Capítulo Único
— Então não se case, oras.
— Você diz como se fosse uma coisa simples.
— E é complicado, por acaso?
— Claro! Chegue no seu pai e fale que você está namorando com uma garota seis anos mais nova e que não nada em dólares ou se veste com grifes exclusivas. Você sabe como ele é elitista e idiota, .
— Eu sei, eu sei, tudo bem. Mas você já tentou o argumento de que mora sozinho, tem vinte e nove anos, independente, e tem sua própria renda?
— Ele não sabe que eu trabalho. É clandestinamente, ele nem sabe que eu cursei duas faculdades.
— Hm. Então o que te resta é casar com a Taeyeon.
— Mas eu não quero!
— Querer nem sempre é poder, ! Entenda! Termine logo comigo e acabe com essa turbulência toda! Está te fazendo mal, amor, muito.
— Você vai chorar se eu terminar com você?
— Vou. Muito.
— Por que?
— Você sabe. É porque eu te amo. Muito, muito, muito, muito mesmo.
— Eu também te amo muito, . Não a Taeyeon.
— Ela tem quantos anos?
— Uns vinte e seis, não sei. Não me importo. Seu aniversário está chegando, não?
— Está, sim. Você deveria terminar comigo logo.
— Então você quer um término como presente?
— Não. Eu quero você.
— Você já me tem. Posso te dar o que, além disso?
— Termine comigo e se case com Taeyeon e deixe sua família orgulhosa.
— , você teria orgulho de mim se eu me casasse com ela?
— Nunca. Eu te disse mais de cem vezes, desde que começamos a namorar, que se nós rompêssemos, você deveria se casar com alguém que realmente gosta. Porque casamento é mais que um estado civil. Sabe como eu valorizo isso.
— Sei. Por isso não quero me casar com ela.
— Então não se case, oras.
— Você quer casar comigo?
— Quero. Eu te digo isso desde quando eu tinha quinze anos.
— Não estou perguntando por perguntar, é sério!
— Você realmente comprou uma aliança?! Isso não é antiético?
— Não é a primeira vez que eu desobedeço meu pai.
— É na mão direita, . Me deixe por a sua, vai. O que eu faço com esse negócio caríssimo?
— Ponha no meu bolso da calça.
— Você quer que eu mexa no seu bolso? Nah. Tente... não arrumar problemas, viu?
— Não vou arrumar, amor, prometo. De dedinho.
— Isso significa que nós vamos casar?
— Exato.
— Quando?
— Nós podemos marcar para a primeira data disponível no cartório.
— E a Taeyeon?
— Você realmente quer que eu me case com ela, hm, ? Desista.
— Desisti. E é que eu tenho medo do seu pai. Ele parece ser do tipo que persegue e manda para fora da Coreia.
— Igual Heirs?
— Isso.
— Ele não gastaria dinheiro com você. No máximo pediria a um juiz corrupto uma medida protetiva pra mim. Você vai ficar calada assim? Está me dando medo, ... Vamos, fale, fale! Estou entediado, lá, lá. Vou cantar. Tell me what to do...
— Você tem ideia do quanto eu esperei por isso?! , você me pediu em casamento mesmo? Não tem medo das consequências?
— Eu já disse que meu pai só vai querer me deserdar, me matar, gritar um bocado e querer tatuar um ‘desonra dos ’ na minha testa. Nada que eu não consiga lidar. A gente pode se trancar no meu apartamento, mudar de nome e aparência e depois de uns anos conseguir um visto pra morar em outro país. O que você acha do Japão?
— Eu tenho vontade de morar na Europa. Mas não é dessa consequência que estou falando! Já pensou que eu poderia simplesmente ter infartado aqui?
— Não quero nem pensar. Casa ou apartamento?
— Casa. Apartamento. Não sei. Não tente me distrair. Ei, você vai borrar meu batom. Há, bem feito! Boca vermelhinha, uh.
— Você precisa me responder, sabendo das minhas intenções, se vai se casar comigo.
— Hm... Vou sim. E vamos morar numa casa. É mais fácil para cuidar de crianças e gatinhos. Mas...
— Eu quero um cachorro também. Um golden retriever ou um shiba.
— Eu tenho alergia a cachorrinhos. E você...
— Eles não são inhos.
— Me escuta!
— Ah, desculpe, me empolguei. Não me bate!
— Você precisa falar com seu pai. E com minha mãe também.
— Se você insiste...
— Eu estou falando sério, . Eu realmente tenho medo dele fazer algo pior que pedir medidas protetivas injustas e me mandar para os Estados Unidos. Não gosto da ideia de viver sem você.
— Tudo bem, eu vou falar.
— Vai mesmo?
— Vou. Juro. Preciso ir agora. Tranque a porta, vista uma roupa mais quente que esses shortinhos e beba o chocolate quente que eu deixei na garrafa térmica.
— Não reclame da minha roupa!
— Não reclamei. Comentei. Você sabe que eu gosto. Eu te amo, neném.
— Também te amo.
— Eu não vou me casar com a Taeyeon.
— Eu acredito em você.
— Você deveria deixar para ouvir o novo álbum depois. Eu quero cantar 1of1 pra você.
— Um pedacinho agora... Por favor. Eu te dei um beijo de pagamento antecipado!
— Neon one of one girl, ojik hana… Deposite mais beijos para continuar ouvindo. Piiiii.
— Aaah! Chato. Você não tinha que ir embora?
— Estou indo. Tchau, amor. Te amo amo.
— E aí?
— Ele gritou muito.
— Só isso?
— Na verdade... Não. Olha só.
— Meu Deus! Ele acha que você é um animal para te bater assim?
— Foi só um murro. Minha mãe me protegeu.
— Espera um pouco, eu vou achar um negócio pra passar gel. Deita aqui, tira essa camisa, .
— Seu plano já era me ver sem camisa, hm?
— Não preciso disso, seu estranho. Você agora é a desonra da família? Te deserdaram? Vão te mandar pra estudar nos Estados Unidos?
— Neon one of one girl, wanbyeokhae...
— Eu te fiz uma pergunta, . Ei, me solta.
— Bigyohal su eopsneun neon imi.
— Me deixa cuidar de você, vai. Se ficar me beijando assim, daqui a pouco viro o BigBang.
— Hm. Por que? É uma piada? Eu prefiro quando você está sem maquiagem, sabia?
— É porque você me faz explodir de amor. Eu gosto de usar maquiagem.
— Nae sesangui yuilhan uimi... Então me deixar te amar mais.
— Deixo. Mas você não está cantando de menos e me beijando demais?
— Você não gosta? Hanaui ireum neoraneun sarame...
— Gosto. Hm. Minho realmente platinou o cabelo?
— É falta de educação me perguntar dele. Kkok deureomajneun keolleoreul iphin deut, yeah…
— Não é, não. Só quero me distrair. Levanta e põe a camisa. A música acabou? Você canta tão bem, ah.
— Eu marquei a data do nosso casamento.
— Ainda quero saber o que aconteceu pra você ter voltado com um machucado desses. — Minha mãe permitiu que a Taeyeon terminasse comigo. Ela vai se casar com um Changmin e se mudar pra América.
— Quando vai ser? O nosso casamento.
— Daqui uma semana. Tudo bem pra você?
— Eu sempre quis um vestido...
— Nós podemos procurar quando acabarmos aqui. ! Deixa meus braços aqui, é só sua cintura.
— Deixo, quando você vestir a blusa. E me explicar o que aconteceu direito.
— Ah, pronto. Alguma exigência além do vestido?
— O seu terno tem que ser azul. E uma gravata borboleta vermelha. Não marca meu pescoço, ! Foco!
— Meu pai disse que se eu saísse da sala dele sem o anel de compromisso com a Taeyeon, eu poderia começar a procurar por um emprego porque minha parte na herança iria toda para Taemin.
— Você saiu?
— Saí. Joguei o anel no chão. Disse que preferia viver pobre e feliz que rico e vazio ao lado de uma mulher fútil que não amo. Minha mãe chorou. Ela gosta de você, sabia?
— Gosta? Mas nem nos conhecemos. Imagino o quão difícil deve ter sido pra ela aceitar se casar com um troglodita igual seu pai. Me desculpe, .
— Desculpar por que? Você não fez nada de errado.
— Você está sem sua herança. Seu pai te odeia. Eu só te trouxe problemas.
— Eu já te disse milhares de vezes que herança não me importa. É tão inacreditável assim, ?
— Você sempre viveu rodeado de dinheiro, num bairro rico, com tudo nos seus dedinhos! Não acho que uma mudança súbita vá te deixar bem!
— Nasci rico. Por isso não consigo viver sem o dinheiro. É isso, , sua insinuação?
— Não digo que não consegue viver. Mas com certeza vai sentir falta da facilidade que é ser sustentado pelos pais! E não diga que não vai, certo? E não seria só você. Eu também teria que estar incluída no orçamento, sabe? Eu mal trabalho tentando acabar aquela faculdade que me suga totalmente.
— Isso faz parte, não? Você mesma me disse uma vez.
— Disse o quê? Para, você me deixa calma e eu não quero ficar calma agora.
— Quer sim, deita aqui de novo. Você me disse que nas relações entre pessoas há sempre a necessidade da abdicação. Eu abdico a umas, você a outras. Não é assim que tem que ser?
— Hm... Sim.
— Então! Eu esqueço meus milhões da herança, você esquece esse negócio de que eu me importo com dinheiro. Eu me importo com você, amor. Só.
— Nós podemos fazer uma mini-festa depois de assinarmos os papeis?
— Podemos sim, neném.
— E as flores, podem ser vermelhas e brancas?
— Claro. Você quer chamar a Haneul pra ser sua madrinha ou coisa do tipo? E o Minho o meu padrinho?
— Sim! Isso, padrinho! Ele pode ir com um terno mais claro! E a Haneul com um vestido marsala. Ou vermelho, o que você acha, amor?
— Eu não acho nada. Ela ficaria bonita de qualquer jeito.
— Ia mesmo. E eu uso véu? Ou não precisa?
— Véu...? É a sua cara, neném. Você deveria usar tudo que tem direito.
— Por que?
— Você só vai se casar uma vez. Não era isso que você dizia?
— Você também vai. Eu vou usar aliança até depois de enviuvar.
— Por que você fica falando de viuvez?! Primeiro temos que ter no mínimo uns quatro filhos.
— Nunca! Eu tenho dois e depois adotamos mais dois. Fechado?
— Hm, vou pensar a respeito. Temos muito tempo pela frente, não acha?
— Todo o tempo do mundo é pouco. Ei, você dormiu?
— Não...
— ?
— Oi...
— Você quer tirar a blusa pra dormir?
— Eu vou poder te abraçar?
— Hm... Tudo bem, eu deixo. Ah, que vergonha. Você sente cócegas no pescoço?!
— Ei, não. É só sua respiração. Me arrepia. Acho que também virei um Big Bang.
— Eu te explodo de amor também?
— Explode. Um milhão de vezes sucessivas. Seu cabelo cheira a morango. Eu amo tanto...
— Morango?
— Não. Eu só aprecio o morango. Eu amo você.
— Ama sim. Mas ainda perde pra mim, né?
— Perco sim. Por um pouquinho. Acho que seu universo de amor por expandiu um pouco mais que o meu.
— Você deveria dormir logo, amor.
— Minha mãe mandou fazer um vestido de noiva para você. Me dá um beijo.
— Mandou fazer? Não precisava.
— Não? Mas eu quis mesmo assim. Eu te amo tanto.
— Te amo. Vai dormir. ?
— Oi?
— Desce minha blusa? Seus dedos estão gelados.
— Não estou tão bonita assim. Seu pai fez questão de me avisar. E eu estou tremendo, olha só!
— Como vai assinar os papeis assim?! Não vai chorar em cima deles, vai?
— O chorão aqui é você.
— O véu combina totalmente com você. Posso levantá-lo?
— Beijo na testa parece tão paternal. Mas eu gosto quando você faz isso. Eu me sinto protegida.
— Sente? Eu fico feliz. Estou aqui pra isso. As testemunhas acabaram de assinar os papeis. Nós deveríamos fazer os votos.
— Não precisamos repetir, excelência. Sabemos de cor.
— Inclusive a parte do beijo. Ah. Seu batom é muito clarinho. Nem parece que está usando.
— Não posso correr o risco de te deixar com a boca pintada de vermelho. Não na frente da sua mãe.
— Você viu minha camisa? É branca! E a Haneul de marsala? O que achou? Eu dei opinião. O Minho não gostou tanto, ficou com a cara emburrada quando soube que eu ajudei a escolher.
— Branca... Você... realmente gosta de acatar minhas sugestões. Ela ficou linda. Você tem bom gosto. Ah, eu odeio balanço de carro. Estou tão tão nervosa. E se não tiver ninguém lá, ?
— ? Há quanto tempo você não me chama assim! Não se preocupe, tudo bem? Se não tiver ninguém lá, nós pedimos pra minha mãe nos colocar no voo mais cedo possível pra... aonde você quer ir mesmo?
— Europa.
— Isso. Ela nos põe no voo para a Europa e nós nos hospedamos no Ritz em Paris até você parar com a neura de que ninguém está feliz por você.
— Você vai comprar a suíte para nós morarmos lá?! Gostei.
— Lembra que eu não tenho mais rios de dinheiro? No máximo uma semana lá, depois a gente se muda pra um chalé no interior da França.
— Tem gente! Olha, , olha! A minha família quase toda! Até o chato do Taemin veio! Ah, , eu te amo tanto!
— O que tem a ver? Oh, Deus, que garota aleatória. Vai lá, aproveita o seu tempo com eles. E a comida. Tem macarons ao invés de bem-casados.
— Jura?! Aaah, tira esse terno quente! Seus amigos estão ali.
— Ei, meu amor, vamos para o aeroporto? A Coco Chanel está nos esperando!
— Coco Chanel? Mas ela já morreu...
— A suíte!
— A suíte?!
— A suíte! Vem, deixa eu te carregar igual nos filmes para o nosso conversível vermelho!
— Adeus, gente! Pegue o buquê, Haneul!
— E não é que ela realmente pegou? Então, amor, dormiu bem?
— Hm... Dormi. Hm, você ainda nem fez o comentário brega.
— Qual?
— O do senhor e senhora...
— Oh. Boa noite, senhora . Dormiu bem?
— Ah! Era disso que eu estava falando. Uau, essa é a suíte? Vem cá, pula comigo!
— Nós vamos levar uma multa, .
— Que nada, , deixa de ser medroso. Ei, você realmente quer tirar esse vestido sem olhar os milhões de botões aqui atrás?
— Malditos botões, ah. Tudo bem, esse foi o último... Vai, pode virar. Não precisa ter vergonha comigo.
— É que... você ficou calado. Não sou tão bonita quanto você achava, não é? Te decepcionei. Talvez eu devesse mesmo colocar aquelas próteses de silicone que seu pai sugeriu...
— Ele sugeriu isso?! Oh, que idiota. Não precisa por nada, tudo bem? Eu gosto de você, assim. Eu gosto de como eles encaixam na minha mão. Abra os olhos.
— Eu posso... tirar a sua gravata? E desabotoar sua camisa?
— Claro.
— Você é tão bonito.
— Segure minhas mãos. Olhe para mim, . Só... diga algo.
— Você está tremendo.
— Estou. Você também. Posso?
— Hm... me abraça mais um pouco. Tudo bem.
— Me desculpe. Eu não sabia o que fazer.
— Desculpar? Ah, . Eu também não. Ainda bem que temos tempo para descobrir.
— Ei! Que abuso o seu! De verdade?
— O quê?
— Fui mesmo a primeira? Igual você foi o meu?
— Foi sim. Deite aqui, vem. Eu posso cantar uma música para você?
— Suit Up?
— Ah, era surpresa.
— Não me aguentei. É uma das minhas preferidas. Ouvi todas quando o álbum chegou.
— Acho que já sabia que ia me casar com você quando compus.
— Eu soube desde quando eu tinha menos de quinze. Almas gêmeas sabem o que fazem, não é? Eu te amo, tanto, tanto, .
— Eu te amo também. Para sempre.
— Você já vai ver esses jogos de futebol americano?! Você não entende nada.
— Me mostre algo mais interessante. Cake Boss? Boa escolha. Você sempre faz boas escolhas.
— Exatamente. Por isso eu escolhi você, . Eu te amo.
— Eu te amo.
— ?
— Oi.
— Eu achei que esse dia nunca fosse chegar. Tanto tempo. Você não vai me deixar nunca, né?
— Nunca. Aonde você for, eu te acompanho. Acho que somos um agora, não é?
— Um. É. A união espiritual. ?
— Fala, neném.
— Você pode por a mão na minha cintura agora. E dizer que meu cabelo cheira a sei lá o que. Você é meu marido, não é?
Fim
Nota da autora: Eu escrevi com o Jonghyun de principal, porque eu explodo de amor por ele umas 84293 vezes por dia,
e não poderia ter dado um resultado melhor. Fico feliz que a primeira fanfic sem ser as que eu tenha terminado seja com ele.
❥Enfim, espero que tenham gostado, e até a próxima :) Gabi.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
e não poderia ter dado um resultado melhor. Fico feliz que a primeira fanfic sem ser as que eu tenha terminado seja com ele.
❥Enfim, espero que tenham gostado, e até a próxima :) Gabi.