Prólogo
De qualquer forma, um amor deve ser livre e não escolhido por outras pessoas, mas isso não foi o caso de e , seus pais, Reis muito importantes, sempre foram bastante amigos e se animaram com a ideia de seus filhos casarem e governarem juntos tudo que eles construíram, o concebendo uma menina e o um menino.
E, desde cedo ambos frequentava o castelo um do outro, mesmo a contragosto porque a vontade dos dois era nenhuma principalmente da , mas adorava ser mimada por todos que encontrava, como a criança mais bela, até que ousou frequentar os mesmos lugares que ela, foi ai que a mudou para sempre parecer melhor que ele, mais inteligente, mais bonita e mais… interessante.
era tranquilo, e, por mais que não demonstrasse, achava engraçado e bastante idiota as atitudes da , mas nunca a questionou e apenas a deixava disputar sozinha, já que nunca deu realmente uma atenção, andando com total elegância para longe da .
Ela sempre tentava atrapalhá-lo, pisava no pé dele e saia correndo com seu vestido bufante, fingindo que não tinha sido ela, quando obviamente foi.
Depois as frequências de se verem foi diminuindo, já que em alguns anos se tornaria Rei, então tinha que aprender a lutar, como governar e estudar tudo, desde criança ele era obrigado a fazer tudo isso, um fardo completo.
Teve uma época em que até tentou se tornar mais próxima dele em uma das idas da família ao castelo, mas ele sem querer acabou fazendo-a derrubar seu bolinho com glacê, o que a estressou, querendo matá-lo.
— Olha o que fizestes com meu bolo! — resmungou, querendo chorar. — Como irás me retribuir?! Era minha preciosidade.
— Oras, és só tu mandastes fazer outro — retrucou, cruzando os braços. — Não há dificuldade.
— Porém acontecestes de meu papa* mandar pararem de me dar bolo, este era o meu único — avisou, colocando a mão na cintura.
Nessa época tinha um cabelo um pouco abaixo do ombro e tinha uma tiara com pedras rosadas e azul na cabeça, trajava um vestido azul longo com pérolas que brilhavam bastante, um pouco bufante embaixo, com mangas compridas e caídas, seu colar de ouro continha uma pedra safira.
já tinha o cabelo um pouco maior do que a da , bem penteado e refinado, estava com uma túnica longa esverdeada, com mangas largas, adornadas no meio com tons dourados, estava com uma bota preta, estava com anéis de esmeralda.
— Tu não vais fazer nada? — perguntou arqueando a sobrancelha.
— O que tu queres? — retorquiu. — Vós és deveras irritante.
— E o que pensas de tu? — Franziu o cenho, indignada. — Não creio que terei que casar com vós, que não podes me oferecer um bolinho.
riu.
— Por que estás a rir? — indagou, puxando a orelha dele. — Tu és muito petulante.
— Oras, vós… — resmungou e tentou se manter novamente calmo. — Nanica!
— E tu és um abestado! — Pisou com tudo no pé dele, mostrando a língua e saiu dali.
— Rapariga louca! — disse, após vê-la desaparecer pelo corredor.
Foi em busca dos seus pais ou da sua prima que estaria a andar pelos arredores do castelo, como sempre fazia ao se encontrar sozinho, caminhou até o jardim que ficava perto de uma floresta e avistou sua parente, no mesmo momento que seu sorriso apareceu ele se foi, viu que a mesma brincava com perto do lago, revirou os olhos, indo até lá.
O campo era bem esverdeado, cheio de flores, arbustos e mais atrás árvores de variados tamanho, o lago também era muito atrativo ao ser ver, dava para respirar bem e sentia-se bem estando ali.
— O que estás a fazer, prima? — perguntou ao se aproximar com as mãos na cintura.
— Brincando comigo, tu não vês? — se meteu, só para provocá-lo.
— Pois bem, prima, estou a falar com vós e não com certas pessoas irritantes — Coçou a garganta e ficou um pouco envergonhada pela situação e nervosa.
— Queres participar? — a se pronunciou, com um sorriso.
— Hm… Do que estás a brincar? — questionou, curioso. — Não estou dizendo que irei…
— De jogarmos as pedrinhas no rio — respondeu com algumas na mão. — Queres tentar? É deveras divertido, ensinaste-me.
— Agora ele saberás também — sussurrou para que só a escutasse que apenas sorriu, tentando evitar conflito entre os dois.
— Hmm, ela ensinastes a tu? — questionou e assentiu. — Irei tentar.
— Boa sorte, irás necessitar — se meteu, provocativa e foi para o lado dele para observá-lo.
tentou mirar, mas acabou errando, fazendo a pedrinha afundar, para a comemoração da que tinha ao menos em algo, tornado-se melhor do que ele.
— Deixaste-me ensiná-lo? — perguntou, inofensiva.
— Pois claro — ele respondeu.
ficou atrás dele, fazendo-o ficar com a mão um pouco mais elevada em direção ao lago.
— Agora observastes bem e mires, irás conseguir desta vez — disse com convicção assistindo o jogar a pedrinha, fazendo-a quicar quatro vezes antes de afundar. — Parabéns, eu aviseis que irias conseguir.
— Hm… Obrigado, de certa forma — agradeceu.
— Vossa Alteza — chamou uma das mulheres que cuidava de , a mesma a encarou com seus olhos verdes azulados. — Sua Majestade estás esperando por tu e pela Vossa Alteza — avisou, curvando-se.
— Iremos agora mesmo — a concordou após olhar para o moreno com uma expressão de curiosidade, a qual foi retribuída.
Os três dirigiram-se ao castelo, ao adentrar, subiram as escadas para ir até o lugar de reuniões de George, chegaram na porta, mas antes de entrar, escutaram um assunto interessante soar lá dentro.
— Sim, faltaste bem pouco para que eles se casem — George comentou animado. — Estou deveras ansioso, não nego.
— De fato — Jonas concordou.
— Do que estão a falar? — perguntou com os olhos arregalados.
respirou fundo.
— Do nosso casamento, tonta — respondeu e abriu a porta. — Vossa majestade — Curvou-se.
— Oh, ! Deveras educado, devo acentuar — George disse com um sorriso. — Vejo que estás a se dar bem com a , não é?
— Claro, deveras bem, devo concordar — respondeu retribuindo o sorriso.
— Papa, como assim faltas bem pouco para nos casarmos?! — perguntou .
— Tu já deverias saber a idade que se casará, desde sempre planejamos vosso casamento — respondeu.
apenas sorriu para ela.
Ele estás a sorrir para mim? pensou , fazendo uma careta.
Capítulo 1
♪
O sol já se fazia presente naquela manhã, as flores se encontravam desabrochando, mostrando todo seu esplendor, dando início a primavera. As pessoas começavam a se levantar de suas camas para aproveitar o dia maravilhoso com qual foram presenteadas, bem como para trabalhar nos campos e nos comércios.
No castelo real, a Princesa abria levemente seus olhos, encontrando a claridade que a princípio, incomodou-a, mas não pôde deixar de se animar ao observar o que lhe esperava fora da janela que já se encontrava aberta. Um sorriso brotou em seus lábios, enquanto levantava seus braços para cima, espreguiçando-se, e mandando embora todo resquício de sono que pudesse haver ali.
Sua cama confortável era convidativa, mas o calor e o som dos pássaros do lado de fora eram ainda mais hipnotizantes.
Quando a luz parou de atrapalhar, sentou-se na cama e passou a observar seu grande quarto. Seu sorriso cresceu ainda mais ao olhar-se no pequeno espelho que estava em cima da escrivaninha e perceber que acordava ainda mais bonita que o dia anterior.
Levantou-se, calçando seu chopine e dirigiu-se para a janela.
— Hmm... — Ergueu a face, inspirando o aroma da manhã — Bom dia sol, bom dia vida. Espero que esse seja um ótimo dia para todos, exceto para o , claro! — murmurou com desprezo.
— Dificilmente essa seria uma fala apropriada, Vossa Alteza — uma voz cínica se fez presente e virou-se surpresa, deparando-se com sua fiel Dama de companhia.
— Digo apenas a verdade, Ingrid. Tu sabes! — Riu indo fazer a higiene matinal, com o auxílio de suas criadas.
Após todo o rito, sentou-se, frente à escrivaninha, para que sua Dama escovasse os longos cabelos .
— Espelho, espelho meu... Você não fala, mas eu sei que não existe alguém mais bonita que eu. — A princesa riu sozinha e levantou-se, arrumando as camadas do vestido, fitando sua melhor amiga que sorria de maneira debochada.
— Sua Majestade manda saudações, Alteza.
— É claro que manda. — Suspirou inconformada — Só assim para que se dirija a minha pessoa, posso entender que tenha receios pela minha estonteante beleza, mas tenho sérias suspeitas de que sejas mudo! Se mandas saudações, significa que Rapunzel já chegou para o chá das cinco?
— Vossa Alteza — sua Dama repreendeu-a. — Esta não és a forma adequada para se referir a um Rei honrado, educado, gentil — Juntou as mãos, sonhadora. — De beleza inigualáv... — Paralisou ao notar a aura maligna que rodeava a princesa — Digo, com beleza que não se compara a vós.
— Não sei porque o Reino se encontra em alvoroço, certamente haverei de calar tais fofocas quando virem quão formosa estou! — Virou-se determinada, se encaminhando para a sala de reuniões, onde o mesmo deveria, possivelmente, estar conversando com seu pai.
Enquanto caminhava pelos corredores do castelo, os criados e os nobres inclinavam os rostos com sua passagem. Os fios e longos do cabelo estavam adornados com a coroa e uma presilha de ouro, um vestido acinturado e azul que destacava seus olhos, de igual cor, com mangas longas e caídas, se destacavam por aquele palácio, pois era inegável sua graça e encanto.
Apesar de sua personalidade forte e da difícil convivência, era uma princesa amada por muitos, de coração cortês, que sempre colocava os interesses do povo acima do próprio.
A Inglaterra era conhecida por seu Rei justo e nobre. Tendo sua base na produção de lã, era um país rico e agraciado com a paz e alianças com outros reinos. Após ter sido o palco de muitas guerras, o povo havia passado por um período de medo e apreensão para com o futuro Rei, porém Sua Majestade George, era homem valoroso e tinha ao seu lado uma Rainha sábia e amorosa.
A princesa , a despeito de toda futilidade e vaidade, era inteligente e tinha consciência da instabilidade que aquele reino se encontrava, sendo um suporte para seus pais. Ninguém saberia dizer, mas apesar de seu casamento arranjado e de ter sido destinada ao Rei desde o nascimento, ambos tinham um longo histórico de rivalidades, iniciadas pela princesa e ignoradas pelo rei, ato que sempre revoltou-a.
Rapidamente a mesma chegou a sala, guardada por seus guardas, que ao notá-la, bateram com suas lanças no peito, em sinal de respeito e se afastaram. Entrou na sala, deparando-se com uma cena um tanto incomum que a fez erguer a sobrancelha em desagrado.
Seu pai estava sentado na mesa jogando baralho com , que “ria” do azar do patriarca.
— Vossas Majestades poderiam explicar-me o que estão a fazer? — perguntou cruzando os braços, observando seu pai arregalar os olhos e se levantar, limpando a garganta em constrangimento, ao contrário do que continuava impassível, marca registrada dele.
— Oh! Minha querida. — Com grande drama se aproximou e abraçou-a — Vejo que tu acordastes, a Princesa se encontrava à sua procura, triste por estar solitária neste castelo.
sorriu com prazer ao ouvir aquilo, para a mesma, era a única que se salvava na Família . Uma jovem tímida que logo se tornou sua amiga ao se conhecerem na infância.
O Rei George fez um movimento com a cabeça na direção do convidado, sinalizando que precisava cumprimentá-lo e a princesa voltou-se para a contragosto.
Não podia-se negar quão belo ele era. Tinha longas madeixas acastanhadas que caiam por sobre as costas, intensos olhos perolados, que lembravam-na da lua que tanto gostava de admirar, músculos definidos e na proporção certa. Tudo nele parecia ser da proporção certa... Para ela.
Balançou o rosto, afastando aqueles pensamentos, não podia dar-se ao desgosto de confraternizar com aquele homem.
— Sua Majestade — Aproximou-se da mesa e curvou-se graciosamente, levantando a barra do vestido — Vejo que tu não tens muito trabalho em seu reino, para que venhas nos importunar a tal hora da manhã! –- sussurrou de forma que apenas ele pudesse ouvir, estendendo a mão que foi prontamente pega e beijada.
— Sua Alteza, é notório que tua idade não condiz com vossa mentalidade –- Abriu um sorriso irônico que enfureceu-a, porém ela logo se recompôs, não daria aquele gosto para seu noivo.
Despediu-se de ambos apressadamente, sentia que se continuasse no mesmo local que , acabaria por se sufocar com o veneno.
Encaminhou-se para o jardim com o intuito de fazer companhia a princesa até o chá da tarde, acompanhada por sua Dama de companhia que assistiu a toda aquela cena, divertindo-se internamente.
Capítulo 2
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A família real se encontrava reunida no Jardim do Castelo, esperando a chegada dos convidados de honra. Horas atrás o Rei e a Princesa haviam saído para se arrumarem para o chá.
Normalmente o Chá das cinco era presidido apenas pelos parentes dos noivos, em uma reunião íntima, porém quando os nobres souberam que Sua Majestade se encontrava visitando o país, houve grande alvoroço e muitos pedidos para que houvesse uma exceção.
O Rei George acabou cedendo para evitar a fadiga e por conselho de seus conselheiros.
se encontrava em uma roda com as nobres da corte, se divertia com elas, pois fazia muito tempo que não revia algumas, que eram grandes amigas.
e , duas baronesas, se encontravam lá e juntas matavam a saudade. As obrigações do Castelo e do casamento as impediam de poderem sair como antes.
Inesperadamente todas as conversas do Jardim cessaram e todas se viraram para contemplar o motivo, deparando-se com Sua Majestade que chegava acompanhado de sua prima . Então as conversas voltaram, com burburinhos ainda mais altos, comentando sobre o quanto o Rei parecia belo e como a Princesa era sortuda por isso.
— Ainda não havia visto Sua Majestade, ele é tão lindo quanto os rumores — A Baronesa comentou com um suspiro.
— Sua Alteza deve estar deveras feliz, por ter sido agraciada com tal noivo pelas divindades. — complementou com um pequeno sorriso cúmplice.
— Estais a zombar de mim, pois não? — retorquiu incrédula, surpreendendo as amigas. — Não há um dia que não me sinta ultrajada com este casam... — Cortou a fala ao observar Karin, uma de suas amigas duquesa, fazendo sinal para que se calasse.
A Princesa virou-se lentamente, com um arrepio de mau pressentimento, o qual não foi seu azar ao dar de cara com o dono de seus insultos.
— Vossa Majestade — Curvou-se sendo acompanhada pelas outras. — Fico feliz que tenha nos presenteado com tua presença! — Abriu um sorriso falso e pôde ouvir o acesso de tosse de , que segurava-se para não rir.
não respondeu, apenas pôs-se a observá-la profundamente, deixando-a constrangida. Os olhos eram intensos, como se pudessem ler a sua alma e isso assustava-a. Todos sempre faziam suas vontades e sempre foi boa em manipular os outros, mas com o era diferente, não importava o quanto se esforçasse, jogasse charme ou tentasse impressioná-lo, nunca era o bastante, nunca conseguia se aproximar do coração de pedra.
Havia uma muralha ali, que ela pela primeira vez, não era capaz de destruir.
— Há algo que possa fazer para ajudá-lo, Vossa Majestade? — indagou incomodada, sua mente sempre vagava para outras direções quando ele estava por perto.
— Não, Vossa Alteza, eu apenas fui atraído pela sua inveja até aqui! — retorquiu com um sorriso de lado.
olhou-o boquiaberta, incapaz de acreditar em tamanho atrevimento.
— Bem, Vossa Majestade, pelo menos eu uso um cabelo apropriado a mim, uma dama! — falou tentando cutucá-lo pelo mesmo ter cabelo comprido.
— Oh, que engraçado suas palavras. Estás dizendo que, além de cavaleiro, eu sou muito mais dama que Sua Alteza? Sempre me disseram que sou bom em fazer várias coisas, mas ser dama é a primeira! — Várias risadas ecoaram pelo jardim e só então, a Princesa percebeu que todos estavam em silêncio ouvindo a conversa deles.
A Princesa abaixou o rosto em constrangimento, e pôde sentir os olhos lacrimejarem, o Rei recuou como se houvesse levado um tapa ao perceber isso. passou por ele rapidamente, saindo do Jardim com a face erguida, sem se voltar para atender aos chamados dos pais, enquanto o continuava parado no mesmo lugar, com a expressão de sua noiva gravada em sua mente.
Ela estava se sentindo envergonhada e humilhada.
Logo alguns duques, baroneses se aproximaram do Rei para procurar saber informações sobre o mesmo e tentar ficar próximo, mas estava com a mente confusa e o coração estranho, não queria conversar com ninguém no momento, seu olhar seguia a que sumia pelo castelo adentro.
— É verdade que fostes ao Japão? Como é? — perguntou Christopher, ansioso pela resposta.
— Ah? Hm, sim, fui, a coisa que mais me interessou foi a árvore Sakura, que significa cerejeira, deveras interessante e linda a meu ver — respondeu. — Se me destes a licença, terei que me retirar — disse cordialmente, com o braço cruzado nas costas, segurando suas mãos.
dirigiu-se para dentro do castelo, sem realmente entender o porquê seu corpo ousava ir contra sua razão, mas apenas prosseguia o caminho, imaginando o lugar que ela poderia ter ido, queria entender a longo prazo o porquê de estar se preocupando com aquele ser irritante.
Não costumava dar atenção alguma para , realmente não se importava e sempre foi assim, desde que eram crianças, não suportava várias atitudes da e culpava seus pais por ela ser tão… mimada.
Suas criações foram diferentes, mas apostava que a havia sido mais feliz que ele em sua infância, enquanto a vivia correndo pelos pátios e tendo um tempo de lazer a mais, ele ficava preso dentro de salas, estudando, treinando e ensaiando coisas que, para ser sincero, ele não queria, na época.
Mas era sua responsabilidade como Rei, e infelizmente não podia lutar contra seu destino.
Logo chegou perto da lagoa, vendo-a novamente jogar as pedrinhas na água, como fazia quando criança, ele a observou de longe, quieto e pacífico, vendo as reações da mesma que parecia chorar sem fim e resmungar palavras de baixo calão.
Olhando de longe, parecia que ela não havia mudado nada, como se ainda fosse aquela criança que adorava implicar com ele.
Sentiu-se um pouco nostálgico.
havia corrido para o lugar mais próximo, onde sempre ia quando precisava limpar a mente, afinal, o local que realmente gostava de ir só poderia ir amanhã ao amanhecer, que era a cachoeira que havia atrás do castelo, um lugar que havia sido reservado apenas para a Família real ou quando os homens do Reino se reuniam para seu maior hobby e diversão, a caça.
— idiota! — gritava enquanto jogava as pedrinhas com força na lagoa, ele só assistia e se permitia rir, até que decidiu se aproximar, devagar.
— Vejo que não parastes com essa brincadeira, huh? — perguntou ao ficar um pouco atrás dela, o que a fez se jogar para trás ao ouvir o barulho de passos, não esperava ninguém naquele momento, ainda mais ele.
— O que queres aqui? — indagou franzindo o cenho.
— Apenas vim… Enfim, de qualquer forma, estão a te procurar — mentiu, pois não sabia o que dizer e não queria que ela soubesse que foi ali só por ela.
— Quem? — questionou, levantando-se e ajeitando o vestido e o cabelo, devia estar uma bagunça completa. — Estou bonita? — arguiu, mas logo se arrependeu ao lembrar-se de quem estava à sua frente.
— Sim, estás — respondeu e virou-se na mesma hora, deixando confusa no fundo, estava chocada, ele nunca havia elogiado-a, ele era tão quieto e recolhido que evitava falar sobre qualquer coisa relacionada as pessoas, achava que não era da sua conta.
Assim que ele saiu, foi a procura de seu pai, perguntando o que ele queria para mandar seu noivo ir buscá-la.
— Não mandei chamá-la, deve ter ocorrido algum engano — avisou enquanto andava para seu quarto com alguns presentes em mãos.
— Mas claramente disse que fostes você a me chamar, papa — reclamou enquanto tentava caminhar ao mesmo passo do seu pai. — Teria motivo para que ele mentisse?
— Talvez ele quisesse te ver — respondeu, parando de supetão e fitando a filha. — Estou um pouco apressado, preciso fazer um aviso, se divirtas.
— Hm… Ok… — concordou, pensativa.
Por que ele mentiria? Pensou, inconformada.
Capítulo 3
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acordou cedo por causa de Ingrid, cedo até demais para sua conta, queria apenas dormir mais, passou a madrugada acesa pensando na reação do , esmurrava o travesseiro, dava alguns gritinhos e não conseguia pensar em uma resposta clara para a situação presente.
Odiava o fato de estar na sua mente e de forma extremamente perturbadora, não podia nem crer que gastou sua noite pensando nele.
Maldição! pensou.
— Vossa Alteza, seu pai lhe solicita lá embaixo, quer avisar sobre o evento de caça que irá ter agora pela manhã — avisou, ajudando a a se despir.
— Acho que esta és uma ótima oportunidade para tomar um banho na cachoeira, não acha, Ingrid? — perguntou, virando-se um pouco para encará-la.
— Pois de certo que sim, queres que eu te acompanhe? — perguntou, dando banho na princesa.
— Não és necessário, irei por minha conta, é aqui perto — respondeu ao fechar os olhos.
Assim que terminou, colocou um vestido acinturado e um pouco rodado de cor amarela com toques azulados de mangas longas e caídas e firmemente atados no busto, seus fios e longos do cabelo estavam adornados em um penteado quase trançado com a coroa.
— Vossa Alteza estás encantadora — comentou Ingrid.
— E… Onde estás o pertinente do Rei ? — perguntou, olhando para o lado, fingindo desinteresse.
— Este se encontra no jardim, Vossa Alteza, estás a tomar um banho de sol, assim dito por ele — respondeu, levantando a .
— Então por este caminho não ireis, acordar e ver este ser desagradável podes acabar com meu dia, pois sim — avisou.
— Nunca entenderei estas reclamações, Vossa Alteza, pois de fato o seu noivo de desagradável não possui nada — retrucou, arrumando algumas coisas, mas pôde ver pelo espelho o olhar de morte lançado pela princesa.
— Tu não os conhece de verdade, pois de certo que se conhecesse não diria estas baboseiras — avisou, jogando o cabelo para o lado. — Descerei, papa deve estar louco!
— Pois de certo que sim, Vossa Alteza.
saiu de seu quarto e notou que não havia ninguém nos corredores, considerando muito estranho, afinal, sempre havia muitas pessoas andando pelos arredores do castelo, decidiu logo descer as escadas para descobrir o que acontecia.
Seu pai estava na sala do trono, sentado com sua mãe e várias pessoas que possuíam títulos estavam ao redor, sentado em arquibancadas para ouvir seu anúncio, ela abriu a porta da sala, atraindo atenção de todos para si, sim, era isso que gostava! Segurou as duas barras do vestido e cumprimentou seu pai com uma reverência que o mesmo assentiu.
Logo a achou suas amigas e ficou ao lado delas para ouvir e observar com atenção.
— Para comemorar a chegada do Rei — No mesmo momento procurou-o pelas arquibancadas, avistando-o bem perto do seu pai, com seu cabelo longo e bem arrumado e sua roupa chique, ar soberbo e irritantemente sexy. — Hoje estás iniciada a temporada de caça, espero que gostes e se divirtas ao máximo, logo mais terás um baile de máscaras! — Ao escutarem o final, muitas pessoas começaram a cochichar animadas. — Podem ir, irei me aprontar para a caçada!
Logo muitos saíram para se ajeitar, principalmente os homens que estavam ansiosos pelo evento, aproveitou-se e desvencilhou-se de suas amigas, dirigindo-se para os fundos sem ser notada, fazia com uma certa descrição, não queria que ninguém a visse, iria tomar um banho de cachoeira, precisava disso, nadar e sentir aquela água contra si, relaxava muito com isso.
Entrou na floresta, observando todo aquele verde, aquele ar puro que tanto gostava, desceu um pequeno morrinho coberto de flores e ao chegar na área plana foi até a trilha que fazia para ir para a cachoeira.
Era lindo, de fato, uma visão privilegiada para poucos, o sol ficava um pouco escondido pelas grandes árvores que havia pelo caminho, fazendo com que os raios solares invadissem pequenas brechas, deixando o chão cheio de folhas mais iluminado.
Caminhava brincando com alguns animais inofensivos, sentia a brisa pousar em sua face, aquecendo-a, estava deveras feliz naquela manhã e nada poderia atrapalhá-la, quanto mais andava, mais podia ouvir o barulho da água caindo, levantava alguns galhos para poder atravessar e observar mais de perto toda aquela beleza aquática.
♪
Pensou que ela apareceria para dizer um “boa sorte” com aquele tom de deboche, mesmo que seco ou falso, adoraria se divertir com isso.
Respirou fundo, balançou a cabeça e subiu em seu cavalo, segurando firmemente as rédeas do seu cavalo, podendo-se imaginar o motivo de estás a pensar no rosto de sua noiva desde que a viu chorar.
Meneou a cabeça para o lado, evitando que os pensamentos o consumissem novamente.
Decidiu-se se concentrar em sua caça, conseguindo algumas raposas juntos com seus companheiros, ele riam e se divertiam com as apostas feitas por eles entre si, Erick era o mais competitivo, mas não deixaria que ganhassem, não dele.
Quanto mais o cavalo corria, mais os outros seguiam pelo mesmo caminho.
Ao se cansarem, depois de muitas risadas e raposas, decidiram ir para a cachoeira que lembrava ter por perto, começou a galopar devagar, segurando apenas com uma mão a rédea, enquanto os outros atrás conversavam, observando a trilha.
— Silêncio! — Elevou o dedo até a boca, fazendo o cavalo parar de galopar aos poucos. — Preciso escutar o som da cachoeira.
Todos assentiram, galopando mais silenciosamente, pode ouvir melhor e mais claramente o som da água.
— Esperem-me — Pediu ao descer do cavalo e entregar as rédeas para Erick.
Ele começou a andar em direção do som que escutava, fechou os olhos, permitindo que sua audição o levasse ao caminho certo e assim se sucedeu, ao sentir a proximidade da umidade no ar, percebeu que estava bem próximo, levantou alguns galhos, pisando em outros, fazendo barulho e quando chegou ao último, o levantou, ficando muito surpreso.
Avistou costas nuas no meio da cachoeira, o cabelo loiro descia como cascata e a mesma o segurou, apertando-o para retirar o excesso de água, virou-se um pouco para o canto, mostrando seus seios avantajados e com o bico rosado, o engoliu em seco, respirando fundo ao ver tamanha beleza que podia contemplar.
Era , sua futura Rainha.
Suas vestes estavam em cima das pedras para não molhar, enquanto ali se encontrava a nadar e relaxar, a foi para baixo da cascata, recebendo todo aquele encontro da água sobre si, como se alguém massageasse-a, logo saiu debaixo e foi andando para frente, tentando enxugar o cabelo, estava vidrado na beleza inigualável daquela mulher que por debaixo daqueles vestidos escondia um corpo com curvas, seios e bunda avantajada.
Ele tentou se controlar para que não ficasse endurecido lá embaixo, logo soltou o galho ao perceber que algumas pessoas viam atrás dele e caminhou, tentando se acalmar.
— Não irás mais para a cachoeira, Vossa Majestade? — Wendel perguntou, arqueando a sobrancelha.
— Não. Sairemos neste mesmo momento — respondeu.
— Mas oras, por quê? Não estavas decidido a se banhar? Nós e os outros estávamos a ficar ansiosos com a ideia concebida pela Vossa Majestade.
— Pois de certo que estavas, todavia acaber-me-ei de mudar de ideia, não me contraries — ordenou, sem olhar para trás. — E não ousem me desafiar, venham — avisou com um tom autoritário e voz máscula que obviamente, ninguém tentou ir contra.
subiu em seu cavalo, dando dois tapinhas com o pé no animal, para que ele andasse, mas antes olhou novamente para dentro daquela imensa floresta que escondia na cachoeira e suspirou, mordeu o lábio inferior e ao ver que todos estavam em seus cavalos, voltou a cavalgar para o castelo, decidido a espairecer a mente.
Os homens no fundo se perguntavam o porquê do Rei ter mudado de ideia naquele mesmo instante, ele estava tão centrado em tomar um banho na cachoeira, estavam de fato curiosos para ver o que se encontrava lá.
Ao chegarem no castelo, desceram.
— Vós, Vossa Majestade, com todo o respeito, tens uma mulher muito bela ao seu lado — disse Leo com um tom sincero.
— O que tu queres dizer com isso? — levantou a cabeça com um olhar meio assustador. — O que vistes?
— Apenas a vi andando pelos corredores do castelo, Vossa Majestade, aprecio sua beleza, algo que nunca vi — respondeu. — Vós tens muita sorte.
— Pois bem que tu não olhes mais para sua futura rainha com outros olhos — avisou, com um olhar mais ameaçador.
— Estou apenas a elogiá-la — retrucou. —, Vossa Majestade.
— Hm… — ficou quieto e entregou seu cavalo ao cocheiro, retirando sua luva de montaria e andando a passos rápidos e violentos pelos corredores, não tinha entendido o que aconteceu, estava com ciúmes? Fora isso? Impossível!
Dirigiu-se ao seu aposento, retirando sua jaqueta pesada e sentado-se no mesmo momento, encheu seu cálice com uma bebida e começou a bebericar ao olhar para a janela, avistando a entrar pelos fundos com um sorriso no rosto, ele meneou a cabeça para o lado, analisando-a.
Poderia ela ter o visto? De certo que não.
Assim ele esperava.
♪
Eram poucos bailes que ia e temia que este fosse terrivelmente tedioso.
Se passou algum tempo, havia tomado seu banho com ajuda de Ingrid e outras criadas, estava na hora de se arrumar para a festa que aconteceria ali, pronta para ficar maravilhosa, bem melhor que o .
Para essa noite, colocaram algumas flores em seu cabelo com a coroa para adornar, seu vestido roxo com pedras preciosas pretas, sua máscara era da mesma cor, estava fantástica, isso era inegável!
— Aposto que o irá ficar encantado, Vossa Majestade — comentou Ingrid animada.
— Pois ele que fique, irás ficar apenas assim — retrucou.
— Oh, por Deus, Vossa Majestade, vamos nos apressar ou chegarás mais do que atrasada — avisou.
na mesma hora levantou, pois seu pai a mataria.
O baile já havia começado e a estava entediada, a maioria estava em pé conversando com outros nobres, segurando alguns cálices.
Algumas pessoas assim que a viram entrar, cumprimentaram-na e tentaram manter uma conversa, mas estava detestando a forma que as pessoas tratavam-na claramente interessadas só no poder social que ela tinha.
Havia de fato acontecido o que ela temia, mas o que poderia fazer, né? Apenas procurar alguma diversão.
Ficou por um tempo sendo cordial e logo foi até a área da varanda para se esconder um pouco, mas logo ouviu vários murmúrios e cochichos, já imaginando o que poderia ser, voltou e avistou do outro lado do salão, começou a observá-lo, ele estava solitário segurando um cálice, apenas olhando as pessoas.
Sua máscara estava em sua mão direita e ele parecia distraído em seus pensamentos.
teve a brilhante ideia de se aproximar, querendo implicar com ele para se divertir um pouco naquela noite, já que o baile tinha se tornado o que ela mais temia, um tédio!
Assim que chegou a poucos passos do local em que o mesmo estava, ele reparou a presença da , porém fingiu que nem tinha a visto.
havia ficado boquiaberta, odiava a maneira que ele apenas fingia que ela não existia, como se fosse meramente insignificante.
Mesmo sendo ignorada foi até ele, decidida a provocá-lo.
— Vejo que Vossa Majestade não és tão deslumbrante quanto foi dito. Em um baile julguei que estaria mais formoso, mas não estou surpresa em me decepcionar — disse, parando em sua frente.
a olhou de baixo para cima.
Quando a proferiu essas palavras, ele de imediato não respondeu, isso fez com que ela ficasse mais brava por essa insensibilidade dele.
Após alguns instantes, ele sem se virar para ela, bebeu um pouco do que estava em seu cálice.
— Digo o mesmo, nem ao menos estás adequadamente vestida para esse baile. Estás a parecer uma meretriz com essa traje — retrucou, agora encarando-a.
ficou vermelha de raiva e vergonha, ele era o único que não se ajoelhava em seus pés.
Não entendia o porquê de ele ser imune aos seus encantos.
Decidiu que iria beber naquele momento, já estava cheia de e a festa estava em decadência, parecia cada vez mais que aquele ambiente estava mórbido e sem graça.
Depois de beber uns dois cálices, se sentiu mais leve, um aglomerado de pessoas haviam se formado no centro do salão, o que atiçou sua curiosidade.
Foi ver o que estava acontecendo e notou que cada um formava uma dupla, era a hora da dança. Ela encontrou Karin e a mesma estava perto de um lindo rapaz, se aproximou e quando ela a viu, foi abraçá-la.
O cavalheiro que estava com ela as olhou de forma estranha, normalmente as pessoas não tinham esse costume de demonstração de afeto.
Quando terminaram de se abraçar, a mesma olhou para trás, provavelmente para apresentar o homem que estava com ela, porém ele não se encontrava mais no mesmo lugar.
— Parece que vós assustaste o cavalheiro — disse , rindo da careta que a ruiva tinha feito.
— Pois bem, Vossa Majestade estás desacompanhada também pelo que vejo — retrucou.
apenas suspirou, a maioria dos homens que estavam lá eram desinteressantes e isso era desanimador. Karin no momento que a viu deprimida, puxou-a para o meio da dança, enfiando-as bem na fileira em que as mulheres deveriam ficar.
As senhoritas se curvaram, fazendo uma reverência, segurando as duas barras do vestido e depois foram os cavalheiros. Começaram a andar indo de encontro um com o outro, cada passo a fazia ficar mais nervosa com a aproximação, seu coração estava descompassado. O motivo?
, pela primeira vez na vida estava olhando bem nos seus olhos, por um instante o salão todo parecia vazio e para ela tudo que havia eram os dois, ninguém mais e ninguém menos.
Chegaram próximo um do outro, quando suas palmas ficaram perto e seus olhares hipnotizados, ela naquele momento soube novamente o porquê das mulheres o acharem tão encantador.
No momento em que tocou as costas dela com sua mão forte, ela se sentiu totalmente em chamas, não sabia como reagir a aquilo, tudo que podia ser feito era aproveitar aquele momento tão irreal e mágico.
Quando a música parou, ela parecia acordar de um transe, ambos tinham que trocar de parceiro e isso foi a coisa que menos queria fazer no momento.
, só deu um passo para o lado e ficou parada no mesmo lugar, a melodia começou novamente. A não conseguia prestar atenção em seu parceiro, estava em uma briga interna consigo mesma e estava dançando no automático.
Olhou para o lado para ver se estava na mesma situação e desconhecia o motivo de ter ficado com tanta raiva do que tinha visto, a mulher que estava dançando com ele estava claramente se insinuando e o mesmo ostentava um sorriso de lado.
Estava fervendo, queria tirar satisfação por ele ter a coragem de aceitar aquilo mesmo sendo comprometido com ela. A dança acabou e aquilo foi o estopim para , a mesma agradeceu ao seu acompanhante e saí imediatamente do salão.
Saiu para o jardim, a fim de espairecer. Suas amigas, a Princesa Helena e a Duquesa Karin, ao notarem a saída repentina, seguiram-na, para apoiá-la.
Encontraram-na sentada sobre a bancada de uma das fontes.
— Sua Alteza, se encontras bem? — A Princesa inquiriu com preocupação, era uma moça gentil e de bom coração e sempre esteve ao lado das duas.
— Não entendo! Por que não me notas? Não me achas tão bela? Não serei digna de sua presença? — as duas se surpreenderam com a nota triste em sua voz.
nunca havia demonstrado interesse em seu casamento, mas agora, sobre a perspectiva real de que haveria de passar o resto da vida ao lado dele, não conseguia evitar de afligir-se e perguntar-se como seria seu futuro.
— Não é verdade! Sua Majestade apenas não sabe como portar-se em vossa presença, Alteza. — A Duquesa sentou-se ao seu lado e abraçou-a.
— Pff... — Riu amargamente. — Oras, não me faças de tola, aquele Rei, idio… — parou o insulto por respeito a Helena, que era prima dele. — Mas isso não há de ficar assim, certamente haverei de me vingar, e nada melhor do que ficando nesse baile.
— Vossa Alteza não estas pensando em… — Helena balançou a cabeça em incredulidade. — Não concordo com isso! Não é certo, estás comprometida.
— Helena, por favor, deixe-me conversar com ela. — Karin pediu com carinho e preocupação, tinha medo de se irritar por ser contrariada.
A Princesa Helena concordou, ainda querendo argumentar, mas por saber que a ruiva estava certa, deixou-as a sós
— Karin, as pessoas me dizem que posso qualquer coisa... Mas quando digo que quero ir ao baile da Meia-noite, me proíbem! Dizem coisas absurdas! É uma enorme insolência, isso sim! - disse andando de um lado para o outro no jardim.
— Vossa Alteza, se me permite o atrevimento, digo que deveria ir! Conhecer os prazeres carnais e, principalmente, ver homens tão belos que poderia até esquecer da sua própria beleza. – A Duquesa respondeu dando de ombros.
— Ora, Karin! Vou esquecer a parte que você disse sobre não recordar-me de minha beleza, mas focar na questão dos prazeres carnais. — retorquiu revirando os olhos e sorrindo.
— Tens o direito de experimentar a liberdade, antes que se encontres presa ao casamento.
— Não que sejas um problema para tu, não é mesmo? — A princesa perguntou divertida, vendo pela primeira vez, a amiga corar.
— Não tenho do que reclamar, mas vós... Faças o que precisar, estarei aqui ao seu lado, para a apoiar!
— Obrigada! — abraçou a ruiva com carinho e ambas se voltaram para o lugar em que estava ocorrendo o Baile.
Tudo agora já estava apagado, apenas algumas velas em candelabros bem decorados estavam acesas, mas de resto, era um pouco difícil verificar quem era quem, o que ajudaria bastante a para sua sorte.
Começou a pegar mais alguns cálices e beber, Karin estava ao lado de Klovis, ambos haviam sumido do mapa, enquanto a ficava mais bêbada e observando as pessoas a olharem, como ela gostava, deu um sorriso.
Mais velas se apagaram, pode escutar uma pessoa em cima de um pequeno palco.
mordeu o lábio inferior, vendo um homem muito atraente vir até si, seu cabelo parecia longo, mesmo um pouco escondido, seu rosto estava coberto por uma máscara azul marinho, menos na área de sua boca e sua roupa era muito estilosa.
A luz iluminava uma parte do rosto de ambos, revelando olhos aparentemente do parceiro.
— Tu me pareces com alguém muito especial — ele disse com sua voz arrastada, parecia levemente bêbado também, mas nada exagerado como ela.
— Será que não sóis essa pessoa? — perguntou com um tom provocativo.
— És definitivamente impossível, pois ela nunca viria aqui — respondeu convicto de suas palavras.
— Pois não deverias dizerdes isso, olhes bem, eu também nunca pensei que estaria aqui e cá estou — retrucou, tocando a ponta do nariz dele.
O homem riu, sentindo-se atraído por aquela mulher .
— O que achas de fazermos o proposto? — perguntou com um sorriso de canto.
— Acho que de fato deveríamos — respondeu sensualmente.
Ele se aproximou dela, beijando-a, puxou-a pela cintura, sentindo as costas e imaginando as de outra pessoa, lentamente ele deu leves puxões de cabelo na mesma, fazendo-a se contorcer um pouco.
Por Deus que seu pai nunca ousasse descobrir que outrora beijou outros garotos escondido, mas esse… Esse superava qualquer beijo que recebeu.
Estava se sentindo em chamas, seu corpo parecia querer cada vez mais aqueles toques tão íntimos e maravilhosos, antes que pudesse perceber, haviam entrado em um aposento escondido de todo mundo, ele a prensava na parede, dando leves chupões em seu pescoço, arrancando os laços por trás do vestido com espartilho, para a peça sair logo de seu corpo.
Puxou o cabelo dela para o lado, passando o rosto por ali, arrepiando o corpo inteiro de que estava delirando completamente, não sabia se pelas reações que aquele belo homem causava em si ou se por conta da bebida.
arfou e arqueou-se um pouco para trás, sentindo latejar embaixo e pedir por algo a mais, ele a puxou pela nuca, e ela virou-se dando um beijo feroz no mesmo, em pouco tempo ele tirou o vestido dela, fazendo-o deslizar sob seu corpo, enquanto agora ela se encaixava diretamente na parte íntima dele, sentindo o membro crescer, ela soltou um leve gemido com o toque.
Ele tocou levemente os seios dela, chupando-o enquanto massageava o outro, depois foi dando beijos no pescoço da mesma, passou a mão pela coxa e foi até a bunda dela, apertando-a com vontade, suspirou e fechou os olhos, permitindo-se ser tocada e “amada” por aquele homem que talvez nunca mais fosse ver.
O homem retirou suas partes debaixo, junto com sua bota e deitou-se sobre ela novamente, roçando suas áreas, percebendo que ela já estava molhada, de certa forma estava cada vez mais enfeitiçado pela que lembrava alguém especial para ele, trocando o rosto.
— Irei fazer-te delirar — disse, descendo e dando leves beijos na região da virilha, chegando nas coxas.
ficou boquiaberta e curiosa para saber o que poderia acontecer a seguir.
Ele posicionou as duas pernas em seu ombro, começando a lamber o clitóris dela, percorreu a extensão toda de sua parte íntima, a cada lambida que dava, gemia, segurou-o pelo cabelo em um ato involuntário, puxando-o, já que se estivesse sã, provavelmente não o faria.
O homem continuava lambendo a extensão enquanto via a cena da arfando e gemendo, viu algumas lágrimas brotarem de seus olhos, provavelmente de prazer ao notar que o orgasmo estava mais próximo, foi cada vez mais aumentando a velocidade até que sentiu o líquido escorrer, lambeu-o, deixando as pernas de trêmulas, passou o dedo pela região e sentiu bem lubrificada, logo sorriu.
Por um momento jurou ter visto e assim pensaria, ousou subir em cima dele, desamarrando a máscara dele, deixando-a deslizar e pousar na cama, a luz não permitia que conseguissem se enxergar, mas ela começou a beijá-lo, ele passou a mão pela cintura dela e logo após pelas coxas, apertando-as e dando leves tapas.
Ele puxou o cabelo dela para trás, dando leves mordidas no pescoço dela e involuntariamente ela começou a rebolar no colo dele, sentindo algo embaixo crescer, abriu a boca deixando exclamar um gemido, nunca havia experimentado aquilo, mas estava gostado, era prazeroso e era do jeito que ela gostava, sensual e provocativo.
Ela arranhou as costas nuas dele, recebendo algumas também, logo, lentamente ela foi descendo o tronco, deitando-se na cama novamente, recebendo aquele corpo por cima de si.
Ele a beijou de forma apaixonante, explorando seu corpo, como se fosse uma obra de arte, a coisa mais bela vista por ele.
— És virgem? — perguntou, preocupado.
— Não — mentiu, não queria que ele desistisse disso.
Ele começou a masturbá-la mais um pouco, preparando-a e logo começou a adentrar, mas logo sentiu que estava bastante apertado para alguém que não era virgem, achando bastante estranho principalmente pelas caretas feita pela mulher.
— Tens certeza de que não és? — questionou novamente.
Ela respirou fundo.
— De fato, sóis virgem, desistiras de mim por isso? És quem quero essa noite, quero ser sua — respondeu, puxando-o novamente para um beijo.
O homem apenas suspirou, envolvido com aquela mulher louca como alguém que conhecia.
Ele continuou passando seu pênis na vagina dela, chegava perto da boceta e subia novamente, torturando-a, colocou um dedo até ela se acostumar com o ato, logo após dois com um período meio longo, mas a cada estocada ela sentia algo diferente, como se fosse ter a melhor sensação da vida.
Até que entrou com cuidado dessa vez e a arqueou seu corpo para trás, ao seu ver a puxou pelo tronco, pondo-a em seu colo, ela o olhou com o olhar cheio de desejo e tesão, lentamente começou a rebolar em cima dele, seguindo seus instintos, de forma muito sensual que o deixaria louco, ainda mais por sentir que estava em uma região quente e apertada, para ela não estava sendo tão doloroso quanto da primeira vez que ele tentou.
A posição parecia ser mais confortável, o beijou-a novamente, enquanto suas partes íntimas gritavam por mais, por mais toques, mais contatos, a puxou o cabelo do homem para trás, e logo após começou a arranhar com vontade as costas dele, provavelmente deixando marcas bem profundas para serem lembradas.
O cheiro do sexo era evidente naquele quarto, a colocou deitada novamente, deixando-a descansar dos movimentos e foi dando estocadas leves, mas profundas, gemendo junto com ela, a perna da se prensou no quadril dele, pedindo por mais, estava delirando, queria saber mais sobre o que estavam fazendo, queria ser mais esperta.
Mas ele estava conseguindo fazer aquela sua primeira vez a mais sensacional de sua vida e nunca se arrependeria disso.
— … — sem querer gemeu o nome do homem, fazendo-o arquear a sobrancelha, se perguntando como ela sabia quem ele era, poderia ser …? Impossível.
Ele voltou a beijá-la, já que em sua mente, apenas via a na cama, logo a velocidade, após ter se acostumado, começou a aumentar até que ambos gozaram, saiu de dentro dela e se jogou ao seu lado, fazendo deitar-se sobre ele, respirando fundo, não demorou muito para que os dois adormecessem ali mesmo.
Temendo ser aquele que ela pensava, decidiu tirar o lençol de seda do rosto do mesmo, com a mão tremendo foi deslizando aquele pano como a fosse revelar algo surreal. Após terminar de retirar, observou que não estava imaginando coisas.
Era o .
Ela tinha que sair dali, decidiu vestir suas roupas e sumir daquele quarto, mas quando ela foi fazer o movimento para se retirar da cama começou a abrir os olhos. Sua garganta ficou seca e ficou imóvel naquela posição.
O moreno abrindo os olhos e logo a vendo olhou diretamente para ela, fez uma expressão de desentendimento e confusão.
— ? — indagou meio incerto.
— Sim — ela respondeu, mesmo sendo o óbvio.
Vendo a expressão de meio tensa resolveu tomar postura, se sentou na cama.
— Nós dormimos juntos...? — questionou.
— Parece que sim — ela respondeu, sem olhar para ele.
nunca viu tão séria e abalada, parecia completamente confusa. No momento em que ele foi perguntar algo a ela, alguém bate na porta.
— Bom Dia, Vossa Majestade. O café está pronto, estaremos esperando o senhor — disse uma criada.
O moreno apenas falou que já estaria descendo.
Quando voltou a olhar para , a mesma já estava se vestindo e antes dele dizer qualquer coisa, ela correu como um furacão para fora do quarto.
Depois daquela noite, nunca mais a procurou e nem ela o mesmo, rezava para não encontrá-lo em lugar nenhum do castelo, para ficar livre dele, pois se lembra-se, se sentiria triste no mesmo instante.
♪
O casamento do século, que ficaria marcado como uma das festas mais grandiosas do reino, muitos convidados vieram de várias partes do país, bem como outros reis e seus familiares, que tinham aliança com a Inglaterra.
O Sacerdote já se encontrava presente no altar, junto ao Rei George e da Rainha Kiroshi. Ainda estava cedo, o casamento aconteceria apenas à tarde, porém o salão estava lotado, com muitas pessoas do lado de fora.
Normalmente a cerimônia seria realizada na Igreja, porém aquele não era um casamento comum, era o símbolo da união de dois países, bem como a despedida de sua Princesa que em breve partiria junto ao seu futuro marido para governar em um lugar até então, desconhecido.
Enquanto isso, a Princesa se encontrava tomando um banho relaxante, como um rito de purificação.
Sua fiel amiga Ingrid estava sentada em um banquinho atrás da mesma, massageando suas costas e seu rosto.
Naquele dia havia liberado todas as criadas do castelo, queria ao seu lado apenas pessoas de confiança.
De olhos fechados não conseguia parar de pensar em seu noivo, em como seriam as coisas de agora em diante. Cada vez que ficava sozinha, sua mente vagava para a noite do baile, do carinho e gentileza de e aquilo machucava-a, pois para ele, a mulher com quem se deitava era uma estranha e quando pensava que ele era capaz de atos tão gentis com qualquer pessoa que não fosse ela, sentia que seu coração se partiria.
Desde aquele dia não havia visto , mas talvez fosse melhor assim.
Os beijos intensos, os toques quentes, a respiração falha. Será que vivenciaria momentos como aquele de novo? Só Deus sabia
O Rei não era capaz de amá-la? Estava condenada a um relacionamento frio e sem sentimentos?
Antes que pudesse perceber, as lágrimas rolaram do seu rosto, lágrimas que ela não limpou, deixou-as ali, como um sinal para algo que por muito tempo rejeitou e evitou encarar: estava apaixonada. Sempre esteve. E essa constatação assustou-a. E apesar de tudo isso, não fugiu, ela se manteve firme, seu orgulho, seu dever para com o povo eram mais importantes que suas dúvidas pessoais.
Quando o banho terminou, levantou-se, encontrando esperando-a com o óleo que seria passado em seu corpo. E então, finalmente o vestido.
Um corpete, com pouco volume, e após o vestido, ele era lindo, de um tom azul que significava a pureza da noiva — por um momento a Princesa quase riu dessa ironia — com uma cauda que se arrastava no chão, uma fita na cintura e as mangas caídas, complementada por joias que adornavam os cabelos que caiam em enormes cascatas pelas costas e calçou a chopine feita especialmente para aquela ocasião.
Quando olhou-se no espelho, não pôde deixar de sorrir, estava deslumbrante. Naquele momento ela poderia estar se encaminhando para o inferno que poderia se tornar sua vida, mas iria com orgulho e estilo.
Não houve trocas de palavras entre as amigas, pois era evidente a opinião de sobre tudo aquilo, porém não puderam deixar de admirá-la por sua coragem e determinação.
Ouve uma batida na porta e a Princesa soube que havia chegado o momento, seu pai estava ali para levá-la.
George ao vê-la não pôde conter a emoção, ver sua pequena filha vestida de noiva, por saber que em breve ela partiria para outro reino, para longe dos seus olhos.
— Estás belíssima, minha pequena flor. Lembras tua mãe no dia do nosso casamento, ela brilhava e resplandecia, enquanto vinha em minha direção. E eu pensei: Ah, como sou abençoado! — exclamou acariciando o rosto da filha que sorriu com amor.
Ambos se dirigiram para o salão principal, no momento que estavam, todos os guardas se colavam em posição de sentido, em respeito aos dois. Quando chegaram de frente para a porta, puderam ouvir uma música leve que tocava e a porta se abriu.
O salão estava lotada com pessoas da corte real, amigos, reis e rainhas e a família do noivo.
A música mudou no momento que começaram a andar, e, finalmente, tomou coragem para contemplar seu noivo, arfando com a visão que teve.
Ele usava um terno bege, aberto até o peito, com detalhes em vermelho, uma calça preta e uma bota da mesma cor. Seu cabelo estava trançado e jogado sobre o ombro.
Para sua surpresa, o Rei parecia não conseguir tirar os olhos dela e antes que se dessem conta, estavam lado a lado. fez uma breve reverência para o sogro e a Princesa fez o mesmo com os dois.
segurou a mão de , ambos se posicionando de frente para o Sacerdote, o Rei do lado direito e a Princesa do lado esquerdo.
O sacerdote começou a cerimônia, mas nenhum dos dois conseguia se concentrar, viam apenas um ao outro, nisso um pintor famoso chamado Sai estava fazendo um retrato de ambos para ser colocado nos corredores do castelo.
— Vossa Majestade, , aceitas casastes com sua Alteza, , sendo seu fiel companheiro até que a morte os separe?
O Rei voltou seus olhos para sua companheira que encarava-o apreensiva e pela primeira vez, em um ato que a deixou estarrecida, ele lhe sorriu, um sorriso sincero e uma expressão suave.
— Sim — respondeu olhando para o Sacerdote.
— E tu, Vossa Alteza, , aceitas casastes com Vossa Majestade, , sendo fiel companheira até que a morte os separe? — questionou, olhando para ela.
— Sim! — afirmou sem exitar, seu coração batendo com força, e um pequeno sentimento brotando em seu interior.
— Por favor, as alianças do matrimônio — o Sacerdote pediu.
O Rei e a Princesa se olhavam, enquanto colocavam as alianças, selando aquele compromisso.
— Agora pode beijar a noiva, sua futura rainha.
O Rei se virou e segurou-a delicadamente pela cintura, nunca desviando os olhos e beijou-a com suavidade, deixando-a surpresa pela atitude dele, estava muito feliz e isso era evidente, mas temia que sua felicidade durasse pouco.
Aplausos ecoaram por todo o salão e a festa teve início, seguido do corte do bolo, tendo sido a parte que arrancou muitas risadas.
Quando a valsa teve início, seu Rei puxou-a para o centro e o salão se calou, observando-os.
conduzia-a com maestria e cuidado, os olhos sempre atentos sobre ela, que tentava decifrá-lo.
— Me desculpe! — ele sussurrou com o rosto próximo a seu ouvido.
— O quê? — perguntou sem acreditar nas palavras que havia escutado.
— Quando à conheci tomei-a por uma Princesa fútil e mimada, para mim tu vias esse casamento apenas como forma de beneficiar seu reino, não imaginavas na verdade, eras uma encantadora mulher de personalidade forte e espírito determinado. Quando me deitei com vós, não entendi porque a noite havia sido tão intensa, mas quando reconheci-a, finalmente entendi, eu estava amando-a! — declarou fazendo com que parasse de dançar e o encarasse perplexa, as lágrimas dançando por seu rosto.
O Rei estendeu a mão limpando as lágrimas com cuidado e gentileza e selou mais um beijo na sua companheira.
"Sua". Aquela pequena palavra, dava-lhe um sentimento imenso de felicidade por aquela pequena mulher.
Esticou a mão, retirando do bolso da calça uma caixinha e entregando-a para , que olhou confusa, porém ele apenas fez sinal para que se abrisse.
Era um lindo colar, com uma cruz de adorno e a futura Rainha, sorriu em meio as lágrimas, reconhecendo aquele colar.
Era o colar da mãe de , ela usava-o antes de seu falecimento.
finalmente entendeu o quão sério o Rei estava sendo e com um sentimento de alívio, jogou-se em seus braços e beijou-o pela quarta vez naquela cerimônia, mas dessa vez, com retorno de ambas as partes.
Existem muitas histórias e lendas sobre Almas Gêmeas que reencarnavam inúmeras vezes em busca de vivenciar seu amor.
Mas o que é o "Amor"? Para a Rainha era um professor de muitas faces.
As borboletas no estômago, a emoção no peito, o rubor nas faces, a alegria inexplicável, o medo de não ser correspondido, todas essas variações definiam o amor, sua outra metade, mas por mais doce que fosse, ele também era cruel, doloroso, triste e cada um vivenciava-o de forma diferente.
Então por que as pessoas sempre insistiam nele? Por que não desistir?
Uma pessoa que nunca o experimentou, nunca viveu de fato. O amor colocou homens poderosos de joelhos e deu forças a muitas mulheres para buscarem sua independência.
Gerações passaram, revoluções aconteceram, o mundo evoluiu de forma rápida e implacável, e em cada uma dessas reencarnações, a Rainha e o seu Rei buscavam um ao outro, mas muitos anos se passaram e os desencontros afastaram-nos, e, quando eles haviam perdido a esperança, o Destino, em sua sábia ironia, lhes deu outra chance.
Talvez a vida fosse assim mesmo, uma série de encontros e desencontros, que ensinou-os através de experiências e apenas contribuiu para que o amor se fortalecesse.
Mas como dito, nenhum encontro é por acaso, se você acha que conheceu aquela pessoa por conhecer está bem enganado, tudo está destinado.
Nada é por acaso, acredite.
chegou na escola correndo para não se atrasar e passou por um garoto que desconhecia de olhos perolados pelo corredor, ambos se olharam no momento, como se tivessem se conhecido em algum momento, mas era claro que não.
A sala de aula se encontrava uma bagunça, as férias de verão haviam acabado e muitos amigos estavam se reencontrando após tanto tempo.
Konoha High School era uma escola prestigiada, conhecida por seus ensinos notáveis e seus alunos prodígios ou de status elevados.
Um certo grupo em particular se encontrava no fundo conversando, colocando os assuntos em dia, o que não era necessário, visto que passaram suas férias juntos.
Um grupo conhecido como Time Sete, não porque eram compostos por sete pessoas, e sim porque se conheceram com sete anos, tornando-se então, uma marca registrada deles.
— É testuda, quem diria que você e o Sr. Arrogante de marca maior acabariam se entendendo! — uma comentou rindo da expressão de poucos amigos da rosada, curiosamente ela carregava um Cupcake na mão, uma de suas características, ela amava doces, principalmente seu bolinho.
— Não enche, , isso é inveja porque ainda está encalhada — respondeu com um sinal de “V”, e os outros riram das intrigas das duas.
Ambas eram amigas desde que se entendiam por gente, sempre estavam juntas, inseparáveis. fez uma careta, fingindo uma expressão de brava, mas acabou caindo na gargalhada junto aos outros.
A porta da sala foi aberta pela professora Shizune, que entrou afobada e com um enorme sorriso suspeito.
— Bom dia, classe, é um enorme desprazer revê-los! Mas com certeza é um prazer vocês me verem novamente — falou arrancando risadas da turma. Era a professora favorita deles, com seu jeito descontraído e sua sinceridade. — Eu poderia estar dormindo, mas não, estou dando aulas. Paciência, pois tenho uma ótima notícia para vocês — Fez uma pequena pausa, saboreando a curiosidade de todos. — Entre! — Fez um sinal para que o estudante entrasse.
não saberia explicar o que era aquilo, mas quando seus olhos pousaram nele, seu coração estremeceu, como se estivesse gritando um alerta a ela, o mesmo garoto que viu no corredor. Ele tinha cabelos que se encontravam presos caindo pelo ombro esquerdo, os olhos eram de um perolado impressionante, ele parecia sério, mas isso apenas a interessou ainda mais.
— Apresente-se — a professora pediu indicando o centro da sala de aula.
— Hmm... Meu nome é , acabei de chegar da França. — Ele se apresentou incomodado pela atenção, em grande parte, da ala feminina. — Isso é tudo que posso dizer! — falou para a professora, que fez um sinal para que ele sentasse em algum lugar!
Ele se encaminhou para a única carteira vazia, a que estava de frente para .
— Se importa se eu me sentar aqui? — perguntou voltando seu olhar para ela, então paralisou.
Quando seus olhos se cruzaram, ambos podiam jurar que já haviam passado por aquilo antes, como se fosse um pequeno Déjà vu, mesmo que nunca houvessem se visto antes.
— Claro, fica à vontade — murmurou balançando o rosto e sorrindo amavelmente. — A propósito, meu nome é !
— É um prazer, eu sou ! — Deu um sorriso de canto e sentou.
Mas eles não conseguiam parar de pensar um no outro, de uma maneira estranha, estavam intrigados, uma força estranha sempre a quis levá-la para França e no caso dele, a Inglaterra.
Ambos não sabiam, mas a roda do destino havia acabado de se mover.
Aquele seria um ano letivo de muitas promessas e de um amor antigo que apenas havia retornado, porque você não morre de verdade, você renasce e vive aquele amor por outras e outras vidas, permitindo sempre amar aquela mesma alma, a sua alma gêmea.
Fim!
Nota da autora: Sem nota.
Nota de beta: Ah, Teylla, que amor de fanfic, viu? Meu parabéns, você tem uma escrita tão envolvente que nossa, eu estou apaixonada, de verdade! Fiquei super com um gostinho de quero mais dessa história incrível <3
Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.
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