“Gypsy woman told my mother 'fore I was born
You got a boy-child coming, gonna be a son of a gun
Gonna make pretty womens jump and shout
And then the world wanna know what this all about”
Muddy Waters
Adoro caveiras, como toda mulher, gosto de rosas e o vermelho me excita. Gosto de barba, mas principalmente de bigode, ainda mais se for aquele que dá ar de cafajeste. Blues me dá vontade de tirar a roupa e meu desejo é pior que fome de Leão. Mas quem começa um conto com informações pessoais aleatórias? Talvez porque dar informações seja uma maneira de se aproximar das pessoas e torná-las mais íntimas, talvez não sejam coisas aleatórias, e, sim, as chaves para os fatos que se seguem.
No segundo semestre de 2011, eu já não era mais uma caloura de jornalismo. No segundo período, na posição de veterana, tinha chegado o meu momento de curtir com a cara dos recém-chegados. Minhas tardes eram livres para ir a bares, ficar na universidade até tarde e conhecer melhor quem já estava e quem chegava. Como era de tradição, preparamos um trote como mandam as regras da faculdade; bagunça bebida e diversão. A comunicação tem um bar próprio, o Geraldinho, que fica algumas ruas distante de onde estudamos. Foi lá que, enfileirados, nós os enchemos, dos pés a cabeça de tinta, farinha, ovos, purpurina e o que mais aparecesse e fosse elegível para melecar os novos alunos. Devidamente a caráter para convencer, eles foram pedir dinheiro nos sinais mais próximos. Eu estava me divertindo e observando tudo o que se passava, foi quando eu bati os olhos nela. Uma caveira mexicana, preta, com rosas vermelhas e volta, tatuada no peito de um cara. Peguei-me observando a tatuagem por alguns instantes, mas logo uma coisa desviou minha atenção, reparei que mesmo sujo de tinta, farinha e o resto, o dono da tatuagem era muito gato.
Rapidamente eu quis mais informações sobre aquele ser muito interessante e logo descobri que se chamava , , Leão. Já tendo me chamado a atenção pela aparência, e pelo nome, chegou no ar a constatação de que ele tinha um hábito em particular, em comum comigo: fumar maconha.
Apesar de todos os fatores atrativos, existia um que anulava qualquer chance de aproximação, eu tinha um namorado. Dizem que boi amarrado também pasta, mas eu era muito apaixonada pelo pra pensar em traí-lo. Contentei-me em me aproximar do Bruno com intenções de amizade, apesar de internamente ter a total consciência das minhas reais vontades. Como bons maconheiros que éramos, eu e ele nos demos bem logo de cara, e a medida que a erva permitia, eu fui o conhecendo melhor durante o semestre que se seguiu. Ao longo desse tempo, descobri que além do que ele deixava visível aos olhos, o que ele tinha a dizer sempre acrescentava alguma coisa. Fosse um livro, um autor, uma música e até mesmo as últimas notícias de política. era muito inteligente e, mais importante ainda, cheio de apetite para o conhecimento. Na condição de uma criatura sapiossexual, devo admitir que perceber isso só fez com que a vontade ardesse mais ainda dentro de mim. Tinha que me conter quando íamos às mesmas festas, ele podia se dar ao luxo de se divertir como e com quem ele quisesse, enquanto eu só podia observá-lo. Mas, apesar de queimar por dentro, sabia que aquela era uma escolha minha, afinal de contas, eu amava, de verdade, o .
O destino brincou com a minha cara quando eu, recém-terminada, recebi a ingrata notícia de que agora ele era quem estava comprometido. O desejo é como uma fogueira de brasas quentes, se alimentado pode chegar a alcançar chamas ferozes e altas temperaturas, mas se frequentemente recebe um balde de água fria, a brasa se apaga. Mas continua lá, sujeita a mudar de estado, a espera da menor das faíscas. Os anos se passaram e a amizade ganhou o papel principal na minha relação com o , e teria permanecido limitada a ela se eu não fosse uma tremenda linguaruda.
Depois de ficar durante muito tempo comprometida, tinha decidido que o ano de 2014 seria só meu, e para isto eu teria que estar livre, sem ninguém pra ter que dar satisfações ou pegar no meu pé, ou seja, solteira. Assim que terminei meu último namoro, comecei a praticar o ritual tribalístico de não ser de ninguém, de ser de todo mundo, pra que todo mundo fosse meu também. Mais um semestre se iniciou na faculdade, e para alguém que havia virado um radar ambulante, isso só podia significar uma coisa: carne fresca. Interessei-me por um calouro, logo no primeiro dia, e como era de praxe quando se tratava da minha pessoa, tratei de trazê-lo pra mais perto de mim possível. No segundo dia ele já dependia de mim pra ter carona de ida e volta.
Ser uma pessoa livre trouxe pra minha vida benefícios que eu nunca havia me dado o prazer de desfrutar plenamente, a agitação e todos os homens que eu tinha a disposição estavam me mantendo bastante entretida, mas não tanto a ponto de deixar passar desapercebida a notícia do término do namoro do , e principalmente o peso dela nesse momento específico. Muito menos podia, ou queria, fugir do assunto quando ele vinha à tona nos papos emaconhados da escadinha do 13. Em mais uma segunda-feira de rotina, eu, , e um outro amigo, o Lucas, conversávamos sobre trivialidades da vida até que, fatidicamente, o assunto da solteirice entrou em pauta. Desbocada como sempre, não vi mal em compartilhar um pouco de como estava sendo a minha vida de solteira , ou seja, minhas aventuras sexuais. Eu tinha total consciência de que dividir esse tipo de experiência, tão aberta e naturalmente, com um ser do sexo oposto atrai pra mim um tipo diferente de olhar.
Ainda no assunto, disse que não transava com ninguém há 10 dias. O conhecendo como eu já conhecia, particularmente no que se diz respeito ao apetite sexual dele, eu me espantei. 10 dias? Eu pensei, não consigo. No entanto, eu não me contentei somente em pensar e, como sempre, falei exatamente o que estava pensando. Os meninos deram risada e Lucas chegou a fazer uma menção ao filme de Lars Von Trier, Ninfomaníaca, com o qual eu havia de alguma maneira me identificado. Era a história da minha vida, eu disse brincando. Eu já havia tido esse tipo de conversa com o , em outras épocas, e apesar de tentar exercer uma certa tentação, nunca tinha surgido nada que pudesse dar a ideia de concreto. Até naquele dia. Assim que as risadas cessaram, eu recebi uma daquelas propostas que não se recusa. se colocou a disposição pra ser meu mais novo pau amigo, vulgarmente conhecido como PA. Fiquei um tanto estarrecida quando ele disse, mas não perdi a chance de replicar, se fosse uma proposta séria, eu estava disposta, e muito bem-disposta, para aceitá-la. Quando percebi que era sério, não titubei em estender a mão para selar o acordo com um aperto de mãos. Depois de acordado, eu sabia que era só uma questão de oportunidade, já que vontade eu sabia que sobrava em ambos, novamente constatei que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer. Naquela mesma tarde, por mensagens de celular, combinamos que resolveríamos os problemas que nos incomodavam no dia seguinte.
Comecei a rolar na cama durante a noite, eu estava, sim, ansiosa, afinal de contas haviam sido anos imaginando algo que aconteceria em questão de algumas horas. Mas não era uma ansiedade romântica, daquela que provoca borboletas na barriga, era uma ansiedade, um desejo tal, que fazia subir pela minha espinha calafrios de prazer só de imaginar. Brincando, me diverti nos meus devaneios enquanto pude, até que um orgasmo potencializado pelas imagens na minha cabeça e a música nos meus ouvidos me relaxaram, me fazendo cair no sono, em êxtase, com leveza. Acordei no dia seguinte do jeito que o diabo gosta, e entrei no banho pra tirar o ontem do meu corpo, afinal de contas, era o hoje que eu havia lascivamente desejado desde o momento que o acordo foi firmado. Pensando em mais tarde, escolhi a minha menor e mais vermelha calcinha e separei minha lingerie favorita. Um pequeno baby doll feito de um tecido leve, preto e transparente, bordado com flores da mesma cor da calcinha nos bojos da blusinha sem mangas, que eu usava junto com o shortinho, do mesmo tecido, completando o conjunto. Naquela manhã na faculdade, preferi me manter discreta quanto a vontade que fazia meu corpo ficar elétrico, e me contentei em observá-lo a distância. Novamente recorri aos recursos tecnológicos e através de mensagens combinamos, três e meia.
Eu trabalhava em uma revista durante à tarde, e já tinha arquitetado tudo cuidadosamente para não ter problemas para sair no meio do expediente. No dia anterior, já havia dito a minha chefe que iria ao ginecologista, uma desculpa engraçada para o bom e velho brincar de médico. Trabalhava nas minhas pautas quando meu celular vibrou com o recebimento de uma mensagem. Por um instante, eu pensei na pior das possibilidades, que seria o desmarcando e eu vivendo, o que era pra mim , a pior quebra de expectativa de todas, a sexual. De fato, era ele dizendo que havia perdido um pouco a noção de tempo no bar e se atrasaria um pouco, no entanto, me garantiu, não me deixaria na mão. Com isso dito, confiei em sua palavra e continuei trabalhando em minhas coisas até que ele entrasse em contato novamente para que eu o buscasse. Fui ao encontro dele e já havíamos combinado previamente que um motel seria o melhor lugar para realizarmos tudo que tivéssemos vontade, sem nos preocupar com possíveis distrações ou limites.
Escolhemos uma suíte simples, já que, o que de fato nos interessava, só custava mesmo um espaço físico de estar em um lugar reservado, não eram necessários luxos, estar lá realizando uma vontade tão curtida já era um. Fui ao banheiro e me despi para ficar mais à vontade, troquei a saia de colegial e a blusinha branca que me davam um ar de pin-up e vesti a lingerie que havia levado junto comigo, o batom vermelho meio desbotado na minha boca completou a figura. Abri a porta e, à minha frente, lá estava ela de novo; a tatuagem, só que dessa vez, além de poder observá-la em seus detalhes mais mínimos, podia tocar, beijar e aproveitar os detalhes mais íntimos de seu dono. Gargalhei com a expressão de surpresa dele quando os olhos passaram a me enxergar como algo desejável de se palpar, lamber, beijar, a partir daquele momento eu já não era mais como todas as outras amigas. Percebi que havia um som embutido na parede perto da cama e na minha bolsa o meu pen drive, com algumas músicas aleatórias de blues. Bruno estava só de cuecas, deitado na cama, me debrucei sobre seu corpo para ajustar o som, sabendo que as músicas agradariam seus ouvidos. Senti-o acariciar a pele da minha bunda ainda com um certo cuidado de quem ainda não tem certeza de onde está pisando. Se era segurança que ele queria, era segurança que eu tinha que dar.
Aproveitei o embalo das melodias sensuais do blues para me livrar logo do que estava vestindo, entre beijos e carícias, as roupas que ainda restavam pareciam deslizar pelo meu corpo na delicadeza que era própria da seda e no ritmo que a guitarra de Hoochie Coochie Man mandava. Assim que ele tirou minha blusa, explorou meus seios com as mãos até se aproximar para fazer o mesmo com a boca. O toque suave e quente da língua dele em contato com meus mamilos fez o calafrio me percorrer inteira, só que, dessa vez, era provocado por uma sensação real e não meramente imaginária. Ele observou a frase que eu tinha tatuada embaixo do seio esquerdo, e adivinhando o que eu pensava, a beijou passando a língua devagar na extensão das palavras. Eu não havia escolhido o lugar no meu corpo à toa.
Beijando minha pele, desceu até minhas pernas, que se abriram pra ele quase que em um movimento automático, a essa altura o mistério e a ansiedade que envolviam o que estávamos prestes a fazer estavam escorrendo pelas minhas pernas. Esse tesão foi nas alturas quando o senti me tocar pela primeira vez, com a língua. Ele me lambeu inteira, do clitóris até o grelo, e eu, que já estava bem molhada, comecei a perder o controle sobre o que estava acontecendo. Segurei os lençóis com força e tentei me retorcer o menos possível para não atrapalhá-lo. Envolvia minhas mãos nos seus cabelos e emaranhava meus dedos em seus cachinhos, enquanto, vez ou outra, eu olhava para baixo para encontrar a grata e gostosa surpresa de ver que ele também olhava pra mim. Mesmo tentando concentrar-me nos vários fatores excitantes da situação, começava a ficar difícil à medida que a velocidade do movimentos da língua dele me deixavam cada vez mais e mais excitada. Em meio a pequenas sugadas e lambidas, ele aumentou meu prazer quando resolveu juntar seus dedos a ela. Penetrando-me e me chupando em uma velocidade e sincronia perfeitas, ele elevou meus níveis de prazer absurdamente, tomando o cuidado pra não me deixar terminar antes que pudesse em verdade começar, ele parou.
Levantei meu corpo da cama e levemente com a mão fiz menção que ele se deitasse, ele entendeu que, naquele momento, nada era mais justo do que eu retribuir o carinho com a mesma vontade, e com ela presente de sobra, não seria nem um pouco difícil. Debrucei-me sobre ele, sem deixar o peso do meu corpo cair sobre o dele, beijando-lhe a boca, deslizando com a língua pelo tórax, abdômen, fui descendo até me ver na mesma posição que ele estava quando eu estava deitada. Com um olhar malicioso e a carinha sapeca que me era característica, alisei o que eu podia ver sobre a cueca. Senti com seus olhos o tesão que ele sentia, e antes que pudesse deixá-lo totalmente sem roupa, o provoquei, massageando-lhe as bolas enquanto o mordiscava ainda sem tirar a peça que faltava. A fome que eu estava dele não me permitiu o luxo de provocar até que ele não pudesse mais. Eu precisava ver, tocar, lamber, beijar, sentir dentro de mim. Puxei a cueca, descobrindo-lhe a cabecinha que parecia descontrolada, querendo fugir daquele pedaço de pano. Comecei a passar a língua naquela cabeça, em volta, sentindo o buraquinho, cada dobrinha daquela glande, enquanto o ouvia suspirar e se contorcer. Terminei de retirar-lhe a cueca, enquanto o punhetava no ritmo do blues que nos envolvia e senti uma sensação louca de poder quando segurei o pau dele completamente duro em minhas mãos. Inclinei-me e fui delicadamente passando a língua, buscando toda a extensão, subindo e descendo vagarosamente, enquanto eu o sentia pulsar em minha boca.
Envolvendo-lhe a cabecinha com meus lábios, sugando-a de leve, passando a língua, enquanto minha outra mão continuava a punhetá-lo simultaneamente ao boquete. A cada sugada levantava meu olhar para ver o rosto dele, que eu podia notar, estava se deliciando com minha boca macia, que a cada sugada ele enlouquecia ainda mais. Subi novamente, passando a língua por todo ele até chegar novamente a cabecinha. Levantei meus olhos em um olhar safado para ele. Abocanhei aquele pau, chupando-o agora por inteiro, sugando fortemente, em um vai e vem alucinante, chupando para tentar matar a fome que existia em mim. Chupei, punhetei, coloquei-o entre os seios, lambendo a cabeça.
Comecei a sentir que, se não parasse, chegaria a um ponto sem retorno pra ele e, sentindo a mesma coisa, me puxou pra si e me deitou na cama de bruços, ficando totalmente a mercê do que ele quisesse fazer. Ele começou a acariciar minha bunda, e sua demora nessa região em particular me fez perceber que era aquilo que ele queria. Continuei deitada na mesma posição, e vendo que eu não reagi negativamente as investidas, tomou a liberdade que tanto queria com meu cu. Gemi de prazer quando o senti pela primeira vez dentro de mim, no entanto, eu queria ele em outro lugar e em outro ritmo. Deixei-o aproveitar durante alguns minutos, mas o próprio percebeu que eu me divertiria muito mais se ele trocasse de lugar. Quando ele finalmente saciou a minha vontade, a sensação dele dentro da buceta era mais do que eu havia imaginado que seria, foi um momento de total e completa de realização sexual. Para algum desgosto meu, os minutos que deixei que ele permanecesse aproveitando meu cuzinho foram cruéis, somados aos movimentos frenéticos que fazíamos e o meu estado de alagamento, apressou a necessidade que ele já estava de sentir-se aliviado, então ele me pediu pra que eu o colocasse na boca novamente. Com poucos movimentos, o levei o mais fundo que podia, ele gozou na minha garganta e o mantive dentro da minha boca até não mais correr o risco de desperdiçar uma gota.
Eu estava pela metade. Mesmo com tudo o que me enlouquecia nessa história, estava contente por tê-lo satisfeito, mas eu mesma ainda não tinha sido saciada. Achei que a situação ia mudar quando o convite para um banho surgiu, mas era de fato um banho. Em momento algum eu deixei de me sentir à vontade com o , afinal de contas já tinha alguns anos que nossa amizade perdurava, e digamos que eu tinha uma liberdade singular quando se tratava de amigos homens para determinados tipos de assuntos e atitudes. Deitei-me na cama com os cabelos molhados e acendi um cigarro de palha, ele fez o mesmo e nós dividimos o paiol que eu tinha. Como dois bons amigos fariam, começamos a conversar e a revelar algumas particularidades sexuais, e entre um assunto e outro, descobrimos que ambos tínhamos um certo apreço, digamos assim, pela quantidade de espelhos que encontramos espalhados em um motel. O cigarro nos mantinha bem próximos, e entre uma tragada e outra, nus e úmidos, deitados na cama, nossas risadas se espalhavam pelo quarto enquanto divagávamos sobre sexo e o cotidiano.
Envolvida por toda a atmosfera que o lugar, a situação, e o assunto traziam, larguei o cigarro no cinzeiro e me deixei levar novamente pelos beijos do Leão, e fui nessa direção até estar totalmente tomada pela minha libido novamente. Não sendo muito fã de estática, não deixei que ele dominasse o sexo dessa vez, e, na primeira oportunidade, montei em cima dele. Pulei, cavalguei e rebolei em cima daquele pau. Aproveitei cada arrepio, de cada tapa dado na minha bunda, me deliciando em lembrar que ele adorava brincar com isso no dia a dia. Em determinado momento, nos pegamos olhando o que fazíamos no espelho. Meu lado voyerista teve que sorrir, e, ainda olhando para o espelho, vi que ele também sorria, o mesmo sorriso malicioso que eu lançava. Dos vários estilos e modelos de barba que já vi adotar, o bigodinho foi perfeito para estar em vigência no momento, nada melhor do que um sorriso cafajeste na hora do sexo. Aumentei a intensidade dos movimentos, e enquanto eu gemia alto e o escutava gemer também, mais baixinho, embaixo de mim. A intensidade com que tudo estava acontecendo não poderia trazer um resultado diferente se não o que eu já podia sentir me aproximando. Sentia com cada vez mais energia os calafrios, e quanto mais essa força aumentava, mais intensos e incisivos eram meus movimentos sentada em cima dele, até que ele finalmente veio. Depois de esperar 3 anos por aquele orgasmo, foi um acontecimento fora do comum quando a sensação percorreu meu corpo, me fazendo gritar de tanto prazer e cravar as unhas no peito dele. Nos deitamos lado a lado, e aproveitei a sensação que o orgasmo vinha trazendo, relaxando cada parte por onde as ondas elétricas passavam pelo meu corpo.
Com a vontade saciada, recolhemos o que era nosso e nos vestimos. No caminho de casa, tudo continuava como deveria ser, havíamos nos tornado mais amigos com o acréscimo dos benefícios. Ninguém havia se apaixonado ou criado ilusões, e eu mantinha tranquila as lembranças daquela tarde sempre passando pela minha cabeça, principalmente nas manhãs no 13, que sempre me rendiam um sorriso ou uma piscada. E a cada palma que ele batia, inocentemente, meu corpo estremecia por dentro pensando num possível próximo encontro.
Fim.