Capítulo Único
queria muito ignorar a sensação de aperto dentro de seu peito, mas estava sendo impossível. Sua intuição nunca falhava com relação às pessoas, mas será que agora havia evoluído para acontecimentos também?
Balançou a cabeça negativamente, afastando o pensamento que ela mesma julgou como bobo.
— Ah, não!
No entanto, o que se sucedeu alguns minutos depois provaram que ela tinha razão em estar sentindo-se desconfortável. Durante o Q3 que definiria o grid de largada para a corrida sprint do dia seguinte, o heptacampeão Lewis Hamilton cometeu um erro que o fez escapar na curva sete e ele acabou batendo na barreira de proteção atrás da brita. Fim de classificação para ele e correria para os mecânicos da Mercedes que teriam de consertar tudo o que era possível dentro do pouco tempo que possuíam.
Como nada está tão ruim que não pode piorar, logo em seguida o outro piloto da equipe alemã perdeu o controle da traseira de seu carro na última curva, batendo também nas proteções do traçado.
— Mas que merda!!! — Exclamou frustrada, mas aliviada pelos dois britânicos estarem fisicamente bem.
Sem precisar fechar os olhos para imaginar, ela já havia formado uma foto mental do estado do marido: tentando manter uma expressão blasé no rosto e os braços cruzados em frente ao peito. Os fones ainda estariam tapando os ouvidos e a veia da testa estaria dilatada e saltando em função do estresse. Sentiu uma nova fisgada no peito e ela sabia exatamente o que aquilo significava: ela queria estar lá.
Diante dessa nova sensação que tomava seu corpo e do pensamento que dominava sua mente, a mulher passou a caminhar de um lado para o outro dentro do quarto de hotel em que estava hospedada. Durante toda aquela semana, acompanhou de perto os dias iniciais do recém inaugurado escritório da empresa em Budapeste. Estava feliz demais com a expansão, mas aquele não estava sendo um projeto nada fácil de ser gerenciado e ela sabia que precisaria voltar dentro de algumas semanas para verificar de perto se os pontos apontados haviam sido corrigidos e afins. Ser gerente de projetos era desafiador, porém ela amava. Quando um aproximava do fim, ela já começava a se empolgar e ansiar pelo próximo.
Naquele momento, no entanto, sua cabeça foi para outro lugar. Como já havia finalizado sua agenda do dia e da semana, estava livre e só precisaria aguardar o voo de volta para Mônaco no dia seguinte. A menos que…
— Siri, qual a distância entre Budapeste e Spielberg?
A resposta veio certeira: 400 quilômetros separavam uma cidade da outra, o que significava que seriam no mínimo quatro longas horas de viagem. Já havia tomado banho e se conseguisse sair no prazo de 1h, estaria no destino final antes das onze horas da noite.
Ir ou não ir? Ir ou não ir? Ir ou não ir? era o único questionamento que ela se fazia naquele momento. O lado racional tentava brigar com o emocional, mas poucos segundos depois um vencedor foi silenciosamente anunciado.
— Ylvi, eu preciso da sua ajuda.
— Mais uma vez, muito obrigada Vinzent. Apesar de eu ter dormido boa parte do caminho, sei que isso só foi possível graças a sua direção tranquila. — Riu baixinho. — E o papo e a playlist nos momentos em que eu estava acordada foram ótimos também.
— Muito obrigada, senhorita. Você foi uma excelente passageira. — Apesar do cansaço físico, os olhos do motorista particular brilhavam. Por ter sido de última hora, fez questão de caprichar na gorjeta e por sorte durante o trajeto ela havia conseguido reservar um hotel de última hora para que ele passasse à noite antes de voltar para casa no dia seguinte. Sabia que valeria cada centavo a partir do momento em que estivesse face a face com Toto.
Ela tinha planos de acompanhar o marido naquele GP, porém a mudança repentina no cronograma da empresa bagunçou tudo. Como os planos iniciais incluíam ela estar ali, seu nome já constava na reserva do hotel e aquilo evitou muita dor de cabeça para a visita surpresa que ela não planejou, mas que estava acontecendo. Apresentou a documentação necessária para o check in e logo estava com a chave de acesso ao apartamento nas mãos, dirigindo-se até um dos elevadores do lobby.
O batom já havia sido retocado e ela usou o tempo dentro da caixa metálica para dar uma última arrumada nos fios de cabelos e tentar desamassar um pouco a blusa que vestia. Não que se importasse muito, pois os planos que tinha para o futuro próximo incluíam estar totalmente nua e com os cabelos ainda mais bagunçados.
Ela poderia inserir o cartão na fechadura e desbloquear a porta, mas queria causar ainda mais impacto, por isso bateu na madeira de entrada e aguardou. Escutou a voz abafada do marido se aproximando da porta, era óbvio que depois do dia que tiveram ele ainda estivesse trabalhando, mesmo sendo tarde. Os passos ficaram mais próximos e ela não conseguiu evitar o sorriso instantâneo que tomou conta de seus lábios assim que ela escutou a porta sendo destravada.
Toto abriu apenas uma fresta, imaginando que fosse algum staff do hotel. Quando viu sua esposa parada em sua frente, um mix de emoções tomou conta de si e foi traduzida em sua face: surpresa, felicidade, confusão e alívio. Ele deixou a pessoa do outro lado da linha sem resposta durante alguns segundos enquanto sorrindo dava espaço para que entrasse no quarto. Ela arrastou a mala de rodinhas para dentro e ouviu ele se desculpando com quem quer que fosse no telefone. Depois de deixar suas coisas no devido lugar, a mulher tirou os sapatos e ao girar o corpo encontrou o marido bem perto de si, analisando-a de cima a baixo com uma expressão divertida no rosto como quem diz: como e o que você está fazendo aqui?
deu de ombros com um sorriso ladino brincando em seus lábios. Abraçou o marido pela cintura e ficou na ponta dos pés para depositar um beijo silencioso na boca do homem. Mais uma vez, ele a olhou surpreso e sorriu, logo em seguida fazendo um gesto com a mão sinalizando que ele logo terminaria ali. A mulher deu um passo para trás e bateu os dedos indicador e médio sobre o pulso esquerdo, indicando que ela estava contando o tempo. Toto voltou para a mesa de trabalho e ela aproveitou para calçar uma pantufa fornecida pelo hotel e retirou o blazer que vestia.
Foi rapidamente até o banheiro, onde fez o que tinha de fazer e colocou a pequena banheira para encher. Pequena perto da que ela tinha em casa, mas aquela serviria para o propósito que tinha em mente.
Voltou para a área do quarto, sentou-se em uma das poltronas da suíte e decidiu otimizar o tempo para responder Ylvi e mais algumas pessoas.
No meio de sua loucura, ela teve receio de que fosse chegar cansada demais para o que havia se proposto, mas estava surpresa consigo mesma: havia conseguido fazer um soninho revigorante durante o trajeto e o peso da semana parecia ter dado espaço ao desejo. Com seus um metro e noventa e seis centímetros, Toto Wolff era um homem imponente, mas quando ele sorria… ah, faltavam palavras para descrever o que ela sentia. Ainda mais quando ele estava vestindo o combo calça preta e camisa social branca da equipe.
Toto sentiu os olhos de sobre si e levantou direcionou o olhar para a mulher, que nesse momento mordeu o lábio inferior e arqueou uma das sobrancelhas.
— Tic tac.
Duas palavrinhas foram capazes de fazer os pelos da nuca de Toto Wolff se arrepiaram. Na verdade, o que causou aquele efeito foi a maneira que elas foram pronunciadas, causando uma enorme empolgação para o que estava por vir.
Poucos minutos depois eles ouviram três batidinhas na porta anunciando o serviço de quarto e o homem franziu o cenho, enquanto caminhava tranquilamente até lá.
— Boa noite, Sra. Wolff.
— Boa noite. Pode entrar. — Sorriu simpática e ele entrou na suíte para entregar a espumante que ela havia solicitado já durante o check in.
— Posso lhes auxiliar em algo mais? — O rapaz questionou após posicionar tudo onde solicitou.
— Por enquanto é só isso… — Ela forçou os olhos para olhar a name tag do rapaz— Bernhard. O jovem sorriu com o ato e mais ainda quando ela lhe entregou a gorjeta e ele saiu do ambiente.
Wolff acompanhava com olhos atentos toda a movimentação na ante-sala ao mesmo tempo em que digitava freneticamente em seu notebook. A ligação finalmente havia sido finalizada, mas ele ainda precisava responder alguns emails. Observou a esposa levar, em duas viagens, o balde de gelo com o espumante e as duas taças para o banheiro. Parou de estranhar quando escutou o barulho de água ao fundo, ele nem sequer havia notado que ela já havia colocado a banheira para encher e sorriu ao pensar naquilo. O dia para ele não havia sido dos melhores, mas a noite com certeza seria revigorante.
voltou para o lado do quarto onde estava sua mala e despiu-se, ficando apenas de lingerie, que logo foi coberta pelo roupão também fornecido pelo hotel. Ela não fechou o laço da peça, surgindo extremamente provocativa na frente da mesa onde o esposo trabalhava.
— Isso é mesmo real? Você está aqui ou estou delirando de estresse? — Apesar do cansaço, os olhos dele brilhavam com a surpresa.
O ambiente foi preenchido com a risada gostosa de , classificada como um dos sons favoritos do homem. Quando ela ria, a sensação dele era que tudo no mundo se alinhava. Pelo menos no mundo dos dois.
— Tudo bem real, meu amor. Mas logo você vai delirar mesmo e não vai ser de estresse. — Respondeu na maior naturalidade e ele parou os dedos sob o teclado; assim como muitos, ele havia adquirido a habilidade de digitar sem precisar olhar as teclas, mas naquele momento todo seu corpo travou.
— . — Ele disse firme, mas sua vontade era de levantar dali e prensá-la contra a parede. Estavam distantes fisicamente a semana inteira e a saudade misturada ao desejo estava consumindo a ambos. — Eu preciso mesmo terminar… — Apontou para a tela do notebook. — Só mais esse.
— Você tem cinco minutos, Wolff. Ou eu vou me satisfazer sozinha. — Piscou marota e não parou para ouvir se o marido lhe respondeu, já estava a caminho do banheiro.
Antes que o tempo estourasse, Toto já estava parado em frente a banheira admirando a mulher totalmente relaxada: o corpo coberto pela água espumosa, a cabeça recostada na borda, os olhos fechados e um sorrisinho na boca.
— Vai ficar só olhando?
— Eu poderia, mas já que você faz tanta questão… — Deu de ombros sem tirar a expressão faceira do rosto. Sob o olhar atento da esposa, Toto livrou-se primeiramente dos calçados e das meias. As mãos gigantes foram depois foram para os botões da camisa social e ele abriu um a um lentamente, sem quebrar o contato visual com .
— Tira logo, homem! — Ela não escondia que estava ansiosa para tocá-lo e aquela era uma das coisas que ele mais gostava no jeito da mulher: ela era transparente, o que tornava a relação deles muito saudável. Wolff riu e se apressou, logo abaixando as calças também. Fez menção de entrar na água de boxer, mas foi rapidamente impedido por .
— Sem nada. — Ela ordenou e subiu o tronco, deixando ele ver que seus seios molhados estavam completamente livres. Como se aquela fosse sua refeição favorita, ele salivou diante da visão. A pele macia e cheirosa dela era um convite ao qual ele nunca recusava, então livrou-se urgentemente da última peça que lhe cobria o corpo.
Totalmente nu para deleite de , ele serviu as taças de espumante antes de adentrar a banheira.
— A finalmente estarmos juntos novamente. — Ela propôs o brinde.
— E a noite maravilhosa que teremos. — Ele emendou. As taças se tocaram levemente e cada um tomou um gole generoso da bebida antes de voltarem a atenção um ao outro. — Mas então, como você veio parar aqui?
— Você provavelmente vai dizer que isso é bobagem, mas foda-se. — Wolff sorriu, adorava o jeito espontâneo dela, mesmo quando estavam discordando de algo. — Eu senti algo muito ruim quando voltei para o hotel e comecei a assistir a qualificação. Acho que era um aviso do que estava por vir, né? — Ela uniu os lábios em um beiço adorável e ele suspirou.
— Foi simplesmente lamentável. Felizmente eles estão bem e os mecânicos vão conseguir arrumar até amanhã, mas não sabemos como os carros ficarão após esses ajustes. E tinha que acontecer justo agora que as coisas pareciam estar melhorando… — Balançou a cabeça negativamente.
— Eu pensei exatamente a mesma coisa… e sabia que precisava estar aqui com você. — O rosto se iluminou em um sorriso apaixonado e o homem procurou a mão dela com a sua, afagando-a.
— Eu te amo tanto, Wolff. — Apertou levemente a mão dela que ainda estava sobre a sua. — E como chegou aqui? Alugou um jatinho?
— Essas extravagâncias eu deixo para você. — Retrucou divertida após dar mais um gole na bebida. — Ylvi me ajudou a contratar um motorista particular.
— Ela realmente virou seu braço direito na Hungria, né? Está mais relaxada?
— Sim! Ainda vou ter que voltar para analisar o andamento de algumas coisas, mas com menos frequência.
— Ainda bem.
— Você não tem moral para falar sobre viagens de trabalho. — Rolou os olhos e viu Toto sorrir disfarçadamente antes de respondê-la.
— Então vamos fazer algo melhor do que falar.
A mulher terminou de engolir o líquido transparente e borbulhante de sua taça e sorriu satisfeita. Impulsionou o corpo um pouco para frente e para cima, ficando face a face com o homem.
— Até que enfim. — colou os lábios, mas não permitiu que ele aprofundasse o beijo, ficando totalmente ereta para sair da banheira. Largou a taça em cima da bancada e olhou para trás por cima do ombro, encontrando Toto admirando-a por inteiro.
Em momentos como aquele ela se sentia a mulher mais fantástica do mundo. Os olhos atentos do homem misturavam desejo com admiração e aquele era um dos sentimentos favoritos dela, pois era totalmente recíproco. Não conseguiu frear o sorriso em seus lábios, então optou por tapá-los novamente com a taça que ela decidiu abastecer pela segunda vez naquele meio tempo. Fechou os olhos para saborear não apenas o líquido doce que ela tanto gostava, mas também o momento. Os dias distantes faziam o casal valorizar ainda mais as oportunidades de estarem juntos.
— Ai. — O momento de paz com sua mente havia sido interrompido por um tapa em sua bunda. Novamente, largou a taça em um lugar mais afastado da bancada e virou-se de frente para Toto, mantendo os braços flexionados sobre o mármore extenso da bancada. — Eu sei que essa mão faz coisas melhores também… — Deslizou uma das mãos pelo corpo e finalizou afastando as pernas.
A visão privilegiada fez Toto imediatamente passar a língua pelos lábios antes de dar um passo à frente, encaixando uma mão na cintura de enquanto a outra foi imediatamente para a nuca da mulher. Abaixou-se para que o nariz roçasse sobre a pele do pescoço dela.
— Você sabe muito bem que sim… — A mordidinha deixada no lóbulo da orelha dela fez arrepiar-se por inteira. Era incrível o poder que ele tinha sobre ela e vice-versa. Wolff puxou os cabelos da nuca dela antes de colar as bocas. Durante o início, as línguas deslizaram de forma a matar a saudade que um sentia do outro, mas quando o homem passou a acariciar um dos mamilos já empinados de , o beijo adquiriu um ritmo totalmente diferente: desesperado e meio agressivo. Quando ela tentou mudar a posição em que estava para poder tocá-lo além da boca, ele a impediu.
— Está ótimo assim.
Ver um homem de quase dois metros de altura se ajoelhando para ela poderia ser considerado uma das maneiras de vencer na vida? Em se tratando do marido, considerava que sim.
Por conta de sua estrutura, aquela não era a posição mais confortável para Toto fazer sua performance, mas com a excitação crescendo e dominando seus pensamentos, ele nem sequer se importou. Tudo em nome do prazer.
soltou o ar que nem percebeu que segurava no exato momento em que a língua do homem percorreu toda sua entrada já molhada não apenas pela água da banheira. Ele fez isso por mais algumas vezes antes de seus lábios se dedicarem inteiramente ao ponto de maior prazer dela. Estavam em um hotel e rodeados pelo pessoal da equipe, então ela tentou gemer o mais baixo possível, tarefa que ficou ainda mais difícil a partir do momento em que Toto deslizou dois dedos para dentro dela.
Mesmo sem poder ver seu rosto, ele a conhecia como e com a palma de sua mão, então sabia que ela estava de olhos fechados enquanto mordia o lábio inferior para conter sons mais altos.
— Eu… odeio… ficar… dias… sem… você. — Com muita dificuldade para raciocinar, entre suspiros e gemidos, ela conseguiu finalizar a declaração. O homem sabia exatamente o que aquilo significava, então manteve o ritmo até que instantes depois o corpo de tremeu sob seus dedos e boca. Afastou-se minimamente com um sorriso no rosto, permitindo que ela tivesse um pouco de tempo para se recompor após o efeito alucinante do orgasmo. Tão logo percebeu que os espasmos nas pernas dela pararam de acontecer, ele voltou a aproximar a boca da intimidade da mulher, sugando tudo que podia para livrá-la do excesso que escorria por entre suas pernas, para total deleite de .
— Toto. — O apelido dele foi pronunciado da maneira mais firme que ela conseguiu. Wolff deu um beijo estalado no clitóris dela antes de, com uma certa dificuldade, voltar a ficar em pé. Era hora da inversão de papéis. Os dedos dele, que antes estavam dentro dela, agora eram sugados por ela da maneira mais sensual e prazerosa possível. Ela queria levá-lo à perdição, assim como ele fez com ela pouco tempo antes. O homem suspirou pesadamente e ameaçou levar uma das mãos ao membro completamente ereto, mas foi prontamente impedido.
— Agora não.
Foi a vez de ajoelhar-se em frente àquele que ela considerava seu príncipe. Toto ansiava pelo toque como se fosse um adolescente. Ao sentir os primeiros beijos em sua glande, não conseguiu evitar de apoiar as mãos na bancada que agora estava atrás de si e também fechou os olhos, deixando a mente esvaziar e permitindo que seu corpo aproveitasse cada mínima sensação causada pelos toques da mulher sobre si. começou de leve: depois dos beijos, passou a lamber a extensão do pênis por completo, por vezes deslizando a língua sobre os testículos também.
Ela adorava ter o homem na palma de sua boca, por isso decidiu não torturá-lo muito naquele dia, logo abocanhou o membro num movimento constante de vai e vem. Os papéis haviam se invertido e agora era Wolff quem tentava controlar os gemidos, com um pouco mais de sucesso do que ela tivera. Enquanto sua boca de veludo desempenhava seu papel com maestria, as unhas de passeavam pela coxa do homem. Quando ela passou a gemer junto dele, todo o autocontrole que ele vinha mantendo com muito esforço se esvaiu.
O nome dela saiu da boca dele em um sussurro, mas ela ouviu e entendeu aquilo com um aviso: ele estava prestes a gozar. Dessa vez, ela queria que ele o fizesse dentro de sua boca, para que ela pudesse sugar todo o líquido dele, assim como ele havia feito com ela.
Como cada desejo dela era como uma ordem para ele, poucos instantes depois Toto se desfez por completo ali. Tirou forças sabe-se lá de onde, mas conseguiu abrir os olhos a tempo de acompanhar ainda sugando seu membro.
Ao finalizar, ela voltou a ficar em pé, frente a frente com ele.
O suor já fazia os fios de cabelos grudarem nas testas de ambos e eles sorriram com aquela visão um do outro.
— Sensacional.
— Como sempre. — Ela piscou e sorriu marota ao responder.
— Espumante?
— Por favor!
Eles já não eram mais tão jovens, então aproveitaram o tempo de refresco para se recuperarem antes do segundo round.
Assim que o líquido atingiu sua garganta uma ideia apitou em sua mente.
— … o que você vai aprontar? — Toto questionou ao vê-la sorrindo maliciosamente. Ela não disse nada, apenas fez sinal com o dedo indicador para que ele a seguisse. E foi exatamente o que ele fez, afinal, ele faria tudo por ela.
Parada próxima da cama, a mulher segurava a taça de espumante em uma das mãos enquanto mexia no celular com a outra. Ligou os abajures que ficavam nas cabeceiras e pediu ao marido que desligasse a luz principal da suíte. Assim que ele o fez, o ambiente foi preenchido por uma música lenta de uma playlist aleatória que surgiu de primeira aos olhos dela.
Ambos deram os goles finais em suas bebidas e os corpos se encontraram no centro do quarto, bem em frente a cama.
Wolff ofereceu o braço direito que foi rapidamente aceito pela esposa. Eles se balançavam de um lado para o outro, sem pressa alguma. E meio sem ritmo também.
Mas aquilo não importava.
O que realmente importava é que eles estavam juntos. Não apenas fisicamente falando, é claro. Eles estavam totalmente conectados, como sempre foram. Lutavam diariamente para que aquela conexão nunca se perdesse e estavam ganhando a batalha com um relacionamento duradouro, sólido, respeitoso, divertido e amoroso. Nem tudo eram flores, obviamente, mas eles sabiam muito bem como lidar com os espinhos pelo caminho.
Toto girou e a mulher riu surpresa, fazendo ele sorrir à meia luz. Depois do giro, a mulher abraçou o marido pela cintura e encostou a cabeça sobre o peito dele enquanto eles continuavam a mover-se daquele jeito deles. Wolff fazia um carinho gostoso nas costas da mulher e eles ficaram assim durante algumas músicas até o silêncio ser quebrado por ele.
— Eu amo você.
Os olhos dela brilharam e ele podia jurar que iluminaram mais o cômodo do que os dois abajures ligados à meia luz.
— Eu também amo você. — Devolveu com a voz doce.
Ambos sorriram e logo as bocas estavam grudadas novamente.
No banheiro, eles tinham saudade, tesão e uma certa impaciência.
No quarto, no entanto, havia uma outra atmosfera instalada. Ainda havia saudade e tesão, mas a paixão também apareceu ali, juntamente com a calma. A playlist aleatória de músicas lentas continuava ecoando ao fundo e parecia ditar o ritmo da movimentação.
— Estou tão feliz que você veio… — Toto disse enquanto os lábios brincavam com o pescoço dela.
— Uhum… Eu também… — Respondeu em meio a um sussurro quando o homem passou a sugar o lóbulo de sua orelha e ela agarrou o cabelo preto dele entre os dedos. Graças aos deuses aquele homem estava abaixado ou ela não seria capaz de fazer aquilo devido a diferença de altura.
Toto exerceu um pouco mais de pressão sobre a carne desnuda dela quando sentiu a mulher arranhar suas costas com as unhas. Trouxe uma das mãos para o tórax dele e começou a descer lentamente enquanto tentava continuar falando.
— Eu sabia que…— sorriu ao senti-lo travando o abdome — tinha de vir. — Assim que terminou a frase, tomou o pênis já ereto dele entre seus dedos. Acariciou a glande por alguns segundos antes de começar um movimento de vai e vem suave.
Wolff soltava alguns murmúrios que pareciam desconexos, mas que serviam de estímulo para a mulher que já sentia a intimidade pulsar de desejo novamente.
Ela parou o movimento algum tempinho depois, mesmo sob os protestos dele.
— Também quero. — Justificou, simples e direta antes de envolver o membro dele com as duas mãos e começar a esfregá-lo por toda sua intimidade. O movimento acontecia sem qualquer dificuldade e ela passou a arfar junto do marido. Teve vontade de soltar um gemido extremamente alto quando ele tomou um de seus mamilos entre os dedos, mas, para a felicidade dos outros, ela conseguiu se segurar.
Quando a necessidade de se fundirem em apenas um os arrebatou, indicou que o marido deitasse sobre a cama. Posicionou uma perna de cada lado do corpo másculo dele e sentou sem rodeios sobre ele, cavalgando em movimentos rápidos. Toto apressou em levar dois dedos até o clitóris dela, massageando-o em movimentos circulares como ela tanto gostava. Diante do estímulo, ela acabou contraindo suas paredes internas e o homem acabou falhando em reprimir o gemido alto que escapou de sua garganta. Sem parar os movimentos, foi inclinando o corpo para frente até que pudesse tocar os lábios de Toto com os seus. Sabia que naquela posição não conseguiriam fazer as duas coisas ao mesmo tempo, mas ela sentia uma necessidade urgente de sentir os lábios dele novamente. Já que estava abaixada, aproveitou para gemer baixinho no ouvido de Toto, levando-o a outro nível de excitação. Ele respondeu prontamente: levou ambas as mãos à bunda dela, ajudando a aumentar a fricção. Mesmo que os dedos dele não estivessem mais sobre seu ponto sensível, ele ainda era estimulado pelo roçar dos corpos e foi dessa maneira que ambos chegaram - exaustos - ao ápice.
Ficaram naquela mesma posição até as respirações normalizarem.
Toto colocou mais um travesseiro atrás de sua cabeça, de forma que ficou um pouco inclinado enquanto admirava o rosto suado e sorridente da mulher deitada sobre si.
— Talvez eu deva aparecer mais vezes de surpresa nos GPs… — Ela ponderou e Toto concordou com a cabeça. Ele forçou o corpo para frente, a fim de beijar-lhe os lábios enquanto mantinha um sorriso gigante na face.
Era impossível não ser feliz ao lado, por trás, por cima ou por baixo de uma mulher como .
FIM.
Nota da autora: Flá e Beck, vocês realmente conseguiram entrar na minha mente e fiquei perturbada até finalmente escrever algo com esse monumento humano chamado Toto Wolff *insira o som de muitos suspiros aqui*.
Já faziam alguns meses que eu não escrevia uma cena restrita, mas espero que tenha ficado pelo menos aceitável nessa atualização TÃO importante para o FFOBS! hahaaha
Obrigada meninas pelo apoio e a Sial por ter sido minha pitaqueira e beta <3
Já faziam alguns meses que eu não escrevia uma cena restrita, mas espero que tenha ficado pelo menos aceitável nessa atualização TÃO importante para o FFOBS! hahaaha
Obrigada meninas pelo apoio e a Sial por ter sido minha pitaqueira e beta <3