me deixou em uma dessas barraquinhas que vendem sorvete perto do cais e saiu com um "já volto!" tão animado que só me permitiu suspeitar de seu comportamento.
Comprei um dos meus sorvetes favoritos, baunilha com uma casquinha deliciosa de chocolate ao redor. Nada equiparava à sensação de ter aquilo na boca - exceto, talvez, .
Quando virei-me para procurar por ele, estava de volta ao cais da Ilha Grande e batia um papo que parecia muito divertido com um rapaz. Os dois argumentavam e balançavam os braços, gesticulando de forma intensa, até que o rapaz o levou para uma das beiradas do cais e gritou para alguém dos barcos. O senhor no barco acenou e fez um sinal de legal e apertou a mão do rapaz o seu lado - então eu soube que ele estava aprontando alguma.
Deixamos Drica e JP para trás naquele dia, fugindo antes do Sol nascer - vimos o dia despertar no barco, rumo à Ilha Grande, um dos mais belos amanhecer que já tive o prazer de presenciar. Não que Drica e JP fossem uma companhia ruim, pelo contrário. Mas aquela viagem era para comemorar nosso aniversário de um ano de namoro e eu deixei reivindicar algum tempo só com a minha companhia além das horas quentes em que nós preferíamos não dormir para aproveitar um ao outro.
Toda vez que eu pensava ou proferia "" e "um ano" em uma mesma frase, quase não podia acreditar. Ainda sentia as mesmas sensações idiotas do começo, de quando ele me abraçava e dizia que eu era sua namorada, mas, ao mesmo tempo, me perguntava como a gente tinha conseguido ficar juntos por tanto tempo. Nós éramos absurdamente diferentes e tínhamos tendências suicidas a provocar um ao outro. Estávamos sempre brigando por qualquer coisa e, às vezes, começávamos a rir no meio da briga, porque era sempre tão estúpido e tão engraçado...
era mais possessivo e expansivo. Tinha toda aquela aura de que era poderoso e invencível, enquanto eu era mais segura e mais ligada à liberdade e ao meu pequeno espaço pessoal que sempre se empurrava para dominar aquilo também. Tinha sido assim, quando se mudou para o meu apartamento. Em dois meses, o apartamento tinha se tornado, irreversivelmente, a cara dele. Não a decoração ou os móveis, mas tinha coisas em cada canto dele - uma lasca no móvel da sala quando eu tentei jogar o sapato na cabeça dele e o salto acertou a madeira, uma mancha de vinho na cabeceira da cama por causa de uma de nossas brincadeiras, um buraco no sofá que ele fez com uma faca, "sem querer", enquanto assista MMA.
E, apesar disso tudo, lá estávamos nós dois juntos. E havíamos aprendido a nos entender e compreender de tal forma a evitar que as nossas constantes brigas acabassem com aquela coisa linda que tínhamos.
Acho que isso era o que todo mundo chamava de amor.
, por fim, passou um bocado de dinheiro para o rapaz e virou-se para mim quando eu já estava na metade do sorvete. Mesmo a uma considerável distância, não pude perder a oportunidade de provocá-lo: chupei o sorvete de forma insinuante e vi-o cerrar os olhos em minha direção e balançar a cabeça, concordando. Sorri, então, porque era óbvia a nossa sintonia.
Caminhei até ele, que tirou uma das mãos do bolso da bermuda para circular ao redor da minha cintura. Deu um beijo em meu pescoço e uma mordida no meu sorvete, que resultou em uma careta - tinha dentes sensíveis, mas se recusava a assumir isso e procurar um dentista.
- O que você estava fazendo? - inquiri, a curiosidade me corroendo de tal forma que eu mal conseguia pensar em outra coisa.
Ele sorriu daquela forma que me dizia que sabia que estava me deixando louca, mas não se importava porque fazia parte da brincadeira e, no fundo, ele amava me deixar ensandecida de curiosidade.
- Vamos pegar um barquinho desses - anunciou.
Esperei que ele elaborasse a história, falasse onde iríamos e o que faríamos, mas não. Era somente isso que ele iria dividir comigo. Fiz cara feia para ele e ele soltou uma gargalhada gostosa.
- Pra onde? - Não desisti.
riu.
- Não sei exatamente - puxou-me para mais perto de seu corpo pela cintura que ele tomara para si mais cedo. Senti calafrios ao seu lábio gelado do sorvete encostar em minha orelha. - Mas vamos poder ficar sozinhos. - E, com isso, mordiscou o topo da minha orelha.
Merda. Pronto. Eu já sentia minha vagina responder à sacanagem dele, mesmo não sendo nem um pouco explícita.
Às vezes, eu achava que e eu só estávamos juntos porque sabíamos que não importava o quanto brigávamos, sempre teríamos um sexo transcendental logo após isso. Mas aí eu me lembrava da forma em que meu coração acelerava de pavor toda vez que ele corria um de seus rachas e eu sabia que não era só isso.
Mas o sexo, com certeza, era um ponto importante.
- Parece bom - eu me dignei a dizer, limpando a garganta ao perceber que minha voz tinha saído fraquinha de desejo.
riu e passou o outro braço ao meu redor, me puxando de frente para ele. Não demorou um segundo para que seu nariz estivesse junto com o meu. Eu estava esperando um dos seus beijos avassaladores de posse - ele normalmente me dava esses em público porque gostava que as pessoas invejassem nós dois -, mas não foi isso que eu ganhei. Foi um dos doces e sinceros beijos apaixonados, do tipo que trocávamos pós-sexo e que arrepiavam todos os pelos que existiam em meu corpo.
Por Deus, aquele homem não podia ser real.
encerrou o beijo ao ouvirmos um assovio alto e encostou o nariz no meu, respirando fundo. Eu, por outro lado, estava respirando com dificuldade. Não conseguia lidar com safado e apaixonado ao mesmo tempo. Era apenas muito para processar de uma vez.
- Vem, - chamou-me, desenlaçando minha cintura para segurar-me pela mão.
se abaixou para pegar a mochila em seus pés (eu nem havia notado que ela estava por ali) e jogou-a nas costas, antes de me puxar pelo cais, de volta para a calçada. Pisamos na areia e seguimos para a praia, onde um barquinho simpático nos aguardava, com um senhor de uns cinquenta ou sessenta, grisalho e simpático, dentro dele.
- Olá, casal. A bordo?
Fiquei animada instantaneamente, mesmo sem saber pra onde estávamos indo. O homem estendeu a mão para me ajudar a subir no barco e eu aceitei, sentido as mãos de em minha bunda. Aos olhos dos outros, aquela atitude do meu namorado pareceria inocente, apenas um bom rapaz ajudando a garota a subir no barco, ou táxi boat como eles falavam na ilha e como estava estampado na embarcação, mas eu sabia que não era. Eu sentia que não era, no beliscão que ele me dera, tentando escorregar os dedos para o meio das pernas e para a minha virilha.
Por conta disso, quase escorreguei quando subi no barco, ouvindo uma risada irritante de ecoar atrás de mim. Ele subiu no barco em seguida e em um pulo, balançando a embarcação de forma alarmante. Sentei-me rapidamente, nervosa e com medo de minhas pernas, já lá não muito estáveis, falhassem naquele momento.
Arregalei os olhos sozinha, nem nem o condutor se alarmaram, mas isso não me impediu de lançar um olhar recriminante para o meu namorado irritante enquanto ele se sentava ao meu lado.
- Todos prontos? - O condutor perguntou, antes de se voltar para o mar à sua frente.
Senti o barco começar a vibrar quando ele ligou o motor, mas eu comecei a vibrar junto por culpa de . Aproveitando que o homem não nos olhava, sem nem disfarçar, levantou minha saída de praia e enfiou uma das mãos no meio das minhas pernas.
Puxei o ar em surpresa e riu baixinho, encostando o nariz em minha bochecha, chamando-me para beijá-lo, o que impreterivelmente fiz.
- Sem barulho - murmurou, quase inaudivelmente.
Concordei com a cabeça, já fechando os olhos, sentindo seus dedos arteiros puxarem a calcinha do meu biquíni para o lado e procurarem a fenda da minha virilha. Tranquei os lábios, sentindo já a vontade de deixar gemidos escaparem quando ele encontrou o botão mágico que me dava prazer.
Ao conter os gemidos enquanto ele fazia aquele carinho torturantemente lento, minhas mãos ganharam vida própria. Procuraram seus cabelos, obrigando-o a me beijar, sem nem um pouco de pudor. encerrou o beijo e manteve a testa encostada na minha e eu obriguei-me a abrir os olhos.
Foi a coisa certa a fazer.
gostava de me ver sentir prazer e era uma de suas coisas favoritas no mundo. Então, quando abri os olhos, ele intensificou os movimentos de tal forma que eu tive que morder com força meus lábios, ou eles profeririam uma série de palavrões descontrolados e joguei minha cabeça para trás.
beijou meu pescoço e puxou uma de minhas pernas para o seu colo, me abrindo toda. Ele olhava com frequência para o condutor, preocupado, mas eu não podia me importar menos com isso quando senti dois de seus dedos me penetrarem sem dó.
Minhas mãos procuraram firmeza e uma delas encontrou-a em sua coxa, enquanto eu jogava meu corpo todo para trás. Ele enfiou mais um dedo e encontrou o ritmo perfeito para fazer meu corpo todo explodir em fagulhas de formigamentos e êxtase - o que não demorou nem um pouco. Acabei soltando um gemido, mesmo que baixo, que assustou e o fez empurrar minha perna de volta pra mim, me abraçando rapidamente, como se estivéssemos assim o tempo todo.
Na minha cabeça, o condutor sabia exatamente o que estivéramos fazendo e não estava afim de atrapalhar, mas continuava achando que estávamos escondidos.
Senti seus lábios em minha orelha antes que eu pudesse me acalmar; minha respiração ainda estava alterada, meus batimentos cardíacos ainda estavam acelerados e ainda sentia leves espasmos do orgasmo que eu havia acabado de ter.
- Gozou gostoso, foi? - Sussurrou baixinho, em minha orelha.
Era maldade. Ele sabia que era maldade e, mesmo assim, fazia. Quando ele falava sacanagens logo após eu gozar, ele só estendia os arrepios e o meu prazer por mais alguns segundos e adorava sentir os pelos do meu corpo arrepiarem-se mais uma vez. Dignei-me, porém, a concordar com a cabeça, com um sorriso idiota estampado no rosto.
- E essa mão perigosa aí? - Questionou. - Não vai fazer nada?
Só então percebi que minha mão continuava em sua coxa, perigosamente perto de seu membro que estava perceptivelmente rígido. Senti-me salivar e engoli o excesso, mas não sem chamar a atenção.
beijou-me levemente, antes de encostar o seu indicador no meu lábio inferior. Suguei-o, sentindo o gosto do meu gozo e vendo-o fechar os olhos e suspirar.
- Só um pouco? - Implorou. - O que você acha?
Minha resposta era mais que óbvia, mas estendi o momento, como se ainda considerasse. Olhei para por alguns segundos, então encarei o condutor, distraído enquanto guiava-nos através do mar calmo entre o continente e a ilha, antes de voltar a olhar para , com um sorriso malicioso.
- Minha garota - murmurou, e já era um suspiro de prazer por eu estar mexendo no cós da sua bermuda, atrás de puxar sua ereção para fora da sunga - Minha... - Ele se cortou, quase deixando escapar um grunhido ao sentir meus dedos fecharem-se ao redor de sua ereção. - Minha - suspirou.
Trincou os lábios quando eu me curvei sobre ele e encaixei a cabeça de seu pênis em minha boca, sentindo-o se afundar no banco do barco, soltando um suspiro longo.
Não tinha muito mistério em fazer sentir prazer. Homens eram mais fáceis que mulheres, quanto a isso. Se você sugasse com vontade e fizesse caras safadas, eles gostavam. Com , quanto mais eu o colocava na boca, mais ele ficava louco. Então comecei minha empreitada em enfiá-lo por inteiro e logo senti sua mão em minha nuca, guiando meus movimentos no ritmo que ele gostava.
Acabou se empolgando, porém, e me afastei, tossindo e rindo. escondeu sua ereção rapidamente por causa da minha barulhada e balançou a cabeça, sorrindo.
Puxou-me para um beijo um pouco desesperado.
- Desculpe - pediu. - Me empolguei.
Sorri porque eu adorava quando ele deixava claro todo o amadurecimento que ele tivera durante o período que estivemos juntos. Antes, ele era mais afobado e chegava até ser um pouco desrespeitoso, mas uma série de brigas, broncas e dicas depois, ele já conseguia ver quando estava errado e já conseguia me colocar como prioridade à frente de coisas simples, que antes ele não se importava tanto.
Como naquele momento, que meu bem estar e a preocupação de ter chamado atenção do condutor estavam priorizados à frente da ereção sem nenhum vestígio de solução, guardada de volta em sua bermuda.
- Tudo bem, acontece - murmurei de volta. - Te recompenso depois, prometo.
Ele riu e procurou minha boca para um beijinho estalado que eu suspeitava que era a única coisa que ele aguentava, no momento, sem pirar totalmente. E apesar do meu fogo incorrigível, afundei meu rosto em seu peito e me ajeitei para que aguentássemos o resto da viagem para sabe-se-lá-onde em sossego e tranquilidade.
- Para onde estamos indo mesmo? - perguntei.
- E aí, amigo! Qual o nome da praia? - berrou para o condutor.
Ele, enfim, virou-se para gente e pelo seu rosto límpido, achei que ele não tinha percebido, mesmo, o que havia acabado de acontecer atrás dele.
Embora duvidasse veementemente.
- Enseada das estrelas - respondeu. - Uma prainha pequena. Vocês vão adorar.
levou a boca até minha orelha e apesar de ter alcançado meu prazer apenas alguns minutos atrás, estremeci. Não tinha culpa, porém, meu namorado era gostoso demais, minha orelha era fraca e sua respiração ou voz por ali por perto sempre me deixava levemente amolecida.
- Espero que a gente goste mesmo - murmurou. - Porque me custou uma pequena fortuna.
Ri e ele me acompanhou, mas eu imaginava que era só uma brincadeira. dificilmente reclamava de gastar dinheiro, principalmente comigo. Não quando ele mesmo já tinha feito uma pequena fortuna com suas corridas, em concomitância à carta de recomendação de meu pai, que aumentara a produção e às vendas da fazenda do pai dele, e aumentando, também, a quantidade de empregados, enquanto a maioria dos lugares estava demitindo.
Morando juntos, agora, eu não via nem a cor das contas. pagava todas elas e dividia o que sobrava comigo. Eu estava prestes a sugerir que criássemos uma conta conjunta, mas tinha medo de ser cedo demais.
Embora eu achasse que nós não iríamos deixar um fugir do outro, de qualquer forma.
Eu me assustava, às vezes, com o quanto eu amava aquele homem. Como seu sorriso iluminava meu dia e como algumas palavras de afeto acabavam por me fazer chorar.
Levei uma de minhas mãos até sua barba rala e acariciei seu rosto com leveza. Ele me olhou com um sorriso doce, mas franzindo a testa.
- O que foi? - perguntou.
Imagino que minha resposta tenha sido uma surpresa agradável.
- Eu amo você.
Aquele era um tipo de conclusão que era impossível não se ter na situação em que nos encontrávamos. era parte da minha vida e eu não estaria tão feliz se eu não o tivesse ao meu lado. Nós éramos dois inteiros completamente diferentes e cheios de personalidade, mas de alguma forma, como duas peças de quebra-cabeça, a gente se encaixava em busca de um objetivo maior. Era lindo e era completo. Eu tinha meus sonhos e tinha os dele, e, de alguma forma, a gente estava dando um jeito de ambos sairmos em busca deles. estava pesquisando sobre como ser um piloto oficial de corridas e, assim que se formasse - no próximo semestre, junto comigo porque fizera questão de deixar algumas matérias para depois para que nos formássemos juntos -, iria viajar em busca disso. E, embora me doesse deixá-lo ir por alguns meses, eu ficaria com o pai dele, trabalhando na fazenda no laboratório que eles estavam construindo nos fundos da casa grande, com uma pequena equipe contratada pelo pai de para a pesquisa por pesticidas que não causem danos à plantação.
sorriu à minha declaração, aquele sorriso sincero e grande que deixavam seus olhos pequenos e mais brilhantes.
- Eu também - respondeu de volta, como sempre.
Acho que ele gostava quando eu dizia que o amava porque ele tinha mais facilidade em responder "eu também", como eu sabia que ele se sentia, do que dizer, propriamente dito. era mais de demonstrar que me amava com ações, como se preocupando com a minha saúde ou se eu havia alcançado orgasmos o suficiente, do que realmente dizer. As palavras eram difíceis para ele e eu entendia. Mas ele as dizia, vez ou outra, e às vezes deixava escapar quando estava sonolento demais para processar a informação.
Eu achava adorável.
- Aí está ela - o condutor falou.
e eu esticamos o pescoço para olhar através do homem que estava à nossa frente. Como ele tinha dito, a praia era pequena e adorável, amável, com uma mata fechada atrás. Parecia, sim, ser de difícil acesso por terra e quem quer que fosse chegar por mar, nós ouviríamos antes de se aproximar.
Curvei-me para fora do barco para admirá-la melhor, a areia era clara e a água era tão cristalina que eu conseguia ver os peixinhos fugindo da movimentação do barco nas águas calmas do lugar. Suspirei, vendo a beleza das ondas batendo contra as pedras, próximas da areia, e a forma com que elas pareciam formar uma piscina natural.
Perfeito.
- Valeu a pena - murmurou. Virei-me para ele, sem entender, e percebi que ele encarava a mim e não o lugar. - Isso tudo valeu a pena só pra ver esse seu sorriso.
Ah, merda. Se continuasse com aquele jeito romântico e apaixonado, ele ia acabar me fazendo chorar.
Alguém devolve meu safado favorito, por favor? Ele é mais fácil de lidar.
desceu do barco primeiro e me ajudou a desembarcar. A onda pegou a barra da minha saída de praia, molhando-a na altura das minhas coxas e fui obrigada a levantá-la para evitar maiores acidentes. Enquanto combinava com o condutor a hora que viria nos buscar nesse pedaço de paraíso, caminhei pela faixa de água até a areia e, então, até quase a borda da mata, onde um pequeno mico me encarava curioso. Não parecia ver um humano todo dia e achei que estávamos quites, porque eu também não via um mico todo dia.
Ouvi o farfalhar das ondas me informar que o barco estava partindo e apenas alguns segundos depois, senti me abraçar pela cintura, os lábios quentes em minha orelha e a ereção sendo apertada e friccionada contra minhas nádegas.
- Gostosa - elogiou, em um tom para lá de libidinoso que quase me deixava de quatro. Uma de suas mãos se encheu em minha bunda, apertando e apalpando sem nenhum pudor - Tira essa roupa pra mim... - Implorou. - Deixa eu te ver, deixa eu te foder...
Tremi na base com suas palavras safadas e decidi que merecia ter um pouco mais por estar se comportando tão bem naquela viagem.
Ele também merecia sofrer um pouquinho por ser sempre difícil e por me provocar em público sempre que podia.
Então, o afastei, virei-me de frente para ele e comecei a dançar sensualmente, sem música nenhuma. arregalou os olhos em surpresa e, quando comecei a levantar a barra do vestido que era minha saída de praia, ele sorriu malicioso, entendendo o que estava acontecendo.
Era só mais um jogo. Como uma aposta que nenhum de nós se importava em perder porque sempre ganhávamos também.
Sentou-se, então, aos meus pés, acariciando meu tornozelo, quando tinha oportunidade. Aos poucos, fui tirando meu vestido e exibindo pedaços do meu corpo que eu sabia que estava ansioso para ver e tocar. Sua mão arteira subia pela batata da minha perna para chegar em seu inevitável destino, entre as minhas coxas.
Distraindo o suficiente para continuar a brincadeira por mais tempo, virei-me de costas, fazendo sua mão voltar a cair sobre a areia. E comecei a puxar o fio do laço que amarrava-se em minhas costas e prendia os dois triângulos que escondia meus seios.
Como se não os visse e não os tocasse todos os dias, ouvi-o arfar e prender a respiração quando o laço se desfez e as duas cordinhas penderam soltas na reta de meus braços. Puxei o restante do biquíni por sobre a cabeça e virei só o rosto para ver meu namorado sem piscar nem respirar, encarando minhas costas com afinco. Ri e joguei o tecido em seu rosto, o que o fez rir também.
Tapei os seios com minhas mãos, não que isso conseguisse esconder muita coisa, e virei-me para ele, parou de rir instantaneamente e encarou meus seios, soltando um longo suspiro.
- Isso é tortura, mulher - choramingou.
Só então notei que ele tinha o pênis para fora da bermuda e o acariciava já em uma velocidade preocupante. Coitadinho, já não estava aguentando mais.
- Quer tirar o restante? - compadeci-me de sua dor.
Eu não precisava repetir, estava em pé na minha frente antes que eu pudesse terminar a frase. Tomou minha boca para si com uma vontade voraz, enquanto eu sentia o aperto da minha calcinha afrouxar até que ela cedesse, caindo aos nossos pés.
- Safada - grunhiu, apertando a ereção entre a minha virilha e a barriga.
Gemi.
Não existia outra opção, não enquanto estava com tão pouca roupa, sendo abraçada e beijada pelo homem da minha vida.
Ele forçou-me a virar de costas para ele e eu já sentia sua ereção roçar em minha entrada quando levei a mão a sua coxa e empurrei-o levemente para trás. E mesmo negando-o quando já era impossível parar, ele parou.
- O... O q...uê? - Mal conseguia falar, talvez apavorado com a minha negação sem motivo.
Soltei-me do seu aperto e peguei-o pela mão enquanto ele me encarava sem entender, todo o seu sangue já tendo sido drenado para a ereção à pino que eu tanto maltratava. Mas, apesar dos meus pensamentos confusos e ansiosos para que ele me tomasse para si e eu o tomasse para mim, tinha uma ideia em mente. Algo que não tínhamos tanta oportunidade de fazer, então era algo que não parecia ser uma boa ideia deixar para lá.
- Vem - chamei-o.
E ele foi atrás de mim como um cachorrinho que não sabe para onde vai, mas que seguiria sua dona para qualquer lugar. Puxei-o para a água, para onde as pedras formavam a piscina e onde a água chegava até ser mais quente do que toda a praia ao redor. Entramos, cada um por vez, naquele refúgio e senti voltar a me abraçar.
Ri e me virei de costas para ele, deixando meu corpo se encontrar com a pedra à minha frente e as leves ondas que invadiam a piscina nos rodearem.
- É assim que você quer? - questionei.
bufou, ambas as mãos em minha cintura. Ele procurou se encaixar e eu senti sua boca em meu pescoço, subindo perigosamente até a minha orelha.
- Eu quero você de qualquer jeito, a qualquer hora - murmurou, rouco. - Contanto que seja você.
Estremeci com sua fala apenas um segundo antes dele me preencher e dominar todo o meu interior com o seu ritmo sempre frenético, sempre certeiro. Pela maneira que ele gemia, eu sabia que não iria aguentar muito tempo, mas não importava: eu também não iria.
A água dificultava um pouco a movimentação, mas também deixava as coisas mais gostosas. arfava e grunhia em sua movimentação, demonstrava que ele já estava segurando para não alcançar seu prazer máximo antes de mim.
- Vamos, - incentivou-me, entre dentes.
E a confusão de sensações que se acumulavam entre o ventre e a virilha começou a se desfazer e explodir, como se o chamado dele fosse o necessário e o suficiente.
- Eu tô... - Foi o que eu consegui dizer, enquanto todo o meu interior parecia explodir em pequenas fagulhas em brasa, adormecendo partes do meu corpo.
- ! - Tallles gritou de volta, estendendo a última letra em um grito, enquanto ele me acompanhava, derramando seu prazer dentro de mim e fazendo o meu durar mais alguns segundos.
Afundei-me mais na pedra e o abraço de em meu quadril se afrouxou apenas para senti-lo deitar quase que sobre mim, fechando-me como um recheio de sanduíche entre ele e a pedra. Só então notei que ele ainda vestia a fina camisa que o protegia do Sol, provavelmente ignorada na hora de se despir pela pressa. O resto de nossa roupa, meu biquíni, a saída de praia, a bermuda de e a mochila com nossa comida e pertences pessoais, estavam abandonados na areia.
Subitamente, talvez ainda por efeito pós-orgasmo, comecei a rir. me acompanhou e ficamos parecendo dois malucos pelados na água do mar, às gargalhadas.
Era muita felicidade para se conter.
Nota da autora: (13.01.2015) Nota da autora: Talles sabe ser ridículo e fofo ao mesmo tempo, né? Senhor, que criatura ridícula e adorável!
Bom, essa é a quinta de uma série de shorts que vai levar a gente em um caminho encantado até a Jogando os Dados 2 – No Limite #simvaitersegundatemporada! Hahahaha
Espero que vocês tenham gostado da brincadeira e até a próxima!
Lista das Shorts de Jogando os Dados
#Short1 – Colisão
#Short2 – Morando Juntos
#Short3 – Frio
#Short4 – Menage
#Short5 – Calor < Estamos aqui!
#Short6 – Longe de Casa
#Short7 – Vermelho
#Short8 – Bebê a bordo