CAPÍTULOS:


[P][1]







Prólogo.


"Light is easy to love, show me your darkness." – R. Queen

— Fuck, onde estão as chaves? — resmungou, enquanto revirava a bolsa em busca das mesmas. — Grr! Rápido, rápido! — abaixou-se para recuperar o conteúdo que tinha caído no chão. De repente, ficou estática, sentindo o metal frio roçar no pescoço. Por momentos paralisou, nem respirar ela conseguia. Já calculava que isso aconteceria, mas como dizem: “a esperança é a última que morre”, não é mesmo?
— Você sabe que não precisa fazer isso. — mesmo assim tentou.
— Sabe que eu tenho que fazer isso. — falou reticente, tentando controlar o nervosismo eminente.
— Não tem não, eu posso resolver o problema.
— Esperei demasiado tempo, não posso esperar mais, me desculpe. — e o barulho ensurdecedor fez-se ouvir por todo o beco.
E era isso.
Ela estava morta.

Abaixou-se para ficar ao nível do chão, ao lado do corpo que agora jazia com uma poça de sangue ao seu redor. Mergulhou dois dedos no líquido vermelho e os colocou na boca. Sorriu, saboreando o seu feito. Apesar de tudo, se sentia triste, incompleto. Repetindo o processo, tatuou na lateral do rosto da mulher o símbolo tão familiar. Abandonando o corpo, retirou-se até o carro, seguindo seu caminho em alta velocidade.
No meio da noite, acordou afobado, suando frio. Arregalou os olhos quando olhou para o lado e a viu ali, deitada ao seu lado vestindo o costumeiro pijama de seda, com o rosto sereno e sorridente, como há muito não a via. Seria um sonho? Esticou a mão e tocou-lhe delicadamente o rosto, sentindo a sua pele morna e convidativa. Sabia o que aquilo significava, não havia sido um sonho. Segurou na sua mão e deixou-se guiar.
Agora sim, estava em paz.



Capítulo um.


“Miau... miau... Miau.
Acordou com Lucky passeando no seu rosto, chamando sua atenção.
— Espere. Só mais cinco minutos... — colocou o travesseiro no rosto. Desta vez, para ser mais eficiente, arranhou-lhe os pés, fazendo-a contorcer-se de dores. — LUCKY! — disse sacudindo-a, levantando de uma vez. — Já disse o quanto chata você é logo pela manhã? — bufou, logo sorrindo observando o animal rondar a tijela. Calçando os chinelos dirigiu-se à cozinha, enchendo a taça. Fez café e preparou os seus waffles prediletos. Terminando o café da manhã, vestiu uma roupa e abriu a janela, vendo Lucky passar por ela. Saiu em seguida do apartamento. Na rua, Lucky estava a sua espera, as duas seguiram pelo caminho.
Percorreram as ruas da cidade que nunca dorme, não deixando de observar tudo ao redor. Apesar de tudo, New York era uma cidade linda.
— Oi, Frank. O que temos para hoje? — chegando ao local, cumprimentou o seu negociador.
— Garota, veio cedo! — lançou seu tão charmoso sorriso cheio de malícia, que nunca passava despercebido por ela, fazendo a mesma bufar.
— Tem ai o que eu te pedi? — cortou, não querendo perlongar a conversa mais do que o necessário.
— Sabe que sim, comigo sempre está bem servida. — passou-lhe o pacote para as mãos, roçando ambas, criando um atrito não apreciado pela mulher. Ela entregou-lhe o dinheiro. Já se distanciando ouviu: — Estará no beco mais tarde? — virou-se vagarosamente e lançou o seu melhor sorriso amarelo.
— Sabe que sim, nos vemos depois. — e piscou-lhe, virando rápido, sem esperar a sua reação, sabendo que a mesma não seria nem um pouco cordial. Dobrou a esquina e rumou ao seu destino, com Lucky sempre em seu encalço.

[...]

A chamavam de Pantera Negra, mas a verdade é que ninguém sabia o seu nome. Segundo ela, ninguém era digno de saber. Este, o apelido, tinha um motivo de ser, pois ela passava os dias enfiada num beco escuro, e defendia o mesmo como se de alguém se tratasse. Não sabiam o porquê, mas muitos especulavam. Dizia-se que era uma vagabunda, outros discordavam porque sabiam que tinha casa. Talvez porque fugisse dos policiais ou porque, simplesmente, gosta do escuro. Haviam suposições, mas nenhuma sequer chegava perto.
Estava então no beco, com a leal Lucky sempre a seu lado, tratando de seus negócios.
— Por quanto me vende isso? — perguntou o desconhecido, sacando o maço de notas do bolso, analisando o material.
— Cinco a grama. — curta e direta, como sempre.
— Tudo isso por quase nada? — seu rosto se contorceu, como se tivesse levado um soco.
— Sabe que é de qualidade, não vai se arrepender. — ao vê as reticências em seu olhar, acrescentou: — É pegar ou largar, tempo é dinheiro, e tenho mais o que fazer do que gastar o meu com você. — virou-lhe as costas, e já pronta para percorrer o beco até ao seu canto mais escuro, parou ao ouvir um suspiro pesado. Sorriu. Resultava sempre.
— Ok, passe para cá vinte gramas. — esfregou a nuca, enquanto contava as notas. — Tome os cem.
— Foi um prazer negociar com você. — disse fazendo o seu melhor olhar sedutor, entregando a encomenda. O pobre rapaz quase babou. Coitado! Mal sabe que faz tudo parte do negócio. Vendo que ele continuava parado, e a olhando de cima para baixo, decidiu acabar com aquilo. — Deseja mais alguma coisa? Se não, pode sair. — já percorria seu caminho de volta quando o ouviu falar de longe:
— Querer eu queria, mas conseguir é outra coisa. — suspirou, retirando-se até seu carro e deixando o local.

Deitou-se no seu tão desejado sofá e relaxou os ombros, logo ouvindo passos que vinham do fundo do beco. Já sabia quem era, por isso nem se mexeu. Sentiu ele se aproximar e deitar-se com cautela em cima dela. Depois de se ajeitarem no sofá, ele distribuiu beijos molhados por todo o seu pescoço e colo, fazendo-a se arrepiar. Agarrou com uma mão a sua nuca, com a outra começou a arranhar com força toda a extensão de suas costas, fazendo-o grunhir de excitação. Retirou rapidamente a blusa da garota, arrancando o sutiã junto, indo com a boca rápida e precisa de encontro aos mamilos rígidos da mulher.
— Você é tão linda e gostosa. — disse chupando cada seio com uma voracidade fora do normal.
— Nem vem, Frank. — resmungou, retirando a blusa do homem e trocando posições, ficando sentada em cima da pélvis dele, já desapertando o cinto e descendo um pouco as calças.
— Está com pressa hoje, hein? — deu uma gargalhada, enquanto puxava do bolso traseiro uma camisinha e a colocava apressadamente. Já que ela se encontrava de saia, apenas desviou um pouco a calcinha. E logo ele estava dentro da mulher, fazendo ambos darem um grito de prazer. A essa altura a mulher cavalgava a toda velocidade, buscando chegar ao seu prazer máximo rápido, sem querer perder muito tempo com aquilo. Minutos depois, os dois gritavam em êxtase, derrubando-se um em cima do outro, tentando controlar as respirações entrecortadas. Já se sentindo segura para andar, levantou-se e começou a vestir as roupas.
— Por que a pressa? Podemos ficar aqui a aproveitar um pouco. — tentou segurar na mão dela, mas a mesma se desvencilhou, já acabando de se vestir. Aquilo funcionava do jeito que estava, sem beijos, sem carinho; só sexo ocasional. Quando ele tentava fazer algo a mais, era cortado. Ela tinha que impor limites, e ele sabia que tentar os quebrar seria impossível. Deu as costas, e enquanto caminhava disse:
— Sabe que isso não acontecerá, então faça-me um favor: não se iluda.
Depois disso, a mesma desapareceu na escuridão, deixando para trás um homem que, mesmo não sabendo, se encontrava perdidamente apaixonado por ela.



Continua...



Nota da autora: Hey minha gente, espero que tenham gostado desta minha Fic! Comentem aí e expressem a vossa opinião, para eu saber o que acham, saber se os nossos leitores gostam ou não do nosso trabalho é o mais importante. Até a próxima, S.







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