Apenas Mais Uma de Amor

Última atualização: 04/09/2018

Prólogo

O amor verdadeiro sempre é eterno, nosso relacionamento tinha acabado, mas o sentimento jamais desapareceu por completo. Porém tamanha era minha decepção, já tive várias, mais essa foi de longe a mais cruel, mas o ser que carrego em meu ventre me da forças para prosseguir. Passarei por essa tempestade de pé e de queixo erguido pelo meu filho.
Todas as escolhas que fiz desde que terminou comigo, foram tudo por água abaixo e uma delas foi voltar ao Brasil pra casa dos meus pais, que estavam passando por um processo com a minha irmã. A mesma que depois da morte de seu marido virou uma viciada e abandonou minha sobrinha com minha mãe. tinha apenas 14 anos e já tinha passado por poucas e boas. Eu vi que não poderia viver ali com meu filho, só traria mais preocupações a meus pais que não estavam bem financeiramente.
O que me obrigou a voltar a Londres e ainda trazer para viver comigo, só que nosso único problema era que não tínhamos um lugar pra viver já que tinha vendido o apartamento para viajar, acabou que vim parar em uma kitinet com e . E a partir daquele momento nós começamos a trabalhar e juntar dinheiro para comprar uma casa para vivermos.
É, na vida nem tudo acontece conforme nós queremos, nem sempre saímos ilesos dos obstáculos que ela nos trás, mas sempre tem algo que nos impulsiona para frente, e o que mais me impulsionava era a vontade de ser uma boa mãe para o meu filho.
Não sei o que acontecerá daqui pra frente, não sei o que o destino guarda pra mim, mas se tem uma coisa que eu sei, é que essa história é apenas mais uma de amor... 


Capítulo 1 - O Início
Parte I

Desde muito nova amava ouvir histórias e quando comecei a ler me apaixonei completamente pelos livros, criei um mundo imaginário em volta de cada história que lia, seja de romance a suspense, passei boa parte da pré-adolescência nesse mundo.  
Acordava cedo e ia para à escola sempre com um livro que estava lendo, não interagia com ninguém, prestava atenção na aula e sempre na hora do intervalo eu pegava meu livro e lia, acabava o intervalo e sempre era a última a chegar à sala, pois a leitura me deixava tão fissurada que eu não prestava atenção em nada, quando saia da escola ia direto pra casa e me trancava no quarto logo depois de fazer todas as tarefas, fiquei assim por todo ensino fundamental, quando ia pular para o ensino médio, meus pais foram chamados na escola por eu não interagir com ninguém e sempre era a última a voltar do intervalo, com isso meus pais me tiraram os livros e me castigaram até eu fazer amigos e passar a sair mais de casa, por um lado esse castigo foi bom, pelo outro foi horrível, sair do mundo da fantasia para o mundo real foi um choque tão grande, que eu acabei percebendo que não me encaixava em nenhum grupinho na escola nem dos losers, cdfs, nem dos descolados. Eu era tão invisível que quando cheguei para meu primeiro dia de aula no ensino médio umas garotas chamaram minha atenção me perguntando se era aluna nova sendo que estudei por toda minha vida na mesma escola com os mesmos colegas de classe, me choquei com aquilo e logo fiz uma grande amizade com , elas me apresentaram a música, festas e garotos. 
Com a largada dos livros e saindo com mais frequência, ainda sentia um vazio dentro de mim, sentia falta do meu mundo imaginário e vendo isso meu pai começou a contar as mesmas histórias que me contava na infância sobre meus bisavôs.  
Meu bisavô nasceu na cidade de Porto em Portugal, era como eu, fã de uma boa leitura, e certo dia ele decidiu fazer sua própria história. Mas para isso teve que adquirir uma forte mudança de hábito, então em um belo dia ao completar 18 anos decidiu viajar para Lisboa, a capital de Portugal, onde ele viveu grandes experiências, vivia nas praças vendendo coisas baratas e piratas, passou a ser um picareta e um mulherengo, mas tudo mudou quando conheceu uma bela jovem e logo quis se casar com ela, mas não tinha dinheiro para seu dote e o pai da moça era muito ganancioso e queria casar a filha com um velho rico que tinha uma empresa de exportação, por isso eles viveram um romance proibido como nos livros e, como nos livros, eles fugiram numa noite e foram para a cidade de Sevilha onde se casaram e consumaram seu casamento, mas o pai da noiva sabendo disso, e tendo uma boa influência passou a caçar a cabeça dos meus bisavós, ele estava tomado pelo ódio de ter perdido um bom negócio com o velho das exportações, e é por isso que fugiram para o Brasil onde meu bisavô trabalhou como caminhoneiro e comprou um terreno onde construiu uma casa de sapê, e logo começou a trabalhar nas ferrovias, ganhou um bom dinheiro e construiu uma linda casa, onde viveu os restos de seus dias com seus filhos, netos e bisnetos. Pena que assim que nasci ele faleceu, e quando eu tinha um ano apenas minha bisa morreu, dizem que foi de saudades do seu grande amor. 
E com essa história tive várias inspirações e vontade de viver uma aventura como ele viveu, afinal estava no meu sangue, por isso depois de muito esforço e compartilhar essa história com minhas amigas e viver uma decepção amorosa tão cruel que decidi dar uma reviravolta em minha vida juntamente com  e e nosso foco foi morar em Portugal.   Depois que terminamos a escola nos juntamos nossas economias e viemos morar na cidade de Coimbra onde passamos para a faculdade devido ao vestibular. Mas nem tudo são mares de rosas, estamos vivendo um dia de cada vez com dificuldades. Mas estamos conseguindo evoluir a cada dia. fazia faculdade de medicina e já cursava seu último período.  fazia apenas um curso de fotografia, logo depois de três anos morando em Portugal se mudou para Londres, pois as condições de trabalhos eram melhores. E eu escolhi cursar produção editorial, estava no meu último período e trabalhava como secretária na editora Palmer, eu simplesmente amava esse trabalho, porém meu sonho era ser editora chefe. Poder ler todos os livros, fazer algumas alterações, conversar diretamente com o autor de cada história. E eu não via a hora de ocupar esse cargo.  Mas como disse anteriormente nada é um mar de rosas, a chefe, era tipo o diabo veste Prada, não tinha tempo de fazer nada, não trabalhava aos finais de semana... mas a chefe sempre fazia questão de me passar vários exemplares de livros para revisar, o que era umas 500 páginas de cada esboço, tinha final de semana que ela me dava três esboços com 500 páginas. Não podia reclamar eram histórias sensacionais, tudo bem que umas fugiam da realidade até demais e a minha vida social era uma merda, e somente às vezes eu e passávamos os fins de semana na fazenda da Katie, bebendo vinho e badalando pela cidade, eram raros os dias que saia com , meu namorado, ficante ou peguete, nunca defini o que tínhamos. era só bom na cama, não tinha senso de humor, era uma pessoa fria e calculista sem contar que era um perfeito mulherengo, nunca consegui resistir ao seu charme e começamos a ter um caso logo depois que eu e nos mudamos para a vila e nos tornamos vizinhos. Nunca reclamei dessa situação e nem penso em ter um relacionamento com ele e nem com ninguém, mas é aquela coisa, depois que se relaciona sexualmente você não consegue ficar sem. E depois de um dia estressante nada melhor do que um bom sexo, se ele podia me usar por que eu não tiraria proveito disso, não é mesmo?
Desde meu primeiro namorado até o eu só tive decepções, para mim romances somente em livros e filmes, na vida real já eram outros quinhentos. 

  
*** 


Era uma sexta-feira e o dia tinha amanhecido nublado, levantei da cama desejando continuar na mesma e dormir pelo restante do dia, quando meus pés tocaram o chão levei um susto de tão frio que estava, recolhi meus pés e dei um gemido baixinho de insatisfação. Foi quando olhei para o relógio no criado mudo que marcava seis e meia da manhã, e me dei conta de que estava super atrasada, sai correndo para o banheiro, tomei um banho de gato e fiz minha higiene matinal, voltei ao meu quarto já colocando meu uniforme, enfiei meias calças embaixo da saia devido ao frio, coloquei meus saltos e soltei meu cabelo da touca rapidamente penteando meus longos cabelos loiros, passei uma maquiagem básica e meti o pé me despedindo rapidamente de e correndo em direção a editora. No caminho passei na padaria para comprar o café da bruxa, ainda correndo pelas ruas senti meu salto quebrar, quase derramei o café no chão e soltei um hummm trakinas bem alto, todos me olharam e comecei a mancar em direção a editora. Que graças aos céus a bruxa cuca ainda não tinha chegado. Corri até o banheiro me endireitando e pegando meus sapatos reservas embaixo da mesa, assim que voltei à mesa dona cuca estava saindo do elevador, me encarava com desdém enquanto eu sorria abertamente e lhe dava bom dia, tudo que ela fez foi jogar seu casaco em cima da mesa e pegar seu café da minha mão, entrando na sua sala e fechando a porta com força, revirei os olhos e respirei fundo. Aquele seria um longo dia. 
Fiz meu trabalho de cada dia e a bruxa não me chamou em nenhum momento, fomos para o almoço e tirei meu cochilo diário, voltamos do almoço e a bruxa ainda não tinha falado comigo o que era estranho, pois, sempre me chamava pra passar tarefas, ela foi pra reunião e eu passei seus outros compromissos. Quando faltavam uns quinze minutos para irmos embora ela chega eufórica me mandando ir até sua sala. 
- . Tenho ótimas notícias. Nós vamos passar o fim de semana em Londres na nova filial que abriu lá, preciso coordenar de perto o novo editor chefe e preciso que você vá comigo - ela dizia radiante e eu fitei aquela mulher boquiaberta. Nunca a vi falar assim tão contente e tão educada. – E não aceito um não como resposta, essa viagem vai mudar nossas vidas. 
- Bom. Senhora Palmer, é realmente uma boa notícia e hoje é meu último dia de aula na faculdade, logo depois é a colação de grau e a formatura, eu não sei se... 
- Que se dane colação de grau e formatura o que importa é que já se formou e você vai para Londres comigo. É uma grande oportunidade. – Respirei fundo e apenas sorri, não estava tendo sucesso de convencê-la a não me levar nessa viagem. 
Sai do escritório assim que reservei as passagens e hotel que ficaríamos e fui direto para a faculdade, seria o último dia e iríamos encerrar o período com uma pequena festinha entre nós, na sala mesmo. A festinha estava ótima e nos despedimos com abraços carinhosos e com discursos amorosos.    
Estava correndo tudo bem até eu pegar uma baita chuva no caminho pra casa. Fiquei com um humor péssimo. Quanto mais eu andava eu sentia minhas roupas pesar e as gotas da chuva começaram a ficar mais grossas, comecei a desejar uma taça de vinho e uma banheira com água quente.   Assim que coloquei os pés em casa, toda ensopada, fui direto ao banheiro, só que faltava água e meu estresse aumentou. Fui até a geladeira e ainda tinha um restinho de vinho da outra noite, enchi minha taça e ainda molhada da chuva sentei no balcão respirando fundo até que vi a chave da casa de em cima do mesmo. Senti um fiozinho de esperança dentro de mim e o estresse a diminuir com a minha maravilhosa ideia de tomar banho na casa de , tudo bem que ele tinha deixado as chaves comigo para que eu alimentasse seu cachorro enquanto ele fazia uma de suas viagens a negócio, mas mal nenhum teria se eu usufruir de sua banheira, já que ele voltaria só amanhã mesmo. Corri até meu quarto pegando roupas secas e uma toalha, corri em disparada até a casa da frente e fui recepcionada por Max balançando seu rabo, fiz um carinho e fui direto ao banheiro preparar o banho, por sorte tinha água bem quentinha ali, enquanto a banheira enchia coloquei comida para o Max e abri uma garrafa de vinho, despejei na taça e voltei para o banheiro, deixei a porta aberta para ficar de olho em Max, logo me despi e entrei na banheira, respirei fundo, dei um gole no vinho e fechei os olhos, ali eu pude relaxar tanto que peguei no sono e só dei por mim quando Max estava latindo e destroçando minha toalha no banheiro, levantei rapidamente e ele tomou um susto saindo correndo do banheiro com minha toalha em sua boca. 
- Max sua peste, volta aqui com a minha toalha agora. – Dei um grito e sai correndo atrás dele tomando cuidado para não escorregar, pois, estava toda molhada e o piso era de madeira. 
- Nossa que visão do paraíso. Bom é chegar de uma viagem estressante e ser recebido dessa maneira – disse me assustando. Corri em sua direção e lhe dei um abraço. 
- Bom, não esperava te receber, estava tomando um banho na sua banheira já que a minha não tinha água quente, até que a peste do Max rasgou minha toalha. – Eu disse entrelaçando meus braços em seu pescoço. 
- Viva ao Max por isso então. - Meus lábios se comprimiram contra os dele, fomos para a cama e aconteceu algo que nunca tinha me acontecido antes em toda minha vida. Tive a sensação de que meu corpo pegava fogo. Fazíamos amor, e era sem princípio nem fim, um rio que me arrastava cada vez mais depressa, sugando-me para baixo, mais e mais fundo, para uma suave escuridão, que explodiu em mil estrelas. E o milagre foi que aconteceu de novo, e mais outra vez, até que ele se estendeu na cama, ofegante e exausto. 
- Inacreditável – murmurou . Soltei um risinho abafado e me envolveu em seus braços beijando o topo da minha cabeça. – Estava com saudades de você. – Continuei a sorrir silenciosamente e não disse nada. –  eu quero te dizer uma coisa. – Ele disse se sentando na cama e me puxando para que ficasse de frente pra ele. – Bom, nós estamos tendo um caso a um bom tempo e isso é ótimo, você é uma pessoa incrível, mas terá que acabar. Eu não posso mais sair com você. – eu confesso que fiquei muito surpresa. 
- Mas por quê? Eu fiz algo que você não gostou? O que houve? – Ele respirou fundo e abaixou a cabeça. 
- Eu me apaixonei por você, e é por isso que temos que acabar com isso e começar a ter um relacionamento sério. – entrei em pânico, ele não pode se apaixonar por mim, não quando era um mulherengo. Nós começaríamos a ter um relacionamento e logo ele me trocaria por uma loira com peitão, tenho certeza disso, ainda mais que pra mim esse lance de estou apaixonado não cola comigo. Levantei rapidamente da cama e comecei a catar minhas roupas para me vestir, só queria sair dali o mais depressa possível. 
- Eu tenho que ir ... 
- Não, não vai, fica aqui comigo, por favor. – Ele disse segurando em meus braços. 
- Eu não posso. – Coloquei minhas mãos em suas bochechas e ele fechou os olhos. – Eu sinto muito , mas não posso te dar o que você quer. – Ele respirou fundo e virou de costas pra mim, caminhei até a porta lentamente, antes de sair completamente me virei olhando para que continuava de costas pra mim, respirei fundo e deixei a chave que ele tinha me dado no criado mudo e voltei pra casa, fiquei mal pelo , mas não posso ter um relacionamento com alguém que eu não gosto e que eu não sinta aquela faísca e as borboletas no estômago.  
Assim que entrei em casa sentei no sofá e fitei o nada, minha cabeça estava a mil, e revivia sem parar a cena que tinha acabado de ocorrer. E se... 
- Aí está você, tenho novidades. – disse se sentando no sofá ao meu lado. – Meu Deus, o que aconteceu? Você está pálida, parece até que viu um fantasma. – Ela disse segurando meu rosto, eu balancei a cabeça. 
- Não é nada...  
- Ah  me diz o que aconteceu. – Ela me interrompeu e se endireitou no sofá para me ouvir, eu respirei fundo. E contei tudo o que tinha acontecido, tudo o que tinha me dito e pedido. – Uau, o mulherengo do se rendeu a você? – ela riu e balançou a cabeça. – Eu não acredito nisso, e por que você não aceita e dá uma chance pro cara? – ri debochadamente. 
- Pra que dar uma chance a ele, você conhece o , na primeira oportunidade ele me troca por outra. 
- Nesse ponto você está certa. Só que as pessoas mudam . – Ela segurou em minhas mãos. – Eu sei que você sofreu muito no passado e você acha que o amor não existe. Mas te digo uma coisa, você só vai saber se existe ou não quando der uma chance de se envolver com outra pessoa e se apaixonar. Nós temos que tentar até achar a pessoa certa. – eu respirei fundo e me afundei mais ainda no sofá. 
- Eu sei que você está certa, só que é muito difícil pra mim. – Levantei e dei um beijo em sua testa. – Prometo que vou pensar a respeito. – Fui até a cozinha bebi água e voltei. – Mas diga, qual é a novidade? – disse sentando ao seu lado. 
- Eu consegui uma vaga nos médicos sem fronteiras. – Ela soltou um gritinho e bateu palmas. – Vou passar alguns meses no Haiti. – Ri de sua empolgação e a abracei. 
- Parabéns. , eu fico muito feliz por você. Você vai quando? – nos soltamos e sentamos novamente no sofá. 
- Eu vou amanhã mesmo.
- Tão rápido assim? 
- Sim, fui escolhida de última hora e aceitei sem reclamar, não sei quando outra oportunidade como essa irá surgir. 
- É verdade. – sorri pra ela. 
- Sinto muito, mas você ficará aqui sozinha por algum tempo, sem a minha importante presença. – Eu gargalhei. 
- Mas como é convencida. Pra falar a verdade estarei bastante ocupada com o trabalho. 
- A bruxa cuca vai te fazer bastante companhia. – Rimos alto.  
- Pois é, e não é que ela me chamou para ir a Londres esse fim de semana?! Iremos trabalhar lá na filial.  
- Isso não é ruim, você poderá visitar a .  
- Ah é, tinha me esquecido desse detalhe - sorrimos uma para outra. – Não diga isso a ela. 
- Pode deixar seu segredo está a salvo comigo bela dama. – fez uma reverencia e caímos na gargalhada. – Bom, vou arrumar minhas coisas. 
- Também vou, logo estarei partindo para Londres. Pena que não poderemos fazer uma festinha de despedida. – Nos abraçamos. 
- Relaxa teremos muito tempo para festejar nossas conquistas. – Eu sorri e logo nos encaminhamos para nossos respectivos quartos, e eu não tirava da cabeça o que disse em relação a , talvez ela esteja certa, eu tinha que me permitir, eu tinha que dar uma chance e experimentar um romance, era o que eu mais queria quando era mais nova e depois de ter vivido uma grande paixão e me decepcionado tão cruelmente com ela, me fechei e não me permiti amar novamente, afinal todos os homens eram iguais, não prestavam e faziam as mulheres sofrer. 
No começo todo relacionamento é um mar de rosas e conforme ele vai rolando os espinhos começam a aparecer, por que seria diferente dessa vez? São tantos e se, e talvez. Estou tão confusa. Mas não seria uma má ideia dar uma chance a . Eu tinha que tentar. 
Terminei de arrumar minha mala e logo seria à hora de partir para o aeroporto, a bruxa não parava de ligar me perguntando se já tinha reservado as passagens e o horário certo para estar lá.  
Despedi-me de e fui em direção a casa de decidia a dar uma chance a ele e a cada passo que eu dava meu coração começava a soltar do peito e um frio começava a percorrer pela minha espinha ao mesmo tempo. Minha respiração ficou acelerada e estava começando a entrar em pânico, tremendo, toquei a campainha e logo pus um sorriso em meu rosto que se desfez assim que vi a loira, vestindo somente a camisa de , ela me olhou com cara de interrogação, eu apenas respirei fundo e balancei a cabeça. Virei-me de costas indo em direção ao ponto de ônibus e ri debochadamente de mim mesma. Como dar uma chance se tudo o que eu penso se realiza? Eu estava certa e não me vangloriei e nem quis jogar na cara de isso, mas me senti mais triste que o normal, pois nunca iria conseguir ter um romance de contos de fadas com ninguém. Esse era meu destino. 


Capítulo 2 - O Início
Parte II

Abri meus olhos lentamente que doeram com a claridade e minha cabeça começou a latejar, os fechei novamente e cobri minha cabeça com a coberta, respirei fundo e senti que minha garganta estava seca e comecei a sentir muita sede, mais a vontade de ficar deitada foi maior que a sede e permaneci ali deitada na minha cama, dei um suspiro alto e lembrei que tinha passado da conta na bebida ontem à noite e que agora estava com uma baita ressaca, eu não estava acostumada a beber tanto, mais desde que me mudei temporariamente para Londres e comecei a sair com , essa que toda vez que brigava com seu namorado me arrastava pra algum pub e jogava todas suas frustações na bebida, e como eu era sempre a sã que não bebia muito a levava pra casa, mais ontem a noite foi diferente, eu quis extravasar, esquecer um pouco o que tinha acontecido e principalmente o que deixou de acontecer, então foram doses atrás de doses, só me lembro de chegar em casa toda torta e cuidando de mim e dando esporro por eu ter bebido tanto e não ter a chamado para nos acompanhar na farra. Senti outra vez minha cabeça latejar e comecei a me arrepender de ter bebido tanto ontem, graças aos céus, hoje era sábado e eu tinha o fim de semana livre, senti meu celular vibrar embaixo de mim, logo o peguei e minha cabeça doeu mais ainda com a claridade dele.  
- Alô - Minha voz saiu rouca. 
- . Acordei você? - perguntou com espanto.  
- Sim, por que está me ligando tão cedo? - sentei na cama com a mão apoiando a minha cabeça que não parava de doer.   
- Está louca, já são 5 horas da tarde, não acredito que você acordou agora. É um lindo sábado ensolarado sabia?
- Não acredito que seja realmente esse horário. Não aproveitaria nada mesmo, pois estou com muita ressaca. 
- Também quem mandou exagerar ontem à noite, não sabe beber não desce pro play. – deu uma risadinha e pude ouvir muito barulho. 
- Haha engraçadinha. - Fui irônica e pude ouvir risadas. - Eu não estou acredito que você seja tão pinguça ao ponto de estar em uma festa nesse momento. – ela gargalhou. 
- Gata eu tenho de estomago de elefante. - Não pude evitar e comecei a rir. - E sim eu estou em uma baita festa, na casa do , e estou te ligando para te convidar a finalmente conhecer meu boy.  
- Você realmente é doida de achar que vou em alguma festa no estado em que estou. - Levantei e me analisei no espelho eu realmente estava um caco. 
- Mas , você nunca conheceu ele e gostaria de te apresentar para o amigo dele pra ver se ele desencalha e larga do nosso pé. – Eu ri. 
- Realmente tu és louca. Porém sinto em te decepcionar. 
- Por favor, . Eu faço o que você quiser.  
- Oferta tentadora, mas terei que recusar. Estou péssima, com uma baita dor de cabeça. 
- A para, só tomar remédio que a dor passa e tem um gatinho querendo te conhecer. 
- Se for o encalhado que citou logo acima, presumo que não seja tão gato assim, pois, está em uma banda e é solteiro. 
- Nossa, mas você está difícil hoje hein. 
- Deixa pra próxima, eu realmente não estou legal. 
- Ah tudo bem então, melhoras gata. 
- Beijo. 
- Beijos. 

Desliguei meu telefone e confirmei as horas, eram realmente cinco e fiquei perplexa de ter dormido tanto assim. Fui até a cozinha e quando ia abrir a geladeira vi um bilhete de  dizendo que sairia com suas amigas e que voltaria somente no dia seguinte, amigas sei bem que amigas são essas, ri comigo mesma, e peguei minha água e comecei a procurar algo para comer sem sucesso na minha busca por comida. Resolvi ligar para pedir uma pizza, enquanto esperava resolvi tomar um remédio e um banho, assim que sai do banho vesti meu moletom e deitei no sofá, selecionando na TV para assistir senhor dos anéis, afinal era um bom dia para maratonas, pausei o filme para pegar a pizza, sentei no chão da sala colocando a pizza na mesa de centro, comecei a comer e assistir ao filme que era meu vício por sinal. 
Quando chegou na parte em que Frodo era ferido por um cavaleiro, comecei a bocejar e a sentir sono e percebi que já eram uma hora da manhã, então eu desliguei tudo e fui me deitar. Antes de pegar no sono eu me recordo de ter lembrado de e me perguntar o que será que ele estava fazendo naquele momento. 

 Meu domingo não foi diferente do sábado, fiquei na cama, só levantava pra comer e beber e dessa vez deixei meu celular desligado. Aposto que quando eu chegar na editora a primeira coisa que  vai perguntar é - o que aconteceu? Por que seu celular estava dando desligado? Pensei que tinha sido abduzida. - Revirei meus olhos soltei um risinho com esses pensamentos. Estava tão inerte aos meus pensamentos que acabei esbarrando em alguém o que fez o café quente da Cuca cair todo na minha blusa. Respirei fundo e comecei a pensar no verde, mais não aguentei. 
- CARALHO, olha... - Olhei pro ser humano que tinha entornado todo o café em cima de mim e me sujou todinha, porém o homem que estava a minha frente era o cara mais lindo que tinha visto em toda minha vida, com toda certeza ele ganhava fácil, fácil de Brad Pitt na beleza o que me fez ficar de boca aberta e sem fala.  
- Caralho? - ele balançou as mãos - Por um acaso você não presta atenção por onde anda? – ele disse isso praticamente gritando e arrancando olhares em nossa direção. Bufei com raiva e senti meu sangue ferver. 
- Olha você por onde anda, olha o meu estado, - apontei pra minha roupa - Se você não estivesse andando todo lesado, prestaria atenção e isso não aconteceria. 
- Olha o seu estado? Olha o meu, eu tenho uma reunião importante agora... 
- Quem é você na fila do pão cara, tenho que ir ao trabalho e você me encharcou toda. E minha blusa vai ficar toda manchada. – Eu o interrompi e pela primeira vez ele me olhou e começou a me analisar, o que me deixou desconfortável, então soltei um pigarro. 
- Ah vai... Pra... Tenho mais o que fazer do que ficar discutindo com a ralé. – Me empurrou e saiu andando, olhei em sua direção e serrei meus olhos com raiva. Comecei a andar pisando forte no chão e quase correndo, plena segunda-feira e esbarro em um cara arrogante e prepotente e muito, mas muito mal-educado mesmo. 
Entrei em disparada na editora direto para o banheiro para dar um jeito na minha blusa, o que não adiantou muita coisa já que estava toda manchada, peguei meu blazer e abotoei ficaria com cheiro de café o dia inteiro, ai que ódio desse traste. Ele ainda fez o favor de me empurrar como se eu não fosse nada. 
 –  me chamou entrando no banheiro. 
- Que é? – perguntei com grosseria e logo me arrependi, já que  não tinha nada a ver com a minha situação inesperada. 
- É que a Sra. Palmer, está uma fera por não ter tomado seu café e pelo seu atraso. – eu bufei, era só o que faltava. 
- Acontece que um cara muito mal educado esbarrou em mim e derrubou todo café em cima de mim, nós discutimos, ele me tirou do sério, me empurrou e saiu andando. – soltei um grunhido de ódio. 
- Hey se acalma . Esse cara agora é a menor de suas preocupações o negócio agora é você enfrentar a bruxa cuca. 
- Mas gente, só porque me atrasei um instante e não trouxe seu café. É a primeira vez que isso acontece. 
- Tudo bem, vamos logo pra sala dela e tente contornar essa situação. – ela disse me puxando para fora do banheiro e a caminho da sala da Sra. Palmer. Antes de entrar eu respirei fundo dei uma batidinha na porta e logo entrei. Sra. Palmer me encarou com cara de poucos amigos. 
- Com licença Sra. Palmer, eu quero me desculpar pelo incidente de mais cedo, pois ouve um imprevisto e... 
- Srta.  – Sra. Palmer disse erguendo as mãos e me espantei. – Guarde suas desculpas pra outra pessoa que queira realmente ouvi-las.  
- Mai... – e ela ergueu mais uma vez as mãos fazendo cara feia. 
- Não quero saber o que aconteceu, só não quero que se repita, porque da próxima vez não irei perdoar. – Eu assenti e abaixei a cabeça. – agora vá fazer seu trabalho. – pegou um bolo de papéis e estendeu pra mim. – Aqui contém 600 páginas do manuscrito de um livro do Sidney Sheldon, quero ele revisado e pronto hoje ainda até o fim do dia. – Respirei fundo e peguei os papéis.  
- A Sra. deseja mais alguma coisa? – perguntei com um tom de deboche. E por mais que eu tente, sempre era debochada nessas situações. Logo Sra. Palmer vulgo bruxa cuca me olhou com as sobrancelhas arqueadas e fez uma cara maléfica. 
- Sim, eu desejo imensamente que você traga meu almoço ao meio dia em ponto, SEM ATRASOS. – Levei um susto e me esforcei pra não soltar um gritinho quando ela finalizou, e eu apenas assenti assustada e tratei de sair da sua sala o mais rápido possível. E comecei a odiar aquele cara, se eu não tivesse esbarrado nele isso não estaria acontecendo. Respirei fundo indo em direção a minha mesa, mais antes de sentar levantei o bolo para cima afim de mostrar para  a quantidade de serviço que a bruxa tinha me dado. Ela revirou os olhos e fez um Oh com as mãos na bochecha imitando um emoticon, o que me fez rir e logo voltar ao trabalho. Olha vou te contar, quando a Cuca fica com raiva sai de baixo. Respirei fundo mais uma vez e resolvi me concentrar na leitura e logo pus meu celular para despertar às 11:00hrs para poder buscar o almoço da Bruxa. 

Estava tão concentrada na leitura que não prestei atenção em nada que estava acontecendo até  despejar sob a minha mesa um prato de comida, a olhei espantada e encarei o relógio que já marcava meio dia.  - Mas eu botei meu celular pra despertar, que merda, o universo está conspirando contra mim hoje. –  soltou uma risada. 
- Levanta, vai logo levar o almoço da Cuca. – Levantei rapidamente e sorri pra ela. 
- O que seria de mim sem você? – dei um beijo em sua bochecha o que a fez gritar. – Fico te devendo uma gatinha. 
- Pode apostar que irei cobrar. – Ela riu maleficamente, revirei meus olhos e fui a sala da bruxa cuca. Dei uma batida de leve na porta e entrei em sua sala. 
- Com licença Sra. Palmer, vim trazer seu almoço. – Ela olhou pra mim novamente com aquela cara (¬¬). 
- Ah sim , pode colocar aqui. – Apontou para sua mesa e logo coloquei a bandeja em cima de sua mesa. – Como vai a revisão? 
- Já estou na metade. - eu disse satisfeita e sarcástica.  
- Ótimo. – ela disse voltando a olhar para seu computador. 
- A Sra. deseja mais alguma coisa? - perguntei. 
- Não, por hoje é só os manuscritos mesmo. – Eu assenti e sai de sua sala e retornei direto pra minha mesa e encontro  encostada na mesma. Cruzei meus braços e a encarei. 
- Então . Salvei sua pele né? – ela deu um sorriso malicioso. O que me fez revirar os olhos. 
- Sim  e sou muito grata por isso. – Me sentei na cadeira. – Diz logo o que quer, tenho muito trabalho.  
- Ah  isso é jeito de tratar sua amiga que acabou de te salvar? – ela disse com uma voz de sínica e começou a rir.  
- Prossiga . – Eu disse gesticulando as mãos e encarando ela. 
- Então sexta é aniversário do e ele vai fazer um jantar somente para seus amigos mais próximos, e eu gostaria de verdade que você fosse. – Eu fiz que não com a cabeça. – ah você vai sim, está me devendo e sem contar que está na hora de você conhecer meu namorado. – respirei fundo e fechei os olhos. 
- Ok, você venceu, me passa o endereço por mensagem que estarei lá. – ela deu um gritinho e me abraçou e saiu toda afobada para sua mesa o que me fez rir e revirar os olhos. Ela pegou seu casaco e sua bolsa e voltou para minha mesa.  
- Aqui. – Despejou uma quentinha em minha mesa. – Trouxe comida pra você também. – piscou com um olho só pra mim e sorriu. 
- Obrigada Gata. – pisquei novamente pra ela e sorri. 
- Não há de que, agora eu vou sair, pois meu chefe me liberou e só volto amanhã. – ela levou suas mãos aos seus lábios beijou e mandou pra mim. – Beijinhos. – sorriu debochada e foi embora.  
Nossa quem dera eu ter um chefe como esse. Se bem que ele era um pouco incompetente, pois se fosse ao contrário eu estaria de volta a Portugal a muito tempo e olha que eu já nem sei mais se quero voltar. Suspirei e tratei de comer rapidamente e voltar ao trabalho já que a história estava interessante e um trabalho que era pra ser feito em no máximo dois dias eu teria que completar em um, soltei um suspiro longo e voltei a leitura.  
Ao terminar meu horário de trabalho e terminar com êxito a tarefa quase impossível, retornei para meu apartamento a pé, pois sempre quando eu caminhava me aliviava as tenções e eu estava muito nervosa ainda por causa do ocorrido de mais cedo, só que eu andei tanto, mas tanto, que meus pés chegavam a latejar de dor e para completar ao chegar no meu apartamento o elevador estava pifado. Eu bufei e subi as escadas de incêndio reclamando a vida toda, eu subia cada degrau e parecia uma velha gaga e o suor escorria por todo meu corpo, assim que entrei no apartamento tirei meu casaco e meus sapatos e sentei no sofá a fim de relaxar um pouco. Suspirei pesadamente e fechei meus olhos e logo me veio a imagem do rapaz de mais cedo, se fosse um cara educado certamente eu flertaria com ele. Meus pensamentos foram interrompidos quando senti o sofá afundar perto de mim e assim que abri meus olhos vi  me encarando. 
- Que cara de assanhada é essa? – ela perguntou sorrindo – quem é o boy da vez? - soltei uma gargalhada. 
- Você diz isso como se eu tivesse vários bofes. – eu ri novamente e a encarei. – não tem ninguém te juro. 
- Ok, dessa vez eu vou acreditar em ti. – ela apontou pra mim com uma cara de fingida. – Então tenho uma novidade. – me virei para ela e fiz um gesto para ela prosseguir. – Então eu recebi uma oportunidade para fotografar durante alguns meses na revista Poise. – Eu abri a boca dei um gritinho e a abracei. 
- Nossa isso é incrível, mais a Poise não fica em Nova York? – eu perguntei saindo de seu abraço de urso. 
- Sim, infelizmente terei que me mudar para Nova York por uns meses, mas a grana que vou ganhar é muito boa. – eu abaixei a cabeça. – Ei o que foi? 
- Nada, eu estou muito feliz por você, de verdade. 
- Mas? –  me perguntou levantando minha cabeça e fazendo com que eu a olhasse nos olhos. 
- Ficarei com muitas saudades, já basta a longe agora você também? – cruzei os braços e fiz um biquinho. O que fez  soltar uma gargalhada. 
- Para de graça , serão apenas alguns meses, e logo estarei aqui com você e certamente a voltará até o fim do ano. E nós três passaremos o natal juntas ok? – ela me perguntou e estendeu o braço. 
- Ok. – eu a abracei e logo fomos arrumar suas malas, pois ela partiria para Nova York na manhã seguinte. 


Capítulo 3 - Meio
Parte I

A semana passou bem rápido e cheias de trabalho que nem tive tempo de respirar, eu deveria ser menos debochada se fosse a cuca não me mandaria fazer várias coisas ao mesmo tempo. Revirei meus olhos e comecei a me arrumar para o aniversário de , sequei meu cabelo com os pensamentos a mil, eu sempre ficava nervosa ao conhecer pessoas novas, será que gostariam de mim? Eu teria que treinar frases para não soltar alguma piadinha de mau gosto, pois sempre saiam quando eu estava nervosa. Terminei meu cabelo e ainda de toalha fui até a penteadeira e passei base e depois pó, peguei o lápis de olho e comecei a delinear meus olhos, passei um rímel e peguei um batom vermelho ultra mate, uma maquiagem simples já que era só um jantar, então fui até meu guarda- roupa e peguei um macacão preto um pouco curto e com um grande decote na parte da frente e que tinha as costas nua, olhei no espelho e senti orgulho em estar linda e o importante era eu estar linda pra mim mesma. Dei um sorriso e tirei uma self, mandei para 

  
“O que acha de minha roupa? Boa para a ocasião?” 
Xxx 


   Sentei na cama e peguei meu salto preto plataforma, depois que calcei levantei novamente e me analisei no espelho, sim eu estava bonita e satisfeita comigo mesma. Logo meu celular vibrou. 

  
“Uau que gata. Sim, vamos a um pub depois do
jantar haha. Já está vindo?” 
Xxx 


   Sorri e revirei os olhos, eu sabia que não era um simples jantar e que iríamos fazer outra coisa, pois conheço  muito bem e seu namorado tinha uma banda e era conhecido por ser festeiro, logo presumi que não passaria de um simples jantar.    

“Sim, estou esperando o Uber. Beijos”
  Xxx 


  Respirei fundo e apaguei as luzes do meu apartamento e desci de elevador até o térreo do meu prédio e o uber já se encontrava lá, sorri para o porteiro que não parava de me elogiar, fiquei mais sem graça ainda quando entrei no uber e o cara ficou me encarando a cada cinco minutos e puxava assuntos paralelos enquanto nos encaminhávamos à casa de .  Respirei fundo assim que botei meus pés na porta da casa dela, minhas mãos soavam de nervoso e eu nem sabia o porquê disso, toquei a campainha depois de alguns minutos vejo uma  sorridente a minha frente e logo recebo um abraço seu. 
, que bom que veio. – ela deu espaço para que eu entrasse e eu apenas sorri pra ela. – Vem estão todos na sala. – Me pegou pelos braços e saiu me arrastando para a sala, e a casa dela era bastante confortável, quando entramos na sala pude reparar três homens sentados no sofá de costas para nós assistindo a um jogo que passava na TV de tela plana, além do sofá tinha duas poltronas vagas e uma mesa de centro. – Humhum –  soltou um pigarro e os três viraram para nós, assim que colocaram os olhos na gente os meninos me encararam sorrindo de orelha a orelha e eu corei. – Essa é a , minha amiga do trabalho –  disse apontando pra mim. –  esses são Josh, Danny e . – ela disse apontando paras as beldades que se encontravam na minha frente, eu apertei a mão de cada um, eles eram lindos, os três com os olhos azuis, pareciam irmãos. – Onde está ? –  perguntou fazendo menção para que sentássemos no sofá. Sentei na poltrona de frente pra porta e Josh e Danny não paravam de me olhar o que me fez ficar sem graça. 
- Ele foi no banheiro. – disse virando para . – Ei parem de encarar a  assim. – deu uma pedalada na cabeça dos dois e eu ri. - Não liga não , fizeram a mesma coisa quando apresentei . - Eu apenas sorri sem graça. Mas meu riso logo se desfez quando olhei para a porta e vi aquele Deus grego vulgo mal-educado que esbarrou em mim na segunda-feira, o encarei com cara de poucos amigos e ele ficou estático com as mãos na cintura me encarando como se eu fosse uma aberração. 
- VOCÊ? – ele disse com espanto e se aproximando de nós, eu apenas revirei os olhos e bufei. 
- Que desprazer me encontrar com você novamente. – eu disse ríspida e encarando minhas unhas. Ele bufou. 
- Espera vocês se conhecem? –  perguntou confusa nos encarando. 
- Infelizmente. – o tal disse bufando e se sentando entre
- , isso é jeito de tratar a ? – ela perguntou o encarando.  -  esse é o tal que esbarrou em mim, me sujou toda e quase me fez perder meu emprego. – Falei entredentes e o encarando com raiva. 
- Ah. –  disse e segurou para que ele não falasse mais nada. – Bom tenho certeza que foi um mal-entendido e um péssimo jeito de se conhecerem... 
- Péssimo jeito? Essa garota estava tão lesada na rua que acabou me sujando e me fazendo perder uma reunião importante. – repetiu meus gestos. 
- Estamos quites então, meu caro. – piquei com um olho só e fiz cara de deboche. O que o irritou bastante. 
- Estamos quites uma ova, por sua causa deixamos de assinar com uma gravadora muito importante. – ele levantou do sofá, o que me fez levantar e ficamos um de frente para o outro. 
- Estou pouco me lixando para o que você deixou de fazer. – coloquei o dedo em seu rosto. – Você é muito arrogante. 
- Eu sou arrogante? Você que é uma lesada e estúpida. – ele tirou meu dedo de sua cara e estremeci com seu toque. Logo puxei minha mão para que ele a soltasse. 
- Você é muito... muito... – eu perdi as palavras, pois estávamos muito perto um do outro e senti arrepios ao sentir sua respiração muito próxima e agradeci quando  ficou em nosso meio. 
- BASTA. –  disse nos afastando. – eu sei o quanto era importante que assinasse o contrato, porém  não sabia. – ela se virou pra mim. –  eu mais do que ninguém sei como é a Sra. Palmer e das consequências de se atrasar no trabalho, porém nada sabia disso. – ela saiu do nosso meio e ficou de frente para nós dois. – então, cada um estava começando um mau dia e se esbarraram o que piorou o dia um do outro. – eu cruzei os braços e fiz um bico de raiva, apenas bufou e colocou suas mãos na cintura. – Tudo bem que já não se gostam. Mas faça um esforço e peça desculpas para . – ele olhou para  perplexo e  o encarou com uma cara brava, ele bufou e se virou pra mim. 
- Desculpa. – ele disse baixinho. 
- Não ouvi. – eu disse com um tom debochado e ele sorriu forçado. 
- Me desculpa tá legal. – ele revirou os olhos e eu apenas fiquei o encarando. 
 -  me chamou e acenou para que eu aceitasse suas desculpas. 
- Tudo bem, mas da próxima vez que esbarrar em mim na rua, pelo menos tenha a gentileza de pedir desculpas. – eu disse e voltei a sentar na poltrona. 
- Me ajuda a pegar as pizzas – antes que ele pudesse responder,  o arrastou para fora da sala, assim que eles saíram pela porta voltei meus olhos para o outro sofá pude ver Josh segurando o riso e Danny me encarando estupefato e simplesmente bebia sua cerveja e assistia ao jogo, sorri debochadamente para Danny que sorriu de volta e voltou a encarar a TV. 
Logo  e entraram com pizzas e cervejas, comemos e todos começaram a conversar, eu ignorei a maior parte do tempo , ele até que tentava puxar assunto e aliviar o clima só que eu não facilitei.   Depois de algumas horas ignorando eu decidi ir para a casa e não para pub nenhum, já que estava um pouco alterada por causa da bebida. 
- Ah , vamos para o pub conosco. – Danny pediu fazendo uma carinha de cachorro sem dono eu apenas ri. 
- Danny, meu querido. – apertei suas bochechas. – Eu tenho muito trabalho durante o fim de semana. – ele começou a rir e tirou minhas mãos de sua bochecha. 
- Sério mesmo ? –  me perguntou me abraçando de lado. 
- Se esqueceu que irritei a chefe e ela ficou a semana toda me enchendo de trabalho? 
- Ah é. –  disse levando a mão na testa. – Você podia ser menos debochada né? – eu ri e logo meu uber chegou. Eu pulei e dei um abraço apertado em 
- Juízo hein gata. – ela riu. Virei para Danny e dei um abraço nele. – Tchau Danny foi um prazer te conhecer. – ele retribuiu o abraço e abracei Josh. – Você também Joshua. – ele riu, pois, disse seu nome fazendo graça. Abracei . – Toma conta de  se não te capo. – ele retribuiu o abraço e riu. Quando chegou a vez de eu apenas o olhei de cima abaixo e mordi meu lábio e apertei sua mão.
– Tchau. – sorri sínica e sai rebolando até o carro. Chegando no carro me virei e acenei para todos. Mas quando pus os olhos em ele sorriu malicioso e cruzou os braços eu apenas revirei os olhos e entrei no carro. 




Continua...



Nota da autora: Sem nota.

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