu conheci o homem eu quis rir, ela tinha um gatinho e não parava de mimar, a voz até afinava para falar com a bolinha de pelo.
— Já falaram que você conversa como se estivesse narrando uma história?
— Não, perdão virou mania depois que passei a escrever com muita frequência.
— Tudo bem, você fica mais encantadora. Mas saiba que se desse eu teria mudado tudo, não teria deixado ela fazer o que fez, e teria te salvado.
— Não tem problema, já foi.
Beijei a bochecha dele enquanto acariciava o braço dele. Aquele perfume era tão instigante e sexy, e tantas coisas que eu imaginei que não devia já que era cedo e não passava das dez horas ainda. Era um conjunto de perfeição, perfeição de homem. Estávamos bem próximos um do outro, e só assim percebi o quão ele mudou, estava mais lindo, gostoso e o quanto me deixava hipnotizada com aquela imensidão azul e os lábios corados por conta do frio, o frio que já não sentia mais já que meu corpo estava bem aquecido.
Chris, então segurou meu rosto sem soltar minha outra mão, sustentamos aquele olhar, ambos desejando um ao outro. Eu passei vinte anos sonhando com o nosso primeiro beijo e nunca achei que seria na beira da piscina. Aquele beijo calmo foi aos poucos acompanhando o calor que estava dentro de nós dois.
— Faz tanto tempo. – Falei ainda de olhos fechados. Nossas testas estavam juntas.
— Porque você sempre disse que éramos amigos.
— Quando eu percebi eu não sabia o que fazer, tive medo de ficar igual minha mãe.
— Mas eu nunca faria isso. – Ele se afastou podendo assim olhar nos meus olhos. – E você sabe bem disso.
Eu apenas concordei.
— Foi um vacilo meu e um pouquinho de medo.
— Tudo bem, pelo menos estamos aqui. – Me beijou. – Quer ir para outro lugar?
— Poder ser.
Eu o deixei conversando com algumas meninas que sempre fazia trabalho com a gente, e acabei mentindo para minha amiga, entretanto eu sabia que ela imaginava o motivo, falei que tinha que voltar logo, pois precisava voltar cedo para N.J. Com isso tiramos a nossa foto da turma de 99 e dessa vez, eu, e Chris estávamos na mesma.


💘


A essa altura, ir para a casa dele não seria uma boa por conta dos paparazzi, foi então que dei o endereço da minha casa, da casa alugada quer dizer, coloquei nossas coisas em cima do sofá e fomos para a cozinha; No mesmo dia depois que eu deixei as meninas na casa eu comprei um vinho de uma nova safra e que foi aberto pelo Chris.
— Posso fazer uma pergunta? — Ele colocava o vinho na taça.
— Mais uma, claro a vontade. – Sorri divertida.
— Você também não mudou muito, mas a pergunta era, porque eu nunca ouvi ou li seus livros e o seu nome na livraria? – Encostou-se na ilha da cozinha.
— Eu uso um pseudônimo. – Encostei no batente da cozinha. – Eu pensei fazer assim não queria que minha vida se misturasse com o governador de Boston que traiu a esposa com as secretarias dele e ainda dividem o mesmo teto só porque ele a obriga. – Enquanto eu contava mexia suavemente a taça com vinho. – Mas se você pesquisar por algo como, Rozie Velvet pode ser que você ache meus livros.
— Muito criativo. – Ele riu.
— Eu sei, não tinha mais nada para pensar, tinha colocado todas as ideias no livro e aí quando fui fazer a capa eu dei uma pausa e olhei pro nada e foi quando eu vi o vaso de rosas e o bolo de veludo vermelho estavam juntos sob minha mesa, então eu só coloquei os dois juntos. Mas você só vai achar digital eu não publiquei com nenhuma editora.
— Terei que usar a tecnologia. – Se aproximou de mim. – Tem um bom gosto. – Falou do vinho que escolhi.
— É, eu aprendi a tomar e escolher com minha chefe.
— Um pouco inusitado.
— Sim. – Ri.
— E por isso você se mudou para New Jersey. – Voltou ao assunto.
— Sim, eu não queria que ficassem fazendo ligação com o meu nome, e eu consegui.
— Fiquei sabendo, eu recebo notícias de Boston.
— Boston toda ficou sabendo, não sei como mamãe aguenta.
— Sua confiança foi quebrada mais de uma vez. – Trocou a taça de mão e acariciou meu rosto, e mesmo com a taça ele me segurava pela cintura.
— É, mas eu que exagerei, não foi fácil vê meu melhor amigo e o meu amor indo dançar com outra, eu só não achei que alguém podia convencer você.
.
— Tudo bem de verdade, mesmo cancelando metade da festa. – Pausei brevemente. – Eu tinha tudo planejado, ia fingir que estava bêbada e falar que te amava e esperar sua reação, depois ia tomar água fingir que estava um pouco melhor e te beijar, e se todos esses dois passos desse certo, eu ia tomar mais água e comer doce e fingir que já estava melhor, e vê se a primeira vez acontecesse com você. – Senti minhas bochechas ficarem quentes de tanta vergonha.
— E eu estraguei tudo.
— Não tudo, eu vejo diferente hoje em dia.
Ele umedeceu os lábios e selou brevemente o nossos lábios, e depois perguntou:
— Você ainda me ama?
— Você nunca deixou de ser meu amor, sempre foi meu antigo amor, Chris.
— Eu sempre te amei.
Colocamos nossas taças em cima do balcão da cozinha; Graciosamente ele desceu suas mãos e me pegou no colo sem medir nenhum esforço, passamos pelo corredor da casa que dava em direção do quarto, depois que avisei que era a segunda porta a direita.
Ele me deitou devagar na grande cama me beijando, um pouco rápido eu puxava sua blusa branca tirando com leves arranhões de tal forma que o fazia arrepiar.
Christopher desceu seus lábios para meu pescoço beijando cada canto enquanto desabotoava a calça jeans; Ele sentou na cama – apenas com sua boxer, eu esperei ele terminar de se ajeitar e sentei em cima de seu membro, com movimentos devagar ambos se estigavam ainda com poucas peças de roupa.
Eu passei dias e noites imaginando como seria ter aquelas mãos em mim me acariciando, e aqueles lábios beijando cada parte do meu corpo. Com calma ele desceu as alças do meu body e até deixar meus seios sem nenhum pedaço de tecido. Senti minha pele arrepiar toda, quando ele tocou em meus seios rígidos. Como já estava com o body apenas na minha cintura eu o fiz deitar ficando por cima e por fim terminei de tirar minha roupa e a última peça que ele vestia. Engatinhei até ele que me acompanhava com os olhos azuis, parei sobre seu membro e segurou já percebendo sua respiração mudar, e aos poucos que ia aumentando o movimento com minha boca e também minha mão, eu ouvia clamar por mais. Ele segurou minha mão me fazendo olhar confusa e foi então que ele me colocou ao seu lado e retribuiu o sexo oral. Eu podia sentir meu corpo aquecer e resfriar ao toque dos lábios dele em minha intimidade, meu corpo todo ficar com os músculos contraídos a cada toque dele, tinha certeza que a qualquer momento eu ia explodir de tão bom estava.
Eu me sentia completa ao toque dele, a cada momento que ele me beijava e entrava dentro de mim; Eu percebi que começou a chover o que deixou mais ainda o clima romântico. Trocamos de posição sem ao menos se preocupar se teríamos que pegar toda a coberta do chão.
Chris entrelaçam os fios em seus dedos a cada segundo que eu pressionava minha intimidade de seu membro, aquilo estava tão bom ele ia rápido e eu pressionando mais ainda enquanto estava em cima dele mordia meus lábios enquanto sentia as mãos dele apertando minha coxa e meu bumbum, e arranhava suas costas e seu tórax.
E quando já estávamos quase chegando no ápices ele me deitou, segurou minhas mão acima da minha cabeça e foi aumentou os movimentos, eu não podia mais conter meus gemidos em tom ameno, e muito menos ele. Minhas pernas tremerem e meu corpo relaxou, eu estava anestesiada por inteira depois daquelas horas fazendo amor com ele.
Já deitado ao meu lado ele respirava fundo de olhos fechados e com um sorriso sacana de aprovação nos lábios. Deu um selinho em mim e se levantou, eu peguei apenas os travesseiros – já que estavam mais perto da cama, já que eu digamos que não tinha forças para andar, e ajeitei na cama. Chris pegou o cobertor felpudo e quentinho colocou na cama.
Alguns minutos e nós já estávamos dormindo, eu adormeci usando sua blusa e ele apenas de boxer; Eu estava nas nuvens, ou até mesmo sonhando, não pude acreditar que tudo aquilo realmente tinha acontecido.


💘


Acordei com meu celular despertando lá da sala, sai rapidamente da cama e corri sem fazer muito som.
— Eu não quero ir embora. – Disse desligando o alarme. Voltei para o quarto e deitei ao lado dele.
Eu não queria acordá-lo, estava dormindo tão bem que o deixei ali. Tomei um banho rápido e coloquei uma roupa mais quentinha já que ainda chovia lá fora. Peguei um papel e anotei algumas coisinhas e finalizei minha mala.
— Me perdoa sair assim. – Falei muito baixinho. – Mas espero que me entenda, te amo.
Beijei brevemente e peguei minha bolsa, eu deixei a jaqueta dele dobrada em cima do sofá.
Precisava passar na casa de antes de deixar o carro alugado na loja. Porém antes tomei café da manhã no break onde sempre íamos quando saiamos da escola mais cedo. Também aproveitei para terminar aquela pequena redação.
— Deseja mais alguma coisa? – A garçonete parou do meu lado.
— Não obrigada. Minha amiga vai vim fazer um pedido de café aqui, tudo bem se eu já deixar pago?
— Claro, sem problemas. Me acompanhe até o caixa, por favor.
Paguei todos os pedidos, e principalmente os dois futuros cafés de . A moça deixou anotado o nome e sobrenome dela no cartão para ter a certeza que não ia fazer confusão com outro cliente.


💘


— Oi, entre. Vocês tinham algo marcado? – Ryan me recebeu.
— Oi. Não, eu preciso conversar rapidinho com a .
— Eu vou chama-la.
— Obrigada Ryan.
— Madrinha. – Ela veio correndo até eu.
. – A peguei levantando no ar e a girando rapidinho.
— Você já vai?
— Vou sim, mas eu volto como sempre.
— Eu vou sentir tantas saudades de você.
— E eu de ti, minha pequena. – Beijei a ponta do nariz dela. – Conversou com seu pai?
— Conversei, ele disse que ia pensar.
, ela já vem. – Ryan sentou ao nosso lado. – Aceita um café?
— Não obrigada, eu já tomei.
— Papai e sobre eu ir conhecer uma arqueóloga?
O pai da fez a melhor expressão de que tinha esquecido de falar com ela.
— Perdoa o pai, eu fiquei um pouco ocupado quando vocês estavam na sua madrinha. – Eu sabia que aquele ocupado era mais um sobrinho. Adeus dinheiro mimando o mais novo bebê. – Conversei com sua mãe e ela só vai esperar a falar quando você pode ir, ai eu te levo e você passa alguns dias com ela.
— EBA! – Ela gritou. – Você é o melhor pai do mundo.
— Eu faço o possível.
— Eu aviso vocês quando tudo estiver certinho, Ry.
— Estaremos no aguardo.
— Oi .
— Bom dia amiga, podemos conversar?
— Podemos. – Ela me guiou até o pequeno escritório que tinha na casa. – Chris, fez alguma coisa? – Disparou a pergunta ao fechar porta.
— Não. – Eu ri. – Eu só ia pedir para você passar lá na casa. – Entreguei a chave. – A essa hora ele deve está dormindo ainda, e eu atrapalhando vocês a levarem as meninas para a escola. – Olhei no relógio, era seis e meia.
— Está atrapalhando não, e espero que eu não seja tia.
— Claro que não, usamos preservativo e eu tomei minha fiel injeção de anticoncepcional.
— Ufa! – Ela colocou a mão no coração. – Depois entrego para meus pais a chave, você tem mesmo quer ir?
— Sim preciso entregar a redação, obrigada viu. – A abracei.
— Por nada. Ele sabe que você foi trabalhar?
— Quando ele acordar ele vai saber. Agora preciso ir.
— Cuidado, e me conta tudo depois.
— Tomarei e contarei. – Mandei beijos no ar para ela. – Ah, eu deixei dois cafés para você buscar no Break.


💘


Chris Evans Pov.
Acordei sem reconhecer o quarto olhei pro lado procurando algum sinal do Dodger ou descobrir onde eu estava. Foi então que eu lembrei que tinha dormido na casa de , me levantei e passei no banheiro para lavar o rosto e percebi que ela tinha acabado de sair do banho já que o espelho ainda estava embaçado.
Minhas roupas estavam dobradas e colocadas sob a cadeira da penteadeira, a vesti e fui até a cozinha procurar por ela, mas nada. Voltei ao quarto e ajeitei a cama da mesma forma que eu encontrei quando a levei até lá. Esperei alguns minutos para vê se ela chegava com algo para comer, até porque a geladeira não tinha comida. No tempo que zapeava os canais da televisão eu ouvi a porta sendo aberta.
.
— Não, sou eu Chris, .
— Eu não sabia que você tinha a chave da casa dela, está tudo bem?
— Sim, ela já foi para New Jersey, disse que você já sabia.
— Eu sei. – Falei bem decepcionado, não esperava isso da .
A verdade é que eu não me incomodava se ela fosse ir para New Jersey cedo, eu só queria que ela me avisasse, podia ser com sinal de fumaça, um bilhete, mensagem no espelho, qualquer coisa até mesmo me acordado, eu só não esperava que depois de uma noite incrível ela me deixasse pela manhã.
— Ela não avisou né? – sentou do meu lado, depois de colocar os cafés em cima da mesa. Eu tinha desligado a televisão.
— Avisou.
— Meu Deus! Quando é que vocês dois vão criar vergonha na cara e vão se entender? Eu conheço você e sei que está mentindo, ela não avisou. Muito estranho os olhos dela denunciava que foi uma noite muito boa.
— Acho que não.
— Errado, ela te ama, ela diz que não, mas o coração fala que sim. Certeza que ela não deixou em nenhum lugar avisando precisou sair mais cedo?
— Certeza, .
— A , por quê? – Ela se jogou para trás no sofá. Estava mais inconformada do que eu. – Eu peço desculpa por ela, eu não sei mesmo o que aconteceu com ela.
— Tudo bem, tudo bem. – Suspirei pesado. Ficamos quietos por alguns minutos, tenho certeza que até ela estava tentando entender o que aconteceu com sua melhor amiga.
— Ah, isso aqui é para você, ela deixou pago. Café forte, com um pouco de leite, espero que ainda goste.
— Ainda é meu favorito, muito obrigado.
— Por nada.
Caminhei até o quarto para pegar minha carteira e celular.
— Chris aqui, esse é meu número e o número do Ryan, se precisar de alguma coisa, ou manter o contato. – Ela sorriu. – Você quer o da ?
— Não precisa, obrigada por passar o de vocês. Eu vou indo, até .
— Até, Chris.
Deixei sentada já que quando eu saí vi ela ajeitando a casa. Eu fui para a minha onde me arrumei e fui para o evento que eu tinha ainda naquela semana. Ainda estava muito norteado com a atitude dela, e aquilo ficou em meus pensamentos até altas horas o que sem querer atrapalhou no evento que eu estava.


💘


Já em casa – New York – eu procurei pelos livros dela. Queria saber mais dela e admirar o talento que eu sempre ressaltei a ela.
As avaliações eram de se espantar, as estrelinhas da Amazon estavam todas amarelas, e com os comentários mais emocionantes do que o outro. Escolhi um de seus livros, um deles, um pequeno que tinha apenas vinte páginas, comprei com a conta da minha irmã que tinha deixado lá, e assim pelo menos não ia saber que era eu.
Terminei o mesmo meio pasmo, falava sobre os sentimentos dela ao ponto de traição de confiança onde – segundo as palavras dela – "Foi mais fácil Zara perdoar seu melhor amigo, do que seu pai. Que não traiu apenas a mãe dela mas sim ela, e aquela lugar onde eles chamavam de lar. Zara passou a compreender algumas atitudes e foi isso que a fez enxergar o mundo diferente hoje, ver e compreender que ela não estava preparada para se entregar ao amor que tinha pelo amigo."
— Então foi esse jeito diferente que você falou .
Realmente quem conhecia ela, sabia que aquele pequeno conto se referia a um dos piores momento das vida dela, e ela conseguiu superar isso e se tornado uma mulher incrível. Ela merecia ser exaltada por todas as livrarias.


💘


Pov.
Eu cheguei toda dolorida da pequena viagem de carro, eu não fui com a mesma motorista que me levou até a casa alugada. Eu estava bem triste por minha mãe não enviar mensagem para mim avisando que meu pai não estava em casa e assim eu podia vê-la, mas tudo bem outro dia eu me encontrava com ela.
Arrumei minha bolsa para ir trabalhar e passei a limpo a redação e fiz um backup em um HD externo. Com tudo pronto e com um vestido mais formal fui para a torre da editora, cumprimentei algumas das funcionárias e até mesmo Clary que me apareceu com uma grande notícia.
— Eu estou grávida!
— Parabéns! – Abracei ela. – Eu vou ajudar no chá de bebê viu. – Rimos.
— Claro que vai! Eu estou tão empolgada, você não imagina como é pensar em redecorar o quarto do bebê todos os dias com uma temática nova.
— Deve ser incrível. – Suspirei escondendo uma pequena tristeza.
— E antes que eu me esqueça, Shantal quer ver você às duas horas da tarde.
— Certo, muito obrigada Clary.
Ela saiu da minha sala e eu fiquei pensando na noite de ontem, estava tão avoada que me perdia na leitura do livro que estava comigo. Eu até tinha perdido a preocupação com a redação, Christopher tinha um efeito sobrenatural em mim, e eu amava isso.
Podia fechar os olhos e imaginá-lo ali comigo, me beijando, me tocando, dizendo meu nome tão romanticamente. Eu pareço aquelas adolescentes dos livros do Nicholas Sparks, ou até mesmo a Hermione no Baile de Inverno. Só sei que não me sentia assim a vinte anos atrás.
Batucava minhas unhas contra a mesa de madeira, olhava o visor do celular e voltava a ler, olhava o visor do celular e relia a redação era um ciclo sem fim e com isso minha angústia de não receber nenhuma mensagem dele estava me deixando louca.
Será que, só ficou por uma noite e eu fantasiei demais? Não, ele disse que me amava também. Eu estava ficando realmente louca, então guardei o celular na gaveta e foquei apenas no trabalho depois de fazer um café na prensa francesa.


💘


Tinha acabado de voltar do almoço quando recebi a mensagem de .
"Oi, está muito ocupada?"
"Não."
"Vou te ligar ok?"
"Ok."

Ajeitei-me na cadeira depois de colocar o salto no cantinho da mesa. Eu fiquei olhando o movimento da rua, as árvores até mesmo alguns pássaros voando enquanto eu conversava com ela.
— Boa tarde dona .
— Boa tarde, já buscou as meninas?
— Ryan foi fazer isso, ele está em casa hoje.
— Uh, está de folga dessa tarefa.
— Sim e estou trabalhando em algumas coisas para entregar ainda hoje.
— Compreendo.
— Posso fazer uma pergunta ?
— Pode.
– Inclinei mais minha cadeira.
— Você não disse que o Chris sabia que você estava indo trabalhar?
— Mas claro que sabia, eu deixei avisado.
— Ele não sabia amiga.

Eu levantei rapidamente ainda segurando meu celular, peguei a agenda onde tinha anotado para ele meu número e que estava de saída, queria me certificar que eu não fui esquecida demais e só tinha anotado e não rasgado e colocado junto de sua carteira.
— Amiga ele sabe sim, eu entreguei o papel para ele, tinha meu número o número daqui junto com meu ramal e o motivo por ter deixado ele dormindo.
— Ele disse que não sabia.
— Eu vou mandar a foto da folha rasgada e ainda passar um lápis na folha de baixo só para você ter a certeza.
— Hey calma aí! Eu sei que você passou para ele, eu acredito.
— Você olhou a casa?
— Olhei, olhei o quarto e não tinha nenhum papel no chão.
— Tudo bem, acho que aconteceu a mesma coisa no dia dos namorados.
— Ah não.
— Tudo bem , tudo bem. Eu vou desligar preciso terminar algumas coisas.
— Tá, só não fique triste.
— Eu não estou, beijos até mais tarde.
— Até.

Respirei tão fundo para engolir o choro que eu não dei para deixar de ignorar meu suspiro de quem chorou doze horas por dia. Eu jurei que tinha deixado tudo anotado para ele, só não deixei o endereço da onde eu trabalho e moro porque ia parecer desespero. Como foi que aquele papel não foi parar nas mãos dele?
Parecia que era para acontecer, outra vez, estava ficando sem graça já.


💚


A escola tinha programado tudo para o dia de São Valentim. Algumas meninas ficaram encarregadas de serem os cupidos dos casais apaixonados, das meninas que querem se declarar e até mesmo dos meninos que queriam dizer que dentro do coração dele morava o amor. Ah, elas iam entregar os bilhetes do famoso correio elegante.
e Ryan fizeram mais de cinco bilhetinhos, e eu já estava quase enjoada de tanta melação de ambos.
perguntava se estava bom e se ele ia gostar, eu concordava, Ryan esperava eu passar por ele para ele fazer a mesma coisa, e eu concordava. Estava tão cansada de ler aquelas coisas que fui me esconder debaixo da arquibancada na hora do intervalo, tinha até esquecido que podia passar o mesmo com Chris.
— Achei você.
— Nossa não imaginei que estávamos brincando de pique-esconde.
— Muito engraçadinha você. – Chris sentou do meu lado. – Vai mesmo passar o intervalo sozinha?
— A verdade é que estou me escondendo do casalzinho.
— Porque?
— Porque eu estou sendo a intermediária para saber se a melação dos bilhetinhos estão adequadas. Não sei como e Ry consegue aguentar tantas coisas assim. – Fingi uma cara de nojo e ele riu.
— Vai dizer que você nunca se apaixonou?
"Pelos meus cálculos, e olha que sou horrível em exatas, minha única paixão se chama Christopher Evans, e olha que coincidência é igualzinho a você." – Pensei.
— Não.
— Certeza? – Ele se aproximou de mim, e eu senti minhas mãos gelarem.
— Absoluta, nenhum garoto desse lugar chama minha atenção, e o único bonito é meu melhor amigo. – Enfatizei as três palavras.
— É, seu melhor amigo.
Nós afastamos e comemos nossos lanches, estávamos conversando sobre as matérias daquele mais novo ensino médio, e se um de nós já estávamos escutando "Qual faculdade ou universidade você pretende prestar?" tínhamos feito uma aposta, e o primeiro que falasse se já escutou isso, ganhava cinquenta dólares. Entretanto em um silêncio breve pensei em me declarar para ele, ia aproveitar o Valentine's Day e o correio elegante, quem sabe assim eu parava de sofrer imaginando como seria namorar com ele.
Voltamos para dentro do colégio, avisei que ele podia ir para a sala que logo eu ia, e pedi para avisar que era uma emergência feminina. Era tão natural falar essas coisas para ele que nas maiorias das vezes eu até esquecia de não usar uns termos tão chulos. Eu realmente fui fazer a troca daquela coisa desnecessária – uma coisa que eu amava naquele lugar, era a caixinha onde tinha absorventes para as meninas, com eu tinha muito esquecido de comprar eu peguei um e eu precisava repor outro no dia seguinte. De lá passei na salinha dos cupidos, peguei um papel sentei na mesa e escrevi:
"A cada verso que escrevo é apenas em você que eu penso. A cada singelo sorriso que nasce em meus lábios, você é o responsável. Eu nunca tive coragem de falar pessoalmente, mas você sempre foi e sempre será o único dono do meu coração e o único que tem meu verdadeiro amor."
Fora do papel, estava o lugar para escrever o nome da pessoa e se quisesse podia colocar a sala também; Eu não sei porque mas optei fazer a minha segunda letra, eu sempre tinha duas, uma quando eu precisava fingir que entreguei o bilhete para minha mãe e a outra que usava todos os dias e Chris Evans não sabia desse detalhe. Podia dificultar mas tinha grandes índices que era eu. Coloquei na cestinha e fui para a sala novamente, sentando ao lado de e na frente de Chris.
Fiquei esperando as meninas entregarem, fiquei tão focada no momento que elas fosse aparecer na porta que nem mesmo a aula de literatura estava me chamando atenção. Eis que as garotas bateram na porta, pediram licença para a professora e logo meu coração disparou, precisei focar no livro fingindo não estar tão nervosa.
— Obrigado. – Ouvi ele agradecer ainda fingindo ler o livro.
Pela visão periférica vi me olhar, e depois se aproximar mais de Chris para poder saber quem foi que enviou, só que antes dele virar e conversar com a gente, Jennifer chegou.
— Gostou? Eu que escrevi. – A vi baixar o papel. – "Você sempre foi e sempre será o único dono do meu coração" e acredite é verdade.
Ela fingiu que foi ela. Ela leu o papel e Christopher nem se tocou, estava tão impressionada com Jennifer que nem se quer sabia fazer um texto sobre ela, quem diria fazer um mini textinho, e ainda por cima era meu. Quando ia me levantar Chris, se virou para trás mostrando o bilhete.
— O que você acha? – Ele me questionou. – Eu tenho quase certeza que é verdade.
— Eu também. – Fale disparadamente que estranhou. – Porque não a chama para sair, vão ao Break.
— Mas lá é o nosso lugar. – protestou.
— Não , lá é público não compramos, pelo amor .
Sai furiosa da sala junto da minha bolsa e o livro que tinha fechado com força, aproveitei que a professora havia ido em algum lugar que não dei importância de saber, e fui embora da escola mesmo sem avisar a diretora.
Sem menor duvidas foi o pior dia dos Namorados e era tudo que eu precisava para começar o ano – literalmente – bem; Depois daquele dia fiquei sabendo que ele tinha convidado Jennifer para sair, e me questionou o porque falei daquele jeito com ela, claro pedi desculpas e depois contei tudo. Ela teve a ideia de falar a verdade mas eu não quis, acho que no fundo eu não estava preparada para ouvir um "Eu não te amo".



💚


— Impossível, sério que mais um bilhete não havia chegado a você. – Falei olhando pro céu.
— Falando sozinha outra vez? – Clary entrou na sala.
— Não, estava só pensando em algumas coisas.
— Sei. Shantal já está pronta para a reunião com você, não se atrase.
— Não me atrasarei.


💘


Fui para a sala de Shantal faltando cinco minutos, arrumei a pequena pasta com a redação. Entrei mais uma vez ali com o mesmo propósito. Coloquei a pasta vermelha em cima da mesa e deixei ela ler, percebi que a cada minuto que ela lia ela fazia algumas anotações em seu computador.
— Você sabe que não foi isso que eu pedi.
— Sim, Shantal. – Minhas mãos soavam bem mais que a primeira vez.
— Eu falei que queria uma redação que relatasse um amor onde tivesse altos e baixos, e não isso. – Balançou a folha.
— Eu tentei, de verdade, mas tudo que tem nessa folha é verdadeiro, acho que acaba sendo melhor que qualquer outro.
. – Me olhou por cima dos olhos. Ela já estava de pé e enfrente a grande janela. – Você fez bem mais que isso, você colocou no papel um amor que muitos deveriam descobrir, na verdade muitas! – Andou até sua mesa. – Eu pedi algo que sei que muitos corações apaixonados gostam, mas você entregou em outro contexto de amor, você sabe muito bem o que é isso?
— Parcialmente. – Eu já não sabia se achava que tudo estava certo ou não.
— Clary! – Shantal chamou.
— Senhora.
— Traga as folhas, por favor.
— Sim senhora. – Clary foi muito rápida, em segundos ela voltou com um bolinho de folhas e entregou a ela. – Aqui está.
— Assine todas as folhas, e eu não irei aceitar um não como resposta. – Shantal me entregou as folhas.
Eu li por cima, precisava saber qual seria o acordo da demissão, mas aquilo me pegou mais ainda de surpresa, eu não estava sendo demitida eu apenas estava sendo mudada de setor, ela me tirou do drama e suspense, e me colocou no de romance. Shantal sabia muito bem como fazer alguém tremer ao escolher algum caminho ali dentro. Ah, eu assinei, com muita coragem.
— Aqui. – Entreguei.
— Leve isso para o recursos humanos, eles vão terminar de acertar tudo, e esse aqui para a casa da impressão.
— Pode deixar, Shantal. – Clary se retirou.
— Então, você gostou. – Eu disse com um sorriso vitorioso.
— Não gostei. – Ela disse natural. E quase deixei um "O que?!" sair. – Eu amei, fazia tempo que não lia algo tão bom assim. E fico feliz que você voltou.
— Eu também, na verdade, depois de anos eu acho que descobrir cem por cento o verdadeiro significado do amor.
— Isso é maravilhoso, agora devo dizer que estou bem ocupada e que sua amiga aqui precisa ir trabalhar, mas espero que não se incomode de passar o dia mudando de sala.
— Não mesmo. – Eu ri.
— Vou chamar um dos seguranças para ajudar você com as coisas pesadas. E leve sua cadeira.
— Levarei.
Não entendi muito sobre levar a cadeira, mas eu levei. Um dos seguranças me ajudou com a mudança, eu estava indo para um novo escritório, não era o mesmo da antiga diretora de Romance, e era no mesmo andar de Shantal. Abri a porta e me deparei com uma sala totalmente diferente, eu estava perplexa ao ver aquele lugar, a parede pintada de verde claro, os móveis na madeira de tom nogueira, a cortina blackout tudo estava tão lindo, e só faltava minhas coisas para ficar perfeito.
Depois de ajeitar o Dingo ao lado da foto minha e da , e as outras fotos com Sumy e e também com minha mãe. Eu sentei na minha cadeira peguei meu café em cima da mesa e me virei para a janela. Era um espetáculo, havia um pequeno jardim em cima de um dos apartamentos, todo colorido e ao lado – também pequeno – um parque onde casais e crianças ficavam. E eu tinha aquela vista todinha apenas para mim.


💘


Passou-se duas semanas, e a revista estava terminando de ter suas cópias para serem vendidas direta da editora. E eu tinha que anunciar a mesma e isso fiquei sabendo de última hora, Shantal precisou acompanhar uma cirurgia de emergência em sua família, e John – que além de marido dela também era sócio da editora, não sabia fazer um bom discurso o que sobrou para mim, já que Clary estava grávida. Não que seja uma coisa que a impedisse, mas se ela passasse mal ali em cima as coisas poderiam complicar.
Coloquei um vestido soltinho e de tecido sutil, por conta do calor, o melhor dele era as costas que ficam desnudas. Tirei a sapatilha quando estacionei o carro na editora e coloquei meu salto dourado; De lá, fui para o auditório onde seria anunciado a revista, tanto para os convidados quanto para os internautas.


💘


Chris Evans Pov.
Depois de muitos eventos e compromissos tirei um dia para aproveitar o dia ensolarado com Dodger. Enquanto eu arremessava a bolinha para ele pegar e trazer de volta, escutei meu celular tocar, mas ignorei por um tempo. A verdade é que não tinha muita pressa para ir ver a notificação.
Dodger, já cansado e com fome, foi comer a ração que estava ao lado da cozinha e eu aproveitei para ver o que era no celular.
Era um e-mail, de Clary Styles, ela me convidava para o lançamento da Revista Literária da Editora. S.H. e na hora eu lembrei que havia comentado que era onde ela trabalhava. Precisava confirmar se ela estaria nesse dia, e a única que podia da a certeza disso era , preferi assim, pois seria muito invasivo questionar a mulher que me enviou o e-mail o convite, se estaria presente no dia.
"Bom dia . Sou eu, Chris."
"Oi Chris! Tudo bom?"
– Me respondeu depois de alguns minutos.
"Tudo. Desculpa ser tão invasivo, mas você sabe se a vai está na conferencia da revista literária?"
"Sem problemas, então ela disse que não da ultima vez, ai ela do nada me ligou e falou que ia fazer a apresentação, precisa falar com ela?"
"Não, ainda não Obrigado."
"Por nada."

Respondi o e-mail e avisei meu assessor que no dia dezessete de maio eu já tinha um compromisso. Eu não ia a lugar nenhuma nesse dia a tirar minhas duvidas.


💘


Coloquei uma roupa não tão formal, e deixei Dodger com água e ração. Não pretendia demorar muito então não deixei com algum amigo.
O transito estava demais, eu deixava o carro desligado de tão pouco movimentado estava, olhava o relógio no painel do carro e torcia para que aquele engarrafamento andasse, se continuasse assim eu ia chegar já no fim da conferencia da editora.
Cheguei a tempo, pude vê um pouco da apresentação dela; Sentei na ultima fileira, não queria sair andando até chegar no lugar reservado para mim.
Pude ver ela pausar quando percebeu que eu entrei no auditório, e um lindo sorriso apareceu em seu rosto. Aquele vestido verde me fez lembrar do nosso baile de formatura, e como eu fui besta de não dizer o quão linda ela estava; Eu devia ter enrolado ela mais um pouco antes de ir para o baile e assim eu ficava com ela.
— Bom, eu peço desculpas, acho que vocês não estão tão acostumados com uma mulher que se empolga ao dizer de um produto, ainda mais uma revista. – Todos riram. – Mas eu só queria terminar a apresentação a vocês, dizendo que, não vamos ficar apenas focado em divulgação dos nossos conteúdos, com textos em todas as paginas. – Ela passou e olhou para a revista que estava ao seu lado, em uma mesinha transparente. Vi pegar e colocar aberto encima da mesma. – Sei que muitos devem se perguntar o porque de uma revista? Eu assumo, não sei explicar muito bem, mas se Shantal sabe que uma revista é a melhor opção, com lugares para nossos conteúdos, ajudar autores autônomos e ter um pequeno lugar reservado para os futuros autores, e só para emendar pode entrar em contato com a gente apenas com essa revista, eu sei que no fundo ela não só pensou na editora, mas sim em todos aqueles que precisam de um pouco de esperança ou até mesmo uma pessoa que você tanto admira dizendo o quão capaz você é, e disso eu tenho total certeza que é verdade.
Ela tinha melhorado muito sua apresentação na frente de muitas pessoas, percebi que não tremia mais, e conseguia manter a frase firme; Quando tudo terminou eu esperei ela terminar de conversar e dar atenção para alguns repórter e também funcionários que trabalhava com ela, além de ter descido ate meu lugar e peguei a revista que seria para mim. Ao folhear a mesma, eu parei em uma pagina com o texto que foi escrito por ela, e parei para ler o mesmo.
"O amor. Um sentimento que passamos a conhecer desde pequenos. Descobrimos que ele pode vim de, pais, irmãos, família, amigos e até mesmo de pet, mas sempre tem um que só conhecemos ao encontrar aquela pessoa. Mia sempre achou que o amor era isso, desde pequena.
Mas aí vemos que não é bem assim; Mia teve aquela pessoa que a machucou, e a fez desacreditar nesse sentimento, e aquele joguinho de uma carta derruba a outra começou a fazer sentido em sua vida. Em um momento é a pessoa que ela mais amou, em outro aquele que ela nunca imaginou quebrar sua confiança.
Podemos passar dias e dias querendo aquela pessoa que complete a gente, que só com o olhar consegue tirar respostas que a gente nunca imaginou dizer. Que só com uma palavra pode te levar a loucuras, ou apenas sentir que você não está bem ao te abraçar. Sonhamos tanto com isso e vemos que não conseguimos nosso príncipe logo de imediato, que imaginamos que tem algo de errado com nós.
Para Mia foi assim. Mas mesmo com essa turbulência ela achou o que faltava para si, o amor próprio.
É, nem ela mesma imaginou que isso a ajudaria; Foi quando ela mais precisou, aprender a se amar foi o primeiro passo para uma vida mais feliz, não tinha nada e nem ninguém que possa fazer ficar para baixo, a não ser seus dias de muita cólica, isso a deixava para baixo. Com o amor próprio aprendeu que o verdadeiro amor iria vim até ela, e que não havia nenhum defeito consigo; E compreendeu o porque a vida fez todas as dificuldades.
E no fim, cheia de amor próprio, Mia reencontrou seu grande amor, aquele que com cada singelo sorriso que nasce em seus lábios, ele é o responsável."

Aquele texto, ou redação, era sobre ela. Os pequenos detalhes colocado para a personagem Mia, entregou que era tudo que tinha passado mas a verdade o que mais me chamou atenção foi o último parágrafo, e foi então que me recordei do bilhete que recebi no Valentine's Day.
— Oi. – Ela disse ao se aproximar.
— Oi.
— Gostou?
— Estou muito impressionado, você conseguiu apresentar sem tropeçar nos próprios pés.
— Muitos anos sofrendo, aí a gente aprende. – Ela riu.
. – Começamos a andar. – Porque você não me avisou que ia voltar para New Jersey?
— Eu deixei avisado, você olhou tudo?
— Sim. – Vi ela parar alguns passos atrás de mim. – Que foi?
— Chris, você só pode está brincando né? – Neguei com a cabeça. – Meu Deus! Me segue.
Ela segurou em minha mão e me guiou até a sala dela, depois de pegarmos o elevador. Descemos no décimo quinto andar, e ao sair do elevador podia ver o nome dela na porta acompanhado com "Diretora do setor de Romance" quando entramos ela fechou a persiana que dava para ver o corredor e abriu a cortina da grande janela, na estante eu pude ver o Dingo que havia comprado para ela antes do baile de formatura.
— Eu coloquei o papel na tua carteira porque eu imaginei que seria o primeiro lugar que ele não ia sair voando.
— Não tem nada, eu usei o cartão.
— Ah, você usa mais cartão. – Ela riu. – Olha onde fica o dinheiro, apesar que eu devia imaginar.
E ela estava certa, ela tinha colocado o papel lá, e era justo o papel que eu tinha colocado mais adentro da carteira achando que era um que tinha anotado alguma coisa. O papel estava com os dois números dela e o aviso que precisava sair mais cedo e se desculpava por isso.
— Acho que temos um Sherlock Holmes aqui. – Ela gargalhou.
— Eu acho que a noite foi muito boa. – Aproxime mais dela.
— Percebesse, nem vê direito a carteira.
— O que pretende fazer depois do trabalho?
— Ir para casa, tomar um vinho quem sabe, ou até mesmo pegar alguma janta. Quer ir junto?
— Quero. – Selei nossos lábios rapidamente.


💘


insistiu que queria preparar alguma coisa para jantarmos, e depois fomos assistir um dos filmes favoritos dela, Muito bem Acompanhada, era o começo da noite ainda tínhamos muito tempo para ficar juntos e poder fazer amor mais uma vez. Depois de alguns minutos – de um bom momento em sua cama – ela se ajeitou ao meu lado e me questionou:
— Chris poderia me responder uma coisa?
— Com certeza.
— Se você sempre me amou porque nunca falou nada para mim?
— Porque você sempre deixou claro que éramos amigos, e depois do que aconteceu com sua família você perdeu a total confiança em homens, ficou longe de todos, e a última coisa que eu queria era que você se sentisse como sua mãe, obrigada a ficar em uma posição desconfortável, e eu só ajudei a piorar.
— Claro que não! Eu deixei você ir, eu olhava para você e te via feliz com a Jennifer, e todos devem ser feliz, eu podia ter lutado no começo e falando que te amo? Podia, mas se eu tivesse feito isso, eu não teria entendido a vida. – Se ajeitou. – Perceber o quanto eu devia me amar foi fundamental, te perdoei pois você não tinha culpa, perdoei meu pai, mesmo não aceitando tudo até hoje, eu cresci vi que precisava aprender mais sobre a vida para no final eu voltar para você. – Vi aqueles lindos olhos castanhos brilharem com cada palavra.
— Sou um homem de sorte então. – Sorri.
— Aí eu já não sei. – Estava tímida e com as bochechas vermelhas.
— Tem planos pro futuro? – A questionei.
— Acho que não, você tem algum?
— Passar o resto da minha vida com você.
A virei na cama e a beijei.
Sei que começou contanto essa história, a nossa história foi , mas precisei falar dos meus pontos de vista. O quão eu amo essa mulher que agora está deitada ao meu lado e damos todos os jeitos e formas para nós vermos na nossa vida corrida; Seria injusto até porque hoje sou completamente feliz e tenho a mulher dos meus sonhos ao meu lado.

Epílogo

Passou apenas seis meses, e eu já tinha conversado com minha mãe – Lisa – eu não tinha tanta certeza se estava na hora, além de saber o que ela achava em pedir a em casamento, já que nós dois se conhecíamos a anos e não pelo fato de ambos estarem com mais de trinta anos; As vezes minha mãe sabia me conformar nos momentos e em outros ela praticamente me dava a última injeção de coragem. O que toda mãe faz ao seus filhos.
Conversei com por duas longas semanas, expliquei tudo do que tinha planejado e ela me ajudou em alguns pontos, – era nessas horas que achei que teria suas desconfianças afinal ela sempre teve a fama de ariana ciumenta. Me falou principalmente de como o gosto musical dela havia mudado e a perspectiva com o romance também estava bem diferente, e que talvez ela ia gostar de algo mais reservado apenas com nós dois ou apenas com poucos amigos e familiares.


💘


Eu segui os conselhos de , e como quase sempre no final de semana ela ia para Boston resolvi pedi-la em casamento um dia antes. Arrumei de uma forma simples a nossa casa – agora ela passava mais tempo lá. Deixei alguns Lírios brancos em cima da mesa e preparei algo rápido pois eu tinha chego muito tarde do estúdio. chegou e deu primeiro atenção ao Dodger que se jogou aos seus pés, e depois veio até mim.
— Boa noite. – Me beijou. – Que cheiro bom.
— Boa noite, preparei nosso jantar, mas saiba que não é um prato muito complicado, cheguei atrasado hoje em casa.
— Não tem problema. – Ela colocou sua bolsa em cima do sofá. – Eu estou cansada, só vou tirar essa calça e já voltou, amor.
— Ok.
Jantamos logo após que ela colocou os lírios no vaso, ela falou como foi seu dia no trabalho, amava dizer o quão adorava receber as biografias de pessoas para poder avaliar e também – deixando bem ressaltado – o quão amava e adorava ler os romances, o que sempre acabava no mesmo dia, duas amostras dos futuros livros da editora. E atenciosa como sempre foi ela escutou o meu dia no estúdio; Estava bem preparado mas ao mesmo tempo não sei se ela aceitaria, ainda era cedo nosso namoro e eu não sabia se um casamento incluía nos planos dela nesse momento.
.
— Sim. – Colocou o guardanapo ao lado do prato.
— Eu passei muitas semanas pensando sobre isso, pensei em adiar ou te acordar no meio da noite e fazer essa pergunta, mas no fim sempre me perguntava se você tem o mesmo plano que eu. Não vou dizer que não será por falta de amor já que deixamos isso bem claro um ao outro. – Puxei minha cadeira para trás e ajoelhei em frente a ela. – Eu não imagino mais minha vida sem você, a verdade é que não faz mas sentindo se não tiver você. , você aceita se casar comigo?
A vi ficar paralisada quando peguei a caixinha e abri; Ela me olhava e não respondeu nada, como se ainda estivesse processando todas as palavras que eu havia dito a ela. Naquele momento achei que ela ia dizer não, e ia questionar se estava ficando louco por fazer um pedido tão cedo.
— Chris.
Foi a única palavra que ela conseguiu dizer, e logo a vi cair em lágrimas a balançar a cabeça afirmando que sim, ela queria casar comigo.


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Pov.
Passei uma semana repassando aquela linda cena do Christopher ajoelhado na minha frente depois de fazer uma bela lasanha. Acho que deixarei ele fazer a lasanha sempre, pelo menos isso ficou melhor que a minha.
Eu queria ter corrido e ir ido contar logo a e depois para Shantal mas me policiei. Esse era o pequeno probleminha de namorar um astro do cinema, mesmo eu quero eu tinha que evitar que essa informação saísse na mídia e até incluía meu anel de noivado, ele ia ficar guardado a sete chaves para nenhum paparazzi ver e tirar suas próprias conclusões, mas não ia conseguir ficar longe do anel, coloquei em uma correntinha e saia com ele, como se fosse um colar já que algum tempo andar com anel no colar ela uma moda..
Chegamos a um acordo de cerimônias durante os momentos que passávamos juntos quando chegamos exaustos – e ficávamos mais ainda – dos nossos trabalhos. Seria discreto, e tentariamos deixar isso por um grande tempo e quem sabe só avisar que casamos depois da nossa cerimônia, eu avisaria Shantal até porque eu teria que pegar alguns dias para ficar fora por conta do casamento que seria em Boston.


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No meu dia de folga, recebi a mensagem de uma Arqueóloga, Giulia, ela estaria livre e em New Jersey até domingo. E hoje era quinta. Seria o tempo perfeito para trazer minha afilhada para cá e aproveita e avisa sobre o noivado.
Eu realmente estou tão em choque que não sei o que tenho que fazer nesse exato momento. falou do outro lado da linha.
Tomara que não tenha nada no fogo. – Ri.
Não tem não, eu saí agora do trabalho, ia da partida no carro quando você contou, quanto tempo está noiva?
— Uma semana.
— Realmente isso é maravilhoso.
— E já vou deixar avisado que juntamente dos sobrinhos dele as meninas vão ser as daminhas viu.
— Claro que vão ser!
– Ríamos. – Ryan e elas podem saberem?
— Não ainda não, vamos tentar deixar isso da forma mais discreta pode ser?
— Claro, e sua mãe?
— A última vez que eu falei de algo relacionado ao Chris a mídia ficou sabendo no dia seguinte.
— 'Tá bem então, não contarei a ela nem vou mencionar.
— Muito obrigada , mas eu não liguei só para dar essa grande notícia. A arqueóloga me respondeu falou que vai ficar até domingo aqui em New Jersey, tudo bem trazer a ?
— Sem problemas, eu vou pedir pro Ryan levar ok? Você está na casa do Chris, certo?
— Certo, mas amanhã eu estou em casa cedo então pode trazer ela a vontade, ou no final de semana, você que sabe.
— Sexta a levamos, você vai comprar o vestido como?
— Sinceramente ainda não sei.
— Tenho uma ideia.
— Pode falar, mas você não tem que voltar para casa?
— Ryan se vira.
– Ela riu. – E vai ser rápido. Você vai comigo, aqui mesmo em Boston para não levantar tanta suspeita, se alguém questionar eu falo que vou renovar os votos, eu falo com o Ryan ele vai aceitar em ajudar, então no fim você escolhe o vestido, compra e fazemos o ajuste minha mãe ajuda com o ateliê dela.
— Mas preciso provar também.
— Eu sei, isso eu dou um jeito na hora, o maior objetivo é você ter o vestido.
— Concordo, agora vai logo não é o Ryan que vai ficar sem fazer as coisas, é as meninas que não vão saber lidar sem você.
— Certo, certo até amiga.
— Até, my lady.

Ajeitei a casa e fui vê o quarto de hóspedes se precisava de alguma coisa. Ele não era nada igual ao que tinha deixado para as meninas na minha casa, e eu fiquei com medo de não se acostumar com o local mesmo sabendo que ela ia amar ficar com o Dodger. Eu não podia redecorar, mas podia customizar. Fui e voltei rapidamente do meu apartamento, coloquei algumas coisas e mudei o cobertor e coloquei um tapete de raposa – o favorito das meninas, e agora era só esperar minha pequena anjinha chegar.


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— Obtive respostas da arqueóloga. – Passei a salada depois de me servir. Eu havia comentado com Christopher sobre a mesma. – Ela vai estar aqui até domingo, então a vai vim ficar comigo, algum problema?
— Claro que não amor, precisa de alguma coisa para ela?
— Acho que não. – Espetei a salada com o garfo. – Já arrumei o quarto de hóspedes para ela.
— Se precisar de algo pode comprar, não tem problema, ela se dá bem com cachorros?
— A tudo bem, vou encher a casa de doce. – Rimos. – E não, ela ama cachorros só não tem porque a não deixa.
— Dodger vai amar.
E cachorrinho latiu deitado em sua caminha e rimos, parecia que até Dodger tinha adorado a ideia de ir passar alguns dias com a gente. Terminamos de jantar e lavamos a louça juntos, eu ainda tenho expectativas que sairemos daquela cozinha sem deixar o chão molhado. De lá, deitamos na cama para ver um filme, bom eu acho que a intenção era só deixar como som de fundo já que dessa vez Dodger ficou do lado de fora do quarto.


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Sexta-feira havia chegado e junto a ela, um frio que ninguém esperava isso era um grande sinal que o inverno estava começando a se aproximar, chegou muito cedo aquele dia, já que ela ficou "perturbando" para vim logo, no meio do caminho recebi a mensagem que ela ia deixar Summer com a madrinha dela, já que ela tinha pedido a mãe.
— Oi meu docinho. – Abracei. – Estava com saudades de você meu amor.
— E eu de você madrinha. – Ela me abraçou bem apertado.
— Oi amiga, como você está? – deu um beijo na minha bochecha.
— Bem e você?
— Exausta queria esticar as pernas logo. – Deu um sorriso de alívio.
— Vem, entrem o Chris está trabalhando, não era o Ry que ia trazer a ?
— Sim, mas adivinha?
— O que?
— Papai está sem carro, quando ele ia sair comigo ele viu que o carro estava sem freio, ai mamãe trouxe.
— Nossa, ainda bem que ele viu.
— Ainda bem mesmo, ele e a mania de fazer o teste antes de sair, se não fosse por isso, só Deus sabe o que poderia ter acontecido. – disse sentando-se à mesa. Eu a servi com um café forte, do jeito que sempre gostamos.
— Nada, amiga nada.
— Ele morde? – viu Dodger brincando no quintal.
— Sim, só se fizer algo que ele não gosta, ou se chegar de uma forma inadequada. – Falei abaixando ao lado dela. – Mas eu te ajudo.
— Ai, isso vai me custar tão caro. – Ouvi falando e ri.
— Dodger vem aqui, vem. – Ele veio correndo todo bobão. – Olha bem para minha mão, você sempre, para qualquer cachorro que você receber a autorização do tutor, você deve sempre dar a mão fechada para ele cheirar. – Mostrei minha mão fechada e dei para Dodger cheirar, claro que ele não fez isso por muito tempo, ele já estava acostumado comigo. – Se você colocar a mão aberta para ele, ele pode achar que é para machucá-lo ou vai achar que ganhou cinco salsichinhas deliciosas. – gargalhou.
— Entendi, madrinha.
fez tudo certinho e logo eles já estavam brincando juntos no quintal, meu medo não foi ele morder ela, foi ela descobrir que ele gosta de brincar com os jatinhos de água, torci para que ela não pensasse em ligar a mangueira. Já eu e ficamos conversando por um longo tempo, e mostrei meu anel de noivado a ela; Ela deu pulinhos no sofá e demonstrou que estava mais empolgada do que eu, afinal ela tinha planejado meu casamento bem antes de mim.
— Ainda não tem data definida?
— Não, eu tenho que ver isso com ele, a minha agenda é mais flexível do que a dele, mas fica tranquila você vai saber de tudo viu. – Sorri.
— Ufa, eu não quero perder nenhum detalhe.
— Eu vou depois para lá, escolher o vestido, espero que essa ideia funcione.
— Ninguém vai desconfiar, agora preciso ir, obrigada pelo café.
— Por nada amiga.
— Tchau filha.
— Tchau mamãe. – Vi ela sair correndo do quintal.
— Obedece bem sua madrinha ok? – A pequena concordou. – Se precisar de algo pode me ligar, mas sei que você vai saber se virar.
— Ligo sim, não se preocupe.
Fechei a porta depois de ter levado até o portão. me olhava com aquela cara de que queria fazer bolo, igual sempre fazíamos quando ficávamos sozinhas. A fiz trocar de roupa e pedi para ela me esperar na cozinha já que ia colocar uma roupa que não teria tanta importância de sujar de chocolate. Me juntei a ela e olhei os armários antes para ter a certeza se eu não esqueci de comprar nada.
— E então, quer fazer o que hoje? – Me encostei na pia.
— Bolo de chocolate, com recheio de chocolate branco.
— E a cobertura?
— Chocolate preto!
— Certo, certo, certo vi que teremos uma overdose de chocolate hoje. – Coloquei ela sentada na bancada.
— Sim, e tem furta?
— Temos, está ali. – Vi ela pular. – Mas não vai me ajudar a quebrar os ovos não?
— Vou sim madrinha, só espera um pouquinho. – Olhava as frutas. – Ah deixa.
Eu ri e coloquei uma cadeira perto da ilha, entreguei os ovos e ela quebrou. Ela gostava de mexer todos os ingredientes e eu amava fazer bolo com ela sempre, não havia um dia que ela ia passar o final de semana comigo, que não fazíamos bolo ou outro doce de chocolate e no fim saímos com algumas manchinhas do doce.
Quando Chris chegou o bolo já tinha assado e nós duas estávamos comendo nosso segundo pedaço de bolo enquanto assistimos Ladybug. Os olhos de cresceram ao ver que era realmente Chris Evans, o Capitão América, acho que até então ela não tinha acreditado quando falou.
— Você é o Chris Evans. – Eu não aguentei e comecei a rir. Os olhinhos dela brilhavam muito. – O Capitão América.
— Sim. – Ele riu também. – E você deve ser a .
— Sou, quer bolo? Foi eu e a madrinha que fizemos.
— Quero sim, está com uma cara muito boa, mas eu já venho pegar o meu pedaço. – Ele parou do lado do sofá.
— Quer que pede algo para jantarmos? – Fui até ele e deixei assistindo desenho.
— Pode ser, vê o que ela quer, para mim vai está bom. – Me deu um beijo rapidamente.
Claro que ela ia querer Pizza, e eu também queria. Enquanto Chris amava conversar com ela,, eu fiquei os admirando os dois grandes amores. Na hora de dormir Dodger quis ficar no quarto com ela.
— Está bem? – Ele se deitou no meu lado.
— Sim, só que faz tempo que ela não dorme comigo, e aí ela quis ficar no quarto sozinha.
— Ela vai ficar bem, e qualquer coisa vai te chamar.
— Eu sei, mas faz falta, você entende.
— Crescem rápido de mais.
— É, a cresceu rápido de mais. Quando eu levar a , eu vou ver alguns vestidos de noiva, você quer alguma coisa de lá?
— Pode passar na igreja que nós íamos juntos, e não se preocupa com a agenda, amor.
— Se está dizendo. – O beijei. Só que lembrei que estava logo ali.
— A gente compensa depois. – Rimos.


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Os dias até domingo foi incrível, ela passou os dias brincando com Dodger, eu peguei o dia para ficar em casa, já que havia cancelado alguns dias de folga próprios para esse momento.
Acordei mais cedo, e preparei o café da manhã para todos nós, fiz alguns lanches e ajeitei tudo para o encontro com a arqueóloga, Chris tinha combinado de nos buscar no local, e depois íamos ao um restaurante.
A arqueóloga foi um amor, escolheu algumas peças que ela tinha encontrado e mostrou para , além de explicar tudo em palavras simples para a menina, e ela ficou olhando e admirando tudo, como se fosse o maior sonho da vida dela; Eu falo fosse pois ainda é criança e pode ser que ela mude ou não, mas não importa eu vou estar com ela para tudo.
Indo até o restaurante, não parava de comentar todos os momentos que ela gostou da conversa com a arqueóloga, estava tão empolgada quanto eu, que passou os dias com a pequena. O restaurante foi perfeito, comida mexicana – acho que ele andou olhando a lista de compra e que eu tinha esquecido de levar.


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— Vocês tomam cuidado na estrada. – Chris pediu.
— Teremos sim, eu volto logo, já deixei avisado a Shantal.
— Ok. Você viu?
Ele me entregou o nosso tablete, e lá estava a matéria e com certeza a melhor parte foi "Quem diria que um antigo amor, estaria mais tão vivo quanto o tempo longe". Eu fiquei vermelha e terminei a matéria.
— Que coisinha mais fofa essa pessoa, devia ter gente assim ontem, muito fofa, e o cuidado para não deixar a aparecer é incrível.
— Aparecer a onde? – Ela sentou junto de nós. Como sempre não tinha secado os cachinhos direito.
— Na revista online amorzinho. – Servi ela. – Quer mais?
— Não obrigada. Você vai juntos Chris?
— Infelizmente não, mas da próxima vez, eu vou junto de sua madrinha.
— Ah. – Ela fez biquinho.
— Fica assim não. – Cutuquei ela do lado. – Licença. – Me levantei da mesa. – Vou terminar de arrumar suas coisas .
Voltamos para Boston depois de um belo almoço feito por ela e Christopher. Ryan pegou a menina do carro depois de agradecer e eu ajudar com as coisas da garota. De lá fui me encontrar com no café, ela tinha tudo planejado e me mostrou anotado em sua agenda, que eu li bem em segredo caso tivesse um paparazzi por perto.
Fomos no meu carro já que ela foi de Uber até lá. No caminho contei sobre a igreja e ela também se responsabilizou caso houvesse uma pergunta. Eu nunca vi tanto vestido branco na minha vida eu estava ficando cansada já que não achava nenhum para poder usar no casamento. Isso passou a ser desanimador mesmo com .
Resolvemos fazer uma pausa, fomos a igreja marcar a data do casório. Mas bom nem tudo seriam flores naquele dia, minha mãe tinha entrado na igreja naquele momento, ela nos olhou na secretaria da igreja e veio em nossa direção, como se estivesse pronta para arrancar a verdade com uma poção.
— Oi, filha. Oi .
— Oi mãe. – A abracei.
— Oi. – Disse .
— Você vai casar é? Com aquele ator rico, não vejo a hora de contar a todos, e para a revista, nossa.
— Mãe eu não vou casar, eu vim com a ela via renovar os votos.
— Claro depois de duas filhas renovar os votos é maravilhoso. – Ela sorriu.
— Ah, que desperdício.
— Mamãe.
— Verdade, depois que falei que você namora o Capitão América, eu recebi um bom respeito.
Carter. – O padre a chamou.
— Isso é muito, bom, mas tenho que ir até.
— Até, estou lá fora preparando a feirinha de doação.
Nós entramos e eu realmente não entendia o que aconteceu com minha mãe, acho que foi um bloqueio que ela fez depois da traição, e eu até hoje insisto tanto pra que ela saia daquela casa e com tudo que eu falo e faço ela não sai de lá. Isso é deprimente.
— Então está bom essa data né? – me questionou depois de falar tudo ao padre.
— Sim está, eu converso com a Shantal.
— Seu segredo está bem guardado . – O padre falou.
— Agradeço, Padre.
Saímos de lá e eu enviei a mensagem a Christopher.
"Oi amor, achei uma única data, houve desistência do casal, para daqui duas semanas, certinho, tudo bem né, se não eu volto e desmarco."
"Está perfeito. Eu vou avisar meu assessor. Te amo, estou com saudade."
"Perfeito, vou ver o vestido. Também te amo e estou com saudade."

E voltamos a saga da busca do vestido e enquanto isso, Christopher decidiu cuidar de todos que iam cuidar das pessoas que iam organizar nosso casamento, mas sempre deixando nossos gostos bem em destaque; Depois que voltei para casa, eu conversei com eles e conseguimos manter no melhor acordo de gostos possíveis, tudo sairia perfeito. Ah o vestido, bom não achei nenhum que me agradasse então resolvi ir a Kleinfield, onde , e Summer foram juntas e lá foi onde encontrei meu vestido maravilhoso.


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Fui a Boston dias antes do casamento, fiquei na casa dele, ele ia chegar depois de alguns dias o que não me incomodei muito, e claro Dodger foi comigo.
enviou um convite falso para minha mãe, sobre o tal casamento dela, achei incrível como ela fez de tudo para o meu casamento não sair na mídia e sinceramente nunca achei que ela ia me ajudar tanto desde modo. Shantal brigou comigo, por Facetime simplesmente por esta trabalhando nos dias que eu precisava focar no casamento e me manter calma, mas como faria isso sendo que eu amava trabalhar no setor de romance?


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O grande dia chegou. Estava tão ansiosa que não lembrava de mais nada, nem dos votos que eu escrevi. Chris ficaria em casa enquanto passaria o tempo todo na casa de ; aquela manhã acordei antes do despertador o desliguei e fiquei olhando para Christopher o admirando e tentando compreender como foi que durante esses vinte anos pudéssemos ter deixado nosso amor guardadinho, eu não tinha laivos de como tudo aquilo tinha começado e também não desejava saber, não agora onde tudo parecia ser um livro no qual eu lia quando era mais jovem.
— Bom dia. – Falei ao vê-lo despertar.
— Bom dia amor. – Se virou para mim. – Vou preparar o nosso café da manhã, vou trazer para você.
— Não dá para ficar alguns minutinhos com você aqui?
— Depois do café não vejo problema algum. – Ele sorriu. Como eu amava aquele sorriso desde a adolescência.
Ele se levantou e eu segui com os olhos aquele bumbum só de boxer azul, precisei focar em coisas bonitinhas e deixar de desejá-lo nu na cama mais uma vez. Me levantei enquanto o esperava voltar e fiz minha higiene matinal; Ajeitei a cama para ele colocar a mesinha quando ele voltasse e verifiquei meus e-mails nesse meio tempo.
Chris voltou com a mesinha bem cheia, com tudo que eu gosto e ainda, aquele era nosso último café da manhã como noivos e a cada segundo que o casamento aparecia em meus pensamentos eu sentia um frio na barriga imenso, e ele parecia estar tão calmo que me surpreendeu – eu cheguei a ler em um noticiário que ele tinha ansiedade e se o casamento não estivesse fazendo isso como ele naquele dia eu acho então que o problema ainda estava em mim. Será que não estou preparada para ter o sobrenome Evans nos meus documentos?
— Tudo bem? – Ele me despertou das ideias malucas.
— Claro, eu só estava pensando no casamento. – Sorri ao ser sincera. – Estou tensa, principalmente com o vestido.
— Você vai estar linda , e está tudo certo, não precisa ficar tensa.
— Ok. – Suspirei pesado acompanhado de um sorriso.
— A vem te buscar né? – Se levantou depois de passarmos um tempo juntos.
— Vai. – Me trocava. – Porque? Já está com saudades. – Brinquei.
— Eu levaria você, não me incomodo com isso. – Ele ria.
— Não amor, ela vem até aqui, e aí vamos até a casa dela e de lá para o SPA, e vamos nós ver apenas de noite. – Senti a corpo dele encostar em mim, e seus braços me envolvendo por trás.
— É uma pena. – Beijou meu pescoço. – Tinha planos com você pela manhã.
— Concordo, mas deixa eu me arrumar.
Sentei no sofá da sala junto a ele, que fez companhia comigo até chegar; Pela demora das meninas em se arrumar e ficar com a avó materna, ela mudou de plano, fomo direto para o SPA. Com os vestidos no cabide do banco de trás junto das caixas dos saltos. Cheguei tão tensa que nem me toquei de passar meus dados para a recepcionista.
— A senhora precisa relaxar. – Disse a massagista. Sentia as mãos dela sobre meus ombros.
— Essa ai para relaxar é difícil, só em um determinando momento. – falou rindo, e pude ouvir as massagistas rirem.
— Engraçadinha, eu estou relaxada, olha minha cara. – Eu ria.
— Amiga, vai da tudo certo. – Esticou o braço e eu fiz o mesmo, segundo a mão dela. – Estou no comando de tudo, vai por mim, vai ser um sonho!
— Assim espero.
Logo após da massagem relaxante, e de passar um tempo no ofurô, subimos para os quarto que tinham no SPA para começar a nos aprontar para o meu casamento. Clary chegou depois de uma hora que estávamos no quarto, sentou-se com a gente depois de colocar seu hobby.
Com o cabelo pronto e o maquiador dando o último retoque, escutei conversando com Ryan no telefone, estava fazendo o preparativo para poder me tirar do spa sem que ninguém desconfiasse e foi ai que me questionei onde ficaria o carro de e de Clary, se ela não tivesse pedido um por aplicativo para ir até lá.
Clary foi atrás comigo e ao lado do marido. Eu sentia minhas mãos suarem e o vestido me sufocar, estava ficando tão nervosa e ansiosa que fiquei com medo de entrar na igreja; A mesma que estava ao meu lado e eu não percebi que já tinha chegado lá. Escutei Ryan falando algo para sua esposa e depois vi Clary descer do carro, era a hora e eu não sabia lidar com tudo aqui.
? , por favor, agora não é hora de pensar em um enredo.
— Não estou pensando em enredo. – Olhei para frente. – Eu estava pensando aqui, se realmente eu devo casar com ele, assim. – Me ajeitei aproximando do banco do passageiro. – Foi rápido demais, sei que nós conhecemos a anos.
— Amiga por favor. – Vi respirar tão fundo para achar as palavras certas, que até isso me deu desespero. – Vocês não estão fazendo tudo rápido, ambos ficaram longe, passaram por momentos únicos, situações que fizeram cada um crescer e além de tudo vocês voltaram, estão juntos agora, é para isso tudo acontecer, acredita, é para tudo isso acontece e principalmente esse casamento, porque se você não descer desse carro e não fazer o favor de casar com aquele homem, eu juro que faço você pagar o presente que comprei para você. – Ela riu.
— Está bem, vou sobre ameaças mesmo. – Também ria. – Está com o buquê certo?
— Estou, ah eu não consegui fazer seu pai entrar na igreja, ele se recusou por causa de sua mãe.
Então eu entendi o ar de desespero no banco da frente. Aquela altura ela já devia ter revelado para meus pais têm ia realmente casar e por fim, pediu para ele me levar ao altar, eu não respondi nada só me surpreendeu muito aquele momento porque ele não ia ignorar um momento para ter mais força com a fama de Evans, que nem escutei o que ela falava.
— Pode ser né?
— Claro.
Com a ajuda dela, ela arrumou o vestido, e ao meu lado vi o pai dela aparecer. Meu peito se aqueceu com a presença dele ali e a boa vontade de me levar ao altar.
— Espero que não se incomode.
— Claro que não. – Entrelacei nossos braços. – Não preciso dizer nada. – Sorri.
— Vamos então, já que te considero como uma filha minha.
— Pronto pai? – apareceu. – O senhor está muito lindo.
— Obrigado filha.


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Chris Evans Pov.
Eu havia repassado aquela cena milhares de vezes nos pensamentos, mas vê la entrar vestida de branco superou todas as cenas. Me segurei para não chorar naquele instante. As daminhas e os pajens estavam fofos e uma gracinha, vi nossa amiga paparicando as filhas e claro minha irmã não parava de tirar fotos de Miles e Ethan.
Passei aqueles minutos apenas gravando em meus pensamentos, eu não queria esquecer por nada, aquele brilho no olhar dela, o sorriso mais lindo, as bochechas coradas e a pontinha do nariz vermelho por segurar o choro, principalmente quando falamos nossos votos tanto na frente do padre quanto na frente dos convidados perante a festa.
Aproveitei que ficamos sozinhos depois de um bom tempo dando atenção a todos, o que foi complicado, Ryan havia dado um jeito de conseguir a chave de um dos quartos do salão de festa.
— Gostando de tudo?
— Amando. – A tinha envolvida em meus braços.
— Está do jeito que você queria?
— Tudo, e mais um pouco, obrigada por deixar eu cuidar de tudo, tentei realmente deixar bem nós dois.
— Percebi. – Sorri para ela. – Mas nada disso importa se eu não tiver você em meus braços. – Selei brevemente. – Acha que já podemos ir embora?
— Temos que cortar o bolo ainda. – falou com a voz arrastada de cansaço. – Quero tirar esses saltos logo, estão me matando.
Concordei com ela, já que a mesma tinha razão. Depois que saímos de lá dei um jeito de cortarmos o bolo mais rápido do que o previsto, já tínhamos feito nossas fotos e dançado eu não vi problema algum apressar o bolo – o primeiro pedaço foi para sem nenhuma consultoria a mim, mas não podia negar que gostei que foi para ela.
A levei para o primeiro hotel, só íamos viajar na manhã seguinte para Suíça. Os planos que eu tinha com ela, desde adolescência aconteceram depois do encontro da turma, e imaginar que eu podia ter negado aquele reencontro.
— Não tem outro lugar que eu queria estar sem ser ao seu lado. – Disse ela ao se ajeitar sobre o lençol branco. – Eu aprendi tanto com o tempo, e a única coisa que eu vi que nunca mudaria era o meu amor por você.
— Você sempre será a garota por quem eu me apaixonei na escola, meu primeiro e antigo amor.
Se um dia me perguntasse se eu faria tudo de novo por ela, eu concordaria, e tentaria não errar tanto. Não tentaria proteger de todos, sei que pode fazer isso, mas a protegeria de algumas coisas que eu fiz sentir. Entretanto, aprender com esses erros me fez ver tudo diferente, a amá-la a cada dia que passava, a cada dia dos vinte anos.


Fim.


Nota da autora: Oi, obrigada por acompanhar até o final, espero que tenham gostado!
Sei que foi muito rápido o epílogo, mas meu foco era a personagem e claro o reencontro da turma. E obrigada Snows por ser a script.
"Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo" – Alanzoka.

Vou deixar aqui os lugares onde vocês têm acesso a cada informação da Fic e também minha Página da Autora, com todas as Minhas Fanfics e informações sobre mim.





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