CAPÍTULOS: [1]









Capítulo único


Ouvi um estrondo na porta da frente e pulei do sofá em que estava deitada. Vi a correr para sala chorando e sentar no sofá do lado oposto ao meu.
- O que aconteceu, ? – Perguntei indo em sua direção e sentando ao seu lado.
- O terminou comigo – deitou em minhas pernas chorando.
- Por quê? Vocês estavam tão bem! – Levantou a cabeça.
- Ele disse que queria pensar direito. – Afaguei seus cabelos. – Eu preciso fazer algo.
- Não faça nada, entendeu? – Assentiu e enxugou o rosto – Dê um tempo para ele, quem sabe vocês voltam.
- Já sei o que devo fazer – revirei os olhos – Vou reconquistá-lo, você vai ver . –Fui para meu quarto deixando a obcecada pelo na sala. Por hoje ser sexta, decidi saí. Ao contrário da minha amiga, nunca quis me prender a alguém ou prender alguém, alianças não era algo que queria ter e romantismo, não era meu tipo. O lance é que eu gosto de curtir minha solteirice e ter uma cara na minha cama no final da noite, sem ao menos saber seu nome, era ótimo.
Passei a mão pelo meu vestido azul e abri a porta, lá fora se encontrava um carro preto, carro da Vicky. Assim que entrei no carro e ela deu partida, fomos para boate mais famosa da cidade e onde se encontrava os garotos mais lindos da cidade.
A boate estava cheia e eu procurava por algum garoto em que eu pudesse começar a noite, fui ao bar pedindo uma batida de vodca e sentei para observar a boate.
- Gostaria de ver você dançando, ficar sentada nem é tão legal. – Falou e sorri.
- Bom, por que você não me convida para dançar? – Virei para ver seu rosto e me arrependi amargamente por ter lhe dado trela. O garoto era , o ex-futuro namorado da minha melhor amiga. Senti sua mão quente tocar na minha e puxar para dançar. Na pista de dança nossos corpos estavam colados, tentei não fazer nada que fosse ao seu favor, mas ficava impossível quando suas mãos passeavam pelo meu corpo e sua boca colava em meu pescoço. Respirei fundo e tentei não fechar os olhos para não ter pensamentos impróprios. Suas mãos pousaram em minha cintura e me fez girar, nós estávamos cara a cara. Ele se aproximou e beijou meu pescoço subindo para minha orelha.
- Você é tão gostosa que preciso de você na minha cama está noite. – Falou em meu ouvido, arrepiei-me e fechei os olhos passando os braços pelo seu pescoço. Senti seus lábios macios, tinha gosto de morango com menta, era bom beijá-lo, podia sentir uma eletricidade que nossos corpos emitiam. Ele puxou meu cabelo e mordeu meu lábio. Assim que o beijo foi quebrado ficamos nos encarando, provavelmente ele tivesse me reconhecendo, não era possível saber quem ele era e ele não saber quem eu era. Ele segurou minha mão e me puxou. – Quero te levar na minha casa. – Queria ter impedindo de ir para casa dele, mas meu corpo queria senti-lo por completo, estava sendo um completo imã.
Ele abriu a porta de sua casa ainda segurando minha mão, era bonita e organizada para alguém que morava sozinho sem nenhuma companhia de mulher. Ele me deixou na sala, olhei seus porta-retratos e sorri. Ele era uma criança fofa. Senti um toque em meu ombro e virei. Peguei a taça de champanhe da sua mão e tomei um gole.
- Você era bem fofo quando criança. – Comentei e ele sorriu.
- Eu acho que não trouxe você aqui para ver como eu era fofo quando criança, mas sim para ver que ainda permaneço fofo, lindo e muito bom de cama. – Ri, ele pousou suas mãos em minha cintura e apertou, ergui meu pescoço e ele beijou, fechei os olhos, coloquei minha única mão livre em sua nuca e acariciei. Ele pegou a taça da minha mão e deixou perto dos porta-retratos. Colei nossos lábios, passei o braço em seu pescoço, dei impulso pulando e coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura. Sua mão foi direto para minha bunda e a outra foi para minhas costas, ele andou para algum cômodo e me deitou, com certeza era sua cama. Ele descolou nossos corpos para tirar sua camisa, e nossa aquele cara tinha um físico de dar inveja a qualquer outro cara. Passei minhas mãos em seu abdômen e ele juntou nossos lábios novamente, ergui meu corpo e ele beijou meu pescoço. Suas mãos desceram para a lateral do meu vestido abrindo o zíper, rodamos na cama fazendo que eu ficasse sentada nele, tirei meu vestido, tirei seu cinto e abri suas calças, comecei a trilhar beijos do final de sua barriga até seu pescoço, ele virou ficando por cima e beijou meus seios por cima do sutiã, arquei as costas e ele tirou o sutiã jogando longe. – Durinho do jeito que eu gosto. – Sussurrou e começou a sugá-los. Soltei um gemido abafado e segurei seu cabelo apertando-o. Ele parou o que estava fazendo e me olhou, seus olhos eram intensos, dava pra ver luxuria ali, eu queria ser seu desejo sexual naquele momento. Ele sorriu e desceu para minha calcinha rosa, ele rasgou a mesma fazendo-me arregalar os olhos.
- Espero ganhar outra calcinha. – Disse e apoiei meus cotovelos na cama.
- Você vai ganhar algo melhor, o prazer que irei proporcionar agora. – Revirei os olhos e senti sua língua em minha intimidade. Joguei minha cabeça para trás e voltei a deitar, seu polegar estava em meu clitóris fazendo movimentos circulares enquanto sua boca me sugava e sua língua entrava e saia. Eu tentava conter os gemidos, mas ele era bom naquilo, meus gemidos eram altos e empurrava sua cabeça mais para perto da minha intimidade. Eu queria mais. Queria ter meu orgasmo com ele. Senti que a hora estava chegando, mas ele parou. O olhei em reprovação e ele sorriu. – Não vou dar esse gostinho de ter seu orgasmo sem ao menos ter de senti-la. – Falou e penetrou com força, gritei e finquei minhas unhas em sua costa. Os movimentos eram lentos e com força, ouvi arfar e dizer coisas inaudíveis.
- Mais rápido – falei com dificuldade. Ele aumentou os movimentos sendo rápidos, mas ainda com força, o puxei fazendo colar seu corpo no meu e depositei beijos em seu pescoço, abafei meus gemidos e arranhei suas costas. Ele voltou aos movimentos lentos, mas penetrando tudo, eu estava perto de ter meu querido orgasmo. O que não demorou muito. Depois de ter meu orgasmo, virei fazendo deitar. Peguei seu pênis e apertei, ele arfou e implorou com o olhar. Chupei sua glande e enfiei seu pênis na minha boca, chupava lento tentando provocar , sabia que ele não aguentaria aquela lentidão toda. Sua mão foi direto para minha cabeça e apressando todo o processo lento em que eu estava, seu pênis pulsava em minha mão e boca, logo eu poderia sentir seu gosto. Tirei minha boca do seu pênis e apenas movimentei minhas mãos. Ele respirava fundo e fechava os olhos.
- Eu vou gozar – falou e colei minha boca em seu pênis, senti seu gosto e engoli tudo. Deitei ao seu lado e ele sorriu. – Nem sei seu nome – falou tirando o cabelo do meu rosto. – Sou .
- . – Sorriu e deu um selinho, me puxou e deitei em seu peito nu. Logo adormeci ao lado do garoto que minha amiga é apaixonada.
Acordei e não estava mais na cama, me levantei e olhei que no final da cama tinha uma calcinha e um papel: ”Essa calcinha é para você lembrar-se de mim e porque rasguei a sua também. Deixei meu contato no seu celular e peguei o seu também. Quero continuar com sexo casual, topa? Tive que sair, mas é só deixar a chave debaixo do tapete. Xoxo.” Respirei fundo e entrei em casa vendo a deitada no sofá. Tentei passar direto para meu quarto sem querer olhar para minha amiga, como eu era traidora.
- Ei, hoje você demorou! – Falou e parei no meio do caminho. – A gente precisa conversar, segunda já quero pôr meu plano em ação. – Assenti e subi para meu quarto. Joguei minha sandália em algum lugar do quarto e entrei no banheiro, tirei aquela roupa e fui para debaixo do chuveiro, fechei os olhos e me amaldiçoei eternamente. Sai do banho trocando de roupa e indo à sala. – Olha, eu estava pensando... – me desliguei e apenas pensei na noite passada. Era loucura. Estava me envolvendo com o cara que minha amiga gostava, mas meu desejo de tê-lo era bem grande. Aquele papo era tão chato que acordei dos meus pensamentos com o celular tocando. - É o seu celular, . – Assenti e peguei-o. Atendi e ouvi a voz de na outra linha.
- Eu simplesmente quero foder você agora. – Falou e ri nervosa.
- Agora? Acabei de chegar em casa porque estava com você. – Falei e virei para ver a , ela sorriu e foi pra cozinha.
- Deveria ter lhe trancado aqui. – Falou e revirei os olhos. – Vem logo, .
- Daqui a vinte minutos apareço aí. – Desliguei e corri para meu quarto, troquei de roupa e desci correndo as escadas.
- Aonde você vai? – entrou na sala.
- Um lugar aí. – Saí de casa e corri para meu carro. Vinte minutos tinham se passado e eu estava em frente à casa de , desci do carro e apertei a campainha. Ele abriu a porta e me puxou, me espremendo na parede.
- Finalmente. – Falou e me beijou.

{...}


Já tinha se passado três semanas e, sim ainda estava me envolvida com . ainda não sabia que minha melhor amiga era sua ex que estava tentando reconquistá-lo a todo custo e ainda não sabia que o cara que eu estou saindo é seu ex que ela está tentando reconquistar. Todos os dias ouvia a falar que estava amando as surpresas que ela preparava, como todos os dias ouvia dizer que não estava mais aguentando . Parei em frente ao espelho e ajeitei minha blusa, peguei minha jaqueta que estava na poltrona e fui até a cozinha onde se encontrava. Beijei suas costas, ele virou e me abraçou.
- Você realmente precisa ir? – Perguntou e assenti.
- A gente se ver amanhã, . – Falei me soltando dele e indo à porta da frente. Abri a porta e virei para beijar seus lábios. – Tchau. – Virei para sair de casa e estava ali, parada, nos encarando.
- Então é essa a garota que você está saindo ? – Perguntou com os olhos cheios d’água.
- É só sexo casual – falou e me abraçou – Terminamos faz três semanas, você tem que deixar pra lá. – Me soltei dos seus braços e continuei olhando a que agora me olhava raivosa.
- Eu vou deixar vocês a sós. – Falei baixo e sai da casa.
- Temos nada para conversar. – Ouvi a voz de e passou por mim, ela entrou no seu carro e deu partida. Eu estava muito encrencada. Suspirei e entrei em meu carro, fui para minha casa que com certeza não é mais minha. Assim que entrei em casa vi um jarro sendo lançado na parede. – Como você pôde fazer isso comigo?! – Gritou. – Eu confiei em você. Falei tudo sobre meus sentimentos sobre ele e você é a garota que ele está transando?! Você é a pessoa mais falsa que já conheci na vida toda. Pode arrumar suas coisas porque você vai embora dessa casa hoje mesmo. – Ela subiu e fiquei parada ali na sala. Aonde eu iria, afinal? Não poderia pediR abrigo ao , era apenas sexo casual, nenhum envolvimento a mais que isso. Pensei em todas as pessoas que eu conversava e que poderia me ajudar, a única pessoa que veio em mente foi a minha mãe. Respirei fundo e subi para meu quarto, peguei minha mala no closet e juntei todas as minhas roupas despejando na mala.

Bati na porta da minha mãe que abriu a mesma com certa surpresa. Deixou-me entrar e pegou um copo com o whisky.
- O que lhe devo a honra? – Perguntou e sentou na minha frente.
- Transei com o cara que está apaixonada e fui expulsa de casa. – Ela arregalou os olhos e riu.
- Nossa. – Falou – O cara deve ser muito bom de cama. – Revirei os olhos
- Ah, mãe – falei e me levantei – Estraguei tudo.
- Minha filha, quando um cara é bom, não tem amizade certa. – Se levantou e andou em minha direção – Ela vai arrumar outro cara para ela. Nem se preocupe – saiu do cômodo e me deixou sozinha. Como eu não iria me preocupar? Era minha amizade que estava em jogo. Voltei a sentar e rodei o telefone na minha mão, passei a mão em meu rosto e desbloqueei o celular discando o número de .
- Hey, babe. – Ouvi sua voz e engoli em seco
- Não vai dar mais – falei – Isso que temos tem que acabar, desculpa...

{...}

Já tinha se passado dois meses e não ouvi mais falar de . Sim, depois de terminado tudo com ele no telefone, não nos falamos mais, o evitei a todo custo. Já tinha voltado a falar comigo e estava com namorado novo. Pois é, bem que minha mãe tinha razão.
Corri para o banheiro e vomitei o que acabara de comer. Não acredito que esse enjoo estava voltando. Droga.
- , vomitando de novo? Vamos para um hospital agora. – Ouvi a voz de no fundo. - Nem morta, . – Falei indo a pia e lavando minha boca.
- Ah, você vai! Faz um mês que você fica vomitando e não quer ir ao médico. Você vai sim! – Falou saindo do banheiro, respirei fundo e fui para meu quarto. Troquei de roupa rapidamente e fui carregada para o hospital. Não queria saber o que tinha, e se fosse tão ruim assim? Credo! Eu iria morrer tão cedo e nem tinha batido minha meta de ter mil transas.
- Parabéns, mamãe, você está grávida de dois meses. – Doutor disse e arregalei os olhos e a me abraçou. – Vou deixar vocês duas sozinhas. – Saiu da sala e a soltou um gritinho.
- Não acredito! Vou ser titia! – Ela bateu palmas e voltou a me abraçar. – Ei, quem é o pai? – A olhei e neguei com a cabeça.
- Oh, é o . – Ela arregalou os olhos – Estou ferrada . Estou muito ferrada.
- Claro que não, ainda é louco por você. Vamos dar um jeito nisso. – Ela me puxou para sair da sala do médico e me levou para o carro. O caminho que estávamos seguindo não era da nossa casa e estranhei, logo hoje que recebo essa noticia queria ficar quietinha em casa.
- Onde estamos indo? – Perguntei – Quero ir para casa !
- Estamos indo na casa do pai dessa criança aí. – Ela apontou para minha barriga, bufei e virei à cabeça para janela. Eu não queria resolver nada com o , ele nem precisaria saber dessa criança, quanto menos envolvimento seria melhor. O carro parou e nós estávamos parada em frente à casa dele. – Vá logo. – Falou e me empurrou. Desci do carro e andei para sua casa, parei em frente ao portão, respirei fundo e apertei a campainha. Escutei um “Já vai” e senti minhas mãos soarem, virei para ver a e ela assentiu, virei para o portão e o mesmo abriu. Prendi o ar e vi seus olhos me fitarem.
- . – Falou – O que está fazendo aqui?
- Posso entrar? Precisamos conversar! – Ele assentiu e deu passagem, fui para sua sala e sentei no sofá, alisei minhas mãos na calça, ele sentou ao meu lado e passei minhas mãos no cabelo abaixando a cabeça.
- O que aconteceu? – Perguntou e o fitei. – Por que me deixou? Foi por causa da ? Você sabe que eu não queria nada sério com ela e agora ela está com namorado, muito bem feliz por sinal.
- Eu sei . – Falei – era minha amiga antes mesmo de ter se envolvido com você. E ainda é.
- Que? Então quer dizer que estava comigo sabendo que sua melhor amiga gostava de mim? Não acredito! – falou e se levantou. – Você sabe o quanto lhe mostra ser falsa?
- Olha, eu não vim aqui pra ouvir o que eu já sei, só vim lhe contar algo que lhe interessa, mas vi que é perda de tempo... – me levantei apressada e andei ao portão, mas parei no meio do caminho me sentindo tonta.
- Você está bem? – Correu e segurou minhas costas – Vou pegar um copo d’água. – Falou me deixando sentada no sofá e correndo para cozinha. Fechei os olhos e respirei fundo várias vezes – Aqui. – Abri os olhos, peguei o copo da sua mão e bebi toda a água – O que você estava dizendo mesmo?
- Eu estou grávida , grávida de você. – Falei e ele arregalou os olhos.
- De mim? – Assenti e ele sorriu – Você está falando sério? Não acredito nisso! – Me abraçou e retribui seu abraço, fechei os olhos sentido as lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto. Afastamo-nos e ele me olhou, enxugou minhas lágrimas e me beijou. Voltei-o a abraçar puxando seus cabelos enquanto ele apertava minha cintura. Separei o beijo fungando por causa das lágrimas e ele me deu um selinho. – Eu estava com tantas saudades de você. Por favor, não vai embora não, fica aqui comigo. Deixa-me cuidar de você e do nosso filho! – Assenti e ele me beijou novamente, sorri entre o beijo e segurei seu rosto. Naquele momento, eu estava sendo a mulher mais feliz da vida, e daí que não bati a meta das transas? Aquele cara me fazia ter a melhor transa do mundo e ainda me deixar apaixonada a cada dia que passava. É, estou apaixonada por ele.

Fim.



Nota da autora: (07/01/2016) Oi! A fic é bem apressadinha mesmo, mas eu espero que vocês tenham entendido e gostado como eu gostei de escrever. Obrigada!
PS.: Qualquer erro ortográfico ou de betagem, me comuniquem pelo twitter!




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