Capítulo Único
Fazia cinco meses que eu e ele estávamos juntos. Somos colegas de trabalho, nos conhecemos pelo fato de termos caído na mesma equipe e ele era uma das melhores pessoas que conheci.
Começamos a pegar intimidade dentro do ambiente de trabalho. O que era para ficarmos apenas como simples colegas, acabou avançando para uma amizade sem precedentes e foi evoluindo para algo mais em um dos vários happy hours de sexta-feira.
Desde então passamos a nos ver frequentemente, dentro e fora do trabalho, e ninguém sabia, até porque fugia totalmente das políticas da empresa ter um casal dentro do mesmo departamento, pois alegavam que um poderia sempre favorecer o outro de diversas maneiras.
Amanhã era aniversário dele, mas eu estaria muito ocupada com o trabalho durante o dia, e de noite tinha um trabalho para entregar presencialmente na faculdade. Não sei se daria tempo de o encontrar, então pensei em surpreendê-lo com o presente hoje e teríamos de deixar as comemorações para o fim de semana.
Olhei no relógio e reparei que estava perto do horário de almoço. O andar, que meu departamento estava, esvaziava aos poucos. Olhei para o lugar onde ele estava sentado, concentrado, digitando algo no computador.
Precisava dar o presente a ele, mas não sabia como. Sentia meu coração bater mais forte só de pensar em como faria isso e dei um suspiro, abrindo a janela com a nossa conversa. Mordo o lábio e paro para pensar, colocando os dedos para digitar a mensagem no teclado.
🖥️ Antes de irmos almoçar, a gente pode ir ali na sala, rapidinho?
🖥️ Que sala?
🖥️ A de reuniões...
Dou uma olhada em volta, certificando-me de que o andar estava vazio por conta do horário, assim, podíamos usar a sala sem problema algum. Reparo que ele já havia respondido ao voltar olhar para a tela.
🖥️ Tá, vou ao banheiro. Pode me esperar lá.
Assim que li a mensagem, percebo pelo canto de olho ele passando pelo corredor, indo em direção ao banheiro masculino. Bloqueio o computador e me apresso pegando a sacola embaixo da mesa e colocando sob a superfície. Arrumo a cadeira, pego o celular e apanho a sacola, indo até a sala de reuniões.
Adentro no local, acendendo a luz e dou um longo suspiro, sentindo o ar faltar um pouco. Respiro fundo e sorrio, sentindo meu coração bater de maneira ritmada, me sento na mesa e começo a mexer no celular enquanto ele não aparecia, o que não demorou muito para acontecer.
Escuto o barulho da porta abrindo e levanto meu olhar para ele, que me encarava sem entender o porquê havia chamado ele ali, enquanto fechava a porta atrás de si.
— Espero que não demore muito, , a gente precisa comer, já está tarde.
— Não vai demorar não, relaxa, . – Limpo a garganta e aponto para a sacola em cima da mesa. — Sei muito bem que dia é amanhã e não poderia deixar de te dar nada, né?
Falo sorrindo ao final da frase, fazendo-o sorrir também.
— Sei que eu disse que queria presente, mas não precisava, de verdade.
Reviro os olhos com o que ele diz e dou uma risada, negando com a cabeça.
— Deixa disso, claro que precisava, é seu aniversário.
Ele ri e se aproxima da sacola, abrindo-a logo em seguida, retirando a camisa e a caneca que eu havia comprado para ele.
— E aí, gostou?
Pergunto esperando alguma reação da parte dele, que olhava vidrado para os presentes que havia acabado de ganhar.
— Tá brincando?! Eu adorei... Que da hora!
Ele fala super feliz, fazendo-me rir e aceno com a cabeça sorrindo.
— Não há de quê, fico feliz que tenha gostado.
Ele assente com a cabeça e guarda as coisas na sacola, encarando-me logo em seguida.
— Só não entendi uma coisa... Por que aqui? Não poderia ter dado o presente lá fora?
— É, poderia... Mas eu queria te dar um abraço e beijar você, e, bom... Lá fora, não pode, você sabe.
Digo sentindo meu rosto corar com o que havia dito, fazendo-o rir e assentir com a cabeça. Observo ele se aproximar e abrir os braços para mim, me fazendo sorrir e me aproximar um pouco para abraçá-lo.
— Feliz aniversário, .
Falo baixinho e fecho os olhos sentindo o coração dele bater forte ao abraçá-lo.
— Obrigado, ...
Ele ressoou baixinho com sua voz rouca, fazendo-me arrepiar e mordo o lábio de leve, dando um suspiro que não passou despercebido por ele, pois ele levantou minha cabeça para me olhar.
— O que foi?!
Ele questionou, sem mover ou fazer menção de me soltar.
— Não é nada, não.
Digo sem ter coragem de olhá-lo e mordo o lábio com um pouco mais de força. Ele desce os braços até a minha cintura, me mantendo abraçada ao corpo dele e suavemente leva as mãos ao meu rosto, em um leve carinho.
— Hey, , olha para mim.
Ele pede falando baixinho, e levanto o olhar o encarando. Dou-me conta do quão próximos estamos e sinto meu coração dar um pequeno solavanco, como se fosse sair pela boca.
— Você está bem?
Ele pergunta levando a mão que estava em meu rosto, até o meu cabelo, colocando os dedos entre as mechas cacheadas e fazendo um carinho gostoso no local, fazendo-me arrepiar.
— E... Eu tô, sim... Estou bem.
Digo sentindo minha face esquentar com ele me encarando daquele jeito, o que o faz dar um sorriso.
— É, estou vendo...
Ele fala de maneira zombeteira e ri, negando com a cabeça, dando um suspiro parecido com o meu, fazendo-me franzir o cenho.
— Agora eu que te pergunto, você está bem?
Ele nega com a cabeça e suspirou novamente, ressonando baixinho.
— Se você soubesse como me deixa...
— O quê?!
— Droga... Eu queria tanto, mas tanto, beijar você.
— Mas... A gente não pode, aqui pelo menos não.
Digo ficando na ponta dos pés e colando nossas testas, fazendo-o parar com o carinho em meu pescoço e sorri triste, me puxando pela cintura contra ele.
— É, eu sei... Não faria nada com você que não quisesse.
— O pior é que eu quero... – Confesso sentindo meu coração sair pela boca, escuto a risada dele e ele me aperta mais contra ele, fazendo-me respirar fundo e morder o lábio. — Mas querer não é poder, estaríamos arriscando tudo ficando aqui.
Completo a fala, circundando minhas mãos ao redor do pescoço dele e enfiando minha mão no cabelo dele, fazendo um carinho gostoso como ele havia feito comigo.
— É, eu sei... Infelizmente, o que eu mais queria agora, você não pode me dar... Um beijo seu.
Nego com a cabeça rindo e dou um beijo na bochecha dele, sentindo meu rosto formigar por conta da barba dele.
— Não é disso que eu estava falando... Ele reclama, me fazendo rir e nego novamente com a cabeça, passando as mãos pelos ombros dele.
— Melhor irmos almoçar, já está tarde.
Digo saindo da ponta de pé para voltar a minha altura normal e o "empurro com gentileza" para que ele me soltasse, o que funciona e ele pega a sacola nas mãos, dando um suspiro alto.
— Vamos logo comer...
Ele fala passando por mim, e antes que eu pudesse abrir a porta, ele me puxa contra ele novamente e segura a minha cintura, me surpreendendo com o beijo que ele tanto queria.
Solto um pequeno ofego em sua boca e levo minhas mãos ao pescoço dele, puxando o cabelo dele de leve, correspondendo ao beijo.
Escuto o barulho da sacola caindo no chão e ele leva as duas mãos a minha cintura, descendo-a até a minha bunda e dando uma leve apertada, me fazendo gemer contra a boca dele. Ele dá impulso e eu levanto as pernas, circundando-as ao redor da cintura dele e ele me pega no colo.
Caminha comigo até a mesa e me senta em uma das cadeiras que havia ali, comigo em seu colo. Ele desce os beijos por meu pescoço e eu solto um gemido baixo, puxando o cabelo dele de leve, fazendo-o ofegar e deixar um singelo chupão em meu pescoço, fazendo-me fechar os olhos.
— Você é doido, .
Falo ofegante quando afasto nossos corpos, fazendo-o rir e assentir com a cabeça, dando um selinho em mim.
— Sou mesmo, , por você...
Dou risada e nego com a cabeça, beijando-o novamente. Escuto passos de pessoas passando por ali e ofego assustada, fazendo-o colocar a mão na minha boca para que ninguém escutasse.
— Quero ver como vou almoçar agora, por motivos óbvios.
Ele sussurra no meu ouvido, se mexendo na cadeira comigo em seu colo para me fazer entender os motivos dele. Tiro a mão dele da minha boca e sorrio, dando uma rebolada no colo dele.
Ele suspira e me beija, apertando minha bunda com força, me fazendo gemer baixinho e nego com a cabeça.
— Pensa em coisas broxantes, preciso comer...
Pisco para ele e me levanto do colo dele, ajeitando minha roupa e cabelo.
— Te espero lá no refeitório, .
Aceno com a mão e saio da sala de reunião, olhando ao redor e vendo se muitas pessoas já haviam voltado do almoço, o quê, para minha sorte, não aconteceu. Sorrio toda boba e nego com a cabeça, indo até minha mesa.
Pego a bolsa e vou correndo bater o ponto e me apresso para ir almoçar, afinal, não menti. Estava morrendo de fome e ele precisava se recompor.
Começamos a pegar intimidade dentro do ambiente de trabalho. O que era para ficarmos apenas como simples colegas, acabou avançando para uma amizade sem precedentes e foi evoluindo para algo mais em um dos vários happy hours de sexta-feira.
Desde então passamos a nos ver frequentemente, dentro e fora do trabalho, e ninguém sabia, até porque fugia totalmente das políticas da empresa ter um casal dentro do mesmo departamento, pois alegavam que um poderia sempre favorecer o outro de diversas maneiras.
Amanhã era aniversário dele, mas eu estaria muito ocupada com o trabalho durante o dia, e de noite tinha um trabalho para entregar presencialmente na faculdade. Não sei se daria tempo de o encontrar, então pensei em surpreendê-lo com o presente hoje e teríamos de deixar as comemorações para o fim de semana.
Olhei no relógio e reparei que estava perto do horário de almoço. O andar, que meu departamento estava, esvaziava aos poucos. Olhei para o lugar onde ele estava sentado, concentrado, digitando algo no computador.
Precisava dar o presente a ele, mas não sabia como. Sentia meu coração bater mais forte só de pensar em como faria isso e dei um suspiro, abrindo a janela com a nossa conversa. Mordo o lábio e paro para pensar, colocando os dedos para digitar a mensagem no teclado.
🖥️ Antes de irmos almoçar, a gente pode ir ali na sala, rapidinho?
🖥️ Que sala?
🖥️ A de reuniões...
Dou uma olhada em volta, certificando-me de que o andar estava vazio por conta do horário, assim, podíamos usar a sala sem problema algum. Reparo que ele já havia respondido ao voltar olhar para a tela.
🖥️ Tá, vou ao banheiro. Pode me esperar lá.
Assim que li a mensagem, percebo pelo canto de olho ele passando pelo corredor, indo em direção ao banheiro masculino. Bloqueio o computador e me apresso pegando a sacola embaixo da mesa e colocando sob a superfície. Arrumo a cadeira, pego o celular e apanho a sacola, indo até a sala de reuniões.
Adentro no local, acendendo a luz e dou um longo suspiro, sentindo o ar faltar um pouco. Respiro fundo e sorrio, sentindo meu coração bater de maneira ritmada, me sento na mesa e começo a mexer no celular enquanto ele não aparecia, o que não demorou muito para acontecer.
Escuto o barulho da porta abrindo e levanto meu olhar para ele, que me encarava sem entender o porquê havia chamado ele ali, enquanto fechava a porta atrás de si.
— Espero que não demore muito, , a gente precisa comer, já está tarde.
— Não vai demorar não, relaxa, . – Limpo a garganta e aponto para a sacola em cima da mesa. — Sei muito bem que dia é amanhã e não poderia deixar de te dar nada, né?
Falo sorrindo ao final da frase, fazendo-o sorrir também.
— Sei que eu disse que queria presente, mas não precisava, de verdade.
Reviro os olhos com o que ele diz e dou uma risada, negando com a cabeça.
— Deixa disso, claro que precisava, é seu aniversário.
Ele ri e se aproxima da sacola, abrindo-a logo em seguida, retirando a camisa e a caneca que eu havia comprado para ele.
— E aí, gostou?
Pergunto esperando alguma reação da parte dele, que olhava vidrado para os presentes que havia acabado de ganhar.
— Tá brincando?! Eu adorei... Que da hora!
Ele fala super feliz, fazendo-me rir e aceno com a cabeça sorrindo.
— Não há de quê, fico feliz que tenha gostado.
Ele assente com a cabeça e guarda as coisas na sacola, encarando-me logo em seguida.
— Só não entendi uma coisa... Por que aqui? Não poderia ter dado o presente lá fora?
— É, poderia... Mas eu queria te dar um abraço e beijar você, e, bom... Lá fora, não pode, você sabe.
Digo sentindo meu rosto corar com o que havia dito, fazendo-o rir e assentir com a cabeça. Observo ele se aproximar e abrir os braços para mim, me fazendo sorrir e me aproximar um pouco para abraçá-lo.
— Feliz aniversário, .
Falo baixinho e fecho os olhos sentindo o coração dele bater forte ao abraçá-lo.
— Obrigado, ...
Ele ressoou baixinho com sua voz rouca, fazendo-me arrepiar e mordo o lábio de leve, dando um suspiro que não passou despercebido por ele, pois ele levantou minha cabeça para me olhar.
— O que foi?!
Ele questionou, sem mover ou fazer menção de me soltar.
— Não é nada, não.
Digo sem ter coragem de olhá-lo e mordo o lábio com um pouco mais de força. Ele desce os braços até a minha cintura, me mantendo abraçada ao corpo dele e suavemente leva as mãos ao meu rosto, em um leve carinho.
— Hey, , olha para mim.
Ele pede falando baixinho, e levanto o olhar o encarando. Dou-me conta do quão próximos estamos e sinto meu coração dar um pequeno solavanco, como se fosse sair pela boca.
— Você está bem?
Ele pergunta levando a mão que estava em meu rosto, até o meu cabelo, colocando os dedos entre as mechas cacheadas e fazendo um carinho gostoso no local, fazendo-me arrepiar.
— E... Eu tô, sim... Estou bem.
Digo sentindo minha face esquentar com ele me encarando daquele jeito, o que o faz dar um sorriso.
— É, estou vendo...
Ele fala de maneira zombeteira e ri, negando com a cabeça, dando um suspiro parecido com o meu, fazendo-me franzir o cenho.
— Agora eu que te pergunto, você está bem?
Ele nega com a cabeça e suspirou novamente, ressonando baixinho.
— Se você soubesse como me deixa...
— O quê?!
— Droga... Eu queria tanto, mas tanto, beijar você.
— Mas... A gente não pode, aqui pelo menos não.
Digo ficando na ponta dos pés e colando nossas testas, fazendo-o parar com o carinho em meu pescoço e sorri triste, me puxando pela cintura contra ele.
— É, eu sei... Não faria nada com você que não quisesse.
— O pior é que eu quero... – Confesso sentindo meu coração sair pela boca, escuto a risada dele e ele me aperta mais contra ele, fazendo-me respirar fundo e morder o lábio. — Mas querer não é poder, estaríamos arriscando tudo ficando aqui.
Completo a fala, circundando minhas mãos ao redor do pescoço dele e enfiando minha mão no cabelo dele, fazendo um carinho gostoso como ele havia feito comigo.
— É, eu sei... Infelizmente, o que eu mais queria agora, você não pode me dar... Um beijo seu.
Nego com a cabeça rindo e dou um beijo na bochecha dele, sentindo meu rosto formigar por conta da barba dele.
— Não é disso que eu estava falando... Ele reclama, me fazendo rir e nego novamente com a cabeça, passando as mãos pelos ombros dele.
— Melhor irmos almoçar, já está tarde.
Digo saindo da ponta de pé para voltar a minha altura normal e o "empurro com gentileza" para que ele me soltasse, o que funciona e ele pega a sacola nas mãos, dando um suspiro alto.
— Vamos logo comer...
Ele fala passando por mim, e antes que eu pudesse abrir a porta, ele me puxa contra ele novamente e segura a minha cintura, me surpreendendo com o beijo que ele tanto queria.
Solto um pequeno ofego em sua boca e levo minhas mãos ao pescoço dele, puxando o cabelo dele de leve, correspondendo ao beijo.
Escuto o barulho da sacola caindo no chão e ele leva as duas mãos a minha cintura, descendo-a até a minha bunda e dando uma leve apertada, me fazendo gemer contra a boca dele. Ele dá impulso e eu levanto as pernas, circundando-as ao redor da cintura dele e ele me pega no colo.
Caminha comigo até a mesa e me senta em uma das cadeiras que havia ali, comigo em seu colo. Ele desce os beijos por meu pescoço e eu solto um gemido baixo, puxando o cabelo dele de leve, fazendo-o ofegar e deixar um singelo chupão em meu pescoço, fazendo-me fechar os olhos.
— Você é doido, .
Falo ofegante quando afasto nossos corpos, fazendo-o rir e assentir com a cabeça, dando um selinho em mim.
— Sou mesmo, , por você...
Dou risada e nego com a cabeça, beijando-o novamente. Escuto passos de pessoas passando por ali e ofego assustada, fazendo-o colocar a mão na minha boca para que ninguém escutasse.
— Quero ver como vou almoçar agora, por motivos óbvios.
Ele sussurra no meu ouvido, se mexendo na cadeira comigo em seu colo para me fazer entender os motivos dele. Tiro a mão dele da minha boca e sorrio, dando uma rebolada no colo dele.
Ele suspira e me beija, apertando minha bunda com força, me fazendo gemer baixinho e nego com a cabeça.
— Pensa em coisas broxantes, preciso comer...
Pisco para ele e me levanto do colo dele, ajeitando minha roupa e cabelo.
— Te espero lá no refeitório, .
Aceno com a mão e saio da sala de reunião, olhando ao redor e vendo se muitas pessoas já haviam voltado do almoço, o quê, para minha sorte, não aconteceu. Sorrio toda boba e nego com a cabeça, indo até minha mesa.
Pego a bolsa e vou correndo bater o ponto e me apresso para ir almoçar, afinal, não menti. Estava morrendo de fome e ele precisava se recompor.
FIM
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