Capítulo Único
Já era meia-noite. Ainda que fosse o melhor tipo de namorada-para-gamer – paciente, compreensiva, até torcia de vez em quando –, era inadmissível que Baekhyun a chamasse para sua casa dizendo que adoraria passar o dia todo com ela e num passe de mágica – também conhecido como mensagem básica dos outros amiguinhos da Beagle Line – desistir de dar todo o amor da Terra (palavras do próprio Byun) para jogar.
No início (18h, GMT +9) foi aceitável, até. Mesmo que tenha ficado com um meio bico de quem claramente estava chateada, abriu um sorriso e ficou na cama do namoradinho que gritava horrores o tempo inteiro. E de vez em quando virava para ela e mandava um beijo pelo ar, como quem se lembra que convidou uma namorada para sua casa e ela tinha ido (uau!).
Aquilo não era algo incomum para . Às vezes ela saía de seu próprio apartamento para visitar a casa de Byun com a intenção de passar tempo em outro lugar, e pouco lhe importava que era para ver/ouvir Baekhyun jogando/gritando aquele negócio que ela nunca entendeu. Nem queria, pra ser sincera. Era o suficiente estar com ele e tudo bem, depois de umas duas horas ele saía da frente do PC e dava migalhas de atenção para a pobre namorada. Compensava, no fim das contas. Era divertidinho para ouvir ele falar de suas vitórias, super feliz e empolgado. o amava.
Mas aquele dia a situação estava impossível. Pelo amor dos deuses, como era possível que Baekhyun ficasse seis horas inteirinhas com a bunda sentada naquela cadeira e jogando sem parar? Ainda mais tendo mandado uma mensagem umas horas mais cedo dizendo que “estou com tanta saudade de vc, vem aq me verrrr” e que não via a hora de “te abraçar pra sempre e te dar todo o amor existente em mim”. Pois bem. Estava ali, esperando. Se Baekhyun tivesse falado com a namorada umas seis vezes naquele meio tempo tinha sido muito. E nem era por falta de tentativa. Mas ele realmente achava que um beijo na bochecha a cada meia hora – sem direito a olhares – era o suficiente.
já tinha feito de tudo que era possível naquele quarto. Limpou a estante onde ficavam alguns livros de Baek, reorganizou os mangás (porque além de gamer era otaku, para a sorte de ) em ordem alfabética, escreveu cinco mil palavras de uma história, deixou várias músicas no Cytus II com um milhão de pontos. Durante a hora do jantar, até desceu para conversar um pouco com a sogra, meio com vontade de xingar aquele garoto até a vigésima geração e meio com esperança de que ele sentisse falta dela e quando voltasse – levando mais uma garrafa de água e qualquer porcaria pra comer – percebesse a grande merda que estava fazendo.
Só que Baekhyun. Não parava. De jogar. Nunca. Àquela altura, o cérebro de já estava cansado de tentar conseguir atenção do namoradinho e uma parte irritada cogitava tirar a roupa durante alguma pausa e perguntar se ele tinha algum interesse em se relacionar com seres humanos algum dia. Todavia, era inútil. Experiências anteriores.
Aquilo já estava deixando a garota em nível deprimente. Era maltrato ao ego ficar num lugar sendo ignorada por tanto tempo. Logo , a pessoa mais carente do universo. Sozinha de segunda a domingo e sempre cheia de trabalhos e projetos e escritas e desenhos e hobbies e gatos. Baekhyun era meio que seu escape de uma vida tão estressante e corrida. E, poxa, precisava mesmo aquilo estar acontecendo? Ela nem queria nada demais – só contar como sua semana tinha sido uma grande porcaria e aparentemente só piorava.
Se parasse para pensar mais, começaria a chorar ali mesmo. Era um tanto insegura quando se tratava de seu relacionamento com Baekhyun. Ela era só a garota nerd de beleza mediana não tão popular no ensino médio e Baekhyun era... Baekhyun. Lindo. Perfeito. Um deus. Simpático e esforçado, gostoso, inteligente, responsável – mais ou menos – e que a amava. Mas às vezes a paranoia batia e não sabia se ele gostava dela de verdade ou ficava com ela por... pena?
Sim, não fazia sentido nenhum. Ela também tinha inúmeras qualidades – anos de terapia a fizeram acreditar nisso – e combinava muito bem, obrigada, com Baek. Contudo, eram aqueles momentos que a quebravam totalmente. A merda de um jogo parecia infinitamente mais importante que ela. Talvez devesse só ir embora.
Iria tentar uma última vez. Se finalmente Baekhyun decidisse conversar um pouquinho com , comentaria sobre o que estava deixando-a sem paciência sem ânimo sem vontade de nada. Talvez melhorasse das próximas vezes. Não que ela fosse voltar ali tão cedo depois dessa chateação total.
Levantando-se da cama com movimentos de quem claramente está triste, desamparada e magoada, se dirigiu até a cadeira mais confortável da Terra. Ficou uns segundinhos parada, observando aquele jogo idiota que havia transformado um dia incrível em momentos de puro desamor. Respirou fundo e cutucou o ombro de Baekhyun uma vez. Duas. Três. Nenhuma resposta, o que já era esperado. Num ato que não era muito legal, tirou um lado do fone do namorado e pediu um minuto de atenção antes dele começar a próxima partida. Falou com Chanyeol e Jongdae que eles conversariam um pouquinho, daqui a pouco ele voltava.
Baekhyun, pela primeira vez em tantas horas, finalmente a olhou direito. Ia dizendo algo em sua voz alta e chamativa, mas o sorriso logo se desfez ao ver que tinha os olhos cheios de lágrimas e as mãos tremiam um pouquinho. Ela estava chateada com algo. Ele ponderou sobre o que seria e...
Que horas eram mesmo?
Olhou o relógio na parede. 00:08. Então aquilo era um grande problema. Mas deixou que falasse o que queria.
— Sabe, Baek, eu sempre tenho muita paciência com você. Com você e com a merda do LoL. Mas puta que pariu, ein. Eu venho pra sua casa porque você me chama, diz que a gente vai passar um tempo juntos e fica aí com a bunda na cadeira jogando com o Chanyeol e o Jongdae. Eu fiz tanta coisa nesse quarto e você nem pra sei lá, me chamar pra jogar osu sentada no seu colo. Ou sentar em você. Eu tava com tanta saudade de você, a quarentena acaba e é isso que eu recebo. Baekhyun jogando League of Legends por seis horas seguidas. Fiz até amizade com o hamster do Sehun. Vai se foder. Eu te amo, mas vai se foder , nossa.
Baekhyun sentiu a consciência pesar automaticamente. Porque, oras, seria bem mais fácil de lidar se tivesse dito tudo aquilo num tom de voz estressado e puto com tudo. Mas não. Ela estava falando naquele tom de quem está profundamente magoado e decepcionado. Era trinta vezes pior. E sabia que nem tinha como argumentar. Tinha vacilado horrorosamente aquele dia e não fazia a mínima ideia de como se reconciliar com .
Preferiu manter-se em silêncio enquanto o fitava com aqueles olhos castanhos penetrantes e prestes a derramar lágrimas. Sua voz já parecia mais embargada que o normal e Baekhyun sabia que logo logo ela choraria. E a culpa era totalmente sua. Talvez um pouco de Chanyeol e Jongdae, que ficaram colocando pilha pra Baek jogar com ele. Meio envergonhado, balançou os cabelos platinados e respirou fundo.
— Você não vai falar nada não? — enfim perguntou. Estava chateadíssima e tudo que não precisava era de mais uma não resposta. Como se já não tivesse sido ignorada a noite toda. Sentiu vontade de socar Baekhyun. Agressividade não era bem seu negócio, mas ah, como ela queria. Não o fez – só em pensamento – e enfim decidiu que daria um ultimato naquele momento. Iria conversar com o irmão mais novo de Baek e dormiria na beliche que tinha no quarto do garoto. Pronto.
— Eu não vou pra casa agora porque tá tarde e eu não gosto de andar sozinha. Vou falar com o Sehun e fico por lá. Pode voltar a jogar aí.
não esperou resposta. Retirou-se do quarto de Byun meio aos prantos. E o idiota do namorado ficou lá, sem reação nenhuma. Zero palavras, nadinha. Nem um “vai com deus” pra fingir que se importava. A situação só piorava, o nariz da garota agora estava entupidinho de querer chorar e isso a irritava profundamente. Andou até o quarto do garoto, que tinha uns treze anos, e o encontrou fazendo a mesma coisa que Baekhyun. Jogando. O inferno. Daquele jogo. Ignorou e deitou-se na cama dele.
Sehun estranhou que sua cunhada estivesse ali – chorando, com o delineador intacto e os lábios tremendo – tão tarde da noite. Supôs que o irmão tivesse feito alguma besteira e, rejeitando o convite da melhor amiga para jogar mais uma vez, sentou-se cuidadosamente ao lado de , perguntando o que tinha acontecido. Ao ver que Sehun tinha lhe dado mais atenção em uns minutos que Baekhyun a noite todinha, Hyun chorou mais ainda. Meu deus, o que tinha feito pra merecer aquilo?
Os dois conversaram um pouco a respeito. De um jeito leve, Sehun disse alguns conselhos genéricos e sorriram depois de uns minutos.
Enquanto isso, Baekhyun continuava sentado em sua cadeira confortável, tentando raciocinar no que faria para consertar aquela besteira que tinha feito. Teve inúmeras ideias, mas nenhuma delas parecia boa o suficiente. Ou o xingaria ou terminaria com ele. Algo do tipo. Era meio lerdo pra supor as reações da namorada. Não tinha mais a alternativa chama-la para jogar algo que ambos gostassem. O convite seria prontamente recusado. Baekhyun pensou mais um pouco e...
Aquilo era uma ótima ideia. Na verdade não era, porém Baekhyun tinha poucas certezas na vida e uma delas era que não resistia a nenhum tipo de aposta com ele. Ainda mais se envolvessem vários momentos de atenção personalizadas com o grandessíssimo Byun Baekhyun. (Coisa que ele deveria estar fazendo desde seis da tarde).
A ideia era simples: ele chamaria Hyun para jogar Mortal Kombat. Se ela ganhasse, podia pedir o que quisesse. Desde que não maltratasse seu amado LoL, claro. E ele obrigatoriamente teria de ressarcir todas aquelas horas de joguinho em atenção e programas boiolas de namoradinhos. Maaaaas se Byun ganhasse, ele iria ressarcir todas as horas de joguinho em atenção e programas boiolas de namoradinhos DEPOIS de uma última partida. Sim, sim, era idiota e arriscado, mas ele tinha mesmo que jogar uma última vez. Chanyeol iria lhe pagar não sei quanto além de alguma skin incrivelmente legal que Baekhyun sempre invejava do amigo.
Crente de que essa era a melhor ideia pensada desde a invenção da roda, Baekhyun se dirigiu ao quarto do irmão mais novo, entrando sem bater e logo recebendo um olhar furioso. Dois olhares furiosos, na verdade. De Sehun e de . O garoto se fingiu de inocente e chamou para conversar no corredor.
— Fala logo aqui, Baekhyun.
Uh. Aquele tom de voz magoado e ameaçador, tão assustador. Byun ignorou algum xingamento de Sehun e decidiu apresentar sua magnífica proposta.
— Eu tenho uma ideia. Pra gente apostar. — Quando ele viu a expressão nem um pouco interessada da namorada, partiu para o meio desespero característico — Me escuta, me escuta, é sério! Olha só, você não vai resistir. Você não perde nem se perder a aposta.
— Tá, só fala logo.
Meu deus, como aquela mulher fica ignorantezinha com raivinha. Ainda bem que Baekhyun não ligava nem um pouquinho. Sorriu largo e enfim explicou os termos.
— A gente vai jogar só uma partidinha de Mortal Kombat. Se você ganhar, pode pedir o que quiser, desde que não faça mal ao meu LoLzinho. Se eu ganhar, eu vou jogar uma última vez com o Chanyeol pra ganhar aquela skin dele e depois eu não jogo mais. Em ambos os casos eu sou obrigado a te ressarcir as seis horas de abandono psicológico que eu te causei. Fechado?
E estendeu a mão para acordo, mesmo que estivesse a uns três metros de distância. Ela parecia estar estressada como nunca antes, irritada até com o ar que respirava. Fazia aquela cara de ódio, abominação por Byun Baekhyun, que ria, pois sabia exatamente o que aquela expressão indicava: ela iria aceitar a aposta.
levantou-se respirando fundo. Com a cara ainda fechada, apertou a mão do namorado sem ânimo algum. Enquanto caminhavam de volta para o quarto de Baekhyun, a namorada deste murmurava em tom de desgosto:
— Eu te odeio. Tomara que você perca ridiculamente. Idiota.
Mas Byun entendia que aquilo era puro amor, então ignorava as falas irritadas de com um sorriso e beijos na bochecha. Sempre a bochecha.
Na verdade, estava irritadíssima de verdade. Nem era porque o viciadinho sabia bem como chama-la de volta para seu quarto, utilizando de meios baixos. Era porque mesmo para consegui-la de volta ele prioriza a segurança de uma última partida para conseguir uma skin. Era detestável que Baek gostasse tanto daquele jogo esdrúxulo e tão pouquinho dela. Pelo menos teria a chance de fazê-lo esquecer um pouco do PC. Isso se ela soubesse como jogar Mortal Kombat.
Veja bem: foi uma criança de consoles, não de computadores. Logo, saberia sim como derrotar o namorado se estivesse com um controle nas mãos. Mas, meu deus, como é que jogava Mortal Kombat no computador? Pra vencer, de preferência. Aquilo era jogo baixo, baixíssimo, extremamente baixo. Aquele garoto tinha bem que levar um gelo por uns dias pra entender direito a gravidade do que acontecia naquela noite de merda.
Chegaram ao quarto e Baekhyun logo se sentou na cadeira gamer legal que achava espetacular. Ele abriu o jogo, deixou prontinho e disse:
— Vamos? — Com aquele tom desgraçadinho de deboche, daqueles de certeza da vitória. Não fez questão de mostrar para a garota os controles nem como funcionava; queria mesmo que ela perdesse. E perdesse feio, porque Baekhyun ainda ia deixá-la sentadinha em seu colo para jogar contra ele. Poderia se gabar, ao final, de que nem aquela bunda em atrito demais com seu corpo o fazia desconcentrar.
sentou-se com movimentos exagerados e teatrais. Balançou os cabelos na cara do garoto atrás de si e estralou os dedos, em falsa confiança. A cada cinco segundo inventava de mexer o quadril, porém não era naaaada proposital. Estava tentando achar uma boa posição para jogar, oras. Que é que tinha?
Ela logo notou que não iria mesmo receber a informação sobre os comandos, então decidiu olhar sozinha. Viu rápido, decorou pouca coisa mas o principal entendeu: aperta as teclas tais. Tudo daria certo.
A partida começou. Baekhyun parecia tranquilo, olhando o monitor sem rancor, só jogando daquele jeito infalível que tinha. De vez em quando sentia na coluna um arrepio, causado pelo bendito atrito de uma claramente irritada sobre aquele jogo. Como o previsto, Baek ganhou o primeiro round e, para provocar, deu uns apertões na cintura da namorada, repetindo que iria ganhar os dois rounds.
ignorou. Sorriu de leve, deu um beijo em Baekhyun e mostrou o dedo do meio amigavelmente. Como se amavam. Enquanto jogavam o segundo round, a garota continuou procurando a melhor maneira de estar sentada no colo dele, dessa vez com mais determinação de que ele se desconcentrasse. Já tinha acontecido outras vezes, era impossível que Baek resistisse tanto tempo. E, enfim, uma gotinha de suor ironicamente correndo por sua têmpora, Byun Baekhyun ficou cinco segundos sem apertar tecla alguma que controlava seu personagem lutando. Justo nos segundos que descobriu sem querer que juntar umas teclas dava um ataque muito, muito legal. Sorrindo, repetiu algumas vezes até Baekhyun voltar, esperançoso em ganhar.
Não deu. O garoto perdeu e iriam para o terceiro round. Ficou meio puto, colocando a culpa da derrota no que tinha entre as pernas. Respirou fundo e começaram o último, que foi bem mais rápido que os outros. tinha entendido os controles de seu personagem e conseguia jogar muito bem ainda que rebolando um monte em Baekhyun, que em determinado momento desistiu de jogar para segurar aquela cintura incrível. Ignorou toda a tela do PC e franziu as sobrancelhas, junto com um bico nos lábios, preparado para dizer que aquilo era golpe baixíssimo.
Contudo, não foi possível. Assim que o K.O. foi escutado, comemorou naquele jeito de mexer mais o quadril e causar mais atrito. Logo após, se levantou e sorriu, mostrou a língua, os dois dedos médios, apontou o dedo na cara de Baekhyun e jogou aquela frase tão deprimente:
— Eu venci. E você vai fazer duas coisas pra mim, além das seis horas de atenção exclusivas. Primeiro, você não vai jogar mais enquanto eu não for embora. E...
Baekhyun fez uma cara de desgosto, porque queria demais o que Chanyeol iria lhe dar. Mas tudo bem, poderiam renegociar outro dia. Ainda não acreditava que tinha perdido num jogo que costumava ser imbatível. Perguntou o que era a outra coisa.
— E...?
— E... você vai me foder aqui. Na sua cadeira.
au. Baekhyun conhecia aquele lado cheio de falas maliciosas de , mas era tão raro que ele sempre se surpreendia ao ouvi-la falando aquele tanto de besteira. era tão delicada e fofinha na maior parte do tempo, vestindo-se de roupas tão bonitinhas fofas que ninguém diria que ao fazer sexo gostava de uns negócios não tão fofos e delicados. Seus olhos castanhos eram sugestivos, mas ainda tinham certa inocência. Os cabelos platinados – tinham feito aquela besteira gay de casal pintar o cabelo da mesma cor – davam um ar ainda mais casto, o que era engraçado, até.
era pura, sim. Pura malícia, cheia da cabeça aos pés de pensamentos sujos que Baekhyun adorava fazê-la contar em seu ouvido. Geralmente ela precisava de um empurrãozinho para sair a besteira de sua boca; ficava com tanta vergonha. Por isso, uau. A declaração vinha como se há séculos desejasse aquilo e enfim conseguiu soltar da garganta. Uau mesmo. Baek totalmente faria aquilo.
Só que do jeito dele.
— Tudo bem — ele disse, concordando com a namorada.
Levantou-se de sua cadeira, ficando em pé ao lado de . Pegou em seu queixo, levantou-o levemente e deu um beijo lento e curto, sem fechar os olhos. Apontou para onde estava antes.
— Senta e me escuta.
Hyun acatou o pedido sem hesitar. Sentou-se, curiosa e ansiosa pelo que Baekhyun diria. Ele sabia muito bem como fazê-la delirar em momentos daquele. Imaginou que iria acontecer mais uma vez.
Baekhyun se ajoelhou, ficando entre as pernas de . As mãos apoiadas nas coxas dela. Pediu para que ela inclinasse o assento, mas ainda assim olhasse para ele. Com os olhos alheios lhe fitando, Baek desviou o olhar e observou as coxas expostas dela, passando a pontinha dos dedos frios por todas elas. Encarou novamente.
—Eu vou fazer o que você quiser. Mas — Baekhyun começou, a voz baixa e séria. Autoritário, quase. Sexy pra caramba. Os dedos roçando a barra do short do pijama, vez ou outra subindo por dentro dele. — você não vai fazer som nenhum, ouviu, ? Você sabe, o Sehun ainda deve tá acordado e eu tenho certeza que você não quer nenhum pouco que ele venha com sua curiosidade para cá. Então você vai me demonstrar o que eu preciso só com seu rostinho. E se você gemer alguma vez, eu vou contar quantas vezes e isso vai ser o número de sua punição. Sabe, é bom pra você aprender a deixar a boquinha calada.
assentiu, a boca entreaberta porque não se lembrava de momentos que respirava direito. Baekhyun falando daquele jeito lhe causava arrepios e batimentos cardíacos acelerados, além de uma vontade de apertar uma coxa na outra afim de aliviar um pouquinho sua vontade de que os dedos de Baek finalmente a tocassem.
Demoraria, no entanto. O garoto ficou brincando com a barra do short e da blusa que eram partes do pijama. Sorria às vezes, sabendo que estava torturando e logo ficaria sem paciência. Dedilhava na parte mais interna da coxa, sorria como se não estivesse fazendo nadinha. Sonso. ia reclamar de alguma coisa quando o namorado pediu para que tirasse única e exclusivamente o short que usava. Ficaria com a blusa e calcinha azul, aquela que coincidentemente estava em vários momentos como aquele.
tirou o short e encostou as costas de novo, o peito subindo e descendo em uma respiração profunda de expectativa. Baekhyun continuava com os olhos de falsa inocência, os dígitos traçando linhas e caminhos que nunca chegavam onde esperava. Outra vez, ela pensou em reclamar, dizer algo sobre estarem demorando demais. Então Baekhyun parou de cerimônias e deixou só o dedo médio em contato com a umidade da calcinha, a palma da mão virada para cima.
Pressionou bem pouquinho, mas o suficiente para que sorrisse em satisfação, um arrepio leve subindo por suas pernas. Esperava aquilo desde, sei lá, a hora que tinha sentado ali. Procurou não pensar no motivo que os levava a estar fazendo algo às uma e meia da manhã, certa de que aquilo lhe provocaria uma onda de irritação. E agora ela estava sim irritada com Baekhyun – porque aquele desgraçado a torturava demais. Jesus.
Depois de um tempinho só naquela brincadeira de toques indiretos, Baekhyun decidiu puxar a calcinha de um pouco para o lado. Sorriu, assoprou pra fazer gracinha e deixou aquele mesmo dedo do meio finalmente ter contato com a intimidade da namorada. Passeava com o dedo para cima e para baixo, sem de fato empurrá-lo para dentro. suspirava um pouco, impaciente. Com os olhos, pedia para que ele não demorasse tanto.
Baekhyun não podia resistir a um olhar daqueles – ainda fitando , deixou seu dedo deslizar para dentro dela, ansioso para a expressão facial que fazia naquelas ocasiões. Era magnífica. Os olhos se fecharam e a cabeça reclinou-se; os lábios se entreabriram deliciosamente prontos para um som. Que não deveria fazer. Conteve-se, mas dava para perceber que aquela era uma tarefa meio difícil. O dedo de Baekhyun ia e vinha lentamente, às vezes se curvando para cima ou em uma velocidade mais rápida. O ímpeto de gemer parecia mais incontrolável nesses momentos.
Então, tão subitamente quanto havia começado, Byun retirou seu dedo e deixou a peça de roupa em seu devido lugar. A garota em sua frente fez um bico contrariado, decepcionado. Contudo, antes que pudesse processar algum xingamento contra o namorado, ele abaixou a lingerie um pouquinho e, com ajuda dela, retirou por completo. O quadril foi mais para baixo, a intimidade de Hyun a poucos centímetros do rosto perfeito de Baek.
Baekhyun continuava ajoelhado na frente de , olhando-a. As írises brilhantes transmitiam mais que só desejo. Queriam-se grandemente e não viam a hora de enfim toda aquela saudade – tantos dias sem se ver – ser ao menos um pouco saciada com a carnalidade. As mãos de apertavam o assento, demonstrando sua ansiedade para que algo acontecesse. Byun continuava aqueles desenhos invisíveis na coxa de , tão sensível, dessa vez com o nariz. Por vezes beijava sem encostar direito os lábios, causando um misto de cócegas e excitação. Sem pressa, explorava toda aquela pele imaculada, afim de decorar cada detalhe da mulher que amava. Esta que suspirava, se contendo em sua tarefa de não fazer barulho.
E então Byun chegou a boca para bem perto do sexo alheio, respirando, parecendo ter nenhuma intenção de fazer algo por ali. estava cansada de esperar – suava, tremia levemente e ansiava por as mãos no cabelo de Baekhyun. Mas ele demorava, esperava mais sei lá o que. Decidiu pedir para que fosse mais rápido; imploraria, se fosse preciso.
— Baekhyun. Por favor. — A voz era fraca, quase inaudível. De puro tesão, o desejo que a consumia cruelmente.
Apesar de ter tido a coragem para se pronunciar, acabava por ali. sabia que aquilo seria pretexto para Baekhyun a pressionar, daquele jeito sensual e que a deixava de pernas bambas, para dizer o que exatamente ela queria que ele fizesse tanto. Como o esperado, recebeu sua resposta. Que era uma pergunta a qual hesitava em responder.
— O que você quer que eu faça, ? — Baekhyun disse, como que debochando da garota. O tom ainda era incrivelmente sexy e a fez mexer um pouco a cintura e as pernas. — Me conta. Só dizer que eu faço imediatamente.
Ele continuava com a cara perto demais de onde queria que enfiasse a língua. Os dedos subiam e desciam pela cintura ainda coberta pela blusa. Sem resposta alguma, Baekhyun pareceu desistir de esperar a ação; sendo mais sugestivo. Colocou as pernas de sobre seus ombros, num gesto rápido que deixou a garota mais corajosa sobre dizer o que queria.
— Vai, meu bem. Só uma frase e eu faço o que você quiser. Eu sou seu.
Aquilo era o suficiente. fechou os olhos, o rosto queimando de vergonha. Riu de si mesma um pouco e, tão baixo quanto o primeiro “por favor” que havia dito, finalmente revelou o que queria. Não que Byun não soubesse. Mas era delicioso ouvir aquilo da boca espetacular de .
— Ai, Baekhyun, eu quero... Você sabe. Enfia a língua em mim logo, seu idiota.
Tinha que vir um xingamento junto. Fazia parte dela e era engraçado, até, como ela falava numa seriedade digna de discussões importantes. Excitava Baekhyun de uma forma indescritível. Seu corpo arrepiava e ele se sentia totalmente à mercê de . Faria tudo que ela quisesse sem pensar duas vezes. Meu deus.
Finalmente, sentiu o que tanto queria. A mente nublou-se e foi impossível manter-se em silêncio quando Baekhyun triscou a língua em sua intimidade, os lábios acompanhando todo o trajeto, que subia e descia na mesma calma de tudo que acontecia naquele momento. Gemeu uma, duas, inúmeras vezes ao sentir seu clitóris ser sugado e logo após a língua forçar-se para dentro de si. mantinha os olhos fechados, incapaz de fazer algo que não fosse incentivar Baekhyun a continuar, com a mão nos fios dele e os sons saindo de sua boca.
Baekhyun contava todas as vezes que gemia. Era uma tarefa difícil, visto que aqueles sons o enlouqueciam. Sentia que poderia ficar ali para sempre, aos pés de Hyun e chupando-a como se sobrevivesse daquilo. Talvez fosse isso mesmo: vivia dependente daqueles gemidos, daquela expressão de prazer que o dava orgulho. Ela era tão absurdamente bonita naqueles momentos. Os olhos fechados, as mãos apertadas ora em seus cabelos, ora no assento da cadeira, a boca entreaberta e pedindo para ser beijada. era perfeita.
Ele colocou um dedo em enquanto a língua se concentrava mais em cima. Ouviu algum xingamento alto, repreendendo com um aperto na coxa dela. Mexia devagar o dedo, às vezes ameaçando colocar outro junto. Mas queria que ela dissesse aquilo. O que não tardou:
— Coloca outro logo. — Baekhyun parou, fingiu que não tinha entendido. O que era? — Coloca logo outro dedo, inferno.
Agora sim ele tinha entendido. Riu, atendendo ao pedido de . Agora fazia questão de movimentar os dedos um pouco mais rápido. Ela continuava respirando fundo e gemendo, mas subitamente se lembrou que não deveria. Calou-se e Byun teve que afastar o rosto um pouco, deixando só os dedos entrando e saindo com velocidade considerável. Parou por tempo o suficiente para que dirigisse seu olhar para baixo, em dúvida do motivo de uma parada tão de repente.
Baekhyun sustentou o olhar, novamente penetrando os dois dedos do meio em . Era incrível quando fazia aquilo: o peito subia com a respiração e sua boca se abria, desejando que pudesse emitir algum som. A cabeça se inclinava para trás mais uma vez. A blusa subia um pouco mais – Byun pediu para que tirasse, em seguida – e naquele momento estava mais que deslumbrante.
Nenhuma peça de roupa cobria seu corpo maravilhoso. Suas bochechas estavam avermelhadas, uma gota de suor descia por sua testa. Sua face demonstrava prazer e sensações boas. Baek amava que ela se sentisse assim com ele. Era satisfatório, gratificante. Segurou com a mão livre a mão da namorada, sussurrou algo como “eu te amo” e recebeu um sorrisinho leve e apaixonado de volta. Os dígitos dele continuavam e ele poderia fazer aquilo o tempo que fosse preciso. No entanto, tirou a mão do namorado de si e respirou fundo antes de se levantar, as pernas bambas e o coração acelerado. Baekhyun a acompanhou.
buscou com suas mãos as de Baekhyun. Segurou-as firme, se aproximando. A diferença de altura não era tão grande, mas era uma sensação agradável se sentir menor que ele. Ela ficou alguns segundos assim: observando cada detalhe de seu namorado. O amava. Apesar de tudo, era incrivelmente apaixonada. Então soltou as mãos, deixando-as agora no peito de Baek. Levantou os pés um pouquinho, o suficiente para deixar os rostos pertíssimos um do outro. o beijou. Sorriu durante o encontro dos lábios, o corpo esquentando pela proximidade. Sentiu os braços de Baekhyun envolverem seu corpo, as palmas explorando sem pressa alguma. Um aperto aqui e ali que fazia Hyun suspirar e Baekhyun sorrir.
Baekhyun tirou a blusa branca que vestia. Trouxe para perto mais uma vez, beijando seu queixo, seu pescoço e a clavícula que bem sabia ser um tanto sensível. Às vezes lambia, para dar uma mordidinha leve e subir de volta aos lábios de . Quando pensava em pedir para que ela se sentasse outra vez, apontou para a cadeira, abrindo um sorrisinho.
— Sua vez de ficar aí.
, em algumas ocasiões, se achava meio esquisita por gostar tanto de estar naquela posição: de joelhos, como estava Baekhyun, o corpo arrepiado pelo contato com o chão. Gostava de estar daquela maneira, com os cabelos meio soltos, meio presos. Queria que Baekhyun segurasse firme neles, guiasse seus movimentos e falasse que amava foder a boquinha dela. Era isso; amava estar daquela maneira, gostava da sensação de sua língua envolvendo o membro do namorado e também de o olhar de baixo.
Byun estava sentado, um meio sorriso nos lábios. Ele ficava tão bonito daquele ângulo. A bermuda e a cueca já estavam longe e o encarava, sem fazer nada. Era comum dos dois – gostavam de ouvir o que o outro queria. Mas Baekhyun não gostava de falar. Levou sua mão para a nuca de Hyun, puxando-a para frente, num pedido silencioso. gostava mais de pensar que era uma ordem. Ia colocando sua destra no sexo alheio antes de enfim levar a boca quando Baekhyun levantou seu queixo.
— Usa só a boca.
Por deus. As pernas falharam e encostou uma coxa na outra, ainda mais molhada que antes. Byun falava e pronto: era o suficiente para que seu corpo entrasse em combustão. Ela se pôs um pouco mais para a frente. Mordeu o lábio, meio nervosa do que fazer. Gostava daquilo: a sensação de que era a primeira vez, ainda que aquilo tivesse acontecido vezes o suficiente para que não se sentisse tão insegura. Encostou a boca entreaberta. Parou, abriu um pouco mais e encostou a língua de leve, sem realmente fazer alguma coisa. Sentiu a mão de Baekhyun forçar um pouco seus movimentos, talvez com pressa.
Mas ele a tinha torturado taaanto. Era injusto que conseguisse as coisas assim tão fácil. Negou com o dedo, sem desviar o olhar de Baekhyun. Desceu a boca, só encostando, da glande até base, sem rapidez alguma. Era difícil não usar as mãos. Colocou outra vez os lábios entre a cabecinha, chupando uma vezinha só e não continuou. Baekhyun franziu as sobrancelhas e novamente levantou seu rosto.
— Eu mandei você parar?
não respondeu. Deu de ombros, como se não tivesse negligenciado todo o desejo de Baekhyun. Fez menção de voltar ao que fazia antes, mas o namorado a impediu.
— Eu te perguntei uma coisa, . — disse ele. O tom era simples, quase despreocupado. Quando não recebeu a resposta mais uma vez, deixou a palma encostar na bochecha de com força o suficiente para um pouco de barulho. Ela sorriu, quase satisfeita de que tivesse ganhado aquele tapa na cara. — Safada. Te amo. Continua, vai.
até desistiu de demorar um pouquinho mais a chupar Baekhyun direito. A última frase dita por ele era o suficiente para que sentisse que era seu dever fazer aquilo. Sem usar as mãos, como ele havia pedido. Respirou fundo e deixou a boca aberta, a língua sobre o lábio inferior. Envolveu o pau de Baekhyun e sentiu que este empurrava o quadril para cima, afim de conseguir mais contato.
Ele agora controlava os movimentos de ; subindo e descendo sua boca da maneira que desejava. Ela gostava daquilo: Byun suspirava e ameaçava gemer, mesmo que não o fizesse de fato. Ocasionalmente sorria e falava alguma besteira que fazia Hyun tremer e deixar ainda mais a boca ser preenchida.
Os movimentos pareciam mais rápidos e os olhos dela lacrimejavam quando o sentia mais fundo, fodendo sem cerimônia alguma a boca de . Em algum momento Baekhyun permitiu-se gemer alto, a voz preferida de expressando o quanto gostava daquilo. Amava, ele disse uma vez.
sentiu o aperto em seus fios diminuir, com o namorado mais uma vez pedindo para que ela subisse. Não subisse só o rosto. Queria que ela sentasse ali. Reclinou a cadeira mais um pouco, deixando-a confortável para que ficasse pertinho dele, com a boca brilhosa e avermelhada, o delineador, antes intacto, borrado. Beijou-a, as mãos firmes na cintura dela.
Subiram, no entanto. As palmas envolvendo os seios de , apertando forte porque era sua preferência: coisas fortes, meio brutas. Baekhyun a puxou mais para perto, abaixando o rosto um pouco para alcançar com a língua o mamilo enrijecido. Ela tentava se manter em silêncio enquanto sentia um sendo rodeado com os lábios de Byun e o outro apertado com certa força. Sentia também que o namorado estava deixando marcas, coisa que ela pessoalmente adorava. Achava-se sexy com roxos e vermelhos nos seios, todos sendo obras de Baekhyun. Gostava daquele momento mas, sentada em Baekhyun do jeito que desejava há horas, não mantinha muita paciência. Queria senti-lo, queria-o com urgência, ainda que da forma lenta de sempre.
Chamou o namorado e sorriu, pedindo com o olhar. Rebolou uma, duas, três vezes. O contato parecia impossível de ser maior, as mãos de Byun firmes em sua cintura a pressionando para baixo. Ele também não parecia ter mais paciência, então virou-se o suficiente para pegar a carteira dele e buscar um preservativo. Riu um pouquinho ao colocar – aquele momento sempre parecia meio constrangedor – e, quando finalizou, respirou fundo e beijou Baekhyun mais uma vez.
Estava prestes a finalmente conseguir sentar em Baekhyun do jeito que desejava há horas quando ele pegou outra vez em seu queixo, abaixando-o e fazendo-a abrir os olhos. O que era, agora? Encarou-a e colocou o dedão em seu lábio inferior, puxando um pouquinho para baixo.
— Eu te disse que não era pra fazer barulho, não foi, ?
o olhou, a expressão interrogativa. Tudo bem que ele tinha dito algo sobre isso e ela até tinha aguentado um tempinho, mas ia inventar de cobrar logo agora? Concordou com Baekhyun e esperou ele continuar a falar, impaciente. — Como eu sei que você já tá sem paciência nenhuma, — ele disse, o indicador passando pelo corpo dela. — A gente vai fazer assim, ó: você vai sentar pra mim do jeito que quer. Mas eu contei que você gemeu mais de dez vezes. Foram umas doze, e eu estou sendo bonzinho no que eu classifico. Você sabe o que essas vezes que você fez o que eu te adverti para não fazer significam?
Ela sabia. Estava meio que estampado na cara de Byun; a mão esquerda acariciando o quadril de denunciava ainda mais. Não tinha gemido de propósito, mas não estava completamente triste por aquilo. Estava mesmo prestes a pedir que Baekhyun não tivesse dó de seu corpo e desse uns tapas fortes como era sua especialidade. No entanto, preferiu manter a falsa inocência.
— Não, eu não sei o que significa. Adoraria que você dissesse porque, como você disse, tá difícil aqui.
Baekhyun deixou a mão esquerda onde estava e a destra se dirigiu outra vez para a intimidade de . O dedo médio outra vez ameaçando deslizar para dentro, mas nunca de fato o fazendo. Ele sussurrou um “presta atenção em mim” e a garota afastou a bunda um pouco para trás, esperando sentir a mão de Baekhyun.
— Eu sei que você sabe — continuou — e vai contar junto comigo. Até doze, viu?
O primeiro tapa veio leve. Sem graça, até fez uma cara de desânimo exagerado. O que era aquilo? Ainda que fraco, sentiu um arrepio leve, uma ânsia de que o próximo fosse mais forte. Não pôde evitar tentar uma frase provocativa, também.
— Um? — disse ela — Eu achei que fosse algo sério–
Baekhyun não deixou que finalizasse a sentença. Puxou o corpo dela um pouco mais para a frente outra vez. Buscou a mão alheia e colocou em seu pau. movimentou a mão devagar, pouco apertada e como se nada tivesse acontecido. Sem que notasse, a mão do namorado desceu em sua bunda outra vez, com força o suficiente para um gemido baixinho.
— Dois. Faz essa porra direito, amor, faz? — Baekhyun meio pediu, meio mandou. A voz estava baixa, por conta do vai e vem da mão de Hyun. Parecia torturante para ele estar recebendo a punheta daquele jeito. Era divertido, todavia, para . Ele também não dispunha de tanta calma. Aquele tapa era prova disso.
Ela apertou um pouquinho mais e fez questão de ir e vir mais rápido. Baekhyun reclinou a cabeça, fechou os olhos um pouco. Então decidiu que era o melhor momento para tirar a mão e enfim encaixar o corpo dele no dela. Levantou-se uns centímetros e deixou sua intimidade bem próxima do membro de Baekhyun. Desceu um pouquinho, a sensação da penetração fazendo seu corpo queimar ainda mais.
Gemeu enquanto rebolava no pau de Byun, os olhos ainda abertos para vê-lo. Ele mesmo também tinha a respiração descontrolada, ofegante. O rosto dele ficava tão bonito daquela maneira – suava e as bochechas estavam vermelhas. Ainda a olhava, profundamente. Segundos antes de se levantar para sentar outra vez, ele sorriu e sussurrou o número três. A destra dele apertou um lado da bunda da garota e logo o estalo de outro tapa fez-se ouvir. E mais três vezes se repetiu, enquanto subia e descia, gemia, prendia os cabelos que insistiam em cair. Baekhyun contava toda vez que sua mão ia de encontro a , sorria e empurrava o quadril para a frente.
não estava pensando muito bem mais naquele momento. Inclinou-se para mais perto de Baekhyun, afim de beijá-lo, e segurava os seios enquanto rebolava com certa pressa necessária. Sentia o corpo incendiar, mexia ora no próprio busto ora nos fios de Baekhyun. Estavam uma bagunça. Uma bagunça excitante ao extremo, entretanto. mantinha os lábios de Byun junto aos seus, mas não raciocinava o suficiente para beijar direito; às vezes precisava respirar fundo e gemer baixinho, apertar os olhos num sinal de que o prazer inebriava seus sentidos.
Era bom estar daquele jeito – ótimo, na verdade. Sentindo Baekhyun segurar firme sua cintura, rebolar nele e ouvir que ela era a pessoa que ele amava. Além de, é claro, cada número que vinha acompanhado de um tapa que só aumentava toda aquela sensação incrível. Seu corpo formigava, suava e continuava a buscar algo que a fizesse conseguir um orgasmo que parecia tão perto.
Abriu os olhos, sem parar os movimentos, e pediu a Baekhyun que fizesse aquilo. Um ato que faria sua respiração ser difícil e os olhos lacrimejarem. Ele gostava de como ela ficava vulnerável daquele jeito. Pôs uma das mãos no pescoço de , com o cuidado necessário, e apertou levemente. Ela expirou, mas não pôde expirar. Um aperto mais forte e a bochecha ficou ainda mais manchada de lágrimas com máscara de cílios. Sorriu. Fechou os olhos e gemeu ali pertinho do ouvido de Baekhyun, que respirava com mais dificuldade a cada rebolada sem rapidez da garota.
Um gemido longo de Byun fez com que sorrisse, sussurrando que sairia de cima dele. Colocou-se outra vez de joelhos, a boca aberta e um olhar desejoso para Baekhyun. Chupou o pau dele mais uma vez já sem a camisinha; deixando ir até a garganta e voltar para a glande, onde passou a língua e sentiu que ele enfim estava gozando. Engoliu de um jeito meio desleixado, logo subiu para beijá-lo outra vez, que não negou. Recebeu um tapa na cara levinho, o suficiente para ambos rirem.
apoiou a testa na de Baekhyun, juntou suas mãos e sentiu-se com o coração quente de felicidade, olhando aqueles olhos bonitos e beijando a boca de quem mais tinha saudade. Mostrou a língua para Byun:
— Viu, não é tão ruim lembrar que eu existo às vezes.
Ele não respondeu nada. Abraçou-a forte depois de um sorriso e beijo na testa e torceu para que ninguém tivesse acordado àquela hora. Tinham feito barulho demais.