Capítulo Único
A noite em que nos conhecemos.
Centro universitário Belas Artes de São Paulo, Vila Mariana. 23:21.
A multidão concentrada na porta da faculdade fazia gelar. Era o fim da primeira semana de aula e veteranos e calouros estavam se reunindo em um barzinho na calçada em frente, geralmente ela sairia correndo, tinha pavor de amontoados de pessoas. Tinha pavor de pessoas.Mas, sua nova colega, Lara, insistia em segurar seu braço, trazendo-a cada vez mais para dentro da multidão. Lara parecia ser uma garota legal, com seu sorriso exagerado e popularidade notável entre veteranos e calouros. estava feliz por ter feito amizade com uma veterana tão simpática quanto ela.
– Você precisa conhecer o Ítalo, ele é um gato! – se abanou e em seguida soltou um grito – Ítalo!
viu o garoto de cabelos e cacheados sorrir e se aproximar, empurrando algumas pessoas pelo caminho.
– Larinha! – exclamou, dando um selinho estalado na boca de Lara.
olhou para a cena assustada.
– Você tem que conhecer a ! – apontou para ela, fazendo uma careta maliciosa para o garoto – Ela é caloura em Relações Internacionais!
– E aí linda – sorriu charmoso.
achou seu sorriso bonito, mas nada de tão incrível que lhe chamasse a atenção. Ela sorriu de volta, tímida e virou a bochecha para que ele a cumprimentasse.
– Quer uma cerveja?
– Obrigada, mas não. Na verdade, eu já estou indo para casa, meu pai está me esperando.
– Você não disse que ele está viajando? – perguntou Lara, fazendo-a se sentir idiota.
– Sim! Ele está, eu quis dizer que está me esperando para uma chamada no Skype.
Se xingou mentalmente porque aquela tinha sido a pior desculpa que podia ter dado. Ítalo deu risada e a abraçou pelos ombros.
– Ele não vai se importar se você ficar com a gente hoje.
Depois de muita insistência da parte de Lara e Ítalo, ela resolveu ficar um pouco e até mesmo, bebericar a Budweiser de Lara.
– Olha só quem está ali! – a loira apontou para um grupo de pessoas sentadas na calçada, já puxando pela mão.
Enquanto os dois novos amigos cumprimentavam seus conhecidos, ela se isolou em um canto, observando.
Estavam ali duas garotas e um garoto, todos parecendo estilosos demais para ela, que se sentiu deslocada.
– Quem é? – uma das garotas disse, olhando meio torto. Ela possuía cabelos extremamente curtos, num lindo estilo pixie. Vestia um macacão preto, bastante folgado, de mangas ¾ e coturnos na cor vinho. Tinha um piercing na sobrancelha, que geralmente ficaria ridículo em qualquer outra pessoa, mas nela caía bem. Carregava uma garrafa de vinho barato numa mão e na outra, um baseado que dividia com seus amigos.
– Essa é minha mais nova amiguinha, , ela é caloura em Relações Internacionais!
– Seja bem-vinda! – o garoto se levantou, abraçando-a. Ele usava jeans preto, rasgado nos joelhos, uma camiseta branca da banda The Strokes, jaqueta pesada na cor bege e botas num tom brilhoso de verde musgo. A roupa parecia se encaixar perfeitamente ao cabelo platinado e ao piercing no smile que aparecia toda vez que ele sorria calorosamente para ela – Meu nome é Kevin.
– Obrigada! – sorriu tímida, mesmo que tivesse se sentido extremamente confortável com o garoto – Prazer, Kevin!
– Mas você pode, por favor, me chamar apenas de Kev – ele piscou e voltou a se sentar, sendo acompanhado por Lara, Ítalo e por último – Essa rabugenta aqui é a Maeli – apontou para a garota que tinha sido um pouco grossa – E a pessoa mais incrível que você vai conhecer, .
A última garota do grupo a olhou com um sorriso no rosto e se inclinou para beijar a bochecha de . Os cabelos encaracolados na altura do pescoço tinham um tom bonito de castanho, usava batom vermelho que contrastava com o resto do rosto sem maquiagem, vestia uma calça pantacourt mostarda, com um cropped preto de mangas longas e decote nos seios. reparou na tatuagem que ela tinha naquela região, reconhecendo como sendo o símbolo das relíquias da morte, de Harry Potter.
– Relações Internacionais? Interessante – Maeli comentou, apoiando a mão esquerda no queixo – Em qual área pretende trabalhar?
Essa era uma pergunta que odiava responder, afinal, ela não queria fazer esse curso e muito menos trabalhar no hospital de seu pai. Mas assim como muitas coisas em sua vida, ela não tinha escolha.
– Ainda não estou muito certa sobre isso. Mas e vocês, cursam o que?
– Eu curso Jornalismo, a Maeli Arquitetura e Urbanismo e a está cursando Cinema.
– Cinema? Caramba! Que legal – sorriu verdadeira para , que lhe sorriu de volta e percebeu um olhar de repreensão sobre si, novamente vindo de Maeli.
– Que falta de educação a minha! Desculpa viu – disse Kev, entregando a garrafa de vinho em sua mão.
– Obrigada, mas eu não estou acostumada a beber.
Escutou uma série de risadas e Kev colocando as mãos em seus ombros.
– Bem-vinda.
Anunciou e colocou a garrafa mais perto de sua boca.
– Só se quiser – ele deu de ombros e sorriu, os olhos azuis piscina encarando-a com euforia.
olhou ao redor e percebeu a ansiedade de todos pelos seus atos, ela ponderou os prós e contras e pegou a garrafa, dando um gole generoso. Fez uma careta, porque aquele era o pior vinho que já tinha bebido na vida, nada parecido com os que provara nas vinícolas na Toscana. Mais uma vez escutou risadas, seguidas de palmas dos novos amigos.
A noite se estendia com conversas, risadas e muitos goles de vinho e cerveja por parte de . Tinham conseguido entrar no barzinho e reservaram uma mesa, para poderem conversar melhor.
Foi quando Kevin se dirigiu ao banheiro que tomou sua cadeira, sentando ao lado de .
– Está se divertindo? – puxou assunto.
– Bastante! Kevin é muito engraçado.
– Ele é a purpurina pura, não?! – concordou, dando risada. A cabeça rodava um pouco e tudo estava tão engraçado, como se a vida tivesse se transformado em uma série de comédia instantânea no estilo "Friends" – Ele é um ótimo amigo, vocês vão se dar bem.
Ela assentiu, ainda sorrindo abobalhada.
– Você está bem?
– Sim! – respirou fundo, sentindo o rosto quente – É que não estou acostumada a beber.
– E na primeira chance, escolheu logo o nosso amigo Cantinho do Vale? Sabia que ele é mais conhecido como demônio?
gargalhou.
– Acho que imagino o porquê!
– Relações Internacionais, hum?! – tirou o sorriso do rosto ao ver o rumo que a conversa tinha tomado – Por que a Belas Artes?
"Porque meu pai quis assim" era a primeira resposta que ela devia descartar. Ficava incomodada toda vez que pensava nisso, mas não tinha ninguém para desabafar, todas as suas amigas desfrutavam das mesmas "condições" que ela, não a entenderiam.
Sabia o quão privilegiada era por estudar numa faculdade daquele nível. O Centro Belas Artes de São Paulo, localizado na Vila Mariana, é uma das faculdades mais caras e renomadas, mas ela não estava ali por vontade própria, muito menos por esforço próprio.
– Me responda você – sorriu para , mudando o foco do assunto para ela.
– Ah, não é uma história muito interessante. Alguns anos atrás, quando eu era pequena, viajei com minha avó de Campinas, nossa cidade natal, para cá. Ela fazia tratamento de câncer na Vila Mariana e sem querer, passamos em frente a faculdade e naquele momento eu soube, entende? Era aqui que eu queria me tornar uma Cineasta.
– E depois?
– Depois eu tive que ralar bastante, deixar meus avós e minha irmã em Campinas, estudar muito e abrir mão de várias coisas. Mas, o resultado você está vendo agora.
– Fico feliz em ver o resultado positivo disso.
– Eu também. Não é fácil ser bolsista, ainda mais em uma faculdade desse nível, algumas pessoas acham que são melhores que as outras pelo o que elas têm e acabam nos tratando mal, desprezando e coisas piores.
Ao ver que o clima tinha ficado um pouco pesado, resolveu mudar de assunto, mas foi impedida por Kevin.
– Ei, esse lugar é meu!
– Era - riu.
– Vaca – mostrou a língua para ela e pôde ver mais um piercing, desta vez na ponta de sua língua – Nós vamos para a Desmanche, hoje tem open bar! Você vai gata?
ponderou ir para casa, ficar sozinha com Nescau, seu gato, mas percebeu que estava ponderando coisas demais naquela noite, então decidiu aceitar.
Espaço Desmanche, Rua Augusta. 01:45.
A balada ficava na Consolação, bairro vizinho e movimentado da grande selva de pedra que é São Paulo.se deslumbrou com o ambiente, que era tematizado como um ferro velho antigo.
– Você já veio aqui? – Lara perguntou, achando engraçado a expressão da nova amiga. balançou a cabeça em negativo, puxando o celular da bolsa e tirando algumas fotos.
Dentro da balada, se separaram. Lara, Ítalo e Kevin seguiram para o bar e em seguida, para a pista de dança. Maeli foi cumprimentar alguns conhecidos e acompanhou até uma área reservada, onde tinham pufes e sofás, ao se sentarem puxou assunto.
– Não vai dançar?
– Não estou bêbada o suficiente para isso, acredite, é algo que ninguém está ansioso para ver.
deu risada, o que fez sorrir.
– Sua risada é gostosa de ouvir.
– Obrigada – disse tímida – Seus olhos são bonitos – Devolveu o elogio.
lhe sorriu e se concentrou em tirar um pacote roxo dos bolsos.
– O que é isso?
– Maconha – respondeu. deu risada do tom categórico dela e depois se lembrou do elogio, sentindo-se desconfortável, com medo que pensasse que ela estava rindo demais somente para ser elogiada.
E depois se repreendeu: , se lembre do que a doutora Lilian lhe disse, pare de se reprimir!
Não era uma hora adequada para pensar em sua psicóloga, mas fazia isso com certa frequência.
Ela observou a habilidade de ao manusear o baseado.
– Interessante – deixou escapar – Quero dizer, legal?! – indagou num tom de interrogação. gargalhou, jogando a cabeça para trás.
– Você quer?
– Não! - arregalou os olhos – Quero dizer, muito obrigada.
– Tudo bem – levantou as mãos em rendição e iniciaram uma conversa sobre qual tipo de cinema as atraía mais.
A conversa rendeu bons minutos até o silêncio reinar entre elas.
Silêncios deixavam incomodada e ficar incomodada fazia tomar decisões inesperadas.
– Você quer dançar? Comigo?
pareceu surpresa com o convite repentino, mas logo um sorriso lhe tomou o rosto e ela se levantou, pegando nas mãos pequenas de .
Com um pouco de trabalho, porque a pista de dança estava cheia, se encaixaram no meio da multidão.
– Eu não sei dançar! - confessou.
– Eu também não!
As duas gargalharam e chegou mais perto, tocando as mãos de e entrelaçando-as, iniciando um movimento de "dois para lá, dois para cá".
A música que tocava, era um indie folk dançante que surpreendeu , não costumavam tocar músicas daquele tipo na Desmanche. Ela sorriu e prestou atenção na letra, só podia ser uma peça do grande quebra cabeça chamado destino.
Mantenha-se solto, não me aperte tão apertado
I've got no wings to fly but this spirit's taking flight
Eu não tenho asas para voar, mas esse espírito está decolando
So tonight, we'll dance, let's pretend we rule this town
Então esta noite, vamos dançar, vamos fingir que governamos essa cidade
No refrão, as duas já pulavam em sincronia, rindo.
No amanhecer de amanhã
I'll be long gone
Eu vou estar bem longe
Long gone, long gone
Bem longe, bem longe
I'll be long gone
Eu vou estar bem longe
I'll be long gone
Eu vou estar bem longe
girou com , a pegando em seguida pelas mãos, entrelaçando-as.
Não me solte, por favor aperte-me apertado
My lungs are paper dry, from fear of losing sight
Meus pulmões estão secos, por medo de perder a visão
Take my palms, we'll build a wall around this town
Pegue minhas mãos, construiremos uma parede ao redor desta cidade
No último refrão, abraçou pela cintura e aos poucos foram diminuindo o ritmo agitado em que dançavam.
No amanhecer de amanhã, você estará bem longe
Long gone, long gone
Bem longe, bem longe
You'll be long gone
Você estará bem longe
You'll be long gone
Você estará bem longe
I'll be long gone
Eu vou estar bem longe
I'll be long gone
Eu vou estar bem longe
You'll be long gone
Você estará bem longe
You'll be long gone
Você estará bem longe
I'll be long gone.
Eu vou estar bem longe.
Depois do término da música, as duas permaneceram abraçadas na pista de dança por alguns segundos.
– Vocês estão aí! Nós estamos indo para a Blitz, quem vamos?! – Kev falou num tom alto, pois agora tocava a batida de um funk.
olhou para e em seguida para Kevin, ela estava se divertindo bastante, mas algo a fazia querer ir para casa. E não sozinha.
– Estava pensando, você quer ir lá para casa? – tomou coragem e soltou, numa respirada só.
pareceu surpresa, mas logo sorriu, concordando.
– Claro!
– Huuum, já entendi tudo! A Maeli vai surtar! – falou baixo, mas não o suficiente para que não escutasse – Então, tchau meninas, foi um prazer te conhecer Vi! – deu um abraço apertado em – Eu vou te mandar um direct, hein?!
– Vou ficar esperando! O prazer foi meu.
E mandando beijinhos, Kevin se dirigiu a saída.
–"A Maeli vai surtar"? – questionou , enquanto esperavam o Uber.
– Você quer mesmo saber dessa história?
– Sim!
– Bom, não é uma história muito longa. Nós tivemos um "rolo" quando eu entrei na faculdade – fez aspas com os dedos – Ela achou que rolaria algo a mais, não rolou e até hoje ela se morde quando eu apareço com alguém. Fim.
– Achei que seria pior. Mas eu espero que um dia ela supere – ambas deram risada e entraram no Uber que tinha chegado.
O caminho até a casa de rendeu bons olhares e toques de mãos cobertos por um silêncio acolhedor, onde só se ouvia o barulho do motor do carro e uma música baixinha que vinha do rádio.
Casa da , Aclimação. 04:15.
– Fique à vontade, mi casa es su casa.olhou o apartamento duplex boquiaberta, e o achou incrível.
A entrada dava de frente com a sala, decorada em tons cinza chumbo e preto, ao lado estava a sala de jantar, com mesa para dez pessoas e um lustre central. A escada que dava para o outro andar ficava na lateral direita, era uma linda escada de porcelanato preto.
– Você não me contou que era podre de rica.
– Você não me contou que tinha namorada – brincou, mudando de assunto.
– Ei, a Maeli não é minha namorada – fez uma careta engraçada – Mas você é rica.
– Meu pai é rico, eu só estou aqui como hóspede temporária.
– Ah claro, quem vê pensa que sou eu que vou herdar tudo isso - girou de braços abertos.
– Quer conhecer o restante do apartamento?
– Com certeza!
Ao lado da sala de jantar, tinha uma porta que dava na cozinha, que era gigante, como se ali morassem sete ou oito pessoas e não duas. No andar debaixo, ainda estavam a lavanderia, dois banheiros, um de hóspedes e outro de funcionários e um tipo de porão.
O andar de cima começava em um enorme corredor, com fotos penduradas na parede e uma decoração impecável, o primeiro cômodo era o quarto do pai de , que estava trancado.
– Ele tranca o quarto e o escritório quando viaja, que é esse próximo cômodo – reparou na placa pendurada na porta "Doutor Marcos Henrico Franhani".
– Seu pai é médico?
– Sim, mas não exerce a medicina desde que minha mãe morreu, há três anos. Hoje em dia ele só dirige o hospital.
– O que é aqui? – perguntou, era a única porta do lado direito do corredor.
– Era o cantinho da mamãe – ela respondeu, tocando a porta com os dedos finos.
– O que aconteceu?
permaneceu em silêncio, restavam duas portas, uma de madeira branca e a outra de vidro, indicando o final do corredor.
– Esse é meu quarto. E ali é a área gourmet.
adentrou o cômodo, acendendo a luz do abajur, deixando parte do quarto escuro.
— Fica à vontade, vou buscar algo para nós comermos. Você está com fome, né? – assentiu sorrindo terna.
As paredes do quarto de tinham um tom bonito de azul marinho, com alguns pontinhos pintados em brancos, como se fossem estrelas e foi a primeira coisa que chamou atenção de . Antes de se sentar na cama de casal forrada em uma manta fina de cor azul claro, ela andou pelo quarto, passando os olhos pela penteadeira na cor cinza e nas diversas fotos polaroid que estavam espalhadas pelas portas do guarda roupa e no mural pendurado na parede, também reparou numa mesa e cadeira, posicionadas ao lado de um pequeno armário cheios de livros e troféus, imaginou que ali seria seu cantinho de estudos.
Logo estava de volta, carregando uma bandeja, que colocou em cima da mesa.
— Tem suco, morangos, pão integral com requeijão e queijo branco e achei essas barrinhas de cereais também – ela disse, levantando as barrinhas no ar.
— Obrigada!
sorriu para ela, que retribuiu.
— Sabe, eu acho que quero experimentar.
— O que?
— Maconha – sussurrou, como se fosse um segredo.
— Sério? Certeza? – assentiu. pegou sua mochila do chão, tirando de um dos bolsos um baseado pela metade e isqueiro — Não sobrou muita coisa – ela riu e acendeu o baseado, tragando — Vem cá.
se aproximou receosa, a observando tragar o baseado mais uma vez. colocou uma das mãos na nuca de e com cuidado, aproximou seus lábios dos seus, entreabrindo-os para passar a fumaça de sua boca para a dela.
puxou a fumaça, sentindo a emoção de fazer aquilo pela primeira vez. E foi observando como os lábios de ficavam chamativos entreabertos, que se inclinou, pressionando os lábios nos de , que rapidamente retribuiu. No início, não passava de um toque de bocas, mas cedeu lentamente, fechando os olhos e deixando conduzir o ritmo. O beijo durou alguns bons minutos, enquanto grudava suas mãos a cintura de , intensificando ainda mais o contato entre as duas.
– Desculpe – pediu, se afastando, sorriu e se aproximou mais dela, segurando suas mãos.
– Você quis? Me beijar?
– Sim – foi sincera, dando de ombros. Sentiu-se livre, era a primeira vez que falava tão abertamente sobre suas vontades com alguém.
Elas se encararam, numa intensidade que somente elas poderiam descrever, iluminadas pelo abajur de lâmpada cor de rosa, sorriram uma para outra. Delicadamente tocou a bochecha de com a ponta dos dedos, fazendo um carinho.
– Por favor, me beije de novo... – sussurrou .
Seu coração estava aquecido, ela estava grata. tinha mostrado a ela em poucas horas, a liberdade de se abrir e ser quem você é. sorriu, tendo a certeza que nunca mais seria aquilo que os outros queriam, porque pela primeira vez, ela estava feliz com quem ela era.
FIM.
Nota da autora:Olá pessoal! Essa é a minha primeira história publicada no ffobs e espero muito que tenham gostado!
Quero agradecer a minha melhor amiga, Julia, por sempre me apoiar e as meninas do grupo "Fanfiqueiras da Pati" que me incentivaram tanto a enviar uma história para cá.
Obrigada a todos que leram e se gostaram, deixe um comentário pra autora novata saber que você gostou e se sentir motivada a voltar mais vezes!
Nota da scripter: Oi gente! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
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