Jogando os Dados - Menage







acenou para a amiga à distância e eu estava meio embasbacado. Tinha visto fotos de Manuela, tinha conversado com ela pelo telefone - através de - e trocado poucas palavras simpáticas em redes sociais, mas nunca tinha me dado conta do quão bonita ela era. Era de pele clara e cabelos escuros como a noite, mais alta que , algo perto da minha altura. Era mais magra que , de cintura mais fina, com curvas mais modestas e seios menos robustos.
Mas o que me pegou de jeito, na verdade, foi a memória da foto que me enviara antes de começarmos a namorar. A foto em que elas duas estavam se beijando e se pegando, com diversas marcas de batom espalhadas. Fiquei meio aéreo por conta disso, porque minha sugestão quase sem nenhuma esperança estava prestes a acontecer.
me arrastou pela mão através da multidão, deixando Drica e JP para trás, sem entender nada. Fomos nos esquivando de mãos bobas e cantadas - a maioria para cima dela, aos quais eu respondi com cara feia -, no meio do bloco badalado, na orla da praia de Copacabana. Quase não tinha espaço para se passar, mas continuamos.
Um brutamontes parou na frente de , bloqueando a área de menor densidade demográfica do carnaval carioca, onde Manuela se encontrava, pulando e acenando, ainda.
- Dá licença? - exigiu, irritada.
Ele finalmente deu uma olhada para ela e chegou para o lado.
- Desculpe, senhorita . Segurança.
concordou com um grunhido zangado que me fez rir, sabendo que aquele esquema de segurança a havia perseguido por alguns anos, antes que ela se livrasse de tudo, ao mesmo passo que perdera totalmente o interesse do pai.
- Tá comigo - gritou para o segurança, vendo que ele estava planejando fechar o círculo de proteção atrás dela, me deixando do lado de fora.
Enquanto eu entrava e ele voltava a se posicionar, perdi alguma coisa. Um segundo de distração e, quando levantei a cabeça, meu queixo caiu. Manu e estavam se beijando fervorosamente e eu já conseguia sentir o incontestável comichão na minha virilha, que me acompanhava quase o tempo todo desde que eu descobrira e seu gosto por novidades. E suas palavras sacanas. E basicamente tudo que ela fazia.
- Código rosa. Mantenham os fotógrafos longe. - O segurança atrás de mim falou.
Eu ainda estava parado e de boca aberta quando elas se afastaram e sorriu para mim, me chamando. Caminhei quase como um robô até as duas.
- Manu, esse é o . , Manu.
Manu sorriu, simpática, para mim e se aproximou, grudando a boca na minha. Arregalei os olhos, vendo rir, antes de levar minha mão até a cintura da morena. Ela tinha um jeito característico e diferente de beijar, era selvagem, mas ao mesmo tempo... sutil. Parecia certeira e decidida, sem querer aceitar nenhuma das sugestões que minha língua tentava impor ao beijo.
Ela encerrou o beijo com um sorriso e eu me peguei ainda de olhos arregalados, encontrando ainda rindo da minha cara. Manu limpou a borda dos lábios, esfregando o batom borrado até que ele desaparecesse.
- Ele é sempre assim, calado? - Manuela perguntou.
- Não. - riu, piscando o olho em minha direção, antes de abaixar o olhar. - Acho que o sangue já desceu.
As duas riram e eu fiz careta. Manuela olhou de mim para , como se avaliasse a situação de forma sagaz e com um sorriso quase que debochado em seu rosto.
- Bom, vocês querem ir pro hotel?
se aproximou de mim e envolvi sua cintura com meu braço automaticamente. Ela apoiou as mãos em meus ombros, com o corpo todo virado pra mim.
- O que você acha, baby?
O que eu achava? Inferno, por que nós não estávamos lá ainda? e Manu estavam se divertindo às minhas custas e a perspectiva estava me deixando um pouco travado.
- Claro - foi a minha resposta.
Ouvi a risadinha baixa de , enquanto ela ficava na ponta dos pés para me dar um beijo no canto dos lábios. Manu se afastou e falou algo para um dos seguranças, que apertaram o cerco ao redor de nós três. Chamou-nos com a mão e fomos praticamente empurrados através da massa de pessoas, para a calçada, onde os seguranças parecerem afrouxar o cerco em uma porta de vidro, ao que eu percebi ser a do hotel.
- Seu pai abriu a mão pra você, né? - riu.
Subimos umas escadas entapetadas enquanto alguns funcionários e hóspedes andavam para lá e para cá. Olhei ao redor e reparei que aquele só podia ser o famoso Copacabana Palace. Puxa. e eu tínhamos pesquisado preços de hotel, ainda na discussão se ficaríamos na prima dela ou não, e aquele lugar tinha diárias de quase dez mil reais.
Não que não valesse a pena.
- Não é questão de abrir a mão. - Manu balançou a cabeça, agradecendo ao funcionário que nos segurara o elevador - É que aqui é mais fácil pra me controlar. Se eu quero curtir o carnaval, é só aparecer na sacada. Tecnicamente.
Ela apertou o botão do sexto andar e o elevador subiu sem questionar. Desembarcamos apenas alguns momentos depois e Manuela nos guiou para uma das pomposas portas, ao qual ela abriu e nos deixou passar.
O quarto era um apartamento. Muito maior do que o apartamento de em Jataí ou o meu quarto, na fazenda. Dava pra morar e criar uns cinco filhos, um cachorro e pelo menos três tartarugas.
Manuela tirou os sapatos e deixou em um canto, ficando da altura de - então ela estava usando saltos esse tempo todo? - Pegou pela mão e arrastou-a pelo quarto, sem nem pestanejar.
Demorei um pouco para segui-las e, quando o fiz, me arrastei até a porta do quarto, encontrando-as sentadas na cama, Manu sem a blusa e já sem seu colant, se beijando novamente. Conti um gemido em um suspiro embasbacado e caminhei em passos arrastados até o pé da cama, onde me sentei, vendo Manu arrancar o sutiã de e encaixar uma mão em seus seios. Minha mão foi automaticamente para a perna de , que abriu os olhos ao sentir meu toque e encerrou o beijo com Manu, para sorrir pra mim. O momento durou cerca de dois segundos, antes dela jogar a cabeça para trás porque a amiga abocanhou o seio que não estava sendo agraciado com seu tato.
Eu estava irreparavelmente duro.
Queria fechar os olhos e gemer, mas sabia que iria me arrepender de cada momento perdido para a minha fraqueza.
deitou-se na cama com um suspiro e uma leve risada. Manuela continuou descendo os beijos em direção à sua barriga, enquanto acariciava sua cabeça com os dedos entranhados na cascata negra dos seus cabelos.
Vendo-os expostos, não pude resistir a levar uma de minhas mãos ao seios dela, mas antes que eu pudesse encostar neles, Manuela fechou a mão ao redor de meu pulso e empurrou-me para longe.
- Ei!
- Agora ela é minha. Você só encosta nela se eu quiser - anunciou.
Estava carrancudo. Como eu não podia encostar na minha namorada?
- É melhor você escutar ela - riu, me alertando.
Fiz careta e ela mandou-me um beijo no ar. Emburrado, cruzei os braços sobre o meu peito, tentando me convencer a fazer o que elas queriam - embora a ideia inicial de tudo aquilo fosse um presente para mim. Ao conversar com sobre Manuela e sobre o que elas tiveram no passado, deixei escapar que gostaria de ter assistido. prontamente afirmou que poderia arranjar e eu quase não pude me conter.
Só então notei que eu pedira para assistir, não participar. E embora frustrado, resolvi aproveitar o melhor do que era me oferecido.
Meus pensamentos zangados me fizeram perder alguns momentos. Momentos certamente importantes, porque agora estava sem nenhuma peça de roupa e Manuela estava com o rosto enfiado no meio de suas pernas, enquanto minha namorada se contorcia e apertava os lábios para conter os gemidos. Mordendo-os, como normalmente fazia.
Soltei um suspiro sôfrego porque eu queria mordê-los eu mesmo, e isso chamou a atenção de , que virou o olhar mole e delirante em minha direção, só para me deixar mais maluco. Apertou ainda mais a linha fina que seus lábios formavam e fechou os olhos, soltando um gemido baixinho. Então, sua mão estava em minha perna, por sobre o jeans, o aperto me informando que ela me queria. Escorreguei para mais perto, desejando que a falta de proximidade fosse a única coisa que a impedia de levar a mão até a minha ereção e isso chamou a atenção de Manuela, que levantou a cabeça e nos olhou, acusadora, na nossa pequena rebelião.
riu dos olhos cerrados da amiga e a puxou pela calça para os seus lábios, encerrando nosso singelo contato. Ela escorregou as mãos para dentro da calça de Manuela e desceu-a, com calcinha, despindo-a com sua usual pressa. Tive que sorrir.
Manuela chutou a calça para longe e as duas se deitaram emboladas, se enroscando e se beijando com uma sintonia de quem já fizera aquilo muitas vezes. Estava engolindo a seco e quase sem piscar, mas ao vê-las encaixando as pernas, precisei de medidas mais urgentes e abri minha calça para me masturbar.
Fazer o quê? Um homem também precisava se divertir.
Pareciam nem notar que eu estava por ali, mas não me importei. A cena era tão... estupenda que mal me restava tempo para sequer respirar. Achei que ficaria mais enciumentado em ver com outra pessoa - apesar da curiosidade e do desejo -, mas não estava nem me lembrando disso.
Manuela parecia tomar as rédeas da situação com muito cuidado, provavelmente por ter mais experiência. Ela empurrou levemente para que se deitasse e, com suas vaginas encaixadas, ela começou a se movimentar lentamente, para cima e para baixo, esfregando-se em , que apertou os olhos, gemendo, e jogou a cabeça para trás, para fora da cama, os cabelos longos caindo e se espalhando pela altura até o chão. Ela levou a mão até um dos seios de Manu e apertou-o, enquanto a amiga lhe segurava pelo pescoço para mantê-la, provavelmente vendo que logo ela estaria com a cabeça no chão, se a empolgação continuasse a mesma. Quanto a mim... Permaneci cuidando do meu próprio prazer, enquanto as assistia.
foi procurando e apertando o pouco de carne que sobrava da amiga e Manu preferiu alterar as coordenadas da situação. Pegou uma das pernas de pelo tornozelo e, passando-a por cima de sua cabeça, colocou-a de lado, virando-a para mim e continuando a se movimentar, agora apoiando as mãos atrás de si, na cama.
estava envolvida, mas quando seus olhos se abriram e pôde me ver com a mão na massa, segurou Manu, impedindo seus movimentos.
- Espera - pediu.
Manu logo notou que eu era o motivo e parou, rindo, olhando de um para o outro.
- Ele não é muito resistente, é? - perguntou, ofegante.
negou com a cabeça, o olhar variando da mão em que eu envolvia meu membro ereto e o meu rosto, mordendo o lábio daquele jeito que era simplesmente irresístivel de assistir sem...
Beijá-la. Como eu decidi que era a melhor coisa a fazer no momento, ouvindo as risadas de Manuela ao fundo. Porém, foi que encerrou o beijo e com suas mãos mais gentis que o normal, empurrou-me levemente para trás, o que acabou comigo sustentando o corpo com os braços apoiados na cama, apenas para me deixar afundar quando suas mãos envolveram minha ereção e a língua encostou em minha pele.
Céus. Aquilo simplesmente nunca perdia a graça.
Senti mãos na barra da minha camisa e me sentei para permitir que Manu a retirasse. Ela deslizou as mãos pelo meu peito e soltou um suspiro.
- Parece que alguém se deu bem por aqui - disse, invejosa.
riu - e eu simplesmente adorava quando ela ria com o meu pau na boca por causa das leves e deliciosas vibrações que acabavam me deixando ainda mais louco, mas como dificilmente conseguia fazer uma piada naquelas situações, eu apenas estava grato à Manu. Como se lesse meus pensamentos, ela puxou minha boca para a sua e eu tive certeza que estava prestes a explodir.
percebeu rapidamente e se afastou, cravando os dedos e as minhas em minha cintura, me puxando para ela. Soltei o lábio de Manu de meus dentes e me voltei para a minha namorada e seus olhos arteiros. Ela virou de costas e eu soltei um suspiro, fechando os olhos, já me encaixando nela sem nenhuma demora. gemeu e deixou que eu a empurrasse um pouco para frente, se desequilibrando porque uma de suas mãos estava na coxa de Manuela, puxando-a também para si.
Funcionou assim. Assim que Manuela deitou-se em frente à , com as pernas abertas enquanto ela a chupava e eu a comia, os gemidos de se abafaram e os meus e os de Manu dominaram o ambiente.
, sensível como era e estando no meio, gozou primeiro e como quase sempre, eu fui logo em seguida, completamente embasbacado pelo seu prazer. Enquanto eu me afundava de qualquer jeito na cama, grato por ela ser a mais confortável que eu já havia me deitado, assisti ajudar Manu a chegar ao seu ápice também, pouco mais de uns dois minutos depois, antes de também se afundar do meu lado.
Abracei-a, vendo-a sonolenta e cansada. Enquanto Manu se recuperava e acalmava a respiração, adormeceu facilmente em meus braços. Manu, quando se virou para nós dois, revirou os olhos.
- Vocês dois se merecem mesmo. Dois fracos.
Acabei por rir e continuei a admirar dormir. Eu nunca conseguia descrever o quanto eu era apaixonado por aquela mulher. Tudo nela era simplesmente encantador. Com um suspiro, escorreguei minha mão de sua cintura para suas pernas, dedilhando meus dedos pela sua coxa com apreço.
- Você está abusando de uma mola inconsciente - Manu brincou.
- Faço isso todo dia, então - Ri.
Ela riu mais um pouco e depois ficou anormalmente séria. O pouco contato que eu tivera com Manu era sempre com muitas piadas e ela tentava se mostrar divertida e parceira, ao qual eu era sempre muito grato, porque ela mantinha contente mesmo distante.
- Preciso dizer uma coisa pra você. - Levantei meu olhar e concordei com a cabeça. - Você é muito legal e tudo mais, mas no momento em você magoar ela, eu acabo com você.
- Não se eu fizer antes - murmurou com a voz embargada pelo sono.
Manu não pareceu gostar da solução e aproveitando que ainda tinha os olhos fechados, fez careta para ela, me fazendo rir.
- Bom, eu vou tomar um banho. Vocês fiquem à vontade.
E saiu.
Suspirei, dei um beijo na cabeça de e cacei minhas calças, que eu sequer me lembrava de quanto havia me despido. Achei o celular de abaixo dela e coloquei ao seu lado. Sai do quarto e, pela sala, caminhei até a sacada, de onde dava para ver o mar e toda a animação do carnaval carioca lá embaixo. Debrucei-me, balançando a cabeça ao som da música e senti os braços de me envolvendo e sua cabeça encostando em minhas costas, na altura do ombro.
- Feliz com a brincadeira? - perguntou.
- Um pouco enciumado... - confessei.
- Seu bobo! - ela riu.
- Vem cá.
Virei-me para ela e puxei-a pela cintura para o meu abraço e ela se encaixou com familiaridade. Estávamos juntos há basicamente um ano e parecia mais, uma eternidade com o gosto de novidade do primeiro dia. Era basicamente assim que eu descreveria meu relacionamento com ela.
- Sou a melhor namorada do mundo todo - disse.
- Convencida!
- Eu? - riu. - Aprendi com o melhor.
Rimos e eu a beijei.



Nota da autora: (13.01.2015) Eu acho que troquei o nome das shorts porque essa, nossa, me deixou foi com muito, muito calor! Hahahaha Tinha me esquecido do quanto ela era quente.
Bom, essa é a quarta de uma série de shorts que vai levar a gente em um caminho encantado até a Jogando os Dados 2 – No Limite< /b> #simvaitersegundatemporada! Hahahaha
Espero que vocês tenham gostado da brincadeira e até a próxima!
Lista das Shorts de Jogando os Dados
#Short1 – Colisão
#Short2 – Morando Juntos
#Short3 – Frio
#Short4 – Menage < Estamos aqui!
#Short5 – Calor
#Short6 – Longe de Casa
#Short7 – Vermelho
#Short8 – Bebê a bordo

Beijos rosados :*
Letícia Black




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