Finalizada em 10/01/2021

Capítulo 1

Era madrugada, eu estava correndo muito, não conseguia voltar à forma humana, eu estava em minha forma de lobo e corria o mais rápido que podia. Eles ainda estavam me perseguindo, não sabia como eles tinham tanta energia, acabei parando para beber água e foi quando senti uma pontada nas costelas, algo havia se chocado contra mim, outro lobo. Ambos voltamos à forma humana e eu cobri meu rosto, aquele pervertido estava nu na minha frente e não se importava.

- Eles não vão desistir de te caçar, ! – A voz grossa se pronunciou.

- Mas por que diabos eles, vocês, estão atrás de mim? – Eu estava confusa, nunca a matilha EXO tinha ido além da fronteira para caçar qualquer lobo de outra matilha. Nunca tinha ouvido falar nada a respeito, eles só caçavam se houvesse alguma quebra de regras e eu não tinha quebrado nenhuma.

- Sou Chanyeol! – O lobo ruivo se apresentou.

- Sei quem você é, sei quem são todos vocês, só não sei o motivo de estar sendo perseguida.

- Aparentemente você é a melhor da sua matilha e nós fazemos uma competição para o acasalamento e você foi a escolhida. Sua família te entregou, selando mais cem anos de paz. Sinta-se honrada, pois é a primeira que escolhemos.

Ele estava mentindo, ele não podia estar falando a verdade, de maneira nenhuma.

- MENTIRA! – Eu gritei para que ele se calasse.

- Eu não minto, . O primeiro que te achar tem o direito de te reivindicar como companheira. – Ele riu vitorioso. – E acho que serei eu!

De repente uma ideia absurda me veio à cabeça: lutar e fugir. Era uma ideia idiota? Talvez, mas era a única opção para aquele instante. Me transformei novamente, mordi o ruivo na perna e corri. A única coisa que ainda ouvi foi seu uivo, e então eu corri o mais rápido que pude. Estava quase chegando na estrada quando senti outro impacto forte contra meu corpo. Outro lobo, tão grande quanto o primeiro, porém com uma pelagem diferente, esse tinha pelos pretos.

- Pensou que ia conseguir fugir, lobinha? – Eu podia ouvi-lo em minha cabeça.

- Me larga! – Eu já não tinha mais forças para reagir, estava com fome e cansada. O lobo voltou à forma humana e eu, sem forças, também fiz o mesmo.

- Qual é a de vocês? – Perguntei com toda a raiva transbordando de mim.

- Creio que você já saiba, . Você é nossa, só vai ter que escolher entre se deixar ser levada ou correr até não aguentar mais. Tenho certeza que eu sou o menor de seus problemas, aliás, me chamo Sehun e juro que não vou te machucar.

- Eu não acredito em nenhum de vocês! – Cuspi minha indignação.

- Você deveria ser boazinha, “ele” não vai gostar.

- Ninguém tem que gostar de nada, eu só quero voltar para casa. – Comecei a chorar.

- Aí estão vocês! – Ouvi outra voz. – Você foi melhor dessa vez, Sehun. Ganhou de Chanyeol. – O outro ria, mas o mais novo ali parecia sério.

- Junmyeon, ela é minha? – Sehun perguntou parecendo feliz pela frase do outro cara.

- É, o idiota do Chanyeol perdeu para ela, isso prova que ela não é uma qualquer e que você fez por merecer.

- Eu não sou prêmio de ninguém! Como minha família pôde me entregar assim?

- Digamos que somos os reis entre os lobos e sua família nos devia lealdade. E em troca de paz e proteção, eles nos deram você. Eu sou o líder da matilha, Junmyeon! E não se preocupe, , você será bem tratada, Sehun será seu... – O tal Junmyeon fez uma pausa breve. – Digamos, companheiro até que você escolha um de nós para ser seu por toda a eternidade. Nossos métodos de casamento são meio esquisitos, mas você se acostuma. Quem sabe você não gosta de todos e fica com todos!

Ele ergueu uma sobrancelha e virou as costas para mim. Sehun me ajudou a levantar e eu percebi que ele nem parecia ser tão ruim assim, mas mesmo assim eles são loucos por achar que eu vou ficar ali tão facilmente e ainda me envolver com qualquer um deles. Eles são bonitos e tal, não vou negar, mas seus costumes eram mesmo muito esquisitos.

Depois de uma longa caminhada, chegamos à casa dos lobos e Sehun foi recebido com uivos e gritos, parecia que eles estavam dando os parabéns ao rapaz.

- Parabéns, Sehun! – Um rapaz mais baixo e de olhos pequenos falou, dando tapinhas nas costas do mais novo.

- Obrigado, Minseok hyung!

- Ela teve sorte! – O ruivo falava, aparentemente nada tinha acontecido com ele, nenhum sinal da mordida que dei.

- Deixa de reclamar, Chanyeol. Você que foi o molenga! – O líder disse.

- vai dormir no quarto do Sehun e eu não quero saber de confusão! – Todos baixaram a cabeça e cada um seguiu para seu quarto, me deixando com o “campeão”.

A semana passou voando e os meninos não ligavam para a minha presença, somente Sehun, que ficava ao meu lado, mas pouco falava. Eu não me importava muito, contanto que ninguém tentasse me assediar, eu poderia viver em paz e eles continuariam com as mãos no lugar.

Mas como a vida gosta de pregar peças, eles começaram a ser legais demais comigo, não entendi muito bem o motivo. Começou com comida sendo feita e deixada especialmente para mim, flores na porta do quarto... Sehun estava começando a se irritar e aquilo parecia mexer comigo, eu não deveria gostar dele, em hipótese alguma.

Em uma tarde quente, Sehun voltou do banho só de toalha e eu não consegui não olhar, foi mais forte que eu. Eu podia ver nitidamente a água escorrendo por seu abdômen, engoli em seco e nem percebi que Sehun estava olhando, até ele pigarrear alto.

- Acho que sei o motivo deles estarem te bajulando. – Sacudi a cabeça para afastar os pensamentos que estavam martelando ali.

- E qual seria? – Eu tentava a todo custo não olhar na direção em que ele estava.

- Quantos anos você tem, ?

- E o que isso tem a ver com a história? – Ele se aproximou e ficou com o nariz bem próximo de mim. Ele não estava insinuando o que eu estava pensando, né? – Não mesmo! – Sehun sorriu e então mordeu o lábio.

- É, acho que chegou mais tarde para você. Eu vou amar ser o primeiro.

- Do que você está falando?

- Ah, ! Você tem 18 anos e seu primeiro cio está próximo. Eu posso te ajudar, sabe? – Ele se aproximou perigosamente. Meu corpo estava quente e parecia querer que Sehun ficasse cada vez mais perto.

- Isso é loucura! – Era tudo que conseguia dizer.

Ele se aproximou mais e me puxou para mais perto. Roçou seus lábios nos meus e fechou os olhos. Eu mesma findei a distância entre nossas bocas e o beijei, o gosto de menta era marcante ali. Sehun se aproximou ainda mais e, por um momento, esqueci que ele estava de toalha e que a casa estava lotada de garotos com o mesmo desejo de Sehun.

O corpo do maior praticamente esmagou o meu contra o colchão, minhas mãos passearam sobre os ombros largos dele e Sehun passou a roçar seu membro coberto pela toalha em mim. Aquilo era perigoso, porém era perfeito.

Seu corpo estava tão quente quanto o meu e seus lábios desceram de minha boca até meu pescoço, me fazendo arfar baixinho. Sehun já estava com a mão dentro de minha camisa, quando a porta foi aberta abruptamente e um Jongdae passou por ela, ficando estático nos olhando.

- Vai ficar olhando e atrapalhando por muito tempo? – Sehun perguntou sem muita paciência.

- Junmyeon hyung pediu para que vocês descessem. – Ele então se virou e saiu.

- Na melhor parte eles nos interrompem! – Sehun selou meus lábios rapidamente e se levantou, me deixando confusa e desnorteada. Quando descemos, a tal coisa importante era uma reunião sobre os afazeres da casa que precisavam ser redistribuídos. Tive que ajudar um deles na cozinha e ainda não sei como eles vivem decidindo tudo na base do par ou ímpar. Eles fizeram o tal sorteio e eu fiquei como ajudante do Kyungsoo na cozinha, ele é bem quieto e isso não seria um problema para nós dois, certo?

Errado. O rapaz fazia questão de me fazer rir e o sorriso que ele me lançava fazia minhas pernas ficarem bambas. Maldito cio!

Kyungsoo era muito atencioso, sorridente e prestativo, mas eu tinha que me lembrar a todo minuto que ele era como os outros, só estava tentando me agradar. Minha vida estava ficando difícil. Durante o dia, era a tentação de ter Kyungsoo ao meu lado, e à noite, era Sehun sem camisa testando todo meu autocontrole.

...


Mais uma manhã que tinha tudo para ser normal, mas como nada na minha vida é normal, simplesmente aconteceu.

Kyungsoo pediu para que eu experimentasse algo que ele havia cozinhado e eu o fiz, mas no processo acabei sujando o canto da boca. O rapaz se aproximou sério e limpou onde estava sujo, mas ele não tirava os olhos de meus lábios nem por um segundo, e então me beijou. Era um beijo afoito e gostoso, os lábios dele eram perfeitos em contato com os meus, suas mãos me puxaram para mais perto de si e em instantes eu estava sem ar. Quando nos separamos, Kyungsoo ficou me observando.

- Desculpa! – Ele disse e eu não respondi nada, apenas corri e me tranquei no quarto. Eu não sobreviveria naquela casa nem mais um minuto, meu estado não permitiria ficar em paz perto de nenhum deles.

Todos eram perigosos, não no sentido ruim, só perigosos demais para a minha sanidade. Fui interrompida de meus devaneios por batidas na porta.

- ? – Abri a porta e encontrei Junmyeon ali, ele parecia estar apreensivo por estar ali para falar comigo. – Aconteceu algo? – Apenas neguei. – Kyungsoo estava meio alterado lá em baixo e vi você passar correndo.

- Não foi nada demais, provavelmente todos vocês querem fazer o mesmo. – Respondi grosseiramente.

- Não pense dessa forma, . Está sendo difícil resistir ao seu cheiro e seu cio ainda não está no máximo dele. Em alguns dias, essa casa será um campo de guerra com você aqui. Eu vou te ajudar, mas não conte a ninguém. Me encontre na porta dos fundos à meia-noite em ponto!

Dito isso, ele se virou e partiu. Nenhum dos meninos veio me procurar, mesmo tendo ouvido seus passos próximos à porta e as vozes de alguns também, eles pareciam sentir meu humor mudar e mudavam também. Não desci para jantar, mas Kyungsoo veio até a porta e deixou algo pra que eu não ficasse sem me alimentar. Ele ficou por alguns minutos na porta e saiu sem falar nada.

À meia-noite, fui na ponta dos pés até a saída da casa. Quando cheguei lá, havia alguém na cozinha, que presumi ser Junmyeon, mas quando aquela voz saiu, eu não imaginava como ele poderia ter descoberto.

- Então você realmente ia fugir? – A voz de Sehun parecia triste, mas eu não conseguia responder, estava com medo.

- Você não sabe um terço do que estou passando esses dias, você não tem noção de como tem sido ser eu!

- Você acha que para nós é diferente? Você é a única mulher nessa casa, acha que não tentamos ser o mais delicado possível? Você sabe como eu me sinto em relação a isso? Acha que é fácil dormir com você e sentir seu cheiro? Não é!

Sehun pegou em meu braço e me levou para fora da casa, ele caminhava rápido e eu somente o acompanhava calada, não fazia a menor ideia de onde estávamos indo, até avistar uma cabana próxima a um rio. O maior entrou e me pediu para entrar junto, e mesmo um pouco confusa, entrei.

Assim que entramos, Sehun trancou a porta e se jogou em um pequeno sofá que havia ali, ele segurou minha mão e me puxou para si. Eu não sabia onde aquilo iria dar, mas queria muito sentir seus lábios novamente e, pensando nisso, eu mesma o beijei. Sehun ficou surpreso, porém não interrompeu o momento, era somente eu e ele naquele lugar. Suas mãos me apertavam e sua boca descia para meu pescoço e depois para meu colo. Sehun parou para me observar e sua cara de menino havia mudado completamente, ele parecia um predador e eu era sua caça.

Ele soltou um sorriso safado e voltou e me beijar com mais desejo, me ajeitou para que eu ficasse com as pernas uma de cada lado do corpo dele e as mãos dele foram direto para minha bunda, apertando e me fazendo ir mais para perto, friccionando nossas intimidades.

Acabei soltando um gemido baixo e o maior sorriu mais ainda, seu membro já estava duro e Sehun fazia questão de que nossas intimidades tivessem mais contato, enquanto ele dava leve mordidas em meu pescoço.

Sem muita paciência, o maior arrancou minha camisa e rapidamente abriu o fecho do sutiã, deixando meus seios livres para ele. Sehun abocanhou o direito enquanto massageava o esquerdo, e eu somente consegui jogar a cabeça para trás e gemer.

Ele se levantou comigo ainda em seu colo e se dirigiu até um pequeno colchão que havia ali, me deitando gentilmente sobre o mesmo. O rapaz voltou sua atenção até meu short e o desabotoou, me deixando somente de calcinha. Eu corei rapidamente, ele me observou mais um pouco e sorriu.

- Você é linda! – Sehun passou a distribuir beijos em minha coxa e foi subindo devagar, as mãos do rapaz passeavam por todo meu corpo, e eu sentia cada parte de mim praticamente borbulhar com os toques dele.

O maior afastou um pouco minha calcinha com o indicador e passou a língua em minha intimidade, me fazendo gemer mais manhosa. A peça que ainda estava cobrindo boa parte de minha intimidade foi rasgada e Sehun voltou a usar a língua em minha entrada, me arrancando gemidos mais altos. Ele usou seus dedos para auxiliar mais ainda nas carícias, deixando meu corpo cada vez mais quente. Não aguentei muito tempo e logo cheguei ao ápice.

Sehun sorriu satisfeito e lambeu os dedos que a pouco estavam dentro de mim.

- Tão deliciosa! – Sem deixar muito espaço para conversas, Sehun começou a se despir e minhas mãos foram automaticamente para seu abdômen, eu queria sentir cada pedacinho dele também.

Sem deixar que ele terminasse de tirar a roupa, me joguei sobre seus braços mudando nossas posições, deixando Sehun por baixo. Fui logo desafivelando seu cinto, eu não sabia bem o que fazer, mas nem por isso deixei que meu medo tomasse conta. Puxei sua calça junto com a cueca e Sehun soltou um suspiro baixo. Eu achava que eu estava indo bem, mas fui surpreendida pelo maior, que mais uma vez me virou e se posicionou entre minhas pernas, seu membro roçando em minha intimidade, fazendo com que nós gemêssemos.

Sehun fez movimentos imitando uma penetração e aquilo me tirou mais ainda do sério, pelos deuses! Como só aquilo podia me fazer gemer tanto? Mais alguns movimentos e Sehun se deslizou para dentro de mim. Automaticamente soltei um gemido mais alto e logo em seguida tapei a boca, mesmo com alguns metros de distância, a cabana não ficava tão longe assim do casarão.

Sehun riu de meu sofrimento e fez um carinho em minha bochecha, me deixando um pouco mais calma.

O maior passou a se movimentar um pouco devagar até que eu lhe concedesse permissão para ir mais rápido. Os movimentos eram fortes e a velocidade era sobrenatural, nossos corpos se chocavam e nossos gemidos eram os únicos sons ouvidos ali.

O maior se aproximou e me beijou, abafando um pouco os sons que saíam de minha boca. O rapaz inverteu nossas posições, me deixando por cima e com total controle da situação. Passei a cavalgar em seu membro me apoiando em seu peitoral. Não demorou muito e acabei chegando ao ápice novamente.

Sehun segurou minha cintura, estocou mais algumas vezes e se desfez também. O lobo se deitou, me puxando para deitar ao seu lado, e ficou fazendo carinho em minha bochecha e cabelos.

- Foi a melhor noite que tive! – Ele enfim quebrou o silêncio.

- Ya, não fale essas coisas agora! – Escondi meu rosto em seu peitoral.

- Você fica linda com vergonha. – Me ajeitei melhor sobre seu peito e comecei a bocejar.

- Você quer voltar para lá ou prefere dormir aqui?

- Vamos dormir aqui! – Me aconcheguei mais nele.

- Tudo bem, mas não vamos dormir agora, vem comigo! – Ele se levantou, pegou em minha mão e abriu a porta da cabana, estava frio lá fora e piorava mais devido ao fato de estarmos sem roupa. Andamos um pouco até chegarmos em um riacho pequeno e Sehun, ainda segurando minha mão, me levou para dentro da água.

- Aish! Está frio, oppa! – Reclamei.

- De que me chamou? – Ele sorriu fofo.

- Oppa! – Repeti.

- Tão fofa! Vamos mergulhar logo e voltar para a cabana! – Nadamos por um tempo e depois voltamos quase correndo para a cabana. Estava frio e Sehun me ajudou para que eu pudesse me vestir mais rápido e me esquentar. Mas algo martelava em minha cabeça, se era Junmyeon que iria me ajudar, por que era Sehun quem estava me esperando? Fiquei na dúvida se perguntava ou não, mas achei melhor perguntar logo.

- Sehun? – Perguntei enquanto ele arrumava o colchão para que pudéssemos dormir.

- Sim?

- Como sabia que eu iria estar lá naquele horário?

- Junmyeon hyung me mandou te procurar, disse que tinha arrumado a cabana para nós dois e que você não estava bem.

- E o que ele ganha com isso?

- O hyung gosta de seguir bem nossas regras. Mesmo contra a vontade dele, ele é um bom líder e também tem o fato de que você é minha por direito de caçada e nenhum deles pode tentar nada até que você os escolha.

- Então... – Eu quase falei sobre Kyungsoo, mas resolvi ficar calada, as regras deles pareciam ser muito importantes e eu não iria fazer com que eles brigassem, mas talvez isso seja algo que eu não possa evitar, já que não consigo decidir com qual deles devo ficar, tudo isso é novo para mim.

- Então? Você ia dizer algo?

- Não, só pensei!

Ele me olhou como se soubesse de algo, mas esperasse que eu falasse. Simplesmente ignorei e me deitei, eu estava com a cabeça repleta de dúvidas. Como escolher um entre eles doze, sendo que alguns nem conversaram comigo? Eu precisava dormir e esquecer tudo isso. Pelo menos por algumas horas.

Sehun deitou ao meu lado e me aninhou em seus braços, só por essa noite eu iria relaxar assim.

- Boa noite, Jagi!

Puta merda, pensei. Ele não podia me chamar só pelo nome? Tinha que ser tão carinhoso assim?

- Boa noite, Sehun!

Pegar no sono não foi tão difícil, meu corpo e mente estavam muito cansados para continuar pensando no que fazer ou em qualquer outra coisa.

Na manhã seguinte, acordei com o Sol entrando pelas brechas na madeira da porta. Sehun ainda dormia tranquilamente abraçado à minha cintura. Seria fofo se não fosse tão difícil para mim viver aquela situação.

- Sehun! – O cutuquei. – Precisamos ir, os outros já devem estar acordados.

- Huum. – Ele resmungou enquanto se espreguiçava. Por que tem que ser lindo até assim? – Bom dia! Conseguiu dormir direito?

- Maravilhosamente bem! Agora vamos! – Nos levantamos, arrumamos as cobertas e saímos rumo à casa grande.

Não sabia bem o motivo, mas a cada passo que dávamos em direção à casa, meu coração parecia que iria pular fora de meu corpo.

Assim que passamos de mãos dadas pela porta da cozinha, alguém pigarreou.

- Agora sei o motivo dos gemidos que ouvi ontem. Agora que você finalmente a fez sua, ela está “livre” para escolher. Tenho certeza que você não a marcou! Então ainda temos chances. Kyungsoo deve estar sofrendo dentro do quarto dele agora, já que ele ouviu tudo de perto! – Chanyeol, como sempre, mostrando ser a cobra mais peçonhenta da casa.

Eu gelei. Eles realmente tinham ouvido? Claro que eles ouviram, , eles são lobos. Eu sou um lobo! Como poderia esquecer que a audição deles é mais aguçada que a de um ser humano normal?

- Cala a boca, Park! Ela só vai ser marcada por quem ela escolher e tenho certeza que não será você! – Sehun tentou me defender, mas a situação em minha cabeça só piorou.

- Já chega vocês dois! – Saí correndo de perto deles e subi às pressas, parando em frente ao quarto de Kyungsoo. Minhas mãos foram até a maçaneta e fiquei numa briga interna sobre entrar ou não entrar.

Criei coragem e entrei sem ao menos bater na porta, Kyungsoo estava dormindo e aquilo era fofo. Sentei-me na ponta da cama e fiquei o observando, ele realmente teria ficado chateado? Mas apenas nos beijamos uma vez. E, em minha defesa, foi ele que me beijou!

- Você está com o cheiro dele. – Kyungsoo disse ainda de olhos fechados. Não respondi nada, apenas suspirei. – O que ele tem que eu não tenho ou não possa oferecer?

- Kyungsoo... – Ele sentou-se na cama e colocou o indicador sobre meus lábios.

- Não precisa falar nada, eu convivo com essas malditas regras há mais tempo que você, mas fique ciente de que a partir de agora tudo muda, principalmente porque ele não te marcou.

- Ainda estou confusa com essas regras idiotas, eu quero me apaixonar e não ser caçada e feita de refém!

O rapaz não estava muito feliz, assim como eu.

- Você não é mais refém, você é uma de nós. – Ele tinha um pouco de razão. – Eu vou me arrepender depois, mas preciso fazer isso agora!

Kyungsoo segurou meu queixo e, sem aviso, me beijou novamente. Eu acabei cedendo ao beijo dele, sua boca era maravilhosa e suas mãos mais ainda. Ele nos separou e me observou por um momento.

- Não consigo me concentrar com você fedendo a Sehun! – Mesmo assim ele voltou a me beijar.

Ele trocou de lugar comigo me fazendo ficar de costas para a cama e consequentemente, me deitando nela, aproximou seus lábios de minha orelha e mordeu meu lóbulo, me fazendo arrepiar.

- Queria poder te foder agora, mas não sei se você vai gostar. – Ele sussurrou. Maldito!

Como não respondi nada, ele continuou a me beijar e morder meu pescoço de leve. O rapaz já estava empolgado e bem... Alegre. Suas mãos adentraram minha camisa e eu pude sentir seu toque quente em minha pele mais quente ainda, meu corpo simplesmente respondia a todos os estímulos do maior. Eu poderia ser considerada uma vadia por estar fazendo isso?

Meu coração mais uma vez parecia que estava mais rápido do que o de um ser humano recém-nascido. Kyungsoo desceu sua mão até minha intimidade por dentro do short e começou a massagear o lugar, sua cara de satisfação era perfeita.

Àquela altura do campeonato eu não lembrava nem mesmo do meu próprio nome. Kyungsoo não fazia rodeios, ele retirou sua mão e já estava retirando meu short, quando alguém bateu à porta.

- Kyungsoo? Junmyeon está te chamando lá em baixo.

- Droga! Já estou indo, Yixing! Não saia daqui, , eu já volto! – Ele respirou fundo e saiu resmungando algo que eu não entendi, mas ri bastante ao vê-lo ajeitar o membro dentro da cueca, afinal ele estava bem animado.

Deitei ali e suspirei, acho que irei diretamente para o inferno quando morrer, já que em menos de doze horas eu estive com dois caras diferentes! Estava tão imersa em pensamentos que nem percebi a cama afundar ao meu lado. Sorri pensando ser Kyungsoo, mas era Yixing e ele sorria tão fofo... Menos, , você não precisa de mais um, ou precisa? Sacudi a cabeça e retribui o sorriso.

- Kyungsoo vai demorar a voltar e eu queria te mostrar algo, pode vir comigo?

- Claro! – Ele levantou e seguiu para o lado de fora, numa parte do terreno que eu ainda não havia visitado.

- Esse lugar é onde venho para relaxar, os animais são uma boa opção de distração, sinta-se à vontade para vir aqui quando quiser! – Ele sorriu de novo, e acho que tenho um fraco para pessoas com covinhas.

- Vocês sempre fizeram isso?

- Isso o quê?

- Disputar a mesma garota?

- Não! Essa é a primeira vez. Você deveria se preparar, as coisas vão ficar muito mais emocionantes! – Ele beijou minha bochecha e foi embora, me deixando mais uma vez sozinha e com mil coisas.

- ? – Ouço uma voz me chamar.

- Oi, Baekhyun!

- A casa toda já sabe da sua condição. Posso falar uma coisa?

- Sim. – Divago olhando os animais no celeiro.

- Não é nada pessoal e tal, mas você precisa tirar o cheiro deles de você. E outra, cuidado com as mordidas!

Fiquei completamente sem graça, estava corada com certeza!

- Kyungsoo gosta de ser direto, muito cuidado com ele também!

- Obrigada pelas dicas, Baekhyun!

- As coisas vão ficar divertidas!

Eu saí dali rindo. Cada vez que me encontro com um, eles dizem que as coisas vão piorar ou que vão ser divertidas, eles têm que decidir.

Segui para dentro de casa e fui para o banheiro. Meu corpo e mente estavam trabalhando desencontrados. Estava tão distraída, lembrando das palavras dos meninos que nem percebi alguém entrar no banheiro e trancar a porta.

- Deveria ter me esperado no quarto, mas o banheiro é uma ótima opção. – A voz melodiosa de Kyungsoo se fez presente no banheiro.

Kyungsoo veio em minha direção e me ajudou a retirar as peças de roupa, eu o deixei totalmente livre para que ele me tomasse da maneira que desejasse. Minha cabeça dizia que era errado, mas meu corpo não obedecia.

- Agora você precisa fazer silêncio, se alguém nos ouvir, seremos atrapalhados de novo e não queremos isso, né? – Assenti.

- Mas eles acabarão ouvindo de qualquer maneira. – Falei baixinho.

Sua boca era tão convidativa e a cada vez que eu a olhava, sentia vontade morder aqueles lábios até deixá-los vermelhos.

Já sem roupa, Kyungsoo me levou até o box e me posicionou na parede contrária ao chuveiro, sua mão passeou devagar de minha coxa até minha intimidade, fazendo movimentos circulares. Soltei um gemido baixo e senti o maior se aproximar de minha orelha e sussurrar.

- Quer saber? Que se danem os outros! Quero ouvir você gemer meu nome! – Ele inseriu dois dedos dentro de minha intimidade e estocou rápido, e o volume dos gemidos realmente aumentou. Eu só conseguia pedir que ele me desse mais prazer.

Cansado de esperar mais, Kyungsoo retirou seus dedos, os lambeu e sorriu vitorioso. Ele ergueu uma de minhas pernas e pressionou seu membro em minha entrada, apenas para me tirar mais do sério. Quando ele finalmente me penetrou, joguei a cabeça para trás em deleite. Os movimentos de Kyungsoo me faziam gemer mais e mais e para abafar o barulho, simplesmente cravei meus dentes no ombro do rapaz. Kyungsoo gemeu por conta da mordida e do aperto que as paredes do meu interior faziam em torno de seu membro. O rapaz agarrou um de meus seios e o levou a boca, nossos corpos se encaixavam perfeitamente e nossos gemidos eram sincronizados.

Kyungsoo se retirou de mim e me virou de costas para ele.

- Empina pra mim! – Obedeci de imediato.

O som dos corpos se chocando dentro do banheiro era ainda mais alto. Kyungsoo se aproximou mais, colando seu peitoral em minhas costas e descendo sua mão até meu ponto sensível e o estimulando, fazendo com que eu me desmanchasse em seu membro. O rapaz se separou mais uma vez e agarrou minha cintura, auxiliando nas estocadas fortes e rápidas, chegando ao seu ápice logo em seguida. Kyungsoo encostou sua cabeça em minhas costas tentando recuperar o fôlego.

Depois de alguns minutos, ele se retirou de mim e me puxou para debaixo do chuveiro, o ligando e deixando a água cair sobre nossos corpos quentes. Depois de recobrar a consciência do que havíamos feito, me toquei da merda que fiz. Eu o havia mordido durante o sexo, aquilo seria uma dor de cabeça e tanto! Tomamos banho em silêncio e Kyungsoo sorria feito bobo ao meu lado.

O maior me ajudou a me enxugar e saímos rumo ao seu quarto. Até o presente momento, ninguém apareceu para soltar piadas ou empatar alguma coisa. Kyungsoo me fez deitar com ele na cama, fazendo carinho onde podia. Esperei que ele dormisse e fugi para meu quarto, me trancando lá, não podia olhar para ninguém naquela casa.

Passei uma semana evitando Sehun e Kyungsoo, ainda não estava preparada para tal ação. Me encontrava deitada em minha cama, quando ouço alguém bater na porta.

- Entra... – Jongin entrou sorrindo fraco.

- Queria saber se você não está afim de sair e beber alguma coisa. Só eu e você, para tentar esquecer os problemas.

Não havia mal algum em me distrair né? E eu poderia aproveitar e fazer algo que tenho planejado essa última semana, mas não tinha coragem de fazer.

- Eu vou sair com você Jongin, mas só como amiga!

- Tudo bem! Te vejo as sete da noite! – Ele sorriu e saiu, me deixando sozinha.

No horário combinado, Jongin bateu na porta do meu quarto e saímos. Por mais que me doa fazer isso, pois eu sentia um pouco da decepção de Kyungsoo a meu respeito, eu decidi que seria melhor, só deveria esperar o momento certo.

- Está linda! – Jongin me elogiou sinceramente.

- Não exagere! – Tentei desconversar – Só vesti algo que Junmyeon me deu.

Acabamos indo a uma boate. Jongin me ofereceu bebidas e conversou bastante comigo, ele realmente cumpriu o que prometeu, seríamos amigos aquela noite, mesmo eu me odiando pelo que faria com ele. A cada copo que Jongin me servia, eu dava um jeito de me desfazer dele aos poucos em uma planta que havia próxima a mesa. Desculpa, plantinha!

Em pouco tempo, Jongin estava alegre o bastante para se perder no meio da multidão e me deixar na mesa sozinha, com a desculpa de que não sabia dançar e que não estava me sentindo bem. Antes de Jongin se afastar, informei a ele que iria ao banheiro e ele somente assentiu. Fui em direção ao banheiro sempre olhando para trás, para me certificar de que Jongin não estava atrás de mim. Quando me certifiquei de que estava realmente sozinha, saí pela porta de emergência e corri.

Mas para onde eu deveria ir? Voltar para a minha família estava fora de cogitação. Vagar sem rumo e longe do rastro do EXO era muito melhor, mas como disfarçar meu cheiro? Esse seria meu maior desafio, maldito cio que não vem logo e acaba. Pelos meus cálculos, deveria ser daqui dois dias. Eu só teria de me esconder muito bem e sofrer um pouco, mas eu não voltaria para eles, mesmo minha cabeça estando confusa entre Kyungsoo e Sehun, eu não voltaria!


Capítulo 2

Jongin POV

Depois de me divertir um pouco na pista de dança, procurei por na boate inteira, mas não a encontrei. Ela realmente me passou a perna e fugiu? Tentei ao máximo rastreá-la, mas foi inútil, meus sentidos estavam tomados pela bebida e eu não conseguia me concentrar. Peguei meu celular e disquei o número de Junmyeon hyung, eu morreria, mas tinha de contar para ele.

- Você o quê? – Ele gritava do outro lado.

- Eu meio que perdi ela! – Falei baixo.

- Eu sabia que isso ia dar em merda! – Chanyeol hyung falou no viva-voz.

- Cala a boca, Chanyeol! – Junmyeon gritou.

- Será que vocês podem parar de brigar e me ajudar? Kyungsoo não pode rastrear ela? Ou Sehun?

- Nenhum deles mordeu ela. – Junmyeon hyung dizia com um tom mais macabro na voz, eu detestava fazer qualquer coisa que o deixasse bravo. – Ela tem vantagem sobre nós, ela mordeu Kyungsoo, pode saber o que ele sente e talvez ouvir ele. Como pôde ser tão idiota, Jongin?

- Vou tentar procurá-la mais uma vez.

Encerrei a ligação ouvindo as ameaças de morte do hyung. Se eu não encontrasse , eu viraria casaco de pele ou capacho da porta da frente.

Jongin POV off

POV

Pelo tanto que corri, eu já deveria estar em outro estado, eles não deveriam conseguir mais sentir meu cheiro, ou conseguiriam? A fome começou a bater e eu me aproximei de um bar na beira da estrada. Decidi que minha liberdade era mais importante que minha índole e repassei todo o plano na cabeça: afanar alguns trocados das carteiras dos bêbados ali e tentar comer e dormir um pouco.

E foi exatamente o que fiz. Bêbados quando veem garotas bonitas ficam parecendo idiotas, então consegui alguns trocados e parei em um fast food. Depois de pagar o pedido, me dirigi a um dos motéis baratos que vi na estrada, ficar perto da floresta era a ideia mais plausível no momento.

Tentei dormir, mas os pensamentos de Kyungsoo em minha mente eram mais altos que os gritos do casal escandaloso do quarto ao lado.

sei que pode me ouvir, por favor tome cuidado, Junmyeon hyung está procurando por você!”

Droga! Droga! Droga! Por que eu tinha que mordê-lo? Aquele lugar não era seguro, mas eu estava cansada e com muito sono. Tentei ao máximo ficar de olhos abertos e alerta, mas o cansaço me venceu e acabei dormindo sentada perto da porta, coisa que não deveria ter feito. Acordei com alguém praticamente derrubando a estrutura de madeira. Era ele! Junmyeon havia me encontrado e ele estava sozinho.

POV off

Junmyeon POV

Assim que Jongin disse que perdeu de vista, eu fui para seu quarto e vasculhei por lá, para poder sentir um pouco do perfume dela.

Segui em direção à boate onde eles estavam e mandei Jongin para casa, ele estava bêbado e não ajudaria em nada. não foi tão inteligente assim, se era de tentar fugir, que fosse daqui uns três dias, o cheiro dela está mais marcante agora e isso ajudou bastante, mas devo admitir que ela correu bastante, chegou ao estado vizinho, passou por um bar na beira da estrada e por fim parou em um motel velho. Espreitei por um tempo e deixei que ela pegasse no sono, eu estava com tanta raiva que quase derrubei aquela porta.

- Achou mesmo que ia fugir e deixar aqueles dois chorando?

- E-eu... – Ela gaguejava.

- Desculpa, mas se você não entendeu bem, você não vai fugir, principalmente depois de morder Kyungsoo. Acha que deixaríamos sua família em paz? – Ela apenas negou. – Não quero que fuja de novo, dá trabalho correr metade de um estado atrás de você e não quero meus idiotas sofrendo por sua causa e nem brigando por você!

Estendi minha mão para que ela se levantasse e seguimos rumo à estação. Não queria mais correr e acho que ela também não. O caminho de volta foi silencioso, nem falou nada e nem eu.

Quando chegamos em casa, ela simplesmente bufou e correu para o quarto. Para alguém de dezoito anos, ela parece ter oito.

Junmyeon POV off

POV

A cada dia que passa, vejo que os homens dessa casa são malucos. Como você acorda alguém derrubando a porta de um motel e acha que tá tudo bem? E ainda tem a parte onde ele diz que tem dois caras chorando por mim. Eu ainda estou processando a merda que fiz ao morder Kyungsoo. Como posso pensar em alguma coisa com os pensamentos dele em minha cabeça? Kyungsoo é legal, é bonito, é fofo e tem uma pegada que me tira o fôlego, mas o foco da conversa não é esse. Sehun é atencioso, nunca mentiu para mim.

Os outros meninos são uma incógnita, tento ao máximo ficar longe de alguns, principalmente de Junmyeon, ainda mais agora que conheço o lado mais “sombrio” dele. Estava repassando todos os meus dias nessa casa na cabeça, quando alguém bateu na porta.

- ? – Era Kyungsoo. – Posso entrar?

- Não! Eu quero ficar sozinha! – Ele apenas suspirou, mas continuou ali.

POV off

Kyungsoo POV

- Ela te rejeitou? De novo? – Chanyeol estava de braços cruzados do outro lado do corredor.

- Você não tem nada melhor para fazer não, hyung?

- Não! Ver você e Sehun disputando a atenção da lobinha é melhor!

- Venenoso como sempre, né? Esperando para atacar?

- Não sei se vocês aguentam a concorrência! – Ele riu e saiu.

- ! – Voltei a bater na porta – Por favor, abre! Preciso falar com você!

- Vá embora, Kyungsoo! Eu quero ficar sozinha!

- Mas eu só quero te ajudar. – Falei baixo, fiquei ali por um tempo e depois decidi que era melhor descer.

Kyungsoo POV off

POV

Talvez eu estivesse sendo uma idiota, mas não conseguia me controlar perto daqueles dois e não conseguia me decidir entre os dois.

- Talvez você devesse ouvir ele! – Tomei um susto ao ouvir a voz de Chanyeol ali.

- Quando você entrou aqui?

- Quando você estava se remoendo por mandá-lo embora. Aliás, um ménage não faz mal a ninguém. Você pode ter os dois e tudo se resolve!

- Já te disseram que você é irritante? Até quando vai me importunar?

- O tempo todo e pelo tempo que eu quiser! Te irritar e irritar os dois lobos apaixonados virou meu passatempo favorito! – Ele se aproximou e farejou o ar próximo de mim. – Sugiro que se tranque hoje!

Chanyeol saiu rindo e eu corri para a porta e a tranquei, não adiantaria de nada, meu corpo estava muito mais quente que o normal, eu teria de me controlar bastante para não sair dali e me aliviar com o primeiro que visse.

...


Acordei com dores e com o corpo suado, precisava de um banho, ou melhor eu precisava de um deles. Abri a porta e a casa estava em completo silêncio. Saí procurando por alguém naquela casa, sem sucesso algum. Me joguei no chão sentindo dores e gritei chamando por Junmyeon.

POV off

Junmyeon POV

Hoje seria a pior noite da minha vida. O cheiro de estava mais forte que nunca. Arrumei algo para cada um dos meninos fazerem, os tirei de perto dela e fiquei a uma distância segura, caso ela precisasse de alguma coisa, eu estaria ali. Passava um pouco mais da meia noite, quando ouvi gritar por mim. Tentei ao máximo não correr até ela imediatamente, mas foi em vão. Corri o mais rápido que pude e a encontrei deitada no chão da sala.

- Faça parar!

- Você não vai gostar disso, !

- Só. Faz. Passar. – Ela dizia pausadamente.

Não sei se colocar no colo foi uma boa ideia, ela estava agarrada a mim e gemia baixo meu nome, aquilo era torturante. O cio estava em seu máximo e ela precisava se aliviar e eu queria fazer aquilo por ela, estava mais do que preparado. Assim que chegamos ao meu quarto, a coloquei sobre a cama e passei a distribuir mordidas leves no pescoço da menor. gemia mais e mais, me deixando ainda mais inebriado.

- Diz pra mim, onde dói? – levou minha mão até seu ponto sensível e me fez endurecer mais ainda. – Vou te ajudar com isso! – Me separei do corpo de e rasguei suas roupas a deixando totalmente nua a minha mercê. Fiquei admirando seu corpo maravilhoso, mas saí do transe ao ouvir um bufar vindo da menor, ela precisava dos meus cuidados naquele momento, depois eu poderia admirá-la.

Abri as pernas de e deixei minha boca próxima a sua intimidade, passei minha língua ali, ouvindo mais um gemido de , dessa vez um pouco mais alto. A menor se contorcia e vez ou outra suas pernas se fechavam em torno de minha cabeça. Dei o meu melhor ali, fazendo se desmanchar em minha boca. Lambi os lábios limpando os resquícios do mel dela e logo comecei a me despir.

Em questão de segundos eu já estava sobre ela e me deslizando para dentro dela. me puxou com as pernas para que eu fosse mais fundo e eu estocava forte, fazendo ambos gemermos. inverteu nossas posições, passando a cavalgar sobre meu membro, ação que fez com que eu jogasse a cabeça para trás e segurasse firme em sua cintura. Sentia que estava em meu limite e mais uma vez mudei nossas posições, deixando o pescoço de exposto e livre para mim.

Por impulso, acabei a mordendo enquanto chegava ao meu ápice, seguido por . Caímos na cama ofegantes, mas isso não significa que pararmos ali, eu precisava ajudá-la e faria quantas vezes fosse preciso.

...


Era a quarta rodada e nem e nem eu estávamos cansados, mas como nada naquela casa passa despercebido por ninguém e meus betas nunca me escutam, ouvi passos na escada.

- Hyung? Tá tudo bem aí? – Era Chanyeol. Por que ele tinha que voltar tão cedo?

- Tá. Sim. – Eu tentava falar normalmente, mas era impossível, já que estava, digamos... quicando muito e gemendo baixo e tenho certeza que Chanyeol iria espalhar para todos o que ouviu ali e eu não estava nem um pouco afim de contar que praticamente armei para eles saírem e eu poder ficar sozinho com na melhor noite da minha vida. estava insaciável aquela noite e não iria dormir até estar satisfeita, o que talvez demorasse para acontecer.

- Precisa de ajuda com ela? Ou dá conta sozinho? – O filho da puta riu contra a porta.

- Vá embora, Park. Eu disse para vocês só voltarem depois de entregar a mensagem a eles e isso seria só amanhã!

- Achei estranho você não ir, afinal, você é o alfa! Então eu voltei!

parou e ainda ofegante começou a falar alto.

- Se quiser entrar, Chanyeol, será bem-vindo!

Ela só pode estar maluca! Ela realmente queria o orelhudo aqui também? Chanyeol riu do outro lado da porta e aos poucos foi abrindo-a. Com certeza se arrependeria quando o cio passasse.

Junmyeon POV off

Chanyeol POV

A lobinha estava realmente sedenta. Eu deveria me juntar a eles? Minha cabeça dizia não, mas meu corpo e meu lobo diziam sim. O cheiro de estava delicioso e eu a queria sentada em mim, da maneira que imaginei todas as noites anteriores.

- Tem certeza disso? – Perguntei olhando em seus olhos. Junmyeon hyung não estava nada feliz com o convite inusitado da lobinha.

- Vai dizer que não quer? – Ela engatinhava na cama vindo em minha direção. – Um é pouco e dois é bom!

Ri de lado, ela se arrependeria de tudo mais tarde, mas deixamos os arrependimentos para depois.
Peguei na mão de e a ajudei a sair da cama e ficar de pé na minha frente. A menor foi logo retirando minhas roupas e se ajoelhou a minha frente. Todo meu corpo tencionou na hora, ela realmente iria me aliviar?

Sua mão foi até meu membro e começou os movimentos de vai e vem, tombei a cabeça para trás e gemi rouco. logo o colocou na boca, me fazendo agarrar automaticamente seus cabelos. Ela sabia bem o que fazer, estoquei contra sua boca, nada violento, só para auxiliar nos movimentos e logo estava me desmanchando na boca dela. limpou os cantos da boca e me empurrou até o sofá que havia ali.

- Primeiro vamos brincar sozinhos, depois vamos brincar nós três. – Certeza que essa era a mesma que chegou aqui um tempo atrás?

Sem demora, me agarrei à cintura da menor fazendo com que ela sentasse em meu colo e finalmente a beijei.
E pude entender porque esses homens andam tão caídos por ela, seu beijo é doce e maravilhoso.

Minhas mãos apertavam onde podiam e tanto gemia, quanto Junmyeon resmungavam. Aparentemente ele tinha feito o que todos naquela casa queriam, marcar !

A menor rebolava contra meu membro, fazendo com que o mesmo despertasse para ela mais uma vez. Sem dificuldades, ela mesma o deslizou para dentro de si e começou a se movimentar devagar e gemer no mesmo ritmo.

Seus gemidos me faziam querer ir mais rápido e mais forte. E foi exatamente o que fiz, inverti nossas posições e suspendi uma das pernas de sobre meu ombro. Minhas estocadas eram cada vez mais rápidas e fortes, praticamente gritava abaixo de mim e aquilo me dava mais impulso para ir mais fundo.

Minha mão castigava seu ponto sensível e fazia a menor gemer ainda mais. Assim que atingiu seu ápice, ficou em silêncio por alguns segundos, somente sentindo sua intimidade me apertar, logo em seguida soltando um gemido de liberação.

Aquela cena era perfeita. Em momento algum parei de me movimentar. trocou nossas posições novamente, me fazendo segurar em seu bumbum e quicando forte contra mim. Meu corpo avisava que meu ápice estava perto, e ainda segurando-a, fiz com que fosse mais rápido. Quando enfim meu orgasmo chegou, a mantive parada sobre mim e ambos respirávamos com dificuldade.

Chanyeol POV off

POV

Eu já não tinha mais poder sobre minhas ações, meu espírito lobo é que dava as cartas e fazia meu corpo praticamente explodir por aqueles dois. Eu estava gostando, mas minha consciência dizia ser errado. Resolvi não ligar mais e me entregar de vez a eles.
Voltei para a cama rindo da cara de Junmyeon, ele não estava nada satisfeito de ter que dividir. Não esqueci o que ele fez, me morder não foi muito sábio da parte dele, mas ele iria sofrer, iria sentir tudo o que eu sentiria com os outros.

- Antes de começarmos a brincar, você, Junmyeon, tem que me prometer que se eu não fugir mais, minha família estará livre de qualquer acordo!

- Não preciso prometer algo que já fiz!

- O quê?

- Eu os libertei do acordo no dia que você se entregou ao Sehun!

- Mas por que você foi atrás de mim quando fugi?

- Porque não sabemos mais viver sem você, não podemos mais ficar sem você. Mesmo que você não converse bem com todos, nós nos apegamos a você de uma maneira viciante.

- Então também estou livre?

- Sim! Só não nos deixe, por favor!

- Tudo bem, depois conversamos direito sobre isso!

Subi no colo de Junmyeon e olhei na direção de Chanyeol e o chamei com o indicador. Distribuí beijos por todo o rosto do maior e depois saí de seu colo, sentando entre os dois.

Chanyeol não disse nada, apenas abriu minhas pernas e desceu sua mão até minha intimidade, me fazendo gemer baixo, enquanto Junmyeon me deitava e distribuía beijos por meu busto e seios. Ele apertava os bicos dos mesmos entre os dedos e me fazia gemer mais ainda, a sensação de ter os dois era maravilhosa, meu corpo ficava cada vez mais quente e cada vez mais sedento, eu queria mais e mais.

Chanyeol fez com que eu me ajoelhasse de quatro sobre a cama e me invadiu com sua língua. Junmyeon por sua vez estava abaixo de mim, com seu membro bem na minha frente, e eu o abocanhei e o chupei forte. Meus movimentos eram de acordo com as investidas da língua de Chanyeol, eu não sabia se gemia ou se chupava Junmyeon, vez ou outra alguns gemidos mais altos podiam ser ouvidos saindo de minha boca ainda com Junmyeon dentro dela.

Atingi meu ápice e Chanyeol sugou tudo e ainda desferiu um tapa em minha bunda. Logo após, Junmyeon se desmanchou em minha boca.

Junmyeon me puxou para a o sofá e fez com que me sentasse em seu membro, Chanyeol por sua vez umedeceu seus dedos, lubrificou minha outra entrada e me penetrou devagar. Eu tentava cavalgar sobre Junmyeon ao mesmo tempo que era invadida por Chanyeol. Nossos gemidos dentro daquele quarto e os barulhos dos corpos se chocando eram as únicas coisas a serem ouvidas naquela casa.

Meu corpo já estava ficando mole, eu realmente estava ficando cansada dessa vez. Chanyeol me estocou mais algumas vezes e chegou ao seu orgasmo mais uma vez, segurando minha cintura com força e me fazendo gemer. Quando o maior se retirou de mim, voltei a cavalgar em Junmyeon, fazendo com que nós dois também atingíssemos nosso ápice juntos.

Me encostei no peitoral de Junmyeon, cansada, e o maior me levou até a cama e me deitou ali, deitando ao meu lado e fazendo carinho em minha bochecha. Chanyeol deitou do outro lado e passou a fazer carinho em meu braço. Seria egoísmo de minha parte dizer que estava amando? Acabei por dormir ali, ao lado dos dois.

...


No dia seguinte, acordei com o burburinho rotineiro dentro da casa. Eu não estava mais ao lado dos meninos e sim em meu quarto, vestida e muito bem enrolada, isso devia ser obra de Junmyeon, Chanyeol não se importa tanto assim com alguém. Ao levantar da cama, pude ouvir algo no andar de baixo. Andei devagar, na ponta dos pés, e fiquei no topo da escada.

- Vocês fizeram o quê? – Sehun praticamente gritou.

- Se vira, Junmyeon! Você que ficou de tocaia em casa, esperando ela te chamar. Eu só ajudei, você é o maior culpado aqui! – Era Chanyeol.

- Cala a boca, Chanyeol! – Junmyeon usou sua voz de Alfa. – Você estava lá também, então não tenta fugir.

- Mas ele não marcou ela! – Era a vez de Kyungsoo se exaltar, eu podia sentir sua raiva. – E nem se aproveitou do cio dela para fazer pequenos alfas!

- Você não sabe de nada, não é assim que funciona!

- E o que me diz do cheiro que está vindo dela? E você deveria se explicar pra ela, já que ela está escutando no topo da escada! – Era Minseok que advertia ele.

- ? – Baekhyun me chamou. – Pode descer aqui?

Desci devagar, não queria ser o motivo das brigas deles, mas eu precisava de uma explicação sim!

- Vocês poderiam me explicar o que está acontecendo aqui? Que história é essa de pequeno alfa?

- Vai, hyung! Explica pra ela, diz qual o motivo pra você escolher ela, qual o motivo de você arrumar uma missão pra gente. Explica pra ela porquê ela chamou por você! – Kyungsoo estava muito alterado.

- Ela é a moça da profecia! – Junmyeon disse baixo.

- Que profecia, pelo amor de Deus? – Agora era minha vez de ficar alterada.

- A profecia da lobo que seria prometida a todos nós e que iria fazer nossa matilha ser maior e mais forte.

- Você tá maluco!

- É verdade, ! A xamã da sua própria família me disse isso!

- Beleza, a profecia. Dá pra entender o motivo de eu ser atraída por vocês, mas e os bebês? É verdade? Você me usou?

- Não usei! – Ele quase se ajoelhou a minha frente. – Eu já estava de olho em você faz um tempo. Eu me apaixonei e precisava de você por perto, fiz toda a história de pacto e caçada para poder trazer você para perto!

- Além de louco é stalker!

- Eu quero ir embora! Ou melhor, eu vou embora, e nenhum de vocês vai me seguir! Fui clara? – Sem esperar resposta, corri até meu quarto e peguei uma mochila que havia ali, coloquei algumas mudas de roupas e segui na direção do quarto de Junmyeon, vasculhei as gavetas e encontrei dinheiro. Eu não voltaria para casa. Eu iria embora para longe, se possível até do país!

Passei pela sala e todos estavam de cabeça baixa, menos Kyungsoo e Sehun. Não olhei demais, eu não queria saber de nenhum deles, nenhum!

...


Quatro meses se passaram, consegui ir para bem longe dos meninos. Estava no Canadá, o frio era bom, o chalé na montanha era tranquilo e a senhora Simons não fazia perguntas demais. Eu trabalhava na estação de esqui em troca do meu lugar para morar, os gêmeos logo viriam e eu precisava estar preparada.

O bom de morar na montanha era que ninguém se metia na minha vida e não perguntava pelo pai dos bebês. Mesmo longe, eu sentia falta daqueles idiotas, da gritaria na casa e das broncas de Junmyeon.

Eles eram o mais perto que tive de família, mas ainda assim não ficaria perto deles. Junmyeon me usou, me enganou e mentiu! Mesmo bem longe deles, eu ainda podia ouvir Kyungsoo me pedindo para voltar e eu tentava ao máximo bloqueá-lo.

Era mais um dia normal na estação, senhora Simons me deixou cuidando de tudo e foi comprar as coisas que faltavam na dispensa. Estava tranquilo, o horário me permitia caminhar e sentar em um dos bancos para tomar meu delicioso chocolate quente.
Estava tão concentrada no líquido que nem percebi a aproximação ao meu lado.

- Depois de tanto tempo, ainda fede como o hyung!

- Eu não estou fedendo, Sehun! O que vocês estão fazendo aqui?

- Junmyeon hyung. – Kyungsoo sorriu fofo.

- Aquele fofoqueiro, está pior que o Chanyeol.

- Ele tem responsabilidades a cumprir.

- Mas não tinha nada que dar com a língua nos dentes!

- Como você está? – Sehun me perguntou enquanto me observava acariciar a barriga involuntariamente. – Soube que são dois.

- Sim, aquele filho da mãe tem uma mira muito boa. – Ri sem graça.

- Queremos que você volte. – Sehun foi direto ao ponto. – Sentimos muito a sua falta naquela casa, até o Chanyeol sente.

- Não vou voltar. O combinado com Junmyeon era: eu vou embora e vocês não vêm atrás de mim. Em troca, eu o deixo saber das crianças.

- Eu não sou de defender o que ele fez, mas ele também sente sua falta, . – Kyungsoo disse e tomou a caneca de minhas mãos.

- Não prometemos nada a você!

- Sehun! Não seja tão maldoso. Eu escolhi assim e quero que permaneça assim!

- Por favor, ! Nós te amamos e te queremos de volta!

- Já disse que não! – Me levantei do banco e rumei de volta para a estação.

- Nos deixe ficar com você então?

- Aqui? – Ele assentiu. – Vocês estão malucos! Meu chalé não tem quarto sobrando.

- Podemos dividir a cama, um a cada dia, o outro dorme no sofá! – Olhei para eles um pouco confusa.

- Vocês já estão com tudo planejado né?

- Para cada não seu, temos uma ideia nova. Não vai se livrar da gente tão fácil!

- E temos uma carta na manga, caso você dispense todas as nossas investidas.

O que eles estão aprontando?

- Que história é essa de carta na manga?

- Kyungsoo está disposto a abrir mão da sua mordida, mas em troca ficamos com você. Não vai poder me morder mesmo, não enquanto estiver com eles aí dentro!

- Acham mesmo que vou aceitar isso?

- Temos certeza!

- Tem certeza que quer isso, Kyungsoo?

- Você gosta mais dele do que de mim. Não estou sendo dramático, nem nada do tipo, só sendo realista.

- Eu... Preciso pensar!

- Enquanto você pensa, nós podemos ficar com você? – Sehun perguntou com a cara mais lisa do mundo.

- Vocês não desistem mesmo, né?

- A esperança é a última que morre!

- Vão ficar no chalé da filha da senhora Simons, ela está viajando e não volta tão cedo!

- Eu disse com você! – Sehun insistia.

- E eu disse que preciso pensar!

- Tudo bem, até de noite esperamos a resposta.

- Sehun! – Eu o encarei com raiva.

- Tudo bem! – Ele levantou as mãos em rendição. – Vamos esperar.

- Pode deixar, . Eu deixo ele longe do seu chalé!

- Obrigada, Soo!

E como prometido, Kyungsoo realmente não deixou que Sehun ficasse me rodeando. O dia foi um pouco cansativo, minha barriga não era grande, mas o filho da senhora Simons, Harry, não me deixava fazer muita coisa, nada de pegar peso ou serviços pesados. Era praticamente a minha babá.

...


Dois dias se passaram desde que os meninos chegaram aqui. Evitei ao máximo aprofundar o assunto, não sabia se realmente queria remover a marca e ter eles por perto. Estava arrumando os equipamentos de esqui, quando meu telefone tocou.

- O que você quer?

- Sehun e Kyungsoo estão aí?

- Você sabe que estão! Você falou pra eles onde eu estava!

- Eles me pressionaram, disseram que tinham uma ideia para te trazer volta e eu não pensei duas vezes!

- Combinamos que eu não voltaria!

- Não consigo ficar longe de você! – Seu tom de voz era triste.

- Deveria ter pensado assim antes de mentir para mim! – Tentei não me estressar muito. – Preciso ir trabalhar!

- Espere! Como estão os bebês? Já sabe o que são? Está comendo direito?

- Estão bem, ainda não, sim! Acabou?

- Sim.

- Tchau, Junmyeon!

- Tchau, ! Se cuida direitinho! – E assim encerrou a ligação.

- Não deveria ser tão dura com ele! – Kyungsoo disse atrás de mim.

- Que susto! – Eu disse com as mãos sobre o coração. – E você não deveria estar ouvindo a conversa dos outros!

- Foi meio que impossível! Já pensou na nossa proposta?

- Sim!

- E o que decidiu?

- Eu aceito, mas também quero impor regras e limites!

- Tudo bem! Vou contar para o Sehun. – Ele se virou para ir embora.

- Kyungsoo? – Ele virou de volta e me olhou.

- Hum?

- Você realmente está bem com isso?

- Vai passar, . Tudo para ter você de volta. Mas ainda vai demorar para você desfazer, então vamos ver no que dá, talvez eu vá me acostumando.

- Eu não mereço vocês, sabia?

- Você merece melhor! – Ele veio em minha direção e tentou me abraçar. Eu deixei que ele me abraçasse, estar ligada a ele tornava o abraço ainda mais gostoso. Kyungsoo e eu começamos de um jeito estranho, mas a ligação fazia com que eu o conhecesse melhor e gostasse de sua companhia, porém meu medo era maior que tudo.

Kyungsoo nos afastou, depositou um beijo em minha testa e se foi. Estava sozinha mais uma vez.

...


Já era noite e eu arrumava o jantar para mim e os dois rapazes, que por sinal ainda não haviam chegado. Se eu estava ficando preocupada? Talvez. Logo alguém bateu na porta e quando abro, encontro um urso de pelúcia gigante na frente de Sehun.

- Meu Deus! Isso é enorme!

- Eu ganhei para você! – Ele sorriu.

- Ele passou cerca de cinco minutos tentando acertar um alvo para ganhar isso.

- Não precisava, Sehun! – Tentei pegar o urso, mas ele mesmo levou o brinquedo para o quarto.

- O cheiro está bom! – Kyungsoo falou da sala. – Quer ajuda?

- Se você quiser, pode vir. – Disse enquanto mexo em uma panela. – Vocês já trouxeram tudo?

- Sim. – Ele lavou as mãos. – E já entregamos as chaves ao filho da sua chefe.

- Não gostei dele. – Sehun surge. – Ele fez perguntas demais sobre você.

- Ele cuida de mim, se preocupa.

- Se preocupa demais para o meu gosto!

- Ele é só um irmão mais velho preocupado, Sehun. – Ri dele. – Está com ciúmes?

- Não dê corda, ! – Kyungsoo riu também. – Você não sabe o quanto ele reclamou desse cara! – Kyungsoo direcionou o pensamento para mim e riu mais.

- Vocês pretendem ficar por quanto tempo?

- Até você voltar!

- Não vou voltar para lá!

- E nem nós! – Gritou Sehun.

- A comida está pronta! – Coloquei tudo na mesa e nos sentamos. – Vocês sabem que esse chalé não dá certo para nós três, né?

- Sim, mas o hyung resolveu tudo hoje.

- Procuramos uma casa maior na cidade, com três quartos e já procurei um canto para que eu e Sehun possamos trabalhar.

- Nossa! Vocês realmente pensaram em tudo, não deixaram nenhuma ponta solta. Mas vocês não acham que estão indo rápido demais?

- Não, estamos sendo precavidos. Não queremos deixar você sozinha aqui, se você não vai voltar, nós também não vamos. – Sehun parecia mais sério do que o normal.

- Tudo bem, comam, lavem a louça e depois tirem no par ou ímpar quem vai dormir na cama e no sofá, estou cansada.

Depois de conversar bastante no jantar, deixei os dois limpando a cozinha e fui me arrumar para dormir. Estava quase deitando quando meu celular tocou, já sabia quem era, sempre no mesmo horário.

- Oi, Junmyeon.

- Como está tudo aí?

- Tranquilo.

- Quando vocês voltam?

- Não vou voltar, Junmyeon, já conversamos sobre isso.

- Ainda tenho esperanças de que você vai me perdoar.

- É difícil.

- Eu sei, você deixa isso muito transparente quando me xinga. Quando tem consulta? Sabe que não precisa ir ao médico humano né? – Suspirei pesadamente.

- Preciso me misturar, Junmyeon. Se eu não for ao médico, eles vão suspeitar.

- Você realmente não quer saber o sexo deles? Já disse que sei, a xamã me disse tudo.

- Não, Junmyeon, eu quero ter o prazer de descobrir sozinha. Você sabe que eles pegaram o seu dinheiro?

- Eu dei a eles.

- Ah, tudo bem, preciso ir, tenho que dormir.

- Você sempre foge, mas tudo bem, já me acostumei. Boa noite, . – Ele suspirou. – Te amo. – Ele sussurrou.

- Boa noite, Junmyeon! – Suspirei e me sentei na cama. – Por que tudo é tão difícil, bebês? Por que minha cabeça é mais confusa que meu coração? Por que eles têm de ser tão legais? – Fiquei um tempo alisando a pequena protuberância em minha barriga e nem notei que era observada.

- A gente vai cuidar bem deles, ! Eu, você e Kyungsoo hyung. – Suspirei e forcei um sorriso.

- Quem vai dormir, comigo? – Perguntei desviando do assunto.

- Eu! O hyung terá apenas o sofá hoje e eu a cama, a garota e os beijinhos!

- Eu ouvi isso, Sehun!

- Mas é a verdade!

- Boa noite, Kyungsoo Oppa!

- Boa noite, !

- E o Sehun Oppa?

- O que tem?

- Não ganha boa noite? Nem beijo de boa noite?

- Deita logo, Sehun Oppa!

Ele se deitou de frente pra mim e acariciou meu rosto. Fechei meus olhos automaticamente e senti seus lábios nos meus, em um selinho demorado. Ele tentou aprofundar o beijo e eu acabei por me entregar ao rapaz. O beijo ficava cada mais profundo, as mãos de Sehun estavam segurando meu rosto, parecia que o maior estava com medo de que eu fugisse. Nos separamos e Sehun ficou abraçado a mim.


Capítulo 3

Quase cinco meses depois...

- Sehun?

- Humm? – Ele resmungou.

- Acho que chegou a hora. – Disse calmamente.

- O quê? – Ele levantou da cama de uma vez. – Hyung? Hyung? – Sehun chamava Kyungsoo, que dormia no quarto ao lado.

- O que é, Sehun? São três horas da manhã!

- Os bebês vão nascer! Por que isso tinha que acontecer justo na minha noite? – ele murmurou. Kyungsoo entrou no quarto como um furacão, correndo de um lado para o outro e pegando vários objetos.

- Deixa de reclamar, Sehun! Ajude Kyungsoo a fazer esse parto! – Gritei.

- Por que não trouxemos Yixing ou Minseok com a gente? – Sehun perguntou enquanto andava de um lado para o outro.

- Porque não queria! Simples! Agora vamos fazer do jeito que os hyungs ensinaram.

- Eu não consigo.

- Só faça o que eu disser! – Kyungsoo me olhou. – Está pronta?

Apenas assenti. As horas seguintes foram as mais agitadas, dolorosas e talvez até engraçadas da minha vida. Isso se eu não estivesse sentindo dores lancinantes. Sehun estava tão nervoso que Kyungsoo o dispensou e fez quase tudo sozinho. O nascimento do primeiro bebê foi fácil, eu ainda tinha forças para colocá-lo para fora. Já no segundo, eu queria apenas dormir. Sehun tentava ao máximo me fazer ficar acordada, minhas forças estavam indo embora, mas eu não podia fazer aquilo com meu bebê. Com as forças que me sobraram, eu consegui fazer com que ele nascesse e depois apaguei. Algumas horas mais tarde, acordei e vi Kyungsoo e Sehun cuidando dos meus anjinhos. Eu ainda não sabia qual o sexo de cada um.

- Eles são lindos, , pena que têm o cheiro do hyung. – Sehun fez careta.

- Pensei que tivéssemos combinado que você não ia dizer que eles fediam. – Kyungsoo ralhou.

- Mas não disse que fedem, disse que eles têm o cheiro dele!

- Muito diferente, né? – Perguntei rindo.

- Já pensou em um nome para cada um? – Kyungsoo perguntou.

- Eu nem mesmo os vi, vocês estão mais babões do que a mãe! – Eu ri. Kyungsoo veio em minha direção com um dos bebês.

- Essa é a sua princesa. – Ele me entregou a pequena.

- Então essa é a Hana? Você é linda, Hana.

- E esse é seu príncipe. - Sehun sentou ao meu lado.

- E o nome dele é Haneul!

- Gostei dos nomes. Vai falar pro hyung que eles nasceram? – Kyungsoo perguntou.

- Ele já deve saber. Pelos palavrões que xinguei ele enquanto estava dando à luz, ele com certeza já sabe. – Ri sem vontade.

- E vai receber ele se ele vier? – Sehun perguntou.

Suspirei e olhei para Hana e Haneul nos braços de Sehun. Ele é o pai, merece ver os filhos.

- Tudo bem, ele pode vir. Isso se ele não já estiver vindo.

- Er, talvez ele já esteja vindo. – Kyungsoo riu sem graça.

- Sempre fazendo as coisas pelas minhas costas, não é mesmo?

- Talvez?

- Eu deveria mandar ele levar vocês dois e me deixar sozinha! Vocês nunca me escutam, ou talvez devesse trocar as minhas babás, quem sabe trazer Jongdae e Minseok.

- Não! – Eles disseram ao mesmo tempo.

- Os titios não merecem ficar aqui, não é, Hana? Eles fazem as coisas escondidos da mamãe!

POV off

Junmyeon POV

[Madrugada do Nascimento dos gêmeos]

Era por volta de três da manhã quando acordei com um grito em meu ouvido. Era o grito de . A procurei pelo cômodo, mas não encontrei. Claro que não encontraria, estava longe de mim e com meus filhos.
Ouvi outro grito em minha cabeça, ela estaria em trabalho de parto? Se estivesse, os meninos me avisaram, mas é teimosa, iria dizer para eles não me avisarem.
Logo se estabeleceu o silêncio, e depois de alguns minutos, pude senti-la. Ela meio que me xingava muito.

“A culpa dessas dores são suas!”

Ela realmente estava projetando aquilo para que eu ouvisse?

Silêncio novamente e logo em seguida veio a dor. Como ela estava fazendo isso? Eu não sabia dizer.

- Yixing! – Comecei a gritar e logo um Yixing todo atrapalhado entrou no quarto.

- O que houve? Estamos sendo atacados?

- É possível a me projetar as dores dela?

- O quê? Você está sentindo as dores da ? Ela está em perigo? – Outra dor aguda.

- Puta merda! Não, Yixing! Ela está tendo os bebês e está me xingando de todas as maneiras possíveis e me direcionando as dores, isso dói pra cacete!

- Ela deve estar com muita raiva de você e a ligação meio que ajuda ela a se vingar de você. Aguenta firme, amigão! – Ele se virou e foi embora.

- Eu mereço isso, certo? – Perguntei para mim, mas também para , porém ela não respondeu, não à minha pergunta.

“Você me paga!”

Mais alguns palavrões e dores e então tudo se acalmou. Realmente ter um filho não era nada fácil. Senti as forças de se esvaindo e me concentrei mais um pouco, eu não iria perdê-la, nem ela e nem os bebês.

- Aguente firme, ! Só falta um!

Cerca de dez minutos em silêncio e então as dores voltaram, não com a mesma intensidade de antes, talvez por estar cansada, mas me admirava a força de vontade dela de se vingar de mim. Seria cômico lembrar disso e contar para os bebês no futuro.

“Nem pense nisso! Eles são meus!”

Então a dor aumentou, ela realmente me escutava e projetava mais dor. O prêmio de mulher vingativa do ano iria para .

“Se eu te ver, você vai me pagar por tudo isso!”

- Melhor não, né? Ai!

Mais uns minutos e então tudo ficou em silêncio e parecia que havia apagado, ela estava bem né? Corri até a cômoda, peguei meu telefone e disquei o número de Kyungsoo.

- Oi, hyung! Estamos ocupados agora.

- Eu sei, eu meio que senti tudo, ela fez questão disso. Mas eu quero saber como ela está e se eles estão bem, meu príncipe e minha princesa.

- Você já sabia? Nem ela sabia.

- Eu sei muita coisa sobre o futuro da , mas tudo depende das decisões dela. Tudo pode mudar. Mas sobre eles, eu sabia.

- Vai vir vê-los?

- Vocês vão me receber?

- Você é nosso alfa, hyung. Antes de lhe obedecer, lhe devemos respeito e consideração. Eles são seus, você deve ver seus filhos, o máximo que pode acontecer é tentar te matar, mas ela não vai ter forças para isso.

- Estou indo. Obrigado, Kyungsoo!

- Até mais. – Então a ligação se encerrou.

Eu iria finalmente vê-la e ver meus bebês, eu estava tão ansioso por esse dia. Estou chegando Hana e Haneul!

Junmyeon POV off

POV

- Vocês deveriam me perguntar as coisas antes de fazer. Nunca se deve contrariar uma mulher, principalmente uma que acabou de ter gêmeos!

- Deveria deixar de ser tão teimosa! O hyung também tem direito, mesmo tendo errado feio.

- Quem é você e o que fez com o Kyungsoo que estava com raiva do Junmyeon por me enganar?

- Eu sou aquele mesmo Kyungsoo, só que eu percebo as coisas de um jeito que você não vai entender, enfim, precisa cuidar deles, Sehun vai te ajudar, pois eu vou dormir!

- Claro que vai, né? Volte aqui, você não me explicou essa história direito! Vai mesmo deixar ele vir aqui? Vai mesmo deixar eu desfazer essa marca?

- Acho que as respostas para suas perguntas serão dadas todas pelo hyung. Ele sabe tudo de você. Vou dormir, e você deveria alimentar os bebês.

- Ele está estranho, Sehun! – Disse enquanto amamentava Hana.

- Kyungsoo hyung é assim mesmo, talvez ele esteja tentando se acostumar com as coisas que irão acontecer.

- Devo mesmo deixar que Junmyeon venha aqui, Sehun?

- Isso é uma decisão sua, estarei do seu lado, seja ela qual for.

Ficamos em silêncio o restante da madrugada. Quando finalmente amanheceu, os gêmeos já dormiam e Sehun também. Mesmo estando cansada, ainda não conseguia dormir, os sonhos de Kyungsoo estavam me deixando em alerta.

Ele estava com tanto medo, medo de ir embora, medo de ser trocado medo de ser esquecido, mas eu não sinto por ele o que ele sente por mim, o que aliás eu não entendia direito. Uma hora ele arruma briga com o alfa por minha causa e na outra ele abre mão totalmente de mim. O que ele quer, afinal?

Passei tanto tempo pensando, que acabei pegando no sono. Acordei com uma voz conhecida no quarto, não queria abrir os olhos e constatar que realmente Junmyeon estava ninando Haneul.

- Você é péssima fingindo que está dormindo, se mexe demais!

- Há quanto tempo está aqui? Onde estão Sehun e Kyungsoo? Por que está com meu filho?

- Eles são nossos!

- Não por vontade minha!

- Deveria ser menos vingativa, aquelas dores foram terríveis!

- Realmente sentiu aquilo? – Ele assentiu e sorriu docemente, enquanto continuava ninando Haneul. – Essa ligação é forte demais para o meu gosto.

- Você ainda não entende, só isso. Eu preciso te contar algumas coisas, pode me ouvir?

Somente assenti. Junmyeon deu a volta na cama, me entregando o pequeno e indo em direção ao outro berço para pegar Hana, que já chorava baixo. Enquanto eu cuidava de Haneul, ele trocava Hana.

- Eu vejo o futuro, .

- Tipo aquela vampira do Crepúsculo? – Acabei rindo e assustando Haneul.

- Não ria, estou falando sério!

- Impossível!

- Eu sei cada passo que você irá dar, sabia de tudo até o presente momento, sei de tudo até que suas decisões mudem. Sabia que você iria ficar conosco, sabia onde te encontrar quando você fugiu, sabia que iria me chamar quando o ápice do seu cio chegasse, sabia que me abandonaria para ficar longe de mim e dos meninos, sabia que estava esperando gêmeos, sabia os nomes deles no momento em que os escolheu e sei que irá desfazer a marca no Kyungsoo fazendo uma em Sehun. E sei que vai me chamar de maluco mais uma vez.

- Eu só pensei.

- Como lhe disse, sei de tudo, até suas escolhas mudarem. Se elas mudam, o futuro muda.

- Isso é coisa demais para a minha cabeça!

- Eu sei, eu sou uma raridade entre nossa espécie, eles me chamavam de milagre.

- Eles quem?

- Os antigos, mas isso não vem ao caso agora. Sei que você não vai me perdoar pelos erros que cometi. Eu deveria ter sido sincero com você, mas, por enquanto, só quero que me deixe perto deles.

- Deveria saber que eu não vou deixar.

- E eu sei, por isso estou aqui, para pedir que me deixe ser o pai deles, não me importo com qual dos onze você vai ficar, só quero fazer meu papel de pai e fazê-lo direito.

- Vou pensar no seu caso, Junmyeon, vou pensar.

- Quanto tempo precisa?

- Calma! Vamos com calma, eu ainda não digeri nada do que você falou.

- Chanyeol mandou dizer que está com saudades de tirar sua paciência.

- Aquele idiota! – Junmyeon sorriu enquanto olhava para Hana. Eu deveria mesmo dar-lhe a chance de ficar perto de Hana e Haneul? – Tudo bem, Junmyeon. Você tem permissão para cuidar dos seus filhos, só não vacile!

- Tudo bem! Você não sabe o quanto estou feliz, mas achei que fosse demorar mais que isso. Em sua testa tinha uma placa de neon bem grande escrito: Fora, Junmyeon! – Ele riu.

- Não abuse! Eu não posso tirar o seu direito e nem deixar que meus bebês cresçam sem você por perto!

- Agradeço que você entenda, agora vamos para parte delicada.

- E qual seria?

- A que você volta comigo para casa?

- Claro que teria esse pedido.

- Não posso abandonar eles!

- E eu não estou pedindo isso.

- Você vai voltar?

- Tá, eu volto, afinal, assim eu ganho um pai e onze babás. Melhor que só duas! – Ele riu de novo.

- Está muito esperta! Vamos trocar? Eu fico com Haneul e você amamenta a Hana?

- Okay, ele está dormindo, cuidado!

- Eu sei cuidar de crianças, !

- Cuidado nunca é demais!

- A mãe de vocês é muito malvada com o papai! – Ele disse para o pequeno Haneul. Por um minuto, passou por minha cabeça que seria lindo realmente ter uma família de verdade ao lado dele.

- Eu posso fazer valer a pena!

- Saia da minha cabeça, Junmyeon!

- Desculpa, é mais forte que eu!

- Aish! Ainda não entendo porque a nossa ligação é tão forte assim.

- Nem mesmo eu sei! Por hora, vamos nos preocupar com os bebês. Amamente Hana, eu os coloco para dormir e você descansa mais, precisa ser forte para eles!

- Tudo bem!

E foi o que fiz.

...


Um mês se passou e Junmyeon permaneceu ao meu lado até que nossa mudança fosse liberada por ele, afinal, ele disse que os bebês só poderiam sair depois de um mês de vida. Ele realmente era atencioso com os bebês. Sehun e Kyungsoo meio que ficaram para escanteio, já que o alfa fazia questão de passar a maior parte do tempo dentro do quarto com os gêmeos.

Sehun vez ou outra bufava, se infiltrava no quarto e entrava embaixo das cobertas. Era engraçado quando Junmyeon o pegava no flagra e o fazia voltar. Mesmo dormindo em um colchão no chão, ao lado dos berços dos gêmeos, ele não vacilava e sempre pegava Sehun.

Foi assim durante todo o mês, Sehun já estava acostumado a dormir ao meu lado, mas seus resmungos não amoleciam em nada a ditadura do alfa.

Já estávamos prontos para voltar. Junmyeon estava com Hana em seu colo, enquanto eu carregava Haneul. Ele realmente não falava mais nada sobre minha decisão de marcar Sehun, mas disse que enquanto eu estivesse de resguardo, o sexo estava proibido. Eu ria sempre que ele cortava Sehun nesse assunto, parecia a mãe de uma adolescente que quer fazer algo que sabe que é errado, mas eu sabia exatamente o motivo por trás de cada uma das ações de Junmyeon, só ficava calada.

Finalmente estávamos de volta ao casarão e fomos recebidos pelos outros meninos que quase não me deixaram respirar. Quando dei por mim, já estava sentada no sofá, sendo interrogada por todos e meus filhos passavam de braço em braço.

- Está tudo muito lindo, sei que estavam com saudades dela e que os gêmeos são uma novidade linda, mas agora eles precisam ir comer e dormir, depois vocês babam.

- Ciumento! – Chanyeol alfinetou.

- Senti saudades da sua língua afiada, Chanyeol!

- Só da língua? – Ele piscou.

- Para sua tristeza? Sim!

- Sei que você morreu se saudades de mim!

- Eu senti a falta de todos. Eu fugi com motivo, diga-se de passagem, mas senti falta de vocês!

- Por favor, se o nosso líder fizer alguma merda para você novamente, nós o expulsamos! Preferimos você a ele! – Baekhyun disse.

- Anotado!

Depois de algumas poucas palavras, saí da sala e subi as escadas, indo para meu antigo quarto. A única coisa que estava diferente era o fato de que agora tinha dois berços ali. Junmyeon deixou o cômodo igual estava quando ele o arrumou para mim.

Coloquei tudo em seu devido lugar e, após alguns minutos, ouvi batidas na porta, era Junmyeon e Chanyeol, cada um com um dos bebês.

- Vamos colocá-los nos berços e descer, Chanyeol.

Junmyeon colocou os bebês nos berços, depositou um beijo em minha testa e saiu. Chanyeol fez menção de acompanhá-lo, mas voltou da porta e sentou na ponta da cama.

- Eu queria dizer uma coisa, mas acho que é mais difícil do que pensei. – Ele coçou a nuca.

- Sou toda ouvidos!

- Não seja má! – Ele riu sem graça.

- Aprendi com você. Desembucha logo!

- Eu realmente senti sua falta! É isso! Pronto, falei!

- Todo esse drama pra isso? É tão difícil assim deixar de ser sarcástico por cinco minutos?

- Talvez? – Ele deu de ombros.

- Eu sou a mais nova aqui e a mais madura?

- Sim, mas isso não vem ao caso agora. Eu sei que você está indecisa, que sua cabeça está esquisita, mas saiba que todos aqui pensamos que você deve escolher quem achar melhor para você, todos sabemos que uma hora ou outra você vai escolher um e os outros terão de aceitar.

- Uau! De onde saiu tanta maturidade? Não conheço esse lado de Park Chanyeol!

- E nem se acostume, ele não aparece sempre! – Ele simplesmente levantou e foi embora.

- Cada dia entendo menos ele.

Continuei arrumando as coisas dos gêmeos, meus pensamentos rondando por toda aquela casa. Era muita coisa para minha cabeça, pacto, sexo selvagem, laços, poderes e filhos, realmente tinha acontecido muita coisa. Ouvi leves batidas na porta. De novo.

- ? Posso entrar? Na verdade já entrei!

- Pode, Yixing. – Respondi rindo. – O que te traz aqui?

- Vim te contar uma piada muito legal, você precisava ver a cara do Junmyeon quando começou a sentir as dores que você projetou para ele, eu deveria ter gravado. – Eu não consegui me segurar e acabei rindo junto com ele.

- Eu não sabia que seria algo tão forte assim.

- Eu acho que preciso estudar vocês dois!

- Eu não sou cobaia, Yixing!

- Não! Não! Não nesse sentido, eu só preciso descobrir porque a marca dele em você te deu tal poder, isso é algo novo e raro!

- Eu estou com medo, Yixing! Medo de escolher errado e acabar me magoando!

- E se não escolher?

- Não posso passar o resto da vida pulando de braço em braço!

- Até agora, o que mais te magoou?

- O fato de vocês me tratarem como objeto. Eu sou um ser humano, tenho sentimentos!

- Tudo bem... – Ele ergueu as mãos. – Somos culpados nisso, vou conversar com eles. Agora somos uma família de verdade e não quero meus sobrinhos aprendendo coisas erradas!

- Obrigada, Yixing!

- Mesmo que tenhamos começado do jeito errado, nós te amamos e vamos fazer de tudo para você ficar. – Ele sorriu e eu apenas retribui o sorriso. Yixing saiu do quarto, me deixando sozinha. Depois da nossa conversa, fiquei mais leve, parecia que um peso tinha saído de cima de mim.

...


Um mês se passou e os meninos realmente passaram a me tratar melhor. As conversas são mais relaxantes, ninguém fala besteira, mas ainda assim falta alguma coisa. Sehun e Kyungsoo têm me ajudado com os gêmeos, mas não passa disso. Junmyeon sempre está presente, acorda durante a noite, troca as fraldas, dá banho, tem se revelado um pai e tanto. Já em relação a mim, pouco temos falado sobre algo que não sejam os bebês. Nenhum deles desobedeceu Junmyeon, o alfa disse que nada de visitantes durante a noite a não ser que seja para cuidar dos bebês. Exagerado? Um pouco, mas tudo bem.

Estava quase dormindo quando ouvi a porta ser aberta bem devagar. Pelo cheiro, sabia quem era o intruso. Sehun subiu na cama devagar e se enfiou debaixo dos lençóis, me abraçando em seguida.

- Senti falta de dormir assim com você! – Ele disse me apertando contra si.

- Eu também, mas você não terá problemas?

- Eu dou um jeito, mas não quero dormir sem você. – Ele fez bico.

- Acho que meus filhos são os dois que estão dormindo. – Acabei rindo.

- Eu também preciso de atenção.

- Tão dramático! – O abracei e ficamos assim até dormir.

Durante a madrugada, Haneul acabou acordando e no mesmo instante em que eu me levantei, Junmyeon entrou no quarto para ajudar, encontrando Sehun dormindo tranquilamente na cama.

- O que ele faz aqui?

- Ele veio dormir?

- E ele não tem quarto?

- Shiii, hyung! Eu quero dormir!

Não me contive e ri da situação. Junmyeon bufou e saiu do quarto, voltei a atenção a Haneul que chorava, mas fiquei rindo da cena.
Eu deveria ir atrás dele?

Amamentei Haneul e assim que ele dormiu, saí do quarto na ponta dos pés para não fazer tanto barulho, me deparando com Junmyeon sentado ao lado da porta.

- Por que está tão chateado? – Sussurrei.

- Não percebe que eu amo você? Tipo muito? – Ele estava com os olhos marejados.

- É difícil saber o que é amor e o que é somente sexo!

- Eu cuido de você, quero você perto, deixo você escolher sozinha quem realmente você quer e no final eu só quero sexo?

- É... É difícil para mim também, Junmyeon! Eu não sei bem dos meus sentimentos! Poxa!

- Deixa que eu ajudo você! – Ele se levantou e me puxou, deixando-me entre ele e a parede. Seus olhos me analisaram com cautela e logo sua boca estava na minha. O beijo era um pouco desajeitado, afinal ele estava nervoso, era o primeiro beijo em que eu estava sã.

Seus braços me envolveram e me levaram de encontro a outra parede. O beijo foi ficando mais intenso e suas mãos me apertaram com possessão. Minha cabeça já estava ficando nublada pelo desejo, mas Junmyeon parou quando ouviu o choro de Hana no quarto.

- Agora tem mais dois para atrapalhar. – Ele riu. – Depois conversamos direito. – Segurei em sua mão e o impedi de ir.

- Não vá, não agora, eu já volto. – Voltei rapidamente para o quarto e peguei Hana no colo. – Você aprendeu isso com quem? Jongdae ou Yixing?

Troquei a fralda da pequena e a amamentei. Ela voltou a dormir e eu a coloquei em seu berço, dando uma olhada em Haneul que dormia tranquilamente. Quando saí do quarto, Junmyeon ainda se encontrava no mesmo lugar.

- Você realmente voltou! – Ele sorriu.

- Eu prometi. – Sem esperar por mais nenhuma palavra minha, ele me beijou novamente. Quando nos separamos, ele me olhou e mordeu o lábio inferior.

- Vamos sair desse corredor?

- E para onde iremos, senhor Kim? Sabe que não posso ir longe.

- Só atravessar o corredor?

Assenti e Junmyeon segurou minha mão nos levando para seu quarto. O maior me guiou devagar até sua cama, seus beijos eram calmos e doces.

- Quer mesmo ir adiante?

- Sim.

- Mas você disse que não sabia o que era amor e o que era sexo, só quero garantir.

- Cala a boca e me fode logo, antes que eles acordem! – Junmyeon riu.

- Tudo bem. – E voltou a rir.

Ele tirou sua roupa apressadamente e eu me livrei da minha camisola na mesma velocidade. Junmyeon se deitou sobre mim e começou a distribuir beijos por minha coxa, subindo até a barriga, fazendo meu corpo todo se arrepiar com a sensação maravilhosa.

Ainda distribuindo beijos, o maior deslizou sua mão até minha intimidade e seus dedos escorregaram para dentro de mim. Soltei um gemido um pouco alto e tapei a boca rapidamente.

- Você vai acordá-los! É melhor gemer baixo, princesa! – Junmyeon disse enquanto fazia movimentos circulares em minha intimidade.

- Seu. Filho. Da... – Não consegui finalizar a frase, pois Junmyeon desceu sua boca para ajudar a me levar ao céu. Me agarrei aos lençóis quando sua língua atingiu o ponto certo, joguei minha cabeça para trás e meu corpo todo tensionou, meu ápice chegando rapidamente.

- Você estava mesmo precisando disso.

- A última vez foi com você e Chanyeol, faz tempo!

- Vamos terminar de resolver isso! – O maior se posicionou entre minhas pernas e sem aviso, me penetrou, me fazendo gritar de prazer. As investidas deles eram devagar e delicadas, mas meu corpo ansiava por mais contato. Coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura e o puxei mais para perto, as estocadas começam a aumentar o ritmo e nossos corpos se chocando eram praticamente uma música para meus ouvidos. Puxei Junmyeon e o beijei, nossas bocas pereciam ter sido feitas uma para a outra. Quando paramos o beijo, guiei meus lábios até sua orelha e comecei a gemer próximo ao seu ouvido, pedindo por mais e bem manhosa, queria deixá-lo louco e sem limites. A cada gemido manhoso que eu soltava, era um palavrão que saía de sua boca e uma estocada mais forte e mais fundo.

O suor já era visto em nossas testas, mas não iríamos parar, não agora. Junmyeon ergueu uma de minhas pernas e estocou forte, seus dedos friccionavam sobre meu ponto sensível, me fazendo agarrar os lençóis e quase rasgá-los. Atingi meu segundo orgasmo, seguida por Junmyeon, que desabou ao meu lado, me abraçando.

- Desculpa por ser tão idiota no começo!

- Esqueça isso, Junmy!

- Eu quero fazer do jeito certo dessa vez!

- E qual seria o jeito certo?

- Você aceitando o meu amor?! – Ele fez uma cara de que era óbvio o que ele estava insinuando.

- O que você está aprontando, Junmyeon?

- Quer namorar comigo?

- Posso pensar? – Ele fez cara de decepção e eu comecei a rir. – Eu aceito, seu bobão!

- Você me assustou!

- Era essa a intenção!

- Omo, tão malvada! – Ele me abraçou e depositou um beijo em minha testa. – Vamos tomar banho e descansar, já vai amanhecer e todos vão acordar.

...


Quando acordei na manhã seguinte com Junmyeon me abraçando, soltei um sorriso involuntário. As coisas entre nós foram difíceis, ele foi um idiota por não contar os reais motivos de me trazer até aqui, mas foi o que mais cuidou de mim, foi o que sofreu por me ver sair com os com os outros e me deixou partir e cuidar da minha vida, me deixou livre para escolher, mas ainda assim escolhi ele. Voltei para meu quarto para ver se os bebês ainda dormiam e se Sehun ainda estava lá.

- Então já escolheu? – Sehun me assustou quando abri a porta.

- Que susto!

- Eu sabia que seria ele no final, mas eu tinha esperanças, sabe?

- Desculpa, Hunnie!

- Não precisa se desculpar, todos combinamos que aceitaríamos a sua decisão.

- Obrigada por entender.

- Mas será que o hyung deixa eu dormir com você ainda? – Ele riu.

- Manhoso!

- Não custa nada tentar a sorte!

- Talvez seja difícil, já que ele vai se mudar para cá.

- Droga, ele já pensou em tudo!

- Mas eu posso cuidar de você, Hunnie. Aqui não, mas posso assistir TV com você e fazer carinho no seu cabelo até você dormir... O que acha?

- O hyung vai me matar e te matar junto, mas eu aceito. Carinho de amigo é bom.

- Eu não quero magoar ninguém.

- Não magoa, eu estava confundindo sentimentos e sexo não define nada. Mas com você foi especial.

- Não me faça chorar, Oh Sehun! – Ele me abraçou.

- Não chore!

- Impossível! – Ele me afastou para poder me olhar.

- Seja feliz e se o hyung pisar na bola, nos avise, serão onze puxões de orelha que ele irá levar! – Comecei a rir.

- Vocês são minha família agora. Obrigada por cuidar de mim em Vancouver.

Ele acenou e saiu, me deixando sozinha.

...


Estava com os bebês na cama e conversando com eles quando Junmyeon entrou no quarto.

- Finalmente acordou! – Ele depositou um beijo rápido em meus lábios e sentou ao meu lado na cama.

- Estava cansado e aproveitei para descansar. Eles deram trabalho?

- Não, estão tranquilos.

- Soube que Sehun e você conversaram. – Ele agora brincava com as mãos de Haneul.

- Nada fica em segredo nessa casa? – Perguntei e Junmyeon riu.

- Não, mas não precisa me dizer o que conversaram, confio em você.

- Junmy, posso fazer uma pergunta?

- Claro que pode, Jagi!

- Essa profecia...

- Você quer que eu conte? – Assenti. – Tudo bem, antes de conhecer você, eu já visitava a aldeia da sua família. Lá existe uma xamã que me ajudava com meus poderes. Eu precisava que ela me dissesse quem era a moça que eu via em meus sonhos e foi aí que ela me contou quem era você. Ela disse que estávamos destinados a sermos um do outro, que teríamos problemas até isso acontecer, que eu deveria deixar em suas mãos a escolha, e que seria difícil vê-la com outros, mas seria eu o escolhido. A parte mais importante é que você é o nosso ponto forte, iria nos dar mais força, iria fazer com que nos uníssemos mais para te proteger e proteger os bebês.

- Uau!

- Parece novela né? – Ele riu.

- Minha vó nunca contou nada.

- Eu pedi que não contasse. Espera. – Ele parou de brincar com Haneul. – A xamã é sua avó?

- É e não é, eu a chamo assim.

- Aaah.

- Então o motivo da nossa ligação ser forte é por causa dos seus sonhos e dessa profecia?

- Acho que sim. E por falar em ligação, quando vai me marcar de volta?

- Mal começamos a namorar e você já tá falando em casamento?

- Nunca é cedo ou tarde para isso!

Quase um ano depois...

Finalmente havia chegado o aniversário de Hana e Haneul. A casa estava animada, e mesmo a festa sendo apenas para nossa alcateia, conseguíamos fazer uma algazarra, faltava apenas o bolo ficar pronto. Decidimos enfeitar o bolo de azul e rosa, bem mais fácil. Éramos dois pais babões e onze tios mais babões ainda.

- Está feliz, Jagi?

- Não completamente! – Ele me olhou, arqueando uma sobrancelha.

- O quê? Não está do jeito que você queria? Eu fiz alguma coisa?

- Se eu pensar no que quero fazer, você vai saber, então, por enquanto, é segredo. Sabe o quanto é difícil guardar segredo de você?

- Eu não tenho culpa! – Ele ergueu as mãos.

A pequena reunião foi bem animada. No fim da noite, Hana e Haneul estavam exaustos de tanto correr e pular. Colocamos os bebês no berço e descemos para ajudar os meninos a limparem tudo.

Quando tudo estava pronto, pedi que Minseok e Yixing olhassem os gêmeos caso eles acordassem.

Saí puxando Junmyeon para a cabana que tinha ao lado da casa, a mesma cabana que ele deu a Sehun para ficar comigo, mas isso ficou no passado.

Eu havia passado quase uma semana arrumando aquele lugar e tentando de todas as formas burlar para que Junmyeon não soubesse de nada.

Tudo estava novo ali. Empurrei Junmyeon para dentro e ele sorriu vitorioso quando viu como a cabana estava arrumada.

- Esse lugar ficou perfeito! Vai ser nosso esconderijo!

- Você pode esperar um pouco aqui? – Ele apenas assentiu e eu me dirigi até um biombo improvisado que havia ali, retirei minha roupa, ficando apenas de lingerie e colocando um robe por cima.

- Eu esperei por essa noite, para ser especial.

- Todas as nossas noites foram especiais, cada uma delas nesse ano que passou.

- Eu sei, mas essa é diferente. – Junmyeon me puxou para si e desatou o laço no robe, o deslizando por meus ombros e deixando a peça cair no chão, me guiando até a nova cama que havia ali.

- Sem conversas. – Junmyeon usou a voz de alfa para comandar e meu corpo todo se arrepiou. – Deitada agora!

Apenas obedeci e subi na cama, ficando apoiada em meus cotovelos, o observando. Meu alfa deslizou sua mão sobre minha coxa e apertou cada pedaço meu que estava exposto.

- Quero que observe cada movimento meu, então fique de olhos abertos. – Junmyeon segurou na lateral da calcinha e a arrancou, rasgando. Eu ia protestar, mas seus dedos encontraram meu ponto sensível e não me deram tal opção.

Junmyeon sorriu e desceu o rosto até onde sua mão me estimulava. Senti sua língua tocar a carne entre minhas pernas e soltei um gemido arrastado, aquilo era muito bom, maravilhoso!

Junmyeon usava tanto seus dedos como sua língua e meu corpo já se encontrava suado. Meus gemidos eram cada vez mais altos e eu queria fechar meus olhos, mas seu poder de alfa não me permitia. Em alguns minutos, eu atingi meu ápice, o melhor de todos até agora.

Junmyeon limpou a boca e começou a tirar sua roupa, sem cortar contato visual.

- Apenas começamos, Jagi! Sua noite vai ser bem movimentada!

Ele subiu na cama e, devagar, veio em minha direção, distribuindo mordidas e beijos.

- Quero que você gemendo meu nome sem parar hoje! – Apertei seus ombros quando senti seu membro tocar minha entrada. – Vai gemer agora! – E mais uma vez a voz de alfa estava ali.

Gemi alto seu nome ao ser invadida me agarrei a ele mais forte ainda. Junmyeon investia forte e seu corpo ia e voltava contra o meu, meus gemidos eram cada vez mais altos.

Nossos corpos já estavam suados e os cabelos se encontravam grudados na testa, Junmyeon me olhou e mordeu o lábio. Algo me dizia que ele estava aprontando, mas não consegui processar nada. Senti que meu ápice estava vindo e o puxei para mim, e enquanto Junmyeon segurava minha cintura e estocava rápido, eu o mordi no pescoço, selando nossa união perante os deuses. Uma força tomou conta de meu corpo e imediatamente inverti nossas posições, passando a cavalgar sobre o membro do alfa.

- Mais rápido! – Ele ordenou mais uma vez com aquela voz grossa e assim o fiz.

Meu corpo subia e descia em um ritmo acelerado, não conseguia parar de maneira nenhuma. Minhas forças pareciam que não acabariam tão cedo, mas Junmyeon me fez parar aos poucos e direcionou seu olhar para mim.

- De quatro agora! – Perdi as contas de quantas vezes ele havia usado a voz de alfa comigo. Obedeci e tive minha intimidade tomada por ele novamente. Seu corpo se chocava contra o meu em uma velocidade anormal, mais algumas estocadas e Junmyeon segurou em minha cintura, se derramando dentro de mim.

Sua respiração estava tão ofegante quanto a minha, e alguns minutos depois, o maior se deitou ao meu lado e tomou meus lábios nos seus, selando tudo o que fizemos.

- Foi milhões de vezes melhor do que eu imaginava que seria! – Junmyeon disse enquanto me abraçava.

- Seu pervertido!

- Estou falando de nossa união, a ligação está completa agora! Eu sou seu e você é minha, para sempre!

- Eu te amo, Junmyeon!

- Também amo você!

- Um só! – Ele sorriu e me abraçou, me aconchegando para que adormecesse em seus braços.

O caminho até aqui foi duro, mas finalmente se encerrou com amor, paz e felicidade!


Capítulo 4

POV
- Junmy? Junmy! Acorda! Seus filhos querem ir correr!
- Sehun não pode ir com eles? – Junmyeon perguntou ainda sonolento. – Só mais cinco minutos, Jagi! Por favor!
- Levante agora, ou você irá dormir no sofá como da última vez! - Ordenei. Ele levantou resmungando.
- Eu pensei que eu fosse o alfa nessa casa. – Ele resmungou, me fazendo rir suas reclamações.
- Você decide, ou vai ensinar seus filhos como serem lobos de verdade, ou continua aí deitado e dorme no sofá! – Adverti com todo meu teatro de mandona.
- Aish! Tô levantando! – Ri da sua falta de coragem. – Minha preguiça tem motivo, nome e sobrenome, Senhora Insaciável Kim!
- Calado! – Gritei e joguei um dos travesseiros nele. – A casa toda não precisa saber disso.
- Tarde demais, Jagi! Eles vão reclamar no café. – Junmyeon disse enquanto se vestia, saindo do quarto em seguida.
Levantei e fui tomar banho. O tempo passou tão rápido, Hana e Haneul já estão com seis anos e estão aprendendo tudo que o pai ensina.
Sempre que revivo nosso passado, sinto uma vontade enorme de matar Junmyeon, mas logo ela passa. Nossa ligação era realmente forte, foi ela que nos salvou, lembro quando uma alcateia de longe veio nos atacar.

*Flashback On*
Hana e Haneul estavam aprendendo a nadar com o pai e os meninos, a casa estava sozinha, eu estava sozinha. Estava na cozinha arrumando algo para os meninos comerem, quando senti alguém me jogar contra a parede. A dor foi grande, mas consegui enviar um aviso para Junmyeon, ele deixou os gêmeos com Sehun e Kyungsoo, enquanto os outros corriam de volta para casa.
Lembro que Junmyeon disse que apaguei. Ele correu o mais rápido que pôde e, quando chegou na cozinha, encontrou tudo revirado e um estranho quase me matando. Não lembro de nada do que aconteceu naquele dia, mas cada um dos meninos conta que o alfa ficou irreconhecível.
Ele partiu para cima do outro lobo e conseguiu me tirar das mãos dele, me entregou para Chanyeol e voltou a atacar o intruso. O lobo não teve tempo para resposta, Junmyeon rapidamente o matou, mas o que nossa alcateia não podia imaginar era que ele não estava sozinho. Enquanto um distraía Junmyeon, os outros iam atrás dos gêmeos, Sehun e Kyungsoo uivaram para alertar.
Junmyeon me deixou aos cuidados de Chanyeol e Jongin e foi caçar o resto dos lobos. Eles pegaram todos, apenas um ficou vivo, eles queriam saber se tudo que era ouvido sobre nossa família era verdade, mas não contavam com o poder sobrenatural de Junmyeon e seus betas.
Nossa alcateia, não! Nossa família era enorme e forte, lutaríamos para proteger todos! Cada um de nós é uma peça importante para essa família e não deixamos ninguém para trás.
Depois desse episódio não tem uma vez em que eu fique sozinha sem uma babá e também passei por treinamento mais pesado, ensinado pelo próprio alfa, eu não poderia baixar mais a guarda.
Deixei de ser a menina medrosa e mimada que foi entregue ao EXO como parte de uma profecia antiga e virei a esposa do alfa. A Senhora Kim! Importante e forte, como previa a profecia.

*Flashback Off*

Dispersei os pensamentos, terminei meu banho e desci depois de me arrumar.
“Se prepare, eles vão tirar muito sarro da sua cara.” – Junmyeon projetou em minha mente o aviso.
- Bom dia, meninos! Bom dia, meus anjos! – Beijei a cabeça de Hana e Haneul.
- Bom dia? Só se for psra você! – Baekhyun foi o primeiro a falar.
- Vocês poderiam passar as noites na cabana de vocês, não acham? – Era a vez de Jongdae. – Muito melhor para nós e para as crianças!
- “Ah, Junmy! Mais rápido!” – Chanyeol fez uma falsa imitação da minha voz. – Que droga! Quase não dormi.
“Eu te disse!” – Junmyeon estava em minha cabeça de novo.
- Vocês viram que tem duas crianças aqui? – Perguntei fuzilando os três com o olhar. – E eu não falo isso!
- Pensasse nisso antes de começar com suas reuniões com Junmyeon! – Chanyeol alfinetou. – E realmente você não fala, geme.
“Eu vou matar ele!” – Projetei para Junmyeon.
“Se quiser, eu te ajudo!” – Ele projetou de volta.
- Aposta quanto como eles estão planejando a morte de Chanyeol por pensamento nesse exato momento? – Sehun disse a Minseok que estava rindo de tudo em silêncio, era sempre assim.
- Jagi, não liga para eles não. Vamos, crianças? Terminaram? – Os pequenos acenaram e seguiram o pai até o lado de fora.
Fingi que nenhum dos meninos estava soltando comentários maldosos e continuei a tomar café. Assim que terminei, saí à procura de Junmyeon e das crianças. A lição de hoje era tentar capturá-los juntos. Os pequenos eram rápidos para idade deles, aprendiam rápido e faziam Junmyeon se sentir orgulhoso.
Quando a noite caiu e as lições acabaram, Junmyeon me arrastou floresta a dentro.
- Acha que já estamos longe o suficiente? – O maior me perguntou rindo.
- Senhor Kim, o que está querendo fazer? – Ergui uma das sobrancelhas em sua direção.
- Querendo ficar longe daqueles idiotas para poder te amar em paz! – Ele riu sem graça.
- Gosto dessa ideia! – Acabamos rindo juntos.
- Eu gosto de ficar sozinho com você e aproveitar cada segundo. – Ele confidenciou baixinho, como se aquilo realmente fosse algum segredo.
- Você sabe como me deixar mole, mais um pouquinho e eu estou entregue. – Disse derretida com suas palavras doces.
- Ainda nem comecei a fazer nada! – Ele segurou meu rosto em suas mãos e depositou um beijo rápido em meus lábios.
- E precisa? – Joguei meus braços ao redor de seu pescoço. – Sabemos muito bem aonde essa escapada vai dar.
- Não sei do que você está falando, Jagi! - Ele sorriu e me beijou novamente.
- Ah não? – Segurei seu rosto e o encarei séria. – Eu te amo!
- Eu também amo você, amo vocês! Não esqueça nunca! – Ele devolveu meu olhar na mesma intensidade.
- Nunca esquecerei! Juntos pela eternidade, lembra? – Selei os lábios dele calmamente.
- Claro que sim! – Então ele me me fez dele mais uma vez, com a Lua cheia de testemunha de todo nosso amor.


FIM



Nota da autora: Espero que você tenha gostado dessa shortfic e que tenha se iludido tanto quanto eu! Até a próxima!



Qualquer erro no layout dessa fanfic, notifique-me somente por e-mail.


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