Jogando os Dados - Morando Juntos







Eu sabia que não ia dar certo.
Desde que ele jogou a ideia para cima de mim daquela maneira quase inocente, dizendo que Marcos e Maureen iriam morar juntos e que ele precisaria de um lugar para ficar, possivelmente a minha casa, eu já sabia. E aí eu quis agradá-lo por causa daquela maldita corrida e lá estávamos nós.
Não estava dando certo, mas isso eu sempre soube.
Eu quase não conseguia me concentrar em estudar, mesmo quando ele não estava exatamente por perto. A simples noção da sua presença me tirava o foco. Agora, então, sentindo a sua atenção, o seu olhar sobre o meu corpo, eu quase não conseguia ignorar.
Onde eu estava mesmo? Citocininas ajudam no crescimento das plantas, etileno atua na divisão celular. Não. Não parecia certo.
Apertei meus olhos e li a mesma frase pela quinta vez, mas acabei perdendo o foco na metade da mesma, ouvindo se movimentar. Como o esperado, ele parou exatamente atrás de mim e eu senti seu polegar e o indicador apertando um pedaço de carne da minha bunda. Suspirei quando seu peito encostou em minhas costas e eu joguei a cabeça para um lado, quase instintivamente, deixando o pescoço livre para seus lábios certeiros.
Maldição de homem!
- Vamos pra cama, ? - sussurrou em meu ouvido. Ainda eram sete da noite, nós sequer havíamos jantado e ele queria ir para cama.
- Tenho que estudar - insisti, mesmo ciente de que era quase uma missão impossível.
- Estuda depois - implorou. Senti sua mão sobre a minha, que apertava a beira do banquinho, e então ele a puxou, colocando em cima do seu pau. Puta que pariu. - Eu tô duro feito uma pedra olhando pra essa tua bunda empinada aí.
Respirei fundo e tentei colocar meus pensamentos em ordem de prioridade, o que estava sendo especialmente difícil desde que se acomodara no meu apartamento, há pouco mais de uma semana.
Eu tinha aquela prova infeliz e eu precisava decorar algumas informações as quais eu já deveria ter feito, se não estivesse distraída com e todo sexo que parecia emanar ao redor dele.
Era obviamente uma prioridade.
- Você pode se masturbar no banheiro - sugeri, tentando parecer concisa. - Eu preciso estudar.
Pude senti-lo ficando irritado apenas por um segundo, antes de se acalmar. estava pisando em ovos comigo desde a corrida, a qual eu apostara a mudança dele para o meu apartamento. Por algum motivo, ele deixou que eu pegasse o controle para mim, naquele momento, e eu vinha governando tudo de nós dois desde então.
E eu estava adorando.
Ele deixava que eu escolhesse a posição e, quando estava com pressa, perguntava se podia ser daquela maneira ou se eu preferia outra. Eu estava quase sempre por cima, brincava com ele, com seu humor e seu tesão e ele apenas deixava.
Na verdade, eu achava que ele estava tão embasbacado como eu fiquei quando permiti que nós dois tivéssemos algo. Eu acabei deixando que ele fizesse o que quisesse por todo o verão e agora parecia a vez dele ceder. Porém, confesso, estava um pouco assustada que no momento em que eu me distraísse e cedesse enquanto ele ainda estivesse esperto... Bom, eu muito provavelmente ficaria muito fodida porque eu estava abusando da boa vontade dele. Muito.
- Por quê? - questionou-me, ofendido. - Eu tenho uma namorada que faz isso pra mim.
Namorada era a palavra que ele usava para me malear e me levar para a cama, eu já havia aprendido. Era a hora que eu sorria de forma boba, me lembrava daquele simples fato e deixava todo o resto de lado para dar atenção ao meu namorado.
Porém, aquela frase era uma das pérolas machistas que ele dizia - e essa era uma das coisas que eu estava tentando cortar nele.
- - ralhei. - Se você quer acordar com namorada e com pinto, é melhor você sumir da minha frente nesse exato segundo.
Por razão que eu desconhecia, ele fez exatamente o que eu mandei, sem nem questionar. Estava impressionada. Demorei uns três minutos pensando que ele deveria realmente estar se masturbando no banheiro antes de voltar a me concentrar na matéria da maldita prova. Depois de mais ou menos meia hora, voltou para a sala sem falar nada, de banho tomado e perfumado. Ligou a TV e começou a assistir as séries que ele gostava, me ignorando.
Ao invés de esquentar o nosso jantar, como eu normalmente fazia naquele horário, resolvi que seria mais divertido implicar com ele. Comida, a gente resolveria depois.
Fechei meu livro, deixando uma série de post-its colados nas coisas que achei importante para ler na hora anterior à prova e fui tomar banho também.
Vesti uma camisolinha curtinha, sem calcinha ou sutiã por baixo. Sabia que adorava me ver com aquele tipo de roupa que mostrava sem realmente mostrar e estava esperando que ele me perdoasse automaticamente quando me visse.
Mas eu sabia que ele era um pouco mais cabeça dura que isso.
Saí do banheiro e me sentei ao seu lado no sofá sem que ele virasse o rosto para mim, embora eu sentisse seu olhar de rabo de olho. Estava assistindo The Big Bang Theory e uma piada razoavelmente boa tinha acabado de ser contada, mas nem se moveu ou pareceu estar ouvindo. Sua atenção estava em mim.
Eu iria deixá-lo louco em três minutos.
- Você se importa se eu me masturbar aqui? - perguntei, como quem não quer nada.
Vi-o congelar quando eu deitei minhas costas sobre o encosto do sofá e deixei a camisola subir até minha cintura.
- Faz no banheiro - ainda se dignou a dizer.
- Ah, não - reclamei. - Lá não tem posição boa pra mim - pisquei meus cílios em sua direção, embora ele ainda estivesse com o olhar grudado na TV. Deixei meu pé escorregar para sua virilha e não me surpreendi em já encontrá-lo duro. - Só pra você - soprei.
Ele engoliu a seco, mas nada disse, então eu puxei a camisola e joguei-a em sua direção, com uma risada ao vê-lo estremecer.
- Tudo bem se eu imaginar você? - perguntei, só para provocá-lo. Ele era tão cabeça dura quanto eu, mas duvidava que aguentasse muito mais naquela brincadeira. - Eu gosto de imaginar você.
Podia perceber claramente que ele já começara a suar de nervoso. Só mais um ou dois golpes e toda aquela pose iria embora. Comecei a me acariciar e vi-o não mais disfarçando o olhar, embora não tivesse virado o rosto em minha direção ainda.
Bom, era agora.
- Hum... - gemi. - Ah! !
Não foi nenhuma surpresa ele ter corrido para cima de mim no segundo em que eu gemi seu nome. Ele nunca resistia. A surpresa foi a resposta rápida do meu corpo. Eu estava basicamente seca, mas no segundo em que ele me tocou, uma mão substituindo a minha em meu sexo e a outra na cintura, além de seus lábios procurando minha orelha, eu me senti encharcada. No limite para explodir. E gemi, de verdade desta vez.
- É assim que você quer, ? - perguntou-me, à beira do desespero. Senti sua ereção pulsante através da bermuda que usava, apertando-se em minha coxa. - Era assim na sua cabeça? É assim que você me imagina?
Demorei mais do que o necessário até entender que ele estava me perguntando se eu estivera fantasiando assim, antes.
- Não - resmunguei, mais pelo meu corpo e suas reações rápidas à ele do que qualquer coisa. - Quero gozar na tua boca.
Eu nem sabia que queria, mas saiu assim.
Ah, quem eu estava enganando? Eu sempre queria.
fechou os olhos e abriu-os lentamente, respirando fundo. Sua expressão era tentadora, completamente sexual. Conhecendo-o bem como eu já o fazia, sabia que ele estava se perguntando o que ele faria comigo.
Pelo olhar, também lhe respondi: me fode.
foi beijando áreas específicas do meu corpo, com espaços de uma palma entre elas: o pescoço, o bico do seio, o meio da barriga, abaixo do ventre e, então a frente da virilha. A cada beijinho, cada chupada na minha pele, mais eu delirava. Parecia que não transava há eras, e só havia sido no dia anterior. Ele tinha esse efeito enaltecedor em meu corpo e eu só podia me entregar.
Encarou-me por um segundo antes de enfiar a boca no meio das minhas pernas e eu joguei minha cabeça para trás, gritando enlouquecida ao sentir sua língua precisa em mim. Minhas mãos procuraram seus cabelos, apenas para que eu o amaldiçoasse a plenos pulmões por tê-lo cortado duas semanas atrás. Quando percebeu meu desagrado, ele me prometera que deixaria crescer, mas, até lá, eu continuaria xingando-o e fincando minhas unhas sem dó em seu couro cabeludo, como fazia nesse exato momento.
Ah, droga. Eu ia gozar rápido, logo percebi. Eu gostava do desespero pré-gozo, às vezes mais do que o alívio em si, mas na boca dele... Na boca dele era sempre rápido e muito gostoso.
Quando ele ameaçou me penetrar com seus dedos, ainda me chupando quase que violentamente, eu gozei. Gritando, acho que gozei por mais de trinta segundos, me contorcendo e sentindo-o sugar meu líquido como eu o havia pedido para fazer.
Esperei os espasmos do meu corpo se acalmarem enquanto ele me encarava avidamente - eu sabia que ele estava esperando minha gratidão e, embora eu planejasse recusá-la anteriormente por seu comportamento ofensivo, o tesão falou mais alto e eu ergui meu corpo para empurrá-lo contra as costas do sofá e sentar-me sobre sua ereção, que parecia ainda mais rígida que mais cedo.
se entregou ao momento com extrema facilidade; jogou a cabeça para trás quando eu me sentei sobre ele, ainda sensível pelo orgasmo intenso. Puxei-o pela nuca e beijei seus lábios, sentindo-o esfregar sua língua na minha com vontade, obrigando-me a sentir meu gosto em sua boca.
E lá estava eu, excitada outra vez.
Mordi-lhe o lábio inferior com força, ouvindo-o reclamar baixinho - o que apenas me fez rir. Com as mãos, abri-lhe o botão da bermuda e corri o zíper para baixo, capturando sua ereção sobre o pano fino da cueca.
- - gemeu, me arrepiando por inteiro. - Minha .
Beijou-me os lábios, louco de tesão, e eu pus seu pau para fora, masturbando-o lentamente porque eu já sabia que era a maneira que o deixava mais louco. Reclamou e empurrou sua ereção contra minha mão, pedindo mais velocidade, mas apenas beijei-lhe a boca, deixando-o sofrer um pouquinho.
Soltei sua ereção, levando ambas as mãos ao seu rosto, agradecendo-o da forma que ele não queria. Eu havia decidido aceitar suas possessões como a maneira que ele tinha de dizer que me amava, visto que ele não conseguia. Então, quando ele dizia minha namorada, minha , nossa cama... Era quase uma declaração de amor aos meus ouvidos.
E, com isso, posicionei-me e deixei-o escorregar facilmente para dentro de mim, deslizando minhas mãos pelo seu peito e sentindo-o se contrair de prazer ao meu toque e ao nosso contato íntimo.
Umas sete subidas e descidas e eu o vi apertar a testa da maneira que fazia para tentar se conter e prolongar o momento. Suguei-lhe o lábio, respirando profundamente.
- Pode gozar, bebê - disse-lhe. Mas acho que gritei.
- Não - embicou. Estava prestes a criticar quando percebi que ele estava esperando por mim.
Senti uma de suas mãos apertando-me o bico do seio, a outra foi friccionar meu clitóris sensível e seus dentes capturaram minha orelha com destreza, apertando aquele botãozinho no fundo do meu ventre que parecia que iria explodir a qualquer momento.
Ah, maldição. Se ele queria que eu fosse junto, eu simplesmente ia.
Ele gozou ao ouvir meu grito de resposta às suas carícias. Senti-o desmanchar enquanto seu líquido me preenchia e já estava choramingando por ele me deixar sozinha quando suas mãos cravaram-se em minha cintura, me impulsionando.
- Vamos, bebê - murmurou, suspirando. - Mais uma vez pra mim.
Inferno de homem gostoso. Finquei meus dentes em seu pescoço para conter mais um grito enquanto eu gozava em seu pau e sentia meu corpo desfalecer de cansaço. Ele me segurou, como sempre fazia, e apertou seus braços ao meu redor, procurando meus lábios. E beijou-me daquela maneira doce da qual eu nunca me cansava.
Aliás, do que eu me cansava no ? Nada, eu acho.
- Dois - contou, ao soltar meus lábios.
Ainda estava meio zonza e não entendi porcaria nenhuma.
- Dois? - questionei.
Ele deu de ombros com um sorriso sacana, mas quase infantil. Do tipo que ele dava quando era pego fazendo alguma besteira, eu achei.
- Estou em um novo projeto - disse-me, em tom de confissão. - Você. Um orgasmo por dia. Hoje eu tenho um bônus.
- Pro inferno que você tem! - resmunguei. - Trate de me fazer gozar de novo amanhã.
gargalhou com a boca em meu pescoço, fazendo o beijo que ele me dava vibrar gostosamente na região.
- Pode deixar, dona.



Nota da autora: (31.12.2015) Ai, gente, desculpa essa demora triste em mandar as shorts para cá! Hahahaha Mas, olha, tô mandando agora, que pessoa prendada! (mentira). Bom, essa é a segunda de uma série de shorts que vai levar a gente em um caminho encantado até a Jogando os Dados 2 – No Limite #simvaitersegundatemporada! Hahahaha
Espero que vocês tenham gostado da brincadeira e até a próxima!
Lista das Shorts de Jogando os Dados:
#Short1 – Colisão
#Short2 – Morando Juntos < Estamos aqui!
#Short3 – Frio
#Short4 – Menage
#Short5 – Calor
#Short6 – Longe de Casa
#Short7 – Vermelho
#Short8 – Bebê a bordo

Beijos rosados :*
Letícia Black




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