Capítulo Único
Passar o Natal em Hogwarts não era exatamente os planos que Sirius tinha em mente no início do ano. Porém, o calendário lunar acabou ditando seus planos muito mais do que sua vontade. A lua cheia justamente naquela noite mostrava como seu amigo precisava muito dele. Mais do que ele mesmo.
Pelo menos James ia estar ali. Se agarrando com Lily a noite inteira, mas estaria.
Ele suspirou. Não que fosse reclamar na frente de Remo. Ele não tinha culpa.
Por isso, inspirado a manter o clima natalino e sua animação, Sirius decidiu usar um dos seus melhores talentos: o de proporcionar as melhores festas que Hogwarts já tinha visto. Ele gostaria de ser modesto quanto a isso, mas não podia negar. Amava carregar esse título. Com o Mapa do Maroto, contabilizou os alunos que haviam ficado para o Natal e quais poderiam ser seus dignos convidados.
Depois de fazer uma pequena lista, se virou para Remo. O amigo estava mais pálido que o normal e o temor estava refletido em seus olhos. Sirius sabia que ele odiava cada minuto das suas transformações. Então ficou ainda mais determinado a animá-lo.
— É melhor estar livre amanhã, Aluado, porque temos uma festa pra fazer. — Está louco? Uma festa com risco iminente de morte? Genial, Almofadinhas! — rebateu Lupin com ironia. — Você nem me deixa terminar, né? Por isso que a festa vai começar antes da lua estar no ápice. Dá pra você fingir ser uma pessoa normal? Depois a gente lida com o seu problema peludo. — “Problema peludo”... Parece até algo simples falando assim. — Lupin riu fraco — O que planejou?
Sirius começou a descrever tudo o que já tinha pensado, sabendo que James com certeza concordaria e Peter sempre ia atrás. Percebeu que o amigo mal prestava atenção no que ele falava, mas sabia exatamente como chamar sua atenção:
— Você pode até chamar aquela corvina bravinha para te dar aquela animada…
— Espera… O que?
— Aquela loirinha! Como é mesmo o nome dela? - Sirius comentou, pensando na menina que seu amigo vivia procurando com os olhos, mesmo que não notasse.
— Scarlett? — questionou Aluado franzindo o cenho. — Nós nem nos falamos direito e eu sinceramente duvido muito que ela venha. Festas não parecem fazer muito o tipo dela.
— Mas você faz o tipo dela. — Black provocou, sorrindo maroto.
— Almofadinhas, é sério. Scarlett e eu nunca nos falamos, não inventa. Não faz sentido algum eu chegar nela do nada e…
É, era a hora da cartada final.
— Relaxa aí, lobão. — Remo olhou feio para o amigo que levantou as mãos em rendição. — É claro que eu já pensei nisso também.
— Não confio muito no que sai da sua cabeça. — Lupin olhou desconfiado.
— Vou ignorar a ofensa. Vou te propor uma aposta. Não me olha assim, me escuta! — Sirius falou ao perceber a carranca do amigo. — Você é bem amigo daquela e eu até admito que ela é bem gatinha, só tem o defeito gigante de ser sonserina. Você convida ela pra mim e eu chamo a Ruggiero, que fica pra você. É sua melhor chance!
Black quase conseguia ver o conflito nos olhos do amigo antes de ele tomar sua decisão.
— Certo… Eu aceito. — O aperto de mãos que selava o acordo fez Sirius sorrir abertamente.
— Não vai se arrepender, Aluado, será uma noite memorável!
— Tá legal, tá legal… Mas como isso vai funcionar?
— Simples. Você diz para sua amiga que vai ter festa na sala precisa e que como sua amiga, ela devia ir, e eu vou convidar a Ruggiero com ajuda da Evans. Ela não negaria ajudar o quase cunhado, né?
— Quase cunhado? — Aluado questionou com uma careta, tentando entender. Sirius explicou aos risos, como se fosse óbvio.
— Ah, lobinho, para alguém tão inteligente, às vezes você me surpreende com a lerdeza.
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— Ela sempre fica naquela mesa ali. Eu a avisei mais cedo que você queria falar com ela. O resto é com você. — Lily sussurrou.
— Valeu, Evans. Você acabou de ajudar na noite do nosso amiguinho! — Sirius sussurrou de volta, vendo a ruiva sorrir incentivadora antes de sair.
Sirius avistou a jovem corvina na mesa de biblioteca. Quem a olhasse daquele jeito, inocente e estudiosa, nem imaginaria as palavras duras e fortes que saíam de sua boca quando queria.
Ele foi direto até a mesa dela, que estava absorta em um livro, e deu um forte tapa na mesa para chamar sua atenção.
— Shhh! — A voz de Madame Pince foi escutada de longe.
— A que devo a sua presença a essa hora, Black? - Scarlett perguntou, sem nem tirar os olhos das velhas páginas que devorava.
— Você vai engolir esse sarcasmo quando eu te convidar para o melhor Natal da sua vida.
— Não me leve a mal, mas eu não tenho interesse em sair com você, Sirius, não te vejo desse jeito.
— Que bom, se não isso seria constrangedor. Sem ofensas, Ruggiero, mas você não é exatamente meu tipo.
— Não sabia que você tinha um tipo.
— E não tenho. Mas é uma boa desculpa, certo? — Ele piscou e ela abriu um sorriso maroto. — Enfim, vai rolar uma festinha amanhã a noite, mais emocionante que esses jantares escolares, prometo muita comida, convidados de qualidade e um espaço surpreendente. Não tem pontos negativos.
— Se quer saber, a ceia de Hogwarts é fantástica. Não sei se pode me ganhar nessa luta.
— Ah, vamos! Até parece que não sabe que vamos assaltar a cozinha e levar a ceia pra nossa festa, onde também teremos música, conforto, privacidade e álcool.
— Hm, você me ganhou. — A loira tinha um sorriso bem maior agora com a menção da bebida.
— Bom, se decidir ter a melhor noite de Natal da sua vida, é só seguir essas instruções. — Sirius estendeu um pedaço de papel que ela leu com os olhos arregalados.
— Isso existe de verdade?
— Apareça e verá. — Ele piscou sorrindo para ela, antes de sair e deixar a corvina pensativa para trás.
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Não foi nem um pouco difícil convencer os elfos domésticos a cederem um pouco da ceia para a festa. Na verdade, era capaz de, se Sirius tivesse pedido, alguns deles decidirem ir na festa apenas para servir a todos. Não, o verdadeiro perigo era Minerva McGonagall que, por mais que tratasse os meninos como filhos, podia ficar extremamente brava com eles quando queria.
Sirius não entendia o porquê. Eram praticamente anjos.
Foi um dia exaustiva. Entre fingir que estavam apenas jogando de tarde para não chamar atenção, roubar comida e conferir se a sala misteriosa conseguia projetar a festa do jeito que Black estava imaginando, os quatro marotos conseguiram, por fim, planejar a noite de Natal perfeita. E todos estavam ansiosos. Pontas e Lily estavam naquela nauseante fase de início de namoro, onde não conseguiam se desgrudar. Rabicho havia convidado a sonserina com quem ele estava saindo. Aluado, com certeza o mais nervoso de todos, ia finalmente tentar algo com Scarlett. E Sirius não podia estar mais ansioso para que, numa disposição de casais naquele espaço, ele e finalmente tivessem uma chance.
Qualquer um que pudesse ver pensaria o mesmo que ele. As curvas maravilhosas da sonserina, combinadas com seu jeito confiante, a tornavam uma visão do paraíso. Ou do inferno, se fosse considerar os tipos de pensamentos que rodavam sua cabeça.
Mas Sirius não deixaria transparecer o quanto queria . Afinal, tinha certeza que ela seria como as outras. Boa demais até tê-la para si e seguiriam suas vidas. Sabia que também era esse tipo de pessoa. Sem envolvimento, apenas prazer.
Enquanto se arrumavam para a festa, os marotos pentelhavam Remo e seu óbvio nervosismo. Os amigos sabiam o quanto a sua condição e o seu medo de machucar alguém mexiam com ele, por isso Pontas ficou responsável por conseguir algo especial para o amigo. — O que é isso? — Lupin perguntou, vendo o maroto com um frasco na mão.
— É uma poção que vai retardar sua transformação, você vai ficar um pouco desconfortável, mas vai conseguir se segurar por mais seis horas, então a hora ideal para tomar seria… — Pontas respondeu.
— Meia noite. — Sirius completou. — Isso é ótimo, Aluado. Vai conseguir curtir sua gatinha até às seis da manhã, se quiser. Seu lobão interior vai adorar.
Black gargalhava da cara do amigo, entre vergonha e um riso safado, e logo todos os amigos estavam rindo juntos.
Com o problema peludo de Aluado resolvido, ou melhor, contido, Pontas puxou o melhor amigo para o lado.
— Lily me disse que não parecia nem um pouco ansiosa para a festa, embora eu não entenda porquê. Qual seu plano, Almofadinhas?
— Meu plano é ser eu mesmo. Isso nunca falha. — Sirius sorriu maroto e o amigo retribuiu o sorriso. — Mas eu tô ficando preocupado. Quão ruim de cama você deve ser pra vocês discutirem a minha vida no tempo livre?
— Ora, Almofadinhas, nós estávamos na biblioteca. Lily cismou que tinha que terminar todos os deveres e eu tive que acompanhar. É difícil a vida de namorar uma monitora que deixa tudo em dia.
— Deve ser sofrido, Pontas. Mas uma coisa eu te digo. Estar na biblioteca nunca impediu ninguém antes.
— Nunca impediu você, Almofadinhas. — James riu. — E é bom manter esse espírito bem humorado. Algo me diz que você tem uma longa batalha pela frente com a , cachorrão.
— Relaxa, ninguém até hoje resistiu ao meu charme e ela não vai ser exceção. — Sirius fez biquinho com pose, tirando algumas zoações do melhor amigo.
Sirius sabia que o amigo temia que sua autoconfiança o atrapalhasse, como ele mesmo havia penado com Lily, mas Black se mantinha confiante. Não teria outra chance parecida e, diferente de Aluado que mesmo nervoso tinha a atenção da loira, por mais que não percebesse, se Sirius não tomasse a iniciativa, só faria questão de separá-los cada vez mais.
Os quatro amigos e Lily subiram para o sétimo andar, passaram três vezes na frente da parede que revelou uma porta magnífica. Ao entrarem, encontraram o lugar exatamente como haviam deixado mais tarde: a sala espaçosa, a comida bem disposta, as bebidas abundantes, alguns sofás confortáveis, um armário que Black não entendia porque havia surgido e alguns cantos secretos e privados bem promissores.
Logo, a sonserina com quem Peter estava saindo chegou. Ela cumprimentou a todos e eles se sentaram em um dos sofás, ficando a sós.
Os marotos se sentaram e compartilharam a primeira garrafa de cerveja amanteigada para começar a esquentar a noite. Os quatro conversavam com uma intimidade incrível, Lily tendo sido uma incrível adição ao grupo. Sirius admitia que sentiu um pouco de ciúmes no início, mas, naquela noite, ele só se importava com a sonserina dos cabelos pretos.
Então, finalmente, mais convidados apareceram. Scarlett apareceu toda arrumada e a expressão no rosto de Aluado era impagável. Era óbvio para qualquer um o quanto ele estava interessado e Sirius suspeitava que fosse recíproco. Embora tenha ficado confuso com a aparição de uma acompanhante. Se não se enganava, seu nome era alguma coisa Arckerley.
Mas a garota que Black realmente desejava ver não se encontrava ali.
Sirius pigarreou tentando salvar o amigo que parecia hipnotizado, enquanto Lily cumprimentava as meninas.
— Meninas! Que bom que vocês vieram, estava preocupada de ficar sozinha com esses malucos a noite toda.
— Ei Ruggiero, ficamos felizes que aceitou o convite, não é Remo? — Black sorriu cumprimentando-a rapidamente e olhando para o amigo.
— Hm, é... É claro! — Aluado completou, rápido demais, fazendo o amigo segurar a risada. Como era atrapalhado...
— Se tem bebida, tem Scarlett. — ela sorriu sendo acompanhada pelos risos dos demais. — É bom estar aqui.
— E você é…? — Potter direcionou o olhar confuso para a acompanhante inusitada e em seguida levou um tapa na nuca da namorada pela inconveniência. Lupin e Black soltaram risos baixos, mas ao receber um olhar sério de Lily pararam imediatamente com medo de apanharem de brinde. Quem Sirius podia enganar? Não lembrava exatamente quem era a menina aleatória.
— Ah, essa é minha amiga Juliet, eu a convidei. — Sky riu olhando do grupo para a amiga que soltou um risinho tímido ouvindo um coro de cumprimentos. — Apresentações feitas, cordialidades em dia… Podemos pegar as bebidas agora?
— Vamos pegar as bebidas e colocar uma música legal! — chamou Lily, sendo acompanhada pelas duas garotas.
— Pelo menos o Aluado disse alguma coisa. — Rabicho comentou.
— É, já não estamos mais na estaca zero, amigão! — Black deu um tapinha nas costas do amigo que bufou. — Vamos jogar, vai!
Os marotos seguiram em direção a mesa e começaram a dispor os copos para a partida de Butterbeer pong e formar as duplas. Sirius e Lupin eram uma dupla imbatível naquilo, o que eles sempre gostavam de esfregar na cara dos outros amigos.
O jogo estava como o imaginado, eles ganhavam de Pontas e Rabicho que, inclusive, não havia acertado uma bolinha sequer, o que deixava James puto e tornava tudo mais engraçado.
Isso é, até a porcaria da Ruggiero começar a dançar e distrair sua dupla.
— CARALHO, ALUADO! — o grito de Sirius o tirou de seus devaneios, fazendo-o pular, enquanto Pontas e Rabicho comemoravam.
— Mas, o que? Que porra…
— Limpa a baba e vira a cerveja, meu caro Aluado. — Pontas zoou, sendo fuzilado pelo amigo.
— Vai beber as quatro canecas sozinho. Me fez perder e ainda descumpriu nosso trato… — Sirius apontou, com a cara fechada.
— Eu não descumpri nada, o combinado era chamar e isso eu posso te garantir que fiz. — Remo retrucou pegando a primeira caneca de cerveja — me garantiu que vinha. E nós não perdemos, dá pra virar o jogo ainda.
— Sossega aí, tá parecendo até um virgem ansioso. — Pontas caçoou, recebendo o dedo médio de Black como resposta. — Vira isso aí, Aluado.
Não demorou até que Remo depositasse a quarta caneca vazia na mesa, sob os assobios e palmas dos amigos, que logo estariam no mesmo caminho.
— E aí, quem tá ganhando? — Scarlett perguntou, seguida de uma cena constrangedora de um soluço de Lupin por tudo o que havia bebido, arrancando risadas de todos.
— Está empatado. — Rabicho explicou recebendo um aceno de cabeça desinteressado da corvina.
— Não graças a você… — Pontas resmungou bagunçando os cabelos do amigo. — Sua mira é péssima!
E assim, James pediu substituição e o pobre Rabicho voltou para sua ficante sonserina enquanto Scarlett assumia sua posição para um Mata-Mata: quem acertasse primeiro, ganhava.. Sirius só torcia que isso não desestabilizasse seu amigo.
Black ficou frustrado quando perdeu sua jogada, mas se sentiu melhor quando Potter e Lupin também perderam suas jogadas. O problema é que a maldita Ruggiero acertou a dela.
Pelo menos, isso fez o amigo tomar uma atitude e parabenizar a corvina, enquanto Almofadinhas e Pontas saíam de fininho e se sentarem em um dos sofás, onde Sirius conferiu seu relógio.
Black estava começando a perder as esperanças, quando a porta se abriu pela terceira vez naquela noite e Amélia finalmente apareceu.
estava parecendo o próprio pecado com aquele vestido preto tão justo e curto e as botas longas combinando. Cada parte do seu corpo estava deliciosamente tentadora e seus cabelos balançando mexiam ainda mais com o garoto. Sentiu que se não controlasse seus pensamentos, seu amiguinho poderia acabar muito animado e isso iria gerar uma situação muito constrangedora.
Mas nada disso foi preciso, porque a chegada do acompanhante de Amélia passou pela porta logo em seguida, enfurecendo-o.
Sirius se levantou em um pulo e sentia como um rosnado saindo de seu corpo. Poderia avançar naquele garoto a qualquer momento. Atraído por seu ódio, Régulus Black também o olhou, o olhar frio e a boca franzida. Tão mimado e emburrado como sempre. Sirius queria estraçalha-lo.
— Que merda você pensa que ‘tá fazendo aqui? — Sirius protestou. — Ninguém te convidou. Vaza. E não me faça repetir.
— Eu fui convidado. Acha que eu viria por conta própria pra essa porra de lugar encontrar a escória de Hogwarts?
— Que bonitinho, está parecendo a mamãe. — Sirius falou sorrindo sarcástico e viu o punho do irmão se fechando.
— Só um de nós pode chamá-la assim ainda, né? E, que eu me lembre, não é você, seu traidor. — Cada palavra de Regulus fazia o punho de Sirius se fechar mais apertado. Era só o irmão inclinar o rosto um pouco e ganharia um gancho de direita.
— Tá bom, chega por hoje, já deu. — falou. — Black, deixa ele em paz, a festa é para ser divertida, você não precisa se estressar tendo que descer ao nível desse babaca infantil.
— É, você tem razão, . — Sirius concordou com a cabeça.
— Não estou falando com você. — Ela soltou, antes de entrelaçar o braço no do jovem Black e sair pelo salão, deixando um Sirius puto e decepcionado para trás.
— Ei, Black! — Uma mão estava sendo abanada diante de seus olhos, despertando-o dos seus pensamentos e encontrando a corvina loira diante de si.
— O que foi, Scarlett? — O grifinório parou ao lado dela, aproveitando para pegar mais uma dose de Whisky de fogo.
— O que o Lupin tem? Ele ‘tá mais calado que o normal, desde cedo… — Scarlett lançou um olhar discreto para Remo, que encarava o relógio de pulso.
— Ahn… É só que ele não tá se sentindo muito bem. Desânimo, sabe como é… — Almofadinhas coçou a nuca sob o olhar desconfiado da loira. “Caramba, Aluado, você tem que ficar tão constrangido assim?”, Black pensou.
— Sei… — Começou ela — Estava pensando em fazermos algo que pudesse sei lá, animá-lo, distraí-lo, o que acha?
— Ruggiero, você é brilhante! Tive uma ideia! — Sirius sorriu para a amiga e correu para abaixar o volume da música, recebendo vários olhares confusos dos restritos convidados da festa. — Galera, é o seguinte. Acho que está na hora de esquentarmos as coisas por aqui, que tal um eu nunca?
Os olhares confusos passaram a ser tomados de malícia e diversão. É, talvez seu irmão idiota não tivesse que estragar tudo.
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— Muito bem, vamos repassar as regras mais uma vez. — Pontas exclamou, levemente alterado. — Em sequência, todo mundo vai dizer algo que nunca fez e todos aqueles que já tiverem feito terão que virar o copo. Todos os shots em mãos?
Todos na roda sorriram para seus copos cheios e as garrafas próximas prontas para os refis. Apenas Rabicho e a sonserina haviam sumido e Black não pretendia interrompê-los.
— Muito bem! — James continuou. — E se alguém quiser questionar qualquer coisa sobre sua resposta, você é obrigado a responder, se não, deve fazer um desafio escolhido pela pessoa.
— Isso não é uma grande invasão de privacidade? — Juliet perguntou.
— Ah, Ackerley, e o que nesse jogo não é? — Sirius riu da reação da jovem lufana.
— E qual seria a graça se não fosse? — Amélia acabou dizendo ao mesmo tempo, fechando a cara logo em seguida ao notar a coincidência, o que só fez o grifinório abrir um sorriso ainda maior. — Ok, vamos logo, quem começa?
— Eu! — Evans e Black falaram ao mesmo tempo.
— Bom, as damas primeiro, né? — Pontas sorriu para a namorada.
— Seu idiota! Como ousa preferir uma menina ao seu melhor amigo?! — Sirius se fingiu indignado. — Sirius, supera! Ele é meu agora. — Lily mostrou a língua, tirando várias risadas do grupo. — Muito bem, vamos começar leve. Eu nunca fui para a detenção.
— E ainda se diz namorada de um maroto! — Almofadinhas riu, bebendo seu copo, assim como Pontas, Aluado, , Scarlett e seu irmão ignorante.
— Eu nunca tive um sonho picante com alguém que está aqui. — Amélia disse, bebendo o conteúdo de seu copo, assim como todos os outros, com exceção apenas de Julie e Remo, que tinha os olhos arregalados.
— Não vem com essa não, Aluado. Eu e Pontas lembramos muito bem de acordar com você gemendo o nome da…
— Tá, Sirius, tá! — Remo o interrompeu, nervoso e fuzilando-o com o olhar. Black não podia deixar de rir. Não seria o único a se revelar na frente das meninas.
Então, chegou a vez de Regulus que resmungou até soltar uma afirmação genérica qualquer, que todos já tinham feito. Sirius não pode deixar de se irritar. Se claramente não queria jogar, era melhor ir embora. E teria sugerido isso se não tivesse o receio que, ao expulsar o irmão irritante, também perderia .
— Eu nunca faltei aula por estar de ressaca. — Julie afirmou orgulhosa de seu feito, sorrindo para Lily e Lupin enquanto observavam os demais beberem.
Remo soube atingir Pontas e Almofadinhas, fazendo-os virar mais um shot. A droga de se ter melhores amigos no jogo era a facilidade de ser exposto.
— Eu nunca beijei minha melhor amiga. — disse Sky, levando seu copo a altura de sua cabeça, bebericando e piscando para Julie, que olhava a amiga completamente paralisada enquanto suas bochechas eram preenchidas por um tom rubro.
— Julie? — exclamou Lily, perplexa, fazendo todos rirem.
e Regulus trocaram um olhar que Sirius preferia não ter visto e não pode deixar de ignorar a raiva que subiu por seu corpo ao vê-los virando o copo. Como seu irmão havia sido capaz de beijar alguém tão maravilhosa como ?
— Ahá! Eu sabia. — Vangloriou Lupin — Esse papo de que eram só amigos nunca me enganou, .
— Ah, Lupin. — suspirou a garota — Não se faça de maluco. Beba logo esse copo.
— Mas o quê? — disse Regulus, confuso, virando-se para a amiga.
— Remo! — comemorou Sirius. — Escondeu isso até de mim, garanhão?
Black assistiu o amigo virar o copo, fingindo alegria, porém ainda mais indignado que todos ali haviam tido a oportunidade, menos ele, quem mais a desejava.
— Ok, ok! Minha vez. — Sirius disse, pensativo. Uma imagem de Lupin beijando a sonserina deu-lhe a ideia de vingança. — Eu nunca fui frouxo e deixei de chamar alguém que eu gosto para sair.
Aluado arregalou os olhos e virou o copo sob o olhar atento da Ruggiero. Escondida de todos, Juliet também bebia o conteúdo do seu.
— É, começou a rodada para explanar? Que assim seja. Eu nunca fiquei bêbada e fiz uma tatuagem secreta. — Lily disse, lançando olhares para Sky. A loira apenas abriu a boca incrédula e soltou um riso indignado, ergueu o colo em direção a ruiva e o virou de uma só vez.
— É isso, próximo!
— Nada disso, agora quero saber dessa história! — Julie riu, recebendo uma careta da amiga como resposta.
— Eu estava andando por uma cidade trouxa em uma viagem que fiz com meus pais, fiquei bêbada em um pub que fazia tatuagens, uma coisa levou a outra e eu saí de lá com três.
— Seus pais sabem? — questionou Regulus debochado, e, apesar da vontade que tinha de revirar os olhos toda vez que o irmão abria a boca, Sirius também ficou curioso com sua pergunta. Afinal, os Ruggiero eram uma família puro sangue bem conhecida na Itália e em todo o mundo bruxo. Scarlett o olhou e deu de ombros.
— Minha vida é um livro aberto, Black.
— Por que não mostra uma das tatuagens pra nós, Sky? — Sirius deu uma cotovelada leve na corvina que bebericou o líquido de sua taça.
— Elas só poderiam ser vistas se eu tirasse o vestido, não posso fazer isso.
— Ninguém aqui vai ligar de te ver seminua, amiga. — deu de ombros sorrindo, lançando um olhar significativo para Aluado que estava a beira de um colapso.
— Esse é o problema... — Sky disse sem um pingo de vergonha.— Não tenho como ficar seminua se não estou usando nada por baixo.
— Está se negando a responder, Ruggiero? — Juliet questionou a amiga que semicerrou os olhos.
— Vocês me fizeram mais de uma pergunta e eu respondi todas, nem vem!
— Ackerley está certa, você merece um desafio. — Sirius ergueu as mãos com uma careta engraçada.
— Mas… — ela começou e irritou-se com os protestos que endossavam o coro de Sirius cruzando os braços — O que é que vocês querem que eu faça?
— Acho que nosso amigo ali — apontou para Remo, sorrindo maliciosa — adoraria uma experimentar algo que ouvi dizer que você faz muito bem…
Ah, cara, era por isso que Sirius era gamado naquela sonserina.
— O que? — bradou Lupin, assustado. — Como assim? !
— Um lap dance. — completou, sorrindo cúmplice com a corvina.
— Desafio aceito. — Scarlett disse, se levantando.
Depois de muitos gritos, risadas, aplausos, zoações e um Aluado que parecia que iria gozar com um mínimo beijinho, a roda se acalmou e o jogo continuou.
Enquanto falava algo que fez Regulus beber, Sirius pensou: talvez ali estivesse a resposta de como conseguir sua garota, fazendo-a aceitar um desafio! O problema era: o que uma garota confiante, com atitude e sem vergonha como não responderia se lhe fosse perguntado?
Antes que pudesse pensar além, porém, a voz irritante do seu irmão lhe chamou a atenção:
— Eu nunca abandonei minha família.
— Agora já chega, seu moleque, dá a porra do fora daqui! — Sirius não se aguentou.
— O que foi? O intuito do jogo não é esse? — Regulus falou simplesmente, fingindo superioridade ao nem olhar o irmão nos olhos.
— Pois fique sabendo que eu vou beber com prazer porque foi a melhor decisão que eu tomei em toda a minha vida!
Aquilo chamou a atenção do Black mais novo, que fuzilou Almofadinhas enquanto este virava o seu copo, sentindo o álcool queimar em sua garganta, assim como a raiva.
— Ok… — Ackerley falou, claramente desconfortavel. — Er, eu nunca usei óculos?
Todos encararam a menina e nem mesmo Sirius pode deixar de rir com a discrepância tão grande entre perguntas. Passou-se então a vez de Aluado, de Scarlett, a sua própria e agora...
— Vai Potter! Sua vez… — Ruggiero abanou na direção do garoto quando a segunda rodada chegava ao fim.
— Ok, eu… Eu nunca nadei pelado no Lago Negro. — Deu de ombros, soltando a primeira coisa que lhe veio à mente.
Scarlett gargalhou, piscando na direção de que riu da mesma forma. Sirius ficou extremamente curioso e Juliet verbalizou sua curiosidade
— Pera… O que?
— Digamos que Ruggiero e eu temos o mesmo espírito aventureiro. — murmurou bebendo seu gole de uísque.
Caralho, agora Sirius não conseguia tirar da cabeça a imagem de nua no lago.
— Certo, certo… Vamos seguir. — Sirius abanou a mão, tentando afastar aqueles pensamentos.
Algumas bebidas, revelações, vergonhas e segredos devidamente expostos depois, todos já se encontravam mais soltos e alegres. Menos Regulus, com sua carranca típica e Lupin, que não deixava de parecer preocupado.
Mais uma rodada se finalizou, novamente em Pontas que mais uma vez soltou algo aleatório.
— Eu nunca levei um pé na bunda… — ele foi interrompido pelas gargalhadas de Almofadinhas e Aluado, que contagiou os demais.
Tudo que Pontas mais havia sido em seus anos escolares fora ser chutado por Evans.
— Deixa eu terminar, caralho! — James tentou, também rindo antes de especificar a sentença. — Eu nunca levei um pé na bunda em um namoro.
— Ainda bem que sabe que tem que especificar. — Black continuou, tentando recuperar o fôlego.
Porém, na hora que olhou para o lado e viu o olhar do irmão cair sob uma abalada que virava seu copo, qualquer graça na situação morreu.
— ? Você? — Sirius não quis soar acusatório, mas seu tom de voz era de completa surpresa, isto ele não conseguia esconder.
— Cala a boca, Sirius. — Regulus o alertou.
— Mas você nunca namorou ninguém. Exceto… O RANHOSO? — Sirius, que já achava impressionante demais que e Snape já tivessem se envolvido alguma vez na vida, estava ainda mais chocado que ele havia sido o responsável por acabar com as coisas. Ali estava mais um sinal de que o Ranhoso era um idiota: quem com a sanidade perfeita dispensaria alguém como ?
— Estou avisando… Pare de perguntar. — Regulus defendia e isso só atiçava mais a curiosidade de Sirius. O que teria feito uma menina tão aberta e confiante murchar com o fato? Não parecia a simples dor de levar um pé na bunda.
— Deixa ele, Reggie. Não vale a pena. — interceptou o mais novo, ainda com o tom seco.
— Mas, , eu não entendo… Como ele te deu um fora?! Por qual motivo? — Black sentiu Pontas socá-lo, um claro sinal para ele calar a boca.
— Isso não é da sua conta. — Ela retrucou.
Um silêncio constrangedor se fez no ambiente e Sirius se sentiu mal por não conter a própria língua.
— … — Lily começou, hesitante.— Ele te fez uma pergunta e você não respondeu.
A morena olhou séria para a ruiva.
— E daí?
—Er… — Evans parecia com medo de dizer algo errado. — Se você não responder, você deve um desafio a Sirius.
Enquanto o rosto de se fechava lentamente com o choque, Black não podia estar mais feliz. O seu plano, que ele nem pensara em como botar em ação, estava dando certo acidentalmente. Ela devia um desafio a ele! Poderia ter tantas coisas…
— , você não precisa. É só um jogo idiota! — Regulus falava, mas ela apoiou a mão em seu ombro.
— Se todos estão seguindo as regras, eu também vou. — Ela retrucou, irritada. — O que você quer de mim, Black?
Aquele era o melhor dia da vida dele.
— Nada demais. — Sirius começou. — Só um beijo.
Regulus estava com uma cara furiosa e parecia a ponto de explodir. Completamente a contragosto, ela se levantou, enquanto Sirius se punha de pé em um pulo, sorrindo no que ele acreditava ser seu mais belo sorriso sedutor.
— Que fique claro, Black, que você nunca mais vai conseguir isso na sua vida. — falou assertiva.
— Se você diz. — Sirius disse, sorrindo de lado, antes de puxá-la pela cintura e tomar os lábios dela para si.
Sirius não tinha ideia de quantas garotas havia beijado na vida, mas aquele era um dos melhores beijos que experimentava. , por mais que dissesse que não o queria, explorava sua boca com avidez, a mão segurava sua nuca e o moreno sentia arrepios provocados por suas unhas. Claro que ele não estava por trás, uma mão na cintura dela que atrevidamente escorregava por seu quadril e a boca seguindo seu ritmo intenso. Não sabiam quanto tempo ficaram ali, imersos na sensação, até se afastarem para tomar fôlego. Sirius se sentia zonzo e incrivelmente perplexo com o poder daquele contato. E, ao olhar para os olhos de , pode ver sua perfeita compostura perdida por um segundo.
Um mínimo segundo, mas ele não pode deixar de sorrir triunfante.
— É… Nada mal para um beijo indesejado, não é mesmo, ?
só lançou o dedo do meio enquanto sentava do lado do chocado Regulus. Sirius não podia deixar de conter um sorriso no rosto.
Só havia um problema. Havia provado e só pensava em tê-la de novo.
🐍🐍🐍
— Eu nunca brinquei de sete minutos no paraíso. — sentenciou Lily, dando início a mais uma rodada. Todos beberam, exceto Regulus e Julie.
— O que é isso? — Regulus questionou com uma careta.
— É uma brincadeira trouxa que… — Julie se propôs a explicar, era nascida trouxa e claramente não havia jogado o jogo por conta de sua personalidade reclusa.
— Pff… ‘Tá explicado o porquê de eu nunca ter brincado disso. — Regulus ironizou, sendo fuzilado pelo irmão e pela melhor amiga.
— Como eu ia dizendo… — Julie continuou entredentes, irritada por ter sido interrompida. Sirius se surpreendeu com a perda de paciência dela. — Duas pessoas são escolhidas para passar sete minutos sozinhas em um local fechado e escuro.
— Durante este tempo, elas fazem o que quiserem. Muitos usam este tempo para conversar de forma privada ou fazem coisas mais íntimas, como beijar ou dar uns amassos… — Amélia completou a explicação com um sorriso maldoso compartilhado com Scarlett que concluiu a ideia.
— Como as coincidências estão ao nosso favor hoje e sempre há uma primeira vez para tudo, temos um armário bem ali e apenas dois que nunca brincaram…
— O QUÊ? — Ackerley berrou assustada.
— DE JEITO NENHUM! — fora a vez de Black.
— Todo mundo cumpriu os desafios, Black! — Amélia rebateu, claramente ainda ressentida pelo seu próprio. — Então nos faça o favor de parar de cu doce e entrar na porra do armário AGORA!
Sirius viu Regulus entrar com Arckeley no armário e não pode deixar de sentir pena da menina que tinha que lidar com o porre do seu irmão.
Scarlett conversava com Aluado, que parecia completamente nervoso, enquanto Pontas e Lily trocavam alguns beijos. Black bufou, até que viu que a outra figura solitária era .
Ele não pode deixar de sorrir para esta e piscar, um claro convite para continuar o desafio de mais cedo, mas ela apenas revirou os olhos e olhou para o outro lado. Almofadinhas estava frustrado. Como aguentaria desejá-la tanto assim se nunca conseguia uma chance? O que tinha de errado com ela por rejeitá-lo?
Vai ver, ele pensou irritado, seu irmão tivesse feito a cabeça dela contra ele. O que Sirius considerava um insulto, já que acreditava ser perfeitamente educado e impossível de não passar uma boa impressão.
Olhou para o lado e viu que ainda o ignorava. Bom, aquilo pelo menos deixava uma vantagem. Podia apreciar toda a beleza do seu corpo com aquelas botas e aquele vestido sem que ela o matasse.
O tempo passou e se levantou, fazendo Sirius aproveitar e beber mais de seu vinho. Pensou que a bebida pudesse fazê-lo ignorar facilmente, mas apenas deixava seus desejos mais latentes.
— Ei, casal! — se aproximou sentando ao lado de Sky, que despejou o restante do conteúdo de sua taça goela abaixo. — Desculpa atrapalhar, mas estou preocupada com a Julie e o Reggie… Jurei ter escutado algumas ofensas.
— Mas eles estão quietos agora… — Lily apontou para o armário e deu de ombros.
— Dos dois um… Ou se mataram ou estão se pegando. — Sirius argumentou.
— Bom, se for a segunda opção… Sorte a deles. — Sky se levantou bufando e indo em busca de mais bebida, deixando Sirius intrigado. Seu amigo tinha pisado tão feio assim na bola? — Qualquer coisa nós abrimos o armário antes.
— Vamos esperar mais alguns minutinhos… Vai que eles se acertam. — Remo deu de ombros. Todos os presentes o encararam com descrença.
Não havia nada mais desastroso que Regulus e Juliet.
— Eu aposto que eles se mataram. — Pontas ergueu a mão em uma votação, que acabou tendo só ele como participante. Lily lançou um sorriso para o namorado a fim de confortá-lo e Sky virou-se para .
— Abre, vai. — a loira disse a sonserina, que assentiu indo em direção a porta.
— Tudo bem, vocês estão liberados…
abriu as portas do armário, mas sua expressão de choque fez com que todos os olhares da sala se voltassem para o pequeno móvel que abrigava um Regulus visivelmente excitado que fez Sirius ter vontade de vomitar e uma Juliet não tão diferente, mudando apenas o vestido torto e levantado. Black não sabia se ria ou simplesmente paralisava com a cena.
— Wow. — exclamou a sonserina, sorrindo maliciosamente — Resolvemos abrir antes porque ficamos com dó da Julie, mas pelo visto ela está sendo tratada muito bem.
— Eu… Você! — a lufana começou, gesticulando com o rosto roxo de vergonha e tentando se arrumar como podia. — Seu… Seu… Seu futre! Você se aproveitou de mim.
Era algo inédito para todos ali, e por mais formais que fossem suas palavras, Julie não costumava xingar com tanta frequência, o que tornava tudo ainda mais hilário.
— Eu? — bradou Regulus incrédulo — Foi você quem veio tocando meus ombros como quem não quer nada!
— Tá, tá. Já chega, gente. — disse Lily, puxando Julie para fora do armário. — Já é quase meia noite, vamos deixar isso pra lá ok? É Natal!
A meia noite chegou e Sirius não pode deixar de erguer seu copo, animado, virando todo o conteúdo em seguida para comemorar. Os amigos seguiram seu exemplo, animados, até que perceberam que duas pessoas não estavam comemorando.
Remo estava no canto e não parecia bem, sendo consolado por Ruggiero. Merda, Sirius havia se divertido tanto que esqueceu do problema peludo do amigo. Ele se aproximou, junto com Lily e James.
— Está tudo bem, Sky. Vamos levá-lo para o quarto, pra respirar por alguns minutinhos… — Black começou falando.
— É, sabe como é… Nosso Aluado aqui tem uma doença respiratória trouxa que…
— Eu sei o que é asma, Potter. E não se parece em nada com o que ele está tendo agora. — ela cruzou os braços, voltando a olhar preocupada para Lupin.
— Está… Está… — agonizou Remo — Tá tudo bem… Nós… Já voltamos.
Dito isso, os marotos saíram em direção a comunal da Grifinória.
🐍🐍🐍
A respiração do grifinório voltava a se normalizar, mas Black e Potter ainda encaravam o amigo em um misto de desespero e preocupação, procurando formas de deixá-lo melhor.
— Nós podemos ficar, se quiser… — James começou.
— Ou ir para a Casa dos Gritos. — Sirius sugeriu logo em seguida, mas Lupin apenas negou com a cabeça.
— Tá tudo bem, eu já estou melhorando. Voltem pra festa. — Ele verbalizou com a voz rouca e baixa, deixando os companheiros ainda mais nervosos, embora tentassem esconder.
— Está maluco, Aluado? — Sirius começou com um sorriso confortador para o amigo — Somos seus amigos.
— Ficaremos aqui com você! — James sentou-se ao lado de Aluado na cama, colocando a mão no ombro dele.
— Eu agradeço, mas… Acho que vai ser mais seguro. E eu quero ficar sozinho por alguns minutos, desço assim que me sentir melhor. — forçou um sorriso doloroso — Eu juro, tá tudo bem.
Pontas e Almofadinhas trocaram olhares preocupados, mas concordaram com o amigo, respeitando sua vontade. Trocaram mais algumas palavras e saíram, deixando-o sozinho.
— Esse Aluado… É mais teimoso que uma porta. — Sirius resmungou.
— Eu que o diga. — Uma terceira voz falou. Sirius encontrou Scarlett ali.
— O que… Como… Como conseguiu entrar? — Pontas perguntou, assustado.
— Vocês deviam ser mais cuidadosos ao falar a senha. Se não, qualquer pode ouvir. — Ela deu um sorrisinho, mas logo ficou séria. — Eu vou vê-lo.
— Ruggiero, não acho que é uma boa ideia. — Sirius alertou.
— Não foi uma pergunta. — Ela olhou para os dois, esperando que alguém a desafiasse, mas os dois amigos cederam.
— Só… cuida dele, por favor. — James falou.
O olhar dela se tranquilizou.
— Pode deixar. — Ela respondeu, antes de correr escada acima.
— Parece que nosso Aluado achou alguém boa o suficiente para ele. — Sirius brincou, mas parte de si se sentia muito feliz pelo amigo. Ele havia sofrido muito e merecia momentos felizes.
Já estavam saindo, quando a porta se abriu de novo e Lily apareceu, parecendo cansada.
— James Potter, como ousa me deixar para trás assim?
— Lily, meu amor…
— Não venha com essa de meu amor para cima de mim! Eu também estava preocupada com ele! O que eu ia falar para as pessoas?!
James mandou um olhar pedindo socorro para Sirius, mas o segundo falou desculpas apenas movendo os lábios, sem produzir um único som, antes de sair ligeiro do salão comunal.
Respirou tranquilo do lado de fora, se esquecendo que já era meia noite e, teoricamente, estava quebrando as regras. Riu consigo mesmo. E quando não estava? Chegava a ser patético o jeito que Filch simplesmente não conseguia controlar nada naquela escola.
Black estava quase de volta o local da festa quando viu uma silhueta andando lentamente em sua direção. Quase se questionou se estava alucinando, mas não seria capaz de recriar algo tão perfeito e real assim.
— Eu não voltaria para lá se fosse você. Julie e Reggie sumiram e não acho que seria bom encontrá-los. — sorriu sarcástica e Sirius não pode evitar uma cara de nojo. Nem se ainda fosse próximo do irmão desejaria flagrá-lo em qualquer momento minimamente íntimo.
— Quem diria, esses dois… — Black se contentou a rir fraco, antes de se tocar de um detalhe. — E o que você está fazendo aqui? Vai voltar para o dormitório da Sonserina?
fez uma careta e ficou em silêncio. Não podia ter certeza, mas a garota parecia enfrentar um dilema interno. Algum lado deve ter vencido, pois ela jogou o cabelo para trás e falou:
— Estava apenas vagando por aqui. Ver se encontrava algo… interessante.
O olhar da morena o fez sentir uma reação bem conhecida quando o assunto era . A garota que dizia não suportá-lo estava conversando normalmente com ele e flertando?
Não seria ele a perder a oportunidade.
— E eu posso te ajudar com isso?
Ela não olhou para ele, mas pode ver um sorriso mínimo se formar em sua boca.
— Bom, essa noite você certamente provou que conhece lugares inusitados. Alguma sugestão?
— Pelo o que eu vi essa noite, você também é capaz de surpreender. — O garoto provocou de leve. — E parece que meu maior trunfo foi ocupado.
O rosto dela se franziu e ele temeu ter dito algo errado. Mas então ela disse:
— Bom, com esse frio fica difícil ter muitas ideias.
— Eu até te convidaria a ir para o salão comunal da Grifinória e me orgulharia de poder te surpreender, mas acho que os quartos lá andam meio… ocupados. — Ele comentou, lembrando dos dois amigos que estavam bem acompanhados.
sorriu marota ao encará-lo.
— E você? Já entrou no salão comunal de outra casa?
— Bom, conheço muito bem o da Corvinal, conheci um pouco o da Lufa-Lufa em algumas festas e cheguei a ficar cinco minutos no da Sonserina antes de ser expulso.
Ela bufou e revirou os olhos, antes de respirar fundo.
— Então tá na hora de você conhecer de verdade o salão comunal das serpentes.
— Está se chamando de cobra, ? — Ele caçoou.
— Ah, mas eu sou. E das mais venenosas. — disse, piscando para ele, antes de rumar pelo corredor em direção às masmorras.
A excitação começou a correr por suas veias. Sirius voltou a se espreitar pelas sombras, agora acompanhado e muito mais ansioso. Um miado o fez esperar um pouco mais em um corredor do terceiro andar, mas logo estavam descendo para a parte inferior do castelo.
Chegaram em uma parte das masmorras que parecia como as outras, mas para era muito familiar e até Sirius a reconhecia.
— Abaffiato. — murmurou apontando para o garoto e logo tudo ficou confuso aos seus ouvidos.
— ?! O que você fez?!
Ela falou algo que ele não pode ouvir e a porta se revelou. Eles entraram e ela apontou de novo a varinha para ele, fazendo o mundo voltar a ter sons.
— Que porra foi essa?!
— Não achou que eu confiaria nossa senha a você, achou? — Ela disse, jogando os cabelos pretos para trás e andando para conferir se estavam realmente sozinhos.
Sirius aproveitou para explorar aquele local que ele nunca pudera ver antes. As poltronas verdes e o efeito que o lago causava no local eram bem incríveis, mas ele nunca admitiria que nada na Sonserina pudesse ser minimamente bom. Ele se sentou em uma poltrona e logo reapareceu.
— Sempre achei a segurança dessa escola muito precária para uma instituição responsável por tantos menores de idade. — comentou, soltando-se no braço da poltrona em que ele estava.
— Tirou as palavras da minha boca. — Black disse, ainda olhando tudo ao redor um pouco intrigado. Repensou várias vezes o que faria a seguir, mas não pode deixar de comentar. — Achei que você me odiava, .
Ela bufou.
— Precisa me lembrar disso agora? Já é difícil o suficiente não socar essa sua cara de convencido.
— Então eu não te lembro. — Ele disse, se virando para ela, e não pode deixar de relancear a boca rosada de . E um pouco do seu decote também.
Ele esperava um belo soco por deleitar-se tão abertamente, mas a garota o encarou de volta, também olhando para sua boca. Quando Sirius se deu conta, estavam a poucos centímetros de distância.
— Achei que havia me dito que eu nunca mais teria você de novo. — Ele não conseguiu conter a provocação, fazendo-a revirar os olhos.
— Você é um porre, Sirius Black. Mas a sua maldita sorte é beijar tão bem.
Sirius sorriu satisfeito pouco antes de colocar a mão no rosto da sonserina. Mas, como se tratava de , antes que ele pudesse beijá-la, ela tomou a iniciativa.
O beijo de mais cedo não parecia em nada com o de agora. Não havia mais surpresa, receio ou bloqueios. Os dois estavam completamente entregues ao momento, as bocas urgentes procurando ganhar cada vez mais espaço enquanto as mãos do moreno desciam por toda a silhueta da garota.
Sirius sentia seu desejo aumentar cada vez mais, especialmente quando ela subiu no colo dele, rebolando de leve em encontro ao seu membro. Por Merlin, a garota estava o levando à loucura.
Não ficaria para trás, claro. Ele começou a distribuir beijos lentos no pescoço da morena, sentindo a respiração de ficar mais pesada. Ambos exploravam o corpo alheio por baixo das roupas. As sensações eram inebriantes: a adrenalina pelo medo de serem pegos, o jeito que seus corpos se encaixavam como se tivessem sido feitos para estarem juntos. Black mal podia acreditar que não estava sonhando.
Ela separou o corpo do dele e Sirius sentiu imediatamente um vazio e um frio onde antes ela estivera encostada nele. Mas valeu completamente a pena. Ela despira o vestido preto e tirara as botas, ficando apenas com uma minúscula lingerie de mesma cor. As calças nunca o incomodaram tanto como naquele momento.
Black não conseguia desviar desviar os olhos do corpo de . Cada parte parecia perfeitamente moldada para ele, nunca havia visto alguém tão bela. Não conteve um gemido rouco ao admirá-la à luz da lua cheia.
— Fecha a boca, Black, se não a baba vai escorrer. — provocou, tirando-o do transe. Mas, diferente do que parecia lógico, aquilo apenas o deixou mais animado e o resto foi simplesmente inevitável.
Ele não conteve o próprio sorriso sacana antes de tirar as próprias roupas e não pode deixar se sentir uma satisfação imensa ao ver os olhos de se anuviarem de desejo.
— Acho que conseguiu encontrar algo interessante para fazer afinal, . — Ele provocou de volta.
— É melhor entrarmos. — Ela disse e ele pode sentir certa necessidade em sua voz.
— É só mostrar o caminho.
Sirius não conseguiu processar como o dormitório era por dentro, pois logo eles já haviam largado suas roupas de qualquer jeito e se encaravam, desejosos. O contato seguinte foi ainda mais fervoroso do que antes, ambos necessitados do toque e sensações que o outro causava. Afinal, os seios de ficavam ainda melhores quando tomados pela boca de Sirius e nada parecia mais certo do que a ter arranhando suas costas e gemendo seu nome em seu ouvido.
Com a mente enevoada de desejo, Sirius deitou na cama e seus lábios desceram pela barriga macia da sonserina, até alcançarem sua intimidade e o garoto poder finalmente sentir o gosto único da garota. Tinha vontade de ficar ali para sempre e teria ficado se não tivesse uma urgência ainda maior. Quando os gemidos de ficaram cada vez mais altos e ele sentia que ela estava pronta, não conseguiu mais se conter.
Black se ergueu e se ajeitou em cima de sob o olhar ávido da garota. Ele roçou de leve a sua entrada, fazendo ambos gemerem e após um tempo com essa tortura, ele não se aguentou e penetrou a garota lentamente.
Como qualquer bruxo, Sirius Black não era religioso, mas se sentiu perto do que os trouxas denotariam como paraíso. Nada era como aquilo. E, no fundo, ele sabia que com nenhuma outra seria. Porque nenhuma outra diria em um arquejo para que ele fosse mais rápido, enquanto chocava o quadril no seu. E nem saberia exatamente aonde tocá-lo. E nem provocaria sensações tão intensas. Porque nenhuma outra garota era , a garota que o odiava, mas provocava nele as mais inéditas sensações.
O ritmo foi se intensificando, os gemidos cada vez mais frequentes e mais altos. Não demorou muito para que a garota se desmanchasse em um orgasmo e suas contrações involuntárias o levassem ao ápice. A explosão de prazer os deixou desnorteados, mas assim que Sirius olhou para , percebeu que ela sorria. Um sorriso um pouco safado, é verdade, mas também genuíno.
E lindo.
Sirius Black sabia que estava fodido porque o seu coração parou por um instante com aquele sorriso.
Mas hoje ele não pensaria nisso. Não quando sentia que ele e estavam longes de terminar a noite por ali.
🐍🐍🐍
— Bom dia, dorminhoco. — A voz manhosa de o fez abrir os olhos. Se sentia exausto (também, com a noite anterior), mas nunca acordara com uma visão tão bela.
Não sabia se um dia se acostumaria com a visão de .
— Não quer deitar mais um pouco? — Ele a convidou, a voz rouca de sono.
O estômago de roncou e ela sorriu.
— Acho que talvez um cochilo da tarde. Eu realmente preciso comer.
— É saudável. Repor as energias. — Ele caçoou e ela fez seu costumeiro revirar de olhos e lhe mandou o dedo do meio. Mas, por trás daquela atitude, ela sorria.
Eles se vestiram (Sirius se sentindo patético por estar com as roupas da noite anterior enquanto se aprontava renovada) e caminharam para o Salão Principal. Sirius ficou agradecido que nenhum dos poucos alunos sonolentos no salão comunal perceberam sua presença.
Antes porém que algo fosse muito longe, uma pequena figura simplesmente surgiu na sua frente e ele podia ter certeza que estava alucinando.
— Monstro?!
A careta horrorosa do elfo doméstico era feia demais para que ele estivesse imaginando.
— O meu senhor pediu para que o traidor de sangue me seguisse. — O elfo disse, o tom absurdamente discrepante ao se referir a Regulus e Sirius.
ergueu uma sobrancelha enquanto Sirius ficava chocado. O que o peste queria com ele? No fim, sua curiosidade venceu.
— Vai na frente. — Ele apontou para . — Eu já te alcanço.
Eles seguiram em profundo desagrado mútuo até a sala da festa anterior, a qual Sirius entrou e levou um tremendo susto. O local estava completamente diferente. Uma grande mesa repleta das mais diversas comidas e sobremesas se encontrava no centro e, ao canto do local, havia uma enorme árvore de natal com presentes embaixo. Uma lareira começava a queimar a lenha, deixando o ambiente aquecido e em cima da mesma haviam 8 meias, cada qual identificada por um nome e o brasão de sua casa. Regulus estava no meio da cena.
— O que achou, meu senhor? — disse Monstro para o Black mais novo..
— Está ótimo, Monstro. — Regulus sorriu — Bom trabalho.
— Monstro não queria servir traidores de sangue, mas seu mestre Regulus o obrigou, então Monstro fez o seu melhor.
O irmão finalmente notou Sirius, que não podia estar enfrentando sentimentos mais conflituantes no momneto.
— Muito obrigado, monstro. Você está dispensado.
O elfo doméstico grunhiu uma última vez antes de desaparecer no ar.
— O que é tudo isso? — Sirius questionou com cautela, com medo de sua voz entregar seu misto de sentimentos.
— Eu só queria fazer uma coisa legal para agradecer por terem me recebido ontem. Acabou por ser uma das minhas melhores noites em Hogwarts.
Sirius observou o irmão por alguns segundos, parte de si questionava se o mesmo estaria sendo sincero. Apesar de tudo, algo lá no fundo, talvez sua ligação construída desde de tão pequenos, lhe disse que era verdade.
— Fico feliz que tenha vindo. — O mais velho confessou, por fim.
— Sirius, eu sinto muito.
— Eu sei. — Sirius falou sereno. Mentiria se dissesse que não conhecia o próprio irmão.
— Como?
— Eu abandonei os ideais de nossa família, Reggie. E não a você. Tenho te observado todos esses anos.
— Mas como você… — Reggie estava perplexo — Impossível.
— Digamos que há coisas sobre mim que a nossa família não saiba, Reggie. Mas eu estava lá. Sempre estive. E acho que de certa forma você sentia isso, afinal, eu jurei ter visto a porta do meu quarto no final do corredor enquanto caminhava até aqui.
— Queria ser forte como você.
— Você é. Não deixe que eles roubem sua essência. Você é uma pessoa boa, Regulus.
O silêncio reinou. A saudade de dois irmãos inundava a sala naquele momento. Não havia muito que precisava ser dito; seus olhares entregavam significados que nenhuma palavra conseguiria descrever.
Regulus avançou sobre o irmão, dando-lhe um abraço apertado que logo fora retribuído, apesar da surpresa deste.
— Senti sua falta, irmão.
As palavras atingiram o peito de Sirius como uma onda de calor. A forma com a qual havia sido deserdado de sua família fazia-o se sentir inseguro às vezes e ouvir aquilo vindo de seu irmão mais novo o fazia se sentir em paz.
— Agora, vamos chamar o pessoal para tomar café porque estou cheio de fome. — começou Sirius acariciando sua barriga. Afinal, depois que o acordara, ele só conseguia pensar naqueles pratos deliciosos.
Aos poucos, todos foram chegando, Lupin e Ruggiero sendo os últimos. O aigo parecia mais feliz do que após qualquer lua cheia que já havia passado. Pontas e Evans certamente haviam resolvido a discussão da melhor forma. Julie e Regulus estavam juntos e Sirius não podia deixar de observar aquele casal inusitado, mas que agora parecia tão certo. Ele ficava feliz pelo irmão.
E claro, havia , que embora disfarçasse na frente de todos, estava bem mais simpática com ele. Quando ele a questionou sobre isso, no entanto, é claro que ela lhe respondeu:
— É Natal, por isso estou sendo educada. Eu ainda te odeio, Black.
Mas seu sorriso entregava tudo. E só aumentara depois de ver os dois irmãos bem resolvidos.
— Noite feliz, hein… — Remo provocou com os garotos quando estes se juntaram, as meninas sentadas perto do fogo. — Nem voltaram para o dormitório.
— Pelo jeito nem a Sky saiu de lá né… — comentou Pontas, já iniciando a onda de risadas.
— Ainda precisa de café depois de uma noite inteira tomando chá, meu amigo? — questionou Sirius fazendo com que Remo entrasse na crise de riso.
— Já reaprendeu a falar depois de ser cachorrinho da Amélia a noite toda, Black? — Lupin retorquiu para o amigo que parou de rir imediatamente, ao contrário de Regulus, que ria discretamente da cara do irmão e Pontas, que tinha o rosto completamente vermelho de tanto rir.
Se Sirius não estivesse vivendo um dos melhores dias da sua vida, teria socado a cara de todos ali. Se contentaria em apenas provocá-los.
— Tá rindo do que, Pontas? De apanhar pra mulher bonita você entende né… E você deveria me agradecer, Aluado. Todos tivemos uma noite memorável que foi organizada por quem, mesmo?
Todos sorriram para ele, que sentiu seu ego se inflar um pouco mais. Realmente, o dia perfeito.
— Bom… — Regulus começou, fazendo com que todos o olhassem surpreso. — Independentemente do que tenha nos trazido até aqui, de uma coisa eu sei…
O Black caçula olhou ao seu redor para cada um presente naquela sala, sorrindo.
— Essa sempre será uma noite para se recordar.
Pelo menos James ia estar ali. Se agarrando com Lily a noite inteira, mas estaria.
Ele suspirou. Não que fosse reclamar na frente de Remo. Ele não tinha culpa.
Por isso, inspirado a manter o clima natalino e sua animação, Sirius decidiu usar um dos seus melhores talentos: o de proporcionar as melhores festas que Hogwarts já tinha visto. Ele gostaria de ser modesto quanto a isso, mas não podia negar. Amava carregar esse título. Com o Mapa do Maroto, contabilizou os alunos que haviam ficado para o Natal e quais poderiam ser seus dignos convidados.
Depois de fazer uma pequena lista, se virou para Remo. O amigo estava mais pálido que o normal e o temor estava refletido em seus olhos. Sirius sabia que ele odiava cada minuto das suas transformações. Então ficou ainda mais determinado a animá-lo.
— É melhor estar livre amanhã, Aluado, porque temos uma festa pra fazer. — Está louco? Uma festa com risco iminente de morte? Genial, Almofadinhas! — rebateu Lupin com ironia. — Você nem me deixa terminar, né? Por isso que a festa vai começar antes da lua estar no ápice. Dá pra você fingir ser uma pessoa normal? Depois a gente lida com o seu problema peludo. — “Problema peludo”... Parece até algo simples falando assim. — Lupin riu fraco — O que planejou?
Sirius começou a descrever tudo o que já tinha pensado, sabendo que James com certeza concordaria e Peter sempre ia atrás. Percebeu que o amigo mal prestava atenção no que ele falava, mas sabia exatamente como chamar sua atenção:
— Você pode até chamar aquela corvina bravinha para te dar aquela animada…
— Espera… O que?
— Aquela loirinha! Como é mesmo o nome dela? - Sirius comentou, pensando na menina que seu amigo vivia procurando com os olhos, mesmo que não notasse.
— Scarlett? — questionou Aluado franzindo o cenho. — Nós nem nos falamos direito e eu sinceramente duvido muito que ela venha. Festas não parecem fazer muito o tipo dela.
— Mas você faz o tipo dela. — Black provocou, sorrindo maroto.
— Almofadinhas, é sério. Scarlett e eu nunca nos falamos, não inventa. Não faz sentido algum eu chegar nela do nada e…
É, era a hora da cartada final.
— Relaxa aí, lobão. — Remo olhou feio para o amigo que levantou as mãos em rendição. — É claro que eu já pensei nisso também.
— Não confio muito no que sai da sua cabeça. — Lupin olhou desconfiado.
— Vou ignorar a ofensa. Vou te propor uma aposta. Não me olha assim, me escuta! — Sirius falou ao perceber a carranca do amigo. — Você é bem amigo daquela e eu até admito que ela é bem gatinha, só tem o defeito gigante de ser sonserina. Você convida ela pra mim e eu chamo a Ruggiero, que fica pra você. É sua melhor chance!
Black quase conseguia ver o conflito nos olhos do amigo antes de ele tomar sua decisão.
— Certo… Eu aceito. — O aperto de mãos que selava o acordo fez Sirius sorrir abertamente.
— Não vai se arrepender, Aluado, será uma noite memorável!
— Tá legal, tá legal… Mas como isso vai funcionar?
— Simples. Você diz para sua amiga que vai ter festa na sala precisa e que como sua amiga, ela devia ir, e eu vou convidar a Ruggiero com ajuda da Evans. Ela não negaria ajudar o quase cunhado, né?
— Quase cunhado? — Aluado questionou com uma careta, tentando entender. Sirius explicou aos risos, como se fosse óbvio.
— Ah, lobinho, para alguém tão inteligente, às vezes você me surpreende com a lerdeza.
— Ela sempre fica naquela mesa ali. Eu a avisei mais cedo que você queria falar com ela. O resto é com você. — Lily sussurrou.
— Valeu, Evans. Você acabou de ajudar na noite do nosso amiguinho! — Sirius sussurrou de volta, vendo a ruiva sorrir incentivadora antes de sair.
Sirius avistou a jovem corvina na mesa de biblioteca. Quem a olhasse daquele jeito, inocente e estudiosa, nem imaginaria as palavras duras e fortes que saíam de sua boca quando queria.
Ele foi direto até a mesa dela, que estava absorta em um livro, e deu um forte tapa na mesa para chamar sua atenção.
— Shhh! — A voz de Madame Pince foi escutada de longe.
— A que devo a sua presença a essa hora, Black? - Scarlett perguntou, sem nem tirar os olhos das velhas páginas que devorava.
— Você vai engolir esse sarcasmo quando eu te convidar para o melhor Natal da sua vida.
— Não me leve a mal, mas eu não tenho interesse em sair com você, Sirius, não te vejo desse jeito.
— Que bom, se não isso seria constrangedor. Sem ofensas, Ruggiero, mas você não é exatamente meu tipo.
— Não sabia que você tinha um tipo.
— E não tenho. Mas é uma boa desculpa, certo? — Ele piscou e ela abriu um sorriso maroto. — Enfim, vai rolar uma festinha amanhã a noite, mais emocionante que esses jantares escolares, prometo muita comida, convidados de qualidade e um espaço surpreendente. Não tem pontos negativos.
— Se quer saber, a ceia de Hogwarts é fantástica. Não sei se pode me ganhar nessa luta.
— Ah, vamos! Até parece que não sabe que vamos assaltar a cozinha e levar a ceia pra nossa festa, onde também teremos música, conforto, privacidade e álcool.
— Hm, você me ganhou. — A loira tinha um sorriso bem maior agora com a menção da bebida.
— Bom, se decidir ter a melhor noite de Natal da sua vida, é só seguir essas instruções. — Sirius estendeu um pedaço de papel que ela leu com os olhos arregalados.
— Isso existe de verdade?
— Apareça e verá. — Ele piscou sorrindo para ela, antes de sair e deixar a corvina pensativa para trás.
Não foi nem um pouco difícil convencer os elfos domésticos a cederem um pouco da ceia para a festa. Na verdade, era capaz de, se Sirius tivesse pedido, alguns deles decidirem ir na festa apenas para servir a todos. Não, o verdadeiro perigo era Minerva McGonagall que, por mais que tratasse os meninos como filhos, podia ficar extremamente brava com eles quando queria.
Sirius não entendia o porquê. Eram praticamente anjos.
Foi um dia exaustiva. Entre fingir que estavam apenas jogando de tarde para não chamar atenção, roubar comida e conferir se a sala misteriosa conseguia projetar a festa do jeito que Black estava imaginando, os quatro marotos conseguiram, por fim, planejar a noite de Natal perfeita. E todos estavam ansiosos. Pontas e Lily estavam naquela nauseante fase de início de namoro, onde não conseguiam se desgrudar. Rabicho havia convidado a sonserina com quem ele estava saindo. Aluado, com certeza o mais nervoso de todos, ia finalmente tentar algo com Scarlett. E Sirius não podia estar mais ansioso para que, numa disposição de casais naquele espaço, ele e finalmente tivessem uma chance.
Qualquer um que pudesse ver pensaria o mesmo que ele. As curvas maravilhosas da sonserina, combinadas com seu jeito confiante, a tornavam uma visão do paraíso. Ou do inferno, se fosse considerar os tipos de pensamentos que rodavam sua cabeça.
Mas Sirius não deixaria transparecer o quanto queria . Afinal, tinha certeza que ela seria como as outras. Boa demais até tê-la para si e seguiriam suas vidas. Sabia que também era esse tipo de pessoa. Sem envolvimento, apenas prazer.
Enquanto se arrumavam para a festa, os marotos pentelhavam Remo e seu óbvio nervosismo. Os amigos sabiam o quanto a sua condição e o seu medo de machucar alguém mexiam com ele, por isso Pontas ficou responsável por conseguir algo especial para o amigo. — O que é isso? — Lupin perguntou, vendo o maroto com um frasco na mão.
— É uma poção que vai retardar sua transformação, você vai ficar um pouco desconfortável, mas vai conseguir se segurar por mais seis horas, então a hora ideal para tomar seria… — Pontas respondeu.
— Meia noite. — Sirius completou. — Isso é ótimo, Aluado. Vai conseguir curtir sua gatinha até às seis da manhã, se quiser. Seu lobão interior vai adorar.
Black gargalhava da cara do amigo, entre vergonha e um riso safado, e logo todos os amigos estavam rindo juntos.
Com o problema peludo de Aluado resolvido, ou melhor, contido, Pontas puxou o melhor amigo para o lado.
— Lily me disse que não parecia nem um pouco ansiosa para a festa, embora eu não entenda porquê. Qual seu plano, Almofadinhas?
— Meu plano é ser eu mesmo. Isso nunca falha. — Sirius sorriu maroto e o amigo retribuiu o sorriso. — Mas eu tô ficando preocupado. Quão ruim de cama você deve ser pra vocês discutirem a minha vida no tempo livre?
— Ora, Almofadinhas, nós estávamos na biblioteca. Lily cismou que tinha que terminar todos os deveres e eu tive que acompanhar. É difícil a vida de namorar uma monitora que deixa tudo em dia.
— Deve ser sofrido, Pontas. Mas uma coisa eu te digo. Estar na biblioteca nunca impediu ninguém antes.
— Nunca impediu você, Almofadinhas. — James riu. — E é bom manter esse espírito bem humorado. Algo me diz que você tem uma longa batalha pela frente com a , cachorrão.
— Relaxa, ninguém até hoje resistiu ao meu charme e ela não vai ser exceção. — Sirius fez biquinho com pose, tirando algumas zoações do melhor amigo.
Sirius sabia que o amigo temia que sua autoconfiança o atrapalhasse, como ele mesmo havia penado com Lily, mas Black se mantinha confiante. Não teria outra chance parecida e, diferente de Aluado que mesmo nervoso tinha a atenção da loira, por mais que não percebesse, se Sirius não tomasse a iniciativa, só faria questão de separá-los cada vez mais.
Os quatro amigos e Lily subiram para o sétimo andar, passaram três vezes na frente da parede que revelou uma porta magnífica. Ao entrarem, encontraram o lugar exatamente como haviam deixado mais tarde: a sala espaçosa, a comida bem disposta, as bebidas abundantes, alguns sofás confortáveis, um armário que Black não entendia porque havia surgido e alguns cantos secretos e privados bem promissores.
Logo, a sonserina com quem Peter estava saindo chegou. Ela cumprimentou a todos e eles se sentaram em um dos sofás, ficando a sós.
Os marotos se sentaram e compartilharam a primeira garrafa de cerveja amanteigada para começar a esquentar a noite. Os quatro conversavam com uma intimidade incrível, Lily tendo sido uma incrível adição ao grupo. Sirius admitia que sentiu um pouco de ciúmes no início, mas, naquela noite, ele só se importava com a sonserina dos cabelos pretos.
Então, finalmente, mais convidados apareceram. Scarlett apareceu toda arrumada e a expressão no rosto de Aluado era impagável. Era óbvio para qualquer um o quanto ele estava interessado e Sirius suspeitava que fosse recíproco. Embora tenha ficado confuso com a aparição de uma acompanhante. Se não se enganava, seu nome era alguma coisa Arckerley.
Mas a garota que Black realmente desejava ver não se encontrava ali.
Sirius pigarreou tentando salvar o amigo que parecia hipnotizado, enquanto Lily cumprimentava as meninas.
— Meninas! Que bom que vocês vieram, estava preocupada de ficar sozinha com esses malucos a noite toda.
— Ei Ruggiero, ficamos felizes que aceitou o convite, não é Remo? — Black sorriu cumprimentando-a rapidamente e olhando para o amigo.
— Hm, é... É claro! — Aluado completou, rápido demais, fazendo o amigo segurar a risada. Como era atrapalhado...
— Se tem bebida, tem Scarlett. — ela sorriu sendo acompanhada pelos risos dos demais. — É bom estar aqui.
— E você é…? — Potter direcionou o olhar confuso para a acompanhante inusitada e em seguida levou um tapa na nuca da namorada pela inconveniência. Lupin e Black soltaram risos baixos, mas ao receber um olhar sério de Lily pararam imediatamente com medo de apanharem de brinde. Quem Sirius podia enganar? Não lembrava exatamente quem era a menina aleatória.
— Ah, essa é minha amiga Juliet, eu a convidei. — Sky riu olhando do grupo para a amiga que soltou um risinho tímido ouvindo um coro de cumprimentos. — Apresentações feitas, cordialidades em dia… Podemos pegar as bebidas agora?
— Vamos pegar as bebidas e colocar uma música legal! — chamou Lily, sendo acompanhada pelas duas garotas.
— Pelo menos o Aluado disse alguma coisa. — Rabicho comentou.
— É, já não estamos mais na estaca zero, amigão! — Black deu um tapinha nas costas do amigo que bufou. — Vamos jogar, vai!
Os marotos seguiram em direção a mesa e começaram a dispor os copos para a partida de Butterbeer pong e formar as duplas. Sirius e Lupin eram uma dupla imbatível naquilo, o que eles sempre gostavam de esfregar na cara dos outros amigos.
O jogo estava como o imaginado, eles ganhavam de Pontas e Rabicho que, inclusive, não havia acertado uma bolinha sequer, o que deixava James puto e tornava tudo mais engraçado.
Isso é, até a porcaria da Ruggiero começar a dançar e distrair sua dupla.
— CARALHO, ALUADO! — o grito de Sirius o tirou de seus devaneios, fazendo-o pular, enquanto Pontas e Rabicho comemoravam.
— Mas, o que? Que porra…
— Limpa a baba e vira a cerveja, meu caro Aluado. — Pontas zoou, sendo fuzilado pelo amigo.
— Vai beber as quatro canecas sozinho. Me fez perder e ainda descumpriu nosso trato… — Sirius apontou, com a cara fechada.
— Eu não descumpri nada, o combinado era chamar e isso eu posso te garantir que fiz. — Remo retrucou pegando a primeira caneca de cerveja — me garantiu que vinha. E nós não perdemos, dá pra virar o jogo ainda.
— Sossega aí, tá parecendo até um virgem ansioso. — Pontas caçoou, recebendo o dedo médio de Black como resposta. — Vira isso aí, Aluado.
Não demorou até que Remo depositasse a quarta caneca vazia na mesa, sob os assobios e palmas dos amigos, que logo estariam no mesmo caminho.
— E aí, quem tá ganhando? — Scarlett perguntou, seguida de uma cena constrangedora de um soluço de Lupin por tudo o que havia bebido, arrancando risadas de todos.
— Está empatado. — Rabicho explicou recebendo um aceno de cabeça desinteressado da corvina.
— Não graças a você… — Pontas resmungou bagunçando os cabelos do amigo. — Sua mira é péssima!
E assim, James pediu substituição e o pobre Rabicho voltou para sua ficante sonserina enquanto Scarlett assumia sua posição para um Mata-Mata: quem acertasse primeiro, ganhava.. Sirius só torcia que isso não desestabilizasse seu amigo.
Black ficou frustrado quando perdeu sua jogada, mas se sentiu melhor quando Potter e Lupin também perderam suas jogadas. O problema é que a maldita Ruggiero acertou a dela.
Pelo menos, isso fez o amigo tomar uma atitude e parabenizar a corvina, enquanto Almofadinhas e Pontas saíam de fininho e se sentarem em um dos sofás, onde Sirius conferiu seu relógio.
Black estava começando a perder as esperanças, quando a porta se abriu pela terceira vez naquela noite e Amélia finalmente apareceu.
estava parecendo o próprio pecado com aquele vestido preto tão justo e curto e as botas longas combinando. Cada parte do seu corpo estava deliciosamente tentadora e seus cabelos balançando mexiam ainda mais com o garoto. Sentiu que se não controlasse seus pensamentos, seu amiguinho poderia acabar muito animado e isso iria gerar uma situação muito constrangedora.
Mas nada disso foi preciso, porque a chegada do acompanhante de Amélia passou pela porta logo em seguida, enfurecendo-o.
Sirius se levantou em um pulo e sentia como um rosnado saindo de seu corpo. Poderia avançar naquele garoto a qualquer momento. Atraído por seu ódio, Régulus Black também o olhou, o olhar frio e a boca franzida. Tão mimado e emburrado como sempre. Sirius queria estraçalha-lo.
— Que merda você pensa que ‘tá fazendo aqui? — Sirius protestou. — Ninguém te convidou. Vaza. E não me faça repetir.
— Eu fui convidado. Acha que eu viria por conta própria pra essa porra de lugar encontrar a escória de Hogwarts?
— Que bonitinho, está parecendo a mamãe. — Sirius falou sorrindo sarcástico e viu o punho do irmão se fechando.
— Só um de nós pode chamá-la assim ainda, né? E, que eu me lembre, não é você, seu traidor. — Cada palavra de Regulus fazia o punho de Sirius se fechar mais apertado. Era só o irmão inclinar o rosto um pouco e ganharia um gancho de direita.
— Tá bom, chega por hoje, já deu. — falou. — Black, deixa ele em paz, a festa é para ser divertida, você não precisa se estressar tendo que descer ao nível desse babaca infantil.
— É, você tem razão, . — Sirius concordou com a cabeça.
— Não estou falando com você. — Ela soltou, antes de entrelaçar o braço no do jovem Black e sair pelo salão, deixando um Sirius puto e decepcionado para trás.
— Ei, Black! — Uma mão estava sendo abanada diante de seus olhos, despertando-o dos seus pensamentos e encontrando a corvina loira diante de si.
— O que foi, Scarlett? — O grifinório parou ao lado dela, aproveitando para pegar mais uma dose de Whisky de fogo.
— O que o Lupin tem? Ele ‘tá mais calado que o normal, desde cedo… — Scarlett lançou um olhar discreto para Remo, que encarava o relógio de pulso.
— Ahn… É só que ele não tá se sentindo muito bem. Desânimo, sabe como é… — Almofadinhas coçou a nuca sob o olhar desconfiado da loira. “Caramba, Aluado, você tem que ficar tão constrangido assim?”, Black pensou.
— Sei… — Começou ela — Estava pensando em fazermos algo que pudesse sei lá, animá-lo, distraí-lo, o que acha?
— Ruggiero, você é brilhante! Tive uma ideia! — Sirius sorriu para a amiga e correu para abaixar o volume da música, recebendo vários olhares confusos dos restritos convidados da festa. — Galera, é o seguinte. Acho que está na hora de esquentarmos as coisas por aqui, que tal um eu nunca?
Os olhares confusos passaram a ser tomados de malícia e diversão. É, talvez seu irmão idiota não tivesse que estragar tudo.
— Muito bem, vamos repassar as regras mais uma vez. — Pontas exclamou, levemente alterado. — Em sequência, todo mundo vai dizer algo que nunca fez e todos aqueles que já tiverem feito terão que virar o copo. Todos os shots em mãos?
Todos na roda sorriram para seus copos cheios e as garrafas próximas prontas para os refis. Apenas Rabicho e a sonserina haviam sumido e Black não pretendia interrompê-los.
— Muito bem! — James continuou. — E se alguém quiser questionar qualquer coisa sobre sua resposta, você é obrigado a responder, se não, deve fazer um desafio escolhido pela pessoa.
— Isso não é uma grande invasão de privacidade? — Juliet perguntou.
— Ah, Ackerley, e o que nesse jogo não é? — Sirius riu da reação da jovem lufana.
— E qual seria a graça se não fosse? — Amélia acabou dizendo ao mesmo tempo, fechando a cara logo em seguida ao notar a coincidência, o que só fez o grifinório abrir um sorriso ainda maior. — Ok, vamos logo, quem começa?
— Eu! — Evans e Black falaram ao mesmo tempo.
— Bom, as damas primeiro, né? — Pontas sorriu para a namorada.
— Seu idiota! Como ousa preferir uma menina ao seu melhor amigo?! — Sirius se fingiu indignado. — Sirius, supera! Ele é meu agora. — Lily mostrou a língua, tirando várias risadas do grupo. — Muito bem, vamos começar leve. Eu nunca fui para a detenção.
— E ainda se diz namorada de um maroto! — Almofadinhas riu, bebendo seu copo, assim como Pontas, Aluado, , Scarlett e seu irmão ignorante.
— Eu nunca tive um sonho picante com alguém que está aqui. — Amélia disse, bebendo o conteúdo de seu copo, assim como todos os outros, com exceção apenas de Julie e Remo, que tinha os olhos arregalados.
— Não vem com essa não, Aluado. Eu e Pontas lembramos muito bem de acordar com você gemendo o nome da…
— Tá, Sirius, tá! — Remo o interrompeu, nervoso e fuzilando-o com o olhar. Black não podia deixar de rir. Não seria o único a se revelar na frente das meninas.
Então, chegou a vez de Regulus que resmungou até soltar uma afirmação genérica qualquer, que todos já tinham feito. Sirius não pode deixar de se irritar. Se claramente não queria jogar, era melhor ir embora. E teria sugerido isso se não tivesse o receio que, ao expulsar o irmão irritante, também perderia .
— Eu nunca faltei aula por estar de ressaca. — Julie afirmou orgulhosa de seu feito, sorrindo para Lily e Lupin enquanto observavam os demais beberem.
Remo soube atingir Pontas e Almofadinhas, fazendo-os virar mais um shot. A droga de se ter melhores amigos no jogo era a facilidade de ser exposto.
— Eu nunca beijei minha melhor amiga. — disse Sky, levando seu copo a altura de sua cabeça, bebericando e piscando para Julie, que olhava a amiga completamente paralisada enquanto suas bochechas eram preenchidas por um tom rubro.
— Julie? — exclamou Lily, perplexa, fazendo todos rirem.
e Regulus trocaram um olhar que Sirius preferia não ter visto e não pode deixar de ignorar a raiva que subiu por seu corpo ao vê-los virando o copo. Como seu irmão havia sido capaz de beijar alguém tão maravilhosa como ?
— Ahá! Eu sabia. — Vangloriou Lupin — Esse papo de que eram só amigos nunca me enganou, .
— Ah, Lupin. — suspirou a garota — Não se faça de maluco. Beba logo esse copo.
— Mas o quê? — disse Regulus, confuso, virando-se para a amiga.
— Remo! — comemorou Sirius. — Escondeu isso até de mim, garanhão?
Black assistiu o amigo virar o copo, fingindo alegria, porém ainda mais indignado que todos ali haviam tido a oportunidade, menos ele, quem mais a desejava.
— Ok, ok! Minha vez. — Sirius disse, pensativo. Uma imagem de Lupin beijando a sonserina deu-lhe a ideia de vingança. — Eu nunca fui frouxo e deixei de chamar alguém que eu gosto para sair.
Aluado arregalou os olhos e virou o copo sob o olhar atento da Ruggiero. Escondida de todos, Juliet também bebia o conteúdo do seu.
— É, começou a rodada para explanar? Que assim seja. Eu nunca fiquei bêbada e fiz uma tatuagem secreta. — Lily disse, lançando olhares para Sky. A loira apenas abriu a boca incrédula e soltou um riso indignado, ergueu o colo em direção a ruiva e o virou de uma só vez.
— É isso, próximo!
— Nada disso, agora quero saber dessa história! — Julie riu, recebendo uma careta da amiga como resposta.
— Eu estava andando por uma cidade trouxa em uma viagem que fiz com meus pais, fiquei bêbada em um pub que fazia tatuagens, uma coisa levou a outra e eu saí de lá com três.
— Seus pais sabem? — questionou Regulus debochado, e, apesar da vontade que tinha de revirar os olhos toda vez que o irmão abria a boca, Sirius também ficou curioso com sua pergunta. Afinal, os Ruggiero eram uma família puro sangue bem conhecida na Itália e em todo o mundo bruxo. Scarlett o olhou e deu de ombros.
— Minha vida é um livro aberto, Black.
— Por que não mostra uma das tatuagens pra nós, Sky? — Sirius deu uma cotovelada leve na corvina que bebericou o líquido de sua taça.
— Elas só poderiam ser vistas se eu tirasse o vestido, não posso fazer isso.
— Ninguém aqui vai ligar de te ver seminua, amiga. — deu de ombros sorrindo, lançando um olhar significativo para Aluado que estava a beira de um colapso.
— Esse é o problema... — Sky disse sem um pingo de vergonha.— Não tenho como ficar seminua se não estou usando nada por baixo.
— Está se negando a responder, Ruggiero? — Juliet questionou a amiga que semicerrou os olhos.
— Vocês me fizeram mais de uma pergunta e eu respondi todas, nem vem!
— Ackerley está certa, você merece um desafio. — Sirius ergueu as mãos com uma careta engraçada.
— Mas… — ela começou e irritou-se com os protestos que endossavam o coro de Sirius cruzando os braços — O que é que vocês querem que eu faça?
— Acho que nosso amigo ali — apontou para Remo, sorrindo maliciosa — adoraria uma experimentar algo que ouvi dizer que você faz muito bem…
Ah, cara, era por isso que Sirius era gamado naquela sonserina.
— O que? — bradou Lupin, assustado. — Como assim? !
— Um lap dance. — completou, sorrindo cúmplice com a corvina.
— Desafio aceito. — Scarlett disse, se levantando.
Depois de muitos gritos, risadas, aplausos, zoações e um Aluado que parecia que iria gozar com um mínimo beijinho, a roda se acalmou e o jogo continuou.
Enquanto falava algo que fez Regulus beber, Sirius pensou: talvez ali estivesse a resposta de como conseguir sua garota, fazendo-a aceitar um desafio! O problema era: o que uma garota confiante, com atitude e sem vergonha como não responderia se lhe fosse perguntado?
Antes que pudesse pensar além, porém, a voz irritante do seu irmão lhe chamou a atenção:
— Eu nunca abandonei minha família.
— Agora já chega, seu moleque, dá a porra do fora daqui! — Sirius não se aguentou.
— O que foi? O intuito do jogo não é esse? — Regulus falou simplesmente, fingindo superioridade ao nem olhar o irmão nos olhos.
— Pois fique sabendo que eu vou beber com prazer porque foi a melhor decisão que eu tomei em toda a minha vida!
Aquilo chamou a atenção do Black mais novo, que fuzilou Almofadinhas enquanto este virava o seu copo, sentindo o álcool queimar em sua garganta, assim como a raiva.
— Ok… — Ackerley falou, claramente desconfortavel. — Er, eu nunca usei óculos?
Todos encararam a menina e nem mesmo Sirius pode deixar de rir com a discrepância tão grande entre perguntas. Passou-se então a vez de Aluado, de Scarlett, a sua própria e agora...
— Vai Potter! Sua vez… — Ruggiero abanou na direção do garoto quando a segunda rodada chegava ao fim.
— Ok, eu… Eu nunca nadei pelado no Lago Negro. — Deu de ombros, soltando a primeira coisa que lhe veio à mente.
Scarlett gargalhou, piscando na direção de que riu da mesma forma. Sirius ficou extremamente curioso e Juliet verbalizou sua curiosidade
— Pera… O que?
— Digamos que Ruggiero e eu temos o mesmo espírito aventureiro. — murmurou bebendo seu gole de uísque.
Caralho, agora Sirius não conseguia tirar da cabeça a imagem de nua no lago.
— Certo, certo… Vamos seguir. — Sirius abanou a mão, tentando afastar aqueles pensamentos.
Algumas bebidas, revelações, vergonhas e segredos devidamente expostos depois, todos já se encontravam mais soltos e alegres. Menos Regulus, com sua carranca típica e Lupin, que não deixava de parecer preocupado.
Mais uma rodada se finalizou, novamente em Pontas que mais uma vez soltou algo aleatório.
— Eu nunca levei um pé na bunda… — ele foi interrompido pelas gargalhadas de Almofadinhas e Aluado, que contagiou os demais.
Tudo que Pontas mais havia sido em seus anos escolares fora ser chutado por Evans.
— Deixa eu terminar, caralho! — James tentou, também rindo antes de especificar a sentença. — Eu nunca levei um pé na bunda em um namoro.
— Ainda bem que sabe que tem que especificar. — Black continuou, tentando recuperar o fôlego.
Porém, na hora que olhou para o lado e viu o olhar do irmão cair sob uma abalada que virava seu copo, qualquer graça na situação morreu.
— ? Você? — Sirius não quis soar acusatório, mas seu tom de voz era de completa surpresa, isto ele não conseguia esconder.
— Cala a boca, Sirius. — Regulus o alertou.
— Mas você nunca namorou ninguém. Exceto… O RANHOSO? — Sirius, que já achava impressionante demais que e Snape já tivessem se envolvido alguma vez na vida, estava ainda mais chocado que ele havia sido o responsável por acabar com as coisas. Ali estava mais um sinal de que o Ranhoso era um idiota: quem com a sanidade perfeita dispensaria alguém como ?
— Estou avisando… Pare de perguntar. — Regulus defendia e isso só atiçava mais a curiosidade de Sirius. O que teria feito uma menina tão aberta e confiante murchar com o fato? Não parecia a simples dor de levar um pé na bunda.
— Deixa ele, Reggie. Não vale a pena. — interceptou o mais novo, ainda com o tom seco.
— Mas, , eu não entendo… Como ele te deu um fora?! Por qual motivo? — Black sentiu Pontas socá-lo, um claro sinal para ele calar a boca.
— Isso não é da sua conta. — Ela retrucou.
Um silêncio constrangedor se fez no ambiente e Sirius se sentiu mal por não conter a própria língua.
— … — Lily começou, hesitante.— Ele te fez uma pergunta e você não respondeu.
A morena olhou séria para a ruiva.
— E daí?
—Er… — Evans parecia com medo de dizer algo errado. — Se você não responder, você deve um desafio a Sirius.
Enquanto o rosto de se fechava lentamente com o choque, Black não podia estar mais feliz. O seu plano, que ele nem pensara em como botar em ação, estava dando certo acidentalmente. Ela devia um desafio a ele! Poderia ter tantas coisas…
— , você não precisa. É só um jogo idiota! — Regulus falava, mas ela apoiou a mão em seu ombro.
— Se todos estão seguindo as regras, eu também vou. — Ela retrucou, irritada. — O que você quer de mim, Black?
Aquele era o melhor dia da vida dele.
— Nada demais. — Sirius começou. — Só um beijo.
Regulus estava com uma cara furiosa e parecia a ponto de explodir. Completamente a contragosto, ela se levantou, enquanto Sirius se punha de pé em um pulo, sorrindo no que ele acreditava ser seu mais belo sorriso sedutor.
— Que fique claro, Black, que você nunca mais vai conseguir isso na sua vida. — falou assertiva.
— Se você diz. — Sirius disse, sorrindo de lado, antes de puxá-la pela cintura e tomar os lábios dela para si.
Sirius não tinha ideia de quantas garotas havia beijado na vida, mas aquele era um dos melhores beijos que experimentava. , por mais que dissesse que não o queria, explorava sua boca com avidez, a mão segurava sua nuca e o moreno sentia arrepios provocados por suas unhas. Claro que ele não estava por trás, uma mão na cintura dela que atrevidamente escorregava por seu quadril e a boca seguindo seu ritmo intenso. Não sabiam quanto tempo ficaram ali, imersos na sensação, até se afastarem para tomar fôlego. Sirius se sentia zonzo e incrivelmente perplexo com o poder daquele contato. E, ao olhar para os olhos de , pode ver sua perfeita compostura perdida por um segundo.
Um mínimo segundo, mas ele não pode deixar de sorrir triunfante.
— É… Nada mal para um beijo indesejado, não é mesmo, ?
só lançou o dedo do meio enquanto sentava do lado do chocado Regulus. Sirius não podia deixar de conter um sorriso no rosto.
Só havia um problema. Havia provado e só pensava em tê-la de novo.
— Eu nunca brinquei de sete minutos no paraíso. — sentenciou Lily, dando início a mais uma rodada. Todos beberam, exceto Regulus e Julie.
— O que é isso? — Regulus questionou com uma careta.
— É uma brincadeira trouxa que… — Julie se propôs a explicar, era nascida trouxa e claramente não havia jogado o jogo por conta de sua personalidade reclusa.
— Pff… ‘Tá explicado o porquê de eu nunca ter brincado disso. — Regulus ironizou, sendo fuzilado pelo irmão e pela melhor amiga.
— Como eu ia dizendo… — Julie continuou entredentes, irritada por ter sido interrompida. Sirius se surpreendeu com a perda de paciência dela. — Duas pessoas são escolhidas para passar sete minutos sozinhas em um local fechado e escuro.
— Durante este tempo, elas fazem o que quiserem. Muitos usam este tempo para conversar de forma privada ou fazem coisas mais íntimas, como beijar ou dar uns amassos… — Amélia completou a explicação com um sorriso maldoso compartilhado com Scarlett que concluiu a ideia.
— Como as coincidências estão ao nosso favor hoje e sempre há uma primeira vez para tudo, temos um armário bem ali e apenas dois que nunca brincaram…
— O QUÊ? — Ackerley berrou assustada.
— DE JEITO NENHUM! — fora a vez de Black.
— Todo mundo cumpriu os desafios, Black! — Amélia rebateu, claramente ainda ressentida pelo seu próprio. — Então nos faça o favor de parar de cu doce e entrar na porra do armário AGORA!
Sirius viu Regulus entrar com Arckeley no armário e não pode deixar de sentir pena da menina que tinha que lidar com o porre do seu irmão.
Scarlett conversava com Aluado, que parecia completamente nervoso, enquanto Pontas e Lily trocavam alguns beijos. Black bufou, até que viu que a outra figura solitária era .
Ele não pode deixar de sorrir para esta e piscar, um claro convite para continuar o desafio de mais cedo, mas ela apenas revirou os olhos e olhou para o outro lado. Almofadinhas estava frustrado. Como aguentaria desejá-la tanto assim se nunca conseguia uma chance? O que tinha de errado com ela por rejeitá-lo?
Vai ver, ele pensou irritado, seu irmão tivesse feito a cabeça dela contra ele. O que Sirius considerava um insulto, já que acreditava ser perfeitamente educado e impossível de não passar uma boa impressão.
Olhou para o lado e viu que ainda o ignorava. Bom, aquilo pelo menos deixava uma vantagem. Podia apreciar toda a beleza do seu corpo com aquelas botas e aquele vestido sem que ela o matasse.
O tempo passou e se levantou, fazendo Sirius aproveitar e beber mais de seu vinho. Pensou que a bebida pudesse fazê-lo ignorar facilmente, mas apenas deixava seus desejos mais latentes.
— Ei, casal! — se aproximou sentando ao lado de Sky, que despejou o restante do conteúdo de sua taça goela abaixo. — Desculpa atrapalhar, mas estou preocupada com a Julie e o Reggie… Jurei ter escutado algumas ofensas.
— Mas eles estão quietos agora… — Lily apontou para o armário e deu de ombros.
— Dos dois um… Ou se mataram ou estão se pegando. — Sirius argumentou.
— Bom, se for a segunda opção… Sorte a deles. — Sky se levantou bufando e indo em busca de mais bebida, deixando Sirius intrigado. Seu amigo tinha pisado tão feio assim na bola? — Qualquer coisa nós abrimos o armário antes.
— Vamos esperar mais alguns minutinhos… Vai que eles se acertam. — Remo deu de ombros. Todos os presentes o encararam com descrença.
Não havia nada mais desastroso que Regulus e Juliet.
— Eu aposto que eles se mataram. — Pontas ergueu a mão em uma votação, que acabou tendo só ele como participante. Lily lançou um sorriso para o namorado a fim de confortá-lo e Sky virou-se para .
— Abre, vai. — a loira disse a sonserina, que assentiu indo em direção a porta.
— Tudo bem, vocês estão liberados…
abriu as portas do armário, mas sua expressão de choque fez com que todos os olhares da sala se voltassem para o pequeno móvel que abrigava um Regulus visivelmente excitado que fez Sirius ter vontade de vomitar e uma Juliet não tão diferente, mudando apenas o vestido torto e levantado. Black não sabia se ria ou simplesmente paralisava com a cena.
— Wow. — exclamou a sonserina, sorrindo maliciosamente — Resolvemos abrir antes porque ficamos com dó da Julie, mas pelo visto ela está sendo tratada muito bem.
— Eu… Você! — a lufana começou, gesticulando com o rosto roxo de vergonha e tentando se arrumar como podia. — Seu… Seu… Seu futre! Você se aproveitou de mim.
Era algo inédito para todos ali, e por mais formais que fossem suas palavras, Julie não costumava xingar com tanta frequência, o que tornava tudo ainda mais hilário.
— Eu? — bradou Regulus incrédulo — Foi você quem veio tocando meus ombros como quem não quer nada!
— Tá, tá. Já chega, gente. — disse Lily, puxando Julie para fora do armário. — Já é quase meia noite, vamos deixar isso pra lá ok? É Natal!
A meia noite chegou e Sirius não pode deixar de erguer seu copo, animado, virando todo o conteúdo em seguida para comemorar. Os amigos seguiram seu exemplo, animados, até que perceberam que duas pessoas não estavam comemorando.
Remo estava no canto e não parecia bem, sendo consolado por Ruggiero. Merda, Sirius havia se divertido tanto que esqueceu do problema peludo do amigo. Ele se aproximou, junto com Lily e James.
— Está tudo bem, Sky. Vamos levá-lo para o quarto, pra respirar por alguns minutinhos… — Black começou falando.
— É, sabe como é… Nosso Aluado aqui tem uma doença respiratória trouxa que…
— Eu sei o que é asma, Potter. E não se parece em nada com o que ele está tendo agora. — ela cruzou os braços, voltando a olhar preocupada para Lupin.
— Está… Está… — agonizou Remo — Tá tudo bem… Nós… Já voltamos.
Dito isso, os marotos saíram em direção a comunal da Grifinória.
A respiração do grifinório voltava a se normalizar, mas Black e Potter ainda encaravam o amigo em um misto de desespero e preocupação, procurando formas de deixá-lo melhor.
— Nós podemos ficar, se quiser… — James começou.
— Ou ir para a Casa dos Gritos. — Sirius sugeriu logo em seguida, mas Lupin apenas negou com a cabeça.
— Tá tudo bem, eu já estou melhorando. Voltem pra festa. — Ele verbalizou com a voz rouca e baixa, deixando os companheiros ainda mais nervosos, embora tentassem esconder.
— Está maluco, Aluado? — Sirius começou com um sorriso confortador para o amigo — Somos seus amigos.
— Ficaremos aqui com você! — James sentou-se ao lado de Aluado na cama, colocando a mão no ombro dele.
— Eu agradeço, mas… Acho que vai ser mais seguro. E eu quero ficar sozinho por alguns minutos, desço assim que me sentir melhor. — forçou um sorriso doloroso — Eu juro, tá tudo bem.
Pontas e Almofadinhas trocaram olhares preocupados, mas concordaram com o amigo, respeitando sua vontade. Trocaram mais algumas palavras e saíram, deixando-o sozinho.
— Esse Aluado… É mais teimoso que uma porta. — Sirius resmungou.
— Eu que o diga. — Uma terceira voz falou. Sirius encontrou Scarlett ali.
— O que… Como… Como conseguiu entrar? — Pontas perguntou, assustado.
— Vocês deviam ser mais cuidadosos ao falar a senha. Se não, qualquer pode ouvir. — Ela deu um sorrisinho, mas logo ficou séria. — Eu vou vê-lo.
— Ruggiero, não acho que é uma boa ideia. — Sirius alertou.
— Não foi uma pergunta. — Ela olhou para os dois, esperando que alguém a desafiasse, mas os dois amigos cederam.
— Só… cuida dele, por favor. — James falou.
O olhar dela se tranquilizou.
— Pode deixar. — Ela respondeu, antes de correr escada acima.
— Parece que nosso Aluado achou alguém boa o suficiente para ele. — Sirius brincou, mas parte de si se sentia muito feliz pelo amigo. Ele havia sofrido muito e merecia momentos felizes.
Já estavam saindo, quando a porta se abriu de novo e Lily apareceu, parecendo cansada.
— James Potter, como ousa me deixar para trás assim?
— Lily, meu amor…
— Não venha com essa de meu amor para cima de mim! Eu também estava preocupada com ele! O que eu ia falar para as pessoas?!
James mandou um olhar pedindo socorro para Sirius, mas o segundo falou desculpas apenas movendo os lábios, sem produzir um único som, antes de sair ligeiro do salão comunal.
Respirou tranquilo do lado de fora, se esquecendo que já era meia noite e, teoricamente, estava quebrando as regras. Riu consigo mesmo. E quando não estava? Chegava a ser patético o jeito que Filch simplesmente não conseguia controlar nada naquela escola.
Black estava quase de volta o local da festa quando viu uma silhueta andando lentamente em sua direção. Quase se questionou se estava alucinando, mas não seria capaz de recriar algo tão perfeito e real assim.
— Eu não voltaria para lá se fosse você. Julie e Reggie sumiram e não acho que seria bom encontrá-los. — sorriu sarcástica e Sirius não pode evitar uma cara de nojo. Nem se ainda fosse próximo do irmão desejaria flagrá-lo em qualquer momento minimamente íntimo.
— Quem diria, esses dois… — Black se contentou a rir fraco, antes de se tocar de um detalhe. — E o que você está fazendo aqui? Vai voltar para o dormitório da Sonserina?
fez uma careta e ficou em silêncio. Não podia ter certeza, mas a garota parecia enfrentar um dilema interno. Algum lado deve ter vencido, pois ela jogou o cabelo para trás e falou:
— Estava apenas vagando por aqui. Ver se encontrava algo… interessante.
O olhar da morena o fez sentir uma reação bem conhecida quando o assunto era . A garota que dizia não suportá-lo estava conversando normalmente com ele e flertando?
Não seria ele a perder a oportunidade.
— E eu posso te ajudar com isso?
Ela não olhou para ele, mas pode ver um sorriso mínimo se formar em sua boca.
— Bom, essa noite você certamente provou que conhece lugares inusitados. Alguma sugestão?
— Pelo o que eu vi essa noite, você também é capaz de surpreender. — O garoto provocou de leve. — E parece que meu maior trunfo foi ocupado.
O rosto dela se franziu e ele temeu ter dito algo errado. Mas então ela disse:
— Bom, com esse frio fica difícil ter muitas ideias.
— Eu até te convidaria a ir para o salão comunal da Grifinória e me orgulharia de poder te surpreender, mas acho que os quartos lá andam meio… ocupados. — Ele comentou, lembrando dos dois amigos que estavam bem acompanhados.
sorriu marota ao encará-lo.
— E você? Já entrou no salão comunal de outra casa?
— Bom, conheço muito bem o da Corvinal, conheci um pouco o da Lufa-Lufa em algumas festas e cheguei a ficar cinco minutos no da Sonserina antes de ser expulso.
Ela bufou e revirou os olhos, antes de respirar fundo.
— Então tá na hora de você conhecer de verdade o salão comunal das serpentes.
— Está se chamando de cobra, ? — Ele caçoou.
— Ah, mas eu sou. E das mais venenosas. — disse, piscando para ele, antes de rumar pelo corredor em direção às masmorras.
A excitação começou a correr por suas veias. Sirius voltou a se espreitar pelas sombras, agora acompanhado e muito mais ansioso. Um miado o fez esperar um pouco mais em um corredor do terceiro andar, mas logo estavam descendo para a parte inferior do castelo.
Chegaram em uma parte das masmorras que parecia como as outras, mas para era muito familiar e até Sirius a reconhecia.
— Abaffiato. — murmurou apontando para o garoto e logo tudo ficou confuso aos seus ouvidos.
— ?! O que você fez?!
Ela falou algo que ele não pode ouvir e a porta se revelou. Eles entraram e ela apontou de novo a varinha para ele, fazendo o mundo voltar a ter sons.
— Que porra foi essa?!
— Não achou que eu confiaria nossa senha a você, achou? — Ela disse, jogando os cabelos pretos para trás e andando para conferir se estavam realmente sozinhos.
Sirius aproveitou para explorar aquele local que ele nunca pudera ver antes. As poltronas verdes e o efeito que o lago causava no local eram bem incríveis, mas ele nunca admitiria que nada na Sonserina pudesse ser minimamente bom. Ele se sentou em uma poltrona e logo reapareceu.
— Sempre achei a segurança dessa escola muito precária para uma instituição responsável por tantos menores de idade. — comentou, soltando-se no braço da poltrona em que ele estava.
— Tirou as palavras da minha boca. — Black disse, ainda olhando tudo ao redor um pouco intrigado. Repensou várias vezes o que faria a seguir, mas não pode deixar de comentar. — Achei que você me odiava, .
Ela bufou.
— Precisa me lembrar disso agora? Já é difícil o suficiente não socar essa sua cara de convencido.
— Então eu não te lembro. — Ele disse, se virando para ela, e não pode deixar de relancear a boca rosada de . E um pouco do seu decote também.
Ele esperava um belo soco por deleitar-se tão abertamente, mas a garota o encarou de volta, também olhando para sua boca. Quando Sirius se deu conta, estavam a poucos centímetros de distância.
— Achei que havia me dito que eu nunca mais teria você de novo. — Ele não conseguiu conter a provocação, fazendo-a revirar os olhos.
— Você é um porre, Sirius Black. Mas a sua maldita sorte é beijar tão bem.
Sirius sorriu satisfeito pouco antes de colocar a mão no rosto da sonserina. Mas, como se tratava de , antes que ele pudesse beijá-la, ela tomou a iniciativa.
O beijo de mais cedo não parecia em nada com o de agora. Não havia mais surpresa, receio ou bloqueios. Os dois estavam completamente entregues ao momento, as bocas urgentes procurando ganhar cada vez mais espaço enquanto as mãos do moreno desciam por toda a silhueta da garota.
Sirius sentia seu desejo aumentar cada vez mais, especialmente quando ela subiu no colo dele, rebolando de leve em encontro ao seu membro. Por Merlin, a garota estava o levando à loucura.
Não ficaria para trás, claro. Ele começou a distribuir beijos lentos no pescoço da morena, sentindo a respiração de ficar mais pesada. Ambos exploravam o corpo alheio por baixo das roupas. As sensações eram inebriantes: a adrenalina pelo medo de serem pegos, o jeito que seus corpos se encaixavam como se tivessem sido feitos para estarem juntos. Black mal podia acreditar que não estava sonhando.
Ela separou o corpo do dele e Sirius sentiu imediatamente um vazio e um frio onde antes ela estivera encostada nele. Mas valeu completamente a pena. Ela despira o vestido preto e tirara as botas, ficando apenas com uma minúscula lingerie de mesma cor. As calças nunca o incomodaram tanto como naquele momento.
Black não conseguia desviar desviar os olhos do corpo de . Cada parte parecia perfeitamente moldada para ele, nunca havia visto alguém tão bela. Não conteve um gemido rouco ao admirá-la à luz da lua cheia.
— Fecha a boca, Black, se não a baba vai escorrer. — provocou, tirando-o do transe. Mas, diferente do que parecia lógico, aquilo apenas o deixou mais animado e o resto foi simplesmente inevitável.
Ele não conteve o próprio sorriso sacana antes de tirar as próprias roupas e não pode deixar se sentir uma satisfação imensa ao ver os olhos de se anuviarem de desejo.
— Acho que conseguiu encontrar algo interessante para fazer afinal, . — Ele provocou de volta.
— É melhor entrarmos. — Ela disse e ele pode sentir certa necessidade em sua voz.
— É só mostrar o caminho.
Sirius não conseguiu processar como o dormitório era por dentro, pois logo eles já haviam largado suas roupas de qualquer jeito e se encaravam, desejosos. O contato seguinte foi ainda mais fervoroso do que antes, ambos necessitados do toque e sensações que o outro causava. Afinal, os seios de ficavam ainda melhores quando tomados pela boca de Sirius e nada parecia mais certo do que a ter arranhando suas costas e gemendo seu nome em seu ouvido.
Com a mente enevoada de desejo, Sirius deitou na cama e seus lábios desceram pela barriga macia da sonserina, até alcançarem sua intimidade e o garoto poder finalmente sentir o gosto único da garota. Tinha vontade de ficar ali para sempre e teria ficado se não tivesse uma urgência ainda maior. Quando os gemidos de ficaram cada vez mais altos e ele sentia que ela estava pronta, não conseguiu mais se conter.
Black se ergueu e se ajeitou em cima de sob o olhar ávido da garota. Ele roçou de leve a sua entrada, fazendo ambos gemerem e após um tempo com essa tortura, ele não se aguentou e penetrou a garota lentamente.
Como qualquer bruxo, Sirius Black não era religioso, mas se sentiu perto do que os trouxas denotariam como paraíso. Nada era como aquilo. E, no fundo, ele sabia que com nenhuma outra seria. Porque nenhuma outra diria em um arquejo para que ele fosse mais rápido, enquanto chocava o quadril no seu. E nem saberia exatamente aonde tocá-lo. E nem provocaria sensações tão intensas. Porque nenhuma outra garota era , a garota que o odiava, mas provocava nele as mais inéditas sensações.
O ritmo foi se intensificando, os gemidos cada vez mais frequentes e mais altos. Não demorou muito para que a garota se desmanchasse em um orgasmo e suas contrações involuntárias o levassem ao ápice. A explosão de prazer os deixou desnorteados, mas assim que Sirius olhou para , percebeu que ela sorria. Um sorriso um pouco safado, é verdade, mas também genuíno.
E lindo.
Sirius Black sabia que estava fodido porque o seu coração parou por um instante com aquele sorriso.
Mas hoje ele não pensaria nisso. Não quando sentia que ele e estavam longes de terminar a noite por ali.
— Bom dia, dorminhoco. — A voz manhosa de o fez abrir os olhos. Se sentia exausto (também, com a noite anterior), mas nunca acordara com uma visão tão bela.
Não sabia se um dia se acostumaria com a visão de .
— Não quer deitar mais um pouco? — Ele a convidou, a voz rouca de sono.
O estômago de roncou e ela sorriu.
— Acho que talvez um cochilo da tarde. Eu realmente preciso comer.
— É saudável. Repor as energias. — Ele caçoou e ela fez seu costumeiro revirar de olhos e lhe mandou o dedo do meio. Mas, por trás daquela atitude, ela sorria.
Eles se vestiram (Sirius se sentindo patético por estar com as roupas da noite anterior enquanto se aprontava renovada) e caminharam para o Salão Principal. Sirius ficou agradecido que nenhum dos poucos alunos sonolentos no salão comunal perceberam sua presença.
Antes porém que algo fosse muito longe, uma pequena figura simplesmente surgiu na sua frente e ele podia ter certeza que estava alucinando.
— Monstro?!
A careta horrorosa do elfo doméstico era feia demais para que ele estivesse imaginando.
— O meu senhor pediu para que o traidor de sangue me seguisse. — O elfo disse, o tom absurdamente discrepante ao se referir a Regulus e Sirius.
ergueu uma sobrancelha enquanto Sirius ficava chocado. O que o peste queria com ele? No fim, sua curiosidade venceu.
— Vai na frente. — Ele apontou para . — Eu já te alcanço.
Eles seguiram em profundo desagrado mútuo até a sala da festa anterior, a qual Sirius entrou e levou um tremendo susto. O local estava completamente diferente. Uma grande mesa repleta das mais diversas comidas e sobremesas se encontrava no centro e, ao canto do local, havia uma enorme árvore de natal com presentes embaixo. Uma lareira começava a queimar a lenha, deixando o ambiente aquecido e em cima da mesma haviam 8 meias, cada qual identificada por um nome e o brasão de sua casa. Regulus estava no meio da cena.
— O que achou, meu senhor? — disse Monstro para o Black mais novo..
— Está ótimo, Monstro. — Regulus sorriu — Bom trabalho.
— Monstro não queria servir traidores de sangue, mas seu mestre Regulus o obrigou, então Monstro fez o seu melhor.
O irmão finalmente notou Sirius, que não podia estar enfrentando sentimentos mais conflituantes no momneto.
— Muito obrigado, monstro. Você está dispensado.
O elfo doméstico grunhiu uma última vez antes de desaparecer no ar.
— O que é tudo isso? — Sirius questionou com cautela, com medo de sua voz entregar seu misto de sentimentos.
— Eu só queria fazer uma coisa legal para agradecer por terem me recebido ontem. Acabou por ser uma das minhas melhores noites em Hogwarts.
Sirius observou o irmão por alguns segundos, parte de si questionava se o mesmo estaria sendo sincero. Apesar de tudo, algo lá no fundo, talvez sua ligação construída desde de tão pequenos, lhe disse que era verdade.
— Fico feliz que tenha vindo. — O mais velho confessou, por fim.
— Sirius, eu sinto muito.
— Eu sei. — Sirius falou sereno. Mentiria se dissesse que não conhecia o próprio irmão.
— Como?
— Eu abandonei os ideais de nossa família, Reggie. E não a você. Tenho te observado todos esses anos.
— Mas como você… — Reggie estava perplexo — Impossível.
— Digamos que há coisas sobre mim que a nossa família não saiba, Reggie. Mas eu estava lá. Sempre estive. E acho que de certa forma você sentia isso, afinal, eu jurei ter visto a porta do meu quarto no final do corredor enquanto caminhava até aqui.
— Queria ser forte como você.
— Você é. Não deixe que eles roubem sua essência. Você é uma pessoa boa, Regulus.
O silêncio reinou. A saudade de dois irmãos inundava a sala naquele momento. Não havia muito que precisava ser dito; seus olhares entregavam significados que nenhuma palavra conseguiria descrever.
Regulus avançou sobre o irmão, dando-lhe um abraço apertado que logo fora retribuído, apesar da surpresa deste.
— Senti sua falta, irmão.
As palavras atingiram o peito de Sirius como uma onda de calor. A forma com a qual havia sido deserdado de sua família fazia-o se sentir inseguro às vezes e ouvir aquilo vindo de seu irmão mais novo o fazia se sentir em paz.
— Agora, vamos chamar o pessoal para tomar café porque estou cheio de fome. — começou Sirius acariciando sua barriga. Afinal, depois que o acordara, ele só conseguia pensar naqueles pratos deliciosos.
Aos poucos, todos foram chegando, Lupin e Ruggiero sendo os últimos. O aigo parecia mais feliz do que após qualquer lua cheia que já havia passado. Pontas e Evans certamente haviam resolvido a discussão da melhor forma. Julie e Regulus estavam juntos e Sirius não podia deixar de observar aquele casal inusitado, mas que agora parecia tão certo. Ele ficava feliz pelo irmão.
E claro, havia , que embora disfarçasse na frente de todos, estava bem mais simpática com ele. Quando ele a questionou sobre isso, no entanto, é claro que ela lhe respondeu:
— É Natal, por isso estou sendo educada. Eu ainda te odeio, Black.
Mas seu sorriso entregava tudo. E só aumentara depois de ver os dois irmãos bem resolvidos.
— Noite feliz, hein… — Remo provocou com os garotos quando estes se juntaram, as meninas sentadas perto do fogo. — Nem voltaram para o dormitório.
— Pelo jeito nem a Sky saiu de lá né… — comentou Pontas, já iniciando a onda de risadas.
— Ainda precisa de café depois de uma noite inteira tomando chá, meu amigo? — questionou Sirius fazendo com que Remo entrasse na crise de riso.
— Já reaprendeu a falar depois de ser cachorrinho da Amélia a noite toda, Black? — Lupin retorquiu para o amigo que parou de rir imediatamente, ao contrário de Regulus, que ria discretamente da cara do irmão e Pontas, que tinha o rosto completamente vermelho de tanto rir.
Se Sirius não estivesse vivendo um dos melhores dias da sua vida, teria socado a cara de todos ali. Se contentaria em apenas provocá-los.
— Tá rindo do que, Pontas? De apanhar pra mulher bonita você entende né… E você deveria me agradecer, Aluado. Todos tivemos uma noite memorável que foi organizada por quem, mesmo?
Todos sorriram para ele, que sentiu seu ego se inflar um pouco mais. Realmente, o dia perfeito.
— Bom… — Regulus começou, fazendo com que todos o olhassem surpreso. — Independentemente do que tenha nos trazido até aqui, de uma coisa eu sei…
O Black caçula olhou ao seu redor para cada um presente naquela sala, sorrindo.
— Essa sempre será uma noite para se recordar.
Fim!
Nota da autora: Oi pra você que chegou até aqui! Escrever essa fic foi um desafio enorme pelo tempo e a escrita coletiva, mas foi uma das melhores experiências que eu já tive! Rendeu muitas risadas e surtos e amizades que foram muito especiais, tipo essas amigas maravilhosas da nossa trilogia! Espero demais que tenham gostado, não esqueçam de comentar e ler as outras duas histórias da trilogia! Para mais informações das fanfics que eu escrevo, siga meu instagram @elena.n.stuff. Obrigada mais uma vez e um feliz natal!
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