Última atualização: 27/09/2020

Capítulo Único


Há sete anos
Eles estavam juntos há quase sete anos. Foram meses se encontrando às escuras, algo completamente casual, até que ela resolveu fugir, se esconder e ignorar as mensagens dele: o casual estava ficando sério demais para ambos.
O que nasceu para ser apenas sexo entre os dois, acabou se transformando em uma relação de carinho, de amor, afeto, cumplicidade. Eles nem imaginavam que um era o que o outro procurava. O amigo, a outra metade, alguém para a vida toda.
O namoro virou casamento, e do casamento veio a vontade de formar a própria família, e promover a gatinha, que eles adotaram no início da relação, a irmã mais velha.

✦✦✦


Hoje
estava ansiosa: depois de semanas longe de casa, finalmente iria retornar da turnê. Ela sabia que o voo já tinha pousado em Seul, e contava os minutos para que ele entrasse pela porta da frente do apartamento que eles moravam desde as vésperas do casamento.
mal conseguiu dormir de ansiedade aquela noite, seu cérebro inventando mil e uma formas de contar a novidade para o marido. Ele já havia enviado mensagem – como todas as vezes que chegava de turnê – informando que estava a caminho de casa e ela sentia as mãos tremerem. Não sabia se ficava no sofá, se mostrava indiferença deitada na cama enquanto fingia assistir algum filme, se assaltava o armário de guloseimas.
A chinesa nunca havia ficado daquela forma. Nem no dia do seu casamento, ela havia ficado tão nervosa a ponto de suar frio. Tentando parecer natural, ela resolveu se sentar no sofá, que ficava de frente para a porta principal do apartamento, e ligou a TV. Pelo menos era uma companhia naqueles minutos que mais pareciam semanas a passar.
Lili, a gatinha adotada no começo do relacionamento, fazia companhia para ela, como se sentisse que a mãe precisasse de companhia.
Quando estava começando a relaxar, o barulho na maçaneta da porta a fez ficar ansiosa de novo. Não era como se fosse a primeira vez que chegava de turnê e ela recebia o marido. Era mais como... Como um sentimento inexplicável dentro dela.
Senha digitada, digital no sensor e não demorou muito para que o apartamento fosse invadido pelo cheiro maravilhoso do perfume que ele usava. Lili pulou do sofá em direção ao homem e desfilou ao redor das pernas dele, procurando por carinho do homem. Ele se abaixou para acariciar a cabeça dela e quando levantou o rosto, encontrou a mulher sentada no sofá, assistindo a cena.
— Cada vez que eu chego de turnê você está sentada nessa mesma posição no sofá, e sempre parece como se fosse a primeira vez que eu te vejo — ele falou, largando a mala no canto ao lado da porta, fechando a mesma e caminhando em direção a ela — Senti sua falta!
se jogou no sofá ao lado dela, depositando um longo e carinhoso beijo nos lábios da mulher.
A relação dos dois era única, e um cuidava do outro, como se fosse início de relacionamento. enviava flores, escrevia cartas, fazia questão de mostrar que a amava e deixar claro o quanto ela era uma mulher especial. cuidava da saúde dele, fazia jantares, agradava o marido e sempre queria parecer como se aquele momento fosse o primeiro encontro deles.
— Eu também senti sua falta... — ela sussurrou, afastando o cabelo dele que caía na testa e cobria um pouco dos olhos escuros, por causa do comprimento — Eu... Eu acho que tenho uma coisa para te contar.
olhava no fundo dos olhos dele e parecia que havia perdido as palavras. Havia ensaiado inúmeras vezes nos últimos dias como iria contar aquilo para o homem ao seu lado. Lili pulou de novo no sofá, dessa vez para o colo de , que instantaneamente começou a acariciar o pelo branco puro da gatinha.
começou a dar risada de si mesma.
— Eu achei que falar isso seria mais fácil, e eu queria que fosse especial — ela disse, entre risadas discretas de si mesma — ... Ai meu Deus — ela riu mais uma vez. A excitação corroendo a mulher por dentro.
Ele olhava para ela confuso. Adorava assistir a mulher rindo, talvez entre todas as músicas do mundo – e isso incluía as que ele cantava – a risada dela era a preferida dele, mas a curiosidade estava o corroendo por dentro.
...
— Lili vai ser promovida a irmã mais velha!
Ela então disparou, sentindo o peito, antes cheio de ar, esvaziar aos poucos lentamente. O olhar dele antes curioso, aos poucos foi ficando confuso. olhava para a mulher, que esperava uma reação dele, e então, para a gatinha branca de pelo curto em seu colo.
— Nós vamos adotar outro gatinho? — ele perguntou, na inocência.
— Hein? — ela estranhou a pergunta e então riu — !
— Não é outro gatinho? — ele parecia estar pensando — Então vai ser um cachorrinho?
! — ela então o chamou pelo nome de batismo, não conseguindo não rir da confusão do marido.
— Ok, você só me chama pelo meu nome quando está brava comigo ou quando o assunto é sér... — ele parou a frase no meio do caminho, sentindo todo os pelos do corpo arrepiarem e o coração começar a bater mais forte — ...
então se levantou do sofá e foi até a gaveta do móvel que ficava a televisão. Lá ela mexeu em uma pasta e tirou um papel, mais ou menos do tamanho de uma foto. A mulher retornou ao sofá e entregou na mão do marido, a imagem meio desforme.
Ele analisava atentamente a imagem sem forma definida em suas mãos e as sentiu começarem a suar.
— Isso é...
— É uma imagem do meu útero — ela falou, tirando a foto dele e pegando as duas mãos do marido, trazendo para a altura de sua barriga — Eu estou grávida, . Nosso sonho finalmente vai virar realidade.
— Eu... — estava com dificuldade de encontrar as palavras certas — , eu... Nós... — então as lágrimas começaram a cair pelo rosto dele, e não se preocupava em limpar — Nós vamos ser pais?
— Nós vamos ser pais, meu amor! — ela se aproximou dele, limpando as lágrimas que escorriam pelo rosto do marido — Nosso bebê finalmente veio e está aqui, guardadinho.
— Eu posso dizer com certeza que hoje é o dia mais feliz da minha vida — ele disse afobado, segurando o rosto da mulher e mais uma vez deixando um longo beijo nos lábios dela — Vocês são o bem mais precioso da minha vida — ele não conseguia, e nem queria, esconder a felicidade — Quanto tempo?
— São 14 semanas! — o marido fez uma expressão confusa — Três meses e meio. Eu não queria contar antes, porque bem, você sabe, dizem que até o terceiro mês muita coisa pode acontecer — ela falou enquanto balançava a cabeça. Já havia ouvido falar sobre os perigos dos três primeiros meses da gestação — Você não estava em casa quando completou os três meses, eu queria te contar pessoalmente.
— Você está brilhando — comentou, observando a expressão feliz no rosto da mulher.
— Eu? — ela então pareceu envergonhada — Acho que qualquer um vai perceber que nós estamos felizes, quando sairmos na rua.
— Mais alguém sabe?
Ela então balançou a cabeça em negação.
— Não contei para ninguém, nem para a minha mãe, para a sua ou para a Ji-hyun. Vai que ela contasse para o meu irmão? Eu não julgo, se fosse o contrário e a Minah fosse ganhar um irmãozinho, eu também iria te contar.
— Você sabe que seu irmão vai enlouquecer e voltar a ser aquele super protetor do começo do nosso namoro, não sabe? — riu, lembrando do quanto foi difícil fazer com que aceitasse que estava namorando sua irmã mais velha.
— Eu tenho certeza disso, e sei que a Minah vai ficar doida quando souber que vai ter um priminho.
não pode deixar de reparar no uso masculino da palavra. Ele então se virou para , que parecia ter percebido o que havia falado sem querer.
— Você tem mais surpresa para mim, ou eu estou enganado?
— Essas semanas que você estava viajando eu fiz o exame de sexagem fetal — ela confessou — Eu queria te contar de uma forma mais alegre, e divertida, com balões e confetes, mas eu não consigo me conter... Eu tenho um mini dentro de mim. E eu espero que ele venha lindo como você.
sentia que podia explodir a qualquer momento. Era muita emoção para ele saber na mesma tarde que seria pai, e que seu bebê era um menino. O peito dele estava acelerado.
, quer dizer que durante todo esse tempo você dormiu do meu lado com uma pessoinha nossa dentro de você, e não me contou nada?
— Exatamente — ela corou, sentindo-se pega na própria mentira — E você não imagina quantas vezes você amou essa barriga, sem saber que estava amando o nosso filho.
Nosso filho... — ele repetiu as palavras dela e sentiu a boca se abrir em um largo sorriso — Meu Deus, eu tenho certeza de que posso me acostumar com isso! — ele então gargalhou espontaneamente — Eu vou ser pai! — então abraçou a mulher pela barriga — Alguma outra surpresa que eu deva saber?
E ali, no sofá do apartamento que eles dividiam desde as vésperas do casamento, eles começavam a planejar a maior aventura da vida deles. Nome, cor do quarto, e até como contar para a família e amigos. Depois de anos tentando, eles já haviam desistido da ideia de formarem uma família, e entre tantos sonhos que cercavam a vida do casal, o maior estava prestes a se realizar.




FIM



Nota da autora: Olá, pessoal! Espero que tenham gostado de Pregnancy! De um tempo para cá, eu virei WayZeNi fervorosa, e descobri uma paixão imensa pelos meninos do WayV que bem, eu não podia deixar meus meninos de fora desse especial. Espero que tenham gostado dessa história, independente de com quem você leu, porque eu escrevi com o Ten, apenas meu tailandês preferido e meu bias maravilhoso.
Se você leu a história, gosta de KPOP, mas nunca ouviu WayV, por favor, ouçam! Eles são incríveis! Se você leu, não gosta de KPOP, obrigada pela leitura, e dê a chance aos meninos. Vou deixar uma playlist deles aqui nos links abaixo.
Não esqueçam do feedback! ♥ Beijos, Liih!.





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Eu sou tão apaixonada por esse plot que mal cabe em mim. Que coisa mais linda esses dois, abiga. ♥
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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