Férias De Uma Adolescente Em Crise






Meu nome é Alessa Buchmann, sou faixa roxa de karatê, treino desde meus nove anos, sou dramática instável e totalmente caidinha pelo meu lindo crush, Daniel Paiva. Um garoto que conheço há cinco anos desde sua segunda troca de faixa, e nunca sei se ele está dando em cima mim ou se está apenas sendo legal. Simplesmente amo quando estou sentada e ele se aproxima de pé e olha para ela, e o jeito que o cabelo dele fica na cara, faz com que o tempo simplesmente parasse.
O problema é que eu não sei muito bem o que fazer com outros meninos, minha melhor amiga e prima do meu crush, Ingrid Paiva, sempre fortaleceu a ideia de eu sair com outros garotos e desapegar um pouco do Daniel, o quê não funciona muito. Mas nunca deixo de tentar de chamar atenção dele quando está com outros garotos. Em uma quarta feira, foi literalmente um pouco estranho, mas para que entenda vou contar detalhadamente dos meus últimos meses de férias e tentarei ser o mais breve possível.
Eu sento no chão me apoiando na parede, depois de longas horas treinando. Oh! O Daniel estava vindo na minha direção. Ah! Ele vai... Ele vai... Uhhh se sentou do meu lado suando e tirando o cabelo da cara, me perguntou:
- Vem para o meu aniversário? Vai ser nessa sexta.
- Que horas?
- 20h15!
- Hm...Não sei se vai dar, sabe. Minha mãe não confia tanto
- Vai! Vai ser legal. Qualquer coisa leva seu irmão – Um amigo se aproxima e ele se levanta para lutar de brincadeira com ele, a Ingrid se senta amo meu lado.
- Eai, gatinha. Você vem sempre aqui?
- Segunda a sexta. Agora me diz por que o interesse?
- Porque quero muito te pegar de jeito! – Nós olhamos e começamos a rir.
- Isso foi tosco!
- Você vai para a festa do Daniel?
- Que festa?
- De aniversário. Ele me convidou e quando pensei em recusar ele insistiu - A Ingrid ficou estranha. Bem estranha!
- É. Porque. Talvez – Ela falou pausadamente. Por quê? Isso está me preocupando. - Fala logo mulher! – Pedi gentilmente mantendo a calma.
- Eu contei para ele de você. Tipo que você gosta dele e agora você me diz isso. Veja pro lado bom ele não me convidou nem ninguém do Karatê. Olha que sou a prima dele – Olho para ela com um olhar fuzilante.
- Não acredito que você fez isso.
- Ora, você nunca segue meus conselhos de deixar ele pra lá, Então já é melhor ele saber. Esse ele tiver interessando em você, vai dar os pulos dele.
- Então... Ele quer sair comigo? – Estou tão contente que começo com os gritinhos baixos - Como? Só a dois ou só não quer ser visto comigo?
- AI, eu já não sei. Mas tenho que te contar outra coisa...
- O quê? – Nós levantamos, caminhamos e ficamos frente a frente e começamos a lutar sobra uma com a outra.
- Eu saí com um cara, o tal – Por algum motivo não consegui entender o nome dele – e foi maravilhoso sair com ele. Sabe ele tem cabelos negros e aquela barba malfeita que é perfeita. MEU DEUS, tenho que parar de falar nele. Enfim, nós desentendemos e não quero ficar ou sair com ele de novo. Você acredita que ele ficou com outra menina na minha frente? Miga, você ta me ouvindo?
- Tô, mas seria aquele headbanger moreno ali na porta junto do outro headbanger ruivo? – Tiro meu chapéu para ele. NOSSA! O quê que é aquilo, JESUS AMADO?
- É ele, sim!
- Ele é um tremendo gato. Vai lá falar com ele
- Espera a Sensei liberar para beber água.
- Yamê! Voltem para seus lugares. Um minutinho para beber água – ela se encurva e todos nós fazemos o mesmo. Logo em seguida pegamos nosso chinelo e fui com ela até o garoto.
- Oi! – Começou ele. E minha nossa como ele é gato.
- O que você quer? – ela esta tão nervosa.
- Vamos conversar?
- Não tenho nada para falar com você – Ele segura a mão dele e beija delicadamente.
- Me desculpa, não era minha intenção magoá-la – Não sei como ela consegue, onde consigo a receita?
- Quando te vi com ela me machucou muito - ela estava quase chorando, ele a abraça.
- Eu sinto muito. Vamos conversar no particular – ela limpa as lágrimas enquanto ele sai meio sorridente com ela.
- Huf, oi – disse o ruivo amigo do moreno com um sorriso tímido.
- Oi – respondi por educação.
- Qual o seu nome?
- Alessa!
- O meu é... – Sorry!
- Com licença preciso ir no banheiro - não interessa seu nome, para mim é Ruivo. Eu vou até o banheiro me sentindo um pouco mal por agir assim com o Ruivo, fecho a porta e me sento no trono, e alguém começa a bater na minha porta desesperadamente - TÁ OCUPADO! – e mesmo assim não me deram ouvido e continuaram a bater – MAS QUE IMPERTINÊNCIA! ESTÁ SURDA GAROTA? TÁ OCUPADO - e mesmo assim continuou. Mas que garota chata, nem pro banheiro em paz eu posso. E quando abro a porta para minha surpresa é o Ruivo - O que está fazendo aqui? É o banheiro feminino! – tentei fechar a porta mas ele impediu - Vai embora antes que a inspetora veja! Se ela chegar aqui e te ver, vai sobrar para nós dois.
- Preciso falar com você!
- Agora? Não pode ser outra hora?
- É agora, não vou sair até você me ouvir! – Afirmou o Ruivo sendo cuzão.
- Realmente não pode ser depois? Preciso fazer xixi!
- Só depois do que vim fazer aqui! – Olha! Sendo cuzão de novo.
- Entra, antes que alguém te veja – Ele entra. - O que você quer?
- Te beijar! – ele veio se aproximando de mim.
- O que? Não! Vai embora agora!
- Não, antes de te beijar – Ai, Ai. O que faço? Não beijo ele e mija no meu Quimono e volto para sala mijada, ou beijo um estranho que nunca vi na minha vida que não sei nem o nome?
- Eu não sei beijar! Sabe, sou bv!
- Não tem problema. Eu te ensino – hm... Ele falou de um jeito que meio que tenho certeza que esse puto tá excitado.
- Tá! Só um beijo e você vai embora – Ele afirma com a cabeça e vem se aproximando. Quando esta perto o suficiente ele puxa a minha coxa para cima rente a ele “Que porra você tá fazendo?”. Ele passa a mão pela minha nuca, segurando meu cabelo firme e começa a me beijar ali mesmo. Fechei os olhos e pude ter a sensação da língua dele dentro da minha boca, ele é um cuzão, filho da mãe, mas sabe beijar bem, que raiva! Nunca pensei em perder um bv assim!
Enfim... Ele para, me deixando com gostinho de quero mais e sai do banheiro satisfeito. Depois dessa, até perdi a vontade de mijar e voltei para sala me sentindo totalmente envergonhada, violada e satisfeita ao mesmo tempo. Depois que a aula termina, a Ingrid me conta como foi a conversa com o moreno e no meio do caminho vemos eles na roda de amigos. Eu olho o ruivo e ele me ignora, talvez não tenha me visto, mas moreno nos viu e nos cumprimentou, e o ruivo nada, ele nem tem como dizer que não me viu, por que seu amigo do lado viu. Aquele puto, me beija daquele jeito depois finge que não me vê.
- O que foi miga?
- Nada! - Disse enfurecida – Só preciso relaxar – A noite cai e vou para algum tipo de balada estranha, junto com uns amigos homens – Hoje só vou me divertir! – Brindei e virei o copo de conhaque e fiquei doidona, começando a dançar. Nessas horas já não tinha domínio sobre mim e quando dançava com os meus amigos, que ainda por cima são uns amores, avistei quem não queria avistar; o Ruivo beijando outra garota, o que não me importei, ele não é nada meu, só ficamos uma vez. Quando o ignoro e continuo a dançar e pular com meus amigos que já estavam começando a ficarem doidões, no meio disso acabo me afastando deles e vou pro centro da pista de dança e o Ruivo me avista e vem até mim.
- Oi! – disse ele alegre jogando os longos cabelos opacos ruivos para trás.
- Oi, nada. Não quero falar com você, vai pra lá a voltar a beijar a garota!
- Não, só quero falar com você. - Dane-se, eu não. Quem você pensa que sou? Me beija e vai embora e finge que nada aconteceu!! Vaza daqui, agora.
Ele me beija novamente, mas que raiva, não sei que diacho de boró godó é esse que me acabo deixando rolar, o que não acho certo e não tenho nem um pouco de orgulho. No fim disso tudo vamos parar em alguma casa. Acho que era dele e transamos. Okay, não estou nenhum pouco contente com isso, mas tenho que abrir exceção porque estava chapada e meus amores de amigos me deixaram cair nessa. Bom, acordo primeiro que ele e confesso que ele é um gato dormindo não falo isso porque transei com ele e sim porque é verdade. Mas esse filho da mãe sacaneou comigo, agora é minha vez de te sacanear. Levanto com um lençol e vou e escrevo uma carta para ele dizendo a seguinte coisa “Obrigada, pela noite maravilhosa, porém não irei lembrar de absolutamente nada pois ainda estou bastante chapada e pelo que vi, você nem tanto. Parabéns por ser um grande, maravilhoso e sedutor babaca. Não leve para o pessoal chamo isso todo cara que me sacaneia, como você me sacaneou e me fudeu, literalmente. Não estou aqui para te criticar ou algo parecido, estou lhe agradecendo pelo ótimo trabalho e que continue assim. Aí tem 20 reais para mostrar minha real gratidão pelo maravilhoso trabalho e, mais uma vez obrigada, pela noite da qual não vou me lembrar.
Beijos, Eu”

Pelo que eu soube, ele acordou feliz e não me viu no local e quando viu uma nota de vinte e uma carta ficou um tanto quanto desapontado e certamente comentou com o amigo moreno. Porque no dia seguinte, depois que todos foram embora, eu fiquei mais um pouco para arrumar com mais calma eu meu armário e o moreno chega na sala é vê que só eu estava na sala.
- Oi! – Eu me viro e o vejo.
- Oi! Se está esperando a Ingrid ela já foi...
- Não, é com você mesmo – ele veio se aproximando e quando eu menos esperei ele me segurou pelo pescoço e me jogou contra a parede totalmente furioso ou melhor fora de si – O que você disse para ele?
- O que? Eu disse o que? Para quem?
- Para o ***! – Nem aprestei atenção no nome.
- Quem é esse?
- Não se faça de desentendida! O cara que estava comigo ontem.
- Ah, o Ruivo. O que tem ele?
- O que você fez para ele?
- Nada que seja da sua conta – Ele bateu o punho com muita força na parede – Se está tão preocupado assim, pergunte a ele você mesmo e não me confronta, gênio!
- Ai! É que tá. Ele não fala… - Ele me soltou – Só está diferente. Triste.
- Own, tadinho. Acho que ele não aceitou bem a minha brincadeira.
- Que brincadeira? - Ele se aproximou, ficando bem próximo.
- A que ele é prostituto barato.
- Você o que?
- Não poderia deixar essa passar. Como você não deixou passar a garota! – Ele fechou a cara assim como eu estava, então olhou para o lado e rapidamente segura meu rosto com as duas mãos e me beija. O que não esperava!
- ALESSA! – Um grito ecoou na sala e ele me solta e quando olho para o lado está lá a Ingrid revoltada com cara de choro, mas tentando ser forte - Não acredito que você fez isso comigo! Não acredito que vocês dois fizeram isso comigo! – Ela quase lacrimeja, mas prende – Você disse que isso nunca mais aconteceria. NUNCA! E você. Você. Pensava que era minha amiga – as lágrimas começaram a cair, mas ela estava domada por fúria e tristeza enquanto eu não poderia fazer absolutamente nada – Espero que vocês sejam muito felizes – ela estica a mão, pegando a luva que esqueceu e saiu da sala bastante chateada. Eu o empurrei para trás com força que acabou o machucando.
- Por que você fez isso? Agora ela vai achar que sou talarica e nunca mais vai confiar em mim para nada!
- Agora você sabe como estou me sentindo como o *** - Não faço questão de saber – Depois que você fez isso com ele, conserta isso!
- Conserta o que? Ele pode pegar várias minas e quando chamo de se vender fácil, fica puto?! Dá licença, se fosse com uma mulher você não faria esse rebuliço todo. Então me poupe – Eu me virei e ele segurou meu punho e me puxou para perto dele.
- Não fale do que não tem conhecimento. Ele só veio até aqui por que eu insisti! A mãe dele era prostituta antes de morrer, o pai era o cafetão antes de ser preso e ele era abusado pelo pai. Imagina um pai vender o próprio filho? Pois é, ele foi até pouco tempo. Você não imagina o quanto pisou na ferida dele, ele só vai ficar mais algumas semanas antes de ir embora… eu queria que ele tivesse uma ótima férias e você não vai estragar tudo!
- Embora?
- É, ele vai para o Ottawa recomeçar uma vida nova e você não está ajudando nem um pouco!
- Desculpe se não sou nenhuma adivinha. Agora você me fez me sentir mal.
- Agora você sabe como ele se sentiu depois da sua “brincadeirinha”.
- E o que quer que eu faça?
- Que conserte, isso! – Ele se virou e caminhou até a porta enquanto eu me perguntava em “como” resolver o X da questão. Assim que o dia amanheceu tomei a providencia de me desculpar pessoalmente pelo trágico acidente.... Não diria acidente, mas precisava me desculpar de alguma forma o único problema era “Como” se não sabia seu nome, onde morava ou quem ou o que fazia, mas sabia de alguém, mas também não o conhecia e nem sabia seu nome, mas conhecia alguém que conhecia alguém! E por sorte conhecia a pessoa e sabia seu nome, mas essa pessoa não queria me ver com toda razão, claro. Então mesmo assim fui até a casa da Ingrid Paiva e fiquei batendo na porta desesperadamente e perceber que estavam destrancando a porta, logo me animei, mas me desesperei quando vi que quem havia aberto a porta tinha sido o Daniel...
- Da-Daniel o que está fazendo aqui?
- Acho que essa pergunta deveria ser minha – Ele sorri gentilmente e glamourosamente. Totalmente perfeito nele, tipo um anjo que caiu na terra e iluminou a seu dia com o sorriso. Não com um sorriso qualquer, mas com aquele sorriso que diz tudo, principalmente que está te querendo. Meu jesus vou tomar uma água, porque ficou meio quente aqui. Já volto.... Prontinho, agora que estou recuperada posso continuar... Bom, o Daniel me convida para entra e assim eu faço e quando ele se vira para mim, eu começo a beija-lo e tocar seu tórax com toda ferocidade, apenas querendo consumi-lo todo. Rsrsrs isso não aconteceu, mas poderia, eu apenas subi direto no quarto da Ingrid que estava afundada no travesseiro com o quarto desarrumado com resto de comidas e embalagens espalhadas pelo quarto com uma música deprimente de fundo.
- Eu posso explicar! Eu sei que pareceu uma coisa, mas não foi o que pareceu... – eu comecei a dizer.
- Vai, embora! – Disse ela com uma voz rouca.
- Não vou, não! Lembra daquele cara que você me apresentou e o amigo? – e nada havia respondido, então optei por continuar – Provavelmente! Eu fiquei com o amigo dele no mesmo dia, e aí, quando saímos você cumprimentou ele e o amigo dele me ignorou, ai fui em uma festa e vi ele se pegando com outra garota e quando comecei a dançar me esbarrei nele, no ruivo. Eu juro não foi de propósito e aí transamos. No dia seguinte deixei uma carta e uma nota barata agradecendo a noite e tals. E o seu cara veio até mim tirar satisfação e eu fiquei debochando dele, e aí ele deve ter te visto e me beijou por raiva. Depois que você saiu ele me contou uma história triste do ruivo e falou para mim consertar tudo, e queria me desculpar, porém não conheço nenhum deles e… - ela me interrompe
- E você está me pedindo ajuda para encontrá-los!
- Sim, é isso mesmo, e me desculpe!
- Não! Não foi uma pergunta - ela começava a se levantar da cama.
- Me desculpe!
- Claro que desculpo! – E no fim nos abraçamos – Mas tem uma coisa...
****

Ela me ajudou com o endereço do ruivo, claro que depois que ajudei arrumar o quarto dela todo. Porque amigo é para essas coisas, ajudando no que mais precisa. Ela telefonou para o ficante... Amigo Colorido… Namorado, sei-lá-o-quê dela e ficaram horas e horas até ela me entregar um endereço e franzi a testa após ver aquela letra que pelo amor, só Deus para ajuda, mas enfim sabia aonde era, dei um beijo nela e disse adeus... Enquanto caminhava, só pensava qual a melhor forma de me desculpar e quando me deparo com um supermercado, peguei o papel e li e reli. Não estava enganada, não podia estar, mas decidi entrar, talvez ele estivesse trabalhando lá ou algo do tipo, só sei que fiquei andando o mercado inteiro atrás dele e comecei até pensar que era uma completa besteira isso tudo que estava fazendo... Cheguei até perguntar se ele trabalhava lá, claro que do meu jeito, mas lá não tinha ninguém ruivo além de uma baixinha de cabelo armado, até que desisti e fui para os fundos do supermercado e encontrei ele se agarrando com uma das funcionárias, digamos que ficou tenso e fiz papel de trouxa , pois é isso que dá acreditar no que dizem. Aquele filho da mãe me enganou direitinho e conseguiu me dar o troco rsrsrs e foi nesse momento que ele me avista ali tentando sair de fininho, foi ai que ele parou de fato de beija-la e corre até mim, sem ao menos se desculpar com a garota ou algo do tipo.
- O que faz aqui? – ele perguntou andando ao meu ritmo.
- Eu vim comprar absorvente, mas esqueci a carteira.
- Deixa que eu compro! – Me virei para ele inconformada.
- Não! Não precisa e, aliás, essa foi boa, muito boa mesmo, essa vingança. Porque literalmente cai direitinho igual uma pata.
- Que vingança?
- Não precisa mais fingir, relaxa, está tudo bem.
- Fingir o quê? – Ele se perguntava sussurrando.
- Mas achei que foi baixo usar a história de que você foi abusado e sua mãe ser uma puta que morreu e seu pai um cafetão pedófilo presidiário. Apesar que também fui, então não pega nada – e enquanto eu não parava de falar ele parecia pensar muito.
- Espera! Espera aí – e quando chegamos na porta do supermercado ele segurou o meu braço com uma certa força – Aonde você ouviu isso?
- Do seu amigo, por quê? Não era invenção? – e enquanto eu perguntava querendo saber uma resposta ele me soltava e saia sem me dizer nada, é acho que é apenas um mal costume de sair desse jeito, no fim não me desculpei, mas me senti muito incomodada, preocupada e bastante confusa de uma coisa eu sei nunca confie em um cara gato ou no amigo dele sempre da ruim.
Enfim, não sei o que aconteceu após ele me deixar na porta do mercado, mas posso dizer que ele estava um tanto incomodado e do modo como reagiu me intrigou, e novamente fui para a casa da Ingrid e novamente Daniel atende, porém, dessa vez estava mais preparada.
- Oi! GostosDaniel.
- O que?
- Daniel! Eu falei, Daniel! Oi!
- Oi?!
É... não estava tão preparada assim, mas depois desse vexame logo fui para o quarto dela, mas ela não estava ali, então desci e encontrei o meu lindo, glamouroso, gostoso e perfeito Crush sentado no sofá da sala assistindo algo que julgo dizer que era algo bem divertido, porque sempre quando é na idade média, sempre é divertido ao me sentar do lado dele meio sem jeito me deparo com um homem comendo a mulher e me deixando mais constrangida...
- É um filme, série... pornô?
- Seriado! A Ingrid saiu, ela vai demorar um pouco, mas você já deve ter ouvido falar, é Game Of Thrones.
- Ah! Ainda não, mas in-te-res-san-te o- o jeito que- ele faz.
- Você não sabe do que está falando né?!
- É, é que chego aqui e me deparo com um homem nú. Você é gay?
- Não! não, não – ele até tinha se ajeitado no sofá – eu sou hétero, você quer que eu mostre? – estava dizendo enquanto se aproximava lentamente e me beija delicadamente, seria muito bom se isso realmente tivesse acontecido, na verdade foi algo bem longe disso.
- Você é gay?
- Sou, por quê? Não parece?!
- Não! Não parece, eu pensei q...
- “Que” o quê? Ser gay não me torna diferente.
- É que realmente é um desperdício.
- De que? Tempo?
- Não!
- Rsrsrsrs estou brincando, não sou gay, não. rsrsrs – eu só pensava em como era bonito quando sorria, principalmente o traço daquelas covinhas maravilhosas e então ele me abraçou forte – Desculpa se te enganei rsrsrs, quer assistir o que?
- Há! Não precisa, pode continuar, mas você tem que me explicar o que é sobre a série...
- Assim, essa serie é para ambos homens, mulheres solteiros ou não; como deixar o sexo mais “prazeroso” para realizar as fantasias sexuais das mais simples até a mais elaborada fantasia.
- Sério?!
- Não! Rsrsrsrs.
- Você vive me enganando, como posso te levar a sério! – Emburrei a cara como uma criança quando não está com raiva.
- Qual é, você tem que se divertir mais – ele me empurrava devagarinho com o ombro tentando me animar.
- Que pena, essa série não é como você falou, porque iria te ajudar, você não sabe, mas está precisando rsrsrs.
- Rsrsrsrs Como sabe?! Quer que eu te mostre? – E nessa hora eu fiquei vermelha e a Ingrid chega em casa e me puxa do sofá e me leva para o quarto dela.
- Me conta tudo! – Disse ela se sentando na cama
- Tudo!
- Só conversamos, ele me disse que era gay rsrsrs
- E aí?
- Depois ele disse que não era, e eu perguntei sobre a série e ele falou que era algo sobre sexo – e nesse momento ela ficou de boca meio que aberta – e depois disse que não era, então falei que ele precisava e ele “não, não quer que eu te mostre?”
-Sério, amiga?!
- Sério!
- Você tá muito vermelha rsrsrsrs e como foi lá com o outro?
- Ele estava com outra garota no maior amasso.
- Sério?! Mentira!
- Não, depois que ele me viu quase saindo de fininho foi até mim e eu achei que ele estava se vingando...
- Certo!
- E eu falei que foi uma ótima ideia para se vingar, ele parecia não entender do que eu estava falando, depois que disse que jogaram baixo falando daquela história, aí ele me perguntou aonde eu tinha ouvido isso e depois foi embora. E aonde você estava?
- Com quem mais eu estaria? Estava lá com ele, nada demais. Aí o seu amigo apareceu furioso, eles começaram a brigar feio então o seu amigo não quis mais ouvir ele e saiu para a rua. O meu homem foi atrás dele e- e- e- e não tinha como ele ter visto, apareceu do nada.
- Quem apareceu?
- O carro atropelou os dois, o moreno só machucou o braço de leve, mas o ruivo foi parar no hospital...
- O quê? Como assim, você me dá essa notícia só agora?!
- Eu só... foi mal, viu?
Depois disso fomos ver ele e o Daniel nos acompanhou e lá descobrimos que o ruivo e o meu lindo crush não era bons amigos e sim que os dois tinham uma certa rixa de longa data e ele ficou desapontado ao saber que eu fiquei e dormi com ele, mesmo sabendo disso eu não quis deixa-lo ali sozinho, descobri que a história era verídica e o que aconteceu foi o seguinte o moreno não aguentou ver o amigo desapontado e veio falar comigo, e fez o fez e quando fui no supermercado a garota só foi usada para ele esquecer o que eu fiz e, quando me viu, não gostou de saber que eu sabia sobre a vida dele, porque para ele era algo que ele queria esquecer e que ninguém soubesse, ainda mais eu, uma completa estranha para ele. Vai, nem tanto assim... tem partes do meu corpo que só ele conhece, então não é bem assim. No fim fiz papel de trouxa no papel de trouxa, ao longo dos dias eu descobria mais sobre ele e me encantava ao saber todas aquelas histórias que me contava apesar de ter vivido tanta coisa ruim, ele ainda teve algo bom para dizer e o Daniel ficava um pouco mais distante e rosto dele de desaprovação que me machucou muito. Após sair do hospital, digamos que não que não via a hora de vê-lo, de sair com ele e fazer esquecer aquele passado horrendo, resumindo um pouco, que foi bem monótono a gente se pegava e transava praticamente em todo lugar, no começo era na minha casa, depois na dele e quando vi era só avistávamos um lugar que estávamos transando e, como eu contava para a Ingrid, o Daniel certamente acabava sabendo e não gostava nem um pouco.
Poxa, eu tenho uma paixão por ele tão grande que não consigo explicar, tenho vergonha de dizer algo errado e ele não gostar de mim, não consigo me soltar, mas com o ruivo ele tem todo um boró godó e eu não resisto, claro tenho que extravasar meu amor reprimido de alguma forma, claro que o ruivo nunca viu problema em me deixar extravasar esse sentimento, ele até me apoiava e incentivava até que, uma sexta à noite, depois de uma transa recebi uma mensagem dos meus pais que eles estariam chegando em casa em alguns minutos, e como o ruivo não tinha carteira o moreno chegou as pressas na sua caminhonete vermelha para me levar para casa, e assim que entro no carro aquela camisinha feminina estava me incomodando muito e o moreno percebeu...
- O que que você tem? Não para quieta!
- É que essa camisinha está me in-co-mo-dan-do.
- Então tira!
- Aqui, com você aí?
- Se está incomodando tira, você não tem nada do que eu já não tenha visto.
- Está certo! – e assim eu me virei um pouco para o lado – Não olha!
- Rsrsrs, pode deixar!
Então nessa hora fiquei me esforçando para tirar aquela camisinha, tinha algo errado quando estava tirando, não sei o que era, mas assim que tirei...
- AI, MEU DEUS!
- O que foi?
- Está furada!
- O quê? - A camisinha está furada! O que faço agora?
- Senta e chora! – eu olhei para ele e soquei o braço dele - Ai! O que você quer que eu diga? Só torça para não ter passado alguma doença para ele ou ter pego alguma ou ficar grávida!
-Ai! Eu não...
Ao longo dos dias comecei a evitar de sair de casa isso quer dizer que não sai mais tanto com ele. Cheguei nem mais ter contato com ele e depois disso fiquei me sentindo mal e tendo uma fome absurdamente grande. Um dia qualquer, a Ingrid foi me ver e desconfiou que eu estaria grávida e levou um teste de gravidez para mim. Concluindo; fiquei gravida e quando a Ingrid perguntou para o moreno aonde estava o ruivo ele respondeu que ele voltou para a Inglaterra fazia já alguns dias, e nesse tempo o Daniel já tinha cortado todo laço que eu demorei anos para conquistar, acho que para era difícil para ele me ver com alguém que ele não gostava e para não bastar, grávida. Quando não dava para ele me evitar, ficava aquele ar pesado e constrangedor.
Ao passar dos meses era inevitável meus pais descobrirem, logo disse que estava em uma festa e fiquei tão embriagada que não me lembrava de nada e, não sei o que era pior, a desaprovação dos meus pais ou a rejeição do Daniel ao me ver com a barriga já enorme.
Me tratava indiferente até que um dia eu e o Daniel estávamos esperando a Ingrid e naquele dia estava cansada daquilo, pensava em algo para quebrar aquele gelo, mas algo nele estava diferente e ele começou.
- Hã... Já está em que mês?
- No nono.
- É menino ou menina?
- É um menino. Ai!
- O que foi?
- Contrações, é normal!
- Posso tocar?
- Claro! – Ele se aproximou e colocou a cabeça sobre a minha barriga e fechou os olhos e até sentiu o bebê chutar.
Quando as dores começaram a piorar e parecia que a Ingrid chegaria nunca talvez nos deu um bolo, enfim as dores aumentaram, mais que o normal.
- E o pai?
- Ele voltou para Inglaterra.
- Isso é normal? – Perguntou ele, curioso. Quando vi, a bolsa tinha estourado.
- Isso aqui não. Ai!
- Vou chamar um táxi. Não! Ambulância. Não sei! O que eu faço? – Ele estava tão agitado e confuso, no fim fomos para o hospital de ambulância me colocaram em uma cadeira de rodas.
- O que você é dela? – Perguntou um enfermeiro.
- Eu-eu-eu.
- Responde logo, Daniel! – Eu exclamei, pois estava com tanta dor.
- Eu sou o PAI! É eu sou.
- O que?! – Eu murmurei.
Durante parto descobri que eram gêmeos e após o parto até a minha recuperação Daniel esteve ao meu lado do, jeito dele todo brincalhão e extrovertido, digamos que foi bem bacana passar aquele tempo com ele e após cinco anos já estava com vinte e três anos e estava morando em Londres em cerca de três anos e meio, trabalhando como contadora em uma grande empresa, os garotos tinham quatro anos
. O de cabelo escuro de olhos azuis se chama Noah, o outro ruivo com os olhos azuis um pouco mais claro, se chama Samuel que me fez lembra muito do pai dele, que na verdade nunca esqueci, apesar de nunca saber seu nome, ele ficou guardado em meu coração por me fazer enxergar que a minha vida não girava em torno do Daniel, que hoje trabalha com automação industrial e se casou há alguns meses.
Não, não foi comigo se foi o que pensaram. Foi com uma mulher que ele conheceu no hospital onde eu tive o meu parto. O ruivo, nunca mais soube dele, a Ingrid continuou com o William rsrsrs o bonitão moreno que só aprendi mesmo agora, enfim… em um dia de neve, muitas escolinhas fecharam até as que eles estudavam, estava tão cheio aquele dia que me embanei com os papéis que usaria na reunião com os meninos ainda em casa, mas que deu tudo certo, ainda bem.
O carro ficou congelado pois esqueci de deixar o motor ligado, concluindo, estava andando na calçada com Noah e Samuel de cada lado com muito papéis na mão e ventava bastante, aonde eu ia naquela hora? Não lembro... Ah sim, fui pagar as contas, é isso mesmo, não tinha conseguido uma babá então fui com eles mesmo, e no meio do caminho as folhas voaram para todo o lado e pedi para os meninos me ajudarem a pegar todos os papéis e um bom moço que passava perto de touca, óculos de grau e barba comprida me ajudou a recolher, quando por um segundo ele lê o meu nome em uma das contas e se assusta ao me entregar.
- ALESSA?! – Perguntou ele olhando para os meninos – É você?
E quando percebo era ele, como estava chavoso e gato que fiquei sem palavras.
Depois desse “encontro” ele me acompanhou até a lotérica e depois disso começamos a nos ver mais e mais. Hoje estou com trinta anos me casei no civil com um homem chamado Ethan Hughes, conhecido atualmente para e por mim, e por vocês, de ruivo. Depois de anos descobrimos o nome dele rsrsrsrs
Uhu, finalmente! E essas foram as minhas férias de verão quando era uma adolescente em crise. E a sua?


Fim.



Nota da autora (07/03/16): Atualmente tenho trinta anos, mas essa história é sobre os meus dezoitos anos e quando eu comecei a “evoluir” assim por dizer. Espero que gostem e aproveitem o máximo.




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