( música. )
I know you suffered
But I don't want you to hide
It's cold and loveless
I won't let you be denied
Eu sei que você sofreu
Mas eu não quero que você esconda
Está frio e sem amor
Eu não deixarei você se negar
Ele não podia saber que eu nutria esses sentimentos por ele. Certo, não eram sentimentos coisa nenhuma, era apenas uma queda, uma queda catastrófica e que um dia acabaria. É, eu tenho que confiar nisso, já que, para mim, chega de relacionamentos.
Eles têm uma tendência a me machucar de forma inescrupulosa.
Calmamente
Eu farei você se sentir pura
Confie em mim
Você pode ter certeza
No entanto, ele me deixava completamente confusa. Com seus gestos, suas atitudes, o jeito que falava comigo... Como eu já disse, eu e não somos tão próximos assim como você pensa. Nós temos... sei lá, um relacionamento estranho e a parte – se é que pode se chamar isso de um relacionamento.
Ele me deixava confusa, mas alguma coisa me dizia que ele pedia para que eu confiasse nele. Se eu fosse uma maluca, com certeza faria isso de olhos vendados. Mas, como eu não sou, fico pensando sobre essa coisa inútil.
I want to reconcile the violence in your heart
I want to recognize your beauty's not just a mask
I want to exorcize the demons from your past
I want to satisfy the undisclosed desires in your heart
Eu quero reconciliar a violência em seu coração
Eu quero reconhecer que sua beleza não é só uma máscara
Eu quero exorcizar os demônios do seu passado
Eu quero satisfazer os desejos secretos em seu coração
- Por que você só me chama de ? – ouvi-o perguntar de forma curiosa e logo dei um salto assustado.
- O quê? – Entendem o que eu estou falando agora? Confusão mental. ... é igual a minha confusão mental. Por que raios ele queria saber por que eu só o chamava de ?
- Eu prefiro . – disse como se fosse a coisa mais interessante do mundo.
- Hm... Ok, mas é que eu não vejo diferença. É o seu nome.
O que era uma grande mentira. Eu simplesmente não conseguia chamá-lo de porque... Porque não estava acostumada com isso! Era estranho, eu não era tão íntima dele assim, mas ele me chamava pelo apelido sem problema nenhum, e eu adorava tanto esse fato...
- Você preferia que eu te chamasse de ?
- Não! – praticamente gritei, fazendo-o soltar uma gargalhada. Senti que estava corando.
- Então... Me chama de . – ele pediu com um sorriso avassalador que eu não consegui negar.
- Ok... . – soltei, percebendo o quanto também soava bonito seu apelido saindo de meus lábios.
Você engana seus amores dizendo que é maldosa e divina
Você pode ser uma pecadora
Mas sua inocência é minha
Continuei batucando os dedos e cantando mentalmente a música, tentando relevar que estava ao meu lado e sorrindo como nunca havia feito antes. Parecia que estava extremamente feliz.
Adorei esse fato.
Logo viramos numa esquina, onde havia uma fileira de carros até chegar ao cruzamento com uma outra avenida. Estava tudo parado.
Frisei os olhos – havia feito o mesmo que eu - tentando ver se havia acontecido um acidente ou algo do tipo, mas só consegui visualizar que o trânsito naquela rua era devido ao congestionamento da outra avenida, ou seja: nós demoraríamos pelo menos uns dez minutos para sair daquele local.
percebeu o mesmo que eu e desligou o carro, seus olhos faiscando para mim.
Agrade-me
Me mostre como se faz
Provoque-me
Você é a única
De repente, num ato direto – e provavelmente impensado -, o loiro arrancou o cinto e me puxou pela cintura com força, fazendo com que nossas testas se encontrassem e eu apoiasse minhas duas mãos em seus ombros totalmente moldados por Deus.
E a única coisa que eu fiz foi ficar com os olhos arregalados, pensando que estava sonhando acordada com aquilo tudo.
Provavelmente eu estava, só não tinha o entendimento daquilo.
Eu quero reconciliar a violência em seu coração
Eu quero reconhecer que sua beleza não é só uma máscara
Eu quero exorcizar os demônios do seu passado
Eu quero satisfazer os desejos secretos em seu coração
Não consegui produzir nenhum som plausível, mas sentia que minha pele já estava queimando por baixo das roupas, e não era nem devido à temperatura ambiente: mas sim pelos efeitos de .
Entendi e não entendi o que ele queria com aquilo, mas também a minha reação de tentar desviar o olhar do dele foi negativa. Era impossível. Ele era lindo e estava ali, nos meus braços.
Mesmo que pertencesse à outra. O que era irônico. Porque quem era a outra da história ali era eu. Embora ele parecesse reconhecer e querer satisfazer todos os desejos secretos que estavam plantados no meu coração.
Agrade-me
Me mostre como se faz
Provoque-me
Você é a única
E então, sem mais delongas, ele me beijou, me fazendo voar até as alturas e ficar por lá mesmo.
Era o nosso primeiro contato dessa forma íntima, então tudo pareceu rodar em câmera lenta. Meus olhos se fecharam para sentir com vigor todas aquelas sensações inovadoras que ele me proporcionava.
Não pensei que aquilo era algo totalmente errado. Só pensei que eu deveria abrir ainda mais a minha boca para receber aqueles lábios quentes e girar sua língua na minha de forma prazerosa e única.
Só que não deu tempo de fazer isso, então nossos lábios apenas colidiram de forma rápida antes que o celular dele tocasse e eu o empurrasse para longe de mim, respirando lenta e longamente, inalando toda a quantidade de oxigênio que eu conseguia de uma vez só.
Eu quero reconciliar a violência em seu coração
Eu quero reconhecer que sua beleza não é só uma máscara
Eu quero exorcizar os demônios do seu passado
Eu quero satisfazer os desejos secretos em seu coração
Eu tinha certeza que estava perdida. Ele havia me desvendado por completo, tirando todas as máscaras que eu teimava em usar perto dele.
Algo em meu peito palpitava de forma audível e dolorosa, e minha boca agora estava escancarada de tanto pavor. Aquilo não era apenas uma queda, uma paixão que iria passar... definitivamente não. Eu gostava dele. Gostava de verdade. Mas seria eu corajosa o suficiente para confessar que estava amando um homem todo errado e impossível para mim?
***
Minha respiração ainda estava irregular, da mesma forma que meus lábios ainda pareciam queimar, deixando rastros de fogo que chegavam em camadas pelas outras partes de meu corpo.
Sentia que tremia involuntária e imperceptivelmente, mas não conseguia parar. O toque dos lábios dele nos meus ainda estava quente, guarnecendo minha mente. Minha pele parecia pedir para ser tocada pelas mãos carinhosas dele, e eu queria mais daquilo.
Queria, mas não poderia ter. Por que as coisas têm de ser tão complicadas?
Olhei com o canto dos olhos na direção de , que olhava diretamente para frente com os olhos pequenos. Uma de suas mãos apertava o volante, os nós dos dedos embraquecidos devido à força que aplicava. Seu celular estava na orelha e ele respondia a pessoa do outro lado de forma bruta, não parecendo feliz. Parecia que ele havia ficado incomodado que o toque indicando a ligação tivesse quebrado o nosso pseudo-beijo (porque não podemos chamar aquilo de beijo de verdade).
Não posso negar que também fiquei incomodada, afinal, eu ainda sentia os efeitos daquele toque singelo em apenas uma parte do meu corpo. Entretanto, acho que também fiquei aliviada. Aliviada por saber que aquilo que eu queria que acontecesse não aconteceria, porque eu já estava cônscia de meus movimentos e pensamentos.
Eu tinha que sair dali agora e evitar uma catástrofe antes que fosse tarde demais.
Assim que o carro deu mais uma brusca parada – mesmo perto de seu destino -, enlacei minha bolsa em meu ombro, nem olhando para o jovem ao meu lado. Tirei meu cinto, abri a trava de segurança e, quando estava pronta para abrir a porta do carro, senti uma mão segurando um de meus pulsos.
Estanquei violentamente, sentindo minha cabeça girar devido às reações idiotas do meu corpo ao toque dele. Girei meu rosto para fitá-lo com raiva, porém minha expressão se anuviou ao ver o olhar dele.
Os orbes castanhos de fitavam o meu rosto de forma suplicante, como se num pedido de desculpas pelo que havia acontecido. Mas que droga, eu não queria desculpas! Eu queria mais! Ai... Eu não sabia o que eu queria!
Só sabia que não estava mais satisfeita com a situação. Estava completamente confusa.
Ele continuou falando palavras monossilábicas no celular, os olhos ainda nos meus e a mão agora soltando meu pulso de forma desajeitada. Logo depois balançou a cabeça, coçando os cabelos como se tivesse embaraçado e parou de me olhar, guiando o carro para dentro de um estacionamento.
Graças a Deus aquilo tudo estava acabando.
Segundos depois desligou o celular, cumprimentando o homem do estacionamento e tentando ignorar que eu também estava presente no carro – por culpa dele, devo ressaltar.
- Bom dia, Bob. – ele disse enquanto abria o vidro e pegava um papel.
- Olá, . – o homem magricela de bigodes sorriu.
- Lá no último andar? – perguntou.
- Sim, você é um dos primeiros mesmo. – o velho homem sorriu e o loiro arrancou com o carro, o medo tomando conta lentamente de meu corpo, como se fosse sangue passando pelas veias.
O silêncio incômodo havia permanecido no carro, e nós não nos olhávamos. Ele subiu dois andares por diversas rampas, chegando ao último andar coberto do estacionamento, que estava literalmente vazio, a não ser por dois carros.
fez a baliza e o carro parou numa das primeiras vagas, ao lado de uma parede escura sem portas e de um poste que continha um extintor de incêndio. Fechou os vidros enegrecidos pelo insufilme e voltou o rosto confuso para mim.
Não consegui olhar em sua direção, então o máximo que fiz foi cruzar os dedos das mãos no colo e fitá-los como se fossem a coisa mais interessante do mundo, minha garganta seca e meu coração falhando batidas dentro do meu peito.
- ? – ele chamou meu nome, o corpo virado para mim.
- Hm? – foi o que saiu dos meus lábios. Era isso ou eu podia agarrá-lo a qualquer momento.
- Se eu te pedir para me deixar fazer uma coisa, você deixaria? – ele continuou me olhando, fazendo minhas sobrancelhas se erguerem em sinal de confusão.
- Depende. – estremeci com seu olhar. – Se for uma coisa do tipo o que aconteceu há minutos atrás, não.
- E por que não? – ele agora dava um meio sorriso e me puxava delicadamente pelo queixo, para que fitasse seus olhos.
- Porque é errado. – falei num sussurro que não tive consciência de como ele poderia ter ouvido.
Suas mãos permaneceram em meu maxilar, acariciando-o, enquanto seus olhos corriam pelo meu rosto. Estremeci mais uma vez e ele segurou uma risada, seus lábios chegando perto de mim.
- Não faz isso. Por favor. – fechei meus olhos para não ter que visualizar mais aqueles orbes tentadores, mas foi em vão, porque agora era o seu cheiro que me inebriava por completo.
- Se quiser que eu pare, me impeça. - E então me puxou pelo pescoço e selou seus lábios nos meus.
Eu sabia que estava completamente perdida. Por mais que eu quisesse, não teria forças para fazê-lo parar.
***
Depois daquele primeiro contato, tudo ficou mais fácil. Minha mente pareceu clarear de certezas e meu instinto simplesmente aflorou, ignorando qualquer parte pensante que cismava em se apoderar do meu cérebro.
Sua boca faminta capturava a minha enquanto suas mãos rodeavam a minha cintura e me puxavam mais perto, ao mesmo tempo em que eu mantinha meus braços apoiados em seus ombros para poder passar a mão em todo seu cabelo, puxando-o da forma que quisesse.
Que tudo se danasse. Eu não estava mais ligando para nada, a não ser ele ali, comigo; seu corpo moldado ao meu, exatamente como deveria ter acontecido há muito tempo. Eu mal podia esperar.
Abracei-o pelo pescoço enquanto a ponta de seus dedos percorria toda a extensão das minhas costas por debaixo da blusa, me fazendo tremer devido aos calafrios que me eram proporcionados. Ele sorriu entre o beijo e mordeu meu lábio inferior, fazendo com que eu cravasse minhas unhas na pele descoberta de seu pescoço.
soltou um gemido devido ao ato, fazendo com que dessa vez eu sorrisse por entre o beijo, afastando nossas bocas enquanto ele tentava incansavelmente fundir nossos corpos – o que era difícil, até porque o freio de mão atrapalhava a nossa... posição.
- Mas que droga de carro. – ele balbuciou entre meus lábios, me fazendo gargalhar.
- Não ponha a culpa no coitado, ele não serve para essas coisas. – disse referindo-me ao que estávamos fazendo e ele puxou minha boca para a sua novamente, impedindo que eu falasse.
Cansei de toda aquela situação – e daquela posição completamente torta e desconfortável – e fiz o que queria fazer há tempos: apoiei-me em seus ombros e passei uma perna por cima do freio e dos botões do vidro. Fiz o mesmo com a outra perna, sentando-me sensualmente no colo de , que estava aconchegado no banco do motorista, ao mesmo tempo em que sua língua acariciava a minha de forma lasciva.
- Agora sim. – foi o que ele conseguiu sussurrar enquanto sua boca escorregava pelo meu maxilar e pescoço.
Gemi e apertei-me fortemente a ele enquanto meu pescoço era marcado. Mais tarde seria a minha vez, mas, até lá, eu queria aproveitar tudo o que ele estava me oferecendo.
Logo as roupas pareciam atrapalhar tudo o que estávamos vivendo. Estava calor e os vidros estavam embaçados, mas eu não estava satisfeita e sabia exatamente o que estava faltando: os músculos de à mostra.
Então eu realmente não me importei quando ele passou a dar mordidas e chupões na curvatura de um dos meus seios, porque eu estava mais preocupada em abrir todos aqueles botões capengas de sua camisa branca, a fim de apalpar seus músculos inexoráveis de forma direta e sem panos para atrapalhar.
- Você é tão bonito... – escapou dos meus lábios de forma sincera enquanto eu apalpava tudo o que conseguia pegar daqueles braços maravilhosos.
Assim que aquela peça de roupa voou para o banco de trás, percebi que minha blusa frente única tinha tomado a mesma direção e que se divertia beijando meus seios por cima do sutiã enquanto apertava minhas coxas por debaixo do short curto.
Abri os olhos por um curto segundo até perceber o que estava fazendo. Minha pele parecia estar em carne-viva, os rastros de saliva em meu pescoço e busto me fazendo ter um lapso de responsabilidade.
Empurrei-o para longe de mim delicadamente, sentindo sua excitação num nível já bastante avançado, me fazendo pasmar no poder que eu tinha sobre ele.
semicerrou os olhos e franziu a testa, olhando diretamente para o meu rosto de forma curiosa e de quem não estava entendendo absolutamente nada.
- O que aconteceu? – ele perguntou balançando a cabeça. – Você não... quer? – ele pareceu desolado, como se eu tivesse atacando sua virilidade. O que era algo que eu definitivamente não estava fazendo.
- Não! – apressei-me em dizer. – Não é isso. – olhei para o lado e passei as mãos em torno de seu pescoço para que não ficasse retraído. Mordi os lábios em seguida, nervosa. O que eu tinha feito? E se... ele não me quisesse mais?
- Não faz isso, , pelo amor de Deus. – ele girou os olhos para em seguida fechá-los, apoiando a cabeça no banco, relaxando.
- Isso o quê? – sussurrei em seu ouvido.
- Essa coisa com os lábios. – ele abriu os olhos, me encarando, e sua testa tocou a minha de forma delicada.
- Isso? – mordi os lábios novamente sem entender direito. Ele gemeu e fechou os olhos de novo, me fazendo rir. – Por quê?
- Porque você fica sexy demais e pede para ser agarrada, aí eu não consigo me conter. – ele suplicou me fazendo dar mais uma risada verdadeira e encostando nossos narizes.
- ? – chamei-o enquanto passava as mãos por todo seu braço e a região do seu abdômen.
- Sim? – ele respondeu num tom amigável, ainda de olhos fechados (mas com as mãos bem hábeis, se vocês querem saber mesmo).
- Alguém pode nos ver. – falei baixo e encolhi os ombros.
Os braços dele logo se apertaram contra a minha cintura firmemente, e seus olhos brilhantes se abriram para fitar meu rosto.
- O estacionamento ‘tá vazio, amor. – disse sorrindo casualmente, como se ele falasse aquilo para todas as garotas que conhecia – Além disso, o vidro é escurecido. Ninguém enxerga de fora.
E deu mais um daqueles sorrisos brilhantes que deveriam ser proibidos em qualquer lugar do mundo.
- Mas se você não quiser mais... – ele logo falou segurando o riso.
- Não! – praticamente gritei, fazendo-o soltar a gargalhada e me deixando extremamente constrangida.
Que raios de homem era aquele que atiçava minha sanidade e depois fazia com que eu mesma fosse a pervertida e ninfomaníaca da história?
- Ai, que tal você fazer alguma coisa mais útil com essa boca além de falar? – exclamei cruzando os braços e revirando os olhos, enquanto os dele sorriam e brilhavam na minha direção.
- Acho que vou atender o seu pedido. – ele sussurrou contra meus lábios, fazendo com que eu ficasse praticamente bêbada e inebriada em seu perfume, escorando minhas mãos em suas costas e nas famosas “entradinhas”.
- Ótimo. – resmunguei enquanto ele puxava meu tronco para mais perto de si e sugava meus lábios com força.
Era como se nós nem tivéssemos parado para trocar essas mínimas palavras, a luxúria instalada novamente em nossos corpos, mas com uma força muito mais devastadora do que antes.
O loiro mordeu novamente meus lábios, quase os fazendo sangrar, enquanto suas mãos apalpavam todo o desenho de meus seios, friccionando com os dedos e me fazendo gemer de prazer.
Logo depois, foi a minha vez de deixar marcas pelo seu pescoço, enquanto ele tentava de todas as formas arrancar meu sutiã para longe para abocanhar meus seios com a boca, me estimulando com a língua.
Sapatos e sandálias já estavam perdidos dentro do carro e eu me sentia febril, precisando de um espaço maior para completar aquilo tudo. Não era nem de longe a minha primeira vez, mas sem dúvidas estava se saindo a melhor de todas.
Eu tinha certeza de que o iria bater todos os recordes estabelecidos por mim.
Não que eu estivesse prestando atenção nessa parte, só que era impossível não sentir tudo aquilo quando eu estava com ele. Toda a tensão, todos os batimentos cardíacos acelerados, as festas revolucionárias no estômago, o brilho nos olhos, as mãos suadas, a garganta seca... Tudo isso poderia ser considerado indício de que ele tinha um efeito devastador sobre mim, e não havia nada que eu pudesse fazer.
A não ser aproveitar o momento.
E então, sem mais nem menos, abaixou o assento em que estávamos e me puxou para o banco traseiro, me espremendo entre seu peitoral maravilhoso e o acolchoado do banco.
Abri as pernas para enlaçá-lo pela cintura com força, minha genitália batendo contra a dele de forma precisa mesmo por cima das roupas, me fazendo ofegar.
Com isso, suas mãos voaram para o botão de meu short, abrindo-o e jogando-o para qualquer lado, exatamente como havia feito com minha blusa e meu sutiã.
olhou-me ternamente antes de descer seus beijos até a minha barriga, pulando para minhas coxas e subindo novamente até a virilha.
Não havia mais volta e nada mais me importava, nem mesmo se eu estava sendo a vadia da situação. Aquilo tudo parecia tão profundo, tão necessário, tão harmonioso, tão... certo, mesmo que do modo errado. Porque a situação era ilícita. Mas era esse pequeno detalhe que fazia tudo melhor.
Era como se eu estivesse sendo queimada viva, mas de um jeito maravilhoso. E ele não podia parar agora porque eu já tinha ficado completamente... maluca.
não parou os movimentos circulares com a língua nem quando chegou ao ponto principal, por cima da minha calcinha rendada – a qual ele tirou com os dentes de forma rápida e sem hesitação, segundos depois.
De súbito e sem permissão, me penetrou com a língua, fazendo com que eu sufocasse um grito com um gemido histérico, que não foi resistido quando ele inseriu mais alguns dedos poderosos, me atiçando.
Apertei seus cabelos de forma nada gentil, enlouquecendo com o que estava se passando comigo. Ele era definitivamente o melhor de todos.
Senti que estava quase chegando ao ápice depois de poucos minutos, a familiar sensação de estremecimento violenta se apoderando de mim enquanto eu tentava inutilmente agarrar para mais perto de mim.
- Oh... Eu ‘tô quase lá... Não para... – gemi entre dentes, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás.
- Geme pra mim, amor. – ele pediu deixando seus movimentos mais longos e vagarosos.
- ... – palavras desconexas saíram da minha boca, mas eu não estava mais pensando em nada, apenas queria que ele acabasse com aquela tortura logo – Oh, ...
- Nós já conversamos sobre isso. – falou num tom recriminador, mas pude ouvir a malícia por trás daquilo tudo.
- ... – não tive consciência em como diminuir o nome dele, então essas letras foram as primeiras coisas que passaram pela minha cabeça enquanto uma sensação de tremor passava por todo meu corpo – Oh céus! ! , por favor! – pedi inutilmente para que ele acelerasse os movimentos.
Um segundo depois, eu havia atingido o meu primeiro orgasmo daquela manhã.
Fiquei um longo tempo ofegante apenas com os braços apoiados em , que mantinha a testa colada em meu pescoço, sem muitas movimentações. No entanto, eu sabia exatamente do que ele precisava – e queria. E eu estava pronta para oferecer.
Levantei-o pelo maxilar e dei um meio sorriso – aquele classificado como tarado – e empurrei-o para o lado, fazendo suas costas irem em direção ao gelado do vidro. Ele permaneceu no local enquanto eu mordia o lábio e engatinhava por cima dele.
Passei minhas unhas compridas pelo seu pescoço, arranhando-o, para depois descer lentamente por toda a extensão de seus músculos abdominais, chegando ao zíper de sua calça.
Abri o pequeno botão e puxei o zíper, jogando as calças para algum lugar – com a ajuda dele – e expondo o seu volume infinito que fez com que eu arregalasse os olhos.
Dei alguns selinhos por cima de seus lábios enquanto suas mãos passavam por todo o contorno de meu corpo, desde o pescoço até a bunda, e não quis esperar mais para o que iria fazer.
Brinquei com o elástico de sua boxer enquanto mordia e chupava seu peitoral, fazendo com que ele arquejasse e sussurrasse alguma profanidade em meu ouvido.
- ... – ele gemeu o meu nome quando eu desci a sua última peça de roupa e capturei delicadamente seu membro com as duas mãos. – Você... Você não...
- Fica quietinho e me deixa fazer o que tenho de fazer, certo? – sussurrei perto de seus lábios enquanto começava a masturbá-lo lentamente.
Comecei fazendo movimentos vagarosos e ouvi-o gemer em meu ouvido, pedindo que acelerasse. Dei resposta a seu pedido assim que ele cravou as unhas curtas em meus braços, ajudando nos movimentos, para depois abaixar-me e estimulá-lo oralmente.
acariciou meus cabelos enquanto eu tinha em mente proporcionar a ele todo o prazer que conseguia, da mesma forma que ele havia oferecido para mim.
Eu não precisava de qualquer estímulo a não ser ele, seu corpo viril exalando sensualidade e suas carícias fazendo com que eu perdesse a sanidade – quando na verdade era ele quem deveria estar prestes a ficar maluco. Sem mais delongas... Ele era o cara, e eu não podia acreditar que estava junto a ele naquela situação.
Não que eu não tivesse apreciando, porque eu realmente estava.
- ... Eu não vou aguentar muito... mais. – ele sussurrou entre gemidos e eu terminei de sugar seu membro pulsante, levantando-me e lhe dando um beijo estalado nos lábios.
- Camisinha. – sussurrei sentindo suas mãos deslizarem pelo meu corpo.
Com dificuldade, ele me tirou de seu colo e passou a procurar a calça perdida – o preservativo estava na carteira, que se encontrava no bolso da calça -, os olhos apertados e a testa suada.
Sorri idiotamente enquanto observava-o pegar o pacote, minhas fantasias sexuais quase totalmente realizadas.
Ele sentou-se ofegante no banco e me puxou para o seu colo, sem realmente me penetrar, e entregou a camisinha em minhas mãos, sorrindo.
Seus olhos brilhantes fizeram com que meu coração soltasse um pulo grande e desnecessário em meu peito, e sorri para ele em forma de companheirismo.
Droga. Eu estava mesmo apaixonada pelo cara sexy e proibido.
- Sou todo seu. – ele disse de forma fofa me fazendo abrir um sorriso maior ainda. Como podia existir um cara desses no mundo? Fofo, simpático e misterioso, apesar de tudo?
- Pode apostar que é. – sussurrei em seu ouvido, mordendo seu lóbulo segundos depois e coloquei o preservativo, enquanto ele passeava as mãos por todas as partes alcançáveis do meu corpo.
me içou pela cintura apenas para guiar seu membro até a minha entrada, e eu desci sôfrega e lentamente, agarrando seu pescoço e sentindo meu coração explodir para fora de meu corpo, que estava pegando fogo.
Subi e desci lentamente, rebolando em seu membro ereto, nossos lábios apenas encostados um no outro enquanto eu o abrigava por inteiro.
E então, rapidamente e sem que eu ao menos percebesse, eu já estava deitada no banco, ele por cima de mim dando estocadas fortes e rápidas, quase tirando seu membro totalmente de dentro de mim para em seguida colocá-lo com muito mais força e velocidade, me fazendo gemer alto.
Enlacei-o com as pernas pela cintura para facilitar a penetração e senti-lo melhor, e continuamos os movimentos de vai-e-vem, sussurrando coisas sem nexos para qualquer um ouvir.
Gememos juntos, ofegamos juntos e chegamos ao ápice da mesma forma.
Logo senti meu corpo dolorido, no entanto, a felicidade imensa que radiava de mim suportava qualquer outra dor ou sentimento de vazio. continuou dentro de mim e me abraçou suavemente pela cintura, fazendo com que eu deitasse minha cabeça em seu pescoço e escorasse minhas mãos pela curvatura de seus braços musculosos.
Senti minhas pálpebras pesadas e o corpo exausto, mas um enorme sorriso pintava meu rosto. Será que ele também se sentia realizado como eu?
- Dorme, linda. – ele sussurrou e me deu um selinho.
- Você vai ficar aqui? – perguntei um pouco amedrontada, olhando agora em seus olhos cintilantes.
- Eu não tenho para onde ir a não ser ficar aqui com você. – ele sorriu ternamente e, de alguma forma, eu tinha certeza de que ele se sentia exatamente da mesma forma que eu.
Realmente, havia sido uma manhã adorável.
***
Despertei quando senti alguns movimentos perto da região das minhas coxas. Abri os olhos vagarosamente, tentando entender onde eu estava e o que havia acontecido.
Observei dando um jeito no preservativo e sorri, flashes do que havia acontecido entre nós a alguns minutos anteriores – eu sabia que não havia dormido muito - passando pela minha cabeça.
Logo seu rosto voltou-se em minha direção e sua sobrancelha fez um desenho engraçado devido à sua expressão facial, fazendo com e que eu abrisse um sorriso ainda maior.
- Eu te acordei? – ele perguntou passando as mãos pelo meu rosto.
- Não. – menti – Eu dormi muito? – quis ter a certeza.
- Uma meia hora, nem isso. – ele sorriu e me beijou de forma eufórica. Depois parou e ficou olhando para o meu rosto, sorrindo enquanto eu sentia minhas bochechas queimarem.
- O que foi? – perguntei enquanto alcançava uma de suas mãos e brincava com seus dedos, ainda fitando seu rosto maravilhoso.
- Nada. – ele disse e riu, correspondendo aos meus movimentos.
- Fala! – pedi ficando ainda mais vermelha. Como ele podia ser tão... tão... indescritível?
- Acho que eu nunca vou conseguir parar de te olhar. – ele disse apoiando seu rosto na outra mão.
- , você nunca me olhou. – falei verdadeiramente, um pouco nervosa agora – Não sei como isso foi acontecer hoje.
- Pois é aí que você se engana, . – ele frisou meu nome e eu gargalhei.
- Desculpa, , mas não estou entendendo mais nada.
- A gente se conhece há mais de dez anos, você achou que eu nunca iria reparar numa garota como você? – ele explicou achando graça na situação.
- Vai saber, né... – dei de ombros ainda girando meus dedos nos dele, até que percebi que havia alguma coisa errada.
Senti que ficava branca e que alguma coisa invisível apertava meu coração da forma mais dolorosa possível.
O que eu havia feito? Por que eu não havia o impedido de fazer aquilo? Por que eu simplesmente não resisti por mais alguns segundos, alguns segundos que seriam preciosos para que eu saísse do carro e andasse até a minha faculdade sem cometer o pecado da luxúria?
- ? O que foi? – ele perguntou preocupado enquanto eu ofegava, meu coração parecendo esmurrar para fora do peito.
Idiota, idiota, idiota! Tive vontade de me estapear com força e fechei os olhos, não aguentando fitar os orbes desesperados de em meu rosto. Qual era o meu problema?!
Desenlacei minha mão da dele, como se tivesse recebido um choque térmico, e quis sair correndo para longe, sentindo meus olhos aguarem. Isso era tudo minha culpa! Se eu não tivesse aceitado a carona, esse erro não teria acontecido. Mesmo que para mim tivesse sido a melhor coisa do mundo...
- ?! – ele me chocalhou pelos ombros, preocupado – Você ‘tá chorando! O que aconteceu?!
- Oh. – abri os olhos e os senti molhados. – Eu tenho que ir embora.
E então me desvencilhei dele e passei a procurar todas as minhas roupas pelo carro, enquanto ele me olhava assustado e eu mantinha minha cabeça imersa em pensamentos.
Eu havia ficado com um cara que tem namorada! Que tem uma aliança de compromisso há mais de dois anos! Burra, burra, burra, estúpida! Eu não acredito, por que justo comigo? Por que eu simplesmente não consigo amar uma pessoa melhor e menos errada do que ele?
- O quê? , fala comigo! – ele impediu que eu abrisse a porta do carro e saísse correndo, já que nós dois agora estávamos vestidos.
- Não posso, . – logo me senti idiota por chamá-lo pelo apelido novamente. Cadê as minhas forças? – Isso foi errado, não pode acontecer de novo!
- O... O que você ‘tá dizendo? – agora ele parecia ofendido.
Meus olhos continuavam vermelhos e chorosos, e eu o encarava. Por que as palavras simplesmente não saíam? E por que ele fazia aquela cara de sofredor para mim, como se eu fosse a errada da história?
- Não faz assim! – gritei e joguei as mãos no rosto, não querendo fitar seus olhos. Eu não iria conseguir. – Você sabe que isso foi errado!
- Não, olha pra mim! – ele falou em tom severo e puxou minhas mãos do rosto, fazendo com que eu o encarasse. – Quando duas pessoas se amam, é normal que isso aconteça! – ele praticamente gritou.
Sufoquei um grito de pavor ao ouvir aquelas palavras. Ele parecia brincar comigo, brincar com meus sentimentos estúpidos, como se eu fosse uma qualquer com quem ele havia feito sexo dentro do carro, por pura diversão.
- Você não me ama, ! – gritei e mexi minhas mãos, fazendo com que ele me soltasse. – Você tem namorada! – praticamente esperneei.
Foi o que bastou para que ele escancarasse a boca, como se tivesse se lembrado de algo terrível – como o fato de que ele estava comprometido com alguém que não era eu.
- Então o problema é só esse? – ele falou confuso.
- Como só esse, ? – gritei embasbacada. – Você a ama! O que aconteceu entre nós foi só... Só um deslize da sua parte. Um deslize que não vai voltar a acontecer nunca mais, por mais que eu queira. – senti mais algumas gotas salgadas descerem pelo meu rosto, e não acreditei no que eu havia dito. Eu havia confessado na frente dele que queria que acontecesse novamente!
- – ele pronunciou meu nome e agarrou minha cintura, colando nossos corpos e fazendo com que eu sentisse seu hálito na minha própria boca – Não foi um deslize. Eu queria isso há muito tempo. – agora quem parecia confessar as coisas era ele.
- O... O quê? – agora eu não estava entendendo mais nada.
- Eu não sinto mais nada pela Melanie há muito tempo, e você é a prova viva disso – ele pegou a aliança em seus dedos e jogou pela janela antes que eu o impedisse – Eu não consigo parar de pensar em você. Não consigo me concentrar durante as aulas, pensando que talvez eu a encontre pelo campus da faculdade. Sempre tento te encontrar durante as saídas rotineiras de casa, mas nunca dá certo. A não ser por hoje.
- O que você quer dizer com isso? – as palavras pareciam não sair da minha boca de tanto que eu tremia. Ele sorriu, passando as mãos pelo meu rosto.
- Em outras palavras, eu quero você pra mim, meu amor. – ele disse sorrindo, seus olhos derretendo os meus, suas mãos percorrendo meu corpo e o fazendo estremecer e esquentar.
- ... Eu... – agora eu estava mais confusa do que antes. Se ele queria ficar comigo, por que estava com outra? E por que ele só demonstrou isso agora, depois de todo esse tempo?
Antes que eu terminasse de tentar falar mais alguma coisa, ele grudou seus lábios nos meus, sua língua pedindo passagem pela minha boca – passagem que eu concedi sem nem pensar duas vezes. Era impossível resistir a ele, simplesmente não dava. Ainda mais agora que eu sabia o que ele estava sentindo.
- Eu sei que é difícil de entender. – ele pareceu ler meus pensamentos. – Mas eu quero que faça uma coisa por mim.
- Qualquer coisa. – sussurrei entre seus lábios, puxando-o pelo pescoço e encostando nossas testas. Eu já estava perdida mesmo.
- Me espera. – pediu de forma desesperada, fazendo com que eu me assustasse. – Não vai ser sempre assim... dessa maneira. Desse jeito visivelmente errado.
Seus orbes castanhos perfuraram os meus, que agora estavam abertos e irradiavam felicidade. Ele estava mesmo pedindo que eu esperasse por ele? Para que nós pudéssemos ficar juntos do jeito certo, sem esconder de ninguém os nossos sentimentos e sem trair ninguém?
Então, sem mais nem menos, eu sabia o que tinha de responder. Eu estava certa dos meus sentimentos, e ele parecia estar certo dos dele também. Então... Por que não tentar? Eu não tinha nada a perder, tinha?
Abri o meu maior sorriso e puxei-o pelo pescoço até mim, esmagando meus lábios nos dele e o abraçando, feliz. Aquilo era tudo o que eu queria – pelo menos no momento.
- Acho que isso é um sim. – ele riu entre o beijo, visivelmente feliz.
- Isso definitivamente é um sim. – encorajei-o.
Nossas bocas não se desgrudaram nenhum minuto em todo o tempo em que permanecemos ali dentro do carro, e também não aconteceu nada a mais depois daquilo. Não precisava acontecer. Eu já me sentia completa.
- Acho que estamos atrasados. – disse depois de um tempo, olhando para o relógio do carro. Dez minutos haviam se passado desde a primeira aula.
- Merda. – ele resmungou me tirando de seu colo. – Eu tenho prova no primeiro período.
- Eu também. – ri e puxei-o pelo pescoço rapidamente, dando um selinho, para depois puxar minha bolsa e sair do carro.
Ele fez o mesmo que eu, ajeitando sua gravata e seu cabelo e saindo pela porta contrária a minha, trancando o carro.
- Eu vou por aqui. – apontei na direção de onde havíamos entrado com o carro. Era o local mais perto do meu prédio, que era totalmente fora do caminho do dele.
- E eu por aqui. – ele indicou uma outra saída e andou na direção contrária a mim, olhando diversas vezes para trás.
- Até a próxima vez, . – falei num tom alto para que ele ouvisse e mordi os lábios de forma sacana. Ele revirou os olhos e sorriu estonteante na minha direção, respondendo:
- Até logo, . – ele deu uma piscadela para mim e nós giramos em direções contrárias com sorrisos safados plantados no rosto.
É claro que haveria uma próxima vez. Até porque ele já não era mais tão proibido assim... Ele era o meu mais novo pecado. E que me queria por completo.
Outras fics: Everything will change (McFLY/Finalizada); Remember Me, Remember Us (McFLY/Finalizada) e We’re both confused (McFLY/Finalizada).