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Última atualização: 17/01/2017

Capítulo 1


- Vamos logo para o restaurante, eu tô com fome.
- Tá bom, tá bom, eu tô indo.
Eu não sabia naquele momento, mas essa inocente decisão de ir até aquele restaurante naquele dia e naquele horário, faria com que eu reencontrasse algumas das pessoas mais importantes da minha vida. E por pura ação do destino, lá estávamos eu e minha querida amiga Hannah indo almoçar fora, na lanchonete que costumávamos ir com nossos pais quando éramos bem pequenas.
- Lisy, aqueles ali não são os garotos da...
- Sim, são eles mesmos - a interrompi.
- Você não vai ir falar com eles? Você já os conhece há tanto tempo...
- Se eles me virem, e manifestarem-se, eu vou, caso contrario, não, eu não vou.
- Só por que o Niall está lá?
- Sim, só porque o Niall está lá.
- Cara, eu entendo que ele seja seu ex-namorado e tudo mais, mas vocês terminaram por absolutamente nada, por que você o evita tanto?
Após não obter respostas, Hannah chamou a garçonete, fizemos nossos pedidos e por sorte, nenhum deles me viu, por enquanto. E foi só a minha comida chegar para que Liam visse Hannah e a gritasse, não era pra menos, ele é apaixonado por ela desde os 10 anos de idade. O único problema, é que ao vê-la, fez questão que ela fosse se sentar junto dele e dos garotos, e bem, ela aceitou. Quem tem a Hannah como amiga não precisa de inimiga.
Ao nos aproximarmos, eles me viram e Louis foi o primeiro a gritar.
- LISY, QUANTO TEMPO GAROTA!!
- Olá Louis, como está?
Todos os outros me cumprimentaram, Hannah e eu nos sentamos e comemos enquanto conversávamos com Louis, Liam, Harry e Niall. Eles eram todos amigos desde que nasceram, moravam todos na mesma rua, que por acaso, era a mesma que Hannah e eu morávamos com nossos pais, então crescemos todos juntos, brincando juntos, estudando juntos, passando todos os dias juntos até o fim do ensino médio, depois disso os garotos seguiram um rumo para sua universidade e Hannah e eu seguimos outro, e não nos víamos desde então.
Niall estava estranhamente legal comigo, fez várias piadas, brincadeiras, e puxava todos os assuntos possíveis.
Em certo momento, pedi que Hannah fosse comigo ao banheiro, e ela me acompanhou.
- O que está sendo aquilo tudo entre vocês na mesa? Todo aquele assunto, todas aquelas risadas...
- Achei que você saberia me responder.
- Acho que ele te quer de volta.
- E eu acho que ele namora a Tiffany.
- E eu acho que você tá cagando pra isso.
- Na verdade eu estou cagando pra ela, e não pra isso.
- Você me irrita, principalmente quando se trata do Niall, eu ouço a mesma ladainha de vocês há oito anos.
- Eu não estou enrolada com ele há oito anos.
- Vocês se gostam desde os doze anos, vocês tem vinte, então sim, eu acho que está, já faz todo esse tempo que ouço você falando dele e ele falando de você e blá, blá, blá.
- Tá bom, tá bom, Hannah.
Saímos do banheiro e ao olhar para a mesa, Niall, Liam, Louis e Harry não estavam mais lá, apenas pediram que as garçonetes nos avisassem que eles haviam pago nossa conta. Saímos da lanchonete e de longe, vi Niall fumando um cigarro encostado na parede do outro lado da rua.
- Eu odeio ele.
- Por quê?
- Ele sabe o quanto eu o acho sexy fumando, e resolveu fazer isso bem agora?
- Ué Lisy, ele fuma, você esperava o que dele?
- Que ele não fumasse na minha frente só pra me provocar.
- Vem, vamos nos despedir dos meninos e ir embora logo, não aguento mais o Liam me cantando.
- Como se não gostasse...
Atravessamos a rua e estávamos indo na direção de Liam, Louis e Harry. Mas como eu disse, quem tem a Hannah como amiga, não precisa de inimiga, então ela caçou e arranjou um modo de que eu passasse em frente ao Niall, e claro, exatamente como ela previa, ele segurou meu braço fazendo com que eu parasse em frente a ele.
- Não vai me dizer tchau?
- Não pretendia.
- Pelo modo como estávamos conversando lá dentro, achei que estava tudo bem.
- Achou errado.
- Qual é Lisy?!
- O que você esperava?
- Ganhar um beijo, no mínimo.
- Sabe qual é o seu problema? Eu nunca ter contado a verdade sobre o nosso término a ninguém. Se eu tivesse dito a verdade ao invés de ficar com vergonha e acompanhar você com suas mentiras você não acharia que tem toda essa moral.
- E você vai fazer o que? Contar a verdade dois anos depois?
- Eu deveria.
- Vá em frente, a única pessoa que vai se importar com essa história depois de todo esse tempo é a Hannah, e olhe lá.
- Depois ainda me perguntam por que eu nunca mais quis saber de olhar pra sua cara. Ainda tenho que ficar ouvindo comentários ridículos de pessoas dizendo “mas vocês terminaram por bobagem, por que não voltam? Por que você o trata assim?” até parece que a culpada sou eu.
- Você não disse a verdade porque não quis, eu nunca te obriguei a nada.
- Argh, você é impossível garoto.
- E você adora.
- Eu odeio você Niall.
- Então faz o seguinte, vai lá e conta pra eles tudo o que eu fiz, você vai se sentir melhor.
- Talvez eu vá.
- Talvez eu te beije.
- Vai trair a Tiffany também? – sorri sínica e me retirei indo até Hannah e os garotos.
- Vamos Hannah?
- Vamos, tchau meninos, até outro dia.
- Tchau Hannah. – responderam em uníssono.
- Tchau gente, foi bom ver vocês três, nos vemos por ai.
- Tchau Lisy. – responderam novamente em uníssono.
Fomos para casa e Hannah passou o caminho todo me perguntando sobre minha conversa com Niall, então depois de chegarmos em casa, resolvi contar toda a verdade a ela.
- Hannah, você quer mesmo saber o que eu conversei com Niall?
- Sim, eu quero.
- Neste caso, preciso te contar a verdade sobre o fim do meu relacionamento com ele.
- A verdade?
- Niall e eu terminamos porque eu descobri que ele me traía, desde o primeiro beijo aos doze anos, ele já tinha outras, e continuou tendo outras durante todos os anos que sucederam. Ele nunca foi fiel a mim nem a ninguém, e eu nunca nem desconfiei, até o dia em que fui visitá-lo na universidade sem avisar e o peguei com outra, nós brigamos feio, ele apanhou de mim e da garota que estava com ele, ela era uma das namoradas dele assim como eu, não sabia de nada. Ela foi embora e a briga não cessou, quando ele confessou que nunca tinha sido fiel a mim, joguei nele tudo o que vi pela frente, até jogar a aliança que ele havia me dado. Eu fiquei tão envergonhada por nunca ter nem sequer desconfiado de nada que resolvi acompanhar sua mentira e dizer a todos que a razão do nosso término foi a distância, a falta de convivência.
- Eu não acredito que escondeu tudo isso de mim.
- Me desculpe. De qualquer modo, hoje apenas discutimos mais sobre tudo isso. Eu estava ótima sem vê-lo, e se possível quero me manter assim o resto da vida.

Capítulo 2


Três anos depois...

Meus anos de universitária finalmente chegaram ao fim assim como os de Hannah e estava na hora de nos despedirmos. Eu voltaria para Londres, nossa doce cidade natal enquanto Hannah continuaria em Dublin. A partir daqui tomaríamos rumos diferentes em nossas vidas, mas prometemos uma à outra nunca deixar que isso abale a amizade incrível que construímos ao longo dos anos.
Eu não via a hora de chegar até minha nova casa em Londres, rever meus pais, familiares, antigos amigos, começar no meu novo emprego, tirando fotografias que é o que sempre amei fazer... Eu estava tendo a vida que sempre planejei ter, mas claro, as coisas nunca são um mar de rosas, sempre tem algo ou alguém pra estragar tudo, e na minha vida, o responsável é sempre o mesmo, Niall Horan.
No dia em que cheguei na minha nova casa nem sequer fiz questão de aproveitá-la, fui direto visitar meus pais e consequentemente, todos os meus antigos amigos, o que incluía Tiffany, Mary, Louise, Harry, Louis, Liam e até mesmo Zayn, que já não via a muito tempo, mas, infelizmente, vê-los incluía ver Niall também.
- Vamos sair pra beber hoje à noite? – perguntou Liam entusiasmado.
Estávamos todos sentados na calçada como costumávamos fazer quando crianças depois de brincarmos um dia inteiro.
- Eu topo. – disse Zayn com um sorriso enquanto me abraçava de lado, sempre fomos muito próximos, mas fazia séculos que eu não o via.
- Por mim tudo bem. – disse abraçando Zayn.
- Por nós tudo bem também. – disse Tiffany, respondendo por ela e por Niall, ela o abraçava, mas ele não fazia o esforço nem de retribuir.
Todos concordaram e horas depois, estávamos entrando juntos em um pub que Harry recomendou. Tiffany usava um vestidinho preto, batom vermelho e saltos, que, tirando seus cabelos loiros extremamente longos e lisos, e o fato de que eu pretendia encher a cara e por isso usava sapatilhas, já usando saltos eu com certeza cairia, eram a única coisa que me diferenciavam dela.
Horas depois e eu já estava muito, muito bêbada assim como todo mundo. E foi ai que a merda começou. A Tiffany fazia questão de ficar agarrada, e beijando o Niall na minha frente, e esse exibicionismo todo dela estava me irritando profundamente.
- Louis, eu vou bater nessa garota.
- Em quem?
- Na Tiffany.
- Por quê?
- Olha aquela porra. – apontei para ela que estava atracada com Niall. Ela o beijava e, hora ou outra abria os olhos e olhava pra mim.
- Nem liga, ela é assim mesmo.
- Cara, caguei pra ela e pro namoradinho dela, mas se ela ficar tentado me provocar eu vou arrebentar a cara dela.
- Mostra pra ela que você não está nem ai então.
- Como?
- Sei lá Lisy, beija alguém.
- Pode ser você?
- Que?
- É mais fácil que ir atrás de um desconhecido na situação em que me encontro.
- Lisy, vai ali, e beija o Zayn, ele ta querendo te beijar faz tempo.
- Tá bom.
- Vai ser incrível te contar sobre essa conversa amanhã.
Eu fui na direção de Zayn e sentei ao seu lado. Ficamos conversando um pouco e então entrei no assunto pelo qual eu estava lá.
- Zayn, eu posso dar na cara da Tiffany?
- Quer que eu segure ela?
- Ela ta me provocando cara, ela beija ele olhando pra mim como se eu me importasse muito.
- Beija alguém pra mostrar que não ta interessada.
- Foi o que o Louis disse.
- Então por que não beijou ninguém ainda?
- Sei lá, não tem quem beijar.
- Isso é o que mais tem, só você querer.
- Me beija? Só pra ela parar de me encher o saco.
- Que?
- Ah, foda-se. – beijei ele e fiz questão que ela estivesse vendo, e ela estava, assim como todo mundo. Ao menos ela parou de me provocar, mas o Niall não parou de me encarar o resto da noite. O Zayn continuou me tratando normalmente como se nada nunca tivesse acontecido, o que de certa forma foi ótimo.
Já passava das três da manhã quando resolvemos ir embora, eu fui com a Louise ao banheiro e fomos nos encontrar com todo mundo lá fora. Eu nunca estive tão bêbada e isso me preocupava muito, eu sabia que se o Niall mexesse comigo eu não hesitaria em corresponder as provocações e, ou acabaria em uma briga terrível, ou em sexo, e eu temia que a segunda opção fosse a mais provável.
Ao sair do pub, vi Niall encostado na parede de um beco fumando um cigarro, afastado do resto do pessoal, que estavam parados mais adentro.
Louise saiu andando em disparada na minha frente quando ouviu Harry chamar seu nome, caminhei devagar para disfarçar o quão bêbada estava e ao passar em frente ao Niall ele me segurou pelo braço, e no mesmo momento me lembrei da última vez que o vi, e ele fez exatamente a mesma coisa.
- O que você quer?
- Você.
- Niall, por que você não me deixa em paz? A Tiffany deve estar te esperando em algum lugar.
- Você sabe que eu não me importo com ela.
- Não, eu não sei. – ele me puxou e me encostou na parede, e colou o corpo dele no meu.
- Lisy, não adianta fazer essa pose de durona, fingir que não me quer, eu sei que você quer tanto quanto eu quero, eu sei que você ainda me ama.
- Você acha mesmo que eu vou ficar me prendendo a você todo esse tempo?
- Acho.
- Você se acha muito mesmo.
- Eu não me acho Lisy, é você quem está me dizendo tudo isso.
- Eu não falei nada Niall!
- Falou sim, você não precisa literalmente falar pra mim. Eu te conheço desde que me entendo por gente, Lisy. Conheço seus olhares, seus gestos, suas atitudes, e sei bem o que cada uma delas significa.
- Você é um babaca.
- Talvez eu seja. - ele começou a beijar meu pescoço e continuou falando entre um beijo e outro. - Mas eu sei que você gosta, e eu gosto também. Qual é Lisy, você não sente falta dos dias em que éramos só você e eu? Das loucuras que fazíamos, do modo como eu te deixava louca?
- Niall... - suspirei, droga, aquilo se pareceu mais com um gemido do que eu gostaria. - Nunca fomos só você e eu.
- Você sabe do que estou falando, Lisy. - Niall olhou em meus olhos e sorriu. - Não vou ganhar nem um beijo?
- Não.
- Tem certeza?
- Tenho. - e nesse momento, ele beijou meus lábios com uma vontade que me surpreendeu, eu senti como se ele estivesse precisando daquilo tanto quanto eu e, por Deus, eu precisava muito daquele beijo, que acabou no exato momento em que ouvimos a voz de Tiffany longe.
- Alguém viu o Niall?
Nesse mesmo momento Niall se afastou de mim e parece que minha consciência voltou.
- Volta pra ela, isso não devia nem ter acontecido, seu lugar é ao lado da sua namorada, beijando-a e dizendo-a tudo o que acabou de me dizer. Eu estou melhor sem você Niall, por que você não aceita isso?
Ele acendeu outro cigarro e tragou olhando nos meus olhos, soltou a fumaça para cima e me olhou novamente.
- Porque não é verdade.
Ele saiu, andando em direção aos nossos amigos, e eu o segui caminhando devagar.
Segurei no braço de Liam e pedi que ele me levasse em casa, então decidimos que iriamos todos embora. Tiffany morava a duas ruas daquele pub, então foi embora sozinha para casa. Liam levou Harry, Louise, Louis e Mary em seu carro. Zayn me chamou para ir com ele em sua moto, mas neguei o convite devido ao meu pavor de andar de moto, sobrando pra mim, ir embora com Niall em seu carro.
- Você vai ficar na casa da sua mãe?
- Não, eu vou pra minha casa.
- Me explique o caminho então.
Expliquei o caminho e por sorte chegamos lá vivos, se eu não tinha condições de dirigir, Niall muito menos, ultrapassou vários sinais vermelhos, andava em alta velocidade e quase bateu o carro duas vezes.
- Chegamos.
- Graças a Deus.
- Então, essa é a sua casa?
- Sim.
- Tá melhor de vida do que eu imaginava.
- Meus pais me ajudaram a pagar.
- Entendo... Bom, eu tenho que ir, vão estranhar a minha demora.
- Você definitivamente não está em condições de dirigir Niall, a gente quase morreu vindo pra cá.
- No carro que não vou dormir né.
- Eu deixo... Você dormir no sofá.
- No sofá? Já fui mais bem tratado.
- Vai entrar ou não vai?
- Vou.
- Então estaciona o carro na garagem.
Desci do carro e abri o portão para ele, ele estacionou o carro e desceu do mesmo me seguindo casa adentro.
- Onde é o banheiro?
- Subindo as escadas, na última porta a esquerda.
- Valeu.
Peguei um travesseiro, uma coberta e levei-as até a sala, deixando-as sobre o sofá. Pouco tempo depois Niall apareceu na cozinha, eu estava tomando um copo d’água e comendo um pedaço de pizza frio, agora já mais sóbria, olhei pra ele calmamente, e fiquei me perguntando o que poderia estar se passando na mente dele.
- Quer um pedaço de pizza?
- Por favor.
- Pega ai.
Comemos em silêncio e pude perceber a consciência de ambos voltando ao normal aos poucos, ainda alterados, mas com certeza melhor do que quando saímos do pub.
Terminei de comer e, sem dizer uma só palavra, fui para o meu quarto. Troquei de roupa sem a mínima coragem de tomar um banho antes ou tirar a maquiagem e me deitei do jeito que estava. Horas se passaram e o dia já começava a clarear e eu simplesmente não estava conseguindo dormir de maneira alguma. Até que ouvi batidas na porta, e ela se abrindo logo em seguida, abri um pouco os olhos e fiquei observando Niall só de cueca andando na minha direção, ele sabia que eu estava acordada, mas mesmo assim, não disse uma só palavra antes de deitar ao meu lado na cama e me abraçar.
- Também não consegue dormir?
- O que está fazendo aqui?
- Conversando com você.
- E precisa me abraçar pra isso?
- Como se você não gostasse.
- Niall, me faz um favor, cala a boca, eu tô morrendo de sono e não consigo dormir, a última coisa que eu quero fazer é ficar brigando com você.
- Então não briga, me beija. – Ele me beijou novamente e eu quis tanto me sentir culpada por estar beijando o namoradinho da Tiffany pela segunda vez no dia, mas não me senti.
Ele colocou sua mão em minha cintura e a apertou, me puxando em seguida para que eu me deitasse em cima dele. Subiu uma de suas mãos pelo meu corpo até chegar na minha nuca onde ele segurou meu cabelo, o puxando levemente enquanto beijava meu pescoço. Aos poucos foi levantando minha camiseta até tirá-la por completo, ele beijou todo o meu corpo até chegar em minha intimidade. Niall tirou calmamente minha calcinha a jogando em qualquer canto do quarto e introduzindo um dedo em mim me fazendo soltar um gemido baixo, que foi aumentando de intensidade a partir do momento em que senti sua língua em meu clitóris. Segurei em seus cabelos com o objetivo de dar mais intensidade aos movimentos. Ele subiu seus beijos por todo o meu corpo novamente voltando a beijar meus lábios. Antes mesmo que eu pudesse fazer qualquer coisa, Niall tirou a própria cueca e se posicionou no meio das minhas pernas, me penetrando logo em seguida. Ele já começou com rápidos movimentos de vai e vem fazendo com que os dois gemessem alto. Quando seu cansaço se tornou evidente, fiquei por cima dele cavalgando enquanto ele segurava meu quadril para me ajudar com os movimentos. Pouco tempo depois cheguei ao meu ápice, e ele, alguns segundos depois.
Deitei-me ao seu lado e ele me puxou para que eu deitasse em seu peito.
- Nós não devíamos ter feito isso.
- Ninguém precisa saber.
- Era isso o que você dizia para as garotas com quem me traia?
-... Não.
- Merda.
- Eu sinto sua falta.
- Eu não sinto a sua.
- Não foi o que pareceu. Admita logo de uma vez que precisa de mim tanto quanto eu preciso de você.
- Foi só sexo, Niall, só isso. Eu não deveria nem ter permitido isso, você namora a Tiffany, e eu já fui traída por você, eu sei bem como é horrível.
- Você não consegue passar um minuto sem falar disso?
- Não, eu faço questão de jogar isso na sua cara em todas as oportunidades.
- O que você quer? Um pedido de desculpas?
- Eu não quero nada Niall, só ver se sua consciência pesa e você percebe o quanto isso é errado, e ao menos para de fazer isso com a Tiffany.
- Enquanto existirem garotas como você por ai, eu não vou parar, você sabe não é?
- Se você quer todas, fique solteiro, você pode ter quantas quiser, ninguém tem nada a ver com isso, mas se for pra namorar e trair, não namore.
- Pra que eu vou terminar, se eu posso ter a Tiffany e as outras garotas? O fato de eu namorar não impede nenhuma garota de ficar comigo, assim como não impediu você.
- É claro que não impede, não sou eu nem nenhuma das garotas que deve fidelidade a Tiffany, é você. Eu não assumi um namoro, e consequentemente, me comprometi a ser de uma pessoa só.
- Sua concepção de namoro é diferente da minha.
- Sim, da minha e de todas as outras pessoas no mundo, e é por isso que você vai acabar sozinho.
Levantei-me, coloquei uma calçinha e uma camiseta e me deitei de novo, ele apenas colocou a cueca e se deitou ao meu lado.
- Eu não vou acabar sozinho. Quando ninguém mais me quiser, eu ainda terei você.
- Eu não contaria com isso, Horan. Eu estou aqui há muito tempo, mas isso não quer dizer que vá ficar pra sempre.
Virei-me ficando de costas para ele e dormi em questão de minutos. Quando acordei, ele não estava mais lá. Levantei-me e fui até a cozinha, comi uma maçã e fui tomar um banho.
Mais tarde naquele dia, liguei para Hannah e contei tudo o que havia acontecido na noite anterior.
- Você não deu uma dessas Lisy!
- Me desculpe.
- A Tiffany vai te odiar pra sempre e com razão.
- Ah, ela nunca foi a mais verdadeira das amigas também.
- Que seja, isso não se faz.
- Como se você não soubesse que ela ficava com o Niall frequentemente enquanto eu o namorava.
- Ah, foda-se, e o Zayn?
- É como se nada nunca tivesse acontecido.
- Por que não dá uma chance ao Zayn?
- Por que não dá uma chance ao Liam?
- Essa história de novo não.
- Qual é Hannah, ele ama você desde os dez anos de idade, sempre te tratou bem, é um verdadeiro cavalheiro, faz tudo por você, demonstra na frente de todos que te ama, tem o maior coração de todos, ele é simplesmente incrível, e você fica ai correndo atrás do Ricky, que te maltrata, não está nem ai pra você, é drogado, faz questão de ficar com outras garotas na sua frente e só te procura quando quer transar.
- Se o Liam é assim tudo de bom, namore você com ele. Ricky foi meu primeiro tudo, minha primeira paixão, meu primeiro beijo, a minha primeira vez, eu o amo. E tem mais, quem é você pra dizer algo sobre mim? Tá encalhada até hoje porque ama o mesmo cara desde os doze anos de idade e ele não está nem ai pra você também, só te procura quando quer transar, e ainda por cima te traiu durante todos os seis anos que passaram juntos.
- E só porque eu sou assim você também quer ser?
- Não, mas o que eu posso fazer?
- Dar uma chance ao Liam, pelo menos um beijo, e se você sentir algo?
- Eu beijo o Harry, mas não beijo o Liam, e olha que eu e o Harry somos quase como irmãos.
- Qual é o seu problema com o Liam?
- Nenhum, eu só não consigo olhar para ele dessa forma.
- Você nunca nem tentou.
- Tá bem, tá bem, o dia que você der uma chance pra outro alguém, qualquer outro alguém, eu vou até ai, bebo até não aguentar mais e beijo o Liam.
- SÓBRIA!
- Você é extremamente irritante garota.
- S-Ó-B-R-I-A.
- Okay Lisy, okay.

Capítulo 3


Dois meses depois

- NIALL, ABRE A PORRA DESSA PORTA AGORA!
Eu já estava batendo na porta a meia hora quando ele me atendeu só de calça de moletom, cabelo bagunçado e com uma garota que eu não tinha ideia de quem era, e que passou por mim ao ir embora sem nem ao menos olhar na minha cara.
Entrei na casa completamente desesperada e ele percebeu isso, me abraçando e me fazendo cafuné.
- O que tá acontecendo, Lisy?
Comecei a chorar desesperadamente e por conta disso minha voz não saía. Ele foi aos poucos me acalmando, de um jeito que só ele sabia, eu odiava amá-lo tanto.
- Agora você pode me dizer o que está acontecendo?
- Você se lembra do dia em que passou a noite na minha casa depois daquela noite no pub?
- Eu lembro, não tem como esquecer.
- N-nós não usamos camisinha, usamos?
- Eu, eu acho que não.
- Niall, eu acho que eu tô grávida.
- O QUE? COMO?
- VOCÊ NÃO USA A MERDA DA CAMISINHA E AINDA ME PERGUNTA COMO?
- VOCÊ TAMBÉM NÃO LEMBROU!
- EU SEI, EU SEI.
- Como você sabe que tá grávida?
- Eu não sei, mas minha menstruação tá atrasada, eu tô super enjoada, eu tô sentindo que estou.
- Vamos comprar o teste, você faz, e ai a gente vê.
E então nós fomos. O Niall tinha terminado com a Tiffany e seguido o que eu tinha dito, estava solteiro e pegando todas as garotas que queria. Sinceramente não sei dizer se isso é bom ou ruim. Chegamos até a farmácia e eu desci do carro, comprei o teste e voltei, fomos até a casa dele novamente e fui direto fazer o teste... Positivo.
- E aí?
- Eu estou grávida...
Ele suspirou, passou a mão pelos cabelos, me olhou e depois saiu andando em direção ao jardim que ficava no quintal dos fundos da casa. Eu não sabia o que fazer, muito menos como agir, então apenas me sentei no sofá e chorei, chorei por ter sido tão burra, tão irresponsável, por ter deixado isso tudo acontecer. Milhares de pensamentos de todos os tipos começaram a passar pela minha cabeça, pensei no que faria se ele não quisesse assumir a criança, pensei no que faria se ele assumisse, mas não quisesse ficar comigo, e no caso de ele querer ficar comigo, pensei no que meus amigos e família pensariam e diriam de mim, e em como seria minha vida daqui pra frente.
Levantei do sofá e fui até o jardim, ele estava lá, sentado no chão com os olhos vermelhos deixando claro que havia chorado momentos antes. Abaixei-me ao seu lado e coloquei minha mão sobre a sua.
- Me desculpa.
- Você não fez nada sozinho, Niall.
- Não, você não entendeu, eu não posso assumir essa criança Lisy, eu mal sei cuidar de mim, eu não estou pronto pra isso, eu não posso, você vai se virar melhor sozinha, eu só vou te dar mais trabalho. Minha vida acabou de começar, eu não posso.
- Niall, eu não acredito que você esta fazendo isso comigo, eu não acredito que você não vai ser homem o suficiente pra assumir nosso filho. Se a sua vida acabou de começar, a minha também, nós temos a mesma idade, eu tenho mil vezes mais sonhos e ambições do que você, coisas que por sua causa não vou poder fazer, porque fiz a merda de engravidar aos 23 anos de idade.
- Ninguém além de nós sabe, nós poderíamos dar um jeito e abortar.
- Eu não vou abortar meu filho Niall, prefiro cuidar dele sozinha. Não sei nem porque vim aqui, eu tinha certeza que você faria isso, só fiquei desesperada, não sabia com quem falar nem o que fazer, com quem contar, achei que poderia contar com o pai do meu filho, mas eu nunca pude, não sei porque achei que seria diferente agora. Fique tranquilo, não vou contar pra ninguém, eu vou dar o meu jeito, sempre foi assim, só espero que ele não nasça parecido com você, de nenhuma maneira.
Sai de lá correndo para a casa de Louis, ele sempre foi meu melhor amigo, saberia como me ajudar, ao chegar lá, ele não estava sozinho, Zayn estava com ele.
- Louis, eu preciso de ajuda.
- Entra aí, o que aconteceu?
Eu entrei, cumprimentei o Zayn com um beijo na bochecha e me sentei no sofá, eles se sentaram ao meu lado.
- Eu tô grávida.
- O QUE? – os dois gritaram em uníssono.
- No dia em que fomos todos ao pub e fui embora com o Niall, ele dormiu na minha casa e eu acabei transando com ele, nós esquecemos a camisinha e agora eu to grávida.
- O Niall sabe disso?
- Sim, eu sai da casa dele e vim direto pra cá, Louis, mas ele me disse que não vai assumir a criança, que a vida dele acabou de começar e ele não está preparado pra ter um filho, disse que eu me viraria melhor sem ele, que ele só me daria mais trabalho.
- Não acredito que ele foi capaz disso, eu vou lá falar com ele, agora.
- Não Louis, você não vai, ele sugeriu que eu abortasse, eu não quero ele perto do meu filho. Mas eu não sei o que fazer, meus pais vão me matar, eu ganho bem, mas hora ou outra vou precisar parar de trabalhar, você conhece meus pais, sabe que eles não vão me ajudar.
- Você vai ter que contar pra eles Lisy, eles não vão te matar por ter engravidado.
- Eles vão me matar por ter engravidado do Niall, sem estar namorando com ele, em uma época na qual ele namorava outra garota.
- Eu assumo a criança. – Zayn se pronunciou pela primeira vez desde o momento em que comecei a explicar a situação.
- O que? Não Zayn, não posso deixar você fazer isso.
- Você pode e vai deixar, eu quero assumir seu filho e eu vou.
- Zayn, eu nem sei o que dizer.
- Conte aos seus pais, diga que nos descuidamos, que eu já estou sabendo e vou assumir a criança. Caso eles falem sobre casamento, diga que nos casaremos assim que nosso filho nascer, mas que já iremos morar juntos desde já.
- Cara, isso é muito corajoso da sua parte, acho que nem eu teria coragem de fazer isso por alguém.
- É claro que existe a possibilidade de acabarmos realmente ficando juntos de verdade, mas no caso de isso não acontecer, nós podemos esperar um tempo e dizer que não estava dando certo. Ah, e claro, nós podemos viver juntos como amigos, isso não é problema pra mim, não temos que nos forçar a ser um casal, é só nos acostumarmos a dar selinhos de vez em quando e ninguém vai desconfiar.
- Muito, muito, muito obrigada Zayn, eu nem sei como te agradecer, não sei o que faria sem você.
- Só espero que o garoto não nasça parecido com o Niall.
- Relaxa, meu olho também é azul, na última das hipóteses ele tem os meus olhos, o Niall não é loiro de verdade mesmo.
E assim aconteceu, contei aos meus pais a história de Zayn e eles se convenceram, concordaram com o casamento acontecer apenas depois do nascimento da criança e com o fato de Zayn ir morar comigo em minha casa. Minha convivência com Zayn era incrível, Hannah tinha razão, eu devia mesmo dar uma chance a ele, e dar essa chance foi uma das minhas melhores decisões, ele era tudo pra mim, me tratava como uma princesa, trazia-me café na cama todos os domingos, assistia a filmes românticos comigo e sim, ele reclamava, mas assistia, passávamos o fim de semana vendo séries e desenhos, comendo porcarias e ele sempre arranjava um jeito de conseguir as comidas malucas que eu pedia pra ele por conta da gravidez. Eu nunca fui tão feliz quanto estava sendo com ele. Ele disse que queria que fosse uma garotinha, e que o nome da nossa filha tinha que ser Alyce, e quando descobrimos que era mesmo uma garota, ele ficou mais empolgado do que nunca. Alyce nasceu no dia do aniversário do Zayn, ele ficou muito, muito feliz, e eu também.
- Ela é tão linda amor.
- Sim, ela é.
- Ela não se parece nada com ele.
- Graças a Deus.
- Ela pode mesmo se chamar Alyce?
- É claro que pode amor.
- Alyce Jones Malik, seja bem vinda ao mundo, minha princesa.
Todos os nossos familiares e amigos vieram conhecer a pequena Alyce, todos, menos Niall, como já era de se esperar. Eu já não o amava tanto quanto a alguns meses atrás, Zayn fez um ótimo trabalho em me fazer esquecê-lo. Aliás, eu dei uma chance ao Zayn, então Hannah teve que beijar o Liam, e adivinha quem está namorando com ele? Exatamente, a Mary. Hannah não sentiu absolutamente nada ao beijá-lo, e também fez com que ele percebesse que já não a amava mais, e foi ai que a Mary entrou, eles são o casal mais fofo de todos os tempos.
O casamento aconteceu apenas no civil, e fizemos uma pequena festa em nossa casa apenas para nossos melhores amigos e familiares mais próximos, eu nem conseguia acreditar que estava mesmo casada com Zayn Malik, nós estávamos muito felizes.
Eu e Zayn estávamos aproveitando ao máximo toda a experiência que cuidar da Alyce trazia para nós. Quando ela fez dois anos, Zayn decidiu que queria ser cantor, então correu atrás e conseguiu um contrato com uma gravadora, isso demorou dois bons anos, mas ele conseguiu, e assim, Mind Of Mine foi lançado e foi um completo sucesso, ele era incrível.
Houve um domingo, em que ele foi fazer uma apresentação na televisão de “Like I Would”, uma de suas músicas.
- Mamãe, mamãe, o papai está na televisão, vem ver!
Sentei no chão junto com ela e ficamos assistindo a apresentação maravilhosa que ele estava fazendo até que a campainha tocou. Alyce correu para atender a porta, ela adorava fazer isso. Ela veio até mim e disse que havia um homem loirinho na porta procurando por mim, e logo em seguida foi brincar com suas bonecas.
“Acordo para te dar um beijo, mas não há ninguém, o cheiro do seu perfume ainda está preso no ar, é difícil”.
Caminhei até a porta e me assustei ao ver Niall, todos os momentos que passei com ele começaram a passar na minha mente como flashes, cada um deles, desde quando brincávamos na rua aos seis anos, muito antes de descobrirmos o que era amor, quando ele me disse que gostava de mim, o nosso primeiro beijo, as brincadeiras, os outros beijos, a nossa primeira vez, os abraços, as brigas, tudo até aquele momento, e foi ali que percebi que tudo realmente tinha que acabar.
“Ontem eu achei que tinha visto sua sombra por aí, é engraçado como as coisas nunca mudam nesta velha cidade tão distante das estrelas”.
- Aquela é a nossa filha?
- Não, aquela é a Alyce, minha filha com Zayn.
- Com... Zayn?
- Sim, você não foi homem o suficiente pra assumir a criança, mas o Zayn foi, e assumiu uma filha que não era dele. Ele nos trata como princesas, eu não poderia ter pedido ninguém melhor.
- Vocês estão namorando ou...?
- Nós nos casamos Niall, já faz três anos.
- Você tinha razão, eu tô sozinho.
“E eu quero te dizer todas as coisas, palavras que nunca consegui dizer da primeira vez, e eu me lembro de tudo de quando éramos crianças brincando neste parque de diversões”.
- Eu te avisei que isso aconteceria.
- Eu te amo, Lisy.
“Gostaria de estar lá com você agora”.
- Eu te disse pra não ficar esperando que eu continuasse sentindo o mesmo.
“Vi que você seguiu em frente, com um novo alguém no pub em que nos conhecemos, ele está com o braço nos seus ombros, é tão difícil, tão difícil”.
- Por favor, não faz isso comigo, eu te amo, sempre amei, eu sei que fiz milhares de coisas erradas, e que eu fui um completo babaca com você, e fui um completo babaca com a Alyce também, mas eu sumi todo esse tempo porque percebi depois do que te fiz aquele dia que eu precisava amadurecer, precisava agir como um verdadeiro homem, e eu aprendi a fazer isso, por favor, diz que ainda me ama, que ainda pensa em mim, diz que esteve me esperando, eu te amo tanto Lisy...
“Pois se o mundo todo estivesse assistindo eu ainda dançaria com você, dirigiria por estradas e vias só para estar lá com você, continuamente a única verdade, tudo me leva de volta a você”.
- Me desculpe Niall, é tarde demais.
- Por favor, não me diz isso.
Uma lágrima escorreu por seu rosto e a culpa apertou meu coração, eu não podia me sentir assim, sou a última pessoa aqui que deve se sentir culpada. Ele colocou suas mãos em meu rosto e colou seus lábios nos meus por alguns segundos, me dando um selinho molhado por conta de suas lágrimas. Não posso negar que ainda sentia algo, mesmo que esse algo seja nada comparado ao que costumava sentir.
“E eu sei que é errado eu não conseguir te superar, mas há algo em você”.
- Eu não posso deixar a Alyce sozinha, Niall.
- Tudo bem, vá cuidar dela... Ela ao menos sabe quem eu sou?
- Não, mas quando ela estiver maior vamos explicar as coisas a ela.
- Quando esse dia chegar eu posso visitá-la?
- Pode.
- Obrigado... Ela é linda, se parece com você.
- Eu sei.
“Você ainda me deixa nervoso quando entra na sala, as borboletas ganham vida quando estou perto de você, continuamente a única verdade, tudo me leva de volta a você”.
- Até mais, Lisy.
- Até, Niall.
“Tudo me leva de volta a você”.

Fim.



Nota da autora: (17/01/2017) Sem nota.




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