Capítulo Único
Essa é a história de como um homem mau, conheceu a bondade, mas a destruiu. Há muito tempo atrás, na Terra do Nunca, existia uma sereia chamada Athena. Ela tinha um longo cabelo ruivo, sua cauda era cor de esmeralda, e as conchas em seus seios eram roxas. As sereias sempre foram grandes amigas de Peter Pan, ele sempre as protegeu do Capitão Gancho, ele não poderia fazer mal algum à elas na Terra do Nunca. Athena nunca compreendeu muito bem o medo que todas tinham do Gancho, ele nunca havia feito nenhum mal para elas, que ela soubesse. Mas ele não ousava se aproximar delas, então ela jamais saberia. Athena era uma das mais belas das sereias, e adorava cantar, com sua doce voz, encantava até mesmo suas irmãs sereias. Mas, Athena não queria ficar limitada ao lago das sereias, ou até mesmo à Terra do Nunca, ela queria explorar o oceano afora, elas foram criadas exatamente para isso, ela queria mais. Seria muito conveniente se ela descobrisse a passagem do lago, para o mar, e ela descobriu. Enquanto nadava para explorar o oceano e contar as maravilhas, que ela imaginava que teria, para suas irmãs, alguém caiu no mar e parecia estar inconsciente. Ela nadou mais forte, e quando se aproximou, pôde enxergar um gancho na mão esquerda do homem, ele era o famoso Capitão Gancho. Talvez ela só devesse deixá-lo ali para morrer, suas irmãs nunca mais teriam medo e Peter Pan teria menos um problema, mas ela não podia, não conseguia, era bondosa demais. E em breve, o crocodilo apareceria atrás dele, então ela tirou o homem do fundo do mar e o levou para a areia, na tentativa de salvá-lo. Quando ele despertou, ela tentou fugir, mas ele a segurou pelo braço.
— Por que você me salvou? — Perguntou ele.
— Porque eu não me importo se você é uma pessoa ruim, eu não sou! — Ela puxou seu braço de volta.
— Posso saber seu nome? — O homem tossia, enquanto falava.
— Athena. — Respondeu antes de mergulhar de volta para o mar, e voltar para o lago. Ele havia chamado muito a atenção, ela não teria tempo de ir e voltar despercebida.
No outro dia, o lago das sereias estava cheio de presentes. Pentes, espelhos, conchas diferentes, colares… Athena ficou pensando se tinha algo a ver com o que havia acontecido no dia anterior, ou se eram apenas presentes de Peter Pan, como todos estavam achando. Até que viu seu nome em uma das conchas, pegou e foi para um lugar afastado dos outros, dizia “Athena, me encontre na cachoeira ao escurecer”, não tinha remetente. Ela hesitou, mas ao escurecer, ela estava lá.
— Você veio. — Ela escutou a voz do homem, que vinha das sombras.
— O que queres comigo? — Perguntou, mantendo um tom de voz pouco mais firme que o de costume.
— Agradecer. — Ele saiu das sombras, com um colar bonito. — Sua bondade realmente tocou meu coração, sua beleza indescritível, sua voz doce. — Ela desejava poder dizer o mesmo, mas o homem era totalmente oposto. — Deve estar pensando que minha aparência não é das melhores. — Completou ele, Athena negou com a cabeça.
— Você é feio, mas não por sua aparência, e sim pela sua essência. — O homem arqueou uma sobrancelha. — Você é mau, Capitão Gancho, e isso te torna feio, experimente um sorriso que venha do coração, ou uma boa ação. — Sugeriu, fazendo o homem sorrir, talvez um sorriso que viesse do coração.
— Podemos ser amigos? — Perguntou ele.
— Por que eu seria amiga de alguém que traz tanto pavor às minhas irmãs? — Respondeu ela.
— Porque algo em você me faz sentir diferente. — Ele estendeu a mão para ela, que fez uma careta, mas Athena acreditava que até mesmo as coisas mais feias, poderiam se tornar belas. Ela tocou na mão do homem, que sorriu e entregou o colar. O que ela não sabia, era que Gancho não queria apenas sua amizade, ele havia se apaixonado pela sereia, mas preferiu esconder por um tempo. E fez bem, ele conviveu com Athena durante um tempo, ela cantava, contava histórias sobre música, peixes que cantam e as maravilhas do fundo do oceano, que ela sequer conhecia. Cada vez que se encontravam, Gancho se apaixonava mais pela sereia, e cada vez que conversavam, Athena tinha mais vontade de conhecer o restante do Oceano.
No mesmo horário de sempre, Gancho ficou esperando por Athena, e ela não apareceu. Dias se passaram, e ela continuava sem aparecer. Athena tinha partido e havia deixado uma carta para Gancho, ela queria explorar as maravilhas que ela tanto imaginava. Ela saiu de noite, sem que ninguém percebesse. E tudo era exatamente como ela pensava, o Oceano era bem maior que os Lago das Sereias. Ela encontrou um reino, chamado Atlantis, e conheceu o jovem Príncipe Tritão, por quem ela se apaixonou no mesmo instante em que seus olhos se cruzaram. Tempo depois, o Príncipe havia se tornado Rei, e ela, sua Rainha. Eles tiveram 7 filhas, as princesinhas adoravam a mãe, assim como o Rei. Eles cantavam, brincavam e sempre se divertiam juntos, sentiam muito amor uns pelos outros. Mas, enquanto Athena vivia feliz, Gancho havia se esquecido completamente de todas as coisas boas que ela havia despertado nele, ele voltou a ser aquele homem mau, mas ele estava pior, sem notícias e seu peito doía. Até que o bilhete que ela havia deixado, fora encontrado, e dizia que ela havia ido explorar o oceano e que Gancho não deveria se esquecer de quem ele estava se tornando, ela acreditava que ele se tornaria um homem bom. Mas ela sempre disse que voltaria para contar às irmãs sobre o oceano, por que não voltou? Gancho organizou uma expedição pelo oceano, ele iria encontrá-la. Ele não tinha algum interesse em se tornar um homem bom, mas se para tê-la isso fosse necessário, ele se tornaria.
Athena se divertia com sua família, cantando com os súditos, quando Ariel avistou um navio. Mais que depressa, o Rei Tritão protegeu as filhas, ela sentia algo estranho quando olhava para o navio, e era um navio pirata. Percebeu que a cauda de uma das princesinhas ficou presa em uma pedra, que foi arremessada enquanto o navio se aproximava, fez força para libertar sua filha, quando viu que eles estavam levando todos os seus bens. Ela tinha uma caixa de música mágica, que tocava a canção dela com o Rei Tritão, e eles estavam dentro dela. Ela viu que os piratas tentavam pegar a caixa de música, então foi tentar salvá-la, mas quanto mais o navio se aproximava, mais difícil ficava. Quando finalmente pegou, sentiu uma rede em cima dela, e jogou a caixa de música na água. Desde que suas filhas estivessem bem, ela ficaria feliz. Mas para sua surpresa, o Capitão do navio pirata era o Gancho. Que a reconheceu assim que pôs os olhos nela.
— Athena?! — Exclamou ele, indo em sua direção.
— Gancho! — Ela sorriu. — Você precisa me devolver ao mar, eu preciso ficar com as minhas filhas.
— F-filhas? — Perguntou ele, chocado.
— Sim. — Ela sorriu, com os olhos brilhando. — Eu me casei e tive sete filhas, e tive sorte de reencontrar meu velho amigo, por favor, Gancho.
— Você se casou? — Perguntou ele, ela assentiu e ele começou a gargalhar, mas não era uma risada feliz, parecia uma risada de dor, por mais estranho que fosse. — Eu sinto muito, Athena, mas agora você vai ser minha. — Athena arregalou os olhos e começou a lutar, tentando escapar da rede.
— Você não pode fazer isso comigo, Gancho! — Exclamou ela, com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu tenho filhas, por favor, me tire dessa rede. — Ele estava tomado pela raiva, então cortou a rede com a espada, fazendo com que ela caísse com força, sobre a estaca no chão do navio. Só após ver que ela não caiu por completo, e ver que ela estava escorregando aos poucos para baixo, enquanto o sangue escorria, ele percebeu que havia matado Athena, sem querer.
— Athena! — Ele correu para perto dela, que já estava ficando sem vida, e colocou a mão em seu rosto. Athena segurou a mão dele com o resto de forças que tinha.
— Você… — Sussurrou ela. — continua… feio. — Foi a última coisa que ela disse, antes de partir. Aquela dor que tomava conta do peito de Gancho, foi a pior dor que havia sentido, ele realmente continuava feio e pelo visto sempre seria, já que ele destruiu a única coisa que o motivava a querer ser melhor. Aquela foi a maior culpa que ele sentiu em sua vida, e Athena, foi e sempre será o seu único amor. Fim.
— E então, o que acharam de história? — Perguntei.
— Triste, como você sabe disso, Tia ? — Perguntou Tootles, os outros meninos esperavam atentamente minha resposta.
— O próprio Gancho me contou. — Dei uma piscadela, os cobri com suas cobertas e saí do quarto.
— Mais uma história de dormir? — Perguntou Peter, eu assenti.
— Dessa vez, foi uma triste. — Me aconcheguei no seu abraço, e fechei os olhos.
“— Foi o maior erro que cometi e a única coisa que me arrependo, cego de amor e raiva, eu destruí o único resquício de bondade na minha vida, não é você que vai me convencer a ser bom!”
— Por que você me salvou? — Perguntou ele.
— Porque eu não me importo se você é uma pessoa ruim, eu não sou! — Ela puxou seu braço de volta.
— Posso saber seu nome? — O homem tossia, enquanto falava.
— Athena. — Respondeu antes de mergulhar de volta para o mar, e voltar para o lago. Ele havia chamado muito a atenção, ela não teria tempo de ir e voltar despercebida.
No outro dia, o lago das sereias estava cheio de presentes. Pentes, espelhos, conchas diferentes, colares… Athena ficou pensando se tinha algo a ver com o que havia acontecido no dia anterior, ou se eram apenas presentes de Peter Pan, como todos estavam achando. Até que viu seu nome em uma das conchas, pegou e foi para um lugar afastado dos outros, dizia “Athena, me encontre na cachoeira ao escurecer”, não tinha remetente. Ela hesitou, mas ao escurecer, ela estava lá.
— Você veio. — Ela escutou a voz do homem, que vinha das sombras.
— O que queres comigo? — Perguntou, mantendo um tom de voz pouco mais firme que o de costume.
— Agradecer. — Ele saiu das sombras, com um colar bonito. — Sua bondade realmente tocou meu coração, sua beleza indescritível, sua voz doce. — Ela desejava poder dizer o mesmo, mas o homem era totalmente oposto. — Deve estar pensando que minha aparência não é das melhores. — Completou ele, Athena negou com a cabeça.
— Você é feio, mas não por sua aparência, e sim pela sua essência. — O homem arqueou uma sobrancelha. — Você é mau, Capitão Gancho, e isso te torna feio, experimente um sorriso que venha do coração, ou uma boa ação. — Sugeriu, fazendo o homem sorrir, talvez um sorriso que viesse do coração.
— Podemos ser amigos? — Perguntou ele.
— Por que eu seria amiga de alguém que traz tanto pavor às minhas irmãs? — Respondeu ela.
— Porque algo em você me faz sentir diferente. — Ele estendeu a mão para ela, que fez uma careta, mas Athena acreditava que até mesmo as coisas mais feias, poderiam se tornar belas. Ela tocou na mão do homem, que sorriu e entregou o colar. O que ela não sabia, era que Gancho não queria apenas sua amizade, ele havia se apaixonado pela sereia, mas preferiu esconder por um tempo. E fez bem, ele conviveu com Athena durante um tempo, ela cantava, contava histórias sobre música, peixes que cantam e as maravilhas do fundo do oceano, que ela sequer conhecia. Cada vez que se encontravam, Gancho se apaixonava mais pela sereia, e cada vez que conversavam, Athena tinha mais vontade de conhecer o restante do Oceano.
No mesmo horário de sempre, Gancho ficou esperando por Athena, e ela não apareceu. Dias se passaram, e ela continuava sem aparecer. Athena tinha partido e havia deixado uma carta para Gancho, ela queria explorar as maravilhas que ela tanto imaginava. Ela saiu de noite, sem que ninguém percebesse. E tudo era exatamente como ela pensava, o Oceano era bem maior que os Lago das Sereias. Ela encontrou um reino, chamado Atlantis, e conheceu o jovem Príncipe Tritão, por quem ela se apaixonou no mesmo instante em que seus olhos se cruzaram. Tempo depois, o Príncipe havia se tornado Rei, e ela, sua Rainha. Eles tiveram 7 filhas, as princesinhas adoravam a mãe, assim como o Rei. Eles cantavam, brincavam e sempre se divertiam juntos, sentiam muito amor uns pelos outros. Mas, enquanto Athena vivia feliz, Gancho havia se esquecido completamente de todas as coisas boas que ela havia despertado nele, ele voltou a ser aquele homem mau, mas ele estava pior, sem notícias e seu peito doía. Até que o bilhete que ela havia deixado, fora encontrado, e dizia que ela havia ido explorar o oceano e que Gancho não deveria se esquecer de quem ele estava se tornando, ela acreditava que ele se tornaria um homem bom. Mas ela sempre disse que voltaria para contar às irmãs sobre o oceano, por que não voltou? Gancho organizou uma expedição pelo oceano, ele iria encontrá-la. Ele não tinha algum interesse em se tornar um homem bom, mas se para tê-la isso fosse necessário, ele se tornaria.
Athena se divertia com sua família, cantando com os súditos, quando Ariel avistou um navio. Mais que depressa, o Rei Tritão protegeu as filhas, ela sentia algo estranho quando olhava para o navio, e era um navio pirata. Percebeu que a cauda de uma das princesinhas ficou presa em uma pedra, que foi arremessada enquanto o navio se aproximava, fez força para libertar sua filha, quando viu que eles estavam levando todos os seus bens. Ela tinha uma caixa de música mágica, que tocava a canção dela com o Rei Tritão, e eles estavam dentro dela. Ela viu que os piratas tentavam pegar a caixa de música, então foi tentar salvá-la, mas quanto mais o navio se aproximava, mais difícil ficava. Quando finalmente pegou, sentiu uma rede em cima dela, e jogou a caixa de música na água. Desde que suas filhas estivessem bem, ela ficaria feliz. Mas para sua surpresa, o Capitão do navio pirata era o Gancho. Que a reconheceu assim que pôs os olhos nela.
— Athena?! — Exclamou ele, indo em sua direção.
— Gancho! — Ela sorriu. — Você precisa me devolver ao mar, eu preciso ficar com as minhas filhas.
— F-filhas? — Perguntou ele, chocado.
— Sim. — Ela sorriu, com os olhos brilhando. — Eu me casei e tive sete filhas, e tive sorte de reencontrar meu velho amigo, por favor, Gancho.
— Você se casou? — Perguntou ele, ela assentiu e ele começou a gargalhar, mas não era uma risada feliz, parecia uma risada de dor, por mais estranho que fosse. — Eu sinto muito, Athena, mas agora você vai ser minha. — Athena arregalou os olhos e começou a lutar, tentando escapar da rede.
— Você não pode fazer isso comigo, Gancho! — Exclamou ela, com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu tenho filhas, por favor, me tire dessa rede. — Ele estava tomado pela raiva, então cortou a rede com a espada, fazendo com que ela caísse com força, sobre a estaca no chão do navio. Só após ver que ela não caiu por completo, e ver que ela estava escorregando aos poucos para baixo, enquanto o sangue escorria, ele percebeu que havia matado Athena, sem querer.
— Athena! — Ele correu para perto dela, que já estava ficando sem vida, e colocou a mão em seu rosto. Athena segurou a mão dele com o resto de forças que tinha.
— Você… — Sussurrou ela. — continua… feio. — Foi a última coisa que ela disse, antes de partir. Aquela dor que tomava conta do peito de Gancho, foi a pior dor que havia sentido, ele realmente continuava feio e pelo visto sempre seria, já que ele destruiu a única coisa que o motivava a querer ser melhor. Aquela foi a maior culpa que ele sentiu em sua vida, e Athena, foi e sempre será o seu único amor. Fim.
— E então, o que acharam de história? — Perguntei.
— Triste, como você sabe disso, Tia ? — Perguntou Tootles, os outros meninos esperavam atentamente minha resposta.
— O próprio Gancho me contou. — Dei uma piscadela, os cobri com suas cobertas e saí do quarto.
— Mais uma história de dormir? — Perguntou Peter, eu assenti.
— Dessa vez, foi uma triste. — Me aconcheguei no seu abraço, e fechei os olhos.
“— Foi o maior erro que cometi e a única coisa que me arrependo, cego de amor e raiva, eu destruí o único resquício de bondade na minha vida, não é você que vai me convencer a ser bom!”
FIM
Nota da autora: oiii gente, essa fic é baseada em uma teoria muito louca que o Gancho matou a Athena, e eu achei muito fic. Eu botei ela ligada com Living In Neverlad e The Dream Of Neverland, recomendo que leiam, espero que tenham gostado!
Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
Outras Fanfics:
» Living in Neverland
» The Dream Of Neverland
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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