CAPÍTULOS: [01] [02]





EndlessDream



Última atualização: 20/06/2017

Capítulo 1.


[Run Away - SunStroke Project & Olia Tira]

Respirei fundo, limpando minhas mãos suadas no tecido grosso da calça, uma de cada vez. Arrepios constantes desciam por minha espinha a intervalos regulares, quase cronometrados, grossas ondas que pareciam baldes de água gelada sendo derrubados por sobre minha cabeça. Nunca fui uma pessoa que sentisse muito frio, então aquilo me preocupava. E se eu estivesse com febre? A luz no palco conseguia me cegar, mesmo dos bastidores, o que me deixava ainda mais ansiosa. Do outro lado, atrás de uma grossa cortina azul escura, estaria meu mentor. Parecia ontem que eu recebera a notícia.

Flashback ON

Eu estava sentada na mesa da cozinha, acompanhada de meu caderno, minhas canetas, meu marcador de texto azul, e meu copo com canudo que a faculdade me dera. Com minha letra mais caprichosa, eu escrevia um número por extenso.
Minha mãe entrou no cômodo, trazendo a sacola com a caixa de leite. Ela espiou por sobre meu ombro após fechar a porta da geladeira.
- O que está escrito aí?
Sorri, sem tirar os olhos do caderno.
- Oito mil novecentos e quarenta e cinco.
- Tem certeza? Pra mim, não passam de letras aleatórias.
Suspirei, paciente. Meus pais desaprovavam meus estudos. Para eles, finlandês era completamente inútil. Eu discordava.
- Está escrito kahdeksantuhatta yhdeksänsataa neljäkymmentä viisi.
- Se você me xingou de alguma coisa, eu vou saber. – Ela foi para a sala, e eu rolei os olhos. Era só um número. – A propósito, chegou uma carta para você.
Franzi o cenho. Carta para mim? Eu não estava esperando carta alguma. Larguei meu caderno da Elsa com a caneta em cima e fui até a sala, pegando o envelope grosso e branco que estava sobre a mesa. Havia um lacre de cera, que eu quebrei. Dentro, tinha um papel menor na frente, datilografado.

“Prezada Srta. ,
Temos o prazer de informar que você foi a escolhida para representar seu país no concurso EndlessDream. Tomamos a liberdade de comprar as passagens de avião para vossa senhoria, mas sinta-se à vontade para declinar deste convite.”

Ergui as sobrancelhas, surpresa. Será que meus vídeos toscos no YouTube tinham me garantido vaga? Puxei o outro papel de dentro do envelope.

“Temos certeza de que já ouviu falar do Eurovision (Concurso musical com a proposta de lançar novos talentos da Europa, selecionando os melhores de cada país). Nossa proposta, no entanto, é um pouco diferente.
Convidamos participantes de quase todos os países do mundo, e o EndlessDream mistura o concurso em si com um reality show. A seguir, segue a lista de esclarecimentos e regras:
- Os participantes devem escolher três mentores*, por ordem de preferência. Eles serão convidados, mas deve ser da compreensão de todos que, como artistas, os indicados possuem suas próprias agendas e a disponibilidade talvez não seja possível.
- Não haverá câmeras nos hotéis. As gravações acontecerão apenas nos estúdios (para gravações, composições e ensaios), no palco e no backstage, e nos eventos promovidos, mantendo assim a privacidade de todos.
- As músicas para as apresentações serão escolhidas pelos participantes em conjunto com seus mentores. Porém, haverá especificações para cada etapa. O não cumprimento dessa norma resultará na desclassificação instantânea.
- Os participantes serão avaliados por seu desempenho na performance atual e nas anteriores. Os jurados selecionarão os dois que não tiveram um bom desempenho e o público votará.
- Há um saldo de horas para os ensaios. Cada participante deve ter, no mínimo, 16 horas semanais (cerca de 2 horas por dia).
Gostaríamos de pedir que os candidatos confirmem suas participações no telefone abaixo:
(55) 53 3290-4687
Caso sua resposta seja afirmativa, contamos com sua presença no dia 13/03
P.S.: Esteja com a primeira canção preparada. Deve ser um dueto de origem não americana.
P.S.²: Tenha sua lista de mentores decidida. Eles terão apenas um dia para responder.
*Mentor: Deve ser algum artista relacionado ao mundo da música, de qualquer idade, estilo, nacionalidade. Ele ajudará o participante com seus conhecimentos e o orientará durante toda a campanha.”

Chamei minha mãe e lhe entreguei os papéis. Em poucos minutos, ela fazia seu papel de mãe-coruja, ligando para o número da carta e esclarecendo todas suas dúvidas.
- Bem... – Disse ela, desligando o telefone. – Parece que você tem malas para fazer.

Flashback OFF

O som do violino me tirou daqueles devaneios, e me obriguei a caminhar até o palco. Eu tinha visto alguns dos outros participantes que estavam na minha frente (eu era a última), e suas roupas fizeram meu estômago afundar. Boa parte deles estava realmente bem arrumado, outros com trajes típicos de seus países. E eu ali, vestida do mesmo jeito que ia para a faculdade. Minha jeans nova não tinha nada de especial. Meu All Star xadrez em tons de cinza estava bastante velho e surrado. Meu cabelo preto na altura dos ombros estava solto. Eu até tentara me arrumar um pouco melhor, colocando minha camisa polo com o logo do Northern Kings bordado sobre meu seio.
Nunca pensei que existissem tantos duetos ingleses. As pessoas não pareciam ter muita criatividade quanto a isso... Quanto a mim, escolhi uma banda da Moldávia, que conheci pelo Eurovision 2010. Na última respirada funda antes de liberar minha voz, sorri.
- Oh, forget. Let me breathe, let me leave, just run away from my mind. Oh, forgive. I don’t need, I won’t breathe… Just get away from my life.
Deixei o sax tocar enquanto caminhava, decidida. A luz forte me cegava, mas eu ainda conseguia ouvir as pessoas respirando. E aquilo estava cheio. Fui até o mais próximo da beira do palco que me era permitido. Após minha próxima estrofe, eu saberia quem havia me aceitado. E, se eu sempre tive um problema na vida, foi ser exagerada. Eu não queria parecer exagerada... Mesmo assim, cheguei a pensar em alguns momentos que era possível ver meu coração batendo através da camiseta.
- You’ve lost one and all, so fly away. Over the clouds, under the sky… Never come back, the runaway. With all your mind, give up you…
Nossas vozes se uniram, e meu coração tropeçou uma batida. Eu conhecia aquela voz tão bem como minha própria. Ainda assim, me mantive firme na tentativa de não parecer uma louca desesperada.
- I don’t believe anymore your shallow heart, I know that it’s you who choose who’ll play this tricks. Never forgive you, not for anything. Now you are left with nothing.
Virei o corpo, e ficamos de frente um para o outro. Por Deus, como ele era lindo. Os cabelos curvilíneos em um tom delicadamente rosado caindo pelos ombros, a barba sempre bem aparada, os olhos esverdeados que acompanhavam o largo sorriso ao ver o bordado em minha camiseta. Mas, o que mais me acalmou, foi o modo como ele estava vestido.
A calça jeans preta cheia de zíperes tinha um caimento perfeito, alongando-lhe as pernas. O All Star preto era velho, mas incrivelmente limpo. A munhequeira da própria banda parecia um pouco egocêntrico. Já sua camiseta preta tinha estampado o logo do Charon, ex-banda de um de seus companheiros do Northern Kings, Juha-Pekka.
- Oh, forget. Let me breathe, let me leave...
Ele baixou o microfone e esperou. Minhas bochechas ardiam e minha cabeça girava. Mesmo assim, deixei que minha voz ecoasse sozinha.
- Just run away from my mind.
Antes que nossas vozes se unissem novamente, percebi que ele sorria, em aprovação. E minhas bochechas, já coradas pela vergonha e pelo esforço, ficaram ainda mais quentes.
- Oh, forgive. I don’t need, I won’t breathe...
Foi minha vez de ficar em silêncio, observando-o. Meu coração batia com tanta força que eu conseguia ouvir o sangue correndo por meus ouvidos mesmo com a música.
- Just run away from my life.
Dei alguns passos para trás. Ele cantaria a próxima estrofe sozinho, e eu queria ter uma boa visão daquilo.
- There’s no other time to make, in happiness you have mistaken. We have not progressed in future, I know your lying nature… There’s no other time to make, in happiness you have mistaken. We have not progressed in future, I know your lying nature!
Sorri. Ainda me admirava com aquela voz tão bela, potente e afinada. Ele segurara a última nota com perfeição, e com um fôlego de dar inveja.
Nossas vozes se uniram, repetindo o refrão em mais intermináveis três vezes. Quando o último acorde sumiu no ar, precisei respirar fundo. Baixamos os microfones e ficamos de frente um para o outro, sob o som estrondoso dos aplausos. Estendi minha mão para ele.
- Hyvää Yotä. Nimeni on . – Disse, suave.
(Boa noite. Eu me chamo )
A surpresa no rosto dele fez valer todas as malditas horas estudando, pesquisando, repetindo, pronunciando. Todas as caras feias dos meus pais e todas as perguntas de “e onde diabos você vai usar finlandês na sua vida”. Ele abriu um largo sorriso, aqueles olhos claros cintilando. Tomou minha mão e beijou-a. Tentei não corar ainda mais ao sentir sua barba pinicando suavemente minha pele.
- On ilo tavata, . – Respondeu ele. – Olen Tony Kakko.
(É um prazer conhece-la, )
(Eu sou Tony Kakko)

Me limitei a sorrir, estonteada pela intensidade daqueles olhos esverdeados. Eu sabia.



Capítulo 2.


[Half Of a Marathon Man - Sonata Arctica]

Entramos nos bastidores em silêncio, cansados e suados. Meus anos de teatro me permitiam fingir ter um enorme senso de direção e confiança, quando na verdade eu apenas o seguia nervosamente pelos corredores. Não conseguia parar de olhá-lo, e não queria que ele notasse meus olhares. Naqueles momentos de completo silêncio, quebrados apenas por nossos passos ecoando, minha mente começou a ser má. Ela me dizia que ele havia me detestado. Que eu era um lixo. Que ele sequer queria falar comigo. Que eu o assustara por ser uma louca desesperada. Que eu deveria respeitar um homem casado. Que...
- Fiquei feliz. – Disse ele, de súbito. Ergui o rosto, confusa, e vi seu sorriso. – Fiquei feliz por alguém ter me escolhido como tutor. Não são muitas pessoas que conhecem uma banda finlandesa de Power Metal, mas acho que fiquei ainda mais feliz por descobrir que quem me escolheu é alguém que vale a pena.
Senti minhas bochechas incendiando. A gentileza dele me fazia amolecer como gelatina, e eu não queria demonstrar. Apesar de meus esforços para parecer firme, acabei por agradecer de um jeito tímido e enrolado.
Caminhamos por mais alguns segundos em silêncio.
- Nós já nos vimos antes. – Aquilo não era uma pergunta. – Mas eu não consigo me lembrar onde foi.
- Nos encontramos em 2014 no show de Belo Horizonte e em 2015 no de São Paulo.
Os olhos dele se iluminara e Tony parou de andar. Olhei-o, intrigada, procurando uma resposta, mas ele permaneceu em silêncio, sustentando meu olhar. Alguma coisa brilhou quando ele puxou-a para fora da camiseta, e meu queixo caiu.

Flashback ON

Estranhamente, nós conversávamos. Ele me perguntava como iam as aulas de finlandês e me contava das maravilhas de viajar o mundo. Seus olhos estavam apagados e rodeados por intensas olheiras, mas ainda assim ele sorria quando eu acertava alguma expressão em sua língua. Conversamos sobre preferências de estações e comidas, sobre música, poesia e arte. A cada palavra, eu me sentia mais atraída por ele. Pelos olhos dele. Pela pele pálida e gélida dele. Pelos lábios dele. E então a aliança reluzia em sua mão esquerda e eu precisava afastar tudo aquilo da minha mente, sem chacoalhar a cabeça. O produtor lhe disse algo em um finlandês rápido, algo que me soou como “você tem só mais cinco minutos para falar com sua amiga”, e eu senti meu coração afundar quando ele me disse que logo iria embora. Então segurei a mão dele e o fiz olhar dentro de meus olhos.
- Tony, eu quero que você me prometa uma coisa.
- Se estiver dentro do meu alcance... – Ele ergueu as sobrancelhas, provavelmente surpreso com minha atitude.
- Vai estar. – Garanti. Tirei o colar que usava e prendi-o em seu pescoço. – Quero que me prometa que vai sempre usá-lo.
Tony passou os dedos pelo pingente de prata, a outra mão entrelaçada novamente na minha.
- Eu prometo.
- Promete que vai usá-la sempre?
- Eu prometo, .

Flashback OFF

O pingente em forma de coruja cintilava suavemente sob a luz. Ele não usava mais a corrente de quando a ganhara, mas eu entendia que ela provavelmente tinha enferrujado. Agora, meu pingente estava preso por uma tira de corino preto.
Estendi a mão e passei as pontas dos dedos pela prata sobre o peito dele. Meus olhos ardiam com lágrimas que consegui conter.
- Você guardou... – Murmurei, sentindo minhas pernas amolecerem.
- Eu prometi que sempre o usaria, . – O rosto dele estava sério. – Eu nunca quebro minhas promessas.
E então minhas pernas realmente fraquejaram. Eu teria caído no chão se não fosse por Tony. Me encontrei eu seus braços, e me permiti perder-me nele.
Apesar da idade, ele era um homem muito atraente. Os lábios grossos cercados pela barba sempre tão bem aparada, a voz macia e melódica até quando falava, embora mais grave, seus olhos esverdeados que esquadrinhavam meu rosto com preocupação, os cabelos caindo por sobre meu nariz e fazendo cócegas enquanto eu observava fios castanhos, vermelhos e rosados, o toque gélido da pele dele contra a minha, e eu o quis. Então ele estalou os dedos a frente de meus olhos. O que me tirou do transe, na verdade, foi a aliança.
- Você está bem?
- Sim... Estou ótima. – Me recompus, saindo dos braços dele. – E agora? O que acontece?
- Agora você volta para o hotel. – Ele sorriu diante da minha expressão frustrada. – Às oito em ponto você será conduzida ao Salão de Baile do Teatro Municipal.
Senti meu queixo cair e não fiz qualquer menção de juntá-lo.
- Salão de baile. – Eu estava atordoada. – O que faremos lá?
Tony franziu o cenho, pensando com como responder. Estranhei.
- Haverá uma espécie de jantar-baile.
Não era só isso. Seu rosto e a rigidez de seus movimentos confirmaram. Havia mais, algo que o proibiram de contar.
- Você está escondendo algo. – Disse, evitando seus olhos.
- Estou. – Tony deu de ombros, vencido. Me mantive em silêncio, deixando-o visivelmente confuso. – É só isso?
- Sim. – Abri um pequeno sorriso, tentando reconfortá-lo.
Ele sorriu de volta com suavidade e eu me senti incrivelmente estúpida. As gentilezas dele me derretiam sem motivos concretos, seus toques me deixavam corada como se tivesse corrido uma maratona, e seus olhos me desconcertavam. Havia calor naquele tom esverdeado, inocência, expectativa e uma doçura de chá de flores com mel que eu queria provar. Aquilo tudo não passava de platônico. Tony era intocável, circundado por uma aura tão rija e dourada quanto a aliança em seu dedo.
Ele olhou o relógio que carregava no bolso da calça e ergueu as sobrancelhas.
- Você já está atrasada. Precisa ir.
Baixei o rosto, minha mente novamente sendo um cruel reflexo dos meus anos vividos, sussurrando-me que ele se cansara de me aturar. Que queria se ver livre de mim. Que não via a hora de me ver indo embora. Que se sentia irritado por ter que me ver novamente.
- Tudo bem.
Comecei a andar, tentando não correr. Minha mente agora gritava comigo, dizendo que eu deveria deixá-lo em paz se queria sua felicidade. Por mais estranho que parecesse, eu chegava a gostar quando ela apenas me dizia que eu era uma inútil indesejada que servia apenas para atrapalhar e aborrecer os outros com minha presença.
- Espere. – Senti a mão dele sobre meu ombro, suave. Virei e encarei-o. – Por favor, não saia correndo. Sinto como se você não gostasse da minha companhia.
Baixei os olhos, envergonhada tanto por minha ação repreendida quanto pela proximidade de nossos corpos.
- Desculpa... – Murmurei. – Não era nada disso...
- Não precisa. – Tony sorriu e me abraçou. Fechei os olhos, sentindo seu cheiro. Curiosamente, sua pele emanava o cheiro suave e adocicado de fumaça de gelo-seco. Separamo-nos e ele tomou minha mão entre as suas. – Nos vemos mais tarde, .
Quando cheguei ao hotel, fui recebida por uma doce senhorinha oriental chamada Mei Li. Ela me disse que eu ficaria o dia todo no spa, para estar radiante à noite. Sem protestos, deixei que ela me levasse. Primeiro, a uma sauna que não me pareceu muito diferente dos ônibus lotados em dias de verão. Depois, a um ofurô com flores diversas. E então a três outras banheiras com sais coloridos.
Para ser sincera, eu me comparava a um gambá quando Mei Li me levou pela mão após o último banho. Todos os cheiros eram adoráveis, mas sua combinação era terrível, com um cheiro tão doce que me causava náusea e tontura. De toalha na cabeça e vestindo nada mais que um roupão preto simples, fui levada a um salão, onde uma moça fez as unhas de meus pés, pintando-as de preto, outra fez as unhas de minhas mãos, pintando-as de branco, e outras três pessoas empenhavam-se em colocar apliques em meu cabelo para reproduzir o que eu pedira. Quando minhas mãos e pés foram liberados, um rapaz esguio foi fazer minha maquiagem. Fiquei sentada na mesma posição por pelo menos duas horas, sentindo as costas reclamarem.
Quando fui finalmente liberada daquela cadeira de tortura, Mei Li me conduziu até meu quarto, repetindo sem parar que eu "plecisava escolher o vestido". Assim que bati os olhos na cama, entendi o que significada ter de escolher o vestido. Três estavam sobre o lençol, devidamente estendidos e passados. Caminhei até lá e peguei-os, um por um.
O primeiro vestido era roxo. Tinha um decote coração profundo seguro por finas alças. Ele tinha a cintura baixa em formato sereia, com uma fenda que deixava a perna aparecendo sensualmente a cada passo. Me pareceu sexy demais, destoando do meu tipo físico e da palavra "baile". Deixei-o de lado.
O segundo vestido era preto. Tinha gola canoa e mangas 3/4. A cintura alta era marcada por uma faixa de cetim vermelha coberta de flores do mesmo material, e a saia abria-se em um belo godê que alcançava meus joelhos. Porém, me pareceu simples demais, também não combinando com um baile.
O terceiro e último vestido era azul. Tinha gola cigana delineada por uma faixa azul mais escuro. A parte de cima possuía a estrutura de um falso corpete, com finas cordas formando 'x' até onde começava a saia princesa, que se abria até arrastar no chão. Havia duas camadas de tecido, a de cima formando um Y invertido. Havia, também, um delicado bordado de contas cintilantes formando galhos na borda do tecido.
Sorri, enfiando uma touca de plástico por sobre o cabelo repleto de grampos. Esperava que um bom banho tirasse o terrível cheiro de gambá.



Continua...



Nota da autora: (20/06/2017) Sem nota.


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