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Última atualização: 25/03/2017

1. CHANGES


Quando viu pela primeira vez, a primeira palavra que pensou foi prepotência. Quando de fato o conheceu, teve a certeza de que o homem era realmente prepotente, mas também descobriu que sentia uma forte atração por ele. Não conseguia ficar mais que cinco minutos sozinha com o polonês sem sentir uma enorme vontade de arrancar sua blusa e descobrir o que se escondia ali de baixo.
Eles poderiam resolver aquela tensão facilmente. já havia deixado claro que estava a postos para ela a qualquer momento e qualquer lugar. Entretanto, era orgulhosa demais. Aquele maldito jogador a irritava demais, e ela não poderia dar a ele aquele gostinho de vitória. Prometeu a si mesma que nunca se entregaria a ele.
Mas a promessa foi quebrada após alguns drinks.
Aconteceu na festa de aniversário de Manuel Neuer. Após muito álcool , quando a racionalidade já estava distante, ambos se entregaram sem nenhum pudor. queria poder ter acordado no dia seguinte e não ter se lembrado de absolutamente nada, porém ao abrir os olhos e encontrar um sorridente na sua cama, não pode nem fingir que havia esquecido. Aquele maldito polonês iria lembrá-la daquela noite pelo resto de sua vida.
Porém, aquilo tudo era o de menos. O que mais afetava era que ela queria mais. Desejava o jogador cada vez mais, e quase não conseguia mais disfarçar aquilo. Toda vez que olhava o homem, as lembranças daquela noite lhe atingiam em cheio, e a fazia querer muito mais.
sempre foi mais direto. Deixava claro todas as suas segundas intenções com ela, e o único problema ali era aquele maldito orgulho de que não a deixava abaixar aquela guarda por nada.
— Quando vai deixar esse orgulho de lado, ? — Ele havia dito dias após o que gostava de chamar de incidente — Nós dois queremos, então, por que não repetir aquela noite?
Mas se manteve forte, e decidida a não repetir mais aquele erro. Também prometeu nunca mais beber quando estivesse perto de , pois percebeu da pior maneira possível que o álcool a deixava vulnerável.
sempre foi determinada e quando decidia algo raramente voltava atrás. Aos vinte e cinco anos, formada em jornalismo, e uma das melhores jornalistas de esportes da Alemanha, aprendeu desde cedo a ser independente. Não precisava de ninguém para conseguir as coisas, e sempre trabalhou para alcançar seus objetivos.
Sua vida era perfeita se não contasse o fato de que sua vida amorosa era um fracasso. já havia saído com muitos caras, e com muitos se entende que ela já havia perdido as contas. E todos eles haviam terminado com ela.
Sempre diziam coisas parecidas com “Você não sabe o que é amar”. Mas aquilo era uma grande besteira já que tinha um enorme amor por seus cães.
por outro lado, apesar de sair com muitas mulheres, havia tido um longo relacionamento sério. Por quatro anos esteve com Katerine, e acreditava que aquela seria a pessoa com quem envelheceria, porém, quando se mudou para Alemanha, a moça terminou com ele quando este lhe pediu em casamento. Disse algo sobre não estar pronta e o deixou.
Depois de alguns meses sofrendo, decidiu que seguiria em frente e daria um tempo para relacionamento sério. Dois anos haviam se passado e estava cumprindo sua promessa muito bem, até que certa jornalista do nariz empinado apareceu em sua vida.
, aos vinte e oito anos, jogador profissional no Bayern de Munique, era o fuckboy mais clichê de todos: seu coração foi quebrado uma vez, e ele não queria que aquilo acontecesse novamente.
E de uma coisa ele tinha certeza: desejava desde o momento que pôs os olhos nela, e já estava cansado dela estar o ignorando.
Após um grande jogo do Bayern de Munique, sugeriu que todos fossem para o apartamento de Manuel, isso porque o goleiro era melhor amigo de , e ela nunca recusava um convite vindo de Neuer. E como o esperado, ela prontamente aceitou.
A jornalista conversava animadamente com a esposa de Thomas Müller, no enorme sofá do goleiro do Bayern de Munique. Heidi tinha longos cabelos loiros, olhos azuis e um belo sorriso. Não era difícil saber o porquê Thomas havia se apaixonado por ela.
Heidi era o ser mais simpático e inteligente que já havia tido o prazer de conhecer. O que era difícil de entender era como a loira foi se apaixonar por Thomas. Eles eram extremamente diferentes, pois enquanto Heidi era gentil e alegre, o marido era nervosinho e mal humorado sempre.
— Quando você amar alguém, vai entender, — A loira disse com um enorme sorriso no rosto, enquanto observava o marido que ria de algo que Mats havia dito — Não consigo nem lembrar da minha vida antes dele.
— Isso certamente nunca vai acontecer comigo — Respondeu revirando os olhos — e romance definitivamente não combinam.
—De onde tirou essa ideia? — Heidi indagou em seu usual tom paciente.
— Qual é, Heidi, você me conhece há um bom tempo. Já parou para contar quantos homens já passaram por minha vida? — Questionou fazendo a amiga parar para pensar e franzir o cenho.
De fato, ela já havia perdido as contas de quantos caras havia lhe apresentado.
— Muitos — Respondeu por fim.
—E fora todos eles que terminaram comigo — Acrescentou — Começo a achar que nasci para ficar sozinha. Digo, não totalmente, já que tenho meus cães, e estou muito feliz com eles, mas você entendeu.
— Ninguém nasceu para ficar sozinho. Além disso, tenho certeza de que, no máximo, em três anos você vai estar noiva de cuspiu a cerveja e por sorte não caiu em Heidi. Ela havia escutado direito?
Scheiße,Heidi! — Exclamou colocando sua caneca vazia em cima da mesa de centro e se levantando para ver o estrago na sua blusa — De onde veio isso?
— Oras, , não tente negar — A esposa de Thomas Müller sorriu marota — Manuel comentou com Thomas, que comentou comigo sobre algo estar rolando entre você e Lewy. Além disso, sei que esse ódio todo de vocês é apenas um disfarce e estão negando o que sentem.
riu nervosa, e fez uma careta.
—Não há nada acontecendo entre eu e aquele maldito polonês, e agora, se me der licença, preciso consertar esse estrago — Apontou para a própria blusa e seguiu em direção ao banheiro.
tentou fazer seu caminho para o banheiro sem chamar nenhuma atenção. Ela só queria dar um jeito naquela sujeira, e ir pegar mais cerveja, mas é claro, a vida está sempre nos sacaneando, e não seria diferente com ela. Constatou isso quando sentiu seu corpo chocar contra algo, ou melhor, alguém. Levantou os olhos ainda desnorteada dando de cara com um peitoral. O peitoral de ninguém mais ninguém menos que .
— Pronunciou o nome da jornalista em alto e bom som — Faz bastante tempo que não conversamos, uh?
— Não venha me encher a paciência com suas baboseiras, — Retrucou entre dentes. Seu humor mudava rápido quando o jogador estava por perto.
— O que houve? —O homem franziu o cenho e cruzou os braços — Está irritada e eu nem falei com você hoje — balançou a cabeça e riu baixo.
— Você me irritou indiretamente.
— Como isso é possível?
— Você contou para Manuel sobre aquele incidente — Disse irritada e olhou para os lados para conferir que ninguém estava por perto — Achei que tínhamos um acordo sobre não falar daquilo.
— Não contei para ninguém — Ela apenas o olhou descrente o fazendo bufar — Juro, . Você pediu para que eu não contasse, e te fiz uma promessa que continuo cumprindo.
— Então porque Heidi estava falando agora pouco que estamos juntos secretamente? — a olhou incrédulo, e balançou a cabeça.
— Não tenho a mínima ideia – Descruzou os braços e passou as mãos pelos cabelos pretos - Digo, Manuel tem feito perguntas suspeitas como se estivesse jogando verde.
— Por que ele faria isso?
, não seja tola — O polonês se aproximou dela e sussurrou — Todos já perceberam essa tensão entre nós.
A jornalista sentiu suas pernas bambearem, e sua respiração ficar pesada. Ele estava perto demais, e ela precisava se afastar antes que fizesse algo que se arrependesse depois.
— Não seja estúpido — Se desvencilhou dele e deu um passo para trás — Aquilo não vai se repetir.
—Estarei aqui quando mudar ideia — sorriu e saiu de seu caminho — Estava indo para o banheiro, não?
— Como sabe? — Perguntou desconfiada e ele apontou para sua camisa molhada.
— Não é difícil de adivinhar.
revirou os olhos e seguiu para o banheiro. Sua paciência para já havia se esgotado. Olhou-se no espelho e percebeu que o estrago na blusa era maior do que aparentava. Tirou-a e tentou passar um pouco de água, mas acabou por piorar a situação. De repente, se viu no banheiro, apenas de sutiã e com uma blusa e encharcada em mãos.
Não tinha como a noite ser pior.
? — Ouviu a voz de chamar, e quase deu um suspiro de alivio. Abriu a porta com cuidado, e colocou a cabeça para fora.
—Não tenho a mínima ideia do que ainda está fazendo aqui, mas precisa arrumar uma camisa limpa para mim — Ele prontamente levantou uma camisa do Bayern e entregou a ela — O quê é isso?
—Peguei no meu carro. Achei que ia precisar — Deu de ombros, e a jornalista percebeu certo nervosismo nele. Permaneceram alguns segundos se olhando, e perceberam o clima estranho que surgiu ali. Então pigarreou e fechou a porta sem saber o que dizer.
Vestiu a camisa que dizia atrás e se olhou no espelho para descobrir que ficava enorme nela. Quase parecia um vestido, mas não se importou e voltou para a sala. Recebeu alguns olhares curiosos, porém ninguém realmente teve coragem de perguntar o porquê diabos ela estava usando a camisa do cara que supostamente odiava.
Heidi sabia do acidente com a cerveja, mas não imaginava que a amiga voltaria usando justamente aquela camisa.
e não voltaram a se falar pelo resto da noite, mas quando ninguém estava olhando, ela o olhou, e para sua surpresa, os olhos azuis já estavam fixos nela. E então sorriram.
numa espécie de agradecimento e em uma espécie de sempre que precisar.

2.MÜLLER’S HOUSE


tocou a campainha da casa dos Müller e aguardou pacientemente que alguém viesse recebê-lo. Perguntou-se diversas vezes o que estava fazendo ali, e desejou estar em sua cama. Adoraria ter ficado deitado o dia todo fazendo maratona de uma série que havia encontrado na Netflix. Entretanto, Thomas Müller e sua esposa haviam o ligado cedo para exigir sua presença na casa deles.
O casal era conhecido por sempre fazer essas reuniões entre os amigos mais próximos. Quase nunca tinha um motivo especial. Sempre diziam que odiavam a casa vazia. havia cansado de repetir o mesmo conselho diversas vezes: “Tenham filhos, oras”.
Mas eles empre diziam que não estavam prontos ainda, e queriam esperar mais um pouco.
A casa dos Müller era grande, e muito bem decorada. Heidi tinha um ótimo gosto e foi ela quem cuidou de cada parte da decoração. Thomas sempre concordava em tudo o que a esposa pedia opinião. Ele não se importava com a decoração da casa, apenas se importava com Heidi. Se ela estava feliz, então ele estava feliz também.
sempre admirou o casal, apesar de nunca ter dito alto. A relação deles era bonita, pura, e dava para ver de longe que eles eram feitos um para o outro.
O polonês deseja internamente uma relação daquela, porém uma vez com o coração quebrado, ele se tornou o cara que evitava ao máximo relacionamentos sérios. Mas ele apenas tinha medo.
Depois de tanto tempo, ainda tinha medo.
A porta foi aberta por Mats Hummels. Com a mão livre ele apertou a de e o puxou para dentro. Na outra mão havia uma caneca fumegante, e reconheceu ser o chocolate quente de Heidi.
Ela adorava fazer chocolate quente para todos.
Hallo — Hummels disse sorridente. — Só estava faltando você. Todos já estão na sala.
— Eu realmente não sei por que ainda compareço nessas reuniões — revirou os olhos, mas sorriu. Tirou o casaco e entregou para Hummels pendurar.
— Elas até que são divertidas — O alemão comentou tomando um gole de sua bebida.
— Isso é porque você começou a frequenta-las agora — Disse tirando também o cachecol e o segurando em mãos — Eu já venho nisso aqui há muito tempo.
Mats Hummels havia acabado de sair do Borussia Dortmund para entrar para o elenco do Bayern de Munique. Pensar naquilo ainda era muito estranho para . Talvez ainda fosse estranho para todos os torcedores do BVB — E com certeza motivo de muita raiva —, e todas as pessoas próximas a Mats.
Ninguém nunca imaginaria que Hummels algum dia sairia do Borussia Dortmund para ir ao Bayern de Munique.
— Deixe de ser mal humorado — Hummels disse com certa animação em seu tom, e puxou o amigo pelos ombros.
Na enorme sala, a primeira coisa que viu foi seus amigos de time amontoados no sofá e com os olhos grudados na televisão. Estavam jogando FIFA, como sempre faziam.
As mulheres estavam todas no outro sofá, onde riam e jogavam conversa fora, enquanto observavam seus namorados ou maridos jogarem.
poderia estar mal humorado naquele dia, mas seu coração amoleceu ao ver aquela cena.
Aquelas pessoas eram uma família para ele.
E em meio a todas aquelas pessoas ele encontrou .
Apesar de não ser namorada de ninguém ali, ela era muito próxima a todos. era parte da família também, afinal.
Ela sempre foi muito próxima de Manuel, e onde ele estava, todos tinham a certeza de que estaria ao seu lado. Apesar de muitas pessoas acharem que era sua namorada, era apenas sua amiga. Sua melhor amiga.
Eles haviam se conhecido ainda na escola, e desde então não se separaram mais. Foi o que o goleiro contou um dia no vestiário.
E lá estava ela, entretida em uma conversa com Kathrin Lahm, Lisa Hummels e Heidi.
Ela solta uma gargalhada alta, antes de ser interrompida por Thomas que soltou um grito e apontou na direção do polonês.
— Eu sabia que ele viria! — Disse alto enquanto ia à direção de . — Ich Liebe dich, — O abraçou entre risadas, e o olhou com o cenho franzido.
— O quê está acontecendo aqui? — Indagou confuso, e recebendo toda a atenção das pessoas que estavam ali.
— Philipp e eu apostamos que você viria, e o resto do pessoal apostou que você não apareceria — o loiro explicou, e Lewy revirou os olhos. Aquilo era típico de seus amigos.
— Por que vocês sempre apostam sobre isso? — Revirou os olhos — Eu sempre reclamo dessa reunião, mas nunca faltei. Nem uma única vez — Os amigos apenas riram, e ele acabou acompanhando.
, venha tomar chocolate quente — Heidi apareceu ao seu lado e o puxou para a cozinha.
observou o polonês sumir em direção a cozinha com Heidi, e logo não prestava mais atenção na conversa de Kathrin e Lisa.
Fazia quase um mês que ela não via o jogador, e as últimas lembranças que tinha com ele eram da festa na casa de Manuel. A blusa do jogador ainda estava pendurada em seu closet. Não havia mexido nela nem uma vez sequer desde que a havia tirado assim que chegou da casa de Neuer.
Também não planejava devolver.
não queria confessar, mas havia adorado usar a blusa com o sobrenome do polonês atrás. Ela quase se imaginou na torcida do Bayern de Munique, no meio das wags, torcendo e gritando seu nome.
Mas ela se repreendeu diversas vezes quando se pegou pensando em tais coisas.
— Com licença — Ela sorriu para as duas mulheres e se levantou.
Precisava urgentemente de um cigarro. Um terrível hábito que tentava se livrar desde os vinte anos, mas nunca conseguiu.
Foi para a parte de trás da casa dos Müller, e se sentou em um dos sofás que tinha na parte coberta. Dali ela podia observar a piscina, e então puxou um maço e o isqueiro da bolsa, e rapidamente encaixou o cigarro nos lábios.
Deu a primeira tragada, e sentiu certo alívio lhe atingir. Se o pai dela ainda estivesse vivo, com certeza estaria a repreendendo por estar acabando com sua saúde, porém ele havia ido embora há alguns anos. Talvez estivesse a repreendendo de algum lugar onde ela não pudesse ver.
— Pensei que havia parado de fumar — Ouviu aquela voz dizer, e fechou os olhos abrindo um sorriso irônico. Não olhou, mas sentiu o espaço ao seu lado afundar.
— Parei por cinco dias — murmurou abrindo os olhos, mas ainda sim não o encarou.
— Isso faz muito mal para a sua saúde, sabe? — Perguntou com seriedade — Não quero que acabe com um câncer no pulmão.
revirou os olhos e deu outra longa tragada.
— E o que você entende sobre isso, ? — Questionou impaciente, e soltando a fumaça. Odiava quando as pessoas lhe diziam o que fazer. Ela sabia a droga do mal que o cigarro fazia, mas às vezes não conseguia controlar.
— Minha avó morreu de câncer no pulmão — O homem murmurou baixo e suspirou — E mesmo com o câncer, ela não largou a droga do cigarro. A velha era tão teimosa — Riu baixo e ficou durante longos minutos preso em lembranças.
— Sinto muito — disse arrependida do modo como falou antes — Realmente não sabia — Virou-se para fazer contato visual pela primeira vez com ele, e se surpreendeu ao ver que já a olhava.
— Está tudo bem — sorriu fraco — Mas pode apagar esse cigarro? — Pediu, e o olhou séria — Não por mim, e nem por ninguém, mas por você.
A jornalista ponderou alguns segundos, e por fim, decidiu que apagaria o maldito cigarro, mas antes de fazê-lo deu uma última longa tragada e soprou a fumaça vagarosamente.
Depois disso, jogou o cigarro no chão e pisou nele com sua bota.
— Satisfeito? — Olhou para que acenou positivamente.
Mas tinha algo estranho ali, e não pode deixar de notar. O homem estava diferente demais. Ele não chegava mais com piadinhas, apenas falava com ela como uma pessoa normal, um amigo.
Os dois se mantiveram quietos por alguns minutos. Até que o polonês pigarreou e virou seu corpo para poder vê-la melhor.
— Faz muito tempo que não conversamos, não?
o olhou e fez uma careta.
— Nós nunca conversamos, .
— Então deveríamos mudar isso — O polonês sorriu fraco, e o analisou procurando algum sinal de que aquilo era algum tipo de piada, mas não encontrou nada.
— Qual é o problema com você, hein? — Perguntou séria — Por que está agindo tão estranho?
hesitou por alguns minutos, e aguardou pacientemente por uma resposta.
— Eu apenas estive pensando sobre meu comportamento infantil com você — Desviou o olhar dela e deu de ombros — Tenho sido um grande idiota.
não disse nada. Manteve-se quieta por alguns minutos tentando entender o que estava acontecendo ali. Aquele não era . Definitivamente não era.
Uau voltou a olhar para a piscina e coçou a cabeça soltando uma risada nervosa — E o que te fez pensar sobre isso?
— Eu não sei.
Então eles se olharam. tentando entender o homem, mas mal sabia ela que não fazia a mínima ideia do que estava fazendo. Talvez sua racionalidade tenha ido toda embora, porém não se importava muito com aquilo no momento.
odiava agir por impulso. Gostava de calcular qualquer passo que fosse dar, mas quando se tratava de , não tinha muitas escolhas, porque quando estava perto dela, sempre agia por impulso. Parecia que era dominado por todas as emoções ao mesmo tempo, e juntas elas explodiam.
Mas ele não se importava com aquilo.
— Então nós agora somos amigos? — O homem esticou a mão para que pareceu ponderar por alguns segundos, mas por fim cedeu — Não vai se arrepender, .
— Espero que não, sorriu de verdade. Era como se uma certa paz tivesse se instalado dentro dela. Às vezes se sentia cansada de todas as discussões infantis que tinha com o polonês, e talvez aquele fosse o momento de agirem como adultos.
— Então, que tal entramos e tomarmos chocolate quente?
— Achei que você já tivesse tomado, já que Heidi te arrastou para a cozinha no momento em que chegou.
— Eu estava prestes a tomar quando Kathrin entrou na cozinha reclamando do fato de você ter vindo fumar escondida — riu baixo e fez uma careta.
— Não sei porque elas fazem tanto drama sobre isso.
— Elas se importam com você — O polonês afirmou e deu um sorriso terno para ela. Ainda era estranho vê-lo tão sério e sem piadas, mas sentia que se acostumaria rapidamente aquilo — Vamos entrar?
se perdeu alguns instantes nos olhos azuis do homem, e sorriu fraco.
— Vamos.
— Ah, e pegue esse cigarro do chão, pois se Heidi ver isso aí vai fazer um escândalo — Avisou, e revirou os olhos.
Heidi faria mesmo, e também faria um escândalo quando soubesse da mais nova amizade que eles haviam acabado de começar.

3. STRANGE SATURDAY


Das coisas mais bizarras que se podem acontecer em uma manhã de sábado, não imaginava que encontrar na porta de seu apartamento com um largo sorriso no rosto, aconteceria logo com ela.
Eram quase onze da manhã, e isso para a jornalista era cedo demais. Quando a campainha começou a tocar insistentemente, chegou a pensar até que a mãe havia aparecido de surpresa.
Pensou em várias possibilidades de quem e porque estaria importunando-a, porém em nenhuma delas imaginou que encontraria certo jogador alto, moreno e de olhos azuis do Bayern de Munique. estava com um largo sorriso no rosto girando as chaves do seu carro nos dedos.
, eu acho bom você ter uma justificação plausível para me explicar que merda está fazendo no meu apartamento uma hora dessas — Disse entre dentes, e o polonês riu. Ela usava pijamas de bolinhas e seu cabelo estava uma completa bagunça, mas não parecia se importar.
— Bom dia, — Falou animado e entrou no apartamento — Estou com um probleminha, e pensei que, agora que somos amigos, você é a pessoa certa para me ajudar.
A mulher piscou algumas vezes desacreditada e contou até dez diversas vezes. Em seguida, quando viu que aquilo não era um pesadelo, se jogou no sofá. permaneceu em pé a observando e não deixando o pequeno sorriso desaparecer.
— Isso só pode ser algum tipo de brincadeira sem graça — Murmurou esfregando as têmporas — Onde estão as câmeras?
— Quanto drama — O homem riu e se jogou ao seu lado no sofá — Por que está tão surpresa?
está no meu apartamento nessa estranha manhã de sábado, e ainda me pergunta por que estou surpresa?
— Nós somos amigos agora, não? — o olhou, uma careta se formando no rosto, e por fim, balançou a cabeça positivamente.
— Precisa da minha ajuda para o que?
— Bem, eu percebi essa manhã que preciso roupas novas.
— E o que tenho com isso? — A jovem questionou temendo o que viria em seguida — , nem pensar.
Era tarde demais. já tinha um sorriso malicioso no rosto, e ele dizia que não havia mais escapatória.

[...]


Andar com um jogador famoso ao seu lado não era o hobby favorito de . Apesar de ser melhor amiga de Manuel Neuer, e eles sempre saírem juntos, evitava ir a lugares com muitas pessoas. Chamava muita atenção, e não gostava nada disso.
Estar ao lado de em um shopping não era muito diferente. Já haviam sido abordados por alguns torcedores, e algumas pessoas apontavam e tiravam fotos de longe.
não tinha nenhum interesse em ser famosa, mas se fosse para ser, desejava que fosse por ser uma grande jornalista, e não por andar com um bando de jogadores do Bayern. Porém as pessoas nunca a reconheciam pelo jeito que queria.
Na próxima manchete sairia em letras enormes: A jornalista daquela revista de esportes ao lado de : O grande jogador do Bayern de Munique.
Ela nunca se conformaria com aquilo.
O polonês andava animado ao seu lado, e parecia não estar se importando com tanta atenção ou já estava acostumado com tudo aquilo. Eles passeavam pelo shopping analisando as vitrines quando a jovem ajeitou os óculos escuros que usava e o cutucou.
— Não aguento mais tanta gente olhando — Resmungou baixo — Acho que você está chamando mais atenção que Manuel.
— Isso é porque eu sou mais bonito, — A jovem o olhou com uma careta, mas não conseguiu esconder um sorriso — E por que continua a usar esses óculos? — Perguntou — É muito estranho ver uma pessoa toda embalada em casaco e cachecol usando óculos escuros.
— Não é nada estranho. Além disso, estou tentando preservar minha identidade aqui.
— Sabe que isso não funciona, certo? — bufou, e o ignorou — Vamos entrar naquela loja ali — Apontou, e puxou .
Foram prontamente atendidos por uma jovem loira que olhava para o homem com os olhos brilhando. Ela ao menos olhava para , que já começava a fazer cara emburrada. A loira disse algo sobre estar logo ali ao lado, caso precisasse e se afastou.
— Ela ao menos notou minha presença aqui! — quase gritou — Eu sou invisível por acaso?
Ele a olhou e riu.
— Não, você não é invisível, — Cruzou os braços e a olhou com seriedade — Mas está usando um óculos escuros gigante, e não está dando nem um sorriso. Assustou a garota.
— Tanto faz — Deu de ombros — Vamos comprar suas roupas logo.
As próximas duas horas passaram mais lentas do que nunca. a fez entrar em mais cinco lojas. Na quinta, todos os atendentes tinham um enorme amor pelo Bayern, e pelo polonês, e ficaram o paparicando durante todos os momentos. E quando terminou suas compras, eles pediram algumas fotos, e o jogador prontamente atendeu ao pedido.
observou tirar fotos com os atendentes da loja, e a todo momento sorrir muito. Depois de se despedir, se aproximou dela.
— Achava que os homens é quem carregavam as sacolas das compras, sabe? — Resmungou atrapalhada com tantas sacolas quando se aproximou.
— Desculpe — Pegou as sacolas dela para carregar — Aquelas mulheres estavam quase me assediando ali — Brincou.
— É claro que acredito — revirou os olhos — Eu estava aqui observando todas as atendentes da loja te secando — Disse fazendo uma careta como se não soubesse o que as pessoas viam nele, mas era pura encenação. não era um pedaço de mal caminho, e sim o caminho inteiro — E um cara também.
— Isso é ciúmes, ? — Levantou as sobrancelhas e a viu forçar uma risada.
Nunca, .
— É normal ter ciúmes de amigos. Não seria estranho, sabe? — Insistiu tentando provocar a morena, mas ela apenas deu de ombros e começou a andar.
— Não comece a atormentar minha mente outra vez, . Nós somos amigos, não é? — Questionou sem parar de andar e o homem corria para alcançá-la — Amigos não são irritantes desse jeito.
— Desculpe. Vou me esforçar mais — Sorriu fraco e ela deu de ombros continuando a andar.
Eles passaram por mais duas lojas, e andavam com diversas sacolas pelo shopping. Já se passavam das cinco da tarde, e já sentia seu estômago resmungar.
então sugeriu que eles fossem até seu apartamento para almoçar por lá. pensou diversas vezes de que aquilo era uma má ideia. Ainda não havia se acostumado com a nova amizade, e ainda tinha um pé atrás, porém quando o homem de olhos azuis a olhou com um sorriso nos lábios, não conseguiu dizer não.
O apartamento de era muito bem organizado, e não se surpreendeu ao encontrar o espaço luxuoso, afinal, ele era um jogador famoso e rico, então não esperava algo muito diferente do apartamento de Manuel.
Mas se surpreendeu ao encontrar um gato.
estava no sofá de , enquanto este estava na cozinha preparando algo para eles comerem, quando o siamês pulou em seu colo, e ela soltou um grito.
MEIN GOTT!— Se levantou bruscamente e o gato pulou no outro lado do sofá — O que é isso?
correu até a sala com o coração acelerado pelo susto que havia tomado, e riu ao ver olhando o gato assustada.
— Vejo que conheceu o Buzz — o olhou sem graça pelo escândalo que havia feito e mordeu os lábios — Ele não arranha, .
— Eu só levei um susto — Murmurou baixo e voltou a se sentar tentando passar a mão no bichano, que começou a lamber sua mão — Tão fofo.
— O almoço vai sair logo — Ele disse e se aproximou do sofá. acenou positivamente sem tirar os olhos do gato.
— Não sabia que tinha um gato — Puxou Buzz para seu colo e continuou o acariciando — Meus cachorros vão morrer de ciúmes se souberam disso — Riu baixo.
— Não vi seus cachorros no seu apartamento hoje — Ele disse a fazendo desviar os olhos do gato para ele.
— Eles estão na casa da minha mãe. Lá tem um enorme jardim, e ela é apaixonada por eles, então eu sou obrigada a levá-los lá pelo menos uma vez na semana.
— Sua mãe trata seus cachorros como se fossem seus filhos? — Ele perguntou desacreditado e riu alto.
— Ela acha que é a única experiência com netos que vai ter — explicou balançando a cabeça. Às vezes nem ela acreditava na própria mãe.
— Bem, olhando por esse lado, até que a entendo — Disse e recebeu um olhar feio da jornalista — Outro dia, o Manuel estava apostando com Heidi que você não iria casar.
Ela não conseguiu se segurar e riu. Às vezes parecia que rir era o que mais fazia quando estava ao lado daquele maldito polonês.
— Ninguém acredita em mim além da Heidi — Murmurou — Sabe o que ela me disse naquele dia no apartamento do Manuel?
— Aquele dia em que ela disse que nós estamos secretamente juntos? — perguntou e ela acenou positivamente.
— Heidi disse que, em três anos, eu estaria noiva.
— Duvido muito — Ele disse rindo, e fez sinal para que ele a deixasse continuar.
— E você seria meu noivo.
gargalhou alto, e a acompanhou. Aquilo nunca aconteceria. desejava , ele assumia. desejava , e ela não assumia.
Era disso que se tratava e , com eles era tudo sobre desejo, e nunca seria nada além disso. Nunca seria nada além das brigas infantis, de incidentes que eles insistiam em fingir que não haviam acontecido. Nada além da estranha amizade que haviam começado.
Era apenas isso.

4. MAX AND LOUIS


Das coisas mais bizarras que havia visto na vida, jurou que ir até o apartamento de em uma manhã de sábado nunca sairia do topo da lista. Porém não imaginava que, numa manhã de quinta-feira na qual estava de folga estaria no parque acompanhando em um passeio com seus cachorros. Tornava-se mais estranho ainda pelo fato de que foi ela quem o havia convidado.
O elenco do Bayern de Munique estava dispensado naquele dia, e logo cedo Heidi havia convidado todos para sua casa. O polonês já estava pronto para sair de casa quando recebeu uma mensagem de , e nela, a jornalista o convidava para conhecer seus filhos.
— Ainda estou muito surpreso pelo seu convite — O homem disse observando os labradores de correrem animados pelo parque.
— Eu conheci Buzz, e achei que você deveria conhecer meus filhos também — Disse animada observando Max e Louis brincarem logo a frente deles — Eles não são a coisa mais linda desse mundo? — Olhou para os cães com os olhos brilhando.
— Eles até que parecem com você — Disse e riu baixo. Talvez ela estivesse se acostumando com o fato de que sempre teria comentários estúpidos para serem ditos.
— Idiota — Respondeu parando de caminhar e se virando para vê-lo melhor — Você acha que Heidi vai ter um treco quando não aparecermos lá?
— Talvez — Deu de ombros —Mas tenho certeza de que ela vai ficar ainda mais desconfiada sobre nós.
acenou positivamente concordando e suspirou. Não queria ter que explicar nada para ninguém. Na verdade, não tinha respostas para muitas coisas. Apenas acordou naquela manhã e decidiu que seria uma boa companhia para um passeio no parque.
Após ter lhe emprestado a camisa na casa de Neuer, ela percebeu que o homem tinha um lado o qual ela não conhecia, o que a deixou desesperada para saber mais. Permitiu-se conversar ele como uma adulta na casa dos Müller e logo viu que ele não era tão insuportável quanto demonstrava ser.
não tinha uma explicação para o porquê dela começar a ver de uma forma diferente, mas não estava se preocupando muito com aquilo no momento. Deixaria para pensar depois.
— Vamos deixar para pensar em Heidi e suas teorias sobre nós para depois — O homem a tirou de seus pensamentos. apenas acenou, e concordou.
— Tudo bem.
Eles voltaram a caminhar e Max apareceu pulando em cima de para o lamber. riu da cena, e o polonês fez uma careta.
— Calma aí, amigão — Passou a mão no cachorro, e recebeu lambidas em troca. Em seguida, Max correu atrás de Louis.
— Ele gosta de você — disse sorridente — Que péssimo gosto, Max — Brincou e viu a olhar indignado.
— Então acho que ele realmente puxou a dona — Rebateu — Já que você também gosta de mim.
— Quanta prepotência! — Exclamou, mas com um sorrisinho de lado.
— É apenas a verdade, — Disse baixo, mas a jornalista ouviu e arqueou as sobrancelhas.
— O que te faz achar que gosto de você, ? — Ele a olhou surpreso, e se amaldiçoou por ter a boca grande demais.
— Eu sempre pego você me olhando quando estamos no mesmo ambiente — Começou um pouso receoso, mas se manteve séria para que ele continuasse — Apesar de dizer que odeia meus comentários, você sempre ri deles, e... — Parou para analisar que o olhava ainda calma.
— Termine, — O incentivou cruzando os braços.
— Acho melhor nós irmos atrás de Louis e Max — Trocou de assunto e apontou para os cachorros que estavam em uma distância significativa deles.
— Você é muito frouxo! — Exclamou desacreditada.
se virou, e ficou parado apenas encarando , que ainda aguardava por uma continuação da sua fala. Ele deu um passo para frente, e hesitou por alguns segundos.
Talvez ele estivesse prestes a cometer o que chamaria de incidente, mas em seu coração algo lhe dizia que era a coisa mais certa que faria em toda sua vida.
O polonês respirou fundo, e caminhou a passos apressados até chegar perto de , que não ousou desviar os olhos dos dele nem por um segundo. A mão direita dele foi parar no pescoço dela, e a esquerda a puxou pela cintura.
não teve muito tempo para pensar, e só sentiu quando ele grudou seus lábios nos dela. Um beijo urgente que fez suas pernas bambearem, e o coração acelerar tão rápido, que quase parecia que ele iria saltar para fora. Suas mãos trêmulas subiram até os braços musculosos dele, e apertou ali para se segurar. Sentia que ia derreter ali a qualquer momento. Diminuíram a intensidade do beijo quando perceberam que não havia mais fôlego para continuarem, e se afastaram.
E eu tenho esses efeitos em você — Murmurou fazendo ela piscar algumas vezes sem respostas, afinal ele estava correto em tudo o que havia dito.
— Acho melhor irmos atrás dos meus filhos.

[...]


Uma hora mais tarde, deixava em seu prédio. A mulher tinha carteira de motorista, mas preferia andar de táxi, então o polonês ofereceu uma carona de volta para casa. bem que tentou negar, além de sentir uma necessidade enorme de se afastar do homem, os cachorros iriam sujar tudo no banco de trás, porém ela não conseguia dizer não para .
A viagem até o prédio da jornalista foi extremamente silenciosa. perdida em pensamentos, e pensando que talvez a jornalista não voltasse mais a falar com ele depois daquilo. Ou, talvez ela o surpreendesse como havia feito naquela manhã.
Ele não sabia o que esperar.
Quando finalmente o carro parou, ambos não sabiam o que dizer. com medo de falar algo, e confusa demais para formular alguma coisa. Em meio há tanto silêncio, sua mente estava a mil por hora.
Ela não sabia o que pensar.
a olhou receoso, e a viu suspirar. Ainda sem o olhar, disse:
— Obrigada.
—Não precisa agradecer.
finalmente o olhou e deu um sorriso, porém virou-se rapidamente abrindo a porta do carro. Colocou uma perna para fora, mas hesitou em colocar a outra. Seu coração ainda estava acelerado pelo beijo, e tudo o que se passou por sua cabeça no caminho de volta para casa foi que ela já sabia o que queria, já sabia o que precisava.
E estava na hora dela parar de se sabotar.
— Esqueceu algo? — perguntou confuso, e viu ela colocar a perna para dentro outra vez, e bater a porta.
— Esqueci sim — Disse antes de acabar com a distância entre eles.

5. JUST LIKE HEAVEN


— Já terminou? — Perguntou impaciente pelo que parecia ser a milésima vez, e o ignorou voltando a se concentrar na matéria que estava trabalhando.
observou voltar a bater os dedos nas teclas do computador em uma agilidade que ele provavelmente nunca teria. Estava ali sentado durante o dia todo, e não poderia estar mais entediado.
Não que estar na presença de fosse ruim, longe disso. Nas primeiras horas em que esteve jogado na cama dela observando-a trabalhar na escrivaninha, achou que não poderia estar mais satisfeito, mesmo que ela não pudesse lhe dar atenção. Porém depois de horas, se alternando entre sentar, deitar e andar de um lado para o outro no quarto, acabou por ficar entediado.
Depois do passeio com os cães não haviam mais se visto. Não porque estava evitando, mas sim porque ambos estiveram ocupados. viajando de um lado para o outro fazendo matérias, e ocupado com treinos e jogos.
Mas não deixaram de mandar uma mensagem ou outra para o outro. Contando algo sobre seu dia, ou desabafando sobre algum estresse no trabalho.
havia dito que agora que eles eram amigos deveriam trocar mensagens.
Naquela sexta-feira, haviam combinado de saírem para conhecer um novo restaurante de comida tailandesa que estava ansioso para conhecer, mas já fazia horas que eles estavam ali esperando ela terminar um texto para enviar ao seu chefe.
— Olha, se você estiver muito ocupada eu posso ir embora — se levantou da cama — Já está tarde mesmo.
— Espere um pouco — disse apressada. Não queria que ele fosse embora — São apenas sei... — Parou de falar quando viu já eram quase dez horas da noite — Gott!
riu baixo da reação dela.
— Eu mal vi a hora passar! — Exclamou se levantando e sentindo as pernas dormentes devido há tanto tempo sentada — Me desculpe ter feito esperar até agora.
— Não há problemas — sorriu fraco, mas ela não pode deixar de notar que ele parecia um pouco decepcionado.
— Está tarde para o restaurante, né? — Mordeu os lábios ao o ver balançar a cabeça afirmando.
— Nós podemos ir outro dia. Não se preocupe.
acenou positivamente, e eles saíram do quarto indo até a porta. não conseguia deixar de se sentir mal, até que uma ideia lhe veio à cabeça.
— Espere — Segurou o braço do polonês— E se nós fizéssemos o jantar? — Perguntou sentindo as bochechas esquentarem ao receber um olhar intenso dele, e continuou — Se não estiver muito tarde para você.
— É uma ideia muito boa — Respondeu sorridente, e o coração dela acelerou — Estou morrendo de fome.
resolveu terminar a matéria um pouco depois, mesmo que tivesse que dormir tarde, e se juntou com o jogador na cozinha.
Ela nunca pensou que fosse o tipo de cara que sabia cozinhar. Ele realmente não era, e muito menos ela. Não tinha muito tempo livre para aprender também. Porém juntos conseguiram fazer algo que matasse a fome deles, e por fim, se jogaram no sofá dela com os cães dormindo no tapete perto dos pés deles.
— Nós fizemos um belo trabalho — comentou — Bem melhor do que comer em um restaurante. Não acha?
— Bem, eu adoraria ter ido comer naquele restaurante, mas até que foi mais divertido nós mesmos fazer a comida.
— Sei que você amou — Sorriu convencida, e a olhou contente. Era bom poder estar perto de sem todas as implicâncias — Ei, sabe o que acabei de perceber? — Virou-se no sofá para olhá-lo melhor.
— O quê?
— Que nunca te vi falar em polonês.
— E o que quer que eu diga? — esfregou o queixo, e pensou por alguns segundos.
— Diga oi.
Czesc logo fez uma careta — Ei, não faça essa cara!
— Que língua mais estranha a sua — Brincou, e passou a língua pelos lábios. Ajeitou sua postura, e o encarou séria — Czesc.
— Olha quem fala —Retrucou — Alemão é um idioma muito estranho.
— Acho que Japonês é mais — Comentou pensativa, arrancando uma risada de — O que foi?
— É meio idiota estarmos discutindo isso.
— Idiotice tinha que envolver você, não? — Provocou recebendo um revirar de olhos.
— Não se esqueça de que foi você quem começou o assunto.
— Comecei? — Perguntou sem esconder o sorriso.
Quando estava perto dele era sempre fácil rir. Mesmo quando ainda apenas implicavam um com o outro. sempre conseguia arrancar um sorriso dela.
estava gostando de conhecer aquele . Ele era totalmente o oposto de tudo o que ela pensava, o que a fez se perguntar por que ele se escondeu por tanto tempo por de trás daquela imagem idiota de fuckboy.
Ela não queria admitir, mas passar um tempo com ele estava sendo ótimo. era um ótimo amigo, afinal.
— No que está pensando? — Ele perguntou depois de alguns minutos de silêncio.
— Estava pensando sobre o quanto a vida é engraçada — Deu de ombros, e se afundou mais no sofá, fazendo o polonês a olhar curioso.
— Ela te surpreendeu muito?
— Está sempre surpreendendo. Não acha? — Encarou o teto pensativa, e sorriu largamente sem ela ver.
É claro que a vida surpreendia muito.
Os dois estavam jogados no sofá do apartamento dela, e já passava da meia noite. Ambos teriam trabalhos e treinos para irem amanhã, mas não se importavam muito com aquilo no momento. Porque a conversa entre os dois estava muito boa, a companhia um do outro era ótima, e era isso.
O sono de e não tinha nem sinal de estar perto, quando ele decidiu ir embora. Já era uma da manhã, e teria treino amanhã. Além disso, tinha de terminar sua matéria.
Não queriam ter de se despedir, porém teriam que fazer.
— Então, é isso — murmurou se escorando na porta — O jantar foi bom.
— Nós deveríamos repetir — Disse vestindo o seu casaco, e se preparando para enfrentar o frio.
— E vamos — Ela acenou positivamente tentando conter um sorriso.
— Boa noite, — Se aproximou do rosto dela prestes a depositar um beijo em sua bochecha, mas para sua surpresa ela virou, fazendo seus lábios se chocarem.
Um beijo devagar, e sem muita urgência. As mãos de delicadamente foram parar no pescoço dele, enquanto as mãos dele estavam em sua cintura. As respirações começando a ficar desreguladas, e os corações acelerando cada vez mais. Ambos não queriam mais se desgrudar, e não iriam.
puxou de volta para o apartamento sem desgrudar dele, enquanto este deu um leve chute na porta para fechá-la. Andaram as cegas até o sofá, e logo o polonês estava por cima dela. Separou-se dos lábios dela por alguns instantes descendo até seu queixo e dando uma mordida ali. Em seguida foi até seu pescoço deixando marcas que ela teria de esconder no dia seguinte, mas não se importava muito com aquilo no momento.
E também não se importou quando acordou no dia seguinte com o homem dormindo tranquilamente ao seu lado. Quase parecia que ela estava no céu.

6. FAR AWAY


"Estou realmente sentindo saudades — "
"Ei, o combinado era não nos falarmos! – "
"Desculpe, não pude me conter. — "

tentou conter o enorme sorriso que apareceu em seu rosto, mas não conseguiu, afinal tinha aqueles efeitos sobre ela. Heidi que estava parada a sua frente, levantou uma sobrancelha, e aguardou por uma explicação para aquela súbita mudança de humor, já que estava reclamando há horas, desde que chegara a sua casa.
O elenco do Bayern de Munique tinha um jogo fora de casa, e e Heidi combinaram de passar aquele dia, no qual ambas não tinham nada para fazer, juntas, porém a jornalista estava em um mal humor terrível e tinha reclamado de tudo o que Heidi sugeria para elas fazerem.
, por que você está sorrindo desse jeito? — A esposa de Thomas Müller cruzou os braços, e viu a jornalista jogar o telefone dentro da bolsa.
— Sorrindo de que jeito? — Puxou uma cadeira para se sentar próxima da loira, que devorava um bolo de chocolate.
— Desse jeito apaixonado — Heidi respondeu sem tirar os olhos do bolo, e passou a língua pelos lábios — E não adianta negar, porque conheço muito bem um quando vejo.
— Eu não estou negando nada! — respondeu deixando o sorriso aparecer mais uma vez, e Heidi a olhou surpresa.
— O que está esperando para me contar?
mordeu os lábios, e riu baixo. Falar sobre aquilo seria fácil demais, já que finalmente havia assumido seus sentimentos para si mesma. e ela haviam combinado que não se falariam durante aqueles dias nos quais ele estivesse fora, para que pensassem sobre o que queriam e sobre o que estavam sentindo, mas o homem já havia quebrado o trato ao mandar mensagens.
estava apaixonada de uma forma que nunca esteve antes, e ela queria fazer as coisas da maneira certa, porque pela primeira vez, queria que desse certo de verdade.
— Bem, não há nada que você já não tenha previsto antes — Deu de ombros, e viu a loira aos poucos entender o que ela queria dizer. Heidi soltou o bolo na mesa, e em um segundo estava de pé.
— Eu sabia! — Exclamou andando de um lado para o outro, e se segurando para não dar pulinhos — Estava certa o tempo todo!
— É, você estava — riu e Heidi voltou a se sentar, mas dessa vez aproximando a cadeira para ficar mais perto dela.
— Você precisa me contar tudo — Juntou suas mãos com a da jornalista — Conte como você e deixaram de ser tolos.
— As coisas começaram no aniversário do Manuel...
— Espere ai! — Heidi se exaltou — Isso já tem meses. Vocês têm escondido isso esse tempo todo?
— Você quer escutar ou não? — Heidi cruzou os braços, e pediu silenciosamente para que continuasse — Nós... Ficamos — Continuou sentindo as bochechas esquentarem — E fiz ele prometer que não iria contar para ninguém. Também passei a evitá-lo.
— Você sempre complica as coisas, Schwarz — A loira gargalhou, e concordou balançando a cabeça. Era verdade. Sempre teve o dom de complicar e exagerar em tudo o que acontecia com ela, e foi mais uma de suas vítimas.
— Então, passei meses o evitando até que, naquele dia que você me sujou com cerveja as coisas começaram a mudar. Sim, tenho certeza que foi naquele dia — Sorriu se perdendo em lembranças — passou a me tratar diferente.
— Oh, o dia que você usou a camisa dele!
— Isso — De repente, suas lembranças pararam na camisa que estava guardada em seu closet. Havia gostado de usá-la, afinal — Depois teve o dia da reunião. Ele pediu para que eu não fumasse, e disse que deveríamos ser amigos.
— Amigos? — Heidi riu fazendo-a rolar os olhos, mas concordar logo em seguida.
— A princípio, foi quem tomou todas as iniciativas. Ele apareceu no meu apartamento, e me fez ir ajudá-lo a comprar roupas — Riu se lembrando do passeio pelo shopping — Até esse momento, eu ainda estava em negação sobre o que sentia, mas o convidei para passear com Max e Louis.
— Quem diria, uh? — Heidi zombou — Apesar de eu já imaginar que isso aconteceria, está sendo muito surreal ouvir isso tudo — confessou.
— Ainda é surreal para mim também.
— O que houve depois? — Questionou puxando seu bolo de chocolate mais uma vez.
— Você sabe — Suas bochechas esquentaram outra vez, e Heidi balançou a cabeça rindo.
— Danadinha!
— Heidi! — Exclamou sem graça. Aquilo era realmente constrangedor.
— Tudo bem... Então, para concluir, vocês estão juntos?
desviou o olhar de Heidi, e deu de ombros.
— Ainda vamos conversar sobre isso, mas — Parou e olhou de novo para a amiga — É o que eu quero.
E em um segundo Heidi estava em cima de , falando coisas desconexas que a jornalista não conseguiu entender muito bem, mas riu. Riu por finalmente ter falado sobre seus sentimentos para alguém, e ela mal podia esperar para quando chegasse.

[...]


bufou pela terceira vez ao não receber uma resposta de , e jogou seu telefone de lado. Estava agindo como um adolescente, porém não conseguia se controlar, afinal, se tratava de , e ela o fazia ser impulsivo às vezes.
Seus sentimentos já eram claros há muito tempo, mas ele sabia que a jornalista precisava de alguns dias para pensar sobre aquilo. Eles estavam agindo como um casal nas últimas semanas, entretanto, precisavam tornar tudo aquilo oficial. Não eram mais crianças, e precisavam ver se era aquilo que queriam ou não, e realmente queria, porque depois de tanto tempo preso em um medo, finalmente havia criado coragem para sair daquele casulo que havia criado. havia feito ele baixar a guarda, e desconfiava que ela também vinha baixando a sua.
E estar longe o fazia ver mais claramente que precisava dela.
— O que está fazendo? — Mats Hummels entrou no quarto, e esfregou o rosto um pouco impaciente.
— Estava tentando dormir — Levantou meio corpo para ver o amigo deitar na cama ao lado — Conseguiu falar com Lisa?
— Sim. Ela está na casa dos pais — Mats disse entrando no banheiro, e alguns minutos voltou de lá vestido com o pijama — E você?
— O que tem eu? — O polonês perguntou confuso, e Hummels riu revirando os olhos.
— Falou com a ? — Perguntou outra vez — E não venha com aquela conversa do acordo, porque eu disse que não iria aguentar ficar esses dias sem ao menos uma mensagem.
Mats sabia muitas coisas sobre . Se conheciam desde Dortmund, e também eram amigos. E desde que pisara em Munique, e vira e o amigo no mesmo cômodo, percebeu tudo. Quando resolvera falar com ele sobre aquilo há alguns dias, não ficou nenhum pouco surpreso.
— Bem, eu mandei uma mensagem — Deu de ombros tentando soar indiferente — Mas ela quer que respeitemos o acordo.
— Você está muito apaixonado, — Mats zombou, e o homem apenas riu.
— Tudo bem. Chega dessa conversa — disse apagando seu abajur, e Mats riu se deitando na sua própria cama — Boa noite.
Mats respondeu, e em alguns minutos o quarto estava escuro e silencioso. Porém o celular do polonês vibrou uma vez, fazendo-o procurar rapidamente o aparelho entre os lençóis e, em seguida, sorrindo ao ler a mensagem.
“Também sinto sua falta —


7. SOMETHING NEW


Quando viu pela primeira vez, a primeira palavra que pensou foi prepotência. Quando de fato o conheceu, teve a certeza de que o homem era realmente prepotente, mas também descobriu que tinha sentimentos por ele. Tentou negar de todas as formas, tentou se afastar, porém nada funcionou. Todos os caminhos a levava de volta para aquele maldito polonês.
Então decidiu deixar as coisas acontecerem.
E de fato aconteceram.
Haviam deixado à vida singular deles para trás para dar lugar a uma no plural. Não se tratava mais de ele e ela, mas sim de eles, de nós. e eram um casal, que tiveram um começo complicado, mas que no fim decidiram deixar o orgulho de lado e deram uma chance para eles. E estava funcionando muito bem.
Até mesmo Buzz estava se dando bem com Max e Louis.
Sete meses passaram voando.
Sete meses nos quais haviam acordado juntos quase todos os dias, que faziam jantares juntos, conversavam até tarde da noite enquanto tomavam uma taça de vinho ou mais que uma. Falavam sobre o passado, presente e o futuro.
A vida dos dois aos poucos ia mudando, muitas coisas estavam mudando, porém outras nunca mudavam e nem mudariam, como as já conhecidas reuniões na cada dos Müller.
Dessa vez estavam todos na mesa de jantar. , , Mats, Lisa, Kathrin, Philipp, Heidi, Thomas e Manuel conversavam animadamente enquanto comiam a deliciosa refeição que Heidi havia preparado. Toda a atenção estava sendo direcionada para Manuel Neuer, que estava sendo apontado como o único solteiro do grupo.
— Nós vamos te apresentar alguém, Manuel — Heidi disse alto, e o goleiro revirou os olhos. Odiava ser o centro das atenções, e todos o olhavam dando risadinhas — Não se preocupe. Você não vai ser solteiro por muito mais tempo.
— Realmente não preciso de um relacionamento agora — Afirmou com convicção.
— Eu também costumava negar, amigo — deu tapinhas nas costas de Neuer — Mas quando Heidi diz uma coisa, pode apostar que vai acontecer.
— Já vi que vou ter dores de cabeça — Thomas se pronunciou cruzando os braços — Vai ser muito difícil achar alguém que tenha paciência para o Neuer, e Heidi vai ficar me enchendo a paciência por um belo tempo.
— Se a Heidi te aguenta, o Manuel também consegue alguém, Müller — Mats disse rindo alto, e todos o acompanharam fazendo o loiro fechar a cara, mas dar uma risada baixa.
— Não caçoem do meu neném — Heidi se inclina para depositar um beijo rápido nos lábios do marido.
— Vocês são melosos demais — Philipp diz rindo, e bebericando seu suco.
— Imaginem como esse bebê vai ser — disse alto, e todos concordaram — Uma mistura de Heidi e Thomas vai ser bem complicado.
Todos na mesa riram.
A barriga de três meses de Heidi já estava tomando sua forma, e já começava a ficar difícil esconder. Não que ela estivesse escondendo, longe disso, a esposa de Thomas Müller havia anunciado para todos os amigos e familiares que estava grávida logo após o teste de farmácia que fizera.
Depois de ter surtado muito em uma mistura de medo e felicidade, foi que fez o exame de sangue e logo a confirmação veio: Heidi e Thomas seriam pais.
Logo aquela casa seria menos silenciosa, como Heidi sempre reclamava, e as reuniões seriam recheadas de presentes para a menina ou menino que estava por vir.
já havia comprado diversas revistas de decoração juntamente com Kathrin e haviam feito diversas pesquisas na internet para mostrar para Heidi, que adorou todas as sugestões que recebera, e como uma verdadeira amante de decoração, ela já havia planejado o quarto do bebê que seria de cor branca, pois ainda não sabiam o sexo , e, é claro, teria alguns detalhes em vermelho.
já havia anunciado que queria ser padrinho da criança juntamente de , e logo uma confusão aconteceu, pois começou uma briga para saber quem ocuparia esses postos. Entretanto, Heidi já estava planejando um modo de fazer uma decisão justa.
— Não vejo a hora de conhecê-lo — Heidi sorriu passando a mão na barriga — Eu sempre tive medo de ser mãe, pois tinha muito medo de ser desastrada, mas estou confiante de que vou me sair bem — Mordeu os lábios com os olhos se enchendo de água.
— Oh, Liebe, não chore — Thomas arrastou sua cadeira para ficar mais próximo da esposa, e a deu um abraço de lado — Está tudo bem.
— Eu estou bem — Balançou a cabeça com um enorme sorriso, e riu — Só estou muito feliz por ter um bebê crescendo em mim, e também por ter todos vocês. Agora vamos todos voltar a comer, porque a sobremesa ainda está por vir.
passou a língua pelos lábios, e virou-se para olhar , que estava concentrado em comer. O polonês logo percebeu, e virou-se também com um olhar interrogativo.
— O que foi?
— Nada — deu de ombros — Estou apenas te olhando.
sorriu, e esticou sua mão de encontro à dela.
— Também está imaginando quando vai ser quando tivermos filhos? — riu, e balançou a cabeça.
— Quem disse que quero ter filhos com você? – Arqueou uma das sobrancelhas.
— É claro que você quer ter — Afirmou, e passou as mãos pelos cabelos com um sorriso convencido no rosto — Um Jr e uma mini , uh?
— Seria uma bagunça total.
— Então você não vai querer?
tinha a resposta na ponta da língua. Não havia mais dúvidas quando se tratava deles. Ela tinha a total certeza do que queria, assim como também tinha.
— Acho que não é uma má ideia — Abriu um sorriso — Mas apenas futuramente.
não teve outra reação a não ser se inclinar para dar um beijo rápido em . Logo viraram o centro das atenções na mesa de jantar, mas não se importaram muito. Já haviam se acostumado com Thomas Müller sempre zoando eles, e também de Heidi e Lisa sempre dizerem que eles eram perfeitos um para o outro.
Eram imperfeitamente perfeitos um para o outro, e estavam felizes com o momento no qual estavam vivendo, e também com o futuro que estavam aos poucos construindo.
— Futuramente — Ele afirmou baixo, e a morena concordou com a cabeça.
e de alguns meses antes nunca seriam um casal, mas no minuto que baixaram a guarda e se permitiram, as coisas simplesmente aconteceram.
E seria e juntos dali para frente.

Fim!



Nota da autora: (25/03/2017) Quero agradecer a todos que leram essa short, e chegaram até aqui. Bom, não sou muito boa com palavras, então só queria agradecer. Quem quiser me seguir meu twitter é @erikdurw. É isso <3




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