CAPÍTULOS: [ÚNICO]





Gangster






CAPÍTULO ÚNICO


Eu estava naquela família há três anos, eles sempre me aceitaram como eu sou e não preciso ter medo de ninguém pois aqui um cuida do outro somos como irmãos de sangue diferente.
Dark Gods. Esse era o nome da minha família, uma das gangues mais respeitadas do subúrbio de Nova York. Aqui, aprendi a atirar e ser como um dos membros da máfia.
"Quando eu crescer quero ser igual a você", falei para o chefe, Luke Stanford, quando cheguei no esconderijo. Tudo começou quando eu tive uma briga com os meus pais pois os mesmos encontraram drogas na minha mochila da escola. Eu tinha apenas 15 anos e com isso eles acabaram me expulsando de casa, me colocando no perigo das ruas das favelas de Nova York. Desde então, encontrei Luke em uma cafeteria e, fazendo rapidamente amizade com ele, ele me ofereceu um lar junto dele e os outros que considero meus irmãos que nunca tive. Quero dizer eu tive um irmão mas o mesmo foi embora bem antes de eu nascer.
Já estava sendo entediante assaltar lojas e pessoas inocentes e pobres apenas para dar aqueles já tinham dinheiro o suficiente para viver como a nossa máfia. Luke e eu brigamos feio na noite anterior pois há uma semana nós tínhamos quase oficializado um namoro, mas ontem o encontrei totalmente nu com uma loira na cama.
Eu queria gritar para ele a minha raiva, mas minhas lágrimas impediam de fazer isso. Agora, nesse exato momento estou arrumando as malas não antes de ter deixado um olho roxo no Luke, é claro.
Eu tinha encontrado um rapaz por esses aplicativos de relacionamentos, eu sabia que era perigoso, mas essa palavra saia muito convidativa para uma nova aventura de uma garota com dezoito anos. Eu saí de madrugada e logo pela manhã notei que eles notaram minha ausência no café da manhã. O ponto de encontro seria no Central Park, meu lugar favorito. Cheguei e não notei ninguém parecido com o cara da foto, em seguida sou abraçada fortemente por uma pessoa num físico forte e alto. Ao olhar para o rapaz, reconheci aquele olhar.
- Kyle?
O abracei novamente com as lágrimas saindo.
- Eu não acredito que você está aqui mesmo.
Os soluços ficavam cada vez mais intensos, mas notei que algo de errado tinha acontecido.
- O que aconteceu?
- É difícil, eu... fui diagnósticado com câncer e tenho apenas duas semanas de vida.
Comecei a chorar novamente, o abraçando.
- Não tem nada que eu possa fazer? Eu não quero que você se vá de novo.
Ele apenas balançou a cabeça, negando. O resto do dia e tarde ficamos aproveitando nosso tempo de irmãos. Kyle me contou que tinha um apartamento por perto e foi para lá que fomos após eu dizer a ele tudo o que eu tinha feito desde que tinha sido expulsa de casa.
Duas semanas e meia tinham se passado, e três dias desde que Kyle tinha morrido no hospital depois de uma consulta. Eu ainda estava no apartamento dele, mas em condições precárias já que eu não tinha dinheiro para nada e uma ordem de despejo tinha sido dada. A televisão aberta no telejornal falava sobre os variados assuntos até que uma mulher interrompeu a reportagem para uma notícia urgente e ao vivo.
Ignorei toda aquela baboseira e peguei minha mochila, deixando o apartamento para trás, indo até o supermercado. Sem que as câmeras percebessem, coloco algumas coisas dentro do meu casaco. Ouço quatro tiros serem dados no teto do supermercado. Vou até onde está havendo os tiros e reconheços os caras. Eles eram da polícia onde passei duas noites por ter desacatado uma autoridade. Saio correndo, o que faz que o policial me dê um tiro que acerta de raspão no meu braço, fazendo meu casaco ficar manchado. Continuo correndo até parar numa loja de televisões e ver o noticiários de uma gangue que está sendo mantida em refém. Logo reconheci e comecei a correr em direção ao local. Fiquei escondida, mas sem querer deixo cair um copo de vidro e me levanto, deixando os policiais me verem. Eu não tinha saída, mas como sempre tenho um plano B, derrubei um vaso de flores no chão fazendo com que os guardas se preparassem para atirar e quando peguei minha arma para atirar também algo fez com que quatro guardas caíssem no chão mortos. Eu não sei o que foi mas aquilo me aliviou um pouco e só tinha sobrado um que apontava a arma na cabeça do Luke. Por mais que eu estivesse com raiva do Stanford, jamais deixaria alguém ameaçá-lo e foi o que fiz a única bala que tinha na minha arma. Mirei no policial e atirei.
Ouvi Luke gritar meu nome e todos os outros também surpresos. Tinha passado uns minutos desde que apareci. Eu estava sozinha com o Luke conversando com ele.
- Você me surpreendeu.
Beijei-o de imediato, expressando toda a minha saudade dele, e ao parar o beijo, notei seu rosto um pouco perdido.
- Velhos hábitos nunca morrem, Stanford.
Eu o amava mas meu lugar ali jamais seria o mesmo, agora vou construir uma estrada diferente. Peguei a chave do carro dele e entrei acelerando o mesmo pela estrada de Nova York, deixando um Luke totalmente desnorteado com tudo.
Agora me diga você, caro leitor, acha que eu e Luke ficaremos juntos? Isso só você pode me dizer.
"Preciso de um gangster
Para me amar melhor
Que todos os outros
Para me perdoar sempre
Me acompanhe ou morra comigo
Isso é o que os gangsters fazem"



Continua



Nota da autora: (10.09.2016)


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