Capítulo Único
Cheguei até a porta do apartamento ofegante por ter subido todos aqueles andares pela escada, cortesia de algum vizinho babaca de que estava segurando o elevador. Me apoiei na única porta vermelha do corredor antes de usar minha chave para abri-la, com todos os meus chaveiros pesados e barulhentos existentes apenas com o intuito de que não perdesse aquelas chaves outra vez.
Já dentro do apartamento me vi em uma escuridão medonha, onde tudo o que podia enxergar estava a três palmos do meu rosto. Por aquele apartamento ser novo, ainda não havia aprendido onde as coisas ficavam, já que só aparecia ali quando o dono da casa estava e isso não costumava acontecer frequentemente nos últimos tempos.
Me deixei guiar por alguns sons vindos do corredor onde os quartos ficavam, caminhando a passos lentos e cuidadosos enquanto tentava não fazer mais barulho do que já havia feito até ali. Coloquei a mão na maçaneta ainda hesitante, sem saber ao certo o que encontraria ali, mas girei-a mesmo assim, num surto inesperado de coragem.
Tudo o que me esperava era lendo um livro deitado em sua cama, usando uma calça de moletom e sem camisa em meio aos lençóis bagunçados.
—Achei que minha casa tinha sido invadida. — murmurou por trás de seu livro, levantando apenas o olhar para mim e logo voltando para sua leitura.
—Aquela escuridão toda me assustou, não queria ser a personagem burra de filme de terror que vai correndo direto para os braços do seu assassino. — Dei de ombros me jogando ao seu lado na cama.
—E mesmo assim você veio checar a origem do barulho. Impressionante! — Debochou, me fazendo dar um soco em seu braço, mesmo que não tivesse o efeito desejado. —Além de personagem burra de filme de terror barato, ela ainda é agressiva!
—Engraçadinho! — O acertei mais uma vez, e me apoiei em seu ombro para ver o que ele estava lendo. —Esse livro fala sobre o quê?
—O que você acha que um livro chamado "A Cabana" fala sobre? — Passou um braço por meus ombros e eu deitei a cabeça em seu peito enquanto lia algumas frases da página onde ele estava.
—Eu já ouvi falar sobre esse livro, ele é realmente tão bom assim?
—Até agora está sendo. — Murmurou sem me olhar, fissurado no que lia, o que me causou um pequeno riso.
—Okay, então vou ficar quietinha aqui do seu lado. — Disse já puxando o celular do bolso e ele apenas assentiu, virando outra página do livro enquanto me fazia um cafuné gostoso perto da nuca.
Comecei vendo algumas postagens no Instagram, depois passei brevemente pelo Twitter, e logo uma notificação do Kakao com a foto do contato de apareceu. Ficamos conversando bobagens por algum tempo até ele perguntar onde eu estava e começar a insistir para que eu fosse até o dormitório para fazer a "minha famosa torta de morango", já que era sua noona favorita e não nos víamos há semanas. Acabei rindo alto quando ele me mandou uma foto fazendo aegyo numa tentativa quase falha de me convencer. Em troca lhe mandei uma mensagem perguntando como me retribuiria e ele, em resposta, escreveu que a gratidão deveria ser suficiente.
—O que é tão engraçado? — Perguntou com um pequeno sorriso nos lábios carnudos, se virando para mim pela primeira vez no dia.
—Estava conversando com o . — Disse ainda sorrindo.
—E o que ele queria? — Seu cenho estava franzido, como não gostasse de algo que ouvira.
—Ah, ele... — Comecei a lhe contar, sendo interrompida por outra vez. —Ah meu Deus! — Deixei escapar quando vi a imagem que ele havia me mandado. Nela, estava com um de seus sorrisos cretinos no rosto e exibia seu belo ABS, com "posso pensar em pagamentos melhores" como legenda.
—O que foi? — Perguntou preocupado ao ver minha expressão de choque, pegando meu celular antes que eu pudesse escondê-lo. —Que porra esse moleque está pensando?! — Exaltou-se, jogando o livro para fora da cama enquanto tinha meu celular em mãos.
—, é só uma brincadeira dele. — Pousei a mão em seu peito para tentar acalmá-lo.
—Não me parece uma simples brincadeira. — Murmurou zangado.
—... — Comecei, sendo interrompida por ele.
—Você já ficou com ele?
—O quê? — Me afastei de seu corpo e sentei ereta na cama, surpresa com a pergunta.
—Me responda! Você já ficou com ele, ? — Suas mãos quentes envolviam meus pulsos e seu olhar me obrigava a respondê-lo.
—Ne. — Dei de ombros, evasiva.
—Quando? — Questionou entredentes.
—Alguns meses atrás, na festa de aniversário dele. — Praticamente sussurrei, desviando meu olhar do seu.
—Por quê?
—Por que fiquei com ele? — O olhei confusa e ele bufou impaciente. —E-Eu não sei exatamente, acho que foi algo do momento. — Dei de ombros e ele riu sem humor.
—Claro, algo do momento. — Zombou, apanhando seu livro do chão e focando-se na leitura outra vez.
—Oppa...
—Só acho engraçado essa intimidade que vocês dois tem, não me surpreenderia se ele tivesse algumas fotos suas daquela forma também. — Resmungou.
— , você está com ciúmes do seu dongsaeng? — Perguntei segurando o riso enquanto via seu semblante zangado perder a intensidade e ele me olhar desconcertado.
—A-Any, de forma alguma.
—Okay, então, poderia devolver meu celular? — Pedi, estendendo a mão, ao passo que ele negou e colocou o celular dentro da calça, me deixando sem ação perante aquilo. —!
—Se quiser, vai ter que pegar. — Me sorriu malicioso, voltando sua atenção para o livro outra vez, como o mais inocente dos seres.
Continuei o olhando sem acreditar no que meus olhos viram e pude ver o esboço de um pequeno sorriso no canto de seus lábios. Cocei a nuca como fazia quando estava nervosa, sem saber como sair daquela situação sem ceder à grande tentação que meu amigo era.
Queria fugir, mas de qualquer forma não poderia sair dali sem meu celular. Estava em uma batalha interna sobre o que fazer, enquanto aquele desgraçado a quem chamava de amigo estava se divertindo com meu sofrimento. Respirei fundo antes de fazer algo que poderia facilmente mudar o rumo que nossa relação levava e tomei o livro grosso de suas mãos, jogando em qualquer lugar do quarto antes de sentar em seu colo e apoiar minhas mãos em seu peito quente. As suas logo foram até minha cintura e apertaram-a firmemente, enquanto mais um daqueles sorrisos tornava a nascer em seu belo rosto.
—O quê você vai aprontar? — Admirei o sorriso cretino em seus lábios antes de passar meu indicador ali, lhe sorrindo também.
—Nada que você não vá gostar. — Me limitei a dizer enquanto me inclinava em seu colo, causando o atrito gostoso entre nossas intimidades que o fez soltar o primeiro gemido rouco da noite.
Seu aperto em minha cintura se intensificou ao passo em que beijos meus eram deixados em seu peito e minhas unhas eram fincadas em seus ombros largos. Acabei percebendo a ausência de uma importante peça entre nós dois quando fui pressionada contra sua já crescente ereção, que por pouco não havia me distraído do meu objetivo principal.
Resistindo contra meus instintos que me diziam para arrancarmos as roupas ali mesmo, desci mais meus beijos até o cós da calça de moletom que ele usava, a puxando apenas o suficiente para tirar meu celular dali. estava imerso demais para sequer perceber.
—Obrigada pela cooperação, agora, eu tenho uma torta de morango para fazer. — Beijei o canto de seus lábios e o empurrei, me aproveitando de seu estado de desconcerto para escapar.
Não fui nem até a porta do quarto.
—Você não vai fazer nada para aquele moleque. — Sussurrou rouco em meu ouvido, me empurrando para frente e me deixando de costas para si.
Fiquei presa entre seu corpo quente e a porta fria e o choque térmico só tornava tudo ainda mais excitante. Uma de suas mãos prendia as minhas acima de minha cabeça, enquanto a outra estava pressionando meu quadril contra o seu, me deixando sentir no que nossa breve brincadeira havia resultado.
—... — Gemi com a voz falha, não tardando a receber um tapa na coxa esquerda, que só me instigou ainda mais.
—Quero que me chame de oppa, entendeu? — Suas mão livre puxou meu cabelo para trás até que eu deitasse a cabeça em seu ombro, deixando meu pescoço suscetível às suas marcas. —Não tem noção do que quero fazer com você.
—Me faça sua, oppa. A noite toda. — Aproveitei a proximidade à seu ouvido e sussurrei, envolta demais em toda aquela excitação para voltar atrás.
Ele me virou para si e começou a nos levar até a cama onde me jogou sem cerimônias, sempre com aquele maldito sorriso cretino nos lábios volumosos. O vestido que eu usava foi arrancado em instantes e pude ouvir o som de alguma parte do tecido se rasgando enquanto isso acontecia. Seus lábios tomaram os meus antes que pudesse reclamar pelo vestido caro, e logo tudo o que eu podia pensar era na sensação de tê-lo dentro de mim o mais rápido possível.
Seus lábios quentes começaram a espalhar marcas em meu colo e aproveitei a deixa para livrá-lo daquela calça desnecessária e finalmente tomá-lo em minhas mãos. Sorri ao ouvi-lo arfar e comecei a movimentar minha mão por sua extensão, sentindo-o pulsar ao mínimo toque meu, totalmente entregue a mim como eu sabia que logo estaria a ele.
—Não vamos nos prolongar muito aqui, jagi. — Sua mão envolveu a minha e afastou-a de seu membro. —Hoje à noite vai ser tudo sobre você.
Com um último sorriso malicioso dirigido a mim ele voltou sua atenção à minha pele, correndo seus lábios macios por ela e deixando círculos avermelhados por todo o caminho, dando uma atenção especial aos meus seios e me fazendo gemer seu nome pela primeira vez na noite. Pude sentir o sorriso que ele dera e não pude fazer muito além de agarrar seu cabelo e pedir por mais, mesmo sabendo que aquele era apenas o começo.
Logo senti seus dedos circularem por minha intimidade após darem a minha calcinha o mesmo fim que meu vestido tivera, dedilhando minha entrada sem realmente adentrarem-na. Permaneci sob aquela tortura por mais alguns segundos antes dele me sorrir e enfim usar dois de seus longos dedos para me penetrar, ainda com os lábios envolta de meu seio esquerdo e com a mão até então livre, cheia pelo outro.
Pude sentir minhas paredes contraírem e meu orgasmo estava cada vez mais próximo, mas não havia reduzido o ritmo de seus dedos ágeis, aumentando a força das mordidas deixadas em meu pescoço e colo e me fazendo passar a gemer seu nome. Por pouco não o agredi quando senti seus dedos saindo de mim quando eu estava tão perto.
—Não, não. Você foi uma garota muito má, não acha que merece um castigo? — Sua voz arrastada sussurrou ao pé de meu ouvido.
—Oppa, por favor…
—Você vai chegar lá, meu amor, mas não agora. — Beijou meus lábios rapidamente antes de se dedicar aos meus seios, iniciando outra rodada torturosa de beijos quentes por meu corpo.
Apenas quando sentiu que eu não viria foi que senti seus dedos em mim outra vez, mas estes logo foram substituídos por seus lábios cheios e avermelhados que faziam um trabalho incrível em meu íntimo. Havia me tornado uma bagunça de arfares e gemidos, e agarrava com força os lençóis e os fios negros de enquanto seu nome escapava de meus lábios em um tom cada vez mais sôfrego.
Já podia sentir minha intimidade contrair outra vez e lágrimas escorreram pelo canto de meus olhos assim que soube que aquele orgasmo também me seria negado, quando seus lábios quentes deixaram meu corpo e o calor de seu corpo se foi.
—Oppa... — Choraminguei, como a garotinha que eu não era, mas que aquela situação me obrigava a ser.
—Eu sei, meu amor, mas vai valer a pena no final. — Logo seu corpo estava sobre o meu, mas desta vez ele escondeu o rosto em meu pescoço e me penetrou sem aviso.
Forte e bruto.
A sensação de tê-lo me preenchendo era incrível, não pude evitar fechar os olhos e deixar seu nome escapar por entre meus lábios algumas oitavas mais altas do que o necessário. Não me importava com seus vizinhos desde que ele mantivesse aquele ritmo por mais alguns minutos, me levando a gritar seu nome quando o senti atingir meu ponto.
Suas costas e peito possuíam traços avermelhados causados por minhas unhas curtas que se destacavam em meio a sua pele pálida e levemente brilhante pelo suor. Não resisti a deixar alguns chupões onde pude alcançar, sabendo que ele havia feito muito pior até termos chegado ali, e que continuaria fazendo até terminarmos.
O medo de ter outro orgasmo negado me tomou quando senti a já conhecida sensação se apossar de meu baixo ventre e suspirei frustrada ao tê-lo fora de mim, sentindo um vazio me tomar aos poucos. Suas mãos firmaram-se em minha cintura e ele me puxou para seu colo após deitar-se ao meu lado, preenchendo-me outra vez e me deixando ditar o ritmo urgente que se seguiria. Passei a me movimentar ainda mais rápido, querendo atingir o ápice depois de tanto tê-lo sido negado a mim, sentindo as mãos fortes de me auxiliarem no processo. Finquei as unhas em seus ombros fortes assim que me desmanchei num orgasmo avassalador que me bagunçou os sentidos, deixando minha visão turva e minhas pernas falhas. ainda me penetrou mais algumas vezes, até sentir minhas paredes o apertarem e o fazerem preencher meu interior úmido.
Apoiei minha testa em seu ombro enquanto tentava regular minha respiração ofegante, me arrepiando toda vez em que sentia sua respiração quente contra minha pele. Uma de suas mãos acariciava meu cabelo enquanto a outra deslizava por minhas costas, formando desenhos aleatórios por aquela extensão de pele úmida.
Passamos mais algum tempo juntos daquela forma até ele inverter nossas posições e levantar da cama para arrumar a bagunça que fizemos pelo chão do quarto. Senti minhas bochechas esquentarem ao finalmente me dar conta do que fizemos e um sorriso bobo surgiu em meus lábios antes que pudesse contê-lo.
—Quer tomar banho comigo? — Um sorriso ladino brincava em seus lábios inchados pelos beijos que trocamos minutos antes.
Ponderei por alguns instantes, sentindo minhas bochechas arderem outra vez ao me dar conta do estado de nudez em que nos encontrávamos. Acabei abaixando a cabeça para esconder a coloração de minhas bochechas e pude ouvir a risada de , que subiu na cama e ergueu meu rosto, beijando meus lábios e me lançando um de seus sorrisos maravilhosos.
—Não há do que se envergonhar agora, . — Seus lábios quentes envolveram os meus em um beijo carinhoso e enfim relaxei. —Você é minha e eu sou seu.
Ele levantou da cama e me estendeu a mão, me ajudando a fazer o mesmo e me dando outro beijo rápido antes de me pôr em seu colo e caminhar até o banheiro.
Algo me dizia que aquela seria uma longa noite.
Já dentro do apartamento me vi em uma escuridão medonha, onde tudo o que podia enxergar estava a três palmos do meu rosto. Por aquele apartamento ser novo, ainda não havia aprendido onde as coisas ficavam, já que só aparecia ali quando o dono da casa estava e isso não costumava acontecer frequentemente nos últimos tempos.
Me deixei guiar por alguns sons vindos do corredor onde os quartos ficavam, caminhando a passos lentos e cuidadosos enquanto tentava não fazer mais barulho do que já havia feito até ali. Coloquei a mão na maçaneta ainda hesitante, sem saber ao certo o que encontraria ali, mas girei-a mesmo assim, num surto inesperado de coragem.
Tudo o que me esperava era lendo um livro deitado em sua cama, usando uma calça de moletom e sem camisa em meio aos lençóis bagunçados.
—Achei que minha casa tinha sido invadida. — murmurou por trás de seu livro, levantando apenas o olhar para mim e logo voltando para sua leitura.
—Aquela escuridão toda me assustou, não queria ser a personagem burra de filme de terror que vai correndo direto para os braços do seu assassino. — Dei de ombros me jogando ao seu lado na cama.
—E mesmo assim você veio checar a origem do barulho. Impressionante! — Debochou, me fazendo dar um soco em seu braço, mesmo que não tivesse o efeito desejado. —Além de personagem burra de filme de terror barato, ela ainda é agressiva!
—Engraçadinho! — O acertei mais uma vez, e me apoiei em seu ombro para ver o que ele estava lendo. —Esse livro fala sobre o quê?
—O que você acha que um livro chamado "A Cabana" fala sobre? — Passou um braço por meus ombros e eu deitei a cabeça em seu peito enquanto lia algumas frases da página onde ele estava.
—Eu já ouvi falar sobre esse livro, ele é realmente tão bom assim?
—Até agora está sendo. — Murmurou sem me olhar, fissurado no que lia, o que me causou um pequeno riso.
—Okay, então vou ficar quietinha aqui do seu lado. — Disse já puxando o celular do bolso e ele apenas assentiu, virando outra página do livro enquanto me fazia um cafuné gostoso perto da nuca.
Comecei vendo algumas postagens no Instagram, depois passei brevemente pelo Twitter, e logo uma notificação do Kakao com a foto do contato de apareceu. Ficamos conversando bobagens por algum tempo até ele perguntar onde eu estava e começar a insistir para que eu fosse até o dormitório para fazer a "minha famosa torta de morango", já que era sua noona favorita e não nos víamos há semanas. Acabei rindo alto quando ele me mandou uma foto fazendo aegyo numa tentativa quase falha de me convencer. Em troca lhe mandei uma mensagem perguntando como me retribuiria e ele, em resposta, escreveu que a gratidão deveria ser suficiente.
—O que é tão engraçado? — Perguntou com um pequeno sorriso nos lábios carnudos, se virando para mim pela primeira vez no dia.
—Estava conversando com o . — Disse ainda sorrindo.
—E o que ele queria? — Seu cenho estava franzido, como não gostasse de algo que ouvira.
—Ah, ele... — Comecei a lhe contar, sendo interrompida por outra vez. —Ah meu Deus! — Deixei escapar quando vi a imagem que ele havia me mandado. Nela, estava com um de seus sorrisos cretinos no rosto e exibia seu belo ABS, com "posso pensar em pagamentos melhores" como legenda.
—O que foi? — Perguntou preocupado ao ver minha expressão de choque, pegando meu celular antes que eu pudesse escondê-lo. —Que porra esse moleque está pensando?! — Exaltou-se, jogando o livro para fora da cama enquanto tinha meu celular em mãos.
—, é só uma brincadeira dele. — Pousei a mão em seu peito para tentar acalmá-lo.
—Não me parece uma simples brincadeira. — Murmurou zangado.
—... — Comecei, sendo interrompida por ele.
—Você já ficou com ele?
—O quê? — Me afastei de seu corpo e sentei ereta na cama, surpresa com a pergunta.
—Me responda! Você já ficou com ele, ? — Suas mãos quentes envolviam meus pulsos e seu olhar me obrigava a respondê-lo.
—Ne. — Dei de ombros, evasiva.
—Quando? — Questionou entredentes.
—Alguns meses atrás, na festa de aniversário dele. — Praticamente sussurrei, desviando meu olhar do seu.
—Por quê?
—Por que fiquei com ele? — O olhei confusa e ele bufou impaciente. —E-Eu não sei exatamente, acho que foi algo do momento. — Dei de ombros e ele riu sem humor.
—Claro, algo do momento. — Zombou, apanhando seu livro do chão e focando-se na leitura outra vez.
—Oppa...
—Só acho engraçado essa intimidade que vocês dois tem, não me surpreenderia se ele tivesse algumas fotos suas daquela forma também. — Resmungou.
— , você está com ciúmes do seu dongsaeng? — Perguntei segurando o riso enquanto via seu semblante zangado perder a intensidade e ele me olhar desconcertado.
—A-Any, de forma alguma.
—Okay, então, poderia devolver meu celular? — Pedi, estendendo a mão, ao passo que ele negou e colocou o celular dentro da calça, me deixando sem ação perante aquilo. —!
—Se quiser, vai ter que pegar. — Me sorriu malicioso, voltando sua atenção para o livro outra vez, como o mais inocente dos seres.
Continuei o olhando sem acreditar no que meus olhos viram e pude ver o esboço de um pequeno sorriso no canto de seus lábios. Cocei a nuca como fazia quando estava nervosa, sem saber como sair daquela situação sem ceder à grande tentação que meu amigo era.
Queria fugir, mas de qualquer forma não poderia sair dali sem meu celular. Estava em uma batalha interna sobre o que fazer, enquanto aquele desgraçado a quem chamava de amigo estava se divertindo com meu sofrimento. Respirei fundo antes de fazer algo que poderia facilmente mudar o rumo que nossa relação levava e tomei o livro grosso de suas mãos, jogando em qualquer lugar do quarto antes de sentar em seu colo e apoiar minhas mãos em seu peito quente. As suas logo foram até minha cintura e apertaram-a firmemente, enquanto mais um daqueles sorrisos tornava a nascer em seu belo rosto.
—O quê você vai aprontar? — Admirei o sorriso cretino em seus lábios antes de passar meu indicador ali, lhe sorrindo também.
—Nada que você não vá gostar. — Me limitei a dizer enquanto me inclinava em seu colo, causando o atrito gostoso entre nossas intimidades que o fez soltar o primeiro gemido rouco da noite.
Seu aperto em minha cintura se intensificou ao passo em que beijos meus eram deixados em seu peito e minhas unhas eram fincadas em seus ombros largos. Acabei percebendo a ausência de uma importante peça entre nós dois quando fui pressionada contra sua já crescente ereção, que por pouco não havia me distraído do meu objetivo principal.
Resistindo contra meus instintos que me diziam para arrancarmos as roupas ali mesmo, desci mais meus beijos até o cós da calça de moletom que ele usava, a puxando apenas o suficiente para tirar meu celular dali. estava imerso demais para sequer perceber.
—Obrigada pela cooperação, agora, eu tenho uma torta de morango para fazer. — Beijei o canto de seus lábios e o empurrei, me aproveitando de seu estado de desconcerto para escapar.
Não fui nem até a porta do quarto.
—Você não vai fazer nada para aquele moleque. — Sussurrou rouco em meu ouvido, me empurrando para frente e me deixando de costas para si.
Fiquei presa entre seu corpo quente e a porta fria e o choque térmico só tornava tudo ainda mais excitante. Uma de suas mãos prendia as minhas acima de minha cabeça, enquanto a outra estava pressionando meu quadril contra o seu, me deixando sentir no que nossa breve brincadeira havia resultado.
—... — Gemi com a voz falha, não tardando a receber um tapa na coxa esquerda, que só me instigou ainda mais.
—Quero que me chame de oppa, entendeu? — Suas mão livre puxou meu cabelo para trás até que eu deitasse a cabeça em seu ombro, deixando meu pescoço suscetível às suas marcas. —Não tem noção do que quero fazer com você.
—Me faça sua, oppa. A noite toda. — Aproveitei a proximidade à seu ouvido e sussurrei, envolta demais em toda aquela excitação para voltar atrás.
Ele me virou para si e começou a nos levar até a cama onde me jogou sem cerimônias, sempre com aquele maldito sorriso cretino nos lábios volumosos. O vestido que eu usava foi arrancado em instantes e pude ouvir o som de alguma parte do tecido se rasgando enquanto isso acontecia. Seus lábios tomaram os meus antes que pudesse reclamar pelo vestido caro, e logo tudo o que eu podia pensar era na sensação de tê-lo dentro de mim o mais rápido possível.
Seus lábios quentes começaram a espalhar marcas em meu colo e aproveitei a deixa para livrá-lo daquela calça desnecessária e finalmente tomá-lo em minhas mãos. Sorri ao ouvi-lo arfar e comecei a movimentar minha mão por sua extensão, sentindo-o pulsar ao mínimo toque meu, totalmente entregue a mim como eu sabia que logo estaria a ele.
—Não vamos nos prolongar muito aqui, jagi. — Sua mão envolveu a minha e afastou-a de seu membro. —Hoje à noite vai ser tudo sobre você.
Com um último sorriso malicioso dirigido a mim ele voltou sua atenção à minha pele, correndo seus lábios macios por ela e deixando círculos avermelhados por todo o caminho, dando uma atenção especial aos meus seios e me fazendo gemer seu nome pela primeira vez na noite. Pude sentir o sorriso que ele dera e não pude fazer muito além de agarrar seu cabelo e pedir por mais, mesmo sabendo que aquele era apenas o começo.
Logo senti seus dedos circularem por minha intimidade após darem a minha calcinha o mesmo fim que meu vestido tivera, dedilhando minha entrada sem realmente adentrarem-na. Permaneci sob aquela tortura por mais alguns segundos antes dele me sorrir e enfim usar dois de seus longos dedos para me penetrar, ainda com os lábios envolta de meu seio esquerdo e com a mão até então livre, cheia pelo outro.
Pude sentir minhas paredes contraírem e meu orgasmo estava cada vez mais próximo, mas não havia reduzido o ritmo de seus dedos ágeis, aumentando a força das mordidas deixadas em meu pescoço e colo e me fazendo passar a gemer seu nome. Por pouco não o agredi quando senti seus dedos saindo de mim quando eu estava tão perto.
—Não, não. Você foi uma garota muito má, não acha que merece um castigo? — Sua voz arrastada sussurrou ao pé de meu ouvido.
—Oppa, por favor…
—Você vai chegar lá, meu amor, mas não agora. — Beijou meus lábios rapidamente antes de se dedicar aos meus seios, iniciando outra rodada torturosa de beijos quentes por meu corpo.
Apenas quando sentiu que eu não viria foi que senti seus dedos em mim outra vez, mas estes logo foram substituídos por seus lábios cheios e avermelhados que faziam um trabalho incrível em meu íntimo. Havia me tornado uma bagunça de arfares e gemidos, e agarrava com força os lençóis e os fios negros de enquanto seu nome escapava de meus lábios em um tom cada vez mais sôfrego.
Já podia sentir minha intimidade contrair outra vez e lágrimas escorreram pelo canto de meus olhos assim que soube que aquele orgasmo também me seria negado, quando seus lábios quentes deixaram meu corpo e o calor de seu corpo se foi.
—Oppa... — Choraminguei, como a garotinha que eu não era, mas que aquela situação me obrigava a ser.
—Eu sei, meu amor, mas vai valer a pena no final. — Logo seu corpo estava sobre o meu, mas desta vez ele escondeu o rosto em meu pescoço e me penetrou sem aviso.
Forte e bruto.
A sensação de tê-lo me preenchendo era incrível, não pude evitar fechar os olhos e deixar seu nome escapar por entre meus lábios algumas oitavas mais altas do que o necessário. Não me importava com seus vizinhos desde que ele mantivesse aquele ritmo por mais alguns minutos, me levando a gritar seu nome quando o senti atingir meu ponto.
Suas costas e peito possuíam traços avermelhados causados por minhas unhas curtas que se destacavam em meio a sua pele pálida e levemente brilhante pelo suor. Não resisti a deixar alguns chupões onde pude alcançar, sabendo que ele havia feito muito pior até termos chegado ali, e que continuaria fazendo até terminarmos.
O medo de ter outro orgasmo negado me tomou quando senti a já conhecida sensação se apossar de meu baixo ventre e suspirei frustrada ao tê-lo fora de mim, sentindo um vazio me tomar aos poucos. Suas mãos firmaram-se em minha cintura e ele me puxou para seu colo após deitar-se ao meu lado, preenchendo-me outra vez e me deixando ditar o ritmo urgente que se seguiria. Passei a me movimentar ainda mais rápido, querendo atingir o ápice depois de tanto tê-lo sido negado a mim, sentindo as mãos fortes de me auxiliarem no processo. Finquei as unhas em seus ombros fortes assim que me desmanchei num orgasmo avassalador que me bagunçou os sentidos, deixando minha visão turva e minhas pernas falhas. ainda me penetrou mais algumas vezes, até sentir minhas paredes o apertarem e o fazerem preencher meu interior úmido.
Apoiei minha testa em seu ombro enquanto tentava regular minha respiração ofegante, me arrepiando toda vez em que sentia sua respiração quente contra minha pele. Uma de suas mãos acariciava meu cabelo enquanto a outra deslizava por minhas costas, formando desenhos aleatórios por aquela extensão de pele úmida.
Passamos mais algum tempo juntos daquela forma até ele inverter nossas posições e levantar da cama para arrumar a bagunça que fizemos pelo chão do quarto. Senti minhas bochechas esquentarem ao finalmente me dar conta do que fizemos e um sorriso bobo surgiu em meus lábios antes que pudesse contê-lo.
—Quer tomar banho comigo? — Um sorriso ladino brincava em seus lábios inchados pelos beijos que trocamos minutos antes.
Ponderei por alguns instantes, sentindo minhas bochechas arderem outra vez ao me dar conta do estado de nudez em que nos encontrávamos. Acabei abaixando a cabeça para esconder a coloração de minhas bochechas e pude ouvir a risada de , que subiu na cama e ergueu meu rosto, beijando meus lábios e me lançando um de seus sorrisos maravilhosos.
—Não há do que se envergonhar agora, . — Seus lábios quentes envolveram os meus em um beijo carinhoso e enfim relaxei. —Você é minha e eu sou seu.
Ele levantou da cama e me estendeu a mão, me ajudando a fazer o mesmo e me dando outro beijo rápido antes de me pôr em seu colo e caminhar até o banheiro.
Algo me dizia que aquela seria uma longa noite.
Aegyo: é um termo que significa "exibição de tons de voz doces e expressões faciais e gestos muito delicados". O aegyo literalmente significa "comportar-se de uma maneira graciosa" e é comum que ídolos de K-pop o façam, seja homem ou mulher.
Ne (ou ye): variação para ‘sim’.
Oppa: como garotas se referem aos homens mais velhos que elas, sendo eles seus irmãos ou amigos próximos.
Dongsaeng: é o termo usado para pessoas mais novas.
Any (ou aniyo, dentre outras): variação de ‘não’.
Jagi (ou jagiya): querida, forma carinhosa de se referir a alguém.
Ne (ou ye): variação para ‘sim’.
Oppa: como garotas se referem aos homens mais velhos que elas, sendo eles seus irmãos ou amigos próximos.
Dongsaeng: é o termo usado para pessoas mais novas.
Any (ou aniyo, dentre outras): variação de ‘não’.
Jagi (ou jagiya): querida, forma carinhosa de se referir a alguém.
FIM
Nota da autora: Sem nota.
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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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