““Você me dá tudo só pelo fato de respirar. - Do filme Lua Nova.”
’s POV
Alguém explica, por favor, a este ser que está ligando para o meu celular a essa hora, que eu tenho aula amanhã e que é uma da manhã?! Era para ser crime acordar pessoas há essa hora.
Apalpei o meu criado mudo atrás do celular, que não parava de tocar, e assim que eu o encontrei o peguei. Era a . O que ela podia querer aquela hora? Não estava viajando com o namorado?
Atendi voltando a fechar meus olhos de sono.
Ligação ON
- Alô? , isso é hora? Se for para te buscar na rodoviária, lembre-se que estará me devendo uma!
- Não é a . Na verdade ela acabou de sofrer um acidente e eu estou ligando para te avisar. Como foi a última pessoa a falar com ela pelo celular, achei que deveria informá-la.
- O quê? Para onde estão levando-a? – Abri os olhos assustada.
Jamais imaginaria aquilo.
- Para o Hospital de St. Mary. Ela e o rapaz estão muito feridos.
Aquilo não fez diminuir minha aflição só a aumentou. Obrigada por isso senhora!
- Obrigada por avisar. – Desliguei.
Ligação OFF
Pulei da cama arrancando minha camisola. Peguei a primeira roupa que encontrei no closet e sai do meu quarto descendo logo as escadas. Deixei um bilhete para os meus avôs avisando o que havia acontecido em poucas palavras para não preocupá-los e peguei a chave do carro deles. Agora que era maior de idade, eles me deixavam dirigir.
Tranquei a casa e corri até o automóvel. Entrei no mesmo e logo dei partida, cantando os pneus.
O hospital não ficava muito longe e a única coisa que eu pensava era se minha amiga estaria viva. Deus, eu tinha que acreditar que tudo estava bem. Que tudo ficaria bem.
Não tardou para que eu avistasse o hospital. Estacionei em uma vaga e desci do carro o mais rápido possível. Adentrei o local andando pelos corredores brancos amontoados de gente. Pelo que parecia, muitas pessoas tinham adoecido esta noite. Com certa dificuldade consegui finalmente chegar a recepcionista que mexia em seu computador sem parar.
Assim que me aproximei ela me notou e olhou para mim.
- Em que posso ajudar? – Deu um sorriso amigável.
- Por favor, minha amiga sofreu um acidente e a trouxeram para cá. – Falei já desesperada por qualquer notícia.
- Como é o nome da sua amiga? Tivemos muitos casos hoje.
- Rodrigues. Ela e um rapaz vieram juntos.
- Sim. Só um minuto. – Ela começou a teclar e logo voltou-se para mim. – Ainda não temos qualquer notícia da moça. Assim que receber alguma informação, lhe informo. A senhorita pode esperar na sala de espera. Infelizmente agora não terei nenhuma informação. – Voltou a olhar seu computador.
Sério que aquela mulher não podia nem ao menos dizer se ela estava viva? Queria mesmo que eu esperasse ali sem nada? – Bufei frustrada, sentindo meus olhos marejarem. Aquilo era tudo demais para apenas uma da manhã.
Agora teria que ligar para a sua mãe e as garotas para informar a todos do acontecido, mas sem nenhuma informação não poderia nem ao menos confortá-las. Como faria isso se nem eu tinha forças para fazer comigo mesma?
Passei as mãos nos cabelos.
- Senhorita? Você é parente da jovem que sofreu o acidente com o rapaz?
Me virei encarando um homem de aproximadamente 40 anos com barba por fazer, olhos azuis e cabelos pretos, com alguns fios brancos.
- Não, senhor, eu sou amiga dela. – Esclareci.
- Terei que falar com alguém da família.
- Isso será impossível. Só eu soube do acidente.
- Tudo bem então. Poderá responder algumas perguntas?
Assenti.
- Como a jovem se chama?
- Rodrigues. – Transcreveu em uma prancheta que tinha em mãos, mas que eu mal havia percebido.
- Idade?
- 18 anos.
- Os pais se encontram na cidade?
- O pai dela morreu há alguns anos e sua mãe, ao que parece, está viajando.
- Isso é um problema. – O encarei o incentivando a continuar.
- A jovem não teria um irmão ou parente próximo maior de 18 que tenha o mesmo tipo sanguíneo?
- Irmão não, enquanto parentes, não saberei informá-lo. Por quê? Ela precisa de transfusão sanguínea?
- Veja bem. Terá que se informar então. A Srta. teve uma hemorragia e perdeu muito sangue durante o acidente. No entanto, não temos o tipo sanguíneo “O” no estoque, e mesmo que tenhamos informado a hospitais próximos que precisamos do sangue, não está nada fácil a localização de bolsas com sangue “O”. Seria necessário alguém próximo fazer a doação para que tudo fosse mais rápido. Ela não terá muito tempo mais e precisamos levá-la o mais rápido possível para a sala de cirurgia. Ela se encontra em estado grava. O tempo é crucial. Tente localizar alguém o mais rápido possível.
Lágrimas voltaram a meus olhos e eu me sentei no sofá para que não caísse.
Aquilo não podia está acontecendo com a minha amiga. Não com ela. O que seria de sua mãe? O marido, depois a filha. Só queria que tudo aquilo fosse um terrível pesadelo e eu acordasse.
Peguei meu celular discando o número da mãe da minha amiga. Tocou três vezes até que ela atendesse.
Ligação ON
- Alô?
- Senhora, é a . – Meus olhos marejaram em pensar no que diria. – Eu liguei porque... A ... Ela... – Senti as lágrimas rolarem em minha face. – Ela sofreu um acidente e está em estado gravíssimo. Eu não sei se ela vai suportar e precisa de sangue, mas não tem no hospital. Existe alguém da família que possa doar?
A linha ficou muda, para que eu logo escutasse um soluço, denunciando que a mãe dela chorava.
- eu... Não, ela puxou o sangue do pai. A família dele não é de Londres. – Aquilo me fez perder o chão. – Eu estou voltando agora. Só me diz em que hospital está.
- No Hospital St. Marry.
- Eu vou pegar o primeiro avião para Londres o mais rápido que puder. Mas se eu não chegar a tempo, , diga a ela que a amo, por favor.
- Não diga isso, senhora. Eu encontrarei alguém que possa doar, nem que seja a última coisa que eu faça. Eu prometo.
- Obrigada por se importar tanto com a minha filha.
- Não precisa agradecer, eu farei de tudo por ela sempre.
Logação OFF
Louis’ POV
Finalmente desembarcávamos em Londres. Ainda era uma da manhã e a única coisa que eu queria era ir para casa dormir eternamente.
- O que o Niall foi fazer no Canadá? Só eu que não entendi essa parte? – Zayn nos questionou.
- Era o casamento de um tio da Peggie e ele foi para acompanhá-la. – Liam explicou.
- Vamos garotos. – Paul falou, abrindo a porta da van.
Entramos e eu logo me acomodei em meu assento. Fechei os olhos sentindo o sono me invadir. Não seria má ideia dormir por apenas alguns segundos até em casa, principalmente no silencio reconfortante que se instalava no automóvel. Pena que o meu único momento de descanso foi terrivelmente interrompido por um toque de celular que não era o meu. Bufei, Ligar uma hora daquelas da manhã era um pouco demais.
- Calma, , assim eu não entendo. Respira e me fala o que aconteceu. – Liam parecia muito preocupado com a namorada, o que me fez encará-lo.
- Ela o quê? Como ela está? Não eu não tenho... O Louis! O sangue dele é “O”. Claro, claro. Me fala o nome do hospital. Já estamos indo.
Hospital? Sangue? Louis? O que estava acontecendo? Quem estava morrendo?
- Paul, vai para o hospital... – Ele se voltou para mim. – Lou a ... Ela...
Meu coração parou. Uma corrente de medo percorreu pelo meu corpo inteiro e o pensamento de que algo estava profundamente errado invadiu minha mente.
- O que aconteceu com ela, Liam? – Me desencostei do banco me aproximando mais de meu amigo.
- Ela sofreu um acidente e precisa fazer uma cirurgia urgentemente, mas no hospital está faltando o tipo sanguíneo dela e a mãe está fora, até que ela chegue a poderia não suportar e... Só você pode salvá-la Louis. Ela precisa do sangue “O” e não encontraram outra pessoa que possa doar.
Pisquei tentando absorver todas as informações. A mulher que eu ainda amava estava prestes a morrer. Só tinha a mim para ajudá-la e por mais que ela tivesse escolhido se afastar de mim, e mesmo que não me amasse mais, eu não deixaria que morresse se eu podia fazer algo.
- Paul vá o mais rápido que puder. – Pedi.
Eu iria salvá-la por mais que a mesma ainda me odiasse eu faria de tudo para vê-la viva. Ainda a amava demais, se a perdesse, o que mais faria? Por mais que não estivéssemos mais juntos, o que tínhamos vivido todo aquele tempo jamais seria apagado de minha mente. Eu sabia que o culpado para o fim do nosso relacionamento eram os dois, talvez mais eu que agora me arrependia ainda mais do que falei. Poderia ter ficado com ela todo esse tempo que estivemos separados e até as brigas agora eu chegava a valorizar.
Não demorou para que chegássemos ao hospital. Desci o mais rápido que pude sem esperar os outros. Andei pelos corredores brancos até que cheguei a uma sala, onde as garotas se encontravam com os olhos vermelhos.
- Como ela está? – As questionei.
- Ela precisa de sangue o mais rápido possível. – se pronunciou e logo foi acolhida pelos braços do namorado que eu nem havia percebido ter chegado.
- Louis, o doutor pediu que quando você chegasse fosse imediatamente tirar sangue. – me informou.
- Com quem eu falo?
- Comigo, senhor. – Uma jovem se aproximou. – Por favor, queira me acompanhar.
E assim eu o fiz.
(...)
- Eu posso vê-la antes? – Questionei a enfermeira.
- Sr. Tomlinson, você tirou muito sangue, precisa descansar.
- Por favor, eu preciso vê-la. Nem que seja por apenas alguns minutos.
Ela suspirou.
- Tudo bem, mas terá que ser rápido. – Me informou. – Vamos.
De fato eu estava muito fraco e qualquer esforço, até que fosse andar me cansava. Não podia imaginar que doar sangue poderia nos deixar exaustos, mas não me importava. Eu só precisava vê-la e tudo ficaria bem.
Logo chegamos à frente de uma porta branca.
- Ela está ai. Virão buscá-la para levar para a cirurgia daqui a pouco. Aproveite o tempo. Eu ficarei aqui fora para te dar mais privacidade.
- Obrigado.
Entrei no quarto sem vida em um completo silencio. As paredes verdes em um tom tão claro, demonstravam a total tristeza do local e lá estava ela. A única coisa viva ali. O bipe das maquinas chegavam a me confortar, pois eram estes mesmos bipes que me faziam ter a certeza de que estava viva.
Meus olhos encheram de lágrimas. Sua pele branca estava manchada por arranhões e hematomas. Sua perna estava engessada. Seu rosto se encontrava inchado e roxo, como a maior parte de seu corpo. Vê-la daquela forma, era pior do que quebrar meu coração em mil pedaços. Ela estava tão machucada... Tão ferida, quase como irreconhecível. Não só pelos seus cabelos que haviam mudado de cor e corte, mas sim pelo resultado do acidente sofrido.
Segurei sua mão encarando seu rosto.
- , aqui é o Lou e por mais que você possa não querer falar comigo, eu não podia não te olhar. Você pode não está me escutando, mas se estiver eu te peço perdão. Me perdoe por magoá-la e pelas brigas. Eu ainda te amo, talvez mais que antes e jamais me perdoaria por não te dizer. Mas estou aqui para pedir que lute. Não por mim, por você. Pela garota divertida e extrovertida que eu conheci quando cruzei naquele estacionamento no shopping. Pela minha amiga que se divertia comigo. Pela menina que me fez me apaixonar por ela, mesmo eu sendo um completo idiota por a deixar sair da minha vida. - Dei uma pausa. - Jamais me perdoarei por ter permitido isso. Permitido que uma das pessoas mais importantes para mim fosse embora tão fácil. E por mais que eu tenha doado sangue para você, não fiz isso com o intuito de fazer você voltar para mim, mas para você viver como quiser, ficar com quem quiser. Mesmo que esse não seja eu. Só quero que seja feliz. Só isso. Mesmo que pra isso, eu tenha que estar triste.
’s POV
- Teve mais alguma notícia da sua prima? – Senti meu namorado me abraçar.
Suspirei.
- Ela ainda está na cirurgia. Eu queria poder está lá, mas sou tão egoísta que estou aqui, e nem me concentrar nessa droga de atividade estou conseguindo!
- Ei, calma. Tudo dará certo. Agora deixa isso de lado. – Pegou meu caderno e meu lápis tomando de minhas mãos. – Vá se trocar e vamos até o restaurante aqui perto. Assim você se distrai um pouco.
- Eu não estou afim de sair. – Me levantei da cadeira.
- Tudo bem, então pegamos para a viagem. Eu já estou com fome e você também tem que se alimentar.
- Ian...
- Nada disso. Você tem três minutos. Se eu fosse você seria rápida.
Bufei me retirando dali.
Peguei qualquer
roupa no meu closet, passei uma maquiagem básica e sai do quarto.
- Eu só vou porque estou com fome. – Me defendi.
- Eu sei que sou infalível no ato de convencer.
Saímos de casa e fomos caminhando juntos e abraçados até o restaurante mais próximo.
Entramos e nos dirigimos a uma mesa mais a frente.
- Eu vou fazer os pedido para a viagem. – Depositou um selinho em meus lábios e saiu.
Fiquei analisando o menu sem nada para fazer de melhor, mas no momento em que levantei a vista me arrependi. Lá estava o Niall com a Peg.
Suspirei arrumando forças para continuar olhando os dois.
Eles estavam felizes sorrindo. E aquilo causou uma dor em meu peito. Os observei sentarem a uma distância aceitável de mim, mas vê aquela cena me abalou mais do que gostaria de admitir. E eu não sabia por quê.
Isso não deveria importar, pois eu estou com o Ian. Eu havia seguido e ele não merecia que eu me abalasse por outro. Mas não era exatamente isso que estava ocorrendo.
- No que está pensando? – Ian apareceu me acordando de meus devaneios.
- Em nada. – Desviei o olhar. – Vamos?
Ele assentiu me dando a mão, que eu peguei sem relutar. Mas antes que pudéssemos sair do recinto, olhei os dois que a pouco entravam no estabelecimento e o Nialler me olhava surpreso e uma mistura de uma intensidade tão grande que causou um arrepio em minha nuca. Era como se não pudesse acreditar. E só paramos quando a porta do restaurante se fechou atrás de mim.
(...)
- É coisa da sua cabeça. Só estou preocupada com minha prima.
- Se você está dizendo... – Depositou um selinho em meus lábios. – Eu vou lavar a louça, já volto. – Falou saindo.
Mas ele estava certo. Enquanto eu estava ali do lado dele, as únicas memórias que invadiam minha mente eram do irlandês ou de nós dois e mesmo que isso não pudesse acontecer, minha mente insistia em me trair. Ele havia segurado a mão dela e beijado seu rosto e o pior era admitir que aquilo me fez sentir falta do tempo em que fazia o mesmo comigo, mas isso não importa. Não deveria importar pelo menos, porém a quem eu queria enganar? Se eu estava abalada? Estava sim. Se aquilo doeu? Você não faz ideia de quanto. E se eu queria ser ela? Sim, eu queria. Eu tinha que admitir, só queria que ele estivesse aqui.
Ian não merecia isso, mas o que mais poderia fazer se era pelo Niall que o meu coração clamava? Por que eu jamais havia sentido isso por alguém e eu sabia daquilo bem até demais. Sabia o quanto havia significado para mim. Mas agora não há nada que pudéssemos fazer, porque nosso amor não era o bastante para suportar tudo.
Então por que eu não conseguia esquecer a merda do dia que nossos olhares se cruzaram e eu soube que gostava dele? E eu havia tentado, mas que tudo e era por isso que eu estava com o meu atual namorado. Para tentar não pensar em quem não devia, mas não podia negar ainda sentir algo pelo Horan. Soube disso assim que o vi. Era como se nem um segundo tivesse passado desde que nos vimos da última vez e a amargura de antes sentida, simplesmente sumiu, tão rápido que não percebi. Agora só me restava uma lamentação que não queria que existisse.
Tal que me fazia pensar em tê-lo entregado na mão daquela víbora, mas eu estava cega demais para perceber isso antes. E agora eu me encontrava em um colapso nervoso de confusão.
- ... Terra chamando a . – Ian passava a mão por meus olhos.
- Idiota. – Abaixei suas mãos.
- Tudo bem que você não queira me contar o que aconteceu, mas não fica assim... Está muito estranha e se é por sua prima, se está tão preocupada como diz, posso ir com você até Londres.
- Achei que tivesse prova amanhã.
- Não posso te deixar ir sozinha.
Okay, mas por que mundo que eu não havia me apaixonado por ele?
- Não precisa. Eu também tenho uns trabalhos para entregar até o fim da semana que não posso atrasar. Não será preciso irmos. Eu lá ou aqui não fará diferença. Só o que eu preciso é absorver tudo.
Tudo mesmo.
’s POV
Era um corredor branco, cheio de portas. Olhei para o meu corpo e minhas roupas já não eram mais as mesmas. Eu estava com um vestido branco, que vinha até a altura dos meus joelhos.
Ignorei a confusão que se formava em minha mente, tentando me lembrar do último local que estivera, mas nada vinha a minha mente. Era como se tudo tivesse sido apagado.
Caminhei mais adentro pelo corredor, tentando abrir todas as portas, porém nenhuma fazia qualquer movimento por mais força que eu usasse.
Estavam todas trancadas.
Continuei a caminhar e quanto mais o fazia o corredor parecia não ter fim. Até que eu pude ver uma luz forte e branca. Não sabia como nem o porquê, mas a única certeza que tinha era que teria que ir até lá. E fui.
Logo flashes da minha vida inundaram a minha mente.
Flashback ON:
- Papai eu estou com medo.
- Eu prometo que te ajudo.
- E se eu cair? – Falei fitando a alta bicicleta.
- Eu te seguro. Sempre.
Mesmo com receio e medo, eu fiz o que meu pai me pediu. Mesmo que estivesse tremendo por dentro.
- Você é forte minha pequena.
E só bastou aquelas palavras para a confiança que faltava invadir meu corpo e eu saber que aprenderia a andar naquilo, mesmo que durasse a vida toda. Por ele eu aprenderia.
(...)
- Mãe, é só mais um ex-namorado. Mais um idiota. Eu estou bem.
Sem que eu dissesse mais nada, ela se aproximou me abraçando. E as lágrimas começaram a rolar pela minha face, sem que eu pudesse nem ao menos perceber.
- Você não precisa ser forte o tempo todo. Chorar faz bem meu anjo. Lava a alma. Mesmo que ele não mereça suas lágrimas
.
(...)
– ? – Surgiu um sorriso em meus lábios. – Ah meu Deus... Que saudade! – falei a abraçando.
Corremos para a porta, vendo nossa amiga que não víamos há três anos.
– O que você...? – não pode complementar.
– Por que não ligou mais? – perguntou a abraçando.
– Achei que tinha morrido. – brincou.
– Muitas perguntas. – sorriu quando todas já tínhamos abraçando-a. – Primeiro... Estava morrendo de saudade de vocês, e não, nunca me esqueci de nenhuma de vocês. Segundo, vou explicar tudo, mas com calma.
(...)
- Louis... Você é gay? – Me encarou. – Por que... Mesmo que fosse falso, nunca teve NADA com a miss sem gosto e naquele dia na sua casa...
Sem me deixar prosseguir com minha afirmação, me encostou na parede do corredor. O olhei assustada, sem esperar tal reação. Seus lábios roçaram nos meus, enquanto suas mãos me imprensaram entre ele e a parede. Louis aprofundou o beijo, senti seus lábios macios em contato com os meus.
Minhas mãos foram para sua nuca, a arranhando, enquanto nossas línguas travavam uma guerra interna entre elas. O beijo começou a ficar mais intenso e feroz, só sendo cortado quando o ar se tornou necessário.
- Isso te responde?
(...)
- Acabou.
Parei abrupta.
- O que? – Minha voz tinha um timbre menor do que da outra vez.
- Não era o que queria? Acabou . Eu prefiro ela esqueceu? É ela quem eu quero. Minha opção.
A raiva subiu pela minha espinha e eu agarrei a primeira coisa que vi. Era um jarro de vidro que tinha ao meu lado e o arremessei contra ele. Louis desviou faltando milímetros antes de encostar em si.
- Vaza! Sai da minha casa seu idiota! Vai atrás daquela vadia! Eu odeio vocês dois! Que favor você me faz tendo terminado Louis... Que favor! – Joguei sua bolsa em seus pés.
Eu nuca mais queria o vê. Nunca mais.
(...)
- Se eu disser, você me deixa em paz?
- Por que não tenta?
Revirei os olhos. – Que saco!
- . Satisfeito? – Sorri amarelo.
- Muito... É um prazer te conhecer gracinha... – Se levantou. – Não vá embora sem mim. Ainda estou te devendo uma bebida. – Saiu sem que eu pudesse dizer nada.
Quem aquele garoto achava que era?
(...)
- Pare a merda dessa moto! – Gritei. – Pare agora seu otário! Pare! – Eu esmurrava suas costas.
- Você está louca? – Gritou por cima do ombro.
- Você... Cuidado! – Iria falar, mas fui interrompida, pela forte luz que me cegou e eu só sabia de uma coisa, estava perto demais para desviar do caminhão que vinha em nossa frente.
Os faróis me segaram. Jac tentou puxar a moto para o outro lado da pista, mas era um abismo, não teríamos qualquer chance. Os pneus derraparam na pista e da última coisa que lembro, foi sentir meu corpo sendo arremessado, e tudo ficar preto. Já não sentia mais nada.
Flashback OFF:
Lágrimas escorreram pela minha face e soluços já se faziam presentes em minha garganta.
- minha pequena.
Abri meus olhos encarando o homem em minha frente.
- Pai? – Sussurrei. – Pai! – Corri até ele o abraçando. – Senti tanto a sua falta... Eu... Preciso tanto de você... Eu te amo tanto pai!
- Ei minha pequena, não chora. Eu estou aqui agora com você. Eu sempre estive. – Limpou minhas lágrimas com o polegar.
Mas se estávamos juntos...
- Pai, eu morri? – Me soltei de seus braços o encarando.
- Ainda não é a sua hora filha. Porém lembra da promessa que me fez? Sua mãe ainda precisa de você, mesmo não parecendo. Ela só tem a você .
- Eu tenho feito tudo tão errado...
- Filha, nunca si é tarde demais para consertar algo. Essa é sua chance. Não a desperdice.
Abri os olhos, me sentindo ser puxada. Me agarrei na cama, sentindo meu corpo doer por inteiro. Eu estava ofegante e com o coração acelerado.
Ele estava certo. Bastou que quase morresse para perceber isso. Minha mãe precisava de mim e eu havia dado as costas para ela, por um cara que eu nem cheguei a amar! Eu havia feito tantas escolhas erradas e agora me arrependia de todas. Mas como o meu pai havia dito, nunca é tarde para mudar o que está errado.
Eu estava cega pela raiva e a garota que havia tentado ser ia levando com ela a minha vida toda para um abismo. Eu tinha tantos sonhos que havia deixado de lado para seguir em uma vida vazia. Oca. Nem ao menos havia começado minha faculdade de estilista. Minhas amigas? Como eu as havia tratado mal! E a minha mãe? Ela tinha o direito de seguir em frente. Três anos . Três anos longos anos se passaram e sua mãe tem que viver. Tudo bem que se trabalhar praticamente 24 horas por dia não seja necessariamente viver no meu posto de vista, mas se era o dela, quem era eu para questionar? Logo eu que tentei da forma pior possível superar!
Se eu havia sido uma covarde? Uma completa covarde para ser mais precisa. Eu estava fugindo do que sentia. De mim mesma e da dor causada por tudo. Na época tudo foi demais para mim e eu só havia tentado fugir, pena que foi da forma mais errada. Hoje eu sei que deveria ter feito diferente. Ter encarado o Louis e ter deixado de agir como criança. Ter ido visitar o meu pai e não ter tentado apagar as lembranças com uma dose de bebida. Ter ficado ao lado das meninas e as ter ajudado. Mas me lamentar já não adiantava. Porém quando eu saísse do hospital, a verdadeira Rodrigues ressurgiria melhor que nunca. A verdadeira eu voltaria para ficar e desta vez, para sempre.
O barulho de duas batidas na porta me fez acordar de meus devaneios.
- Olá! Você finalmente acordou. Como se sente? – Me questionou se aproximando.
Finalmente? Por quanto tempo eu havia dormido?
Olhei para a enfermeira de aproximadamente 60 anos com os cabelos levemente grisalhos.
- Por quanto tempo eu estou dormindo?
- Desde que chegou após o acidente, há uma semana.
UMA SEMANA?!
- Tudo isso? – Deixei escapar.
Ela sorriu.
- Como se sente?
- Bem, mas toda quebrada e um pouco zonza. – Confessei.
- Irei avisar ao Dr. Miller que acordou. – Falou enquanto regulava o meu soro e aplicava algo nele. – Isso pode deixa-la um pouco sonolenta.
A observei sair do quarto e me estiquei até a bancada onde tinha um livro. Minha mãe devia tê-lo deixado ali. Olhei a capa, lendo o título. “Sussurro da Saga hush hush”. Folheei até que escutei o barulho da porta sendo aberta. O médico havia sido bem rápido.
- Doutor eu esqueci de perguntar a enfermeira, mas como está o Jacob? Ele é... – Parei ao olhar para a porta vendo que não era o doutor e sim o Louis.
- O que faz aqui? – Perguntei surpresa.
- Eu não sabia que havia acordado. Como se sente? – Ignorou minha pergunta.
- Estaria melhor se você não estivesse aqui.
Seu maxilar ficou rígido.
- Por favor, saia.
- Eu farei isso, mas não antes de conversarmos.
- Eu não tenho nada para conversar com você.
- Mas eu tenho e adiei tempo demais. Quase ao ponto de te perder para sempre.
Ri sem gosto.
- Você já fez isso no dia em que terminamos. – A amargura era presente em minha voz o que não queria que tivesse acontecido.
- Nós falamos muitas coisas que não devíamos naquele dia. – Se aproximou da cama.
- Nós falamos somente o que sentíamos, o que era verdade para ambos. – Senti meus olhos marejarem e os fechei lembrando daquele dia e quanto ele havia me magoado.
- Não! Eu falei aquelas coisas por está com raiva.
- De qualquer forma, não importa mais. – Fingi não me importar enquanto aquilo me afetava tanto. – É passado. Eu estou com o Jac e nada do que você diga vai fazer qualquer diferença.
- O que eu tenho para falar, não é com a pretensão de acabar com o seu relacionamento ou coisa do tipo. Só é algo que quero que saiba.
- Eu não tenho tempo para escutar suas mentiras Tomlinson.
- Eu cometi muitos erros . Para ser sincero, milhões. E por mais que te queira comigo, jamais pediria isso sabendo que ama outro. Quero que você seja feliz e se um dia possível, me perdoe. Você foi muito importante para mim. Ainda é , e só espero que esse cara não te decepcione. – Suspirou e percebi o quanto aquilo era duro para ele falar. – Que ele cuide de você como eu não fiz, que ele repare em tudo que não reparei, que ele cumpra todas as promessas que te prometer e que ele não te faça se arrepender de o ter escolhido como eu fiz. Eu ainda te amo. Muito, mas não fui bom o suficiente para você e só agora percebo isso. Espero que ele seja.
Fiquei o olhando segurando o turbilhão de sentimentos que me acorrentava. E mais uma vez estava errada. O que ele falou fez mudar tudo. Absolutamente tudo. O vazio em meu peito cresceu e eu tive que segurar as lágrimas.
- Espero que logo fique boa. Ah, e não se preocupe, eu não vou mais voltar aqui. – E com isso ele se foi, me deixando com lágrimas a rolar na face.
Niall’s POV
Finalmente o tal casamento chegaria e eu enfim poderia voltar para casa. Já não aguentava passar mais nenhum segundo no Canadá. Não porque fosse ruim, na verdade era maravilhoso, mas sim por uma certa loira que desde que havia visto há uma semana atrás não saia de meus pensamentos.
Desde então, a absolutamente todo lugar que eu ia, a procurava, porém não a tinha visto novamente. E se a encontrasse nem saberia o que falar, mas eu só a precisava ver. E saber quem era aquele com quem ela estava. Não havia gostado nem um pouco do que tinha visto. Se eu tinha o direito de me sentir assim? Talvez não, porém nunca escondi o que ainda sentia por ela.
- Niall, por favor, pega o carro do meu tio e vai pegar as rosas do buquê da noiva e madrinhas. – Peggie apareceu com as chaves em mãos.
- Certo. – Peguei a chave. – Onde é a floricultura?
- Perto daquela loja onde fomos pegar os arranjos. Não será difícil de encontrar.
- Certo. – Sai pela porta de entrada, indo até o carro.
O liguei e dei partida. As ruas do Canadá eram bem mais calmas do que as de Londres. O que me fez chegar logo a rua que eu ansiava.
Vi a vitrine de uma floricultura e só poderia se lá.
Estacionei o carro e desci. O bom é que não tinha muitas pessoas na rua. O que facilitaria minha ida e vinda até o carro.
Entrei na loja e percebi que não tinha ninguém.
- Meu primo é um idiota mesmo. Se fosse eu já tinha te pegado.
- Não sabia desse seu desejo lésbico amiga.
Aquela voz...
A outra gargalhou enquanto voltava dos fundo da loja com um buquê em mãos.
- Oh, em que posso ajudar? – Me questionou ruborizando pela vergonha de ter percebido que eu escutei a conversa.
Balancei a cabeça afim de sair do tranze que a voz que poderia jurar ser da minha havia me prendido. – Minha... Como se ela ainda fosse... Ao que se parecia naquele restaurante, era de outro.
- Senhor? – A jovem me olhou.
- Desculpe-me. Eu vim pegar os buquês do casamento do Sr. Jones. – Expliquei.
- Ah, claro. Só um minuto. – Falou voltando aos fundos.
Enquanto a esperava voltar, fiquei andando pela loja e observando as flores perfeitamente cultivadas.
- Onde quer que colo... Niall?
Me virei encarando a .
Então era mesmo ela. Eu não estava ficando maluco.
- Você trabalha aqui? – A questionei.
- Não, só estou ajudando a uma amiga. – Esclareceu. – Onde quer que coloque as flores?
- No carro. Quer ajuda? – Me aproximei dela esticando a mão para ajudá-la, mas invés disso, tocou sua mão.
- Não precisa. – Se afastou.
Será que ela me odiava tanto ao ponto de se retrais?
- Vamos? – Ela saiu na frente.
A segui enquanto a observava. Ela estava mais linda que nunca. Seus cabelos haviam crescido e tomado uma tonalidade mais escura. Havia emagrecido e seu corpo estava mais definido.
- Pronto. Tenha um bom dia. – Tentou sair, mas eu a impedi segurando seu braço.
- Naquele dia no restaurante, aquele cara era... O mesmo em que estavam falando quando cheguei?
- O meu namorado? É sim. Também vi que está com a Peggie.
Abaixei o olhar, sabia bem o que ela queria dizer com aquilo. “Eu sempre soube que você a preferia. Cedo ou tarde iria acontecer.” No entanto ela nunca estivera tão enganada.
- Nós estamos juntos.
Ela soltou o ar em uma forma irônica.
- Tenho que ir. Quanto tempo ainda ficará aqui?
- Irei embora amanhã.
- Então faça uma boa viagem. – Se afastou de mim e desta vez a deixei ir.
Só o que eu queria era puxa-la para mim e beija-la. Dizer que a amo e que sou um idiota. Pedir perdão e pedir para voltarmos e começarmos do zero, mas invés disso a deixei seguir seu caminho. Mais uma vez.
Zayn’s POV
- Agora finalmente podemos ficar juntos.
- Achei que ainda teriam que gravar as cenas para You and I.
- De fato. Depois que o Niall teve que viajar as cenas de todos tiveram que ser adiadas, mas em menos de cinco dias serão necessários.
sorriu.
- É bom estarmos em nossa casa e te ter comigo.
Foi minha vez de sorrir.
- Eu sei. Mas ainda temos que marcar o nosso casamento.
Ela mordeu o lábio.
- Eu não quero algo grande demais Malik. Só com a família e amigos. Nada de longos dias de festa.
- Nós concordamos. O que acha de amanhã irmos a igreja olhar uma data? Depois vamos arrumar tudo do nosso jeito.
parrou a mão na barriga.
- Tudo para depois que ele nascer.
- Sim. Nosso filho já vai nascer. Não daria tempo.
- Sobre isso... O médico decidiu adiar. O Austin ainda não está em posição. – A senti ficar receosa.
- E para quando remarcaram?
- No dia em que estiver voltando do Brasil. – Falou baixo.
- O quê? Pretende que não esteja aqui quando meu filho nascer? – Falei me exaltando.
- Não! A única coisa que queria era que estivesse aqui, mas o que posso dizer ao médico? Não, adie mais para a frente porque meu noivo não vai estar no dia? Ou melhor... Dizer ao Austin que não pode vir até o dia que você estiver conosco? Não tem como! Eu nunca sei quando poderá está com a gente.
- E está ai a questão... Minha carreira. Você sabia que eu era famoso quando começamos a namorar.
- Sim eu sabia, e sei. Não estou pedindo para você a largar.
- Sério? Por que não é o que parece! – Me levantei do sofá.
- Eu não acredito que está dizendo isso Malik! Eu nunca me impus sobre sua carreira porque sei que é algo que ama fazer! Nunca me impus contra absolutamente nada! Agora vem você, falando que eu quero que você largue algo por mim? Você acha que sou infantil a esse ponto?
- Eu não disse que era por você.
- Você está sendo injusto comigo Zayn. Eu não tenho como escolher o dia que o bebê vai nascer. Ou você acha que o médico tem a agenda dele livre para mim?
- Então a gente arranja outro médico.
- Oi? Você não disse isso! – Se levantou. – Eu não vou mesmo mudar de médico a essa altura por capricho ser!
- Capricho? Okay , se você acha capricho vê o nascimento do meu primeiro filho...
- Que inferno Malik! Você está impossível hoje!
- Eu estou impossível? Você que não entende o meu lado!
- Também entenda o meu!
- Desculpe, mas eu só estou vendo seu egoísmo.
- Vai se fuder! – Saiu.
- a gente ainda não terminou!
- Quer apostar? – Gritou. – Porque eu acho que sim.
Que inferno! – Esmurrei a parede. Peguei a chave do carro e fechei a porta da casa com força. Fui até o automóvel e dei partida. Eu precisava esfriar um pouco a cabeça, antes que desse merda, se é que já não havia dado. Talvez eu tenha pegado pesado demais.
’s POV
- E quem disse que te quero aqui sempre? Se olhar muito para a sua cara, logo vou abusar. – Coloquei os waffles na mesa.
- Aposto que há alguns minutos arás você não estava pensando nisso enquanto gemia meu nome.
- Styles! – O repreendi.
- Você fica linda com minha camisa. – Me puxou para o seu colo.
- Cala a boca. – Resmunguei.
- Vem calar. – Sorriu malicioso.
Ele se aproximou e colocou as mãos ao redor do meu pescoço, trazendo-me para mais perto. Senti a respiração dele em meu rosto – e senti um arrepio – antes de nos beijarmos.
- Você é um chato. – Peguei um pedaço do meu waffles.
Sorriu enquanto roubava um pedaço que eu acabara de cortar.
- Você é tão folgado Harry...
- Mamãe também acha.
- A propósito... Quando irei conhecê-la?
- Conhecer quem? – Me olhou com dúvida.
Suspirei.
- Sua mãe! Nós já namoramos a mais de um ano e eu ainda não conheci sua família. E você conheceu a minha. – Fiz bico.
- Não por vontade sua.
Revirei os olhos.
- Não vai me apresentar a sua mãe? – Peguei outro pedaço.
- Vou. Quando voltar do Brasil. Está bom para você?
Sorri demonstrando meu agrado. Harry depositou um selinho em meus lábios.
- Eu já vou indo. – Cortou o beijo.
- Achei que ia dormir aqui. – Sai de seu colo.
- Achei que estava me expulsando. – Se levantou e foi até meu quarto.
O segui.
- Eu estava brincando amor. – O abrasei por trás.
- Mas eu tenho que ir. Vou para uma social hoje.
Me soltei dele.
- E por que eu não sabia disso?
- Não achei que fosse importante. – Colocou a calça.
O olhei com as sobrancelhas arqueadas.
Ele colocou os sapatos e gargalhou.
- Eu estou brincando . É só porque amanhã terei que ir cedo para o estúdio gravar. – Veio ate mim e me beijou.- Eu vou precisar disso aqui. – Sussurrou em meu ouvido, passando as mãos pelas minhas coxas subindo sua camiseta.
Ele a tirou de meu corpo a vestindo.
- Prefiro você assim.
Corei olhando para meus trajes íntimos.
Fui até meu closet e peguei uma roupa a vestindo.
- Eu preciso te ajudar a se vestir melhor Haroldo.
- Por quê? Acho que assim está bom. – Deu de ombros.
- E cortar o cabelo. Você acha que é um palhaço?
Ele deu a língua.
- Depois que eu voltar do Brasil.
- Nada disso Hazza.
- Tchau amor. – Depositou um selinho em meus lábios.
- Você vem amanhã?
- Se tiver tempo venho.
- Avisa antes tá? – Passei as mãos ao redor de seu pescoço.
- Por quê? Tem que avisar a seu amante para não vir? – Brincou passando as mãos em minha cintura.
- Como adivinhou? – Aproximei nossos lábios.
Ele me abraçou com os braços ao redor de minha cintura. Apertei minhas costas contra a parede, puxando-o para mais perto, sentindo-me ficar sem fôlego e atordoada. Encostei minha testa contra a dele.
- Te espero amanhã. – Falei ainda agarrada a ele.
- Eu aviso. – Mordeu meu lábio inferior levemente. – Tchau.
- Fecha a porta quando sair. – Me soltei dele.
- Pode deixar. – Saiu do meu campo de visão indo até a porta de entrada.
Logo escutei a porta abrir e fechar.
Toquei meus lábios. Estavam quentes e levemente inchados.
Balancei a cabeça e fui até o banheiro. Tomei um banho bem quente e demorado relaxando meu corpo.
Vesti camisola e me joguei em minha cama fofa rodeada de travesseiros. Fechei os olhos e logo fui embargada pelo sono.
’s POV
Acordei com meu celular tocando. Bufei abrindo os olhos. Olhei pelo quarto e não havia qualquer sinal do Zayn. Depois de nossa discursão ele havia saído e eu fiquei no quarto chorando. A gravidez me deixava manhosa até demais.
A hora que ele chegou eu não havia notado. Se é que já o tinha feito.
Meu celular tocou mais uma vez. O peguei vendo que era o Steven. – O que ele poderia querer?
Ligação ON:
- Alô? Steven?
- Oi, . Nós precisamos conversar.
- Diga.
- Esse filho é meu? – Foi direto.
- Seu filho? De onde tirou isso?
- Aquela noite na minha casa...
- Não precisa me lembrar, eu sei. Mas não é.
- Como você tem tanta certeza?
- Por que eu já estava gravida! Mas olha Steven, deixa isso para lá, foi apenas um erro.
- Eu preciso falar com você.
- Eu não acho necessário.
- Por favor.
Resolvi aceitar para ele me deixar em paz. Se o Malik chegasse e ouvisse aquela conversa, não gostaria nada.
- Tá. No lugar de sempre. Não quero que o Zayn saiba, então guarde sigilo. Eu tenho que desligar. Te encontro as 16:00h. Não se atrase.
Ligação OFF:
- O que eu não posso saber ? – Olhei para trás encontrando o Zayn.
- Zaza... Eu...
- Que você está me traindo com ele?
- O quê? te traindo? – A ideia era absurda. – Com o cara que a proposito eu deixei para ficar com você?!
- Você estava marcando de se encontrar com ele sem que eu soubesse. O que acha que eu posso pensar?
Não respondi.
- O que ele queria?
- Saber se o Austin era filho dele. – E assim que falei me arrependi.
- O quê? Você foi pra cama com ele? Quando isso? – Perguntou exaltado.
- Foi só uma vez e quando a gente já estava separado. Eu estava bêbada. – Expliquei.
- E o filho é dele ou não?
- Zayn olha o que você está me perguntando! Você está maluco? Acha mesmo que menti para você e sua família inteira? Ah é claro, para a minha também? E para todos. Também acha que seria capaz de mentir? Acha que sou uma golpista? Por que se achar, é melhor pararmos por aqui!
Ele passou as mãos nos cabelo tentando se acalmar.
- Desculpa. Eu só... Não quero você falando com ele. – Tentou se aproximar de mim.
- Não. – Neguei. Eu ainda estava muito magoada pela ofensa dele. – O que você tem? Desde ontem está estressado. Não quer mais casar e está arrumado desculpa para brigarmos, porque se for isso...
- Não é isso. – Me interrompeu.
- Então o que é? Não confia em mim? Porque não posso ficar com alguém que desconfia de mim. – Meus olhos marejaram.
Droga!
- Desculpa , para de falar besteira. Eu estava com raiva.
Suspirei.
- Olha do que você me acusou de fazer! Te trair com meu ex! Que você sabe muito bem que não amo mais e ainda me perguntou se o filho é dele! Você deu pane?
Suspirou.
- Não tem nada a ver com você. Me desculpa tá? Eu amo você e o nosso filho mais que tudo, e nem pense por um minuto em me deixar. Eu só fiquei furioso e falei o que não queria quando escutei você falando com o Steven. Sabe que não gosto dele. Eu não quero que ele te tire de mim e por isso falei bosta. Também tem a tour. Quase não tenho tempo para ficar com você e isso é injusto. Você está gravida e precisa de mim. Nosso filho está a caminho e no nascimento dele eu não estarei. Estou perdendo tudo!
- Ei... Ele irá entender. Ficará feliz por saber que mesmo que o pai não estivesse no nascimento, estava fazendo algo maior, como cantar para milhões de garotas que são importantes para ele. É sua carreira e tenho certeza que ele terá orgulho de você como eu tenho.
- Eu não sei... Estou cansado de perder tudo.
- Nós daremos um jeito tá? Desde que você não esconda nada de mim e invés de guardar para si, resolvamos juntos. Nós estamos construindo uma vida juntos e para dar certo, temos que dividir tudo um com o outro.
- Eu prometo que farei isso tá? Nunca mais quero brigar com você e ah, você não vai se encontrar com aquele babaca não é?
- Eu só falei aquilo para ele me deixar em paz. Irei desmarcar. Não tenho mais nada para falar com ele, como disse. Ele é meu passado e você, o meu futuro.
Liam’s POV
Finalmente Brasil. A sensação de estar aqui é maravilhosa. Havíamos chegado no aeroporto pela madrugada e mesmo assim ele estava lotado. Hoje faríamos nosso primeiro show aqui e eu já havia ido dar uma olhada nas fãs pela janela do hotel. Eram tantas, que mal podia contar e como elas gritavam... Pena que estavam tão longe. Não sei mais ou menos a quantos metros, só sei que eram muitos.
- vocês escutaram a gritaria?
- eu acho que é meio difícil não escutar Niall. - Louis sorriu olhando da janela fechada.
- Por que não vão lá fora dá uma olhada? - os questionei.
- eu fui o primeiro a ir. Vocês precisam vê a animação delas.
- verdade Nialler. - concordei.
- Eu acho que irei mais tarde ou amanhã. - Zayn se pronunciou.
- eu estou indo para a piscina. Eu dou um “oi” para elas de lá. - Harry falou saindo do quarto.
- e você Tommo? - o olhei.
- Oi?
Ele estava bastante aéreo nas últimas semanas.
- para quem ia pegar todas, você está bem paradinho. -Horan tirou onda com a cara dele.
- Eu vou para o meu quarto. - Tomlinson se levantou saindo do quarto.
- ele ainda está preocupado com a .
- acho que ele está mais para magoado consigo mesmo. - comentei. - a me disse que a conversa dele com a não teve uma repercussão nada boa.
- eu acho que ele não poderá esperar mais dela. Vocês conhecem a .
Assenti. Malik estava certo, mas eu ainda esperava que tudo aquilo terminasse bem para todos. Era perceptível para nós que aqueles dois ainda se gostavam, porém agora ela estava de namorado e depois do acidente eu não sabia dizer como tudo ficaria. Pelo que eu soube, o cara havia fraturado uma costela e quebrado um braço, mas já estava em casa se recuperando. A tinha sido a que mais havia se acidentado (até pelo fato da mesma não ter em que se segurar, porém agora ela já passava bem é só esperava ter alta.
- Eu acho que o Louis não está disposto a deixá-la.
- Ninguém nunca está irlandês. Você esteve ao deixar a ? Mas o que se pode fazer? É só fingir que não dói e esperar que um dia não doa mais.
- Na verdade... Não. - O loiro suspirou.
- O que você está escondendo? - Zaza se desencostou da poltrona se aproximando de nosso amigo.
- Eu a encontrei no Canadá. - confessou.
- E ela? - O questionei.
- Está mais bonita que nunca. Vocês precisavam vê como está diferente. - Seus olhos brilharam ao falar dela.
- Eu não entendo Niall. É perceptível que você ainda gosta dela. Então por que está com a Peg?
Ele ficou calado por um tempo pensando.
- Eu achei que talvez merecêssemos uma chance. - explicou.
- Até aí tudo bem, mas alguma coisa mudou? Digo, se passou a sentir mais que gratidão?
Ele não respondeu.
- Quer um conselho? Esquecer uma pessoa com outra, não é a forma certa. Você tem que primeiro esquecer para poder começar a se abrir para outra. Acredite, eu sei bem disso.
- talvez vocês estejam certos. - suspirou. - eu vou para a piscina, nos vemos depois?
Assentimos.
Nialler se levantou e saiu do quarto levando uma toalha.
- hey dude, eu vou dormir. Você vai ficar aí ou...?
- Eu só vou ligar para a cara, e depois vou dormir. - informei.
Zayn se levantou da poltrona indo até sua cama e se deitando.
Fui até a minha pegando o meu celular. Disquei aquele número tão conhecido por mim e esperei que ela atendesse.
Ligação ON:
- Alô? Liam?
- Oi amor, tudo bem?
- Aham. Como foi a viagem? Como é o Brasil?
- Foi cansativo e é perfeito, mas ainda não vimos muita coisa. Hoje vamos no Cristo Redentor. O Hazza está animado e mal posso esperar para o show. Você sabe que ele fez aquela tatuagem. Ele pretende mostrar no show.
- Que a não saiba. - ela riu. - fico feliz que esteja animado, mas nada de olhar para as brasileiras! Se você fizer isso eu saberei.
Sorri.
- nem se eu quisesse.
-aham sei...
- você sabe que só olho para você
- até parece... Seimuito bem como é homem.
Revirei os olhos.
- Ô ciumenta, como estão as coisas aí?
- Para falar verdade até que estão bem. Tudo parece está seguindo nos eixos agora. A já vai ter alta em poucos dias e o bebê da vai nascer já, já. Como está o pai? Ah, sem falar na que nunca mais teve crises e eu, estou fazendo as últimas provas do semestre.
- ele está louco para voltar. Fico feliz que tudo esteja bem por aí e boa sorte com as provas.
- Obrigada. - Podia ver seu sorriso. - Ah, e você não vai tirar a roupa também, não é?!
Ri.
- Olha que não é má ideia...
-Payne! - Me repreendeu.
- Estou brincando amor. Só quem pode me vê seminu é você. Fica tranquila.
’s POV
- Obrigado por trazer essa roupa para mim . Não é muito meu forte sair com a roupa de hospital.
- Eu não sabia se iria gostar. Digamos que não sou o tipo vibe no preto.
- Tudo bem. Está ótimo assim. – Sorri agradecida. – Eu vou me trocar. Volto já.
Sai do quarto e fui ao banheiro colocar minha
roupa.Já havia recebido alta e só o que queria era estar em casa. Minha perna agora engessada dificultava um pouco as coisas. E era por exatamente isso que eu estava andando de muletas.
Sai do banheiro já encontrando a e no quarto.
- Finalmente as putas apareceram.
- Amiga não posso andar muito não. Esse garotão já vai nascer e você não imagina o quanto pesa carregar essa barriga. – me abraçou.
- Estou louca para vê meu afilhado. Quando nasce?
- Depois de amanhã. – Sorriu boba.
- E qual é a sua desculpa ?
- Eu estou em provas amiga. A vida está ralada. Fim do primeiro semestre.
- Okay vocês me convenceram. – Sorri.
- Sabe é bom te ter novamente. – comentou.
- É bom estar de volta. Desculpe por ser uma otária com vocês.
- Tudo bem, a gente supera se você pagar uma rodada de pizza hoje à noite.
- Fechou . – Fiz Hi-5 com ela.
Duas batidas na porta nos despertaram.
- Entre. – Pedi.
E a porta se abriu revelando o Jacob.
- Olá garotas. será que podemos conversar?
Assenti. Era aquilo que eu queria mais que tudo.
- Meninas vocês podem me esperar lá fora? Temos que falar a sós.
- Claro. Qualquer coisa chama. – Elas saíram.
E eu sabia bem que ficariam atrás da porta tentando escutar. Não que eu me importasse.
- Como você está? – Me questionou.
- Viva! Só terei que passar mais alguns dias com o gesso e você?
- Estou bem. Eu sinto muito pelo quer aconteceu.
- A culpa não foi sua. Acidentes acontecem.
- Não estou falando só sobre isso, mas sobre nós.
Suspirei.
- Eu acho que ficou mais que claro que não daríamos certo Jac.
- Eu sei e é por isso que estou aqui. Eu sinto de verdade pelo que te disse. Por favor, não leva a sério.
- Tudo bem, esse acidente me fez repensar muitas coisas na minha vida, e uma delas foi deixar o passado no seu devido lugar. Mas espero também que possa me perdoar. Amigos? – Sorri.
- Amigos. – Sorriu em agradecimento. - Mas já sabe, quando quiser dar um rolé na moto...
- Não duvide que eu irei te ligar até porque agora só pretendo ter meu carro de volta. Foi bom enquanto durou, mas prefiro viver mais alguns anos. – Brinquei.
Ele veio até mim e me abraçou.
- Eu te admiro acima de tudo.
– Obrigada. E eu posso passar quando para pegar minhas coisas no seu apartamento?
- Quando você quiser. Ele sempre estará aberto para você maluca.
- Não fala isso, se não vou viver lá Jacob.
- pode tratar de aparecer. Menos a noite. Sabe que eu tenho meus esquemas.
- Agora é que vou mesmo. – Brinquei.
- Eu tenho que ir. – Sorriu sem jeito.
- Obrigada pela visita.
- Obrigada pelos meses. – E saiu da mesma forma que entrou na minha vida. Sem pedir, sem avisar, sem que me desse conta. Simplesmente ele se foi.
Adeus Jacob.
’s POV
- Você só pode estar brincando comigo! Tem que ter algum erro.
- Desculpe senhorita, mas infelizmente tivemos um problema em nossas instalações e alguns de nossos alunos terão que ser transferidos para a faculdade em Londres. E estes foram selecionados os quais já moravam no país. Sinto muito não poder fazer muito mais.
Bufei me virando. Sai da sala com passadas largas. Aquilo só podia ser brincadeira!
- E ai? – Meu namorado me questionou assim que me viu.
- E ai que eu terei que voltar para Londres. Sem jeito. Pelo menos até eles resolverem os problemas das instalações.
- E não tem jeito?
- Infelizmente não.
- Quando você tem que ir?
- Ainda esta semana. Não posso perder muitas aulas. Ligarei para a minha família para avisa-los e estou indo para casa arrumar as coisas. Tenho muito o que resolver e ainda pegar a papelada aqui.
- E a gente? Como fica?
Suspirei.
- Da mesma forma. Já ouviu falar em namoro a distância?
- Você sabe que na maioria das vezes não dá certo. – Fez bico.
- É por pouco tempo e não é bem assim. Já vi gente se casar namorando a distância.
- Mas seu ex é de lá.
- E ele é ex por algum motivo, não acha?
- Tudo bem, eu deixo você ir, mas se me prometer voltar.
- Eu volto. Acredite. Ninguém melhor que eu deseja ficar aqui.
- Tudo bem então senhorita. Quer ajuda para arrumar suas coisas?
- Claro! Eu tenho muita coisa para arrumar. Se quiser chama até a Jôh. Seria de grande ajuda muita gente.
- Verdade, ela ainda está te devendo. Você foi ajuda-la na floricultura.
- Exato. Já pode ligar para a sua prima.
- Pode deixar, mas só faço isso se me prometer ficar todos os dias agarrada comigo até que vá para Londres, e também prometer que vem me visitar.
- Deus que namorado inseguro...
- Precavido.
- Aham sei...
Harry’s POV
O Brasil era mais fantástico do que jamais havia imaginado. As praias... Mesmo que não tivesse ido, pude espiar um pouco. Pelo menos o suficiente para saber que era uma terra fantástica. Porém agora lá estava eu voltando para a minha amada Londres. Pronto para conversar com a minha namorada. Acho que ela não gostou nada de saber que abaixei a calça no meio de milhões de pessoas. E isso é entendível apesar de tudo.
- Garotos apertem o cinto que já vamos decolar. – A aeromoça nos informou.
Fiz o que ela havia mandado e me acomodei em meu lugar. Fechei meus olhos e esperei relaxar enquanto Zayn parecia mais agitado que nunca.
- Cara tenta dormir. Se não vai ter um piripaque antes de vê seu filho nascer. – Louis falou.
- Eu não consegui falar com ela antes de viajar. Será que já está em trabalho de parto?
- Calma Malik, eu falei com a e a ainda está em casa. As meninas estão com ela e mesmo que as contrações tenham começado, a bolsa ainda não estourou. Ele pode nem nascer hoje. – Payne tentou o tranquilizar.
- Fica tranquilo, vai dar tempo você chegar Zaza. Você anda muito estressado ultimamente. – Horan comentou por alto.
- Zayn seu filho só vai nascer quando estiver lá. Acha que ele vai perder de vê sua cara feia? - Tentei descontrair.
- Há, há, há Styles.
(...)
Finalmente havíamos desembarcado e como o imaginado, o futuro papai tinha sido o primeiro a descer.
- Paul para a minha casa o mais rápido que puder. – Pediu.
- E tudo isso é porque não é nem ele que vai dar a luz.- Brinquei.
Paul foi o mais rápido que pode e decidimos por fim que todos focariam na nova casa do Zayn.
Descemos do carro, pedindo para o segurança de nossa confiança deixar nossas malas em casa.
- ? – Malik chamou assim que entrou.
- Ainda bem que você chegou. – apareceu com algumas bolsas na mão. – A bolsa estourou. Será que alguém pode me ajudar com as malas? E Zaza vai pegar a sua noiva lá no quarto que está meio difícil para as garotas.
Zayn não esperou mais um segundo e correu para o seu quarto. Eu e o Liam nos aproximamos da para ajuda-la com as coisas.
- Louis a chave do meu carro está no porta chaves, pega ai e abra o carro e com os meninos ajude a colocar as coisas no meu carro que eu vou ajudar lá.
Logo Lou fez o que ela pediu e saímos para ir até seu carro colocar as coisas. Assim que o fizemos olhei para a entrada e Zayn trazia a para o carro dele.
- Coloca logo ela ai e vai. Deixa que a gente leva as coisas. – gritou trancando a porta da casa.
- Calma gente! – pediu.– Eu não estou morrendo, é só um parto!
Todos a ignoraram e com poucos segundos o futuro pai levou a noiva com o carro voando.
- Está decidido. Eu nunca terei filhos. – falou se encostando na parede da casa, buscando equilíbrio.
Ela não estava mais com um gesso, invés disso, uma bota ortopédica foi colocada.
- É bom te vê assim. Como você está?
me olhou e sorriu.
E foi quando percebi que havia cortado os cabelos que agora estavam azuis e não mais roxo e azul, mesmo que suas roupas ainda tivessem com muito do aspecto rock, já era perceptível uma mudança.
- Estou bem. Não foi dessa vez. Mas acho que já devemos ir para o hospital.
- Está certa, vamos no meu carro. Só não sei se cabe todos. – comentou.
- Tudo bem, a gente se aperta. – Falei me aproximando da . – É bom te vê. – Depositei um selinho em seus lábios.
- Eu também senhor striper. – Ela esmurrou meu peitoral.
- Eu não sabia que já havia voltado . – Louis comentou andando até o carro.
- Cheguei ontem Tomlinson. – Explicou.
- Mas não vai mais voltar para o Canadá; não é mesmo?! – olhou para a amiga.
- Acho que temos coisas mais interessantes para nos preocupar hoje do que se eu volto para lá ou não.
- Eu tenho que ir no banco da frente. – gritou. – Privilégios da bota ortopédica. - Abriu a porta e se acomodou.
- Então o Louis dirige e o resto vai atrás no colo. E não me olhem assim! A tem namorado e ele não vai gostar de saber que sentou no colo de um solteiro. E o Niall também tem namorada, então não vejo nada demais. – deu de ombros. – Vão logo!
Após alguns murmúrios todos estávamos indo a caminho do hospital. Algo me dizia que aquele caminho seria tenso. Até o ponto de mal ser possível respirar.
“Quando se ama alguém, vale a pena lutar, não importa as probabilidades. - Pretty Little Liars”
’s POV
Ele era lindo, tão pequenino... E era tão parecido com o pai que parecia ter nascido dele. Os mesmos olhos cor de mel que me alucinavam, agora faziam parte da composição do meu filho.
- Aposto que a acabou de mudar a ideia de não ter filhos. – caçoou a prima.
- Nada disso. Criança é boa para brincar, visitar, mas para ter é outra conversa. É boa também para quando fizer as necessidades, devolver aos pais.
- Você vai dizer que o nosso afilhado não é um amor? Tão quietinho...
- Deixa ele crescer, . Meu irmão também era assim e agora é um peste. – comentou.
- E você, Malik, já avisou as fãs que é pai?
- Claro, Liam. Já deve estar cheio de paparazzi ai fora, loucos para conhecer o mais novo Malik.
- Se for como o pai, vai te dar trabalho quando crescer, . – Louis brincou.
- Acho que vou ter que pedir uns truques emprestados a minha sogrinha para dar conta, então. – Entrei na brincadeira.
- A conversa está boa, mas eu tenho que ir. A faculdade ainda me espera. depositou um beijo no bebê e me deu um abraço. – Cuida bem dele, mamãe. E você também, Malik. – O abraçou. – Parabéns, papai.
- Obrigado e pode deixar. Eu vou cuidar. – Meu futuro marido me olhou sorrindo.
- Alguém quer carona?
- Eu quero. Tenho que resolver algumas coisas.
- Tá. , vai querer voltar agora?
- Não, eu vou ficar mais um pouco. Qualquer coisa pego um táxi, vai lá para a sua faculdade. – Dispensou a outra que a fuzilou com o olhar.
- Vamos, Niall? Tchau para vocês. Depois eu volto, e Zayn.
- Tchau, amiga. Tchau, Nialler.
- Tchau e boa sorte com o bebê.
Saíram da sala.
- Garotos, vocês terão que me dar uma carona para casa. Acabei de fazer minha boa ação do dia e perder minha carona.
- Ela ainda tem namorado, . – a lembrou.
- Mas o Niall não. – Zayn soltou enquanto brincava com nosso filho.
O olhamos.
- Como assim? A Peg deixou eles terminarem? – indaguei.
- Conversamos com ele nos últimos dias e ele decidiu terminar. Por isso que ele foi agora para falar com ela e com a aqui, ai sim ele não vai dar pra trás. – Liam explicou.
- Glória a Deus que ele tomou juízo! Sou suspeita para falar, mas no amor e na guerra nem sempre vale de tudo e a Peggie não sabe muito bem isso. – falou.
- Talvez por isso ele estivesse calado. – Deu de ombros. – Meninos, o que acham de ligar para o Paul? Está na hora de deixarmos a nova família em paz. – comentou.
- Já entendemos a deixa. – Lou levantou as mãos em forma de rendição. – Eu ligo para o Paul lá fora.
E todos acabaram saindo com a maior baderna.
- Finalmente a sós. – Zaza me puxou para um beijo intenso, desses que fazem os dedos dos pés se dobrarem de alegria.
- Obrigada, Zayn, por me dar ele e tudo que temos. Ele é tão lindo e eu o amo.
- Claro que ele é, puxou ao pai. Só quem vai fazer sucesso com as garotas.
Bati em seu braço.
- E a sua família quando vem vê-lo?
- Amanhã estão desembarcando. Você mal pode acreditar na animação das garotas para ver o sobrinho. E a sua?
- Já estão a caminho. Mel mal pode esperar para ser a primeira Directioner a ver e pegar no filho de um dos integrantes da 1D no colo. Segundo ela, é um dos privilégios de ser irmã da futura Sra. Malik.
Ele sorriu ao me escutar dizer a última parte.
- Então quer dizer que ainda não desistiu?
- Está brincando? Não perderia essa chance por nada.
Niall’s POV
O carro se encontrava em um terrível silêncio enquanto o engarrafamento se fazia presente a nossa frente.
- Por que voltou? – Quebrei o gelo.
- Percebe-se o quanto adorou me ver. – Respondeu irônica.
E foi quando percebi que a pergunta tinha saído rude.
- Desculpe se pareceu rude, mas...
- Eu entendi. – Ela sorriu. – Foi um problema com as instalações. Eles acabaram tendo que transferir alguns alunos para a faculdade de Londres e a prioridade foram os daqui.
- Você pretende voltar para o Canadá? – A olhei.
Ela suspirou e pude perceber o quanto desconfortável estava com a pergunta.
- Eu não sei mais. – Foi sincera. – Antes sim, mas estar aqui me fez mudar de ideia. Aqui tenho minha família, amigos, conheço tudo. É a minha cidade. Lá não tenho do que reclamar, também tenho uma vida. Amigos, namorado, mas nada se compara a estar em sua cidade.
- Sei bem como é isso.
- Deve sentir a mesma coisa aqui, não é? - Me questionou.
- Mais ou menos. No começo bem que era, mas agora aqui é minha casa.
assentiu.
- Acho que acabo de perder meu primeiro horário. – Olhou o celular.
- E eu acho que estou atrasado. – Fiz o mesmo.
- Deve ser algo muito importante já que não para de receber mensagens. – Falou, se referindo ao meu celular que dava sinal de vida mais uma vez, porém que eu me recusava em olhar. – Sabe que não me incomodo de que responda. – Colocou as pernas em cima do banco.
- Tudo bem, depois eu respondo.
- Você quem sabe. – Deu de ombros. – Será que esse engarrafamento não terá fim?! – Resmungou. – Já estou com fome!
- E não tem nada de comida no carro?
Ela parou para pensar.
- Não, mas na minha bolsa tem. Fica ai olhando o transito que eu vou pegar.
Mas aquilo era pedir demais para mim enquanto ela se levantava e passava aos bancos de trás, deixando suas coxas e bunda visíveis para mim.
- Achei! – Comemorou.
voltou ao seu banco, mas quando foi se sentar, desequilibrou devido estar em pé e acabou caindo no meu colo. Nossos olhares se cruzaram e não ousamos mais desviá-los. Sem que percebêssemos, nossos rostos se tornavam cada vez mais próximos ao ponto de já poder sentir sua respiração quente em contato com a minha. Meu olhar foi desviando até a sua boca, que se encontrava entreaberta. Uma de minhas mãos escorregou para a sua nuca, a trazendo mais para mim, enquanto seu olhar me encarava com tanta intensidade que pensei que seus olhos fossem começar a ferver.
Senti seus lábios quentes e macios em contato com os meus e aquilo foi como uma explosão de saudade e desejo. Minhas mãos a prensaram contra mim, enquanto eu aprofundava nosso beijo. Era maravilhoso finalmente senti-la em contato comigo. Tanta saudade demonstrada em um só ato, mostrava o quanto de sentimento ainda havia nos dois e naquele instante eu soube que ela não havia me esquecido. Que ainda me amava.
Minhas mãos desceram pela sua cintura, a ajeitando até que ficasse a minha frente, comigo entre suas pernas, sem que a nenhum segundo cortássemos o beijo. As mãos dela foram para os meus cabelos, os bagunçando. Desci meus beijos para o seu pescoço, depositando chupões que deixariam marcas como um lembrete a todos que ela ainda voltaria a ser minha mais cedo ou mais tarde. arfou para trás com os meus toques enquanto eu voltava a beija-la, desta vez mais intensamente. A troca de contato era viciante e a necessidade que tínhamos um do outro era inacabável.
- Niall... – cortou o beijo, falando ainda ofegante pela falta de ar. – Isso... Não podia acontecer. – Tentava recuperar o ar.
- Mas aconteceu e eu quero que aconteça novamente.
Sem esperar qualquer repreensão dela, voltei a colocar nossos lábios. O que foi permitido facilmente por ela. Desta vez o beijo era intenso e quente, me fazendo agradecer que os vidros do carro fossem fumê para que ninguém nos visse.
- Eu senti tanto a sua falta... – Sussurrei em seu ouvido. – Dos seus beijos. – A beijei. – Das caricias. – Desci minha mão por sua coxa, fazendo um carinho. – Do seu perfume. – Cheirei seu pescoço. – De tudo. – Mordi o lóbulo de sua orelha.
- E por que não foi atrás de mim? – Mordeu os lábios, aproveitando as sensações que a causava.
- Não podia ficar entre o seu sonho. Além do que, achei melhor te dar um tempo para absorver tudo.
- Que escolha idiota, Horan... – Sussurrou.
desceu as mãos até minha camisa, passando a mãos pelo meu abdômen. Estremeci ao senti-la arranhar aquela região. Voltei a beijar seu pescoço e ela mordeu o lábio inferior.
O toque do meu celular começou a ressonar e eu odiei a pessoa que me ligava naquele instante.
se afastou de mim como se tivesse acabado de acordar de um transe. Se levantou de meu colo e voltou ao seu banco e eu odiei mais ainda (se era possível) quem me ligava.
Peguei meu celular vendo quem era. Peg. A xinguei mais que tudo. E foi dai que tudo fez sentido. Mais uma vez ela atrapalhava algo entre mim e a e mais uma vez preferia a minha ex.
Definitivamente, o rumo que a minha vida havia tomado não era a que eu queria. Mas não era tarde demais para mudar. Não mesmo. E eu estava decidido em fazer o que fosse preciso.
Olhei a que ajeitava o cabelo e não ousava desviar o olhar para mim.
- ... – A chamei.
Ela olhou para mim receosa.
- Niall, o que a gente viveu faz parte do passado. A gente tem novas pessoas na nossa vida e não é justo com elas fazer isso. Deixa as coisas como estão que vai ser melhor.
- nunca se é tarde para mudar. Fodam-se elas! E a gente?
- Nialler, você me destruiu uma vez para ficar logo em seguida com a puta da sua namorada! Agora me deixa em paz! Vai viver com ela e ponto que eu estou muito feliz com o Ian.
- Tão feliz que não quer voltar para o Canadá. – Ela enrijeceu o maxilar. – O ama?
Ela não respondeu.
- Mas a mim sim. Se não, não teria me beijado como há pouco. Eu não vou fingir que nada aconteceu, eu vou fazer de tudo para te ter de volta.
- Batalha perdida.
- Se eu fosse você, não teria tanta certeza assim.
’s POV
Desci da cadeira com a caixa em mãos. Era hora de me livrar daquilo. Eu havia tomado uma escolha e decidira que era hora de esquecer os problemas e focar no futuro, vivendo intensamente o agora. E era por isso que sem pensar duas vezes eu estava me livrando daquilo. Do passado.
Não me dei ao trabalho de abrir a caixa. Se o fizesse poderia desistir. E aquilo era algo que não queria.
O soar da campainha me fez acordar de meus devaneios. Bufei. Odiava descer a escada com aquela bota.
Sai do quarto levando a caixa comigo. Aproveitaria para dar um fim naquilo. Desci as escadas e depois de mil anos estava na frente da porta. A abri e imediatamente paralisei surpresa.
- O que faz aqui?
- Fiquei responsável por te levar. – O sorriso em seus lábios ainda era o meu preferido.
- A mora ai ao lado. Eu poderia muito bem ir com ela. E segundo, para onde querem me sequestrar?
- Primeiro, a está lá em casa e segundo, vamos passar o fim de semana na chácara da família Payne.
- Vamos? Só eu que não sabia disso?
- Por isso que eu estou aqui. Não vai me convidar para entrar?
- Não que eu queira, mas mamãe me educou bem. – Dei passagem. – Me espera aqui em baixo e está vendo essa caixa? – O entreguei. – Faça bom proveito.
Ele abriu a caixa enquanto eu voltava para o pé da escada.
- Isso era para ficar com você.
- Por que eu ficaria com isso? Para me lembrar de você? Não, obrigada.
- ...
- Sem essa, Lou. Eu estou tentando esquecer o passado, vivendo o agora, pensando no futuro. Se guardasse isso, jamais conseguiria te perdoar, estou fazendo isso porque com essa caixa, vai toda a magoa do passado. Agora para de fazer drama e me ajuda a subir.
Tomlinson colocou a caixa no sofá e veio até mim, me pegando no colo.
- Louis! Assim não! Tomlinson! – Eu reclamava enquanto ele me levava no braço.
- E achou que eu te levaria de qual outra forma?
Bufei.
- Me coloca no chão! – Pedi assim que subimos a escada, mas ele fingiu não me escutar e me levou até o meu quarto, me jogando na cama e caindo por cima de mim.
- Idiota, sai de cima de mim!
- Pelo menos você não me odeia tanto ao ponto de não conseguir sequer olhar para mim.
- Se ao menos eu pudesse te odiar... Sabe, eu não posso odiar quem salvou a minha vida. Minha mãe me contou. Obrigada.
- Você não tem que agradecer algo que eu faria sem piscar.
- Eu queria te odiar, sabia? – Esmurrei seu peitoral.
- Por quê?
- Porque você é um idiota que só fez merda na minha vida, mas que insiste em continuar em minha mente. E quem eu estou louca para beijar, mas sei que vou me arrepender. Por que você faz coisas erradas e certas logo em seguida?
- Todos merecem uma segunda chance.
- Só se não existir nenhuma Eleanor em nossas vidas.
- Isso significa que me perdoa?
- Não. – Aproximei os lábios do seu rosto.
- Então o que significa?
- Cala a boca e me beija logo!
Ele sorriu da forma mais cafajeste que pode, aproximando nossos lábios. Eu bem sabia que aquele pedido não tinha sido nada menos que impulsivo. Sabia que depois poderia me arrepender, mas esta havia feito uma escolha que era esquecer o passado e era isso que ela estava fazendo. Que eu gostava dele isso não duvidava. Então talvez pudesse dar uma segunda chance a nós dois. Não para seguir e ser a mesma coisa. Desta vez seria completamente diferente, porque eu não era mais a mesma e ele também não. Se dessa vez não desse certo, nunca mais daria e talvez eu estivesse mais que disposta a tentar.
Ele se abaixou e encostou a boca na minha. Aliás, encostou muitas partes dele em mim, para falar a verdade. Diversos pontos estratégicos do nosso corpo estavam juntos, e precisei de muita força de vontade para me afastar.
- Eu estou tentando fazer tudo do zero. Não cometa o mesmo erro novamente.
- Eu não vou.
Liam’s POV
- Faltam só o Louis e a . – informou.
- Será que não é cedo demais para ele sair de casa? Ele é tão pequenino...
- a festa é para comemorar o nascimento dele e você não quer leva-lo? – Zayn a abraçou.
- Relaxa, mamãe coruja, ele vai ficar bem. Além do que, a doutora liberou. Qual é, , como nos velhos tempos. – tentou convencer a amiga.
- Tudo bem. Então vamos logo antes que desista.
- Certo. Vocês vão com a gente e o Niall e a vão com o Harry e a . O Louis vai com a da casa dela. – Separei tudo.
Com pouco tempo depois todos já estavam dentro de seus veículos indo em direção à chácara da minha família. Havíamos resolvido passar um fim de semana lá para comemorarmos o nascimento do Austin e claro, havia sido um pequeno plano das garotas para unirem a turma. Como nos velhos tempos.
(...)
Descemos do carro percebendo que o Lou e a ainda não haviam chegado.
- Vamos logo colocar essas coisas para dentro. – Harry pediu.
Peguei algumas malas e abri a casa que estava completamente limpa. Eu havia pedido para alguém limpar antes que viéssemos.
- você dorme com a em um dos quartos. – informou a amiga.
- Ou dorme com o Niall se quiser. – sorriu para a amiga que deu a língua.
- Muito engraçadinha você amiga. – respondeu subindo as escadas.
Em poucos minutos todos já haviam subido e estavam arrumando suas coisas.
- Será que podemos ir à casa da sua avó quando terminar aqui? – me questionou.
- Podemos, mas por que quer ir para lá? – Me joguei na cama.
- Folgado vai guardar suas coisas! – me reprendeu. – Eu gosto de lá. Foi onde demos nosso primeiro beijo, mesmo que tenha sido por um motivo fútil.
Me sentei na cama e a puxei para mim.
- Então podemos ir e não pensa assim, não foi nada fútil e você só estava confusa. Nada disso importa mais. Sabe que ela gostaria muito de te conhecer?
- Sério? Eu também gostaria de a ter conhecido. Ela foi muito importante para você não foi?
- Você sabe bem da história.
Ela sorriu.
- Apesar de tudo, aqui me trás boas lembranças.
- Se quiser quando casarmos, você pode passar todos os fins de semana aqui.
- Está me pedindo em casamento?
- Não agora... Só se quiser.
Ela riu.
- Ainda somos jovens, teremos todo o tempo do mundo.
- E eu quero gastar todo ele com você.
- Já te disseram que você é fofo?
- Por isso que as fãs me chamam de Daddy Direction.
- Okay, Daddy. Agora vou te chamar assim também. O que acha?
Dei de ombros.
- É estranho saindo da sua boca.
- Talvez um pouco. – Depositou um selinho em meus lábios. – Agora levanta dai e arruma as suas coisas.
- Arruma para mim?
- Sou sua namorada, não empregada. Eu te ajudo. É o máximo que faço.
- Moça difícil. – Me levantei.
- Você já deveria saber o quanto. Se quer passar a vida toda com ela, se acostuma.
- Vale a pena. Terei muito tempo para me acostumar.
’s POV
Depois do meu beijo com Niall não paro de pensar um só segundo nele. Eu não fiz o que fiz para esquecê-lo pra terminar assim. Pense que não. Horan e eu já tínhamos tentado muitas vezes, se não deu certo é seguir em frente e fim de conversa, além do mais, não faria isso com o Ian que sempre me ajudou. Não, não o faria. Não podia fazer. E por que meu corpo gritava dizendo que eu podia quando estava com ele? O desejo era imenso e eu me encontrava tremendamente vulnerável ao seu contato. Nem ao menos a ideia de voltar para o Canadá me agradava mais. Não queria nem mais fugir dele! Tudo em meu corpo parecia me trair e mesmo eu achando que fugir seria o certo, só seria mais uma forma de me enganar novamente achando que havia esquecido o homem que amava quando não o tinha feito.
Meu celular tocou me acordando de meus devaneios. O peguei vendo quem era. Ian. Suspirei pesado tentando acalmar todas as células do meu corpo. Eu teria que contar a ele e sabia que se tivesse que acabar, acabaria. Não posso prender o Ian a quem não o ama. Não era justo com ele.
Ligação ON:
- Alô?
- Oi amor, como vão as coisas?
- Ainda estou na chácara.
- Ai está divertido?
- Aham. – Hesitei. – Eu tenho que te falar uma coisa.
- Aconteceu algo?
- Só me escuta. – Dei uma pausa. – Eu acho que não vou mais pedir a transferência para o Canadá. Aqui está minha família, meus amigos...
- Seu ex... achei que você tinha ido pra resolver isso.
- Eu sei, mas...
- E eu? E a gente? Sua vida aqui?
- Eu sei. – Respirei. – Ian...
- Você quer voltar pra ele não é? – Perguntou seco.
- A gente se beijou. – Joguei na lata.
O silencio se fez na linha.
- Desculpa tá? Foi só uma vez e...
- Eu sabia que isso iria acontecer mais sedo ou mais tarde. – Era perceptível que ele tentava controlar a raiva dentro de si. – Você sempre foi sincera comigo, mas eu achei que já o tivesse esquecido.
- Eu também. Me enganei. Sinto muito. – Meus olhos marejaram.
- Você não tem culpa, eu que esperei demais de alguém que já amava outro. – Suspirou. – Quer um conselho? Do seu amigo? Se o ama como eu sei que sim, fica com ele. Converse com ele e se resolve. você o ama de verdade, eu passei meses com você e sei bem disso.
Abaixei a cabeça.
- Eu queria tanto ter te amado... - Escutei a porta se abrir e quando me virei encontrei o Niall que paralisou me olhando.
- Eu também, mas seu coração já estava ocupado por outro. Eu não o podia ter mais – Lamentou.
- Eu sinto muito. – Meu tom de voz agora tinha diminuído, enquanto eu observava o Nialler me olhando e sem notar, senti uma lágrima solitária descer pela minha face.
Eu a limpei.
Ele suspirou.
- Eu também, mas já que é assim, espero que possamos ser amigos.
- Claro! Me perdoa?
- Você não tem culpa, apesar de ter. Eu que me enganei demais. Na verdade eu sabia disso desde o começo. Só me iludi. – Mordi o lábio me sentindo culpada. – Vai fazer o que te disse?
- O quê?
- Ficar com ele.
- Eu não sei... – Fui sincera.
- não é todo mundo que ama e é correspondido. Acredite, se eu tivesse sua chance não desperdiçaria.
- Como sabe que ele me ama? – Corei olhando o homem a minha frente.
- Ele seria um idiota se não a amasse. – Sorri. – Vai atrás dele, antes que o perca de vez. Agora eu vou desligar. Seja feliz.
- Obrigada e desculpe. – Desliguei.
Ligação OFF:
Ainda estava surpresa com aquilo tudo. O Ian era mesmo o melhor homem de todo o mundo, pena que eu não pude o amar. Só esperava que ele encontrasse alguém que o correspondesse de verdade.
- Eu vim pegar alguns copos. – Niall falou enquanto ia até a dispensa.
Não o respondi, só guardei meu celular.
- ? – Levantei o olhar. – Licença. – Horan pediu e eu me afastei da pia, pronta para sair da cozinha. –Eu escutei um pouco da sua conversa e...
- Era o Ian.
- Contou a ele?– Ele parou de lavar os copos e me olhou.
- Contei. Sabe o que ele falou para mim?- Falei me virando. – Disse que era para mim ficar com você. Se ele soubesse que você namora uma piranha...
Enquanto virava para sair dali, senti minha mão sendo puxada de uma só vez pela mão do loirinho, que estava molhada. Ele havia me puxado com tanta força que nossos corpos se chocaram.
Tentei me soltar, mas ele segurou minha outra mão, nos fazendo continuar frente a frente.
- O que pensa que está fazendo? – Perguntei surpresa.
- Eu não estou mais namorando a “piranha”. – Fez aspas.
- Não?
Ele negou.
- E o que eu tenho a ver com isso? – Me soltei. – Eu não disse que escutaria meu ex.
- E eu não disse que desistiria de você. Principalmente agora.
Harry’s POV
- Você prometeu! – se fez de emburrada.
- E como queria que te levasse se estamos aqui?
- Quando chegarmos!
- Eu já disse que te levo.
- Você falou “quando eu voltar do Brasil.”! – Imitou a minha voz.
- E eu vou.
- E cortar os cabelos?
- Não basta ter mudado o meu guarda roupa?
Ela sorriu.
- Não! Quando nós vamos?
- Vê minha mãe ou cortar os cabelos?
- Os dois!
- Mãe próximo fim de semana que você não tem faculdade. E cabelo próxima semana. Feliz?
- Muito. – Beijou minha bochecha.
- Beijo ai não vale. Não acha que mereço mais?
- Não. – Ela riu.
- ... – Resmunguei.
Ela se aproximou de mim depositando um selinho demorado em meus lábios.
- Assim está bom?
- Esperava por mais.
Ela sorriu.
- Eu vou me trocar. – Falou saindo do quarto e indo para o banheiro.
Me levantei da cama indo até a mala procurando meu calção de banho.
Assim que o peguei o vesti e fiquei deitado na cama esperando minha namorada. Depois de uns 10 minutos ela finalmente apareceu.
- Por que mulher demora tanto?
- Porque para ficar essa perfeição toda demora querido. – Passou a mão pelo corpo me mostrando.
Analisei seu corpo por inteiro e ela não mentia em seus atributos.
- O que acha de irmos logo antes que eu desista e decida passar o resto do dia aqui com você?
- É uma boa ideia. – Falou saindo do quarto. – Vamos?
A segui e descemos do quarto para a sozinha onde estavam alguns de nossos amigos.
- Estamos indo para a piscina. Alguém mais vai? – Questionei a todos.
- Foi mal, vou colocar o Austin para dormir agora. – falou saindo da cozinha.
- Não dá com essa bota. – resmungou.
- Eu vou! – puxou o Liam. – Vamos?
Ele assentiu.
- Esperamos vocês na piscina. – Informei.
Saímos para a área de lazer.
- Harry passa em mim? – me pediu me entregando o protetor.
- Você demorou esse tempo todo e não passou?
- Achei que iria querer passar, mas já que não... – Tomou de minhas mãos.
- Nada disso amor. Senta ai... – Me sentei atrás dela, aproximando minha boca de seu ouvido. – Sabe que vou me aproveitar não é? – Sussurrei.
- Tarado.
- Sabe que sim.
Louis’ POV
A puxei pelo braço para dentro do quarto e tranquei a porta.
- O que acha que está fazendo?
- Algo que quis fazer durante o dia todo. – Colei nossos corpos. – Por que não dorme aqui?
- Porque tenho que dormir com a .
- O Niall dorme com ela. Ele me pediu para falar com você e deixar o quarto para os dois. Ele quer se resolver com ela.
- Minha prima vai me matar, mas topo. – Entrelaçou seus braços em meu pescoço. – Onde paramos lá em casa?
Sorri a puxando mais para mim. Aproximei nossos lábios e depositei um beijo carinhoso e terno em seus lábios.
- Eu adoro te ter em meus braços.
- E você nunca mais vai deixar de ter se não fizer mais burrada.
- Pode deixar. Acho que quase te perder me fez perceber tanta coisa...
- Somos dois.
- Eu tenho um presente para te dar. Aquele que ainda não havia entregado depois da tour.
- Aquele que você me fez esperar mais de quatro meses?
- Por ai...
- Tudo bem, o que é?
- Fecha os olhos. – Me soltei dela.
Ela revirou os olhos e os fechou.
Fui até minha bolsa pegando uma caixinha de veludo.
- Pode abrir. – Ela os abriu e encarou a caixinha em minha frente. – É seu.
Ela pegou a caixa de minhas mãos e a abriu com cautela, contemplando a pulseira com diversos pingentes.
- São lugares que sei que amaria estar. Quero que visitemos todos eles juntos. E pode acrescentar mais quando visitarmos mais.
Ela sorriu me abraçando.
- Obrigado. Eu amei! – Depositou um selinho em meus lábios. – Mas sabe que isso terá que esperar um pouco não é? Tenho que tirar a merda dessa bota e começarei finalmente a minha faculdade próxima semana.
- Eu sei, mas espero o tempo necessário por você. E também, não vamos apressar as coisas, temos todo o tempo do mundo para conhecer esses lugares.
- Se continuar assim Tomlinson, eu me apaixonarei novamente por você.
- E você deixou de estar?
mordeu o lábio negando.
- Eu te amo sabia? – A puxei pela cintura.
- Agora eu não tenho mais dúvida quanto a isso. Só lamento termos passado por tudo aquilo para não nos perdermos.
- Acho que foi preciso para sabermos nosso valor.
- Talvez. – Deu de ombros. – Coloca em mim? – Me entregou a pulseira.
Peguei o objeto de suas mãos e o coloquei em seu pulso.
- Pronto. Combinou com você.
- É impossível eu não ficar bonita com qualquer coisa Louis, achei que já tivesse notado.
- Convencida...
- Se eu não me achar, quem vai? – Piscou para mim se soltando e deitando na cama.
Fui atrás dela e me deitei ao seu lado a puxando para meus braços.
- Deus que homem mais possessivo.
Ignorei sua frase.
- Eles já sabem? – Beijei o topo da sua cabeça.
- Não sei. – Deu de ombros. – De qualquer forma amanhã perceberão.
- Quer dizer que me perdoa?
- Não tem mais o que perdoar. Quando jogou aquela caixa tudo foi embora.
- Então foi a melhor coisa que fiz em minha vida. Quem diria que eu poderia tanto amar uma caixa.
- Idiota.
- Seu idiota.
fechou os olhos sorrindo e suas feições foram as ultimas coisas que vi antes de cair no sono.
’s POV
Fui até a cozinha percebendo que era o único local com as luzes acessas quando o resto da casa estava com todas apagadas. Já era madrugada e infelizmente o silencio reinava na casa inteira. Minha garganta ainda se encontrava seca, era esse o motivo que me fizera levantar a tal hora.
- Niall? – O questionei assim que cheguei ao meu destino e o vi bebendo um copo de água. – O que faz acordado?
- Acho que estou bebendo água. E você?
Revirei os olhos.
- Água. – Tomei a garrafa de sua mão. - Hum... A está com o Louis não é?
- Está. – Bocejou. – Acho que voltaram.
- Que bom. – Tomei a minha água.
Me encostei na pia e comecei a encara-lo. Ele se encontrava sem camisa, e aquilo fez meu corpo se arrepiar por inteiro. Abaixei o olhar, percebendo que ele me encarava.
- O que foi? – O questionei tendo a certeza de que estava vermelha por ter sido pega no ato.
- Nada. – Sabia que o sorriso presunçoso estava em seus lábios.
- Eu vou indo. – Me afastei da pia.
Nialler foi mais rápido do que eu e me puxou pela cintura para si.
- Não é a primeira vez que faz isso hoje. – O provoquei.
- E nem será a última, acredite. – Aproximou seus lábios dos meus.
- Não! – Pedi.
- Por quê? Se tiver um argumento bom...
Tudo bem, aquilo eu não tinha mesmo. Nem sabia o porquê de estar me retraindo tanto!
- Eu não... – Tentei. – Que se foda.
Niall me puxou mais para si e seus lábios amassaram os meus. Seu beijo era urgente, veroz, com pegada. Ele pediu passagem para aprofundar o beijo e eu cedi. Horan passava suas mãos pelas minhas costas descendo até minhas coxas, as puxando pra cima.
Me impulsionei passando minhas pernas por seu quadril entrelaçando-as. Ele me segurou e me colocou sentada na pia. Eu arranhando sua nuca com força e ele descendo seus beijos para meu pescoço.
Nosso beijo havia sido diferente de todas as outras vezes. Niall parecia desesperado pelos meus lábios, assim como eu pelos seus. Quanto tempo havia passado sentindo falta de nossas caricias, seu cheiro, de seu corpo colado ao meu, de seus lábios... Não nos importávamos se alguém veria, havíamos nos prendido em um mundo só nosso. O importante era que estávamos matando nossa saudade.
Mas o beijo não durou para sempre. Logo a falta de ar era presente e tivemos que corta-lo para recuperar o folego. Abri meus olhos relutante, encontrado seu sorriso maravilhoso.
- Deus Niall...
- Para de se retrair. Por que nega tanto isso? Eu te amo . - Nialler se aproximou novamente me dando dois selinhos, que não deixei se aprofundarem.
- Foi a Peggie que te agarrou e armou tudo naquele dia não foi?
Ele assentiu.
- Eu avisei a você! Eu odeio aquela garota!
- Calma, eu agora vejo tudo com mais clareza. Me perdoa tá? Não vai mais acontecer, ela saiu das nossas vidas, agora para sempre. Eu não vou te deixar ir mais uma vez. Não depois de ter te deixado escapar milhões de vezes.
Suspirei.
- Uma ultima chance? – Me pediu.
Sorri.
- Se a desperdiçar...
- Desta vez eu não vou.
Ele colou nossos corpos mais uma vez e depositou um beijo em meus lábios. Mas diferente do outro era cheio de ternura, paixão, amor. Um beijo calmo e singelo, que logo foi aprofundado.
Era maravilhoso poder me entregar a ele mais uma vez, ser completamente sua. Eu tinha que admitir, apesar de tudo ele era o homem errado para mim, sim, errado. Depois de tanto tempo finalmente pude perceber que essa história de homem certo nunca existiu. A gente nunca ama o “homem certo” então fiquemos com o errado. Quem sabe uma hora não se torna certo?
Nialler me pegou no colo e me levou até o quarto onde eu estava enquanto não separávamos nossas bocas por um só instante. Ele me deitou na cama e me olhou por completa. Seu olhar era carregado de amor e felicidade. Voltei a unir nossos lábios o sentindo encostar seu corpo com o meu. Horan desceu uma de suas mãos até a barra da minha camisola a tirado de meu corpo. Eu o olhei mordendo meus lábios, enquanto o via descer sua calça de moletom. Um arrepio percorreu o meu corpo e mesmo com o nervosismo me atingindo, desta vez eu sabia que era o momento certo, apesar de ser com o meu cara errado.
Tinha que concordar com os clichês. Aquela noite foi maravilhosa. De entrega e de paixão. Eu jamais havia me sentido tão completa e entregue. Jamais havia sentido alguém tão presente e exposto a mim. Aquele ato a pouco feito não era com tudo só o começo de algo novo, sim pois o passado dali já não faria mais parte, mais sim o renascimento de duas pessoas e de um amor, que quase se perdera, mas que depois de hoje está mais vivo que nunca para ambos que se encontravam abraçados, um sentindo a respiração do outro enquanto o sono nos rodeava.
’s POV
Acordei sentindo os lábios do meu namorado depositarem beijos pelo meu rosto.
- Nossa como é bom acordar assim...
Ele sorriu.
- Pronta para se levantar? Tem um café maravilhoso esperando por nós dois.
E foi ai que me dei conta da bandeja ao meu lado.
- Foi você que fez tudo isso? – Perguntei surpresa.
- Não, eu só roubei da mesa do café.
- Liam! – Bati em seu braço.
- Estou brincando. Se senta logo para comer.
Me sentei enquanto amarrava o cabelo em um coque mal feito.
- Nossa que café farto... Não sabia que cozinhava tudo isso. – Falei pegando um pedaço da baguete recheada. – Sem falar que está uma delicia! Agora que descobri que cozinha tão bem Payne, nunca mais vou cozinhar.
- Se eu fosse você não contava com isso.
- O que quer dizer com isso? – Tomei um gole de suco. – Vem come comigo.
Ele se aproximou se servindo.
- Acha que só eu vou servir de empregado para você?
- Mas amor... Você cozinha tão bem...
- Aproveitadora. – Mordeu um pedaço do waffles.
- Eu te amo. – Depositei um selinho em seus lábios. – Agora vai servir de cozinheiro para mim?
Liam me olhou feio.
Comecei a gargalhar.
- A gente divide a cozinha. Tudo bem para você?
- Assim está melhor.
Sorri.
- Eu vou me trocar para descermos. – Sai da cama. Obrigada pelo café e se quiser pode terminar. Estou cheia. – Falei indo até a minha mala onde peguei minhas roupas. – Já volto.
Fu até o banheiro onde tomei um banho bem quente e me troquei colocando uma
roupa costumeira. Me olhei no espelho e fiz uma maquiagem bem básica. Com poucos minutos (pelo menos para mim) já estava pronta.
Sai do banheiro e Liam estava deitado na cama.
- Vamos preguiçoso?
- Quem acabou de acordar foi você e eu sou o preguiçoso?
Dei a língua para ele e descemos as escadas até a sala onde todos estavam. Impressionantemente o local estava tão love que me assustei.
- Hey povo... – Falei me sentando com o meu namorado ao meu lado.
- Bom dia. – Payne cumprimentou todos.
Todos nos cumprimentaram. E foi quando percebi que só faltava a e o Niall.
- Cadê a ,? Ainda está dormindo?
- Deve estar . – Deu de ombros.
A olhei e foi quando percebi que estava nos braços do Louis. Então eles haviam voltado? Aquilo era maravilhoso. Será que... Era querer demais produção?
Zayn’s POV
Estávamos todos na sala. Ou quase todos. A conversa fluía normalmente, enquanto as meninas não deixavam o meu filho em paz.
- Está tudo muito bom, mas será que vocês podem deixar o filho com o pai dele um segundo? – Pedi.
- Você vai ter ele para a vida toda Malik. - negou.
- Liam dá logo um filho para a sua namorada para ela deixar o meu em paz, por favor.
- Se ela quiser... – Payne brincou.
- E eu achando que a iria ser mãe coruja... – me entregou meu filho.
- Você não sabe de nada . Fico imaginando se fosse uma menina. – Minha futura mulher apareceu da cozinha com uma mamadeira em mãos.
Naquele instante pude contempla-la. Era impressionante como seu corpo havia voltado ao normal depois de ter nosso filho. Ela estava mais linda que nunca e parecia mais radiante do que em qualquer dia, principalmente com aquela
roupa que a valorizava tão bem.
- Já planejam ter outro quando ? Assim a gente pode dividir.
- Se eu for ter um para cada uma de vocês, vou ser uma maquina de ter filhos. Obrigada, mas vamos parar por enquanto só em um mesmo. – Sentou ao meu lado me entregando a mamadeira.
Ajeitei o Austin e coloquei a mamadeira em sua boca. Ele estava faminto. Como sempre. Depois de alguns dias com ele, havia me acostumado completamente com a ideia de fazer tudo que um pai faz para um filho e olha que não era aquele bicho de sete cabeças que imaginei.
- E quando vocês vão ter filhos para brincar com o Austin? – Questionei as garotas.
- Nem sonha com isso. – levantou as mãos.
- Não conte com isso agora Malik. – abraçou o namorado.
- Harry não pensa em ser pai nem tão cedo, não é amor? – olhou para o namorado.
- Depois de três ou quatro anos... – Hazza respondeu.
Todos riram.
Logo a risada foi interrompida por um silencio repentino com a chegada do casal que faltava.
- Do que estavam rindo? – nos questionou.
- Acho que eles já estavam providenciando seu amiguinho Austin. – Louis brincou.
corou.
- Acho que só um bebê por vez está bom Tomlinon. – Horan abraçou a garota a sua frente.
- É Austin, acho que vai ter que esperar mais um pouco... – Liam brincou.
- O café está na mesa se estiverem com fome. – os avisou.
- Claro que estão . – Sorri malicioso.
- Tive uma ideia! Por que não vão para a piscina e deixam a casa só pra nós dois? Queremos fazer algo novo. – brincou.
- Mais já jovem? – Lou entrou na brincadeira.
– Deixa eles, Tomlinson. – repreendeu o namorado.
Ele a abraçou e beijou seu rosto.
se aninhou em mim.
- Como nos velhos tempos. – Sussurrou em meu ouvido.
’s POV
A noite caia e o frio se fazia presente em toda a extensão da casa. Havíamos decidido passar o dia todo na casa e optamos pela noite assistirmos a alguns filmes. Era bom termos todos ali. Fazia tanto tempo que não nos reuníamos mais...
- Coloca logo esse filme Harry! – Louis reclamou.
- Eu já disse que Hazza não escolhe filmes bons. – Opinei.
- É bem eu... – Haroldo protestou.
- Calem a boca de vocês dois! – resmungou.
Logo Austin começou a chorar.
- Esperem um minuto, tenho que buscar a mamadeira dele. – falou se levantando.
- seja rápida. – Zayn pediu.
- Já estou voltando!
- Pausa logo o filme. – Niall pediu.
- Que cheiro é esse? – Liam questionou.
- A pipoca! – se levantou correndo.
- Você deixou a pipoca queimar? – foi atrás de nossa amiga.
- Fala sério... – Me deitei frustrada.
Harry começou a rir e se deitou do meu lado.
- Do que está rindo? Ficou maluco?
Ele sorriu.
- Não é bom?
- O que?
- Tudo ser assim.
- Uma bagunça?
- Natural. – Explicou. – Olha só pra gente. Quem diria que nos tornaríamos tudo isso hoje.
- Verdade. Que eu me lembre eu te odiava.
- Aquilo era amor embutido.
- Sonha Styles...
- Mas é sério... Um dia no estacionamento de um shopping e agora aqui.
- Não pensei que a parte filosofa do grupo seria sua. Definitivamente não. – Comecei a rir e ele me olhou com cara feia.
- Do que o casal vinte ri tanto? – voltou com a pipoca em mãos.
- Mais não estava queimada? – Questionei.
- Conseguimos salvar essa parte. – respondeu.
- Coloca o filme logo. – Niall pediu enquanto a se deitava encostando a cabeça em seu ombro.
- Fica todo mundo em silencio agora. – pediu.
E antes que a tela ficasse completamente preta após o termino do filme horas depois, eu olhei para cada um naquela sala. Não era que o Harry estava mesmo certo?! Quem poderia imaginar tudo aquilo? Eu definitivamente não, como tinha a certeza que nenhum ali.
Muitas vezes fazemos planos. Estes que não se realizam ou que não chegam nem perto. Uns conseguimos e o mérito é todo nosso, mas aqueles que jamais imaginávamos aparecer em nossas vidas são os melhores. Os mais surpreendentes. Os mais importantes. Os únicos.
Sentados naquela varanda, com o vento fazendo as folhasbalançarem, o grupo de amigos ali presentes mal conseguia acreditar que seria possível depois de cinco anos, terem mantido contato.
Juntos em meio à tempestade de começo de inverno que parecia se formar, estavam alheios ao seu redor enquanto conversavam sobre suas próprias vidas.
Era mais que evidente na voz de todos a incredibilidade de ainda parecerem com a idade que haviam se conhecido. Era como se nenhum minuto estivesse passado desde então e, eles estivessem naquela tarde de autógrafos, ou só indo no shopping. Como se as coisas ruins (que haviam deixado para trás) e as boas, (que lembrariam para sempre) jamais tivessem ousado acontecer.
A vida de todos ali tinham tomado rumos que naquela época não era pensado ou alcançado.
havia se formado em biologia marinha e vivia viajando pelos diversos locais do mundo, conciliando isso ao seu namoro com o Harry que estava mais sério que nunca. Principalmente agora que os trigêmeos estavam a caminho. havia se formado em dança e exercia sua profissão como a melhor bailarina do mundo. O que a deixava sem muito tempo para organizar as coisas do seu casamento com o Liam. Mas como era mulher, daria um jeito. que vivia brigando e voltando com o Louis, demonstrando o amor que existia um pelo outro, havia virado estilista e a mais procurada no mundo. Sua agenda fazia muito tempo que estava cheia trabalhando para a melhor revista de moda do mundo com , que tinha conseguido seguir seu sonho de fotografa e mantinha a vida agitada, tentando se esquivar dos pedidos de casamento do Niall. Não que ela não o amasse, ela ainda o amava mais que tudo, mas casamento? havia finalmente se casado com o Zayn, e juntos criavam seu lindo menino, enquanto ainda arrumava tempo para exercer seu diploma de direito.
E é claro... One Direction que para a alegria geral das fãs, continuavam juntos (mesmo que não fossem mais todos da banda) e estavam planejando lançar mais um CD que claramente faria sucesso. Mesmo o tempo tendo passado essa banda ainda deixava claro o seu valor e fazia as Directioners estremecerem com suas músicas. Mesmo que o Malik já não fizesse parte do quinteto, a 1D continuava ali firme e forte pelas suas garota.
Os amigos riram de mais uma das piadas do Lou, enquanto as meninas se entreolhavam pensando na mesma coisa.
Depois de anos elas finalmente haviam percebido algo que se encontravam alheias. Não só elas, os garotos também, mesmo que não deixassem transparecer. Eles são meninos e não ligavam muito para essas coisas, mas com elas era diferente. Claro que sim.
O que várias delas pareciam não acreditar, como qualquer garota ou mulher, nunca pareceu ser uma mentira tão grande e absurda. Elas haviam provado disso e aquele momento denunciava que agora entendiam o porquê.
Muitas vezes a pergunta sobre o que de verdade vale a pena nos atormenta e coisas tão importantes já não se tornam mais as mesmas. Um furacão nos preenche por inteiro e um rastro de destruição, ou desorganização deixa tudo dentro de si confuso.
Mas não se tratava de não saber o que é o certo, ter sorte no amor, saber jogar, seguir um mesmo rumo. Nada disso. Existe momentos de jogarmos tudo para o ar e começarmos do zero. Se valerá a pena, só o tempo dirá. Se arriscar foi à verdadeira fórmula para a felicidade delas. Mas por que ter tanto medo?
Porque o incerto é mais desconhecido do que o certo. E o que nos garante que o certo será bom? E o que nos garante que o incerto será bom? Se permita. Sinta. Tente. Faça valer a pena e se for um erro, recomeça. A vida é feita de escolhas, e se você escolher qualquer uma que seja aproveite.
Agora elas entendiam que não existia mais sorte. Não. Se existia se permitir e elas haviam feito isso. E você? Já se deixou permitir?
Fim.