Capítulo Único
Hogwarts. 08:42pm, 1977. Christmas night.
No salão comunal da Sonserina, o puro-sangue inglês, Regulus Black, cantarolava entediado enquanto descansava em um dos luxuosos sofás de couro. O moreno tinha suas duas mãos repousadas no seu baixo abdômen e seus olhos permaneciam fechados. Se não fosse pela melodia que saía de sua boca; qualquer um que passasse e observasse sua serenidade, pensaria que o mesmo estivesse dormindo. Isto é, até Amélia Burke, sua melhor amiga, inundar o salão com seu cheiro, fazendo com que o garoto abrisse os olhos, observando-a. A garota usava vestes mundanas. Um vestido curto tão preto quanto à noite moldava as curvas de seu corpo, enquanto seus longos cabelos tão pretos quanto, estavam soltos em ondas e a garota calçava uma bota de veludo escuro que subia até a altura de seus joelhos. Ela estava radiante.
— Por que ainda não está vestido? — disse ela ao notar o amigo ainda deitado.
— Pela milésima vez, Lia. — o garoto estava impaciente. — Eu não vou nessa festa.
— Mas Reggie…
— Eu não vou, Amélia.
A garota franziu o cenho em insatisfação. A simples menção do seu nome a deixava irritada.
— Você sabe que eu e Sirius não nos damos bem desde quando ele escolheu sair de casa e desonrar minha família por aqueles sangues sujos.
— E o que importa? É Natal, por Merlin. — jogou-se ao seu lado no grande sofá — E além do mais, eu estarei lá. — sorriu dando um soco de leve no ombro do amigo — Você prefere passá-lo sozinho deitado nesse sofá ou comendo e bebendo ao lado da sua maravilhosa melhor amiga?
Regulus expirou fundo, usando suas mãos para, ansiosamente, desajeitar seus cabelos pretos.
— Eu não sei se é uma boa ideia, Lia. — exclamou manhoso.
Amélia sorriu de canto, sabendo internamente que estava próxima de convencer o amigo. Ela, então, levou uma de suas mãos até a cabeça do mais velho, ajeitando uma mecha do seu cabelo de volta para o lugar, alargando mais o sorriso quando o amigo fez um carinho em seu pulso.
— Eu vou estar lá, Reggie. Prometo que será divertido.
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— Afinal, aonde vai ser essa festa? — questionou Black — Se você pensa que vou entrar no salão daquela casa, está muito enganada.
— Ah, não se preocupe. Parece que o Sirius descobriu uma sala nova enquanto se esgueirava pelo castelo essa semana…
Amélia observou o amigo se encolher a menção do nome de seu irmão, receando se deveria ou não continuar.
— Ele jurou que ela era a cópia fiel de seu quarto, por um momento até pensou ser outra passagem, mas parece ser uma espécie de sala mágica que vira o que você precisa naquele momento. — explicou.
— Uh. Entendi. — murmurou.
Regulus ajeitou o penteado pela última vez em frente ao espelho. Os longos cabelos ondulados pretos entrando em contraste com seu rosto pálido.
— O que acha? — disse, virando-se para a amiga.
O Black trajava uma camisa de tecido fino azul noturno, por baixo de um paletó preto aberto que tinha nas mangas as cores branco e vermelho, acompanhado pela calça preta e sapatos sociais. O cordão fino de ouro em seu pescoço e as abotoaduras douradas acrescentavam uma elegância maior ao garoto. O cheiro de seu perfume inundava o quarto.
— Perfeito, Reggie. — suspirou sorrindo — Simplesmente perfeito.
— Então talvez agora eu esteja próximo de ficar a sua altura, Burke. — sorriu galanteador.
Amélia estendeu a mão ao amigo, que aceitou-a prontamente.
— Vamos. Não quero ser a última a chegar.
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A Sala Precisa ficava no sétimo andar, e sua entrada ficava escondida atrás de uma enorme tapeçaria de Barnabas o Maluco tentando ensinar balé aos Trolls. Para abri-la, Regulus e Amélia tiveram de passar três vezes na área onde ficava a porta, pensando naquilo que eles precisavam, até que, na terceira tentativa a porta se abriu, mostrando um lugar aconchegante e convidativo dentro.
O que não esperavam, no entanto, é que no momento em que adentrassem o local, Sirius fosse se levantar em um pulo, com uma expressão de que poderia avançar em Regulus a qualquer momento, fazendo com que o mais novo o olhasse de maneira fria e com a boca franzida, sua mão por dentro do terno, apertando a varinha pronta para tirá-la e usá-la contra o irmão que parecia querer estraçalha-lo.
— Que merda você pensa que está fazendo aqui? — Sirius protestou. — Ninguém te convidou. Vaza. E não me faça repetir.
— Eu fui convidado. — disse Regulus, indicando Amélia com a cabeça. — Acha que eu viria por conta própria pra essa porra de lugar encontrar a escória de Hogwarts? — debochou.
— Que bonitinho, está parecendo a mamãe. — Sirius falou sorrindo sarcástico e Regulus apertou o cabo da varinha com ainda mais força.
— Só um de nós pode chamá-la assim ainda, não é? E, que eu me lembre, não é você, seu traidor. — Cada palavra de Regulus fazia o punho de Sirius se fechar mais apertado. Era só o garoto inclinar o rosto um pouco e ganharia um gancho de direita do mais velho.
— Tá bom, chega por hoje, já deu. — Amelia falou. — Black, deixa ele em paz, a festa é para ser divertida, você não precisa se estressar tendo que descer ao nível desse babaca infantil.
— É, você tem razão, Burke. — Sirius concordou com a cabeça, fazendo Reggie rir.
— Não estou falando com você. — Ela soltou, antes de entrelaçar o braço no do jovem Black e sair pelo salão, deixando um Sirius puto e decepcionado para trás.
🦡🦡🦡
Sirius mantinha a taça de vinho à altura de sua boca, olhando o irmão com certa destreza, fazendo com que Regulus listasse mentalmente todas as razões pelas quais havia aceitado ser convencido pela amiga a estar ali.
— Eu nunca beijei minha melhor amiga. — disse Sky, levando seu copo a altura de sua cabeça, bebericando e piscando para , que olhava a amiga completamente paralisada enquanto suas bochechas eram preenchidas por um tom rubro.
— ? — exclamou Lily, perplexa, fazendo todos rirem.
Amélia e Regulus trocaram um olhar divertido. Flashbacks de uma noite com muitas risadas e whisky de fogo no dormitório do Black passavam por suas mentes. Ambos trocaram um sorriso e fizeram um brinde com seus copos, antes de virá-los de vez em suas bocas.
— Ahá! Eu sabia. — Vangloriou Lupin — Esse papo de que eram só amigos nunca me enganou, Lia.
— Ah, Lupin. — suspirou a garota — Não se faça de maluco. Beba logo esse copo.
— Mas o quê? — disse Regulus, confuso, virando-se para a amiga.
— Remo! — comemorou Sirius — Escondeu isso até de mim, garanhão?
Regulus alternou seu olhar de Amélia para Lupin, que agora tinha nas bochechas um tom tão rubro quanto o de , observando-o pegar o copo despejando o líquido em sua boca rapidamente.
— Ok, ok! Minha vez. — Sirius disse, parecendo pensativo. — Eu nunca fui frouxo e deixei de chamar alguém que eu gosto para sair.
Logo, novamente, Lupin arregalou os olhos e virou o copo sob o olhar atento de todos, junto com uma garota que logo Regulus conheceria como .
— É, começou a rodada para explanar? Que assim seja. Eu nunca fiquei bêbada e fiz uma tatuagem secreta. — Lily disse, lançando olhares para Sky. A loira apenas abriu a boca incrédula e soltou um riso indignado, ergueu o copo em direção a ruiva e o virou de uma só vez.
— É isso, próximo!
— Nada disso, agora quero saber dessa história! — A menina riu, recebendo uma careta da amiga como resposta.
— Eu estava andando por uma cidade trouxa em uma viagem que fiz com meus pais, fiquei bêbada em um pub que fazia tatuagens, uma coisa levou a outra e eu saí de lá com três.
— Seus pais sabem? — questionou Regulus debochado e um tanto quanto interessado, afinal, os Ruggiero eram uma família puro sangue bem conhecida na Itália e em todo o mundo bruxo. Scarlett o olhou e deu de ombros.
— Minha vida é um livro aberto, Black.
— Por que não mostra uma das tatuagens pra nós, Sky? — Sirius deu uma cotovelada leve na corvina que bebericou o líquido de sua taça.
— Elas só poderiam ser vistas se eu tirasse o vestido, não posso fazer isso.
— Ninguém aqui vai ligar de te ver seminua, amiga. — Amelia deu de ombros sorrindo, lançando um olhar significativo para Lupin que estava a beira de um colapso.
— Esse é o problema... — Sky disse sem um pingo de vergonha — Não tenho como ficar seminua se não estou usando nada por baixo.
Ela era ousada. Regulus admirava isso.
— Está se negando a responder, Ruggiero? — questionou a amiga que semicerrou os olhos.
— Vocês me fizeram mais de uma pergunta e eu respondi todas, nem vem!
— está certa, você merece um desafio. — Sirius ergueu as mãos com uma careta engraçada.
— Mas… — ela começou parecendo irritada com os protestos que endossavam o coro de Sirius cruzando os braços — O que é que vocês querem que eu faça?
— Acho que nosso amigo ali — Amelia apontou para Remo, sorrindo maliciosa — adoraria uma experimentar algo que ouvi dizer que você faz muito bem…
Regulus lançou um olhar divertido para a amiga. Sabia bem que Amélia conseguiria qualquer coisa que ela colocasse em sua mente que queria.
— O que? — bradou Lupin, assustado. — Como assim? Amélia!
— Um lap dance. — Burke completou, sorrindo cúmplice com a corvina.
— Desafio aceito. — Scarlett disse, se levantando.
Depois de muitos gritos, risadas, aplausos, zoações e um Lupin que parecia que iria gozar com um mínimo beijinho, a roda se acalmou e o jogo continuou.
— Você não precisa ficar tão tenso, Reggie. — sussurrou Amélia em seu ouvido, fazendo o moreno se arrepiar. — Beba, relaxe. Se nada der certo nessa noite, ainda teremos um ao outro. Sempre. — sorriu.
Regulus sorriu, se sentindo mais confiante e um tanto quanto debochado, pegando o copo logo em seguida e levantando-o para cima, indicando que faria parte da brincadeira.
— Eu nunca abandonei minha família. — disse dando uma piscadela em direção ao seu irmão.
— Agora já chega, seu moleque, dá a porra do fora daqui! — Sirius berrou.
— O que foi? O intuito do jogo não é esse? — Regulus falou simplesmente, fingindo superioridade ao nem olhar o irmão nos olhos.
— Pois fique sabendo que eu vou beber com prazer porque foi a melhor decisão que eu tomei em toda a minha vida! — disse levando o copo ao ar.
— Ok… — falou, claramente desconfortável. — Er, eu nunca usei óculos?
Todos encararam a menina e nem mesmo Regulus, que mal conhecia a garota, pode deixar de rir com a discrepância tão grande entre perguntas.
— Vai, Potter! Sua vez… — Ruggiero abanou na direção do garoto quando a segunda rodada chegava ao fim.
— Ok, eu… Eu nunca nadei pelado no Lago Negro. — Deu de ombros, soltando a primeira coisa que lhe veio à mente.
Scarlett gargalhou, piscando na direção de Amélia que riu da mesma forma. Regulus sorriu lembrando da amiga entrando escondida em seu dormitório apenas com uma capa cobrindo seu corpo molhado.
— Espera.. O que?
— Digamos que Ruggiero e eu temos o mesmo espírito aventureiro. — Burke murmurou bebendo seu gole de uísque.
— Certo, certo… Vamos seguir. — Sirius abanou a mão, parecendo atordoado.
Algumas rodadas se passaram revelando segredos, expressões de surpresas e memórias que para Regulus eram simplesmente indiferentes.
— Eu nunca levei um pé na bunda… — disse Tiago, ou James. Regulus honestamente não sabia do que ele gostava de ser chamado.
Sirius e Lupin riram alto com a frase do amigo.
— Deixa eu terminar, caralho! — James tentou, também rindo antes de especificar a sentença. — Eu nunca levei um pé na bunda em um namoro.
— Ainda bem que sabe que tem que especificar. — Black mais velho continuou, tentando recuperar o fôlego.
Enquanto isso, o Black mais novo, Regulus, olhava para a amiga com pesar, pegando uma de suas mãos e acariciando a dela em conforto.
Snape era um tremendo idiota por machucar alguém tão boa quanto Amélia.
— Amélia? Você? — Sirius disse, surpreso.
— Cala a boca, Sirius. — disse Regulus em tom de alerta.
— Mas você nunca namorou ninguém. Exceto… O RANHOSO? — Sirius exclamou como se aquilo fosse o maior absurdo que já tivesse ouvido.
— Estou avisando… — expirou Reggie, tentando manter a calma — Pare de perguntar.
— Deixa ele, Reggie. Não vale a pena. — Amélia interceptou o mais novo, ainda com o tom seco.
— Mas, Burke, eu não entendo… Como ele te deu um fora?! Por qual motivo? — James socou Sirius no ombro, como um sinal para que ele esquecesse o assunto.
— Isso não é da sua conta. — Ela retrucou.
Um silêncio constrangedor se fez no ambiente e Regulus sentia que poderia matar Sirius por fazer a amiga se sentir desconfortável.
— Lia… — Lily começou, hesitante. — Ele te fez uma pergunta e você não respondeu.
A morena olhou séria para a ruiva.
— E daí?
—Er… — Evans parecia com medo de dizer algo errado. — Se você não responder, você deve um desafio a Sirius.
Enquanto o rosto de Amélia se fechava lentamente com o choque, o de Regulus se enchia de ódio e, ele diria, ciúmes.
— Lia, você não precisa. É só um jogo idiota! — Regulus falava, mas ela apoiou a mão em seu ombro.
— Se todos estão seguindo as regras, eu também vou. — Ela retrucou, irritada. — O que você quer de mim, Black?
O coração de Regulus torceu. O menino media o irmão como se tentasse dizer com o olhar que, caso ele tentasse alguma gracinha, o mataria ali mesmo.
— Nada demais. — Sirius começou. — Só um beijo.
Regulus estava com uma cara furiosa e Amelia parecia a ponto de explodir. Completamente a contragosto, ela se levantou, enquanto Sirius se punha de pé em um pulo, com um sorriso sínico de orelha a orelha.
— Que fique claro, Black, que você nunca mais vai conseguir isso na sua vida. — Burke falou assertiva.
— Se você diz. — Sirius disse, sorrindo de lado, antes de puxá-la pela cintura e tomar os lábios dela para si.
A turma observava a cena um tanto quanto perplexa. A figura de Amélia beijando Sirius era algo que nenhum deles poderia imaginar, principalmente Regulus.
— É… Nada mal para um beijo indesejado, não é mesmo, Lia?
Amelia só lançou o dedo do meio enquanto sentava novamente do lado do amigo. Sirius não podia deixar de conter um sorriso no rosto.
— Eu nunca brinquei de sete minutos no paraíso. — sentenciou Lily, dando início a mais uma rodada. Todos beberam, exceto Regulus e .
— O que é isso? — Regulus questionou com uma careta.
— É uma brincadeira trouxa que… — se propôs a explicar, era nascida trouxa e claramente não havia jogado o jogo por conta de sua personalidade reclusa.
— Pff… ‘Tá explicado o por quê de eu nunca ter brincado disso. — Regulus ironizou, sendo fuzilado pelo irmão e pela melhor amiga.
— Como eu ia dizendo… — continuou entredentes, irritada por ter sido interrompida. — Duas pessoas são escolhidas para passar sete minutos sozinhas em um local fechado e escuro.
— Durante este tempo, elas fazem o que quiserem. Muitos usam este tempo para conversar de forma privada ou fazem coisas mais íntimas, como beijar ou dar uns amassos… — Amélia completou a explicação com um sorriso maldoso compartilhado com Scarlett que concluiu a ideia.
— Como as coincidências estão ao nosso favor hoje e sempre há uma primeira vez para tudo, temos um armário bem ali e apenas dois que nunca brincaram…
— O QUÊ? — berrou assustada.
— DE JEITO NENHUM! — fora a vez de Black.
— Todo mundo cumpriu os desafios, Black! — Amélia rebateu, claramente ainda ressentida pelo seu próprio. — Então nos faça o favor de parar de cu doce e entrar na porra do armário AGORA!
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Regulus estava impaciente, a ideia de ficar sete minutos dentro de um armário com uma lufana não lhe agradava nenhum pouco. O ambiente era escuro, iluminado apenas por pequenos feixes de luz que jaziam de rachaduras na antiga porta de madeira. Ao seu lado direito havia uma espécie de pequenas prateleiras com equipamentos velhos de quadribol que deixavam o lugar com um cheiro de mofo eminente.
Observando o local, Regulus pode reconhecer um quadro empoeirado e, consumido pelo tédio, pegou o mesmo, dando leves batidas com sua mão na escritura que registrava “Steve Laughalot, capitão da Sonserina no ano de 1972” embaixo de uma fotografia de um garoto branco dos cabelos negros usando as vestes de quadribol sonserinas.
Completamente absorto, o jovem Black só percebeu que não estava sozinho ali quando espirrou, fazendo-o levar sua atenção até a mesma.
— Desculpe, foi o pó. — explicou envergonhada.
Regulus apenas desviou seu olhar, sem respondê-la. Voltou para as prateleiras novamente e não tardou a se distrair por ali. Não muito tempo depois, em um súbito, sentiu uma mão lhe tocar os ombros de maneira gentil, virando-se apenas a tempo de ver a Lufana recolhendo a mesma.
— O que pensa que está fazendo? — exclamou impaciente — Não te dei permissão para tocar em mim, sua sangue-ruim.
— Eu estava apenas tirando uma aranha do seu… — começou, delicada. — Espera. O quê?
Dessa vez, o tom de rubro que cobriam suas bochechas não era de vergonha, mas sim de raiva.
— Quem pensa que é para falar assim comigo? — seu rosto se reduziu a ódio — Ora, seu prepotente de merda!
Em segundos, o ambiente parecia muito mais apertado do que o normal. Preenchido apenas pelas respirações ofegantes da lufana e do sonserino e as batidas de seus corações, ambos repletos de raiva.
— Prepotente? Você ao menos sabe com quem está falando, garota? — rosnou.
— Mas é claro que sei! — riu — Um egocêntrico que pensa que o mundo gira em torno de si mesmo mas que na verdade não tem ninguém!
Regulus pode jurar que havia desaprendido a respirar. Muito embora não fosse deixá-la saber, a frase da garota havia lhe atingido em cheio. Ele era, de fato, só. E detestava isso.
Passaram então, a observarem um ao outro profundamente durante segundos, tentando antecipar o que viria a seguir.
Se ao menos soubessem, é claro.
Regulus avançou sobre , fazendo com que seu corpo delicado se chocasse contra a parede do pequeno armário, suas bocas se tocaram com certa agressividade e o jovem Black usou de sua mão esquerda para levantar uma das pernas da garota, colando mais ainda seus corpos um ao outro. , no entanto, levou uma de suas mãos até a nuca do mesmo, enrolando seus macios cabelos ondulados em seus dedos e os puxando agressivamente, fazendo com que Black, em um instinto, mordesse os lábios da garota.
Mas não havia dor naquele momento. Apenas desejo.
— Seu… Peralvilho! — exclamou .
Black havia passado a distribuir beijos molhados pelo pescoço da garota, eventualmente chupando e mordiscando o mesmo. Ela podia sentir seu baixo ventre fervilhar com os toques do sonserino.
— Histrião! — ofendeu-o enquanto Regulus apenas ria da escolha de palavras da mais nova.
usou uma de suas mãos para acariciar o abdômen de Regulus por baixo de sua camisa, fazendo com que o garoto se arrepiasse com o choque das mãos gélidas da lufana em contato com o seu corpo, que estava mais quente do que um caldeirão em chamas, no momento.
— Tudo bem, vocês estão liberados…
De repente, todo o pequeno ambiente foi invadido por uma luz forte e vários pares de olhos curiosos recaíram sobre a cena vivenciada no mesmo.
— Wow. — exclamou Amélia, seu rosto tomando o formato de um sorriso malicioso — Resolvemos abrir antes porque ficamos com dó da , mas pelo visto ela está sendo tratada muito bem.
Regulus tinha os cabelos bagunçados e os lábios vermelhos, além do volume que tornava sua calça social mais apertada. tinha seu vestido levantado até a altura de suas coxas, a mão de Regulus deixara o local com marcas vermelhas pelos apertões.
Ambos respiravam ofegantes.
— Eu… — começou, envergonhada. — Você!
Empurrou Regulus pelo ombro, abaixando seu vestido e passando as mãos pelos cabelos, numa tentativa nervosa de ajustá-lo.
— Seu… Seu… — balançou a cabeça — Seu futre! Você se aproveitou de mim.
— Eu? — exclamou Regulus, indignado. — Foi você quem veio tocando meus ombros como quem não quer nada!
Os olhos atentos dos colegas observam a cena, meio curiosos, meio preocupados.
— Tá, tá. Já chega, gente. — disse Lily, puxando para fora do armário. — Vamos lá! Está próximo da meia-noite.
A noite seguiu com Regulus e trocando olhares discretos. Muito embora jamais fossem ousar admitir, ambos passavam em sua cabeça o momento de calor que tiveram dentro do armário.
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Andando corredor a dentro na sala precisa, Regulus viu, em um meio fio de luz, uma porta se formando na sua frente. Ao aproximar-se com cautela notou que na porta havia uma placa de identificação que dizia “Sirius''.
O garoto olhou rapidamente para os lados, certificando-se de que ninguém estava por perto e levou sua mão até a fechadura, abrindo-a e adentrando o local escuro logo em seguida.
— Lumos. — sussurrou e pode observar quando a luz amarelo-limão alcançou a ponta de sua varinha.
O quarto era espaçoso. Nele havia uma cama grande que tinha uma cabeceira esculpida em madeira escura, uma janela alta com longas cortinas de veludo e um lustre de velas, que se encontrava desligado.
Fotos enfeitiçadas pelo Feitiço Adesivo Permanente ilustravam a decoração de modo que sua família não pudesse retirá-las. O garoto deu a volta na cama, aproximando-se das imagens de motocicletas trouxas e meninas trouxas de biquíni, rindo descontraído logo em seguida.
Seu irmão sempre fora, de fato, um garanhão.
Regulus levou sua mão a uma moldura empoeirada próximo a cama de Sirius, um retrato dos quatro Marotos: ele mesmo, Aluado, Pontas e Rabicho.
— Eles são um time e tanto.
O sonserino se assustou com a voz súbita vindo por trás de si, fazendo com que o quadro escapasse de suas mãos e fosse parar ao chão, seu vidro em pedaços.
— Oh. Desculpe. — a garota abaixou-se, ajudando-o. — Eu não quis te assustar.
Regulus, entretanto, apenas concentrou-se em observar os pedaços da moldura quebrada ao chão. Odiaria olhar para a garota e pensar que, por alguma fração de segundos, ela poderia ver a fragilidade em seu olhar.
Sentia falta de seu irmão.
A amizade, ou melhor, a família que ele havia criado com seus companheiros de casa havia ultrapassado o sangue. Eram leais uns aos outros e, muito embora tivessem suas próprias dificuldades, não pensavam duas vezes antes de arriscar a si mesmo pelos amigos.
Amigos. Não eram amigos.
Já eram irmãos. Irmãos de alma. E Regulus já não fazia parte disso e isso o matava.
— Reparo!
Os cacos se juntaram, um a um, trazendo o quadro de volta à sua forma original, como se nada tivesse acontecido.
— Você sabe que não precisa fazer isso, né? — disse . — Digo, este não é o quarto dele de verdade. Ele não saberia que o quebrou.
O garoto, colocando o quadro de volta à parede, sacudiu os ombros.
— Não mudaria o fato de que eu o fiz. — virou-se a ela — E além disso, por mais chocante que isso possa ser pra você: vandalizar a cópia fiel do quarto do meu irmão não é exatamente minha forma preferida de passar o tempo.
A garota passou a mão pelos braços, ansiosa. Havia, de fato, julgado o garoto desde o momento em que o viu pela primeira vez.
— Desculpe, eu não costumo ser assim tão intrometida mas é que você… não sei. Tem algo que me deixa intrigada.
— Da última vez que você resolveu se levar pela curiosidade, terminou me chamando de aproveitador de jovens indefesas.
A garota riu.
— Me desculpe por aquilo.
— Mas afinal, o que é que foi aquilo? Histrião? — perguntou confuso.
— Histrião é alguém que…
— ! — disse rindo — Eu sei o que significa.
A garota tomou um tom de rubro em suas bochechas. Ela sabia exatamente o que ele queria dizer, mas estava envergonhada demais para falar abertamente sobre o que havia experienciado no armário de equipamentos mais cedo naquela noite.
— Eu quis dizer, tipo, por que agiu daquela maneira? Não é como se eu tivesse te forçado a nada.
— Eu sei. — sussurrou envergonhada — É só que… honestamente, aquela não sou eu. E eu não queria que pensassem que eu sou uma qualquer que sai se atracando com o primeiro garoto atraente que vê pelos armários.
— Não pensei que fosse. — sorriu. — Mas vou me lembrar de sempre entrar em um armário junto com você.
A garota deu-lhe um tapa no ombro, fazendo com que o garoto fizesse uma cara de choque e ela de arrependimento, feições essas, logo sendo desmanchada pelas gargalhadas dos dois.
— Sabe, você não é como eu imaginava. — confessou — Me desculpa pelas coisas que eu disse mais cedo.
— Não tem porque se desculpar, você estava certa. — suspirou, encolhendo o rosto dentre as mãos — Na minha família somos moldados a sermos os melhores, a mantermos nossa linhagem pura, custe o que custar. Crescemos aprendendo que ser um Black é ser elite e não há como fugir disso e honestamente? Nem acho que alguém quisesse, bom, isso é...
— Até o Sirius. — completou a menina.
— Ele é tão corajoso. — confessou — Não tem medo de lutar pelo que acredita e pelas pessoas que ele ama. Lutou até o fim! — exclamou — Se deserdou de nossa família pelos seus ideais e parece muito bem com isso.
Regulus subiu seu olhar para o quadro dos marotos, observando a figura bruxa de seu irmão acenando com uma taça de vinho em forma de brinde. Um sorriso tomou-lhe conta dos lábios.
— Eu tenho orgulho dele.
— Por que não diz isso a ele?
Regulus balançou a cabeça, passando a mão sobre suas calças de maneira ansiosa.
— Não seria justo. Não estou pronto para sair de casa e não me perdoaria se Sirius se sentisse coagido a voltar para lá apenas por mim.
, involuntariamente, repousou uma de suas mãos sob a de Regulus, fazendo com que o garoto a olhasse novamente. Ela esperava que ele fosse ofendê-la, mascarando mais uma vez seus sentimentos, mas tudo que o garoto fez foi entrelaçar seus dedos nos dela, carregando em seu rosto um sorriso e olhar de agradecimento.
— Eu acho que você deveria dizer tudo isso pra ele. — encorajou — Você pode se surpreender com o que aconteceria.
Regulus observava ela atentamente, o sorriso ainda em seu rosto.
— É… quem sabe.
— O que foi? — indagou. — Você não para de me olhar.
— Tem uma coisa no seu… — apontou com o dedo para o canto da boca da garota.
passou sua mão, tentando se limpar, porém, não o fez.
— Saiu? — disse esfregando as bochechas.
— Não — riu — Posso?
A garota apenas acenou com a cabeça, mais uma vez envergonhada frente ao sonserino. Reggie levantou sua mão, levando-a lentamente até a ponta dos lábios de , onde usou de seu polegar para tirar o que deduziu ser chocolate, levando o dedão até sua própria boca em seguida.
— Sapos de chocolate. Meu favorito. — disse Reggie.
sorriu, sentindo uma leve formigação no local onde o garoto havia tocado. A garota enfiou uma de suas mãos em seu bolso, tirando uma caixinha de sapos de chocolate de dentro do mesmo e entregando ao sonserino.
— Podemos dividir. — sorriu.
Reggie retribuiu o sorriso, pegando a caixa ansiosamente das mãos da lufana e a abrindo, segurando o sapo e o dividindo ao meio antes que saltasse.
— Morgana le Fay. — pegou a figurinha, observando-a — Devo ter centenas dessa. Obrigada, . — levantou seu olhar a garota, logo em seguida rindo. — Você se sujou novamente.
— Não acredito! — exclamou. — Onde?
Sua mão esquerda foi até o rosto da garota, ajeitando uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha e, logo em seguida, fazendo um singelo carinho na maçã de seu rosto.
— Bem aqui. — Regulus pegou a mais nova de surpresa ao beijá-la.
Dessa vez, o beijo era sem urgência. Era com desejo, sim. Mas um desejo um tanto quanto... carinhoso? Seus lábios tocavam um ao outro de forma aveludada, suas línguas brincavam entre si.
Regulus, aos poucos, foi deitando na espaçosa cama, ainda sem separar seus lábios do dela. Mantiveram-se ali trocando carícias durante um longo tempo, apenas aproveitando a companhia um do outro.
— Reggie… — suplicou .
— Eu sei. — olhou-a com carinho — Posso parar se você quiser.
— Não quero.
Regulus sorriu enquanto uma de suas mãos traçava um carinho gentil na maçã do rosto da garota, logo tomando seus lábios para si mais uma vez.
Aos poucos, o beijo foi ganhando a intensidade que o momento exigia. Vez ou outra, faltavam-lhe o ar e eles cortavam o beijo se olhando de uma maneira um tanto quanto apaixonada.
Numa dessas vezes, Regulus passou a distribuir beijos quentes pela garota. Começou pelo canto de sua boca, depositando-te o famoso beijo meia lua, em seguida, deixou um pelo seu queixo. Logo após, trilhou seu caminho para a parte de trás da orelha, onde investiu as carícias com seus lábios e língua por toda a extensão do pescoço.
podia sentir seu corpo entrando em chamas com os toques que recebia. Imediatamente, levou sua mão até os cabelos encaracolados de Regulus, puxando-os para baixo a fim de intensificar as sensações.
— Está tudo bem? — perguntou Reggie, causando um suspiro de frustração da mais nova ao vê-lo parar. — Eu posso mesmo parar se você não estiver confortável.
— Por favor, não o faça. — suplicou e o garoto sorriu assentindo, voltando ao seu pescoço.
não era daquela maneira. Sempre esperou pela pessoa certa para aquele momento e nunca imaginaria que essa pessoa seria um Sonserino que havia acabado de conhecer. Mas algo entre ela e Regulus parecia certo para a garota, ela jamais sentira tanta familiaridade e confiança em alguém antes, ainda mais em tão pouco tempo.
Involuntariamente, abriu suas pernas de modo que Regulus pudesse se encaixar dentre elas. O garoto, então, aproveitou a proximidade para pedir permissão com o olhar para desabotoar a camisa da mais nova, que não exitou em concordar com a cabeça.
Esse, por sua vez, levou sua mão direita até o primeiro botão da camisa da garota, abrindo lentamente enquanto mantinha seu olhar completamente penetrado no dela, tentando passar a confiança que ela merecia. Logo em seguida, abriu mais dois botões, dando-lhe um sorriso ao ver as bochechas da garota corarem e, por fim, terminou de abrir os botões restantes, ainda sem manter contato visual com o que havia embaixo do pano.
— Você é perfeita. — sussurou.
— Mas você nem… — foi interrompida.
— Não preciso olhar o seu físico pra dizer isso. — deu-lhe um selinho enquanto sua mão afagou o cabelo da garota.
usava um sutiã de renda preto que entrava em contraste com sua pele, fazendo-a parecer ainda mais convidativa aos olhos de Regulus, que não demorou muito a se livrar também da saia da garota, deixando-a somente com sua lingerie preta.
Regulus, por sua vez, começou uma trilha de beijos da altura de seus ombros até seus seios, olhando-a após cada centímetro ser coberto por seus lábios. A garota sentia cada parte do corpo queimando com seus toques.
O garoto olhou-a mais uma vez pedindo permissão com os olhos e sorriu aliviado quando ela balançou a cabeça assentindo e, então, usou suas mãos para rapidamente se livrar do sutiã da garota, ficando com seu rosto exposto frente aos seios fartos da mesma.
Ele pode, imediatamente, sentir suas calças ficarem mais apertadas naquele momento.
— Eu sou mesmo seu primeiro? — sussurou mais pra si mesmo do que para ela.
— Sim. Eu nunca… — corou — Bom, eu nunca… Eu só nunca cheguei até aqui. — sussurou — Desculpe, não sei bem o que fazer.
Regulus já tinha se envolvido com algumas garotas, mas o fato era que estava na sua frente, completamente nua e, naquele momento, ele tinha certeza de que ela era a garota mais linda que ele já havia visto e isso o fazia se sentir completamente despreparado.
— Não se preocupe — sussurrou olhando-a com veemência — Iremos aprender um com o outro.
Regulus, então, voltou sua atenção aos seios de , lambendo um deles devagar, fazendo com que a garota suspirasse com o contato e, com sua outra mão, acariciou o outro lentamente, aplicando leve pressão no bico entre seus dedos.
Ela era simplesmente adorável.
Regulus, então, alternou o contato, levando sua boca ao outro seio da garota e, consequentemente, sua mão ao outro. Dessa vez, ele o chupava saboreando, como se o bico da garota tivesse o gosto de sua comida favorita no mundo. já havia passado de suspiros para leves gemidos. As pernas da garota tentavam se fechar ao redor do mais velho, e ele adorava isso.
O Sonserino cortou o contato, rindo ao ver a expressão de frustração tomar conta da lufana. O que não durou muito, já que, o mesmo começou a trilhar seus beijos até a altura de sua calcinha, fazendo-a perder todo o ar com a ideia do que poderia vir a seguir.
— Você quer? — Regulus sussurrou sobre a pele da garota.
— O-o quê? — gaguejou, sua garganta seca pelo nervosismo.
— Diga-me, . — levantou seu olhar para cima — Você quer deixar seu gosto em minha boca?
suou frio. Cada pelo presente em seu corpo se arrepiou naquele momento. A ideia da boca de Reggie na sua intimidade a deixava ansiosa.
— Sim. — suspirou, deixando a confiança entrar em seu corpo — Sim, eu quero.
Ele abriu as pernas dela mais ainda, mordiscando a parte interior da sua coxa logo em seguida, apenas centímetros de distância de onde ele e ela gostariam que estivesse. Reggie, então, deixou um beijo molhado em cima do local que mordeu e, com a ponta da língua, foi trilhando um caminho até a intimidade da garota, ainda vestida.
— Eu consigo sentir você quentinha antes mesmo de tocar. — grunhiu, depositando um beijo demorado por cima calcinha.
— Reggie, por favor. — soltou , em forma de gemido, fazendo-o sorrir de satisfação.
O garoto, então, apoiou suas mãos uma em cada lado da garota, deslizando sua calcinha para baixo lentamente até se ver livre dela por completo.
não sabia se deveria concentrar-se no prazer proporcionado por sua boca, na sua língua a estimulando, nas mordidas dele em seu clítoris ou simplesmente em seu dedo rodando dentro dela, a entocando. O misto de sensações causadas pelo mais velho estavam fazendo com que ela beirasse a loucura, ou talvez, ao orgasmo.
— Reggie… para.
O garoto investiu mais pressão em sua língua, fazendo-a gemer alto e, fazendo seu membro explodir de tesão quando sentiu a vagina da garota se contraindo em sua boca.
Ela estava próxima. Ele sabia. E ele parou.
— Mas que porra. — bravejou , tomada pelo ódio. — Por que foi que você fez isso?
Reggie simplesmente riu. Jamais pensaria em ver a garota daquela forma, ainda mais sabendo que por causa dele.
— Isso foi tudo uma piada pra você? É isso? Porque se for, eu juro, não tem graça nenhuma! — ela berrava.
estava tão tomada pelo ódio, tesão e vergonha que não conseguiu enxergar que, na verdade, naquela altura, Regulus já não tinha mais nenhuma de suas roupas.
— Você é um puto. Como pode fazer isso comigo… — ela dizia de olhos fechados, pressionando os mesmos como se isso fosse controlar sua raiva. — Eu estava aqui pronta pra…
— .
— Me render e você…
— !
— Simplesmente…
— ! — exclamou, fazendo com que ela abrisse os olhos assustada — Cala a boca e deixa eu te foder.
engasgou na sua própria saliva, não tendo muito tempo de se concentrar nisso, já que, logo em seguida, Regulus invadiu sua intimidade, gemendo alto quando a vagina da garota se contorceu, apertando-se ao redor do seu membro.
— Porra. — suspirou — Tão gostosa, tão apertada.
— Reggie. — chamou-o.
Regulus abriu os olhos, que se mantinham pressionados até então e olhou para a garota, que tinha uma expressão de dor.
— Ah, merda. Me desculpa, meu Deus. — o pânico tomou conta de si. — Eu não queria te machucar, me perdoa. Eu vou parar.
— Não! — implorou — Não para.
— Como não? Está te machucando, não está? Eu fui um babaca. — balançou a cabeça — O que você quer que eu faça?
— Não para. — disse — Só me ajuda a me… acostumar.
O garoto assentiu, retirando seu membro lentamente e, logo em seguida, o introduzindo da mesma maneira.
— Vou ficar um pouco parado até você se acostumar, tudo bem?
concordou, levemente corada. Reggie levou uma de suas mãos até sua bochecha e lá depositou um carinho e aproveitou o momento para deixar um selinho nos lábios da garota. Em seguida, entrou e saiu de novo, lentamente, e assim continuou fazendo por diversos minutos, depositando um beijo carinhoso nos lábios da garota em todas as vezes.
Não muito tempo depois, Regulus foi aumentando o ritmo, levando como consentimento os suspiros de prazer que a parceira soltava.
Seus corpos eram um só, suas batidas estavam sincronizadas e, seus gemidos, juntos formavam a mais bela das melodias.
Reggie estocava com gosto, sentindo seu interior pulsar em tesão cada vez que a garota puxava seus cachos ou gemia seu nome. Jamais pensaria que poderia se sentir daquela maneira, tão… completo. Suas mãos passeavam pelas curvas da garota, deixando apertos e marcas que a lembrariam durante muitos dias daquelas sensações maravilhosas. Seus seios acompanhavam o ritmo das estocadas.
— , eu vou…
— E-eu também. — disse entre gemidos.
E, assim, o prazer de ambos derramou-se sobre a cama. Não sendo este o motivo para parar por ali, afinal...
Eles tinham todo o tempo do mundo. E o mundo todo era deles.
🦡🦡🦡
Na manhã seguinte, Regulus despertou com um fino e delicado braço em volta de si. A cabeça de em seu peito fazia com que o garoto tivesse vontade de jogar todos os seus planos fora, já que, a simples ideia de se mexer e despertá-la da maneira angelical na qual ela dormia, fazia com que seu coração apertasse.
Entretanto, sabia que suas intenções eram boas e depois da noite maravilhosa que tiveram, gostaria que a manhã fosse ainda à altura, então, delicadamente, substituiu seu peito por um travesseiro e se vestiu, saindo do quarto em silêncio.
Ao adentrar a grande sala, pode perceber que a mesma estava completamente diferente da noite anterior. Dessa vez, uma grande mesa repleta das mais diversas comidas e sobremesas se encontrava no centro e, ao canto do local, havia uma enorme árvore de natal com presentes embaixo. Ao seu lado, uma lareira começava a queimar a lenha, deixando o ambiente aquecido e em cima da mesma haviam 8 meias, cada qual identificada por um nome e o brasão de sua casa.
— O que achou, meu senhor? — disse Monstro, aparecendo de supetão.
— Está ótimo, Monstro. — sorriu — Bom trabalho.
— Monstro não queria servir traidores de sangue mas seu mestre Regulus o obrigou, então Monstro fez o seu melhor.
Reggie estava prestes a falar quando notou a feição de Monstro se tornar mais fechada, fazendo com o que garoto virasse para trás e visse a figura de seu irmão atrás de si.
— Muito obrigado, monstro. Você está dispensado.
O elfo doméstico grunhiu uma última vez antes de desaparecer no ar. Regulus lançou um olhar incerto para o irmão, que encarava o lugar silenciosamente.
— O que é tudo isso? — questionou com cautela.
— Eu só queria fazer uma coisa legal para agradecer por terem me recebido ontem. Acabou por ser uma das minhas melhores noites em Hogwarts.
Sirius observou o irmão por alguns segundos, parte de si questionava se o mesmo estaria sendo sincero. Outra, sabia que sim.
— Fico feliz que tenha vindo. — confessou, por fim.
— Sirius, eu sinto muito.
— Eu sei.
A serenidade no olhar de Sirius era um tanto quanto irritante.
— Como?
— Eu abandonei os ideais de nossa família, Reggie. E não a você. Tenho te observado todos esses anos.
— Mas como você… — Reggie estava perplexo — Impossível.
— Digamos que há coisas sobre mim que a nossa família não saiba, Reggie. Mas eu estava lá. Sempre estive. E acho que de certa forma você sentia isso, afinal, eu jurei ter visto a porta do meu quarto no final do corredor enquanto caminhava até aqui.
— Queria ser forte como você.
— Você é. Não deixe que eles roubem sua essência. Você é uma pessoa boa, Regulus.
O silêncio reinou. A saudade de dois irmãos inundava a sala naquele momento. Não havia muito que precisava ser dito; seus olhares entregavam significados que nenhuma palavra conseguiria descrever.
Regulus avançou sobre o irmão, dando-lhe um abraço apertado que logo fora retribuído.
— Senti sua falta, irmão.
As palavras atingiram o peito de Sirius como uma onda de calor. A forma com a qual havia sido deserdado de sua família fazia-o se sentir inseguro às vezes e ouvir aquilo vindo de seu irmão mais novo o fazia se sentir em paz.
— Agora, vamos chamar o pessoal para tomar café porque estou cheio de fome. — começou Sirius acariciando sua barriga.
Logo, todos exceto Lupin e Sky estavam sentados sob a grandiosa mesa se servindo das mais deliciosas comidas. trocava sorrisos bobos com o Regulus, que prontamente os retribuía e, sem perceber, recebia um olhar de aprovação do irmão que observava o casal discretamente.
— Noite feliz, ein. — comentou Lupin, chegando à mesa — Nem voltaram para o dormitório.
Regulus observou o olhar do grifinório se perder entre Sky, que caminhava até as garotas que conversavam sob a lareira e acabou por se pegar observando também.
— Pelo jeito nem a Sky saiu de lá né… — rebateu James, iniciando uma onda de risadas entre os garotos.
— Ainda precisa de café depois de uma noite inteira tomando chá, meu amigo? — questionou Sirius fazendo com que Remo entrasse na crise de riso.
Pela primeira vez em algum tempo, Regulus se sentia em paz. Estar bem com seu irmão, compartilhando de uma refeição e risadas com ele e seus amigos parecia simplesmente certo.
Naquele momento, era grato a Amélia por tê-lo convencido a estar ali na noite anterior.
— Já reaprendeu a falar depois de ser cachorrinho da Amélia a noite toda, Black? — Lupin retorquiu para o Black mais velho, que parou de rir imediatamente, ao contrário de Regulus, que ria discretamente da cara do irmão e James, que tinha o rosto completamente vermelho de tanto rir.
— Tá rindo do que, Pontas? De apanhar pra mulher bonita você entende né… E você deveria me agradecer, Aluado. Todos tivemos uma noite memorável que foi organizada por quem, mesmo? — Sirius mantinha um sorriso convencido.
— Bom… — começou Regulus, fazendo com que todos o olhassem surpreso por estar falando — Independentemente do que tenha nos trazido até aqui, de uma coisa eu sei…
Passou, então, seu olhar sobre cada um presente naquela sala, sorrindo ainda mais quando repousou sobre e Sirius e lembrou-se de todos os acontecimentos recentes.
— Essa sempre será Uma Noite Para Se Recordar.
No salão comunal da Sonserina, o puro-sangue inglês, Regulus Black, cantarolava entediado enquanto descansava em um dos luxuosos sofás de couro. O moreno tinha suas duas mãos repousadas no seu baixo abdômen e seus olhos permaneciam fechados. Se não fosse pela melodia que saía de sua boca; qualquer um que passasse e observasse sua serenidade, pensaria que o mesmo estivesse dormindo. Isto é, até Amélia Burke, sua melhor amiga, inundar o salão com seu cheiro, fazendo com que o garoto abrisse os olhos, observando-a. A garota usava vestes mundanas. Um vestido curto tão preto quanto à noite moldava as curvas de seu corpo, enquanto seus longos cabelos tão pretos quanto, estavam soltos em ondas e a garota calçava uma bota de veludo escuro que subia até a altura de seus joelhos. Ela estava radiante.
— Por que ainda não está vestido? — disse ela ao notar o amigo ainda deitado.
— Pela milésima vez, Lia. — o garoto estava impaciente. — Eu não vou nessa festa.
— Mas Reggie…
— Eu não vou, Amélia.
A garota franziu o cenho em insatisfação. A simples menção do seu nome a deixava irritada.
— Você sabe que eu e Sirius não nos damos bem desde quando ele escolheu sair de casa e desonrar minha família por aqueles sangues sujos.
— E o que importa? É Natal, por Merlin. — jogou-se ao seu lado no grande sofá — E além do mais, eu estarei lá. — sorriu dando um soco de leve no ombro do amigo — Você prefere passá-lo sozinho deitado nesse sofá ou comendo e bebendo ao lado da sua maravilhosa melhor amiga?
Regulus expirou fundo, usando suas mãos para, ansiosamente, desajeitar seus cabelos pretos.
— Eu não sei se é uma boa ideia, Lia. — exclamou manhoso.
Amélia sorriu de canto, sabendo internamente que estava próxima de convencer o amigo. Ela, então, levou uma de suas mãos até a cabeça do mais velho, ajeitando uma mecha do seu cabelo de volta para o lugar, alargando mais o sorriso quando o amigo fez um carinho em seu pulso.
— Eu vou estar lá, Reggie. Prometo que será divertido.
— Afinal, aonde vai ser essa festa? — questionou Black — Se você pensa que vou entrar no salão daquela casa, está muito enganada.
— Ah, não se preocupe. Parece que o Sirius descobriu uma sala nova enquanto se esgueirava pelo castelo essa semana…
Amélia observou o amigo se encolher a menção do nome de seu irmão, receando se deveria ou não continuar.
— Ele jurou que ela era a cópia fiel de seu quarto, por um momento até pensou ser outra passagem, mas parece ser uma espécie de sala mágica que vira o que você precisa naquele momento. — explicou.
— Uh. Entendi. — murmurou.
Regulus ajeitou o penteado pela última vez em frente ao espelho. Os longos cabelos ondulados pretos entrando em contraste com seu rosto pálido.
— O que acha? — disse, virando-se para a amiga.
O Black trajava uma camisa de tecido fino azul noturno, por baixo de um paletó preto aberto que tinha nas mangas as cores branco e vermelho, acompanhado pela calça preta e sapatos sociais. O cordão fino de ouro em seu pescoço e as abotoaduras douradas acrescentavam uma elegância maior ao garoto. O cheiro de seu perfume inundava o quarto.
— Perfeito, Reggie. — suspirou sorrindo — Simplesmente perfeito.
— Então talvez agora eu esteja próximo de ficar a sua altura, Burke. — sorriu galanteador.
Amélia estendeu a mão ao amigo, que aceitou-a prontamente.
— Vamos. Não quero ser a última a chegar.
A Sala Precisa ficava no sétimo andar, e sua entrada ficava escondida atrás de uma enorme tapeçaria de Barnabas o Maluco tentando ensinar balé aos Trolls. Para abri-la, Regulus e Amélia tiveram de passar três vezes na área onde ficava a porta, pensando naquilo que eles precisavam, até que, na terceira tentativa a porta se abriu, mostrando um lugar aconchegante e convidativo dentro.
O que não esperavam, no entanto, é que no momento em que adentrassem o local, Sirius fosse se levantar em um pulo, com uma expressão de que poderia avançar em Regulus a qualquer momento, fazendo com que o mais novo o olhasse de maneira fria e com a boca franzida, sua mão por dentro do terno, apertando a varinha pronta para tirá-la e usá-la contra o irmão que parecia querer estraçalha-lo.
— Que merda você pensa que está fazendo aqui? — Sirius protestou. — Ninguém te convidou. Vaza. E não me faça repetir.
— Eu fui convidado. — disse Regulus, indicando Amélia com a cabeça. — Acha que eu viria por conta própria pra essa porra de lugar encontrar a escória de Hogwarts? — debochou.
— Que bonitinho, está parecendo a mamãe. — Sirius falou sorrindo sarcástico e Regulus apertou o cabo da varinha com ainda mais força.
— Só um de nós pode chamá-la assim ainda, não é? E, que eu me lembre, não é você, seu traidor. — Cada palavra de Regulus fazia o punho de Sirius se fechar mais apertado. Era só o garoto inclinar o rosto um pouco e ganharia um gancho de direita do mais velho.
— Tá bom, chega por hoje, já deu. — Amelia falou. — Black, deixa ele em paz, a festa é para ser divertida, você não precisa se estressar tendo que descer ao nível desse babaca infantil.
— É, você tem razão, Burke. — Sirius concordou com a cabeça, fazendo Reggie rir.
— Não estou falando com você. — Ela soltou, antes de entrelaçar o braço no do jovem Black e sair pelo salão, deixando um Sirius puto e decepcionado para trás.
Sirius mantinha a taça de vinho à altura de sua boca, olhando o irmão com certa destreza, fazendo com que Regulus listasse mentalmente todas as razões pelas quais havia aceitado ser convencido pela amiga a estar ali.
— Eu nunca beijei minha melhor amiga. — disse Sky, levando seu copo a altura de sua cabeça, bebericando e piscando para , que olhava a amiga completamente paralisada enquanto suas bochechas eram preenchidas por um tom rubro.
— ? — exclamou Lily, perplexa, fazendo todos rirem.
Amélia e Regulus trocaram um olhar divertido. Flashbacks de uma noite com muitas risadas e whisky de fogo no dormitório do Black passavam por suas mentes. Ambos trocaram um sorriso e fizeram um brinde com seus copos, antes de virá-los de vez em suas bocas.
— Ahá! Eu sabia. — Vangloriou Lupin — Esse papo de que eram só amigos nunca me enganou, Lia.
— Ah, Lupin. — suspirou a garota — Não se faça de maluco. Beba logo esse copo.
— Mas o quê? — disse Regulus, confuso, virando-se para a amiga.
— Remo! — comemorou Sirius — Escondeu isso até de mim, garanhão?
Regulus alternou seu olhar de Amélia para Lupin, que agora tinha nas bochechas um tom tão rubro quanto o de , observando-o pegar o copo despejando o líquido em sua boca rapidamente.
— Ok, ok! Minha vez. — Sirius disse, parecendo pensativo. — Eu nunca fui frouxo e deixei de chamar alguém que eu gosto para sair.
Logo, novamente, Lupin arregalou os olhos e virou o copo sob o olhar atento de todos, junto com uma garota que logo Regulus conheceria como .
— É, começou a rodada para explanar? Que assim seja. Eu nunca fiquei bêbada e fiz uma tatuagem secreta. — Lily disse, lançando olhares para Sky. A loira apenas abriu a boca incrédula e soltou um riso indignado, ergueu o copo em direção a ruiva e o virou de uma só vez.
— É isso, próximo!
— Nada disso, agora quero saber dessa história! — A menina riu, recebendo uma careta da amiga como resposta.
— Eu estava andando por uma cidade trouxa em uma viagem que fiz com meus pais, fiquei bêbada em um pub que fazia tatuagens, uma coisa levou a outra e eu saí de lá com três.
— Seus pais sabem? — questionou Regulus debochado e um tanto quanto interessado, afinal, os Ruggiero eram uma família puro sangue bem conhecida na Itália e em todo o mundo bruxo. Scarlett o olhou e deu de ombros.
— Minha vida é um livro aberto, Black.
— Por que não mostra uma das tatuagens pra nós, Sky? — Sirius deu uma cotovelada leve na corvina que bebericou o líquido de sua taça.
— Elas só poderiam ser vistas se eu tirasse o vestido, não posso fazer isso.
— Ninguém aqui vai ligar de te ver seminua, amiga. — Amelia deu de ombros sorrindo, lançando um olhar significativo para Lupin que estava a beira de um colapso.
— Esse é o problema... — Sky disse sem um pingo de vergonha — Não tenho como ficar seminua se não estou usando nada por baixo.
Ela era ousada. Regulus admirava isso.
— Está se negando a responder, Ruggiero? — questionou a amiga que semicerrou os olhos.
— Vocês me fizeram mais de uma pergunta e eu respondi todas, nem vem!
— está certa, você merece um desafio. — Sirius ergueu as mãos com uma careta engraçada.
— Mas… — ela começou parecendo irritada com os protestos que endossavam o coro de Sirius cruzando os braços — O que é que vocês querem que eu faça?
— Acho que nosso amigo ali — Amelia apontou para Remo, sorrindo maliciosa — adoraria uma experimentar algo que ouvi dizer que você faz muito bem…
Regulus lançou um olhar divertido para a amiga. Sabia bem que Amélia conseguiria qualquer coisa que ela colocasse em sua mente que queria.
— O que? — bradou Lupin, assustado. — Como assim? Amélia!
— Um lap dance. — Burke completou, sorrindo cúmplice com a corvina.
— Desafio aceito. — Scarlett disse, se levantando.
Depois de muitos gritos, risadas, aplausos, zoações e um Lupin que parecia que iria gozar com um mínimo beijinho, a roda se acalmou e o jogo continuou.
— Você não precisa ficar tão tenso, Reggie. — sussurrou Amélia em seu ouvido, fazendo o moreno se arrepiar. — Beba, relaxe. Se nada der certo nessa noite, ainda teremos um ao outro. Sempre. — sorriu.
Regulus sorriu, se sentindo mais confiante e um tanto quanto debochado, pegando o copo logo em seguida e levantando-o para cima, indicando que faria parte da brincadeira.
— Eu nunca abandonei minha família. — disse dando uma piscadela em direção ao seu irmão.
— Agora já chega, seu moleque, dá a porra do fora daqui! — Sirius berrou.
— O que foi? O intuito do jogo não é esse? — Regulus falou simplesmente, fingindo superioridade ao nem olhar o irmão nos olhos.
— Pois fique sabendo que eu vou beber com prazer porque foi a melhor decisão que eu tomei em toda a minha vida! — disse levando o copo ao ar.
— Ok… — falou, claramente desconfortável. — Er, eu nunca usei óculos?
Todos encararam a menina e nem mesmo Regulus, que mal conhecia a garota, pode deixar de rir com a discrepância tão grande entre perguntas.
— Vai, Potter! Sua vez… — Ruggiero abanou na direção do garoto quando a segunda rodada chegava ao fim.
— Ok, eu… Eu nunca nadei pelado no Lago Negro. — Deu de ombros, soltando a primeira coisa que lhe veio à mente.
Scarlett gargalhou, piscando na direção de Amélia que riu da mesma forma. Regulus sorriu lembrando da amiga entrando escondida em seu dormitório apenas com uma capa cobrindo seu corpo molhado.
— Espera.. O que?
— Digamos que Ruggiero e eu temos o mesmo espírito aventureiro. — Burke murmurou bebendo seu gole de uísque.
— Certo, certo… Vamos seguir. — Sirius abanou a mão, parecendo atordoado.
Algumas rodadas se passaram revelando segredos, expressões de surpresas e memórias que para Regulus eram simplesmente indiferentes.
— Eu nunca levei um pé na bunda… — disse Tiago, ou James. Regulus honestamente não sabia do que ele gostava de ser chamado.
Sirius e Lupin riram alto com a frase do amigo.
— Deixa eu terminar, caralho! — James tentou, também rindo antes de especificar a sentença. — Eu nunca levei um pé na bunda em um namoro.
— Ainda bem que sabe que tem que especificar. — Black mais velho continuou, tentando recuperar o fôlego.
Enquanto isso, o Black mais novo, Regulus, olhava para a amiga com pesar, pegando uma de suas mãos e acariciando a dela em conforto.
Snape era um tremendo idiota por machucar alguém tão boa quanto Amélia.
— Amélia? Você? — Sirius disse, surpreso.
— Cala a boca, Sirius. — disse Regulus em tom de alerta.
— Mas você nunca namorou ninguém. Exceto… O RANHOSO? — Sirius exclamou como se aquilo fosse o maior absurdo que já tivesse ouvido.
— Estou avisando… — expirou Reggie, tentando manter a calma — Pare de perguntar.
— Deixa ele, Reggie. Não vale a pena. — Amélia interceptou o mais novo, ainda com o tom seco.
— Mas, Burke, eu não entendo… Como ele te deu um fora?! Por qual motivo? — James socou Sirius no ombro, como um sinal para que ele esquecesse o assunto.
— Isso não é da sua conta. — Ela retrucou.
Um silêncio constrangedor se fez no ambiente e Regulus sentia que poderia matar Sirius por fazer a amiga se sentir desconfortável.
— Lia… — Lily começou, hesitante. — Ele te fez uma pergunta e você não respondeu.
A morena olhou séria para a ruiva.
— E daí?
—Er… — Evans parecia com medo de dizer algo errado. — Se você não responder, você deve um desafio a Sirius.
Enquanto o rosto de Amélia se fechava lentamente com o choque, o de Regulus se enchia de ódio e, ele diria, ciúmes.
— Lia, você não precisa. É só um jogo idiota! — Regulus falava, mas ela apoiou a mão em seu ombro.
— Se todos estão seguindo as regras, eu também vou. — Ela retrucou, irritada. — O que você quer de mim, Black?
O coração de Regulus torceu. O menino media o irmão como se tentasse dizer com o olhar que, caso ele tentasse alguma gracinha, o mataria ali mesmo.
— Nada demais. — Sirius começou. — Só um beijo.
Regulus estava com uma cara furiosa e Amelia parecia a ponto de explodir. Completamente a contragosto, ela se levantou, enquanto Sirius se punha de pé em um pulo, com um sorriso sínico de orelha a orelha.
— Que fique claro, Black, que você nunca mais vai conseguir isso na sua vida. — Burke falou assertiva.
— Se você diz. — Sirius disse, sorrindo de lado, antes de puxá-la pela cintura e tomar os lábios dela para si.
A turma observava a cena um tanto quanto perplexa. A figura de Amélia beijando Sirius era algo que nenhum deles poderia imaginar, principalmente Regulus.
— É… Nada mal para um beijo indesejado, não é mesmo, Lia?
Amelia só lançou o dedo do meio enquanto sentava novamente do lado do amigo. Sirius não podia deixar de conter um sorriso no rosto.
— Eu nunca brinquei de sete minutos no paraíso. — sentenciou Lily, dando início a mais uma rodada. Todos beberam, exceto Regulus e .
— O que é isso? — Regulus questionou com uma careta.
— É uma brincadeira trouxa que… — se propôs a explicar, era nascida trouxa e claramente não havia jogado o jogo por conta de sua personalidade reclusa.
— Pff… ‘Tá explicado o por quê de eu nunca ter brincado disso. — Regulus ironizou, sendo fuzilado pelo irmão e pela melhor amiga.
— Como eu ia dizendo… — continuou entredentes, irritada por ter sido interrompida. — Duas pessoas são escolhidas para passar sete minutos sozinhas em um local fechado e escuro.
— Durante este tempo, elas fazem o que quiserem. Muitos usam este tempo para conversar de forma privada ou fazem coisas mais íntimas, como beijar ou dar uns amassos… — Amélia completou a explicação com um sorriso maldoso compartilhado com Scarlett que concluiu a ideia.
— Como as coincidências estão ao nosso favor hoje e sempre há uma primeira vez para tudo, temos um armário bem ali e apenas dois que nunca brincaram…
— O QUÊ? — berrou assustada.
— DE JEITO NENHUM! — fora a vez de Black.
— Todo mundo cumpriu os desafios, Black! — Amélia rebateu, claramente ainda ressentida pelo seu próprio. — Então nos faça o favor de parar de cu doce e entrar na porra do armário AGORA!
Regulus estava impaciente, a ideia de ficar sete minutos dentro de um armário com uma lufana não lhe agradava nenhum pouco. O ambiente era escuro, iluminado apenas por pequenos feixes de luz que jaziam de rachaduras na antiga porta de madeira. Ao seu lado direito havia uma espécie de pequenas prateleiras com equipamentos velhos de quadribol que deixavam o lugar com um cheiro de mofo eminente.
Observando o local, Regulus pode reconhecer um quadro empoeirado e, consumido pelo tédio, pegou o mesmo, dando leves batidas com sua mão na escritura que registrava “Steve Laughalot, capitão da Sonserina no ano de 1972” embaixo de uma fotografia de um garoto branco dos cabelos negros usando as vestes de quadribol sonserinas.
Completamente absorto, o jovem Black só percebeu que não estava sozinho ali quando espirrou, fazendo-o levar sua atenção até a mesma.
— Desculpe, foi o pó. — explicou envergonhada.
Regulus apenas desviou seu olhar, sem respondê-la. Voltou para as prateleiras novamente e não tardou a se distrair por ali. Não muito tempo depois, em um súbito, sentiu uma mão lhe tocar os ombros de maneira gentil, virando-se apenas a tempo de ver a Lufana recolhendo a mesma.
— O que pensa que está fazendo? — exclamou impaciente — Não te dei permissão para tocar em mim, sua sangue-ruim.
— Eu estava apenas tirando uma aranha do seu… — começou, delicada. — Espera. O quê?
Dessa vez, o tom de rubro que cobriam suas bochechas não era de vergonha, mas sim de raiva.
— Quem pensa que é para falar assim comigo? — seu rosto se reduziu a ódio — Ora, seu prepotente de merda!
Em segundos, o ambiente parecia muito mais apertado do que o normal. Preenchido apenas pelas respirações ofegantes da lufana e do sonserino e as batidas de seus corações, ambos repletos de raiva.
— Prepotente? Você ao menos sabe com quem está falando, garota? — rosnou.
— Mas é claro que sei! — riu — Um egocêntrico que pensa que o mundo gira em torno de si mesmo mas que na verdade não tem ninguém!
Regulus pode jurar que havia desaprendido a respirar. Muito embora não fosse deixá-la saber, a frase da garota havia lhe atingido em cheio. Ele era, de fato, só. E detestava isso.
Passaram então, a observarem um ao outro profundamente durante segundos, tentando antecipar o que viria a seguir.
Se ao menos soubessem, é claro.
Regulus avançou sobre , fazendo com que seu corpo delicado se chocasse contra a parede do pequeno armário, suas bocas se tocaram com certa agressividade e o jovem Black usou de sua mão esquerda para levantar uma das pernas da garota, colando mais ainda seus corpos um ao outro. , no entanto, levou uma de suas mãos até a nuca do mesmo, enrolando seus macios cabelos ondulados em seus dedos e os puxando agressivamente, fazendo com que Black, em um instinto, mordesse os lábios da garota.
Mas não havia dor naquele momento. Apenas desejo.
— Seu… Peralvilho! — exclamou .
Black havia passado a distribuir beijos molhados pelo pescoço da garota, eventualmente chupando e mordiscando o mesmo. Ela podia sentir seu baixo ventre fervilhar com os toques do sonserino.
— Histrião! — ofendeu-o enquanto Regulus apenas ria da escolha de palavras da mais nova.
usou uma de suas mãos para acariciar o abdômen de Regulus por baixo de sua camisa, fazendo com que o garoto se arrepiasse com o choque das mãos gélidas da lufana em contato com o seu corpo, que estava mais quente do que um caldeirão em chamas, no momento.
— Tudo bem, vocês estão liberados…
De repente, todo o pequeno ambiente foi invadido por uma luz forte e vários pares de olhos curiosos recaíram sobre a cena vivenciada no mesmo.
— Wow. — exclamou Amélia, seu rosto tomando o formato de um sorriso malicioso — Resolvemos abrir antes porque ficamos com dó da , mas pelo visto ela está sendo tratada muito bem.
Regulus tinha os cabelos bagunçados e os lábios vermelhos, além do volume que tornava sua calça social mais apertada. tinha seu vestido levantado até a altura de suas coxas, a mão de Regulus deixara o local com marcas vermelhas pelos apertões.
Ambos respiravam ofegantes.
— Eu… — começou, envergonhada. — Você!
Empurrou Regulus pelo ombro, abaixando seu vestido e passando as mãos pelos cabelos, numa tentativa nervosa de ajustá-lo.
— Seu… Seu… — balançou a cabeça — Seu futre! Você se aproveitou de mim.
— Eu? — exclamou Regulus, indignado. — Foi você quem veio tocando meus ombros como quem não quer nada!
Os olhos atentos dos colegas observam a cena, meio curiosos, meio preocupados.
— Tá, tá. Já chega, gente. — disse Lily, puxando para fora do armário. — Vamos lá! Está próximo da meia-noite.
A noite seguiu com Regulus e trocando olhares discretos. Muito embora jamais fossem ousar admitir, ambos passavam em sua cabeça o momento de calor que tiveram dentro do armário.
Andando corredor a dentro na sala precisa, Regulus viu, em um meio fio de luz, uma porta se formando na sua frente. Ao aproximar-se com cautela notou que na porta havia uma placa de identificação que dizia “Sirius''.
O garoto olhou rapidamente para os lados, certificando-se de que ninguém estava por perto e levou sua mão até a fechadura, abrindo-a e adentrando o local escuro logo em seguida.
— Lumos. — sussurrou e pode observar quando a luz amarelo-limão alcançou a ponta de sua varinha.
O quarto era espaçoso. Nele havia uma cama grande que tinha uma cabeceira esculpida em madeira escura, uma janela alta com longas cortinas de veludo e um lustre de velas, que se encontrava desligado.
Fotos enfeitiçadas pelo Feitiço Adesivo Permanente ilustravam a decoração de modo que sua família não pudesse retirá-las. O garoto deu a volta na cama, aproximando-se das imagens de motocicletas trouxas e meninas trouxas de biquíni, rindo descontraído logo em seguida.
Seu irmão sempre fora, de fato, um garanhão.
Regulus levou sua mão a uma moldura empoeirada próximo a cama de Sirius, um retrato dos quatro Marotos: ele mesmo, Aluado, Pontas e Rabicho.
— Eles são um time e tanto.
O sonserino se assustou com a voz súbita vindo por trás de si, fazendo com que o quadro escapasse de suas mãos e fosse parar ao chão, seu vidro em pedaços.
— Oh. Desculpe. — a garota abaixou-se, ajudando-o. — Eu não quis te assustar.
Regulus, entretanto, apenas concentrou-se em observar os pedaços da moldura quebrada ao chão. Odiaria olhar para a garota e pensar que, por alguma fração de segundos, ela poderia ver a fragilidade em seu olhar.
Sentia falta de seu irmão.
A amizade, ou melhor, a família que ele havia criado com seus companheiros de casa havia ultrapassado o sangue. Eram leais uns aos outros e, muito embora tivessem suas próprias dificuldades, não pensavam duas vezes antes de arriscar a si mesmo pelos amigos.
Amigos. Não eram amigos.
Já eram irmãos. Irmãos de alma. E Regulus já não fazia parte disso e isso o matava.
— Reparo!
Os cacos se juntaram, um a um, trazendo o quadro de volta à sua forma original, como se nada tivesse acontecido.
— Você sabe que não precisa fazer isso, né? — disse . — Digo, este não é o quarto dele de verdade. Ele não saberia que o quebrou.
O garoto, colocando o quadro de volta à parede, sacudiu os ombros.
— Não mudaria o fato de que eu o fiz. — virou-se a ela — E além disso, por mais chocante que isso possa ser pra você: vandalizar a cópia fiel do quarto do meu irmão não é exatamente minha forma preferida de passar o tempo.
A garota passou a mão pelos braços, ansiosa. Havia, de fato, julgado o garoto desde o momento em que o viu pela primeira vez.
— Desculpe, eu não costumo ser assim tão intrometida mas é que você… não sei. Tem algo que me deixa intrigada.
— Da última vez que você resolveu se levar pela curiosidade, terminou me chamando de aproveitador de jovens indefesas.
A garota riu.
— Me desculpe por aquilo.
— Mas afinal, o que é que foi aquilo? Histrião? — perguntou confuso.
— Histrião é alguém que…
— ! — disse rindo — Eu sei o que significa.
A garota tomou um tom de rubro em suas bochechas. Ela sabia exatamente o que ele queria dizer, mas estava envergonhada demais para falar abertamente sobre o que havia experienciado no armário de equipamentos mais cedo naquela noite.
— Eu quis dizer, tipo, por que agiu daquela maneira? Não é como se eu tivesse te forçado a nada.
— Eu sei. — sussurrou envergonhada — É só que… honestamente, aquela não sou eu. E eu não queria que pensassem que eu sou uma qualquer que sai se atracando com o primeiro garoto atraente que vê pelos armários.
— Não pensei que fosse. — sorriu. — Mas vou me lembrar de sempre entrar em um armário junto com você.
A garota deu-lhe um tapa no ombro, fazendo com que o garoto fizesse uma cara de choque e ela de arrependimento, feições essas, logo sendo desmanchada pelas gargalhadas dos dois.
— Sabe, você não é como eu imaginava. — confessou — Me desculpa pelas coisas que eu disse mais cedo.
— Não tem porque se desculpar, você estava certa. — suspirou, encolhendo o rosto dentre as mãos — Na minha família somos moldados a sermos os melhores, a mantermos nossa linhagem pura, custe o que custar. Crescemos aprendendo que ser um Black é ser elite e não há como fugir disso e honestamente? Nem acho que alguém quisesse, bom, isso é...
— Até o Sirius. — completou a menina.
— Ele é tão corajoso. — confessou — Não tem medo de lutar pelo que acredita e pelas pessoas que ele ama. Lutou até o fim! — exclamou — Se deserdou de nossa família pelos seus ideais e parece muito bem com isso.
Regulus subiu seu olhar para o quadro dos marotos, observando a figura bruxa de seu irmão acenando com uma taça de vinho em forma de brinde. Um sorriso tomou-lhe conta dos lábios.
— Eu tenho orgulho dele.
— Por que não diz isso a ele?
Regulus balançou a cabeça, passando a mão sobre suas calças de maneira ansiosa.
— Não seria justo. Não estou pronto para sair de casa e não me perdoaria se Sirius se sentisse coagido a voltar para lá apenas por mim.
, involuntariamente, repousou uma de suas mãos sob a de Regulus, fazendo com que o garoto a olhasse novamente. Ela esperava que ele fosse ofendê-la, mascarando mais uma vez seus sentimentos, mas tudo que o garoto fez foi entrelaçar seus dedos nos dela, carregando em seu rosto um sorriso e olhar de agradecimento.
— Eu acho que você deveria dizer tudo isso pra ele. — encorajou — Você pode se surpreender com o que aconteceria.
Regulus observava ela atentamente, o sorriso ainda em seu rosto.
— É… quem sabe.
— O que foi? — indagou. — Você não para de me olhar.
— Tem uma coisa no seu… — apontou com o dedo para o canto da boca da garota.
passou sua mão, tentando se limpar, porém, não o fez.
— Saiu? — disse esfregando as bochechas.
— Não — riu — Posso?
A garota apenas acenou com a cabeça, mais uma vez envergonhada frente ao sonserino. Reggie levantou sua mão, levando-a lentamente até a ponta dos lábios de , onde usou de seu polegar para tirar o que deduziu ser chocolate, levando o dedão até sua própria boca em seguida.
— Sapos de chocolate. Meu favorito. — disse Reggie.
sorriu, sentindo uma leve formigação no local onde o garoto havia tocado. A garota enfiou uma de suas mãos em seu bolso, tirando uma caixinha de sapos de chocolate de dentro do mesmo e entregando ao sonserino.
— Podemos dividir. — sorriu.
Reggie retribuiu o sorriso, pegando a caixa ansiosamente das mãos da lufana e a abrindo, segurando o sapo e o dividindo ao meio antes que saltasse.
— Morgana le Fay. — pegou a figurinha, observando-a — Devo ter centenas dessa. Obrigada, . — levantou seu olhar a garota, logo em seguida rindo. — Você se sujou novamente.
— Não acredito! — exclamou. — Onde?
Sua mão esquerda foi até o rosto da garota, ajeitando uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha e, logo em seguida, fazendo um singelo carinho na maçã de seu rosto.
— Bem aqui. — Regulus pegou a mais nova de surpresa ao beijá-la.
Dessa vez, o beijo era sem urgência. Era com desejo, sim. Mas um desejo um tanto quanto... carinhoso? Seus lábios tocavam um ao outro de forma aveludada, suas línguas brincavam entre si.
Regulus, aos poucos, foi deitando na espaçosa cama, ainda sem separar seus lábios do dela. Mantiveram-se ali trocando carícias durante um longo tempo, apenas aproveitando a companhia um do outro.
— Reggie… — suplicou .
— Eu sei. — olhou-a com carinho — Posso parar se você quiser.
— Não quero.
Regulus sorriu enquanto uma de suas mãos traçava um carinho gentil na maçã do rosto da garota, logo tomando seus lábios para si mais uma vez.
Aos poucos, o beijo foi ganhando a intensidade que o momento exigia. Vez ou outra, faltavam-lhe o ar e eles cortavam o beijo se olhando de uma maneira um tanto quanto apaixonada.
Numa dessas vezes, Regulus passou a distribuir beijos quentes pela garota. Começou pelo canto de sua boca, depositando-te o famoso beijo meia lua, em seguida, deixou um pelo seu queixo. Logo após, trilhou seu caminho para a parte de trás da orelha, onde investiu as carícias com seus lábios e língua por toda a extensão do pescoço.
podia sentir seu corpo entrando em chamas com os toques que recebia. Imediatamente, levou sua mão até os cabelos encaracolados de Regulus, puxando-os para baixo a fim de intensificar as sensações.
— Está tudo bem? — perguntou Reggie, causando um suspiro de frustração da mais nova ao vê-lo parar. — Eu posso mesmo parar se você não estiver confortável.
— Por favor, não o faça. — suplicou e o garoto sorriu assentindo, voltando ao seu pescoço.
não era daquela maneira. Sempre esperou pela pessoa certa para aquele momento e nunca imaginaria que essa pessoa seria um Sonserino que havia acabado de conhecer. Mas algo entre ela e Regulus parecia certo para a garota, ela jamais sentira tanta familiaridade e confiança em alguém antes, ainda mais em tão pouco tempo.
Involuntariamente, abriu suas pernas de modo que Regulus pudesse se encaixar dentre elas. O garoto, então, aproveitou a proximidade para pedir permissão com o olhar para desabotoar a camisa da mais nova, que não exitou em concordar com a cabeça.
Esse, por sua vez, levou sua mão direita até o primeiro botão da camisa da garota, abrindo lentamente enquanto mantinha seu olhar completamente penetrado no dela, tentando passar a confiança que ela merecia. Logo em seguida, abriu mais dois botões, dando-lhe um sorriso ao ver as bochechas da garota corarem e, por fim, terminou de abrir os botões restantes, ainda sem manter contato visual com o que havia embaixo do pano.
— Você é perfeita. — sussurou.
— Mas você nem… — foi interrompida.
— Não preciso olhar o seu físico pra dizer isso. — deu-lhe um selinho enquanto sua mão afagou o cabelo da garota.
usava um sutiã de renda preto que entrava em contraste com sua pele, fazendo-a parecer ainda mais convidativa aos olhos de Regulus, que não demorou muito a se livrar também da saia da garota, deixando-a somente com sua lingerie preta.
Regulus, por sua vez, começou uma trilha de beijos da altura de seus ombros até seus seios, olhando-a após cada centímetro ser coberto por seus lábios. A garota sentia cada parte do corpo queimando com seus toques.
O garoto olhou-a mais uma vez pedindo permissão com os olhos e sorriu aliviado quando ela balançou a cabeça assentindo e, então, usou suas mãos para rapidamente se livrar do sutiã da garota, ficando com seu rosto exposto frente aos seios fartos da mesma.
Ele pode, imediatamente, sentir suas calças ficarem mais apertadas naquele momento.
— Eu sou mesmo seu primeiro? — sussurou mais pra si mesmo do que para ela.
— Sim. Eu nunca… — corou — Bom, eu nunca… Eu só nunca cheguei até aqui. — sussurou — Desculpe, não sei bem o que fazer.
Regulus já tinha se envolvido com algumas garotas, mas o fato era que estava na sua frente, completamente nua e, naquele momento, ele tinha certeza de que ela era a garota mais linda que ele já havia visto e isso o fazia se sentir completamente despreparado.
— Não se preocupe — sussurrou olhando-a com veemência — Iremos aprender um com o outro.
Regulus, então, voltou sua atenção aos seios de , lambendo um deles devagar, fazendo com que a garota suspirasse com o contato e, com sua outra mão, acariciou o outro lentamente, aplicando leve pressão no bico entre seus dedos.
Ela era simplesmente adorável.
Regulus, então, alternou o contato, levando sua boca ao outro seio da garota e, consequentemente, sua mão ao outro. Dessa vez, ele o chupava saboreando, como se o bico da garota tivesse o gosto de sua comida favorita no mundo. já havia passado de suspiros para leves gemidos. As pernas da garota tentavam se fechar ao redor do mais velho, e ele adorava isso.
O Sonserino cortou o contato, rindo ao ver a expressão de frustração tomar conta da lufana. O que não durou muito, já que, o mesmo começou a trilhar seus beijos até a altura de sua calcinha, fazendo-a perder todo o ar com a ideia do que poderia vir a seguir.
— Você quer? — Regulus sussurrou sobre a pele da garota.
— O-o quê? — gaguejou, sua garganta seca pelo nervosismo.
— Diga-me, . — levantou seu olhar para cima — Você quer deixar seu gosto em minha boca?
suou frio. Cada pelo presente em seu corpo se arrepiou naquele momento. A ideia da boca de Reggie na sua intimidade a deixava ansiosa.
— Sim. — suspirou, deixando a confiança entrar em seu corpo — Sim, eu quero.
Ele abriu as pernas dela mais ainda, mordiscando a parte interior da sua coxa logo em seguida, apenas centímetros de distância de onde ele e ela gostariam que estivesse. Reggie, então, deixou um beijo molhado em cima do local que mordeu e, com a ponta da língua, foi trilhando um caminho até a intimidade da garota, ainda vestida.
— Eu consigo sentir você quentinha antes mesmo de tocar. — grunhiu, depositando um beijo demorado por cima calcinha.
— Reggie, por favor. — soltou , em forma de gemido, fazendo-o sorrir de satisfação.
O garoto, então, apoiou suas mãos uma em cada lado da garota, deslizando sua calcinha para baixo lentamente até se ver livre dela por completo.
não sabia se deveria concentrar-se no prazer proporcionado por sua boca, na sua língua a estimulando, nas mordidas dele em seu clítoris ou simplesmente em seu dedo rodando dentro dela, a entocando. O misto de sensações causadas pelo mais velho estavam fazendo com que ela beirasse a loucura, ou talvez, ao orgasmo.
— Reggie… para.
O garoto investiu mais pressão em sua língua, fazendo-a gemer alto e, fazendo seu membro explodir de tesão quando sentiu a vagina da garota se contraindo em sua boca.
Ela estava próxima. Ele sabia. E ele parou.
— Mas que porra. — bravejou , tomada pelo ódio. — Por que foi que você fez isso?
Reggie simplesmente riu. Jamais pensaria em ver a garota daquela forma, ainda mais sabendo que por causa dele.
— Isso foi tudo uma piada pra você? É isso? Porque se for, eu juro, não tem graça nenhuma! — ela berrava.
estava tão tomada pelo ódio, tesão e vergonha que não conseguiu enxergar que, na verdade, naquela altura, Regulus já não tinha mais nenhuma de suas roupas.
— Você é um puto. Como pode fazer isso comigo… — ela dizia de olhos fechados, pressionando os mesmos como se isso fosse controlar sua raiva. — Eu estava aqui pronta pra…
— .
— Me render e você…
— !
— Simplesmente…
— ! — exclamou, fazendo com que ela abrisse os olhos assustada — Cala a boca e deixa eu te foder.
engasgou na sua própria saliva, não tendo muito tempo de se concentrar nisso, já que, logo em seguida, Regulus invadiu sua intimidade, gemendo alto quando a vagina da garota se contorceu, apertando-se ao redor do seu membro.
— Porra. — suspirou — Tão gostosa, tão apertada.
— Reggie. — chamou-o.
Regulus abriu os olhos, que se mantinham pressionados até então e olhou para a garota, que tinha uma expressão de dor.
— Ah, merda. Me desculpa, meu Deus. — o pânico tomou conta de si. — Eu não queria te machucar, me perdoa. Eu vou parar.
— Não! — implorou — Não para.
— Como não? Está te machucando, não está? Eu fui um babaca. — balançou a cabeça — O que você quer que eu faça?
— Não para. — disse — Só me ajuda a me… acostumar.
O garoto assentiu, retirando seu membro lentamente e, logo em seguida, o introduzindo da mesma maneira.
— Vou ficar um pouco parado até você se acostumar, tudo bem?
concordou, levemente corada. Reggie levou uma de suas mãos até sua bochecha e lá depositou um carinho e aproveitou o momento para deixar um selinho nos lábios da garota. Em seguida, entrou e saiu de novo, lentamente, e assim continuou fazendo por diversos minutos, depositando um beijo carinhoso nos lábios da garota em todas as vezes.
Não muito tempo depois, Regulus foi aumentando o ritmo, levando como consentimento os suspiros de prazer que a parceira soltava.
Seus corpos eram um só, suas batidas estavam sincronizadas e, seus gemidos, juntos formavam a mais bela das melodias.
Reggie estocava com gosto, sentindo seu interior pulsar em tesão cada vez que a garota puxava seus cachos ou gemia seu nome. Jamais pensaria que poderia se sentir daquela maneira, tão… completo. Suas mãos passeavam pelas curvas da garota, deixando apertos e marcas que a lembrariam durante muitos dias daquelas sensações maravilhosas. Seus seios acompanhavam o ritmo das estocadas.
— , eu vou…
— E-eu também. — disse entre gemidos.
E, assim, o prazer de ambos derramou-se sobre a cama. Não sendo este o motivo para parar por ali, afinal...
Eles tinham todo o tempo do mundo. E o mundo todo era deles.
Na manhã seguinte, Regulus despertou com um fino e delicado braço em volta de si. A cabeça de em seu peito fazia com que o garoto tivesse vontade de jogar todos os seus planos fora, já que, a simples ideia de se mexer e despertá-la da maneira angelical na qual ela dormia, fazia com que seu coração apertasse.
Entretanto, sabia que suas intenções eram boas e depois da noite maravilhosa que tiveram, gostaria que a manhã fosse ainda à altura, então, delicadamente, substituiu seu peito por um travesseiro e se vestiu, saindo do quarto em silêncio.
Ao adentrar a grande sala, pode perceber que a mesma estava completamente diferente da noite anterior. Dessa vez, uma grande mesa repleta das mais diversas comidas e sobremesas se encontrava no centro e, ao canto do local, havia uma enorme árvore de natal com presentes embaixo. Ao seu lado, uma lareira começava a queimar a lenha, deixando o ambiente aquecido e em cima da mesma haviam 8 meias, cada qual identificada por um nome e o brasão de sua casa.
— O que achou, meu senhor? — disse Monstro, aparecendo de supetão.
— Está ótimo, Monstro. — sorriu — Bom trabalho.
— Monstro não queria servir traidores de sangue mas seu mestre Regulus o obrigou, então Monstro fez o seu melhor.
Reggie estava prestes a falar quando notou a feição de Monstro se tornar mais fechada, fazendo com o que garoto virasse para trás e visse a figura de seu irmão atrás de si.
— Muito obrigado, monstro. Você está dispensado.
O elfo doméstico grunhiu uma última vez antes de desaparecer no ar. Regulus lançou um olhar incerto para o irmão, que encarava o lugar silenciosamente.
— O que é tudo isso? — questionou com cautela.
— Eu só queria fazer uma coisa legal para agradecer por terem me recebido ontem. Acabou por ser uma das minhas melhores noites em Hogwarts.
Sirius observou o irmão por alguns segundos, parte de si questionava se o mesmo estaria sendo sincero. Outra, sabia que sim.
— Fico feliz que tenha vindo. — confessou, por fim.
— Sirius, eu sinto muito.
— Eu sei.
A serenidade no olhar de Sirius era um tanto quanto irritante.
— Como?
— Eu abandonei os ideais de nossa família, Reggie. E não a você. Tenho te observado todos esses anos.
— Mas como você… — Reggie estava perplexo — Impossível.
— Digamos que há coisas sobre mim que a nossa família não saiba, Reggie. Mas eu estava lá. Sempre estive. E acho que de certa forma você sentia isso, afinal, eu jurei ter visto a porta do meu quarto no final do corredor enquanto caminhava até aqui.
— Queria ser forte como você.
— Você é. Não deixe que eles roubem sua essência. Você é uma pessoa boa, Regulus.
O silêncio reinou. A saudade de dois irmãos inundava a sala naquele momento. Não havia muito que precisava ser dito; seus olhares entregavam significados que nenhuma palavra conseguiria descrever.
Regulus avançou sobre o irmão, dando-lhe um abraço apertado que logo fora retribuído.
— Senti sua falta, irmão.
As palavras atingiram o peito de Sirius como uma onda de calor. A forma com a qual havia sido deserdado de sua família fazia-o se sentir inseguro às vezes e ouvir aquilo vindo de seu irmão mais novo o fazia se sentir em paz.
— Agora, vamos chamar o pessoal para tomar café porque estou cheio de fome. — começou Sirius acariciando sua barriga.
Logo, todos exceto Lupin e Sky estavam sentados sob a grandiosa mesa se servindo das mais deliciosas comidas. trocava sorrisos bobos com o Regulus, que prontamente os retribuía e, sem perceber, recebia um olhar de aprovação do irmão que observava o casal discretamente.
— Noite feliz, ein. — comentou Lupin, chegando à mesa — Nem voltaram para o dormitório.
Regulus observou o olhar do grifinório se perder entre Sky, que caminhava até as garotas que conversavam sob a lareira e acabou por se pegar observando também.
— Pelo jeito nem a Sky saiu de lá né… — rebateu James, iniciando uma onda de risadas entre os garotos.
— Ainda precisa de café depois de uma noite inteira tomando chá, meu amigo? — questionou Sirius fazendo com que Remo entrasse na crise de riso.
Pela primeira vez em algum tempo, Regulus se sentia em paz. Estar bem com seu irmão, compartilhando de uma refeição e risadas com ele e seus amigos parecia simplesmente certo.
Naquele momento, era grato a Amélia por tê-lo convencido a estar ali na noite anterior.
— Já reaprendeu a falar depois de ser cachorrinho da Amélia a noite toda, Black? — Lupin retorquiu para o Black mais velho, que parou de rir imediatamente, ao contrário de Regulus, que ria discretamente da cara do irmão e James, que tinha o rosto completamente vermelho de tanto rir.
— Tá rindo do que, Pontas? De apanhar pra mulher bonita você entende né… E você deveria me agradecer, Aluado. Todos tivemos uma noite memorável que foi organizada por quem, mesmo? — Sirius mantinha um sorriso convencido.
— Bom… — começou Regulus, fazendo com que todos o olhassem surpreso por estar falando — Independentemente do que tenha nos trazido até aqui, de uma coisa eu sei…
Passou, então, seu olhar sobre cada um presente naquela sala, sorrindo ainda mais quando repousou sobre e Sirius e lembrou-se de todos os acontecimentos recentes.
— Essa sempre será Uma Noite Para Se Recordar.
Fim!
Nota da autora: Olá, meus amores. Como estão? Espero que esteja indo tudo bem. Voltei, mais uma vez, com uma história especial para vocês e, dessa vez, em TRIPLO. Isso mesmo, ganhamos uma trilogia com os marotos e o Regulus! Quer um presente de natal melhor do que esse? Bom, apresento a vocês “A Night To Remember: the trilogy”, contando com esta que vos fala e também a participação das incríveis JuScairp e Elena, formando, assim, o nosso Golden Trio. Essa trilogia conta com três pontos de vistas de uma mesma noite, sendo eles narrados por Regulus (the badger), Sirius (the snake) e Lupin (the raven), sem uma leitura de ordem direta. Espero que gostem muito dessa aventura especial e, bem, nos vemos numa próxima! Beijos, Aluada.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.