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Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Hogwarts — verão de 1978


Finalmente, depois de um período exaustivo prestando os NIEMs, havia chegado o período da formatura. Andar pelos corredores de Hogwarts tinha ganhado outro sentido agora. O grupo de amigos que vivia pregando peças e correndo por esses corredores agora já os olhavam de forma saudosa, eram seus últimos dias ali, afinal.
James corria apressado até o salão principal, pensando onde diabos a irmã tinha se metido. Era urgente, ele precisava de sua ajuda e sabia que a garota seria a única que poderia guardar seu segredo. Ao chegar, logo viu a garota sentada à mesa da Grifinória, com um olhar perdido e entediado, acompanhada de Marlene, que tagarelava sem parar.
! Que bom que te encontrei, preciso conversar com você! — ele saiu puxando a irmã, ouvindo apenas um “ei!” indignado vindo de Marlene.
— Obrigada, não aguentava mais a ouvir falar sobre o pedido de namoro do Almofadinhas, por Merlin! Estávamos todos lá, todos nós vimos, aliás, Hogwarts toda viu! — murmurou, impaciente, sentando-se na sombra de uma árvore perto do lago negro. James riu e sentou-se ao seu lado. — O que é tão sigiloso e urgente que teve que me arrastar até aqui para falar?
— Quero pedir Lily em casamento depois da formatura, durante a festa. — Pontas viu a irritação da irmã gêmea se tornar emoção e animação, logo sendo surpreendido com o pulo da irmã em seu colo, dando-lhe um abraço enquanto seus olhos estavam marejados.
— Qual o plano? Estou dentro! Meu irmão e minha melhor amiga vão se casar! Eu mal posso esperar para ter vários sobrinhos pestinhas de olhos verdes e cabelos castanhos escuros ou ruivos para mimar! — gritou, batendo palmas de maneira eufórica.
— Está louca, Narizinho? Alguém pode escutar! — assim que ouviu, a garota sorriu amarelo a fim de desculpar-se. — A festa será na casa de praia dos pais de Marlene, como vocês estão planejando. Pretendo fazer algo mais discreto… Lily me mataria se eu fizesse algo chamativo como, hm, o Sirius. Algo mais afastado, como um piquenique, com umas flores e a bendita água de Gilly que ela tanto gosta.
— Deixa comigo, vou cuidar desses detalhes que você é perdido demais para pensar.
Os dias passaram mais rápido do que os formandos esperavam, logo estavam todos a caminho da estação de Hogsmeade pela última vez pelos barcos, fazendo o caminho contrário dos alunos primeiranistas e deixando Hogwarts pela última vez. James, Lily, , Remo, Sirius, Marlene e Peter reuniram-se em um local isolado do vilarejo e aparataram para a casa de praia dos McKinnon. A casa tinha um belíssimo quintal que tinha uma porta dos fundos e que dava diretamente na praia. A decoração que as garotas haviam preparado foi organizada de forma rápida com alguns feitiços, assim como as comidas e bebidas que tinham sido encomendados antes no Três Vassouras e o bolo na Madame Puddifoot. havia ainda dado uma escapadinha e organizado uma pequena cabana com a surpresa de James para Lily, um pouco mais afastado dali. Quando voltou, a festa já havia começado e os garotos já enchiam a cara, menos Pontas, que estava visivelmente nervoso. sorriu para o irmão, tentando lhe passar confiança, e sinalizou para ele indicando que tudo estava pronto. O mesmo saiu quase que imediatamente atrás da namorada.
sentou-se ao lado de Sirius, que não pode deixar de notar a barra de seu vestido azul claro molhada e suja de areia, assim como seu penteado com os fios bagunçados e soltos por causa do vento. A garota viu o casal saindo pela porta dos fundos e sorriu, o que não passou despercebido por Almofadinhas, que a olhou com uma sobrancelha erguida, sorrindo de volta. Não sabia dizer ao certo quanto tempo ele passou encarando Narizinho antes de enfim questionar.
— Vocês estão aprontando algo! — disse ele, a garota apenas virou o copo de cerveja amanteigada, fingindo-se de desentendida.
— Não sei do que está falando, Almofadinhas… — ele a conhecia extremamente bem, ao ponto de entender que, sim, estavam aprontando, mas que a voz e o olhar debochados da garota pediam para que ele não se metesse. E claro que ele não se atreveria. Então, depois de esvaziar seu terceiro copo, a garota soltou os cabelos, tentando deixá-los melhor e foi atrás de Lene, para colocar uma música e animar aquilo ali. Rabicho murmurou algo que Sirius não prestou atenção e saiu dali.
— Você é idiota. — comentou Remo, rindo enquanto observava Black admirar a Potter ao longe. — Vocês dois, na verdade.
Sirius e eram uma história antiga e longa, todos ali sabiam que eles eram melhores amigos e tinham, ainda assim, uma relação de amor e ódio um com outro na maioria do tempo. Conheceram-se em Hogwarts no primeiro ano e se tornaram amigos, , James, Sirius, Remo e Peter. A Potter também sempre foi amiga de Lily e Lene, visto que dormiam no mesmo quarto, mas vivia a maior parte do tempo com o irmão e os garotos. Vários momentos marcavam a amizade dos marotos, como a descoberta sobre Aluado e todo o processo para se tornarem Pontas, Rabicho, Almofadinhas e Narizinho ( se transforma em um belíssimo cão simboia branco e tinha um focinho eficaz na hora de encontrarem Remo durante as luas cheias, daí o apelido), a criação do mapa do maroto, quando Sirius se mudou para a casa dos Potter e a relação dele com se tornou estranha, o começo do namoro de Lily e James e ainda a entrada de todos na Ordem da Fênix.
Mesmo que o terror tomasse conta em alguns períodos, ainda restavam momentos como esse para passarem um tempo juntos e viver como jovens normais.
— Não sei do que está falando, Remo… — ele imitou a garota.
— Pois é, nem eu. Vocês não falam sobre o que aconteceu, mesmo que todo mundo tenha noção. — Sirius arregalou os olhos, arrancando risadas de Remo.
— Nada aconteceu… Nós só… Somos amigos, isso aconteceu. — a expressão frustrada, o amargurado gole na cerveja e os ombros prostrados não passaram despercebidos pelo amigo.
— Então é isso. Vocês se gostam, mas você é um bundão que tem medo de acabar a amizade, aí você começa a namorar com uma das melhores amigas dela, depois de se declarar pra ela e reduz suas chances à zero? Sei lá, 10%? — cochichou ao ver que as garotas podiam ouvir a conversa.
— Não é isso… É que… — Sirius tentou dizer, mas a atenção foi roubada para Pontas e Lily, que voltavam animados.
— E aí…? — começou, segurando as mãos de Lily. Aluado olhou para Almofadinhas, sinalizando que a conversa não tinha acabado, e então se juntaram aos amigos para ouvir o que o casal tinha a falar.
— Estamos noivos!
— VOCÊS ESTÃO BRINCANDO? — Marlene gritou. As três garotas se abraçaram, dando gritinhos.
— Vamos brindar! — quem gritou. — Aos futuros Sr e Sra Potter!

Casa da Potter — outono de 1979


Lily e James enfim estavam casados há pouco mais de três meses. Àquele dia, em especial, depois da reunião da Ordem, os amigos se juntaram na casa de para jantar. Os deveres estavam pesados, nem se lembravam de qual a última vez que se reuniram para conversar algo além de todo o caos que Voldemort estava causando. Nesse curto período, os pais de e James morreram de varíola de dragão. Em partes, também era por isso que todos estavam ali naquela noite. Com a morte dos pais e o casamento do irmão, os amigos sentiam que estava se sentindo sozinha e estava bem abalada. Quando não estava nas reuniões da Ordem, estava trabalhando no St. Mungus, como curandeira.
tentou fazer o bolo de carne que sua mãe lhe ensinara e foi pegar no forno enquanto os amigos esperavam na sala de jantar. Estranhando a demora da garota, Sirius foi silenciosamente verificar se tudo estava bem e a encontrou chorando enquanto olhava o bolo de carne queimado.
? Ia te perguntar se está bem, mas… — ele parou ao ver a expressão da garota, que só bufou e apontou para o jantar, era visível que ela não estava bem. Ele abriu os braços enquanto se aproximava dela, que praticamente se jogou em seu abraço. — Você vai se sentar com o pessoal e eu compro o jantar ok?
— Não precisa, deixa que eu resolvo isso…
— Você precisa conversar e dar atenção para os nossos amigos, enquanto eu compro o jantar para não matarmos ninguém de fome. Volto já! — e então Black aparatou, não dando tempo para a garota protestar. Claro que ela sentiu seu coração pular algumas batidas com a aproximação e com a simples frase dotada de nenhum significado "nossos amigos", "matarmos ninguém de fome", se sentiu uma completa idiota por imaginar como a vida dela seria se ela contasse a verdade, se ela tivesse dito o que sentia quando ele se declarou. Talvez estivessem como James e Lily agora e talvez ele também dissesse "nossa casa".
balançou a cabeça para os lados, tentando espantar seus pensamentos e foi até a sala de jantar. Sentou-se na cadeira ao lado de Remo, que lhe deu um sorriso dócil.
— Sirius foi comprar o jantar, eu estraguei tudo na cozinha. — a garota deu de ombros, causando risos em todos os presentes.
— Droga, James! — Lily disse, entredentes, e sorriu para a cunhada, que os olhava confusa. — Apostamos sobre o jantar, eu acreditei em você desde o começo, eu juro!
— Eu também acreditei… Que você ia queimar algo! — James estava vermelho de tanto rir.
— Vão à merda, os dois. — ela disse, tentando controlar o riso. Não era surpresa para ninguém que as habilidades culinárias de eram equivalentes a de um trasgo. Logo a risada de James contagiou os demais.
— Qual a piada? — Sirius perguntou, colocando os sacos de papel com o jantar na mesa.
— A piada de sempre, ué. tentando cozinhar, queimando o jantar e chocando um total de zero pessoas. — Rabicho disse, recebendo uma bolinha de guardanapo no rosto. — Tá legal, chocou a Lily, que acreditou que daria certo.
O jantar se sucedeu com mais piadas e brincadeiras, como sempre. Até o momento que decidiram beber e Lily negou.
— Você? Negando água de Gilly? — começou, encarando a amiga com o cenho franzido.
— Temos notícias. — James disse, chamando a atenção dos demais enquanto passava o braço pelos ombros da esposa.
— Estou grávida! — Lily disse, sem rodeios — Desculpa, não aguentava mais segurar isso!
— Vocês estão brincando? — Aluado.
— Isso é sério? — Rabicho.
— EU VOU TER UM SOBRINHO! — gritou, correndo para abraçar o casal.
— Ou sobrinha! — James corrigiu.
— Isso é incrível! — Lene disse, indo abraçar os amigos também.
— Por Merlin, como vocês são rápidos! — dessa vez era Black que os abraçava.
— Cala a boca, Sirius, você que é lerdo! — Lene disse, ressentida e carregando todas as indiretas possíveis. se engasgou com a bebida e forçou um riso com os demais.

Quintal dos Potter — verão de 1980


balançava o pequeno Harry enquanto Lily cochilava e James tomava um banho. Um bebê de um mês conseguiu agitar ainda mais a rotina do casal e, quando podia, passava no final dos plantões para ajudá-los. Era bem habilidosa com crianças e conseguia fazer o bebê parar de chorar tão rápido que fez o casal implorar para saber qual feitiço ela tinha usado, o que a fez rir e, claro, debochar deles.
— Você sabe o quanto é amado não é? — perguntou , com uma voz fininha, enquanto o bebê a encarava com os grandes olhos verdes e um sorriso banguela. Ela o ergueu e beijou uma de suas bochechas gordinhas. — Ah que bom, pois estou aqui só pra te lembrar mais ainda disso.
A mulher ouviu o barulho da campainha e tratou de sair correndo da cadeira de balanço no quintal para atender antes que atrapalhasse o momento de descanso do irmão e da cunhada.
— Ei! — Black surpreendeu-se ao ver a garota abrir a porta com Harry no colo.
— Oi! O que faz aqui? Cadê a Lene? Não vejo vocês há, sei lá, uns dois meses? — a garota disparou, como quando estava nervosa, sempre se questionando quando iria parar de se sentir idiota na frente do amigo.
— Grande história… — ele disse, ao entrar. — Estava passando por aqui e resolvi ver esse bebezão aí, que, por Merlin! O que Lily e James tem dado pra ele comer? Está enorme! — Sirius tentou pegar o bebê, mas tudo que recebeu foi um tapa.
— Vai lavar a mão! Acabou de chegar da rua e quer pegar um bebê? — ralhou, fazendo-o sorrir amarelo, céus como ela fica linda irritada. Mas não demorou para que ele despertasse dos devaneios. — Vai, Black!
? Ouvi a campainha… — James apareceu parecendo um pouco mais relaxado depois do banho. — Ah, oi, Almofadinhas!
— Olá, pai do ano! — eles se abraçaram assim que Sirius terminou de lavar as mãos.
— Senta, vou tentar fazer algo para comermos. — James pediu ao amigo, mas foi parado por um "psiu" da irmã.
— Sirius é de casa, ele se vira. Você vai dormir! — ela se aproximou, apontando para o irmão, ainda com Harry no colo.
— Não, , eu estou bem e…
— Vai logo! Aproveita que estamos aqui com Harry pra descansar. — Sirius quem disse dessa vez. Pontas ia negar novamente, mas um bocejo escapou lhe traindo.
— Eu amo vocês.
— Nós sabemos — disse, olhando para Sirius, que sorriu e confirmou com a cabeça. O irmão subiu para o quarto e Sirius a cutucou, indicando o bebê.
— Quero segurar!
— Você sabe mesmo segurar? Se você derrubar o menino, eu vou te picar em pedaços! — ameaçou, enquanto entregava o bebê, receosa.
— Me respeita, Potter, observe! — ele segurou Harry corretamente, que pareceu se sentir bem confortável, se acomodando ali.
— Tá bom, já que sabe, vou pegar um suco para nós.
Quando a Potter retornou, ficou admirando a cena que viu encostada no batente da porta. Black balançava Harry de maneira delicada enquanto cochichava.
— Eu quero tentar fazer tudo certo agora, garotão... — foi o que ela conseguiu ouvir. — Quem sabe até não te damos alguns priminhos? — a garota assustou-se, mas não deixou de pensar que daí para frente às coisas deveriam tomar esse rumo para ele e Lene também. Por mais egoísta que parecesse, ela não conseguia imaginar sua vida tomando esses rumos sem ele.
— Ei! Aqui, trouxe o suco. — balançou a cabeça, espantando aqueles pensamentos.
— Ah… É… Obrigado. — Sirius se questionava se ela teria escutado a conversa (ou monólogo?). Queria um buraco para enfiar a cara.
— Ele dormiu? — perguntou , apontando para o bebê.
— Está quase.
— Até que você se vira bem. — ela disse, com um sorriso debochado, rindo baixinho com a careta que ele fez em resposta.
— Eu não me viro, sei cuidar bem de bebês, viu? Vai até me querer como pai dos seus filhos depois de hoje. — ele só se tocou do que disse ao ver a garota se engasgar com o suco.
— Marlene vai ter sorte então. — ela disse, indo se sentar no sofá.
— Ah, essa é a longa história… — ele se sentou do lado dela, com o bebê completamente adormecido apoiado em seu peito. — Nós não estamos juntos desde a última vez que nos vimos.
— Você está brincando? — começou, surpresa. — Como você está se sentindo? E a Lene?
— Ela que tomou a iniciativa, na verdade. Eu não tinha coragem… — assumiu, dando de ombros. — Ela pareceu triste, eu fiquei também. Mas concordamos que éramos mais amigos que um casal. Eu nunca estive pronto para avançar, sabe?
— Eu acho que entendo. Bom, se vocês dois estão bem com a decisão, é o que importa! — colocou o copo na mesinha de centro.
— E o hospital? Muito cansativo?
— Como sempre, mas nem posso reclamar. Sou completamente apaixonada pelo que faço. — Sirius não conseguiu conter o sorriso ao vê-la com os olhos castanhos brilhando. Harry soltou um resmungo baixinho, arrancando sorrisos e chamando a atenção dos mais velhos. — Olha essas bochechas gordinhas… Dá vontade de morder esse garotinho.
— Sua tia é meio maluca, Harry. — Black fingiu estar assustado, apoiando a mão nas costas do bebê, como se fosse protegê-lo.
A conversa fluiu entre os dois, como sempre, que nem perceberam quando adormeceram assim como o pequeno Harry. Lily acordou primeiro e ao se mexer acabou acordando o marido, seu primeiro pensamento foi como Harry deveria estar com fome. O casal desceu e assim que viram a cena na escada, com um olhar concordaram sobre o que tinham que fazer. James correu até o quarto em busca da câmera e, ao voltar, não deixou de registrar o que via.
dormia com a cabeça encostada no ombro de Sirius, que apoiava a cabeça dele no sofá, enquanto segurava um Harry completamente alheio e igualmente adormecido. O flash acordou os adultos, que se pegaram completamente assustados e envergonhados pela situação, enquanto os Potter só riam baixinho para não acordar o bebê.
— Acho que não podíamos escolher padrinhos melhores para Harry, querido. — Lily sorriu, sendo abraçada por trás pelo marido, que concordava. — Só o coloquem no berço da próxima vez, por favor.
— Padrinhos? — perguntou, apontando para ela e Sirius respectivamente.
— Combinamos que eu escolheria o padrinho e Lily a madrinha. Então eu escolhi Almofadinhas, óbvio! E Lily escolheu você, que seria a madrinha dele de qualquer jeito, sendo uma escolha unânime, na verdade. — James sorriu para a esposa e depois para irmã e o melhor amigo. — Vocês aceitam?
— Claro!
— Óbvio que sim!
— Eu vou mimar tanto esse garotinho que vocês nem imaginam. — disse, eufórica, causando risos na sala.
Depois de mais algumas horas conversando, Harry acordou e se deu conta que passava das dez da noite.
— Eu acho que vou indo, já está tarde. — ela disse, indo pegar a bolsa. — Se precisarem de qualquer coisa, me mandem um recado que venho correndo.
— Acho que vou indo também. Quer uma carona, Narizinho?
— Carona? — James perguntou, confuso.
— Ah, esqueci-me de mencionar para vocês minha nova aquisição… — Black sorriu, guiando-os pela porta. Ao sair da casa, puderam ver uma moto preta enorme com dois capacetes.
— Isso é demais! — quase gritou, batendo palminhas. — Vou aceitar a carona só porque sua nova aquisição é foda!
— Você tá louca? — James arregalou os olhos, ele achou que ela não aceitaria subir naquilo, mas tudo que a garota fez foi sair correndo para perto da moto. — Se minha irmã aparecer com um fio de cabelo arrancado, eu quebro sua cara, Black! Meu filho precisa da madrinha dele viva!
— Pode deixar, Pontas, assumo o risco. — piscou para o amigo, enquanto James sabia que ele só queria uma oportunidade de ficar sozinho com ela por mais um tempo. Eles agora assistiam ao longe colocar o capacete, ainda encantada.
— Vê se não faz merda de novo e aparece com outra namorada semana que vem. — Pontas avisou, dando-lhe um pedala, tentando ser sério, mas logo gargalhando junto ao amigo.
— Já conversei isso com o Harry… Ele sabe o quanto quero fazer tudo certo dessa vez. Sou completamente louco pela sua irmã, Potter.
— Vamos logo, Black! — berrou , ansiosa. Sirius olhou para James, que apenas acenou com a cabeça e lhe deu um sorriso sem mostrar os dentes, como quem concordava. Black então seguiu até a garota, colocando o outro capacete.
O caminho fora silencioso, eles aproveitavam tanto a vista e a companhia um do outro que não sentiram necessidade de expressar palavra alguma. Black se aproximou da casa dela e estacionou na calçada. foi a primeira a descer, quase caindo, o que fez o homem rir.
— Ri mesmo, imbecil! — ela disse, séria de início, mas logo o acompanhou na risada. — Obrigada pela carona, eu adorei o passeio.
— Sempre que precisar, Potter. — ele prestou continência, piscando. rolou os olhos, o puxando para um abraço, foi impossível não fechar os olhos e suspirar com o perfume dela.
— Até mais. — ela se afastou dele, virando de costas em direção à porta. Ele sentiu o corpo inteiro formigar, precisava falar a verdade, precisava tentar. Queria se acertar com ela e dar todos os passos que podia, se necessário até correria, desde que fosse com ela.
! — chamou, e correu em sua direção.
— Que foi? Está branco como um papel… — ela disse, assustada, encostando as mãos em sua testa e logo após em suas bochechas para verificar sua temperatura. Em um reflexo, Black segurou sua cintura e aproximou os dois. não sabia dizer quem enlouquecera ali, se era ele fazendo aquilo ou se era ela e sua imaginação fértil, afinal, aquilo não podia ser real.
— Me desculpa por ser um idiota. Eu não deveria ter desistido de você, de nós dois… — corrigiu-se. não podia acreditar no que ouvia, mal sentia as pernas e pensou que se ele a soltasse ali, com certeza ela derreteria como um sorvete até o chão em um dia ensolarado. — Não teve um dia nesses dois anos que eu não tenha me arrependido. Sou completamente apaixonado por você desde o dia que te conheci em Hogwarts e, se você quiser, eu quero começar de novo, ter a vida que eu tanto sonhei contigo.
A garota abriu e fechou a boca várias vezes, ainda embriagada pelas palavras que acabara de ouvir. Suspirou, com os olhos cheios de lágrimas e, num ímpeto de coragem, ela o beijou. Aquilo era tudo que ela mais queria.

Casa da Potter e do Black — verão de 1981


— Ok, talvez ele surte. — suspirava, olhando seu reflexo no espelho.
Havia um ano que ela e Sirius haviam se acertado e começado a namorar. Estavam morando juntos agora. Se fosse por ele, já teriam se casado, mas queria que tudo acontecesse com calma, dar um passo de cada vez e de preferência quando essa loucura com o Voldemort passasse. Mas talvez eles houvessem dado, sem querer, um passo muito grande, que deixava uma porrada de caminho não percorrido para trás.
? — Sirius chamou, do andar de baixo, fazendo com que ela corresse para a sala.
— Que bom que chegou, tenho algo pra te falar… Dumbledore? Aluado? — assustou-se quando viu ainda Pettigrew, James e Lily, que segurava Harry no colo.
— Olá, , nos desculpe pela visita inusitada. — Dumbledore foi quem disse primeiro. Pelas caras, notícias boas não eram.
— Imagino que as circunstâncias não são boas, mas é bom vê-los. — ela sorriu, aproximando-se do irmão e da melhor amiga, lhes cumprimentando brevemente e pegando o pequeno Harry no colo, que logo se ocupou com o pingente do colar que ela usava.
— Realmente, receio em dizer que são até piores do que imaginamos. — Dumbledore disse, pesaroso. — Ano passado, entrevistei uma professora para dar aulas de Adivinhação em Hogwarts e acabei presenciando essa mulher realizar uma Profecia. Essa profecia dizia sobre o filho daqueles que desafiaram Voldemort três vezes, nascido no final de julho. Que somente essa criança terá o poder de vencer o Lorde das Trevas, sendo que um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver. Até então, nós não tínhamos com o que nos preocupar. — suspirou, abraçando o sobrinho e olhando para a cunhada e o irmão, que pareciam tão preocupados quanto. Lily pediu o filho de volta e o entregou de imediato. — Acontece que Voldemort descobriu sobre e receio que ele planeje vir atrás das duas crianças possíveis: Harry e Neville, filho dos Longbottom.
— Mas o que faremos? Digo, onde podemos esconder Lily, Tiago e Harry? — perguntou Remo.
— Sugiro que teremos maiores chances se usarmos o Feitiço Fidelius. — Dumbledore sugeriu. — Entretanto, é preciso esconder o segredo da localização deles por meio de magia em uma pessoa viva, o fiel do segredo. Nos reunimos aqui porque imaginei que vocês quatros seriam os mais indicados para isso. Menos , que seria uma opção muito óbvia e extremamente inviável nas condições atuais. Inclusive, recomendo que ela se esconda também, em outro lugar.
— Como assim nas condições atuais? — Sirius questionou, concordava que era a primeira opção óbvia, por isso inviável e perigoso para ela, mas não entendeu o resto.
recebeu um sorriso de Dumbledore, ela então entendeu que Dumbledore sabia sobre seu estado atual e aquela seria a última chance de reunir todos por um tempo indeterminado até tudo estar seguro.
— Não é seguro porque estou grávida. Estava vindo te contar isso quando desci… — deu de ombros, dando um sorriso fraco. Era estranho dar aquela notícia em meio a todo o caos.
, isso é… — Lily começou, ainda com os olhos molhados.
— Incrível! — James disse, com um sorriso fraco que fez o coração da irmã apertar. Mas tudo melhorou alguns instantes depois, quando Sirius a abraçou forte, erguendo-a do chão.
— Fico feliz pela notícia. — Dumbledore disse, chamando a atenção dos demais. — Sinto muito em dizer que não tenhamos tempo… Precisamos prezar pela segurança de Harry, e o bebê.
— Certo, professor, como devemos fazer isso então? — foi quem perguntou, secando as lágrimas que nem notou que haviam caído.
Dumbledore trancou a porta do quarto de e Sirius e virou-se para Lily e James.
— Eu me voluntario para guardar o segredo — Dumbledore disse.
— Alvo, agradecemos sua ajuda, mas queremos que Sirius guarde nosso segredo. — James disse, logo, olhando para a esposa, que apenas confirmou com a cabeça e segurou a mão dele.
— Certo, desçam e chamem . Preciso que vocês mantenham o segredo apenas com o fiel, é extremamente importante.
Logo adentrou o quarto, ainda incerta e insegura de tudo que havia pensado.
— O que decidiu, ? — perguntou Dumbledore, com a voz calma.
— Quero que o senhor e Remo sejam os fiéis. Tenho certeza que eles escolheram Sirius, então para a segurança deles, minha e até mesmo do próprio Sirius, prefiro que ele e meu irmão não saibam onde estou. — Ela cruzou os braços e abaixou a cabeça, deixando um soluço escapar.
— Gosto de como seu cérebro funciona, . Mentes aceleradas e precavidas são admiráveis. — ele sorriu. — Peço que não conte aos outros a decisão, certo? Fique aqui, volto logo, aconselho que faça as malas...
— Tudo bem.
Dumbledore foi até a sala e instruiu que todos se separassem entre os diferentes cômodos da casa, com exceção do casal Potter. O primeiro cômodo foi a cozinha, onde Dumbledore conversou com Lupin, em seguida o quintal, onde estava Sirius.
— Sirius, receio que saiba que Lily e James o escolheram.
— Eu imaginei, senhor… Posso conversar com eles?
— Claro. Aconselho que depois disso suba até o quarto, é onde está.
Sirius assentiu e seguiu até o casal.
— Almofadinhas… — James começou.
— Não pode ser eu. — Sirius interrompeu, dizendo de uma vez. Tudo o que viu depois foi o casal o encarando confuso. — Pensem comigo, sou o padrinho de casamento de vocês, sou o padrinho de Harry, sou o namorado quase marido da sua irmã, pai do seu futuro sobrinho e seu melhor amigo. Depois de , sou a pessoa mais óbvia que Voldemort viria atrás procurando por vocês.
— Mas o que faremos então? Remo ou Peter? — Lily cochichou.
— Vocês sabem tanto quanto eu que de todos os marotos, Rabicho seria o menos óbvio. Ele seria o mais ideal para isso… — declarou Sirius. James o encarou e ele entendeu o que o amigo deveria estar pensando. — Eu entendo, também tenho receio que ele se atrapalhe… Mas estou aqui para aconselhá-los, vocês que escolhem. Se mesmo assim me quiserem, juro pela minha vida ser fiel até a morte, como sei que seriam a mim. — os Potter se olharam e Lily sorriu fraco.
— Confiamos em você, tem razão, é mesmo um bom motivo.
— Faremos isso.
Sirius abraçou o casal e correu até o quarto. terminava de fechar uma das malas que levava na época de Hogwarts, quando viu Black entrando.
— Ah, , meu amor… — Sirius começou, com os olhos marejados, a abraçando. — Você não tem ideia do quanto queria ter recebido essa notícia em outras circunstâncias. Eu não poderia querer mais começar nossa vida depois de tudo isso, como você disse…
— Pelo visto, alguém aqui não queria esperar mais. Confio no destino, se foi agora, era pra ser agora.
— Tudo isso vai acabar, aí seremos nós dois, nosso pimpolho e mais alguns, quem sabe… — Black beijou o pescoço da garota, que riu.
— Eu não vejo a hora, meu Almofadinhas. — depois de um beijo demorado e um abraço ainda mais apertado, soube que era a hora de ir.
— Eu amo você, Narizinho.

Esconderijo da Potter — outono de 1981


O final de outubro havia chegado. No dia seguinte, faria três meses que estava escondida. A barriga, de quase três meses, começava a ser notável para as outras pessoas, no caso, Remo, que vinha visitá-la vez ou outra. As últimas notícias não eram nada animadoras. chorou por dias ao saber o que tinha acontecido com a família McKinnon. A única coisa que a confortava era saber que Sirius estava bem e que Harry, Lily e James estavam seguros, isso ela ficou sabendo há quase quinze dias.
Em um pós dia das bruxas, tudo que queria era comer algumas guloseimas típicas da época para animar o dia. Estava de cama, devido a algumas dores nas costas que estavam lhe tirando a pouca paciência que restava.
Ouviu a campainha e ela teria saltado da cama se conseguisse, movimentos como esses ficavam cada vez mais complicados de se realizar. Desceu as escadas devagar e quando abriu a porta, sentiu as pernas fraquejarem. Ela soube que as notícias não eram boas assim que viu os olhos de Remo inchados e vermelhos.
— Aluado… — começou, com os olhos lacrimejando, dando passagem para que o amigo entrasse. Eles se sentaram no sofá e Remo segurou as mãos dela.
, eu… Eu detesto ter que ser quem te dá essa notícia. — as lágrimas voltaram aos olhos de Lupin, que respirou fundo, tentando passar força à amiga. — Preciso que você seja forte, ok?
— Remo… O que tá acontecendo? — sentia o peito doer em uma angústia que faltava lhe tirar o ar.
— Lily e James estão mortos… Aparentemente, o fiel do segredo os entregou para Voldemort e tudo indica que tenha sido o…
— Sirius — murmurou, e sentiu seu corpo esfriar. Fechou os olhos, permitindo-se chorar e engoliu a pouca saliva que ainda lhe restava. — E o Harry?
— Voldemort tentou atingi-lo, mas o feitiço ricocheteou. Ele está com Dumbledore agora.
— Vamos, preciso ir buscá-lo! — ela correu para o andar de cima, apanhando o primeiro casaco que via pela frente.
, você precisa se acalmar...
— Remo, você vai comigo? — perguntou, o interrompendo. — Eu vou buscar o Harry, de qualquer jeito!
— Vamos, sei onde eles podem estar.
Eram quase uma da manhã, quando e Remo aparataram na Rua dos Alfeneiros. Ela não demorou em ver a moto de Sirius e, próximo a ela, Hagrid, Dumbledore e Minerva olhavam um pequeno embrulho nos braços do guarda caça.
— Boa noite. — disse, ríspida, cruzando os braços.
… — Hagrid lhe deu um sorriso triste, querendo confortá-la. A mulher apenas assentiu com a cabeça, virando-se para Dumbledore.
— Vim buscar o Harry.
— Minha jovem…
— Não me venha com minha jovem. Não é segredo para ninguém o quanto Petúnia detestava a irmã, não quero nem pensar no inferno que ela e o marido nojento dela fariam na vida de Harry. Admira-me que tenha pensado em deixá-lo aqui… Harry Potter não está sozinho, ele tem família, Dumbledore, ele tem a mim!
— Eu sei… Nunca duvidei de sua capacidade em cuidar dele, pelo contrário. – Dumbledore dizia, tranquilamente, irritando ainda mais a mulher. — Harry foi protegido pelo sacrifício feito por Lily. Voldemort desapareceu e não se sabe se está morto ou vivo, mas ainda existem alguns de seus comensais por aí. Ao deixá-lo com os Dursley, a proteção sangue de Harry seria preservada, pois o sangue de Lily vive tanto nele como na irmã dela, Petúnia.
— Eu entendo, mas não seja por isso, eu me mudo para casa ao lado. Não vou deixá-lo aqui, Dumbledore, essa nunca será a vontade de James e Lily.
— Sempre vou admirar sua mente rápida e corajosa, jovem . — Dumbledore sorriu. — Podemos dar um jeito nisso.

Rua dos Alfeneiros n° 10 — outono de 1981.


A casa de número 10 na Rua dos Alfeneiros era menor do que a casa de , mas ainda assim tinha espaço suficiente para que Harry crescesse bem e completamente saudável. A garganta dela ainda parecia ter um bolo, que não desceria dali tão cedo. Segundo as notícias que tivera na madrugada daquele mesmo dia, Sirius fora visto pela última vez por Hagrid. Ela ainda sustentava em sua mente a ideia de que aquilo tudo era um engano. Sirius não podia ter entregado o melhor amigo e o afilhado dele de bandeja para a morte.
Remo encarregou-se de ir até o esconderijo e em seguida até a casa de , para buscar as coisas dela. As coisas de Harry ficaram sob a responsabilidade de Hagrid. Enquanto o mundo bruxo comemorava a derrota do Lorde das Trevas, havia perdido parte importante do mundo dela, o que a confortava era o pequeno embrulhinho em seus braços estar bem, “o menino que sobreviveu” era como todos estavam o chamando por aí.
Quando Lupin e Hagrid apareceram, mais tarde naquele dia que parecia não ter fim, abarrotados de malas, estavam assustados. Logo entendeu que havia mais coisas a serem ditas ali. Sentiu uma pontada forte, como uma cólica forte e sentou-se no sofá.
, acharam o Sirius… — Remo começou, da mesma maneira como havia começado na notícia anterior. Mais uma pontada. — Pettigrew foi atrás dele, tirou satisfação por tudo que nós suspeitávamos e… Sirius o matou, o explodiu e acabou matando mais alguns trouxas que estavam por perto. O levaram para Azkaban. — Remo tirou do casaco um jornal, seus olhos cheios de lágrimas encaravam a mulher estática e horrorizada com compaixão. — As testemunhas ouviram Peter gritar sobre ele ter entregado Lily e James antes da explosão… Foi ele.
— Mas… Como… — tentou formular uma frase qualquer, mas ao ver a foto dele segurando uma placa de identificação, rindo de maneira beirando a algo sádico, no Profeta Diário, sentiu mais uma pontada e suas vistas escureceram.

* * *
Her head.


Os dois dias que passei no St. Mungus passaram despercebidos por mim. Estava em uma situação tão grande de estresse que eu apaguei. Lena, uma de minhas colegas de trabalho, foi quem me deu a pior notícia de todas as que recebi naqueles dias. Eu havia perdido meu bebê. Lena havia me contado depois que foi necessário que me apagassem novamente.
De todas as dores que ardem em meu peito, essa era a pior que já havia sentido na vida.
Mas eu precisava ser forte, pelo Harry.
Então, lá estava eu novamente, na frente da casa que daqui para frente eu chamaria de lar. Remo se ofereceu para ficar mais aquela noite e me ajudar com Harry, mas neguei. Tudo que eu queria era ficar sozinha e reorganizar meus pensamentos.
Minha consciência pareceu berrar quando, ao arrumar alguns livros na estante do quarto, uma foto caiu. Nela, Sirius e eu dormíamos no sofá da antiga casa de James e Lily, enquanto Harry dormia igualmente tranquilo no colo dele. A risada de James e a voz de Lily após a foto vieram como um flash em minha mente.
E foi quando eu consegui chegar à conclusão que me apegaria durante anos para tentar entender aquilo, para tentar fazer cicatrizar mais rápido:
Eu havia criado uma pessoa na minha cabeça, pensava que o conhecia, mas só havia me apegado à minha imaginação. Enquanto todos falavam da barbaridade que ele havia feito, os fantasmas da minha mente só conseguiam lembrar das memórias boas que viveram juntos, da vida que tanto planejaram e nunca conseguiriam começar.
Eles viam um demônio, eu via um anjo.
Ele não era quem fingia ser comigo, eu precisava entender aquilo. Aquele Sirius Black só existia na minha cabeça.
O choro de Harry despertou-me dos devaneios, caminhei tranquilamente até o quarto dele e peguei do berço. Os olhos verdes como o da minha melhor amiga, os cabelos e outros detalhes como os do meu irmão. Ao vê-lo me encarar com aqueles grandes olhos chorosos, não pude evitar sorrir. Sente-me na poltrona posicionada próxima à janela e o sentei no meu colo. Ele ainda encarava atento cada movimento, mas não chorava mais.
— Somos só eu e você agora, meu amor… — acariciei uma de suas bochechas molhadas, o que o fez sorrir. Enchi as bochechas do pequeno de beijos, fazendo-o gargalhar — Mas isso não significa que você se tornou menos amado, jamais! E eu prometo lembrá-lo disso todos os dias da minha vida, tudo bem?


FIM



Nota da autora: Sem nota.

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