FFOBS - Just Like Animals

CAPÍTULOS:
[11][12][13]
[14][14.2][15]




Última atualização: 12/11/2015





XI. Film, teasers and desire.


A semana se passou vagarosamente e todos os momentos aproveitava como se fossem os últimos. Na terça-feira em que voltou à mansão para continuar o trabalho, fora bem recebido por Nana e por e tinha que admitir que a garota estava certa quanto às surpresas de Nana com a sobremesa depois do almoço. Todo dia era uma sobremesa diferente e ele pôde provar aquilo com muito prazer. Na terça-feira, o almoço foi costeletas recheadas, com batatas como enfeites decorativos, e a sobremesa foi um excelente merengue de morango, no qual ele ficou realmente tentado, pois não parava de pensar em um só momento na menina ao seu lado e no cheiro particularmente espetacular de morango que ela emanava. Na quarta-feira, o almoço foi um pouco mais light: com saladas diversas e molhos espetaculares, do mais leve ao mais picante. A sobremesa foi uma salada de frutas com creme de baunilha, no qual ele nunca havia comido igual. Na quinta-feira, tudo poderia ser perfeito por conta da companhia de e do almoço onde a lasanha e o pudim de chocolate o deixaram nas nuvens, por mais que fosse o penúltimo dia em que ficaria na companhia da menina. Mas o que o deixou realmente irritado foi que no meio das muitas contas que eles faziam tão concentradamente o celular de tocou e ela não demorou um segundo para atendê-lo.

Um dia atrás...

Ambos estavam sentados na mesa da biblioteca cheios de papéis, livros e calculadoras em volta deles. Aquele trabalho era realmente desgastante e, naquele dia, estavam planejando resolver quinze exercícios, para que sobrassem somente cinco no dia seguinte. estava mordendo a ponta do lápis, nervoso, enquanto gemia desesperada na tentativa de chegar à solução da equação de Coordenadas de Um Ponto Médio, mas se atrapalhava todinha.
Vez ou outra, ela pegava uma colher enorme de pudim e comia sem se importar se a boca pequena ficaria suja ou não. fitava a garota com extremo interesse, achando realmente engraçado todo aquele alarde porque não conseguia resolver uma simples conta de matemática. A menina tinha os olhos azuis afobados, suas bochechas estavam ainda mais coradas, suas unhas, já grandes, tamborilavam nervosamente sobre o caderno e o livro. prendia o sorriso, queria tanto acalmá-la, dizer que não era tão difícil e que toda aquela insegurança dela iria atrapalhá-la, sendo assim, provavelmente, ela erraria a conta. Antes que pudesse tomar o ímpeto de se aproximar da garota para acalmá-la, o celular da menina tocou, dando neles um susto forte.
Ela, ainda em choque pelo susto e assimilando o toque do celular, pegou o aparelho olhando o visor e sua expressão mudou radicalmente. Por mais que conseguisse ver o quanto ela ficara surpresa pela ligação, ao mesmo tempo ele via que ela não queria realmente atender. “Quem será?”, perguntava-se.
Alô? ? — a menina falou e logo sorriu. sentiu o coração despencar. — Eu estou bem, amor, e você? — ela sorria e tudo em volta do garoto parecia desmoronar. Fechou as mãos em punho e procurou buscar calma até de onde ele menos pensava. — Eu estou fazendo um trabalho de matemática agora, estou ocupadíssima... Estou fazendo trabalho com um amigo meu. — ela olhou com um sorriso e, por mais que o garoto quisesse fechar a cara, sorriu forçado. — Não, calma, é só um amigo. — ele tentara ver se havia se enganado, mas a menina pronunciou aquela frase com um quê de... insatisfação? — Olha, eu estou correndo aqui, depois eu te ligo e conversaremos sobre nos vermos outro dia, então. Amanhã, com certeza, eu vou querer descansar de toda a matemática que está rondando minha cabeça. Tudo bem? — ela sorriu mínimo. — Eu... eu também. Tchau.
desligou o telefone colocando-o em cima da mesa sob o olhar do garoto, mas tudo o que ela pensava no momento era que a ligação de não surtira nenhum efeito nela, muito ao contrário. A deixou perturbada como se tudo no mundo pudesse piorar. Jogou os cabelos para trás e virou o rosto para , que tinha os lábios crispados. O garoto não estava se aguentando de raiva.
— Desculpe. Eu esqueci de colocar o celular no silencioso...
— Acho bom você desligar. — rosnou ele, e mordeu o lábio inferior culpada e ao mesmo tempo apreensiva. — Não é bom sermos interrompidos, pois ainda temos vinte exercícios para fazer e queremos deixar pelo menos cinco para amanhã. Não foi esse o combinado?
— Foi sim. Me desculpe, novamente. — ela falou e, assim que desligou o celular, pegou a lapiseira e continuou a rabiscar os cálculos, enquanto perturbava sua mente e ficava satisfeito por poder impedir de falar com o namorado. Sentimentos diferentes que levavam a mesma coisa.

~Off~

Ele quis muito dar risada sozinho, porém queria rir muito alto.
Ele sabia que não estava mais aguentando ficar ao lado dele disfarçando o que sentia. Na verdade, ela nem disfarçava mais. Apenas demonstrava o quanto a presença dele o intrigava que até mesmo o namoradinho bobo não era suficiente. Ele se sentia instigado a continuar com sua aproximação e, se possível, conseguir aquilo que o estava deixando maluco: Ele queria beijá-la, senti-la inteira para ele. A convivência com a garota estava tão engrenada que ele nem se lembrava tanto da noite em que a pegou transando com o namorado. O que ele lembrava era, justamente, do corpo modelado e nu dela que o estava deixando à beira do descontrole. Se ele não conseguisse pegar , fazê-la dele logo, ele surtaria realmente. Pior do que quando o grandalhão do time de futebol falara de sua mãe, pior do que quando os garotos idiotas de sua sala falavam putarias sobre ... Se ele não descontasse todo aquele desejo em sua dupla perfeita, ele iria explodir.
Eram semanas na mesma coisa: apenas a olhava, tirava suas fotos, chegava em casa e analisava traço do rosto e corpo da menina. Perdeu a conta de quantas vezes gozara em sua mão apenas pensando em como seria sentir a garota cavalgar sobre seu quadril, senti-la apertar seu pau duro com a vagina quente... Ele precisava comê-la. Ele precisava fazê-la perceber que ele era o garoto certo, e não o idiota do namorado. Ele tinha que mostrar para ela que era ele quem iria enlouquecê-la numa cama, mostrar para ela tudo o que ela deveria saber sobre um sexo pesado e bom. E faria isso. E mais ainda: a faria querer repetir a dose. Ela não suportaria que ele a fodesse uma só vez. Não. Ela pediria por mais e mais, e ele estaria ali para aquilo no momento que fosse, independente do lugar; da hora... Ele não via a hora de fodê-la de verdade.
Era bem difícil se segurar perto de . Tantas vezes ele teve oportunidade de simplesmente jogar tudo para o alto e engoli-la com um beijo forte e longo, mas se segurou. Não queria assustar a menina dessa forma e nem queria ser precipitado. Uma coisa ele aprendeu e queria praticar com : o mais difícil era o mais prazeroso. Se ele jogasse tudo para o alto, seria muito diferente do que ele queria e, ainda mais: a garota não iria querer assunto com ele. Mas se ele penasse mais um pouco, a provocasse, a instigasse a se entregar a ele... tudo seria tão melhor; seria tão mais prazeroso. Eles transariam tão gostoso que nenhuma transa com as putas que passaram em sua vida seriam iguais à primeira vez que ele teria com . Ele penaria, sim, para conseguir o melhor com aquela garota, já que ela também era a melhor. Mas ele não se responsabilizaria por seus atos na hora em que ele, simplesmente, avançasse nela e não a deixasse nunca mais. A sanidade em sua mente havia se esvaído no dia daquela maldita festa e tudo o que ele queria, a partir dali, era não sair de perto de . E cumprira esse querer: Entrou na casa dos escondido apenas para vê-la, encontrou a cena que fez o seu coração sangrar horrores, mas nem por isso desistira da menina, embora ficasse bem perto de deixá-la para lá. E ver que ela também o queria era um ímpeto a mais que ele tinha para continuar aquela saga de aproximação e desejo.
nunca mais seria a mesma depois de ir para a cama com ele. Isso ele tinha certeza.

Naquela sexta-feira, eles tinham apenas cinco exercícios para fazer, e ele deu graças a Deus. Não aguentava mais ver números em sua frente, embora a companhia da garota fosse realmente tentadora, matemática era um saco e ele não suportava a matéria. Não foi fácil fazer trinta e cinco exercícios com contas gigantes e ainda por cima ter uma garota provocando sua masculinidade e sanidade bem ali ao lado. E o pior era que ele tinha que ajudá-la com os exercícios, pois a menina era realmente péssima na matéria. Embora ele não fosse o gênio matemático, Pitágoras do ano, ele sabia muita coisa e tinha facilidade em decorar fórmulas, contas, equações, o que não tinha.
Era uma verdadeira tortura quando ela se aproximava para aprender algo e o garoto tinha que prender a respiração, colocar a mão na frente da calça social e ficar ereto, de forma que a garota não percebesse o quanto ele ficava excitado quando ela se aproximava. Poderia ser o fim da miada se ela o visse dar essa bandeira. Garotas como , provavelmente, ficariam ultrajadas ao ver o garoto ficar de pau duro apenas por uma aproximação mais ousada ou o cheiro de seus corpos emanando tão cruelmente contra as narinas dos mais fracos. E autocontrole e sanidade eram as últimas coisas que haviam restado em sua mente.
Ainda com a mentira sobre a Harley estar no conserto, ele pegou carona a semana inteira com , apenas voltando a pé para casa. A garota ficava animada em ir com ele e ele não via o porquê de simplesmente dizer que a Harley estava bem e que iria para a casa dela na moto. Imagina. Preferia mil vezes ir no carro da garota conversando com ela, a conhecendo e se encantando cada vez mais.
O ar da manhã estava realmente frio, aquele dia e ele tirou um casaco pesado de couro preto do armário, vestindo-o. Pelo que ele percebia o dia seria frio, pois mesmo com o amanhecer lá fora, ele via o quanto as nuvens estariam negras e o céu nublado. Pegou o grosso livro de matemática que trouxe da escola e o colocou na bolsa infestada de balas de menta com chocolate. Ele sorriu. Eram as balas preferidas dele e fazia questão de dar montes e montes para o garoto todos os dias. Ele puxou um pote transparente de seu guarda-roupa, onde mais balas de menta e chocolate estavam guardadas, e despejou as que estavam em sua mochila. Pegou umas cinco e colocou no bolso da calça, chuparia as balas todo momento, imaginando que estaria experimentando o próprio gosto da garota. Talvez se fossem balas de morango tudo ficaria ainda mais real.
Apagou as luzes do quarto, enquanto ia em direção à cozinha, pegava uma pera e, sem demora, caminhava na direção da porta. Ele odiava ter que ir para a escola a pé sendo que sua moto estava ali todinha para o uso dele, mas apenas pensava que quando a aula terminasse teria a carona e companhia de , ainda mais que aquele dia era o último que ele passaria na casa dela, pelo menos por enquanto. Enquanto andava, com a alça da mochila pendurada no ombro largo e forte, ele mordia a pera sem se importar se estava sendo indelicado ou algo do tipo no meio da rua, com tantas pessoas o olhando atravessado.
Não era muito comum ver um garoto bonito, forte, de massa muscular atraente e roupa social andando para lá e para cá com uma fruta na mão, comendo-a como se estivesse sozinho em casa. Mas ele pouco se importava; pouco se importava se o suco da fruta descia por seus lábios finos melados e escorregava pelo seu queixo forte até ele passar a manga da camisa branca do uniforme para limpá-lo. Ignorava o olhar das mulheres e garotas sobre ele e apenas se lembrava de que de todos os olhares que recebia ou iria receber, só um valia a pena: certos olhos azuis profundos que não tinham nem como comparar com as barangas que ele já viu, beijou ou comeu. Muito pelo contrário: de todas elas, era a mais importante.
Perdeu a conta de quanto tempo não transava com uma mulher e nem sequer beijava os lábios de uma. Ele conseguiria qualquer garota facilmente se apenas fosse ao bar perto da rua escura de número nove e tivesse dinheiro para drinques. É claro que sempre uma se aproximava com o interesse de ver um cara bonito como ele disposto a pagar um bom drinque para logo depois transarem em qualquer lugar que fosse em conta. Ele até escolheria uma garota puta qualquer para descontar o seu desejo por , mas não conseguiria comer mais uma das garotas envergadas de tanto pau que já entrou em seus corpos. Ele queria em carne e osso, e não se contentava em apenas imaginar. Masturbar-se pensando nela não era o suficiente. Beijar os lábios de outra sem que fossem os dela não era o suficiente. Comer uma boceta qualquer sem ser a dela não era o suficiente. Tinha que ser ela. Era ela que ele queria e nada mudaria isso.
Chegara à escola jogando o resto da pera em qualquer lugar, limpando a boca mais uma vez com a barra da manga da camisa e logo tratou de entrar no prédio, escutando a sineta bater irritantemente. Teria que ser paciente, aguentar aulas infernais como as de Evan Smith para que pudesse ir passar seu último dia ao lado de . Subiu os lances de escada e chegou a sala quase cheia. Ignorou todos os idiotas e olhou para o lugar de , encontrando seu olhar azul imediatamente. A menina tinha os cabelos amarrados num rabo de cavalo alto, os brincos de brilhantes postos na orelha, a pele alva contrastando com a corrente dourada que ela sempre usava. Os lábios rosados estavam puxados num sorriso, enquanto os olhos viciantes brilhavam em sua direção. Ele passou os olhos brevemente pelo grupo de amigos dela e viu que nenhum estava dando atenção, então ele sorriu, piscando o olho em seguida, deixando a menina levemente corada. Ela mordeu o lábio inferior e foi obrigada a interromper o contato visual, pois Britney Heigns a chamou.
Sentou em sua cadeira se sentindo aquecido por dentro. sempre o recebeu daquela forma depois que eles começaram a conviver juntos. Sempre que entrava na sala ele recebia um sorriso da garota; recebia bochechas coradas como um estímulo para enfrentar as aulas insuportáveis do dia. Se tinha uma parte que ele mais gostava era quando Maggi reunia as duplas para trabalharem juntos. Ali, tudo valia realmente a pena. Mas apenas o sorriso dela era o necessário para que ele se visse completamente diferente de todos, e com a recepção calorosa da menina, ele conseguia passar pelas aulas sem mais esforços.

Ele sempre esperava que seguisse na frente para alcançá-la em frente ao carro. Por mais que ele se sentisse bem perto da garota, ele não queria que ninguém os visse juntos e começassem a comentar mal da dela por conta de sua fama de delinquente. Não responderia por si mesmo se algum boato idiota sobre estar virando uma drogada chegasse em seus ouvidos. E também não queria se misturar com os amigos dela, vulgo os garotos do futebol e as meninas idiotas da torcida. A única daquele grupo de patetas que se salvava era a garota de olhos azuis, cuja inocência era vocabulário extinto na vida das outras putas da torcida. E o bom era que a garota não questionava sobre o porquê de ele não descer junto dela. Ela respeitava o espaço dele e isso o fascinava ainda mais. Não tentava muito diálogo com as pessoas porque elas sempre eram evasivas; enxeridas demais para o seu gosto. Ele era retraído com o mundo e entendia isso. Era tudo o que ele precisava para confiar nela.
Foi até o estacionamento quase vazio e encontrou a menina vestida com um casaco vermelho, diferente do tecido da saia do uniforme, que a deixava mais do que deslumbrante e provocante. adorava vermelho e ver andando para lá e para cá com a maldita saia do uniforme o deixava cada vez mais louco; mais sedento. E ela aparece usando uma porra de um casaco vermelho apenas para deixá-lo à beira da loucura, literamente. Ao chegar perto da menina, sorriu pequeno, enquanto ela sorria com mais abertura.
— Finalmente! — ela exclamou. — Vamos?
O garoto assentiu, e assim que ela desativou o alarme, ele entrou no banco do carona sentindo o perfume de morango inebriá-lo com mais força. O carro de era infestado pelo cheiro doce de morango quebrado, somente, pela fragrância de champanhe, e toda vez ele inspirava aquele aroma com força guardando em sua mente. Era o perfume mais perfeito que ele havia sentido na vida e não abria mão de deixá-lo passar despercebido nem por um segundo que fosse.
A garota dirigia com calma, enquanto comentava o quanto estava feliz pelo trabalho estar praticamente finalizado. Ela contou que já tinha passado tudo à mão, já tinha feito a capa, índice, os textos e os cálculos que eles fizeram naquela semana. admirava a forma como ela falava e como ela já previa mais um belo A+ na nota de média deles; admirava quando ela referia à dupla deles como "a super dupla matemática do ano". Vez ou outra, ele reparava como a garota dirigia bem e, mesmo tagarelando, ela não perdia a noção do controle do carro em nenhum momento. Mais uma vez, ao parar em algum sinal vermelho, ela pegou o saco de balas de menta e chocolate tirando a mão cheia e entregando para que, por mais que se sentisse constrangido de aceitar tanto mimo da garota, já sabia que se contestasse ficaria realmente ofendida. Então ele já sabia o processo: aceitar as balas, guardar em sua bolsa e mais tarde, em sua casa, buscar o pote transparente e colocar mais umas trinta balas lá.

Ao chegarem à casa da menina, ela cumprimentou o segurança, como de praxe, estacionou o carro e saíram juntos até a grande casa branca. Ele, agora, perdeu toda a insegurança ao entrar na casa da menina e lembrar-se de tudo o que ele havia aprontado. Agora superava o fato melhor e saberia que se tivesse de entrar escondido ali de novo, saberia como fazer até de olhos fechados. O que não imaginava era que ele estudou sua casa inteira, tendo praticamente a planta do lugar na cabeça, então não fugiu de seu consentimento uma certa porta que ficava nos fundos da casa, escondida por uma sebe que circulava o local. Riu muito por dentro quando soube que seria realmente fácil para adentrar a residência da menina outra vez.
Como de costume, deixaram as mochilas no sofá branquíssimo da sala de visitas e foram na direção da sala de jantar, onde a mesa já estava posta com os talheres e pratos que eles usariam no almoço. Antes de sentarem, foram até a cozinha cumprimentar os demais empregados e Nana, pela qual pegou uma grande afeição naqueles dias. A mulher estava preparando uma torta de frango recheada e cortava os pedaços quando a abraçou por trás.
— Olá, ma chérie.
A mulher sorriu e teve que admitir que ficava tão fofa, mas ao mesmo tempo tão sexy, com o sotaque francês. Ah! Mais um fetiche a ser realizado com aquela garota...
— Oh, minhas crianças chegaram! Como vai, fille? — perguntou para a menina que ainda a abraçava.
— Eu vou bem, obrigada.
— E você, cher? — ela perguntou ao garoto que sorriu feliz. — Venha aqui, me dê um abraço!
abraçou a mulher que cheirava levemente à amêndoas e logo pensou o que seria de sobremesa. Era um verdadeiro enigma tentar descobrir o que Nana aprontava com os doces perfeitos que ela fazia.
— Estou bem, Nana, obrigado. — ele disse, enquanto a mulher passava a mão pelo seu rosto.
— Espero que você goste de torta de frango. Fiz especialmente para você. — ela disse ao garoto, logo recomeçando a cortar os pedaços da torta num prato.
— Está brincando? É o meu prato preferido! — ele disse sorrindo e sorriu feliz.
— Então meu palpite estava certo. — disse a garota corando e o menino franziu o cenho. — Você me disse que adorava tortas e outra vez, no meio de um almoço, você me disse que gostava de frango... Era só juntar “a” e “b” para ver que você adorava torta de frango.
arregalou levemente os olhos encarando a menina. Lembrava-se vagamente de ter dito a ela que adorava quando sua mãe fazia frango ao molho e quando eram servidas tortas, mas se lembrava, também, que não havia mencionado torta de frango. sorria em sua direção e ele quis muito “chutar o pau da barraca” e agarrá-la ali mesmo. Mas ele se contentou.
— É... é eu adoro mesmo. Você é boa. — ele disse e a menina sorriu alto.
— Apenas presto atenção nas coisas que você diz. — ela piscou e saiu, indo na direção da mesa.
teve o ímpeto de segui-la, mas olhou Nana cortando as tortas com tanto carinho e pensou melhor. Ajudaria Nana a levar a comida e faria questão de servir a garota.
— Nana? — ele perguntou e a mulher respondeu. — Será que eu posso lhe ajudar a levar a comida?
— Oh, não é necessário, cher! Yris está aqui justamente para isso. — ela apontou para a empregada que colocava alguns cubos de gelo no suco, provavelmente de laranja. A empregada sorriu para o garoto, mas ele estava irredutível.
— Por favor? É que eu... gostaria de servir hoje. Ela foi tão legal comigo esses dias e eu nem sei de que forma retribuir.
— Vai deixá-la constrangida, mon amour. — a mulher disse sorrindo e se virou para . — Não precisa se preocupar. Você estando bem aqui já a deixa bem.
— Eu te peço. E também é menos trabalho para você e os empregados, já que vocês me trataram muito bem também. Por favor, posso fazer isso?
A mulher encarou-o por um segundo, mas depois sorriu ternamente entregando o prato com vários pedaços quadrados de torta. O garoto sorriu enquanto levava a comida para a mesa, encontrando sentada distraída, mas sorriu vendo a garota tomar um susto ao vê-lo trazer o prato e colocá-lo na mesa.
? O que é isso? — ela perguntava olhando estática para o garoto que apenas sorria.
— Espere! Falta mais uma coisa...
Ele voltou à cozinha onde pegou o suco, agradecendo a Nana por lhe dar a oportunidade. A mulher apenas sorriu maternalmente para o garoto e ele se retirou. Chegou à sala de jantar deixando a jarra em cima da mesa e pegou uma espátula, tirando dois pedaços da torta e colocando no prato da menina, repetindo o mesmo processo no prato dele.
— Eu não entendi. — a garota disse encarando-o com a sobrancelha arqueada e ele sorriu.
— Não sei como retribuir a forma como fui tratado aqui na sua casa, então... acho que te servindo o almoço seria um bom começo.
A menina arregalou levemente os olhos azuis em surpresa. O garoto se sentiu aquecido por dentro quando ela sorriu em sua direção, mostrando o quanto ficou feliz com aquele gesto.
— Sabe que não precisava, não é? — ela falou, com as bochechas grandes coradas, e ele negou com a cabeça, mudamente, dizendo que não havia problema algum.
Almoçaram um olhando para o outro com sorrisos nos lábios, e praticamente saltava por dentro. Ele precisava afirmar e reafirmar o quanto gostava dos olhos azuis da garota sobre ele, sentindo-a analisar cada traço de seu rosto, e por mais que tivesse de temer por isso, ele não temia. Ele amava. Sua aparência levava muito de quem ele era, do quanto ele sofria, do que ele vivia. era uma garota esperta ao extremo, ele sabia. Não poderia colocá-la no meio de sua vida conturbada por mais que ele quisesse ter a garota ao lado dele todos os dias, tocá-la, beijá-la... Ela não podia imaginar o tipo de vida que ele levava. Tentaria de todas as formas esconder de toda e qualquer informação sobre a sua vida, e por mais que isso não fosse justo com a menina, ele pouco se importava.
Antes que sequer pudesse pensar, já havia terminado sua torta e também. A ansiedade para aproveitar a tarde com a menina corroía suas veias e nem por isso ele quis deixar de repetir mais daquela torta divina. Logo, Nana trouxe taças enormes com grandes bolas de sorvete de creme, chocolate e morango. Talvez o garoto estivesse chegando à conclusão que morango se tornara sua fruta preferida de uns tempos para cá. Comeu rapidamente, enquanto a garota disse que levaria a taça para terminarem a atividade. Assim que levou os pratos para Nana na cozinha, agradecendo mais uma vez, ele foi em direção à sala em companhia da garota pegar as mochilas e logo subiu pela escada até a conhecidíssima biblioteca. Aquela casa estava completamente desenhada na mente de e ele vibrava por isso. Tudo o que ele mais precisava no mundo era conhecer a casa de de ponta a ponta, pois suas visitas noturnas demorariam de terminar.
Sentaram para fazer o resto dos exercícios de Baricentro, mas logo foram interrompidos por uma pequena bola gorda de pelos que enroscou na perna de . A menina sorriu alto pegando o gato e o abraçando, mas os olhos amarelos felinos do bicho estavam postos em . Ele encarou o gato como se o fulminasse com o olhar. É claro que ele não havia se esquecido que aquele bichinho adorável quase colocou tudo a perder quando ele visitou pela primeira vez enquanto ela dormia. Aquele gato maldito despertava tanto asco no menino que ele era capaz de chutar o traseiro redondo do bicho qualquer dia daqueles. É óbvio que ele não perderia tal chance.
Encarou o gato com os olhos semicerrados, mas assim que o bicho ameaçou sibilar, ele virou para os exercícios, ficando satisfeito quando o deixou para lá dizendo que “não permitiria que ele fizesse barulho no meio da concentração deles”. Depois de o gato ter ido embora, — “Graças a Deus”, pensava. — eles voltaram a fazer os últimos cinco exercícios e, em menos de uma hora e meia, tudo já estava pronto.
— Eu nem acredito que terminamos esse trabalho! Eu já estava ficando louca, você acredita? Matemática é uma verdadeira encheção de saco. — ela disse, enquanto levantava da cadeira e esticava o corpo. acompanhava tudo com os olhos, praticamente salivando. Queria tanto aquele corpo em suas mãos.
— Verdade. Pelo menos vamos tirar uma boa nota. — ele falou, guardando o material na mochila. Se perguntava se ele teria de ir embora. Ele não queria ir embora. poderia deixá-lo ficar mais um pouco, não era mesmo?
— Pelo menos temos a tarde livre. Vamos descer? — ela perguntou. Ele assentiu, colocando a bolsa nos ombros e já se preparando para dar adeus à menina.
Desceram as escadas em silêncio, vez ou outra percebendo os olhares da menina fitando-o discretamente, — não tão discretamente assim — mas relevou o impulso de querer encará-la de verdade. Assim que chegaram à sala, a menina o encarou com os olhos brilhantes.
— Eu tive uma ideia! — ela disse feliz e o garoto arqueou a sobrancelha. — Que tal aproveitarmos a nossa tarde vendo algum filme? Sei lá, posso pedir para Nana preparar alguma coisa enquanto a gente assiste algo, o que você acha?
encarou a menina com os olhos semicerrados, procurando algum vestígio de brincadeira na voz dela, mas ela estava tão certa de si mesma que tudo o que ele fez foi sorrir e concordar. Que mal há ver um filme com ? Tirando que ele teria que se controlar ao máximo perto dela, estava tudo bem.
— Claro. Por que não, certo? — ela sorriu mais abertamente.
— Olha, aqui estão os filmes que são meus. — ela o levou até a estante onde uma grande televisão de tela plana estava, acompanhada de uma prateleira cheia de DVDs. Ela indicou a prateleira direita, onde havia vários e vários DVDs diferentes. — Pode escolher o que você quiser, ok? Vou pedir para Nana preparar um lanche para nós e vou trocar essa roupa do uniforme. É o tempo que você vê alguma coisa. — ele assentiu e a garota sorriu se retirando.
mordeu o lábio inferior com o olhar safado. Tomara que a garota tivesse um filme bem legal para eles assistirem juntos. Passou a olhar os DVDs que estavam na estante e franziu o cenho. Aquamarine, Princess Protection Program, Sleepover, Sydney White…
“Sério mesmo?”
só tinha filmes de menininhas? Até parece que ele veria aquele tipo de filme com ela. Passou os olhos pelos outros DVDs e concluiu que não tinha chance alguma de assistir os DVDs dela. Encarou a estante com as sobrancelhas arqueadas e logo viu a prateleira da esquerda, também cheia de DVDs.
Assim que passou a analisar os filmes da prateleira da esquerda, um sorriso satisfeito surgiu na face do garoto. “Isso sim é filme bom”, ele pensava. Filmes e documentários de guerra estilo Battleship estavam postados em fileiras, filmes de ação e terror. O garoto pensou seriamente em tirar Catch Me If You Can do monte de DVDs, mas uma gaveta entreaberta chamara sua atenção. Não que ele fosse enxerido a ponto de fuçar as coisas dos outros, mas... curiosidade era o seu ponto fraco. Abriu a gaveta e seus olhos se arregalaram instintivamente.
Filmes para maiores de vinte e um anos estavam espalhados por ali e o castanho escuro de seus olhos brilharam ao ver os melhores filmes pornôs guardados ali. Olhou depressa para trás procurando sinal de ou dos empregados, mas tudo estava vazio. Estava somente ele e, com essa certeza, ele passou a mexer nos filmes encontrando muita relíquia boa por ali. O surpreendeu que além dos filmes pornôs, havia os mais “leves” e, de todos aqueles filmes que ele cansou de assistir, um de capa branca com a sombra preta de um casal nu se beijando chamou sua atenção. Ele nunca havia assistido àquele filme e uma curiosidade imensa de assisti-lo ao lado de o tomou completamente.
Um sorriso de canto maldoso repuxou seus lábios e ele encostou o queixo entre os dedos. Por que não pedir a para verem aquele filme? Afinal, foi ela quem o mandou escolher um filme, e por mais que este estava na prateleira da esquerda e escondido dos outros, era esse que ele havia escolhido. Virou a capa do DVD procurando informações sobre o filme, encontrando a sinopse que o deixara realmente interessado. Ele não iria perder a chance de assistir um filme daqueles na companhia de . Não perderia mesmo.
Sentou no sofá segurando o DVD e balançando a perna freneticamente esperando a garota. Poucos minutos depois, a menina chegou correndo até ele e sentou depressa no sofá olhando-o com o sorriso no rosto. Ele encarou a menina com o olhar penetrante e passou a analisar o corpo dela. Ela havia trocado o uniforme tentador da escola por uma regata larga, por baixo usava um top preto, e o short jeans desfiado modelava suas pernas e deixava suas coxas tão visíveis e apertadas que ele simplesmente ficou louco. Aquela garota tinha mesmo trocado o uniforme para colocar uma puta roupa sexy daquelas? Ela queria matá-lo, só podia.
— Escolheu? — ela perguntou animada e o menino sorriu erguendo o DVD, vendo o sorriso dela murchar rapidamente.
— Escolhi. — falou firme encarando-a e a garota engoliu em seco.
— Ahn... Onde você achou... isso? — ela perguntou nervosa e ele sorriu.
— Você já assistiu? — ele perguntou empolgado e a menina arregalou os olhos.
, isso não é meu. Isso estava guardado. Como você achou?
— Achei por acidente, mas... estou curioso. Você já assistiu?
A garota mordeu o lábio inferior e virou o rosto, corando fortemente. Ela se afastou um pouco de e o garoto estava adorando toda aquela situação. Se ela soubesse o quanto era excitante vê-la nervosa daquele jeito...
Demorou um tempo até a menina respirar fundo sob o olhar forte do garoto e suspirar.
— Já. — disse, levando seus olhos azuis para encarar os do garoto. — É mesmo? É um filme legal? — ele perguntou fingindo interesse, mas a verdadeira intenção era ver como a garota reagiria ao contar sobre um pornô.
— É... normal, , é um filme normal. — ela disse nervosa, fazendo um coque apressado no cabelo, como se quisesse escapar daquela conversa. sorriu satisfeito e passou a fitar a menina com mais ardor.
— E você assistiu acompanhada? — ele perguntou baixo e sentiu a garota se arrepiar ao ver os pelos dos braços dela levantarem inteiros. A menina ainda tinha os olhos arregalados e as bochechas coradas junto os lábios praticamente brancos de tanto que ela os mordia.
— Não. — ela deu uma pausa. — Assisti sozinha.
— Eu pensei que o seu namorado gostaria de ver com você. — ele falou provocando, mas antes que a menina respondesse alguma coisa em defesa do idiota, ele falou rapidamente. — Sobre o que é esse filme?
tinha a expressão beirada ao ultraje, mas vendo que o garoto estava irredutível, resolveu falar, respirando fundo a cada oração proferida.
— É um filme sobre vários casais em diversas ocasiões de sexo. Casais, amantes, namorados ou relacionamento casual. Mostra a atividade sexual de cada situação. — ela disse simplesmente e ele balançou a cabeça.
— Então são vários tipos de foda diferentes?
A garota arregalou ainda mais os olhos, encarando o garoto como se ele fosse maluco ou algo do tipo. Ele se segurou muito para não dar risada. Sério mesmo que nenhum garoto havia dito os termos sexuais para ela?
— “Foda”? — ela perguntou em voz baixa e sorriu.
— É, . Foda. É o que o sexo é: uma foda. — ele disse como se comentasse a cor do sofá e ela corou.
— Ai, , não precisa ser tão direto.
— Foder, trepar, comer, meter... — ele enumerava com os dedos sob o olhar da menina.
— Você é louco.
— E então? Quando você viu esse filme? — ele disse mudando de assunto, mas a menina corava cada vez mais.
, deixa esse filme para lá, por favor...
— Ah, não, . Eu quero saber mais sobre esse filme. Eu nunca o vi, acredita? — ele disse mostrando a capa do DVD e a menina colocou a mão na testa. Ela suspirou pela milésima vez e o encarou.
— Eu vi... — ela quase sussurrou. — sem meu pai saber. Eu estava curiosa, apenas.
escancarou a boca. Então não era tão comportadinha. Fuçava os vídeos pornôs do pai sem ele saber... E então a imagem de assistindo um filme para maiores o fez ficar mais do que animado. Sentia seu pau se endurecer a cada imagem que passava da menina com os olhos azuis fixos na tela da televisão enquanto via casais diferentes trepando pesado no filme. Ele podia sentir o desejo da menina, o quanto ela devia ter se excitado ao ver aquela cena e o quanto ela queria que algum garoto estivesse ao seu lado para tocar seu botão inchado e molhado... Ah! Ele iria ver aquele filme com ela...
— E... você viu à noite? — ele perguntou com a voz falha, ainda imaginando a menina em frente à televisão, sozinha na sala escura, enquanto as mãos pequenas pousavam em seus peitos fartos.
Ela assentiu, mordendo o lábio inferior, e virando o corpo para longe de . O desejo fulminava em seu peito e tudo o que ele queria era avançar na garota, mas antes que pudesse tomar alguma iniciativa precipitada, ele passou a pensar. Se visse o filme com , seria muito mais fácil de ficar com ela. Ora, a menina o desejava e ele sabia disso, ele sentia isso. Se eles assistissem o filme juntos, vendo casais fodendo violentamente e se amando, é claro que seria uma deixa perfeita para se aproximar da menina, para beijá-la; para transar com ela.
Ele se aproximou um pouco da garota, que endureceu a postura, mas ficou parada.
— Topa agora? — ele sussurrou perto do ouvido da menina, sentindo o cheiro de morango entrar sem permissão em suas narinas. — Eu estou curioso para assisti-lo.
A garota virou o rosto para ele, olhando fundo em seus olhos e logo abaixou o olhar para os lábios do menino. fez o mesmo, encarando os lábios em forma de coração e sentindo os seus formigarem para capturá-los com sua língua e chupá-los até que o gosto da menina estivesse por completo em seu paladar. Assim que estavam se aproximando como um ímã, seus olhos quase se fechando e a distância cada vez menor, um impulso fez o garoto abrir os olhos e ver em pé, quase perdendo o controle de suas pernas.
? ? — a voz de Nana ao fundo o deixou realmente frustrado e ele viu uma oportunidade divina se passar bem perto de sua cara. Ele estava tão perto de beijar a garota... — Vocês estão bem? Eu preparei o lanche. — a mulher vinha sorrindo na direção deles. escondeu a capa do DVD sem a mulher perceber nada e tinha o rosto corado, o coque quase desmanchado e tremia um pouco, completamente nervosa.
— Ah, é claro. Me desculpe por ter esquecido de lhe chamar. — a garota falou, enquanto a mulher colocava o prato de sanduíches e a empregada trazia um suco, provavelmente de uva, junto com dois copos.
— Já escolheram o que vão assistir? — Nana perguntou e os garotos arregalaram os olhos.
— Ainda não, Nana. — falou sorrindo nervosa, mas percebeu que a governanta havia estranhado.
— Estamos em duvida entre dois. — o garoto falou e Nana o fitou, curiosa. — Estamos pensando se assistiremos Catch Me If You Can ou Sydney White.
— Oh! Estão planejando ver um filme com Leonardo DiCaprio? — a mulher falou o nome com o sotaque francês forte e assentiu desesperada demais, tentando mostrar para a governanta que era, realmente, aquele filme que iriam ver. — Bom filme para vocês, então, chérie. Qualquer coisa me chame, fille. — ela disse para , que assentiu rapidamente. — Estarei no meu quarto. Você também, cher. Qualquer problema, estarei às ordens.
A mulher sorriu, saindo da sala com a empregada, e respirou fundo, soltando o ar lentamente enquanto se jogava no sofá. Mordeu o lábio inferior com precisão e a fitava apreensivo. Nana não poderia aparecer enquanto eles estivessem assistindo aquele filme.
— Acho melhor deixar esse filme para lá, . — ela disse encarando-o. — Se Nana aparecer eu nem sei o que direi a ela.
— Ela disse que iria para o quarto, não disse? — o garoto tentou arranjar qualquer pretexto que pudesse permiti-lo de ver aquele filme com naquele momento. — E nós não iremos chamá-la de repente.
— Ai, eu não sei. Esse filme nem é tão bom...
— É sim. — ele a interrompeu. — Anda, coloque-o e vamos assistir.
A garota hesitou, mas pegou o DVD, retirando o CD e colocando-o no aparelho em seguida. observava tudo com o olhar pingando malícia. Nunca pensou que viveria um momento daqueles: , a garota gostosa mais desejada da escola, estaria colocando um pornô para assistir com ele, o delinquente surtado, drogado e maluco? Estaria ela vestida com um short jeans maravilhoso, um top cobrindo seus peitos fartos e deliciosos, uma blusa larga cobrindo seu tronco perfeito, enquanto pulava os trailers adicionais, para assistir um filme para maiores com ele?
Ele não podia crer em sua sorte.
Enquanto a menina organizava o menu inicial, onde aparecia a mesma imagem da capa do DVD, ele colocara um pouco do suco nos copos e depois pegou um dos hambúrgueres entregando para e se servindo de outro. Antes de apertar o play, ela olhou o garoto como se, de uma hora para a outra, ele desistisse e falasse que ela poderia tirar o filme e colocar Leonardo diCaprio, o que era muito mais em conta, na opinião dela. Mas ele não faria isso.
Vendo que nada a salvaria, sorriu abertamente ao vê-la apertar o play e a tela ficar preta, logo começando a passar os créditos iniciais, com o nome do filme, os atores, diretores, produtores e roteirista. Esperava ansioso para o começo do filme e não podia nem expressar o quanto ele estava ficando excitado com a ideia de assistir casais trepando enquanto estava na companhia de uma garota gostosa. Teria que se segurar muito se quisesse deixar tudo ainda mais prazeroso.

O filme começou, mostrando um casal cuja aliança dourada refletia sob a mão esquerda de ambos. Algumas brigas eram o centro e quis muito dar risada. O marido falava que ia sair de casa, enquanto a mulher desesperada o mandava pegar as malas e sumir, mas em seu olhar queria muito que o marido ficasse. passou o olhar brevemente para , vendo a garota com os pés sobre o sofá, o queixo apoiado nos joelhos, os braços abraçando as pernas e o olhar no filme. Passou os olhos pelo corpo da menina e logo voltou ao filme, vendo a cena clichê da mulher que agora impedia homem de ir embora. Era mais uma briguinha besta de casal, como em filmes melosos de romance, mas na hora que o casal começou a se beijar com força, diferente dos atores de filmes livres, ele começou a se empolgar.
O casal se beijava como se tivessem praticamente engolindo um ao outro, e as mãos corriam soltas, principalmente quando as partes eram a bunda levemente avantajada da mulher loira ou o peitoral do homem de cabelos escuros. O homem jogara a mulher violentamente sobre o sofá, caindo em cima dela, enquanto devorava seu pescoço, fazendo-a abrir as pernas e receber o corpo forte por meio delas. não conseguia tirar os olhos da cena, principalmente quando o homem rasgou a blusa da loira com força deixando a mostra os peitos siliconados e duros da esposa. O homem chupava o peito dela com tanta vontade e tanta força, fazendo os movimentos de seus quadris ficarem ainda mais alucinados, como se estivessem fodendo de verdade. mal pode esperar para chegar a hora.
Depois de muitas preliminares, como o homem chupar a vagina excitada da mulher e ela gemer loucamente murmurando obscenidades realmente engraçadas, chegara a hora de a mulher chupar o pau do marido. olhou para de canto de olho e viu a menina de sobrancelha arqueada, com os olhos azuis vidrados no filme, mas não pôde deixar de perceber como ela mexia os dedos dos pés e das mãos. No filme, a loira começou a chupar rapidamente o mastro do marido e chupava fundo, de forma que parecia que ela engolia todo o pênis do homem numa sugada só. não pode deixar de imaginar como seria quando o chupasse. O chupasse melhor do que a loira puta do filme. O chupasse com tanto fervor que só restaria que ele gozasse em sua boca perfeita e visse o contraste excitante de seu líquido branco sob os lábios em forma de coração. Antes que o cara do filme gozasse, ele deitou a mulher penetrando-a profundamente e os gemidos dela se tornaram ainda mais altos. O homem a fodia tão forte que apenas imaginava como seria quando ele estivesse fodendo daquela forma. Ah, como ele queria aquilo. Ele não poderia esperar tanto tempo para fodê-la pesado. Teria que ser mais ágil ou então não aguentaria e colocaria tudo a perder.
Enquanto o filme mostrava outros casais trepando em vários lugares diferentes, observava a reação de a cada momento. Ela, constantemente, mudava de posição no sofá cruzando as pernas, descruzando, prendendo o cabelo novamente no coque, respirando fundo, jogando as costas no encosto do sofá branco, cruzava as pernas novamente e então não restava mais duvidas. A menina estava realmente excitada.
A forma como ela espremia a vagina com as coxas era delirante. Ela cruzava as pernas e sentava para fazer mais pressão no sexo que, provavelmente, latejava buscando algum tipo de fricção que pudesse diminuir o que ela sentia. Porra! Como ele queria colocar os dedos em sua vagina quente e molhada para aliviá-la daquela tensão. Tomou o terceiro copo de suco, sentindo seu pau enrijecer fortemente dentro de sua calça social ao ver a garota gostosa excitada ao seu lado. No filme, um casal de namorados fazia um 69 bem elaborado, mas ele não prestava atenção alguma. Vagarosamente, se aproximara da menina, que estava tão compenetrada vendo o filme que nem percebeu. Ele se aproximava e dava um tempo para que pudesse se aproximar novamente sem assustar a garota. Não poderia assustá-la. Ele iria beijá-la ali mesmo e não poderia adiar um segundo que fosse.
Antes que ele pudesse se aproximar ainda mais, a menina de repente pegou a jarra de suco, enchendo seu copo e depois voltou a cruzar as pernas, assistindo o casal foder na tela. respirou baixo, aliviado, enquanto tinha os olhos na televisão, mas seu único objetivo era se aproximar da menina. Vez outra ele a percebia encarando-o de canto de olho e pensou que ela iria se afastar ou mandá-lo se afastar, mas nada ela fez. Apenas voltava a assistir o filme como senão tivesse visto nada.
Aproveitando a deixa, ele foi se aproximando calma e silenciosamente de forma que, depois de alguns minutos curtos, constatou que estava na distância certa. Olhou para a televisão vendo um casal da idade deles se beijando enquanto a garota ruiva se esfregava sobre o pau do namorado e então virou o rosto completamente para . Talvez sentindo o peso do olhar dele, ela o olhou e fixou seu olhar na boca do garoto imediatamente. mordeu o lábio inferior enquanto ia se aproximando lentamente da garota vendo os lábios de coração sendo molhados pela língua pecaminosa da menina. Ao ficar perto do bastante, vendo que a garota não iria impedi-lo de forma alguma, fechou seus olhos apenas esperando o contato de seus lábios, mas o que ele recebeu fora bem diferente do que o choque de um selinho.
Ao abrir os olhos violentamente, ele viu sua camisa social branca completamente manchada por um líquido roxo. Ele ergueu os braços sentindo o suco molhar seu tronco forte, empapar sua blusa e já podia imaginar o melado do açúcar grudar em sua pele.
— Ai, meu Deus! — exclamou, levantando-se estupefata, falando por cima dos gemidos do casal do filme. — , eu... eu não acredito que eu te molhei. Ai! Meu Deus, me desculpa, por favor... Eu não sei o que deu em mim, eu...
O garoto se levantou sentindo líquido molhar o cós da calça preta enquanto a camisa estava colada em seu tronco, o que atraiu o olhar da menina. Pela segunda vez ele fora interrompido na hora em que ia beijá-la. Isso era realmente um carma. Um puta carma negativo.
— Eu vou te levar até o banheiro do meu quarto para você se secar, eu... Ai, meu Deus! Como eu sou desastrada, venha comigo, ! — ela disse desligando o filme, logo subindo as escadas depressa, sendo seguida pelo garoto que ainda sentia a frustração corromper sua sanidade.
Por que ela havia derramado aquele maldito suco nele? Por que ela não esperou, pelo menos, que eles se beijassem?
Ela abriu depressa a porta do quarto já conhecido de outros tempos, assustando levemente o gato que dormia em uma almofada fofa no chão. Ela indicou a porta do banheiro da suíte, onde o garoto entrou, agradecendo mal humorado. Ela se desculpou mais uma vez, mas ele não queria muita conversa.
Porra.
Odiava quando estava prestes a fazer algo importante e simplesmente algo acontecia ou alguém aparecia para impedir. E aquilo aconteceu duas vezes quando ele fora beijar . “Eu não posso ser tão azarado assim, não posso!”, ele pensava com raiva enquanto se desfazia da camisa, colocando-a em cima da pia.
Seu tronco estava todo manchado de roxo claro e úmido, mas ao tocar, ele sentiu seus dedos grudarem levemente por conta do açúcar do suco. Rolou os olhos com raiva, enquanto ligava a torneira da pia e molhava sua mão na água gelada, contraindo os grandes músculos ao tentar tirar o melado do abdômen. O dia estava frio e ele tinha tomado um belo banho de suco de uva gelado enquanto tentava beijar a garota dos seus sonhos. Porra! Agora ele estava ali dentro de um banheiro que cheirava a jasmim e shampoo feminino enquanto limpava o corpo melado de açúcar. Porra de novo.
O que mais o incomodava era o pau duro que guardava dentro de suas calças. Ele havia ficado realmente excitado ao ver aquele bando de casal transando na companhia de e o quanto ela havia ficado excitada. Ele iria beijá-la, caralho! Ele sentiria o gosto dela em sua boca, a tocaria de verdade, sentiria o choque do prazer arrepiar seu corpo inteiro; sentiria o quanto ele nunca desejara tanto uma garota na vida. Ele iria comer tão bem que ela não se atreveria a esquecê-lo nunca mais. Mas tinha que receber um copo de suco de uva no corpo! Tinha que ter todo o seu esforço por água abaixo.
Suspirou alto, grunhindo, e então molhou o rosto com a água fria para ver se aliviava todo aquele tesão acumulado. Com o rosto pingando as gotas geladas, ele apoiou as mãos no mármore da pia encarando-se no espelho. Odiava quando tinha que esperar seu corpo se recobrar de uma ereção, mas ele estava se sentindo tão frustrado que o alívio provavelmente não demoraria a chegar.
Não foi preciso mais que poucos minutos para que ele estivesse normal e fitasse sua camisa social manchada de roxo. E então ele praguejou. Aquela era a única camisa do uniforme escolar que ele tinha. O que faria agora? Olhou-se no espelho mais uma vez, contemplando seu tronco forte nu enquanto segurava a camisa suja em uma das mãos. Como ele iria embora sem camisa? Como ele voltaria para a escola segunda-feira usando uma camisa branca diferente do uniforme? Ele tinha uma que quebrava o galho, mas era só uma. E agora?
Lançando mantras de calma em sua mente, ele passou a mão no rosto, enxugando a água e colocando a blusa embolada em frente ao seu corpo, enquanto ia em direção à porta do banheiro. Percebeu que havia deixado a porta entreaberta, mas resolveu deixar para lá. Entrou no quarto da menina buscando-a com os olhos, mas o que ele viu foi somente o Scottish Fold dormindo no travesseiro. E então veio a lembrança da garota na maldita noite em que ele a flagrou com o namorado. Aquela cama tinha sido cenário de uma transa nojenta, ele pensava. Mas ele mudaria aquela situação, e mesmo com todo o impedimento daquele dia, ele não havia desistido.
O vento frio que vinha da janela aberta batia com força em sua pele e ele contraía dos músculos sentindo o gelado sacudir o sangue quente de seu corpo. Antes que pudesse deixar para lá e vestir a roupa manchada de suco, ele escutou algumas batidas tímidas na porta e franziu o cenho. Então ele percebeu que estava nu da cintura para cima e que a não entraria abruptamente no quarto.
? — a menina perguntou com a voz baixa e ele respondeu. — Eu... eu trouxe uma camisa para você. — ele sorriu pequeno.
— Pode entrar, .
Não se deu ao trabalho de vestir nada, apenas esperou que a menina entrasse. Assim que ela entrou, os olhos azuis dela se fixaram em seu corpo como um ímã. Ela parou de repente de andar, enquanto media o tronco musculoso e forte do garoto, passando os olhos por seu peitoral largo, seu abdômen marcado por gomas de músculos e, finalmente, o caminho que marcava suas entradas. Ele quis muito sorrir convencido, mas se segurou apenas indo na direção da menina, trazendo o corpo forte com ele e deixando-a levemente entorpecida. Chegou perto o bastante para pegar uma camisa branca que ela segurava com força na mão, cuja ponta dos dedos já estava esbranquiçada pelo nervosismo.
— Obrigada. — ele falou provocante, enquanto tratava de vestir a camisa nova. A camisa era idêntica ao uniforme, porém um pouco mais larga em seu corpo, o que o deixava mil vezes mais confortável que a outra. fitava tudo com os olhos azuis em chamas, mas não queria envergonhá-la mais ou deixá-la mais nervosa. Ele concluíra que era bem melhor deixar com desejo reprimido para que na hora certa pudesse ficar com ela sem mais impedimentos ou objeções.
— Assim que eu lavar a minha, eu lhe devolvo. — ele apontou para a camisa e a menina pareceu acordar de um transe.
— Não! Não mesmo! Essa camisa é sua. Eu tenho certeza de que a sua camisa, infelizmente, vai ficar com a mancha do suco, porque esse tecido tem tendência de sujar facilmente, e a que eu te dei ficou ótima em... — ela parou de repente como se tentasse fugir do assunto ou parar de tagarelar, mas a olhou com uma falsa confusão instigando-a a falar. — Ficou boa em você. Que bom que serviu, eu... eu vou ir lá para baixo esperar você terminar de arrumar qualquer coisa e... — ela balançou a cabeça saindo depressa. Assim que escutou os passos afobados da menina diminuírem, ele sorriu alto.
havia perdido o rumo da fala, e isso era tão engraçado. Balançou a cabeça negativamente, sorrindo feliz, enquanto abotoava a camisa nova e sentia o tecido leve em seu corpo forte. Estava a tanto tempo acostumado com a camisa apertando seu corpo que ao vestir uma bem mais leve, ele sentia como se um peso imenso tivesse saído de suas costas. Bagunçou o cabelo enquanto se aprontava para se retirar do quarto, mas não antes de dar uma olhada bem feia para o gato, Merlim, que o encarava com os olhos amarelos felinos e perigosos. Deu as costas ao bicho, enquanto fechava a porta do quarto e descia as escadas, encontrando certa garota que andava para lá e para cá completamente nervosa, com os lábios presos aos dentes. Assim que o garoto se aproximou dela, a menina tropeçou nos próprios pés, mas disfarçou com um sorriso.
— É... eu... eu acho que ficou boa... — ela apontava para a camisa e a encarou com os olhos em fendas. Porra, ela ainda estava pensando na blusa ou ela ainda estava pensando nele completamente nu da cintura pra cima? Mas ao ver as bochechas da menina corarem, ele concluiu que era a segunda opção. — Você... você quer comer alguma coisa? Eu... eu acho que ainda sobrou dos hambúrgueres que Nana preparou, embora o suco tenha acabado e...
Talvez não seria bem os hambúrgueres que ele queria comer, sabe? Quase que ele falava isso para a menina, mas vendo ela se embolar toda, desistiu de provocar. Ela já estava bastante atrapalhada e talvez ficasse mais constrangida se ele a provocasse com insinuações sexuais. Poderia até pensar que ele a achava uma vadia, coisa que ela, com certeza, não era.
— Eu acho que já deu a minha hora, . — ele falou olhando para a menina, que contraiu o rosto como se decidisse se aquilo era bom ou ruim. — Eu já tomei muito tempo da sua tarde e eu também estou cansado por conta do trabalho... Segunda você leva, certo?
— Claro que sim! Eu... eu peço desculpas, . Eu queria assistir um filme legal com você, mas você escolheu justamente um que me deixa... nervosa. — ela sussurrou. — Então eu acabei derramando o suco em você sem querer. — ele sorriu indo na direção da menina, tocando o braço fino dela com sua mão grande. A pele de era tão macia e lisa que apenas encostando a palma de sua mão levemente, ele podia sentir a textura perfeita que aquela pele tinha. A menina encarava o toque e depois passou seus olhos pelo rosto do garoto, que a encarava. — Não tem problema. Na verdade, eu repetiria tudo de novo. Inclusive o banho de suco de uva. — ele sorriu e ela mordeu o lábio inferior, tímida, mas logo começou a sorrir de verdade. — Segunda a gente se fala, ok? — ela assentiu e ele a puxou pelo braço mais para perto dele, enquanto circulava seus braços fortes em torno do corpo pequeno e curvilíneo da menina. Ela repousou a cabeça no peitoral forte do rapaz e ele a abraçou com força, sentindo ser retribuído da mesma forma. Ele desfez o abraço de má vontade, mas voltou a encarar a menina que tinha as bochechas mais esbranquiçadas. — Até mais. — ele sussurrou enquanto se aproximava do rosto dela e beijava o canto da boca, que ele demorou um pouco dando o selinho. Ele sentiu a menina tremer, e até ousava arriscar dizer ter ouvido o coração dela bater rapidamente dentro de sua caixa torácica. Ele se sentiu realmente feliz.
Desgrudou os lábios do rosto dela e sorriu mais uma vez, antes de abrir a porta e tomar o rumo conhecido até o grande portão branco da casa. Segurou o impulso de olhar para trás, mas não se achava forte o bastante para isso, então ousou olhar para trás e ver a menina encarando-o em frente à porta da casa. Ele sorriu pequeno e caminhou até que já estivesse fora da propriedade dos . Enquanto andava até sua casa, a tarde se passava como um filme em sua cabeça, no literal da frase, e ele começou a sorrir. Aquele filme que eles assistiram fora bem proveitoso, em sua opinião. Mesmo que a garota tenha o molhado com suco de uva enquanto faltava apenas poucos centímetros para que eles se beijassem, ele repetiria tudo de novo. Cada momento que passou ao lado de aquela semana fora mais do que especial e ele mal esperava para que Vera Maggi passasse mais lista de exercícios para que eles fizessem juntos. O que mais o intrigava era a forma como o queria e como ela se atrapalhava completamente por isso. É claro que ele sabia que essa confusão de sentimentos a assolando era porque ela ainda tinha o namorado em jogo e não podia simplesmente se desfazer dele porque estava se sentindo realmente atraída por seu companheiro anual de matemática.
Mas ele mudaria essa situação.
A garota já provara sua fraqueza para com ele, tanto que se entregou a um quase beijo por duas vezes, além de aceitar ver um pornô ao lado dele e vê-lo nu da cintura para cima, ficando completamente absorta e cheia de desejo.
Seria fácil demais.
Ele a visitaria aquela noite, aproveitando a deixa que o namorado idiota proporcionou: a garota ficaria em casa e ele não perderia a chance de vigiá-la de perto, tendo a certeza que não encontraria a cena horrenda como da última vez. Um sorriso de canto brotou em seus lábios.
Ele mal podia esperar para quando a noite chegasse.



XII. A fascinating insight amid the bath.


tinha as mãos suadas e trêmulas, que não paravam quietas um só segundo.
Como ela fora tão fraca? Como ela deixara , o lindíssimo , quase beijá-la enquanto ela tinha um namorado íntegro ao seu lado, que a amava, que se importava com ela, que a desejava. Mas que merda! Nem desejar ela estava conseguindo mais. Ficou tão aliviada quando o namorado ligou dizendo que não poderia vê-la no sábado. Foi como se uma cruz enorme saísse de suas costas e ela estivesse livre. Mas que diabos estava acontecendo? Ela amava , não amava? Ela queria ficar com o rapaz, beijá-lo, querê-lo, não era mesmo?
Pelo menos era nisso que ela queria acreditar.
Todo o seu autocontrole ou falta de vergonha, como ela nomeava, havia ido embora quando havia escolhido “Sex: The Pleasure That Moves a Relationship”* para assistirem naquela tarde. Ela, simplesmente, foi ingênua ao deixar escolher um filme, mas foi mais ingênua ainda por achar que o garoto não encontraria os filmes pornôs. Garotos sentiam o cheiro de pornô de longe, e ela havia mexido naquela gaveta antes de sair para a escola.
Seu pai havia saído ainda de madrugada para o trabalho, e ela acabou fuçando sem querer a gaveta proibida, onde seu pai nem sonhava que a menina tinha acesso. Ela havia descoberto o “esconderijo não tão esconderijo assim” de seu pai havia alguns anos, e mesmo cometendo alguns erros de praxe como deixar a gaveta aberta, mudar a ordem dos filmes, deixar meio bagunçado, o pai nunca havia percebido nada. No início, foi realmente um choque quando a menina descobriu os filmes e chegou à conclusão que seu pai assistia muitos deles. Poxa! Ele ainda era um quarentão na flor da idade, poderia ter outra mulher, mas nunca escolhera uma afundo para o cargo de namorada ou esposa. ainda sentia a morte da mãe, mas não podia impedir o pai de reconstruir a felicidade ao lado de alguém, já que um homem como ele era realmente carente de carinhos amorosos femininos. Mas o pai não se relacionava constantemente e, se por um acaso se relacionava, era longe dos olhos da menina.
A gaveta com os filmes até que era bem guardada e trancada, mas o pai, com certeza, deveria ter se esquecido de passar a chave, pois em uma das vezes em que a curiosidade da menina era um defeito, ela encontrou os filmes e ficou realmente interessada em assisti-los. Assistiu grande parte escondido de seu pai, embora se sentisse constrangida por isso. Ora, ela não era “A expert” em sexo e precisava de muitas táticas para conseguir satisfazer um homem, vulgo seu namorado. Mas qual foi o seu choque ao ver a capa do DVD, que há noites atrás ela havia assistido, na mão de ? Como ele tinha encontrado aquela gaveta? Ela havia se certificado de que estava bem fechada, sem dar bandeira que ela andou fuçando por ali, mas viu que era mais inteligente do que ela imaginou, pois descobrira em um dia aquilo que ela levou meses para encontrar. Além de ficar constrangida de o garoto ter encontrado os filmes proibidos do pai, ficou ainda mais sem jeito pela forma como ele a olhava, como se ele soubesse que ela já havia assistido muito daqueles filmes. E como o olhar pesado e provocativo do menino a queimava por dentro...
Cair nas provocações de era tão fácil como falar. Ele simplesmente a circulava de todas as formas, e nem que ela tentasse correr, conseguiria se desviar das segundas intenções do garoto. Ele queria ver como ela se daria ao conversar abertamente sobre sexo com ele; queria ver como a garota se desenrolaria, como ela se pronunciaria em sua frente e ela sabia disso. Ela sabia que estava provocando-a, e tudo o que ela menos queria era dar uma bandeira. Mas o que ela fez foi mais do que dar uma bandeira: foi entregar-se completamente.
Estava maluca de desejo pelo garoto sombrio e misterioso de grandes olhos e não podia mais negar.
Talvez o maldito filme tenha contribuído muito quando ela simplesmente estava à flor do desejo pelo menino, mas até mesmo antes que o filme pudesse começar, ela havia quase cedido um beijo para . Ele se aproximou tão vagarosamente dela que no momento em que ela o olhou, tudo à sua volta não fazia o menor sentido. O único sentido que ela conseguia distinguir ou enxergar naquele momento era o quanto os olhos daquele garoto eram intensos e fitavam seus lábios com tanto desejo, com tanto querer. Como ela poderia negar? Se não fosse Nana aparecendo naquele momento com o lanche, eles, com certeza, teriam se beijado e ela estaria sentindo uma culpa esmagadora.
Como se nada pudesse piorar, ver o filme de vários casais transando enquanto um garoto extremamente gostoso e forte estava ao seu lado era mais tentador do que qualquer coisa que ela pudesse imaginar. Ela ainda não entendeu o porquê que aceitou uma coisa daquelas. Se nem com ela ousava assistir um filme daqueles, imagine com ? Mas ao contrário de seus princípios, ela aceitou, e mesmo se martirizando por dentro, concluíra que gostou da companhia do garoto e gostou, mais ainda, quando ele se aproximou dela novamente e estava pronto para uma outra tentativa de beijá-la, mas ela tinha que se atrapalhar inteira. Ela mal se lembrava de que segurava o copo de suco nas mãos e ficou tão absorta no intuito de beijá-lo; ficou tão ansiosa para que o garoto se aproximasse de uma vez, mas ela colocou tudo a perder.
Derramou, sem querer, todo o líquido do copo na camisa do menino, deixando-o completamente molhado e melado. Até cair em si da burrada que havia feito, ela apenas fitava como a camisa justa do garoto grudava perfeitamente em seus músculos fortes do abdômen, cujo tecido molhado mostrava mais do que deveria daquela maravilha que ela não tirou da mente nem por um segundo. Quando caiu em si, desligou a televisão rapidamente por medo de alguém ver o que e ela andavam assistindo escondidos, e logo se viu levando o garoto para o seu quarto com o objetivo de reparar o seu erro, mesmo vendo a cara amarrada do garoto. Ora, com certeza, ele estaria realmente irritado com ela, afinal, garotos não gostam de serem interrompidos quando estão prestes a beijar uma garota, não é mesmo? E ela foi muito sonsa a ponto de esquecer-se do suco em sua mão e acabar derramando-o, acidentalmente, no garoto.
Mesmo no meio de tanta afobação até chegar ao seu quarto, quando abriu a porta de sua suíte, ela não pôde deixar de reparar no volume evidente que o garoto levava no meio das pernas.
Ele ficou excitado.
Mas é claro que ele ficou excitado! O que ela queria? Que um garoto ficasse completamente normal vendo um casal transando forte numa tela de televisão, vendo mulheres nuas chupando homens e, logo em seguida, abriam as pernas para serem comidas por eles? Ela ainda não entendia o porquê de sua surpresa ao ver o pênis rígido do garoto desenhar a calça social preta do uniforme escolar. Talvez nem tenha sido por vê-lo excitado, mas sim pelo tamanho da ereção do menino.
Assim que ele entrara no banheiro encostando a porta, a garota passou a mão pela testa tentando ver se de alguma forma sua tensão passava. É claro que ela tinha a leve impressão de que , sendo um garoto bem incorporado, com o porte de armário, músculos grandes e corpo largo deveria ter algo de que pudesse se orgulhar. Mas vê-lo excitado em sua frente por conta de um filme pornô, e ainda ter estado tão perto de beijá-la, era bem diferente do que apenas imaginar.
Controlou o impulso de abrir a porta do banheiro com força e agarrá-lo com um beijo, quando a imagem de seu namorado tomou conta de sua mente. Um leve enjoo se passou por seu estômago e ela quis morrer. Estava perdida. Como ela olharia para a cara de novamente se era o único garoto em que ela pensava e, pior ainda, era o único garoto por quem o seu tesão ardia naquele momento? Ela sempre soube se controlar em frente aos outros garotos, tendo apenas em sua mente em todo o tempo, com a fidelidade imposta e tudo o mais que ele merecia, mas depois que fez o favor de aparecer em sua vida; de se colocar por dentro de tudo o que a envolvia, ela perdeu completamente o controle de si mesma; o controle de seus desejos, de seus anseios... de tudo. Ela não poderia mais negar o que estava estampado em sua cara: ela estava completamente caída por .
E o seu desejo de espiar o garoto pela fechadura na porta era tão grande que ela até sentiu o impulso de suas pernas. O que será que ele fazia ali dentro? Estaria trocando de roupa, estaria praguejando, estaria... se masturbando?
Ora, ele estava excitado, é claro que ele poderia estar se masturbando em seu banheiro pessoal — embora nunca tenha imaginado um garoto gostoso e bonito, sem ser o seu namorado, se masturbando a uma porta de distância dela. Não conseguiu mais segurar a curiosidade e partiu para a porta, em passos calmos e silenciosos.
deixou a porta entreaberta e, com todo o cuidado do mundo, colocou a metade do rosto na fresta aberta e passou a olhar o movimento ali dentro. O garoto não estava se masturbando, — infelizmente. — mas estava completamente nu da cintura para cima. No momento que seus olhos azuis se colocaram sobre o monte de músculos do garoto, ela não ousou tirá-los mais. Apenas analisava cada movimento que o garoto fazia, conseguia até mesmo contar quantos gominhos de músculo ele tinha no abdômen, conseguia até medir em pensamento como a sua palma da mão ficaria ligeiramente pequena em meio aos grandes bíceps do menino e como seria se ele a abraçasse com toda aquela massa perfeita que era o seu corpo completamente tentador.
Encarou os cabelos desgrenhados do menino, o rosto contraído e foi descendo pelos músculos expostos até chegar à calça social de . O volume havia diminuído consideravelmente, mas não o bastante. “Talvez esse seja o volume normal, não é?”, ela perguntava a si mesma com os lábios presos aos dentes. Aquele garoto era mais do que um sonho real. Ela não conseguia acreditar que em vez de beijar aquele garoto perfeito acabou derramando suco de uva nele. Como se fosse um teste para provar toda a sua sanidade, a menina viu abrir a torneira e molhar a mão, jogando um pouco d’água em seu tronco com o objetivo de tirar o açúcar do suco. Ela fitava o movimento que o garoto fazia e não conseguia desgrudar os olhos daquela cena mais do que excitante. Pensava se fosse ela quem estivesse ali pegando daquela água e molhando a pele do garoto, enquanto suas mãos desenhavam cada músculo existente nele, enquanto tocavam seu peitoral forte e se entregava completamente aos encantos daquele garoto infeliz.
Assim que o menino molhou o rosto, deixando os pingos d’água descerem por seu pescoço até se perderem na imensidão de tesão que era seu corpo, decidiu que olhou demais e que deveria encontrar uma camisa para o garoto. Ela havia manchado a camisa dele e o tecido branco, provavelmente, ficaria com aquela mancha durante um bom tempo, talvez nem saísse. Deixou seu quarto tentando ao máximo esquecer a visão dos céus que teve enquanto espiava o menino e entrou no quarto de seu pai, procurando alguma camisa social branca que o homem não sentisse falta ou, ao menos, desse conta de que não estava no lugar. Abriu o armário vendo vários e vários ternos acompanhados das melhores roupas sociais que o pai tinha, mas penou até encontrar uma camisa branca. A maioria das camisas sociais de seu pai eram cores diferentes de branco, porque ela vivia escutando o pai alegar como o tecido branco manchava facilmente.
Logo que encontrou uma bendita camisa branca escondida pelo monte de calças sociais amontoadas, ela a abriu em sua frente tentando imaginar o corpo de vestido nela. era alto, provavelmente, do tamanho de seu pai, mas reconhecia que seu pai não era tão incorporado como o menino, mesmo que o mais velho fosse forte. Tentou procurar mais alguma coisa para servir de segunda opção, mas viu que tomaria muito tempo e o dia estava realmente frio para que ficasse tomando vento no tronco nu.
Ignorou o arrepio e, ao chegar ao quarto, não sabia se reclamava ou se adorava quando o menino a olhou provocante, aceitando a camisa de seu pai, cobrindo o corpo dele em seguida. Mesmo com as imagens daquele corpo divino em sua mente, ela ficou contente que a camisa serviu em , até mesmo que tenha ficado um pouco folgada. Depois de muito se enrolar na frente do menino, mais ainda enquanto sentia o quanto ele a provocava de propósito, ficou ainda mais derretida quando se despedira dela abraçando-a e dando um beijo no canto de sua boca.
Seu coração batia tão forte que ela mal conseguia se segurar em suas pernas, tanto que agradeceu aos céus pelos braços fortes do garoto estarem em torno dela. Conseguia sentir o mesmo perfume másculo e sentiu, também, seus pelos se arrepiarem. Aquele perfume era mais do que intrigante. Não queria que ele fosse embora, mas aquele dia tinha sido tão cheio que pedir para ele ficar seria um tanto egoísta de sua parte, pois praticamente resolveu as quarenta questões sozinho, metido em contas o tempo inteiro. Talvez ele tenha tentado beijá-la por duas vezes apenas para distrair a cabeça, não era mesmo? Garotos não conseguem ficar muito tempo sem ter uma menina para beijar ou para descontar alguma frustração ou cansaço, como, provavelmente, ele estivesse sentindo naquele momento. Mas isso não respondia às provocações dele enquanto lhe perguntava sobre o pornô, quando lhe falava sobre os grandes termos pirados da linguagem sexual e quando lhe olhava daquela mesma forma de sempre, como ele nunca deixou de olhar.
Ele a queria também, não é mesmo? E ela gostaria tanto de corresponder, mas ela não podia. Terminar com estava fora de questão, ainda mais quando ela apenas estava se corroendo de desejo por outro garoto. Ela não podia trair o namorado e deveria buscar o autocontrole que tanto prezava; que tanto se esforçava para ter. Mas tudo se complicou quando apareceu e roubou grandes partes de seus pensamentos. Ela estava a ponto de explodir.
Imersa em seus pensamentos conturbados, lembranças da tarde com ainda tão frescas em sua mente, ela nem percebeu quando Nana chegou tocando em seus ombros tensos.
— Ai! — ela exclamou com os olhos arregalados, enquanto via a mulher sorrir pequeno para ela. — Eu não vi você chegar, desculpe.
— Acho que precisamos conversar, certo? — a menina hesitou um pouco, mas depois assentiu. É claro que ela teria que conversar com Nana, principalmente depois de tudo o que aconteceu alguns minutos atrás.
Foram em direção ao sofá, onde e ela estavam há pouco. Ao avistar a capa do pornô, arregalou os olhos tratando de sentar em cima do DVD para que Nana, em hipótese alguma, desconfiasse do que eles estavam assistindo há pouco tempo.
, onde está? Já foi? — a mulher perguntou, sentando-se ao lado da menina. Ela assentiu.
— Acho que ele estava cansado. Também pudera, quarenta exercícios de matemática não é brincadeira. — a garota falou enquanto puxava os cabelos para trás e fazia um coque desajeitado, de forma a disfarçar seu nervoso.
Mas ela era tão transparente que isso não passou despercebido por Nana.
— Vai me contar o que está acontecendo entre vocês ou não? Não é de hoje que eu percebo vocês dois assim um com o outro. — Nana fez um gesto com os dedos mostrando, figurativamente, como via os garotos. sentiu suas bochechas corarem e desistiu de lutar contra a verdade. Ela já havia percebido o que realmente estava acontecendo, mas o problema era simplesmente aceitar.
— Eu não estou aguentando mais. — a menina olhou suplicante para a governanta, que franziu o cenho. — Eu... eu estou completamente atraída por ele, Nana. Eu acho que vou acabar enlouquecendo. — ela disse baixando o rosto colocando as mãos na testa.
— Eu sabia que não duraria tanto tempo até você perceber. — a mulher falou simplesmente. levantou o rosto encarando-a confusa. — Ah, fille, você acha mesmo que eu não sei das coisas? Pensa que eu não vejo como você fica perto dele e como ele fica quando está com você?
— Como ele fica? Nana, o que você anda vendo por aí? — ela perguntou temendo que a mulher soubesse do filme daquela tarde, mas relaxou ao ver a mulher engajar outro assunto. Se fosse o filme, com certeza, ela diria na hora.
— Você está muito desligada, chérie. está da mesma forma que você, mas... em vez de esconder, ou de não aceitar, ele simplesmente assume.
A garota desviou o olhar de Nana e prendeu o lábio com os dentes. Falar sobre a aceitação desse desejo insano não era bem o que ela queria no momento, mas ali ela percebeu uma excelente brecha para conversar com Nana sobre o que acontecera há pouco.
— A gente quase se beijou. — a menina disse ainda sem encarar a governanta. — Por duas vezes. — e então ela voltou seu olhar a mulher, que estava surpresa.
Os olhos de Nana estavam levemente arregalados, mas um sorriso brotou em seu rosto, seguido de perguntas.
— E por que não se beijaram? Qual foi o problema?
— Na primeira vez, foi quando você chegou trazendo os lanches... Estava tão perto... — a menina falou com a voz sofrida. — Na segunda, a culpa foi minha. Eu acabei ficando nervosa demais e derramei, sem querer, o copo de suco na camisa dele. Ele ficou todo molhado.
Oh, mon Dieu! — a mulher colocou as mãos na boca. — ! E o que aconteceu depois?
E então desatou a contar todo o episódio, até mesmo de quando ela se atreveu a espiá-lo pela fresta da porta entreaberta e o quanto ela ficou tentada. Não escondeu nada, exceto o filme, que Nana nunca saberia que ela havia permitido tal coisa. Se contasse do filme, provavelmente, escutaria um belo sermão e ela se recusava, principalmente quando não se arrependia nem um pouco de ter permitido que acontecesse.
Depois de contar todo o caso para Nana, inclusive do beijo no canto da boca que o garoto havia lhe dado, a governanta sorriu empolgada.
— Já sabe o que acontece depois, não é? — a instigou a continuar e a mulher se animou ainda mais. — Vocês vão se beijar de verdade, ora essa! Depois de tudo isso, você ainda tem dúvidas?
arregalou os olhos e balançou a cabeça negativamente em um frenetismo sem fim.
— Não, Nana, eu não posso beijar , mas de jeito nenhum! Você esqueceu que ainda é meu namorado?
, seja sincera. Você ainda considera como seu namorado mesmo depois de todo esse envolvimento aleatório com ? Você não acha que está na hora de aceitar que não é mais o cara com quem você quer estar?
E analisando a crítica situação em que se encontrava, ela não podia mais ousar mentir para si mesma. A quem ela estava querendo enganar? Deveria assumir mais do que nunca o quanto ela estava cedendo aos encantos de e não bastaria muito para que ela explodisse. E com esse pensamento, ela proferiu as palavras que tão retraidamente tentou esconder:
— Eu reconheço! Eu assumo! — ela berrou sentindo seus olhos arderem. — Mas eu tenho medo de terminar com por causa de e acabar me arrependendo depois. — ela gesticulava rapidamente com as mãos sob o olhar penoso da mulher. — é um garoto muito diferente do que eu estou acostumada, Nana, esses dias passando o tempo inteiro com ele só me provaram o quanto nós somos de mundos diferentes, enquanto que é o cara com quem eu posso ter uma noção do que esperar. Com é tudo muito imprevisível, ele simplesmente é uma incógnita.
— Então me responda você mesma que tanto gosta de desafios, conhecer novidades, pessoas interessantes... Me diga, você realmente quer continuar um namoro onde você já sabe o que acontecerá ou quer ter um relacionamento cheio de surpresas vindas de um rapaz bonito e misterioso que vai te surpreender todos os minutos de todos os dias da semana? Você quer viver uma rotina de conhecimento quando, simplesmente, pode viver uma vida de novidades? — a menina fitava Nana com os lábios sendo esmagados pelo tanto que ela os mordia. Sua perna balançava freneticamente e ela se sentia completamente estranha. — Você é muito nova para quebrar a cabeça por causa de relacionamentos, fille. Eu já lhe falei isso. Apenas pense no que você quer. não será o seu primeiro e único namorado. Virão outros e, se você souber escolher, podem vir garotos muito interessantes como um certo , que também quer te conhecer mais afundo. Talvez se você parar para pensar no que você quer e começar a fazer o que convém para você mesma, tudo mude de figura. Agora vá deitar e descansar a mente, porque, com certeza, você está elétrica assim por conta de tantos números que está enchendo sua cabeça. Ande logo.
A menina sorriu agradecida e rumou para o seu quarto, apenas pensando em como um bom sono viria a calhar naquele momento. Assim que tomou seu banho, colocou o baby doll e fechou as janelas do quarto, puxando Merlim junto ao seu corpo e entregando-se à inconsciência, onde alguns números flutuavam em meio ao breu do sono junto com um belo corpo másculo que fez seu sono ficar ainda mais interessante.

Era quase uma hora da manhã quando a menina acordou com o estômago reclamando de fome. Mesmo sentindo a preguiça entorná-la, levantou-se da cama, tropeçando nos pés, até chegar à frente da porta de seu banheiro, entrando no mesmo e sentindo a cabeça latejar pelo tempo em que passou dormindo. Sentia a mente muito mais leve depois de ter dormido bem, mas, ainda sim, as lembranças de certo garoto que na tarde daquele dia ocupou seu banheiro com seu corpo forte não saíam de sua mente. Parecia que o ar estava infestado pelo perfume amadeirado que emanava do garoto e que, estranhamente, ela o sentiu em outra ocasião, sendo que estava sozinha em seu quarto. Pensar naquilo sempre a deixava um tanto apreensiva e realmente preocupada com sua sanidade mental, já que ela andou imaginando o perfume que usava antes mesmo de conhecê-lo.
Foi até a pia molhando o rosto com um pouco d’água, tentando tirar o grogue de seu corpo para que ela pudesse ir até a cozinha procurar algo para forrar o estômago. Não tardou a descer as escadas indo em direção à cozinha, encontrando-a vazia no completo breu. Acendeu a luz e foi em direção à geladeira puxando uma travessa de pudim de maracujá, cortando um pedaço e colocando em um prato. Sentou em cima do balcão enquanto comia o pudim em pequenas colheradas e ali, quando sua mente estava sem trabalhar, as imagens voltavam com força em sua mente e ela, instintivamente, fechava os olhos. Nem , nem muito menos nenhum garoto, causava aquelas sensações que havia imposto em seu coração. Nenhum deles eram tão intrigantes, tão tentadores, tão... lindos.
Concluir que era muito mais interessante e bonito que seu namorado ainda era muito confuso. Aceitar que estava mais do que atraída por era bem difícil quando ela sabia que tinha de enfrentar a realidade com . Ela não estava sozinha naquele barco e sabia que se traísse , toda a culpa e arrependimento seriam lançados em cima dela mais tarde. Se ela cedesse aos encantos de , ela não saberia como encararia novamente, não saberia nem como falar com ele. Mas se tornou tão insignificante, tão diferente, tão o oposto de que a simples ideia de pensar no namorado a deixava desanimada. Falar do namorado ou pensar nele até a fazia perder a fome.
Desceu do balcão emburrada, enquanto saía da cozinha com o prato na mão, apagando as luzes em seguida. Tentaria comer o pudim sentada em sua cama e, então, voltaria a dormir. Nada àquela hora da manhã seria interessante para ela senão o sono, pois as lembranças a ricocheteavam muito mais quando ela estava acordada do que quando ela tratava de ir dormir, mesmo que estivesse à mercê de sonhos tempestuosos. Enquanto andava, apagava a luz de cada cômodo térreo da casa e então subiu as escadas em passos lentos até o andar de cima. Antes que pudesse virar o corpo para o corredor dos quartos, seu rosto virou abruptamente para o grande lance de escadas que se estendia até o andar debaixo. Não entendia o porquê, mas se sentia estranhamente observada dali e com a escuridão que tomava a casa inteira ao seu redor tudo parecia ainda mais sombrio. Forçava a visão tentando captar alguma coisa no andar de baixo e, por mais que seu coração batesse estrondosamente em seu peito, ela temia que fosse algum invasor ou algo do tipo. Tomando o máximo de cuidado para não rolar escada abaixo, desceu um degrau procurando enxergar alguma coisa em meio ao breu e jurava pela sua vida ter escutado um barulho de algo caindo no térreo, ao pé da escada.
Engolindo em seco, deu mais outro passo e com a mão livre apoiando-se no corrimão da escada, desceu outro degrau. Suas mãos suavam, mas ela iria até o andar de baixo ver se sua impressão estava correta ou não. Ver se realmente havia alguém ali. Podia ser qualquer pessoa: os empregados, Nana, até mesmo Clóvis, o segurança, mas não conseguia acreditar piamente naquela versão. Ora, ela estava ali há cinco minutos e a cozinha, a sala de jantar e a sala de visitas estavam vazias e isso ela pôde conferir. Poderia ser apenas um engano, pois viu muito de relance a sombra de uma pessoa caminhando pelo térreo da casa, mas o que a fez ter certeza foi o barulho que ouviu nitidamente quando algo colidiu com o chão.
Estava determinada a descer a escada e ir ver quem ou o que estava ali, quando a luz do corredor foi acesa e logo seu pai apareceu no topo da escada, enquanto ela se aprontava para descer o quarto degrau.
?
A voz grossa de seu pai falou e a menina virou rapidamente para trás, quase desequilibrando o corpo com o abrupto. Arregalou os olhos, ainda aflita e se acalmou ao ver a figura de seu pai ser banhada pela luz do corredor.
— Que susto! Oi, pai. — ela disse com a voz falha e passou a mão pela testa, cujo suor já começava a brotar pela raiz dos cabelos.
— O que está fazendo aí no escuro? Pensei que estivesse dormindo. — ele falou, enquanto descia as escadas na direção da menina e abraçava pelos ombros.
— Eu acordei para comer alguma coisa e já estava subindo para o quarto quando escutei um barulho estranho, não sei... — ela disse confusa olhando para o breu do fim da escada e o pai sorriu.
— Deve ter sido impressão. Venha, vamos para o quarto. E coma isso. — ele apontou para o prato com o pudim. — Você não jantou hoje. Eu acho que você deveria descer e preparar alguma coisa mais forte.
— Não. Eu não quero descer de novo. — ela disse sacudindo a cabeça negativamente.
— Quer que eu vá?
— Também não. — ela disse finalizando. — Eu vou comer o pudim e tentar ir dormir, ainda estou cansada.
O pai deu um beijo no rosto da menina, levando-a até a porta do quarto, entrando no seu em seguida. ligou a luz do abajur do quarto e sentou em sua cama, cortando alguns pedaços do pudim e levando até a boca. Talvez estivesse realmente enlouquecendo. Ver vultos não era bem o que ela chamaria de normal em sua mente.
Comia o pudim com os pensamentos longe do mundo real, só despertando quando viu o Scottish Fold subir na cama e encará-la com os olhos amarelos enormes. A menina encarou o gato, sorrindo pequeno, e acompanhou com o olhar o trajeto do felino até o sofá residente à frente de sua cama. Franziu fortemente o cenho ao ver o gato subir em cima do sofá e cheirar uma blusa branca ali, sibilando forte para o pano. Por um momento chegou a achar que o gato estava maluco e decidiu ir até ele ver o porquê de tanto alarde.
— O que foi, Merlim? Qual o problema? — ela perguntou agachando em frente ao gato, mas o que a fez parar abruptamente foi reconhecer aquele pano branco manchado de roxo.
Era o uniforme de .
O mesmo uniforme que ela derramou um copo inteiro de suco de uva, o mesmo uniforme que cobria os músculos fortes do garoto, o mesmo uniforme cujo cheiro do perfume do menino misturado ao doce do suco invadia suas narinas sem permissão...
Tirou Merlim de cima da camisa, sem se importar no quanto o gato sibilava, e então segurou o pano entre seus dedos afobados. Estendeu a camisa defronte ao seu rosto e passou a olhá-la. A camisa era enorme, quase que do tamanho das camisas de seu pai. Na parte da frente havia uma grande mancha roxa clara evidente pelo tecido ser da cor mais branca, os botões da camisa abotoados todos, as mangas mal arrumadas, mas ainda assim dobradas nas barras e, então, o perfume.
Sem poder se segurar nem por mais um segundo, a garota trouxe a blusa até o seu rosto e afundou o nariz no tecido, inspirando aquele aroma indescritível que era o cheiro de . Aspirava com força tentando emprenhar aquele perfume em sua mente para que nunca mais saísse, sentia a textura macia do tecido em suas mãos e imaginava que estava, naquele momento, abraçando o corpo forte e másculo de seu parceiro em matemática e podia jurar que era real, pois o perfume a fazia crer que o menino estava ali naquele momento, com toda a sua presença envolta em malícia, provocação e mistério.
Ela poderia jurar que conseguia sentir a respiração do garoto bater em seu pescoço, trazendo o vento de seu hálito por sobre os seus cabelos, arrepiando-a por completo. Sentir as mãos grandes e firmes dele segurarem sua cintura com possessão, enquanto que uma delas subia por suas costas e prendia seus cabelos da nuca puxando-os para trás. Nunca experimentara tanta agressividade em um momento tão íntimo em seus pensamentos. Poderia sentir os dedos da mão dele fazendo um carinho excitante em seu ventre, o que fazia seu clitóris dar algumas tremidas e ela buscar o alívio pela fricção das coxas uma na outra para tentar amenizar o quanto ela começara a ficar ansiosa pelo contato mais íntimo do garoto. Mas ela não se contentava apenas em friccionar as coxas, ela queria o toque do garoto sob a textura molhada e lisa de sua vagina em chamas. Como ela queria aquele toque, como ela ansiava que ele abrisse os seus grandes lábios e tocasse toda a extensão inferior de sua vagina com os dedos descontrolados em ritmos calmos e violentos.
Somente se deu conta do que estava prestes a fazer quando uma de suas mãos adentrou seu baby doll inferior e encostou-se à vagina, sentindo-a molhada e completamente quente. A menina abriu os olhos depressa e percebeu que segurava a camisa de com possessão enquanto sua mão estava prestes a bolinar seu clitóris latejante. Negou freneticamente com a cabeça, não acreditando no que ela estava prestes a fazer. Se masturbaria pensando em ? Iria realmente se tocar apenas para imaginar como a tocaria se estivesse ali com toda aquela experiência que ele exalava?
Ela deu passos firmes até a porta do banheiro, tirando o baby doll rapidamente do corpo, ficando completamente nua em segundos. Tomaria um banho para tirar toda aquela tensão maldita. Não se tocava nem quando pensava em seu namorado, veja lá se tocar por causa de um garoto qualquer. Mesmo que assumisse para si mesma, ainda que de má vontade, que estava atraída por , ela se recusava a ceder aos prazeres e desejos de sua carne, de sua mente rendendo-se a um momento erótico-pessoal como uma masturbação. Ela não queria se submeter a isso, mas... era tão difícil suportar. com todo aquele jeito só dele era mais do que um teste de sanidade. Era mais do que um teste de fidelidade. Ela era muito fraca para poder aguentar uma prova tão difícil.
Ligou o chuveiro, e sem ao menos esperar a água esquentar, entrou de cabeça no jato pesado de água, sentindo um arrepio ao ter a água gelada molhando seu corpo por inteiro. Aos poucos a água ia esquentando e tudo o que ela queria era que o rosto de a olhando com malícia sumisse de sua mente. Tudo o que ela queria era que parasse de imaginar as mãos do garoto circulando por todas as partes de seu corpo molhado pela água do banho, que tirasse os lábios devoradores do pescoço dela e a deixasse tomar banho e se acalmar em paz. Fechou as mãos em punho, grunhindo de raiva pela sua fraqueza. “Não é real. Isso não é real. Ele não está aqui, ele não vai me tocar, ele não vai me beijar... Isso. Não. É. Real!” ela repetia como um mantra em sua mente. Pegou a esponja e esfregou o sabonete nela com força, provocando uma grande onda de espuma perfumada, e então passou a lavar seu corpo, passando a esponja com firmeza sob a pele alva que ficava avermelhada à medida que a água quente caía com força juntando aos vergões que a esponja causava. Mesmo com toda aquela força para tirar de sua mente, ela não pôde deixar de se sentir inteiramente excitada quando chegara aos seios, ensaboando-os. Um tremor se passou pelo seu corpo, fazendo os bicos rosados de seus seios endurecerem na hora e toda a sanidade que estava em sua cabeça mandando embora todo aquele desejo, se esvaiu completamente. E então com a água molhando sua vagina, sentindo as gotas escorregarem pelo meio de suas coxas até encontrarem o fundo de seu sexo, ela imaginou...
Uma língua completamente ansiosa e inquieta perdendo-se por entre os lábios vaginais dela, dentes alinhados e brancos afiados abrindo seu sexo e ela sendo penetrada prazerosamente pela língua afobada e rápida dele. Sentia seu clitóris sendo puxado pelos dentes do garoto e, depois, sendo cobertos por sucções enlouquecedoras que faziam seus olhos virarem nas órbitas. As sugadas em sua vagina rosada excitada e molhada eram tão rápidas, que o simples som dos lábios de em contato com seu sexo molhado pela lubrificação e a água do chuveiro era como uma música que ela nunca ousaria esquecer o ritmo. Ele colocava a língua tão fundo dentro dela que ela não podia fazer nada a não ser arquear as costas e gemer.
Então ela não aguentou.
Sentou depressa no chão do box do banheiro, sem ao menos se importar em fechar o vidro embaçado, e passou a espremer seus seios com suas mãos, apertando-os com força sob os dedos e puxando os bicos excitados e grandes com o indicador e o polegar. Puxava o mamilo com tanta força que até a dor que sentia se tornava apenas um estímulo para que ela continuasse. não seria menos agressivo se estivesse ali. Muito ao contrário, ela imaginava como ele apertaria seus mamilos com força e os morderia quando tratasse de chupar forte o seu peito grande pela excitação corrosiva de seu corpo. Apertou mais algumas vezes os seios um contra o outro, de olhos bem fechados, imaginando as mãos grandes e fortes do garoto tocando-a bem ali. E então desceu uma de suas mãos pelo seu tronco, puxando de vez em quando a pele da barriga, demorando-se um pouco mais no baixo ventre, onde sentia sua vagina dar contorcidos e excitantes pulos, ansiando por um contato naquela área. E então imaginou a mão de descendo sobre seu corpo, apertando sua cintura — ela repetia os mesmos movimentos — com força e possessão, enquanto bolinava a pele do alto de sua vagina, apenas para criar a maldita expectativa que ela teria quando ele tocasse bem onde ela mais queria naquele momento, onde ela mais precisava.
descia um dedo até o topo de sua abertura e enfiava o indicador por ali procurando o clitóris escondido, mas muito mais do que excitado e inchado. Ao tocar o botão latejante, ela tremeu. Espremeu o clitóris com força para dentro e depois soltou lentamente, sentindo mais latejadas deixá-la ainda mais insana. Então começou os movimentos circulares bem devagar. Era como se estivesse desenhando um círculo bem lentamente em um papel branco, com medo de que saísse torto ou algo do tipo. Ele desenhava o círculo com seu dedo como se tivesse medo de que alguma coisa desse errado e todo aquele momento prazeroso simplesmente se esvaísse. Quando ela não aguentava mais tanta enrolação, ela se viu implorando por mais.
— Mais... rápido, por favor. — ela falava de olhos fechados. Podia jurar que a imagem de completamente nu estava em sua frente.
O garoto a encarava com os olhos fulminantes, enquanto bolinava seu clitóris. Ela pôde ver nitidamente como o pau dele estava enorme e grosso por entre suas pernas fortes, ela queria tanto tocá-lo para amenizar toda aquela tortura. Mas antes que pudesse sequer tomar qualquer decisão, acelerou o dedo tão fortemente contra seu clitóris que podia jurar que a mão de estava ali no lugar da sua espremendo seu botão com força e deixando-a completamente à mercê da loucura. Seu corpo inteiro tremia sentindo os espasmos da masturbação serem espalhados com força em sua corrente sanguínea e ela se sentia completamente quente naquele banheiro abafado. Abriu ainda mais as pernas para facilitar sua visão, pois assim que abrira os olhos, ela encarou a velocidade com a qual se masturbava, mas em vez de ver sua mão, ela viu uma mão máscula e forte fazendo o serviço por ela. Sorriu e jogou a cabeça para trás, fechando os olhos novamente quando ela imaginou o pau enorme de pronto para entrar em sua cavidade quente e convidativa. Ela imaginou o garoto masturbando o próprio mastro enquanto direcionava o pênis, que tinha a glande realmente grande, até a entrada de sua vagina.
Então, sem esperar nem mais um segundo, ela penetrou sua vagina apertada com dois de seus dedos. Entrou fundo e parou para gemer forte assim que os dedos estavam por completo engolidos por sua boceta rosada. Ela tinha a boca aberta na forma de demonstrar seu prazer e submissão àquele momento e, imaginando o pênis enorme de dentro dela, a invadindo com toda audácia, ela desejou que ele se mexesse no ritmo frenético de uma foda bem realizada. Foda. Aquilo sim era uma foda. Ele mexendo o quadril contra o seu com força enquanto seus sexos se uniam como um só em ritmos pra lá de excitantes. Aquilo não era um simples sexo. Era uma puta de uma trepada que ela estava amando ter com .
Estocava seus dedos com força dentro de sua vagina, imersa naquele prazer sem igual, às vezes estocava em círculos atingindo pontos que nenhum garoto no mundo fora capaz de descobrir. Soube ali que a masturbação só não era melhor que o ato sexual porque era realizada apenas com dedos. E naquele momento tudo o que ela queria era o pau de enfiado inteiro dentro dela levando-a ao completo estado de insanidade, onde ela não era nada mais e nada menos do que uma mulher. Uma garota não. Mas uma mulher.
Dois dedos não eram o suficiente. Ela precisava de mais grossura, precisava de mais estímulo. Enfiou mais um dedo dentro de sua vagina e arqueou o corpo quando as estocadas ficaram ainda mais parecidas como um pênis indo e vindo de dentro dela. Seus lábios estavam realmente esmagados pelos dentes, mas ela não se importava. Apenas queria que a fodesse mais rápido e mais forte. O nome de parecia piscar eletrizante à frente, mas ela se negava proferir o nome dele antes da hora. Não. Ela queria ter certeza de que gozaria e fazia questão de falar o nome dele bem lentamente, enquanto sentia sua vagina contrair-se no orgasmo tão desejado. Fodeu sua boceta com mais força do que antes, mas os dedos já não eram o bastante para fazê-la gozar naquele momento. Seus dedos não eram tão longos para que ela pudesse atingir o profundo que ela queria naquele momento, então sem esperar nem mais um segundo, levou sua outra mão ao clitóris, bolinando-o com pressa enquanto chamava o gozo para si de qualquer maneira.
Imaginava com seu corpo pesado por cima dela enquanto a fodia com força, sentindo seu corpo escorregar para frente e para trás no piso molhado do box do chuveiro e poderia até sentir a profundidade que o pau do garoto atingia dentro dela. Se imaginava entrelaçando as pernas pelo quadril dele empurrando-o mais ainda de encontro a ela — nessa hora ela movia as pernas como se sentisse realmente o corpo do garoto sobre o dela — e fechava os olhos enquanto gemia com força, sentindo o frenesi pré-orgasmo tomá-la por completo. Não demorou muito tempo até a menina arquear forçada e instintivamente as costas, prender a respiração e sentir seus dedos serem tomados pelo líquido contínuo que saía de dentro dela, mostrando o prazer que ela sentia, indicando o quanto ela estava extasiada por aquele momento.
Enquanto seu gozo era liberado para fora, a menina não se aguentou. Teve de pronunciar aquele nome que seus lábios tanto ansiavam para dizer.
... — ela sussurrou, de olhos fechados, enquanto suas mãos perdiam os movimentos sobre sua vagina. — Ah... ...
E a imagem do garoto completamente suado, satisfeito e malicioso passou por sua mente. E quando ela se viu, estava completamente molhada pelo líquido branco que o garoto ejaculara em seu corpo e então ela pôde sorrir como se nada no mundo fosse superar o nível de sua criatividade e imaginação.

***

Nem que ele quisesse conseguiria descansar no restante daquela tarde. Assim que chegou em casa, sentia a cabeça embaralhada pelas contas que fez durante a semana inteira sem parar, mas o que mais estava em sua mente eram os acontecimentos recentes que se sucederam com . Dentro de seu coração, a ansiedade crescia grandemente para que a noite chegasse logo e ele pudesse vê-la novamente. Ele sabia que esse sentimento insano dentro de seu coração já havia passado do nível normal para um nível muito acima do anormal; do sobrenatural. O sentimento que ele cultivara pela garota já estava ultrapassando todos os limites de seus desejos, de sua sanidade, de sua consciência. Depois de perceber o quanto a garota também o queria, foi como se recebesse o maior estímulo que pudesse e acatasse aquilo como um aval para que prosseguisse com sua paixão obsessiva. Ele não suportava mais a ideia de, simplesmente, ter que se afastar dela, ou imaginar que ela ficaria com o namorado outra vez. Se ele presenciasse a mesma cena que presenciou semanas atrás, quando a garota transava com o namorado, ele não controlaria como fez ali. Ele, com certeza, invadiria o quarto e tiraria a força de cima do cara que ousava invadir seu corpo com todo aquele prazer fajuto.
Ela teria prazer de verdade quando ele a tocasse. Aí sim poderia ser chamado de prazer. De resto, era tudo lorota. Ver as fotos de nua por cima do namorado que estavam armazenadas em seu celular era doloroso, mas graças a essas fotos ele tinha uma noção de como era a textura da pele da menina, de como ela poderia cavalgar em seu colo quando eles estivessem sozinhos dentre quatro paredes que presenciariam a melhor transa de sua vida. Ele pôde comprovar, justamente naquela sexta-feira, o quanto era viciante, delirante e extremamente perigosa. Com certeza, a menina não tinha a mínima noção do que causava ao sexo oposto. Quando ela tinha que encarar a realidade de frente; encarar que suas atitudes e modos aleatórios despertavam segundas intenções, ela simplesmente perdia o rumo da fala, perdia o rumo do juízo... E ficava tão perigosamente nervosa, espalhando sua inocência para todos os lados, que era impossível que um garoto como ficasse em seu juízo perfeito.
A semana que passou na casa dos foi uma das melhores da sua vida. Ele se acostumou a ser tratado tão mal por onde ia que quando recebeu todo aquele carinho provindo de Nana e , ele se sentiu acolhido. Além de acolhido, ele se sentia importante. Sentimento que há muito tempo ele não sabia o significado. Ali, na casa de , ele pôde comprovar o que era viver os dias na tão sonhada paz, passar o tempo alegremente e feliz, nem que fosse apenas para ficar pensando. A paz da casa de era tudo o que ele precisava. O carinho da governanta, Nana, era tudo o que ele almejava. É claro que sua mãe, Anabell , era amável e o tratava bem, mas sempre havia aquele maldito “porém”. Acima de tudo, se sentia realmente chateado com a mãe por causa de toda a submissão dela para com seu pai, que era aquele ogro malvado, desprezível e filho da puta. Ele não conseguia entender o porquê de todo aquele medo que vinha de sua mãe, não conseguia entender como ela não batia de frente. Muitas vezes, ele se martirizava por esse pensamento. Ele, que era um garoto forte, alto e robusto não conseguia enfrentar seu pai como deveria, pelo menos não sem a sua coragem. Na vez que tentou bater de frente com o pai, ele levou uma surra que só não ficou de cama por sua teimosia em visitar . Mas ele por pouco não surtava. Nunca se sentira tão incapaz, tão para baixo. Ele tinha o porte físico perfeito para enfrentar o velho sádico, mas sua mãe não. E nem por isso ela deixava de apanhar. Por muitas vezes a mãe o protegia do sadismo do pai, mas não era forte o bastante para impedi-lo apenas com a força de suas mãos.
Era exatamente esse o contraste entre sua casa conturbada e a casa apaziguadora de . Quando ele saía da paz e da companhia de e voltava para casa, ele sentia como se toda a felicidade do mundo fosse engolida por um tornado e levada para longe. Certo de que aquela semana perfeita iria acabar na sexta-feira, ele aproveitava ao máximo cada minuto ao lado da menina, cada minuto em que provava da inocência dela; cada minuto em que sentia seu perfume de morango inebriá-lo... Ele aproveitava tudo que envolvesse , mas ele não esperava que sua sexta-feira ao lado dela fosse tão proveitosa com direito a quase beijo e filme pornô.
Ele tinha que admitir: vê-la toda enrolada por causa do filme e do clima que instaurara sobre eles era bastante engraçado e excitante. A menina era tão inocente e reservada que se envergonhou quando ele mencionou os termos sexuais mais chulos para ela. Porra! Como assim ela não sabia? Que tipo de garoto ela andava namorando? Como assim ele tinha aquela garota nas mãos e não falava um pingo de uma obscenidade que fosse? Onde o mundo estava parando, meu Deus?
Ele não se segurou. Tinha que dar risada.
Se fosse ele o namorado de , transando com ela o tempo inteiro, ele usufruiria de toda a inocência da menina e a transformaria na melhor devassa que ele já havia visto passar em sua cama. A menina não era aquele poço de santidade, não. Ora, ela até estava mostrando as asinhas enquanto fuçava a gaveta pornográfica do pai escondido de todo mundo. E de noite ainda por cima.
Fechou os olhos com força ao lembrar-se de como chegou tão perto de sentir o gosto da menina em seus lábios. Lembrava-se de como ela estava se queimando inteira por conta de ver um casal trepando forte na televisão... E por ser ele o garoto com quem ela compartilhava aquela intimidade. Caralho! Aquele namorado dela deveria ser muito tapado. Com os melhores filmes pornôs guardados ali do lado, ele não ousara levantar um dedo para procurar e sugerir que assistissem juntos. Pelo modo que agia, era óbvio que ele era o primeiro garoto com quem ela assistia a um filme para maiores e por isso o nervoso. Ele se sentia O Vencedor. Bem melhor que o namoradinho de merda que ela tinha.
Rolou os olhos não acreditando na estupidez do rival e logo tratou de tirar sua roupa. Assim que ele começou a desabotoar sua camisa, ele se lembrou: deixou sua camisa manchada de suco de uva no quarto da menina. Ele sorriu pequeno. Para que se preocupar com uma roupa que nem servia nele direito? Ficou feliz quando a menina lhe deu uma camisa idêntica ao uniforme, só que com uma diferença: a camisa que ela lhe dera servia em seu corpo, sem apertá-lo ou deixá-lo sufocado. Por mais que ele se sentisse grato pelo “presente”, mesmo que indireto, ele não deixava de torcer seu rosto em desgosto quando lembrava o motivo de tudo aquilo: Ela derramou o suco nele quando eles estavam prestes a se beijar, e isso era lamentável.
Tirou a camisa e a levou ao nariz procurarando o cheiro do perfume de em algum lugar do tecido, mas se entristecera ao ver que só tinha o seu cheiro. Ele tinha fiapos de esperança de que o doce do morango tivesse impregnado no tecido branco e que poderia inebriar-se sozinho, mas se enganou fortemente. Nada cheirava a morango ali, apenas exalava seu próprio perfume.
Deu de ombros, enquanto dobrava a camisa com cuidado, diferente das outras, ele queria aquela camisa intacta. Achava seriamente que sentiria ciúme até quando sua mãe fosse lavar a camisa. Balançou a cabeça negativamente sorrindo pequeno e mirou seus olhos no relógio do celular. Eram ainda cinco e meia da tarde. Demoraria muito para que ele tivesse de sair para visitar a garota. Teria que se distrair nesse meio tempo e parar de confrontar sua mente com tantos pensamentos desejosos e insanos. Ele olhou para a cama sentindo-se tentado em deitar, descansar a mente, mas ao tirar sua calça social e ficar somente de boxer, enfurnando-se por entre os cobertores, ele viu que demoraria a pegar no sono. Talvez nem conseguisse dormir.
Virou de um lado para o outro, cobrindo-se totalmente com o cobertor. Demorou um tempo até seus olhos começarem a pesar e, no meio da tontura pelo cansaço e sono, ele pegou o celular colocando o relógio para despertá-lo exatamente às dez horas da noite. Ele não poderia arriscar perder a oportunidade de sair aquela noite. Decidiu remediar do que se arriscar.

Quando o celular tocou estridente em seus ouvidos, ele sentiu o coração bater veloz em seu peito. Desligou o alarme rapidamente e levantou-se da cama indo em direção ao banheiro, tratando de lavar o rosto e tirar qualquer resquício de sono que pudesse haver em seu rosto. Foi em direção ao monte de roupas espalhadas pelo quarto, tirando dali uma camisa vermelha qualquer e uma calça de moletom preto. Vestiu-se rapidamente e logo tratou de “arrumar” os cabelos, deixando-os na costumeira bagunça e desgrenho. Olhou-se no espelho constatando que sua barba estava começando a crescer e fechou a cara. Não poderia fazê-la ali naquele momento senão se atrasaria, e queria chegar o mais cedo possível na casa de para passar o maior tempo que fosse ao lado dela. Passou uma das mãos pela bochecha até o queixo, sentindo os pelos pinicarem sua pele, mas deu de ombros sem se importar. Iria daquele jeito mesmo. Pegou o celular colocando-o no bolso, e sem mais delongas, saiu do quarto, porém parou abruptamente: As luzes da sala e da cozinha estavam acesas, o que significava que seus pais ainda não haviam ido dormir.
Ele pegou o celular novamente, sentindo o desespero tomar conta de si, e viu que somente na brincadeira de se arrumar para sair pegou quase trinta minutos, ou seja, eram dez e trinta e cinco. Estranhou que seus pais não estivessem dormindo aquela hora. No dia seguinte, sábado, era mais um dia de serviço para seu pai na loja de móveis e sua mãe sempre dormia cedo, pois não suportava acordar tarde demais para realizar seus afazeres domésticos. Que porra, então, estava acontecendo ali? Por que diabos seus pais não estavam dormindo?
Rolou os olhos duas vezes seguidas e passou a mão pela testa, puxando os fios de cabelo com força. Aquela era a sua hora de sair para a casa de , merda! Mas como ele sairia com seu pai idiota e sua mãe histérica na sala onde ficava a porta?
Mesmo sentindo-se realmente nervoso e irritado por ter de esperar alguns minutos a mais, entrou em seu quarto e ficou ali com a cara emburrada. Sentou com violência em sua cama enquanto bufava e balançava a perna num ritmo frenético. Ele precisava sair logo se quisesse que sua ida até a casa de valesse a pena. Mas o que ele poderia fazer se seus pais estavam na sala e não o deixariam sair em hipótese alguma? Ele até pularia a janela se seu pai não tivesse feito o favor de colocar grades como se ele fosse um animal selvagem. O único jeito era esperar que os pais fossem dormir e deixassem o caminho livre para que ele pudesse ir atrás de sua obsessão.
As imagens de apareciam em sua mente sem permissão, deixando-o inebriado. Os flashbacks das tardes em que passara ao lado dela iam e vinham e ele se pegava sorrindo. Nunca se sentira tão feliz como naquele momento, tirando as vezes quando ia passar uma temporada na casa de seus avós. Os velhos eram realmente legais e o tratavam como gente, tanto que lhe deram de presente a tão amada Harley Davidson e todo o carinho que ele necessitava dentro de casa. A diferença entre a casa de seus avós e a casa de era por um pequeno detalhe: ele se tornara completamente obsessivo em entrar na mansão dos escondido e totalmente certo de que encontraria uma garota inocente e serena dormindo em sua cama, exalando um perfume impregnante e doce de morango para todos os lados e o encantando com seu jeito aleatório. Essa era a diferença.
Dentre lembranças, comparações e pensamentos embaralhados, ele pegou o celular e olhou novamente o slide vendo marcar exatamente 11:15 p.m. Levantou-se depressa da cama, mas ao chegar à porta tentou fazer o mínimo de barulho possível para que, se seus pais tivessem dormindo, não os acordasse. Mas assim que colocou o rosto para fora, viu que a luz da sala continuava acesa e todo o seu autocontrole pareceu querer ruir naquela hora. “Parece uma praga!” falava consigo mesmo.
Quando estava prestes a entrar no quarto e amaldiçoar tudo com os piores xingamentos, ele sentiu o cheiro de janta vindo da cozinha e, imediatamente, seu estômago roncou. Não havia comido nada depois que chegara da casa de , apenas tomou um banho e dormiu até que o alarme o despertasse para que ele pudesse sair. Andou devagar até o meio do corredor e conseguiu escutar o barulho da televisão vindo do cômodo ao lado, que era a sala. Decidiu que comer alguma coisa era muito melhor para esperar do que ficar trancado no quarto imerso ao tédio. Deixou o celular carregando um pouco em cima do criado mudo ao lado de sua cama, mas logo saiu em direção à cozinha na intenção de procurar algo para comer.
Ao entrar na sala conseguiu ver, por rabo de olho, seu pai e sua mãe sentados no sofá assistindo algum filme na televisão. Marcius estava sentado em um dos sofás, com o rosto feio contorcido numa expressão de desagrado — “Como se a cara dele pudesse mudar algum dia”, pensou . — e Anabell estava com os olhos vidrados no filme, mas ao ouvir passos vindos detrás dela, olhou para e arregalou os olhos.
— Você não vai ter sono para dormir mais tarde, . — a mulher falou encarando o filho. Marcius apenas o olhou feio e logo voltou a encarar qualquer ponto da sala, menos o filme. O garoto semicerrou os olhos e já ia saindo em direção à cozinha, ignorando completamente a mãe, quando a mesma recomeçou a falar. — Vou esquentar sua janta. Um minuto.
— Não precisa. — o menino falou e logo saiu para a cozinha, mas escutou os passos de sua mãe atrás dele. — Mãe, não precisa. — ele insistiu, mas a mulher saiu em direção ao fogão, mexendo nas panelas.
— Claro que precisa. E eu estou começando a ficar preocupada com você, . Você mal está comendo aqui em casa essa semana. O que você anda comendo na rua? — ela perguntou enquanto mexia numa panela de sopa.
— Nada, mãe. — o menino falou fugindo do assunto, mas não pôde evitar lembrar-se com um sorriso da comida de Nana.
— Você está bem estranho, . E eu gostaria de saber o porquê disso. — a mulher falou depois de tampar a panela da sopa, cruzando os braços e encarando o filho.
— Impressão sua. — ele falou desviando e indo em direção ao armário buscar um prato. — Estou bem. Completamente normal, eu diria.
A mulher bufou indo na direção do menino, tirando o prato da mão dele. prendeu um sorriso sarcástico. Era divertido quando sua mãe ficava curiosa demais, afobada demais. Não iria contar para ela de todo o seu segredo de desejo, obsessão e vício pela garota de sua escola, filha do administrador e pura demais. Não quando envolvia até mesmo sua vida pessoal no meio. Imagine.
Assim que sua mãe colocou sua janta, ele sentou-se à mesa e logo passou a tomar a sopa. Ele gostava da comida de sua mãe, principalmente quando ela fazia com vontade. Por muitas vezes sua mãe cozinhava mal pelos problemas que enfrentava com seu pai, mas pelo visto não havia acontecido nada demais, pois além da comida estar boa, seu pai não levantara uma única palha para irritá-lo.
— E o outro? — perguntou o menino à mãe que estava guardando as panelas na geladeira. — Parece que resolveu agir como uma pessoa normal.
— Não fale assim, . É seu pai. — a mulher repreendeu o filho, mas suspirou voltando a arrumar a cozinha. — Ele está calmo hoje. Graças a Deus!
apenas deu de ombros e tratou de terminar rapidamente sua sopa, olhando o relógio da cozinha com ansiedade. Eram exatamente quinze para a meia noite e sua mãe ainda estava perambulando pela cozinha e seu pai estava na sala fazendo nada. Bufou baixinho, mas sua irritação estava começando a atingir o auge do limite. Assim que terminou a janta, pegou o prato e foi em direção a pia, mas sua mãe o barrou.
— Deixa que eu lavo. — ela disse pegando o prato, mas o menino afastou o mesmo. Ele não poderia deixar sua mãe mais ocupada. Ela precisava dormir porque ele necessitava sair aquela noite.
— Eu lavo, mãe. Fui eu quem usei o prato, dever meu lavar. — ele falou e a mulher arqueou uma sobrancelha. — Vá dormir, mãe. Você já trabalhou o dia inteiro nessa cozinha, faça um favor para você mesma.
A mulher suspirou baixo, passando a mão pelo rosto e respirou fundo, realmente cansada. Ela encarou e sorriu levemente.
— Obrigada, filho. Irei dormir, então. Boa noite. — ela beijou a bochecha do filho, tirou o avental colocando-o em cima do encosto de uma cadeira e saiu em direção à sala.
respirou aliviado e tratou de lavar os pratos o mais rápido que pôde e logo se direcionou ao corredor dos quartos, já podendo ver de relance sua mãe arrumar a cama enquanto seu pai terminava de ler um jornal qualquer. A televisão havia sido desligada, o que indicava que em alguns minutos ambos estariam dormindo. O menino entrou em seu quarto e tirou o celular do carregador e sentiu o coração bater mais forte ao ver que faltavam cinco minutos para a meia noite. A ansiedade crescia em seu peito como nunca e ele esperou até que desse meia 00:05 a.m e logo abriu a porta do quarto com calma. A casa estava escura, inclusive a fresta da porta do quarto de seus pais, o que ele pode concluir que eles já estavam dormindo. Fechou a porta com cuidado e iluminava o caminho com a lanterna do celular. Dava passadas silenciosas e pequenas pelo corredor, mas arriscou encostar-se na porta para tentar ouvir alguma coisa. Tudo estava no mais absoluto silêncio e ele deu graças a Deus. Andou até a porta da sala e girou a chave com calma até que estivesse do lado de fora da casa, com a porta fechada e o ar batendo forte em seu rosto.
Guardou o celular no bolso e passou a andar pelas ruas escuras, caminhando depressa para que chegasse o mais rápido possível na casa da garota. Não queria, de modo algum, ficar pouco tempo ao lado dela, muito menos que chegasse lá e não conseguisse entrar. Ele sorriu balançando a cabeça negativamente. Ele tinha o jeito perfeito para entrar na mansão aquela noite e não seria necessário drogar o segurança ou contar com uma mãozinha do destino. Ele passou a olhar o chão onde pisava tentando encontrar algum grampo, clipe ou algo parecido jogado por ali.
Depois de um bom tempo caminhando pelas ruas escuras e frias, onde somente uma ou duas pessoas passaram por ele, ele encontrara um clipe enferrujado jogado na calçada em frente a uma loja e logo o pegou guardando em seu bolso. Precisaria daquilo se quisesse entrar na casa de sem ter que violar tantas regras. Passou a caminhar mais depressa e, depois de uns cinco minutos, chegou à rua onde as várias mansões erguiam-se altas contrastando suas cores predominantes com as luzes da rua e o escuro da noite.
Ao chegar em frente à mansão, escondeu-se atrás de uma árvore e olhou o segurança que estava lendo um jornal qualquer, mas seus olhos estavam atentos na rua. Então direcionou seu olhar para o interior da casa, enxergando somente a escuridão. Sorriu malicioso e logo deu meia volta, saindo por completo da rua onde ficava o portão da frente da casa. Contornou as grandes e imponentes mansões entrando na rua de trás, onde ficavam as partes traseiras das casas. Contou cada casa até que conseguiu distinguir a casa de por entre as outras. A sebe verde escura que enquadrava a casa contornava a porta dos fundos, mas escondia completamente uma outra porta, a qual ele percebera que existia quando passou a estudar a planta da casa dos em sua mente. A porta era verde, quase da cor da sebe, e por ser quase que completamente escondida, era difícil distingui-la.
Olhou para os dois lados da rua certificando-se de que estava sozinho e logo se aproximou da porta, tirando de dentro do bolso o clipe que pegara na calçada. Ele sabia que aquela porta não estava no painel do segurança, pois a porta dos fundos claramente era a que todo mundo conseguia ver, ao contrário daquela porta que era escondida. Talvez ele fosse esperto demais para conseguir distinguir a porta ou simplesmente deu muita atenção aos detalhes da casa que ninguém seria capaz de saber, senão os donos. Abriu o clipe com suas mãos fortes e deixou-o na horizontal algumas vezes com a ajuda de seus dentes. Assim que o clipe estava da maneira que ele queria, ele testou a ponta com um pouco de força, tendo a certeza de que não poderia se romper facilmente e, sem mais delongas, pegou o celular iluminando a sebe escura e procurando alguma fechadura. Ele não tinha certeza se aquela porta tinha fechadura ou não e não queria nem pensar na possibilidade de não ter. Ele teria que se desdobrar para pular a sebe e aí sim seria um grande risco.
Suspirou feliz quando encontrou uma fechadura lascada pelo tempo, mas nem isso tiraria sua satisfação. Pelo menos não teria que pular uma sebe alta. Iluminou a fechadura com a lanterna do celular e colocou a ponta do clipe dentro da fechadura, tentando destravar a porta. Era óbvio que a porta estava muito bem trancada e ele teria um trabalho do inferno para conseguir abri-la. O relógio do celular marcava quinze para a uma hora da manhã e ele mordeu o lábio inferior com pressa. Passou a forçar o clipe para dentro da fechadura, sentindo a trava mexer-se de leve, mas ainda permanecia no mesmo lugar.
— Vai... — falava com os dentes cerrados, sentindo uma gota de suor descer por seu rosto. — Vai, abre... — ele forçava ainda mais para dentro e ouviu a barulho da tranca se romper um pouco. — Isso, isso! — exclamou, contente, mas ao movimentar o clipe novamente, sentiu o ferro prender-se a trava e logo tratou de tirar o clipe da fechadura, vendo-o um pouco torto na ponta. — Merda. — falou em desgosto, ajeitando com a ponta dos dedos o ferro entortado e com a ajuda de seus dentes para fixá-lo.
Voltou com a ponta do clipe para a fechadura e tomou cuidado para, por acidente, a tranca não travar a porta novamente. Forçou um pouco mais a tranca e, quando a porta se mexeu e a ponta do clipe ficara mais leve, ele concluiu que a primeira tranca já havia sido destravada. Limpou o suor do rosto, recompondo sua posição e logo tratou de desfazer a segunda tranca. Ele contava que houvesse apenas uma só tranca travando a porta, mas seria muita sorte da parte dele, então se conformou rapidamente em ter que fazer todo o processo novamente.
Demorou exatamente oito minutos até conseguir destravar a porta e não pôde conter a felicidade ao abrir a mesma e encontrar o interior escuro da mansão que levava a um jardim defronte a uma enorme piscina bem cuidada. Antes de entrar por completo, olhou para todos os lados, e vendo que estava sozinho, entrou na casa fechando a porta levemente. Ainda iluminando o caminho com a lanterna na luz mínima, ele caminhou em direção à porta que levava à cozinha, tomando cuidado para não tropeçar em nada, pois o jardim estava escuro.
Assim que chegou em frente à porta da cozinha, ele paralisou completamente: a luz estava acesa e havia movimentações por ali.
Ele desligou rapidamente a lanterna do celular e fitou, pela milésima vez, o slide do celular. Eram uma e dez. O que os empregados faziam ali àquela hora? Mas sua curiosidade falava tão alto, que ele arriscou olhar pela pequena janela, cuja cortina estava puxada para o lado. Assim que seus olhos encontraram o foco da cozinha olhando tudo ao redor, ele a viu.
Sentada em cima do balcão com um prato na mão estava completamente distraída. Seus olhos passaram pelo rosto da menina que estava contraído em confusão, como se estivesse pensando em algo muito complexo para a cabeça fraca dela. Desceu os olhos pelo corpo dela e mordeu o lábio inferior, caindo completamente em tentação.
— Baby doll, não. Por favor, baby doll, não... — ele sussurrou baixinho analisando as coxas expostas da menina, cuja parte inferior do baby doll as apertava e desenhavam perfeitamente as voltas de seu quadril, parte íntima e traseira. Sentiu seu pênis se contrair por dentro da calça de moletom e fechou os olhos com força, tentando se controlar em frente à visão da menina com uma roupa tão provocante como um baby doll, se é que aquilo podia ser chamado de roupa. Estava mais para um pedaço de tortura que deveria ser proibido para garotas como .
Continuou encarando a menina que comia aos poucos. Assim que ela saiu abruptamente do balcão indo em direção à sala de jantar, ele decidiu que era a hora de segui-la. Na verdade, ele não tinha tanta certeza se aquela era a hora certa, mas ao vê-la ali vestida daquela forma, andando para lá e para cá empinando sua bunda perfeita, ele não pensou duas vezes. Foi o tempo em que a menina desligou a luz da cozinha e ele abriu a porta levemente. Chegara à conclusão de que a porta da cozinha sempre ficava aberta e, mais uma vez, pôde agradecer a Deus por isso. Entrou com calma e com o máximo de silêncio possível, jogando toda a atenção em seu tato para que não esbarrasse em nada. Ele podia ver a luz provinda da sala e isso facilitou um pouco a sua vida ao caminhar no escuro.
Assim que chegou à sala de jantar, a luz da sala fora apagada e ele conseguia escutar os passos leves da menina subirem a escada. O silêncio dentro da casa era tanto que qualquer coisinha poderia entregá-lo ali. Mordeu o lábio inferior de forma a prender a respiração e caminhou em passos lentos até chegar à sala, precisamente, até a escada branca alta. Observou a menina ao topo da escada e esperava ansioso para que ele pudesse subir depois dela. Mas o que ele não contava era que virasse o corpo e olhasse diretamente para ele, tecnicamente onde ele estava em pé encarando-a. O coração do menino parou na hora. Mas como ela conseguiu vê-lo em meio à escuridão da sala? Ele conseguia vê-la porque a escada era iluminada pelas janelas laterais da casa, mas era impossível que ela conseguisse vê-lo.
Prendeu a respiração com mais força, dando um passo pequeno para trás de modo a se afastar da escada. continuava olhando em sua direção e o intrigou mais ainda que ela estava prestes a descer a escada. “Não, não desce, por favor”, ele suplicava enquanto seus olhos assustados se fixavam na menina que tentava não dar passos em falso no degrau em meio ao escuro. Cerrava as mãos em punho, realmente sentindo medo de ser pego do flagra. O que falaria ao vê-lo ali dentro de sua casa sem que o segurança ou qualquer outra pessoa soubesse que ele havia entrado? Que diabos pensaria Héricles ao ver um aluno de sua escola invadir sua casa na maior cara de pau? Ele seria realmente expulso da escola e enfrentaria mais do que um problema sério em sua casa. Se por levar uma suspensão ele já apanhara tanto que suas costelas quase se partiram ao meio, imagine se ele fosse expulso? Morreria, com certeza.
No meio da preocupação, o passo em falso fora dado por ele mesmo e logo escutou um objeto colidir-se com o chão e paralisou-se por completo. Estava ferrado, seria pego.
Mas antes que pudesse realmente descer as escadas na intenção de ver o que caíra no chão e o que estava ali, uma luz do corredor acendeu e a silhueta de um homem parou atrás da menina. gelou ao ver o corpo forte do homem ao topo da escada e pensou seriamente em sair correndo dali.
? — escutou a voz forte de Héricles chamar a filha e aproveitou que a menina o olhou e tratou de se esconder atrás da parede ao lado da escada. Não poderia ser visto de jeito nenhum.
— Que susto! Oi, pai. — ele podia perceber o quanto a menina estava nervosa e aflita, mas poderia jurar que sua aflição e medo não seriam comparados aos dela. Ele estava muito mais.
— O que está fazendo aí no escuro? Pensei que estivesse dormindo. — ele viu o homem descer as escadas na direção da filha e prendeu a respiração completamente, apenas soltando quando viu o homem parar o lado dela.
— Eu acordei para comer alguma coisa e já estava subindo para o quarto quando escutei um barulho estranho, não sei...
— Deve ter sido impressão. Venha, vamos para o quarto e coma isso. — essa hora o coração de doía aliviado quando viu os dois corpos na escada subirem até o topo. — Você não jantou hoje. Eu acho que deveria descer e preparar alguma coisa mais forte.
“NÃO! Não desce!”
— Não. Eu não quero descer de novo.
— Quer que eu vá?
“Mas é claro que ela não quer!” ele pensava nervoso e torcia com todas as forças para Héricles não descer aquela maldita escada.
— Também não. — ela disse e quis morrer. — Eu vou comer o pudim e tentar ir dormir, ainda estou cansada.
E então eles subiram totalmente a escada, deixando-o para trás com seu alívio. O menino podia jurar que nunca na vida esteve tão perto de uma desgraça como aquela e ainda escapar ileso. O suor em seu rosto descia velozmente e ele tinha as pernas trêmulas, ainda pela adrenalina de quase ter sido pego por e por Héricles . Olhou para o topo da escada e viu a luz se apagar totalmente, mas nem morto arriscaria subir a escada aquela hora. Ele esperaria pelo menos uns dez minutos até que a garota fosse deitar e Héricles também.
Ainda sem acreditar em sua sorte, ele sentou no chão puxando os cabelos de leve. Seu coração batia frenético e dolorido em seu peito, mas nada se comparava ao alívio que ele sentia naquele momento. De todas as vezes arriscadas que entrara na casa dos , ele nunca havia ficado tão perto de ser descoberto e ser escorraçado da casa e da escola pelo importante Héricles. Naquela hora ele via o quanto ele era tolo e maluco de entrar na casa dos outros daquela forma delinquente e criminosa. Se ele tivesse sido pego, poderia até mesmo ir para a cadeia ou seus pais iriam pagar pelas atitudes dele. Ele até que gostaria de ver Marcius dentro de uma cela por causa dele. Isso ia ser pra lá de satisfatório, mas não arriscaria atingir seu pai de um lado e do outro perder . Preferia ter que deixar o pai solto do que se afastar da menina.
Vendo que estava sentado ali há quase quinze minutos, ele decidiu que poderia subir as escadas, mas ainda sentia muita insegurança por medo de ser pego. Apurou o tato e sua audição tentando não esbarrar em nada mais e se escutasse algum barulho vindo do corredor dos quartos, iria descer as escadas com pressa até a saída. Não arriscaria mais entrar no quarto de daquela forma, nunca mais. Subiu com calma e cuidado até chegar ao topo da escada e então seu coração voltara a disparar. Ele mordeu o lábio com força quase podendo sentir o gosto de sangue em sua língua, mas não deixou de caminhar em direção ao quarto da menina, que era o último do corredor, ao lado do quarto de Héricles . Assim que chegou a frente da porta, constatou que a mesma estava fechada, mas as frestas irradiavam a luz acesa. Não conseguindo controlar sua curiosidade, abaixou-se para tentar enxergar alguma coisa pela fechadura da porta e seu olhar bateu direto na cama da menina que estava vazia. Franziu o cenho e passou a olhar por todo o quarto à medida que a fechadura permitia e não a viu em lugar nenhum. Trocou seu olho pelo ouvido e encostou-se à porta tentando ouvir alguma coisa que o pudesse fazer ter a certeza que a menina estava no quarto ou pelo menos se preparando para ir dormir.
Então ele ouviu o barulho do chuveiro vindo do banheiro da menina e sentiu um arrepio passar por sua espinha. Então quer dizer que estava tomando banho? Completamente nua dentro daquele quarto num banheiro onde a água escorria pelo corpo dela em deslizes torturantes e insanos? Era isso mesmo? E o que ele estava fazendo ali parado?
Num ímpeto de pressa, ele girou a maçaneta da porta, abrindo-a de leve, mas ainda conferia os sons do banheiro de com algum som que poderia vir do quarto do pai da menina. Sem mais delongas, entrou no quarto fechando a porta e virou-se para o cômodo encontrando tudo vazio, exceto pelo gato que dormia numa almofada enorme ao pé da cama. gostaria tanto de chutar o traseiro daquele gato pelo simples fato de que o bicho era realmente desprezível, mas antes que pudesse tomar alguma atitude precipitada em relação ao felino, ele escutou um som muito diferente do que ele imaginava escutar por ali.
Um gemido.
Um gemido longo e prazeroso.
Um gemido longo e prazeroso que vinha do banheiro.
Do banheiro onde estava.

O que era aquilo? E como se recebesse um grande tapa na cara seguido de um “acorda”, ele se direcionou ao banheiro, encontrando a porta aberta e o baby doll torturante jogado de qualquer jeito no chão do banheiro. Ele segurou a vontade de entrar ali e pegar aquele pedaço de pano e cheirar forte, mas antes que pudesse ao menos dar um passo, a visão que ele teve o paralisou por completo fazendo seu pau endurecer completamente e seu corpo ficar no máximo possível de erotismo.
estava sentada no chão do box do chuveiro, seus cabelos longos caindo desgrenhados por seu corpo, os olhos fechados fortemente, a boca em forma de coração aberta, por vezes sorrindo. Mas o que deixara o garoto a ponto de uma explosão foi ver que a garota estava nada mais, nada menos que se masturbando. Ela estava tão entretida naquele prazer de bolinar seu clitóris que não fora capaz de abrir os olhos ou dispersar-se nem quando tropeçou nos próprios pés, fazendo um pequeno barulho no chão do quarto.
Ele não podia acreditar no que estava vendo. Não podia acreditar que , a garota por quem ele criou uma obsessão sem limites, um vício frenético e totalmente indescritível, estava se masturbando ali na em sua frente, mesmo que ela não soubesse que ele estava ali olhando a menina de pernas abertas com a vagina rosada completamente visível tendo uma de suas mãos fazendo movimentos circulares rápidos por cima do botão excitado enquanto a outra mão tratava de apertar seus seios com força. O menino acompanhava o movimento da mão dela com toda a atenção que poderia exceder para algo e não perdia um só movimento do dedo da menina no topo de sua vagina encharcada. Pelo modo como ela mordia o lábio inferior, soltava gemidos e tremia violentamente, ele podia concluir que o prazer que ela sentia era realmente forte e grande, a ponto dele querer saber o que ela estava imaginando.
E como se recebesse um verdadeiro choque de realidade, ele viu em qual situação se encontrava ali. Estava ele, realmente, defronte à imagem de se masturbando? Estava realmente seus olhos enxergando a visão que ele mais desejou ver em todos aquele tempo? Muito mais do que vê-la nua num ato sexual, ele estava vendo a garota se tocar dentro de um banheiro, totalmente molhada pela água que escorria em seu corpo curvilíneo e tentador... Isso precisava ser registrado.
Sem demora, ele sacou o celular do bolso do moletom, sentindo seu pênis completamente aceso por dentro das calças. Ele precisava de uma foto. Ele precisava daquela visão guardada em seu celular e se lembraria de olhar todos os dias para a foto da menina se masturbando tão deliciosamente naquele box. Antes que ele pudesse colocar a câmera em foco para poder bater várias fotos, ele escutou o gemido da menina.
— Mais... rápido, por favor.
Os olhos dela estavam fortemente fechados e com uma mão ele passou a focalizar o rosto da menina, dando um zoom e com a outra ele passou a acariciar seu pau ereto por cima da calça. Fazia uma massagem leve sobre seu pênis duro e quando conseguia ver nitidamente pela câmera o modo como a garota se contorcia com os espasmos de prazer, ele sentia pulsadas agudas em suas veias íntimas. Ele desenhava a extensão de seu pau com suas mãos no conhecido movimento de sobe e desce, não deixando de apertar levemente a glande quando chegava até a cabeça. Seu ventre estava frio por dentro, como se ele estivesse caindo de uma grande altura e, sem delongas, bateu a primeira foto, mirando diretamente o rosto molhado e prazeroso de . Não deixando de movimentar sua mão por cima da calça, ele abaixou a câmera mirando os seios fartos e grandes da menina, com mamilos rosados e eretos, vendo a garota puxá-los com força de vez em quando. Ele já podia sentir o quanto seu pênis estava grande e grosso, mas não deixaria de bater as fotos. Depois ele cuidaria de seu pau excitado da maneira certa.
Bateu mais fotos da barriga contorcida da menina e achou que realmente gozaria quando focou na vagina dela e a viu penetrar dois dedos para dentro. A visão da menina fodendo sua vagina com os dedos era tão excitante que ele teve que se segurar para não acabar com a festa antes da hora. Bateu mais algumas fotos da penetração funda que a menina fazia com os dedos e não demorou mais nem um segundo para tirar seu pau ereto e duro para fora da calça e movimentar sua mão calmamente sobre a extensão longa do órgão, vendo todas as suas veias saltarem e deixá-lo ainda maior. Manteve o ritmo lento enquanto seus olhos passeavam pelo corpo da menina e ele realmente segurava sua vontade de jogar tudo para o alto e ir ao encontro dela tocar na textura macia de seus lábios vaginais, penetrar seus dedos fortes e potentes ali, mostrando para a garota como ele poderia fazer uma masturbação tão bem quanto ela podia imaginar.
Obscenidades de todos os tipos se passavam pela cabeça dele e à medida que era tomado pelos pensamentos, ele movimentava sua mão com mais precisão sobre o pau composto por veias expostas e grandes que pulsavam com força sob o toque forte da masturbação que ele praticava. Sentindo arrepios passarem por sua espinha e todos os seus músculos ficarem ainda maiores, ele apenas pensava em como seria invadir aquele maldito banheiro e tomar completamente para si, possuí-la totalmente enquanto a água do chuveiro molhava seus corpos e os deixavam ainda mais unidos. Iria deslizar seu tronco forte pelo corpo da menina enquanto direcionava seu pau à entrada dela, invadindo-a sem demorar um segundo que fosse, tocando com a ponta de seu cacete o mais profundo possível do corpo pecaminoso da garota. Iria fodê-la tão fundo e tão gostoso que não pensaria duas vezes antes de gemer seu nome em alto e bom som.
Ele podia sentir a umidade tomar conta de sua mão à medida que seu pau pulsava, liberando o líquido transparente antecedente ao gozo e ele sabia que faltava muito pouco para que ele se entregasse ao prazer de ver se masturbando à frente. Ele fechou os olhos com força escutando os gemidos da menina reverberarem por seus ouvidos e era como se uma música tivesse tomando o ritmo certo para que ele se entregasse completamente. Sua mão agora se movia freneticamente apertando a extensão de seu pênis e ele quase podia tocar o prazer que o inundava naquele momento. Então como um estímulo, ele abriu seus olhos e conseguiu ver a menina encaixar mais um dedo em sua penetração ousada, cuja vagina engolia os dedos dela até o talo. E ainda se masturbando forte, ele pôde ver a menina descer a outra mão e bolinar o clitóris que já estava grande e inchado no topo de sua vagina. Ah, como ele chuparia aquele clitóris... Como ele gostaria de sentir o gosto da excitação da menina invadir com toda a força o seu paladar e tudo o que ele pensava era em chupá-la naquela hora, passar seus lábios, sua língua e seus dentes pela boceta rosada inteira da menina. E quando ele fosse fodê-la com força, a deixaria fora as órbitas por completo, apenas a faria gritar seu nome bem alto e gemer longamente enquanto ele estocava seu cacete com força na vagina pequena e apertada dela.
Ele estava tão perto de ejacular seu líquido de prazer e o nome dela passava por sua mente cada segundo junto da imagem dos dois enrolados numa cama trepando fortemente, a cama rangendo pela força que ele a fodia, a garota gritando seu nome para que o mundo inteiro pudesse ouvir quem a fazia sentir-se daquela forma.
E então ele ouviu...
...
Ele apertou a mão ao redor de seu pênis, de vez em quando massageando as bolas e, automaticamente, seus olhos se abriram e conseguiram ver seu nome saindo pelos lábios de coração da menina.
— Ah... ...
Ele jurava que se não tivesse visto a menina pronunciar seu nome ali, com certeza, pensaria que havia sido fruto de sua imaginação. Mas ao contrário de hipóteses, ele havia visto dizer seu nome em meio ao prazer que ela sentia. E parando para pensar... Ela estava se masturbando enquanto pensava nele? Logo, ele simplesmente viu a menina sorrir satisfeita enquanto parava de estocar sua vagina e apenas relaxava em meio ao chão molhado do box do chuveiro enquanto ele, já não suportando mais tanta tortura, só de ouvir o seu nome sair pelos lábios da garota enquanto ela se entregava ao orgasmo, se viu pronto para liberar todo o seu prazer imerso naquela bolha que consumia a ambos os garotos.
Então, sentindo seu corpo inteiro se enrijecer, sua virilha queimar, seu ventre se contorcer e seu pau ficar ainda mais esticado, ele pôde liberar o que ele estava guardando há muito tempo: um orgasmo completamente diferente de todos que ele já tivera. Enquanto seu líquido branco escorregava por sua mão, ele tinha os lábios presos pelos dentes brancos e alinhados, os músculos tensos de seu corpo relaxavam e ele apenas pensava no quanto ele queria que aquele gozo fosse expelido dentro da boceta de .
Se ao entrar na mansão dos aquela noite ele pensou que seria descoberto, escorraçado, expulso da escola, acusado de invasão de domicílio, se enganou completamente.
Entrar naquela mansão aquele dia foi a melhor coisa que ele havia feito, e mesmo com todos os perigos que enfrentou, valeu a pena ter se arriscado para encontrar se masturbando enquanto pensava nele.


*Sex: The Pleasure That Moves a Relationship: Sexo: O Prazer Que Move Uma Relação (filme criado pela autora para o capítulo 11).



XIII. The most anticipated moment.


Ele caminhava pela rua, e embora o ar frio da noite colidisse com sua pele, ele não tirava o sorriso do rosto de forma alguma. Desde que conheceu ele tivera muitos motivos para não tirar o sorriso da cara, mas aquele dia era especial. Depois de tanto sacrifício para entrar na casa da menina, destravar uma porta com um pedaço de clipe, por pouco ser pego pela garota e pelo pai dela, estar estourando a cota de sorte da sua vida, ele nunca imaginava que ao entrar no quarto da menina, iria pegá-la se masturbando em meio a um banho e, ainda por cima, se masturbando pensando nele...
Ele sabia que estava beirando o auge de desejo por ele, mas ele nunca imaginava que ela ousaria se tocar enquanto pensava em uma foda com ele. Ele nunca imaginaria que ao entrar no quarto dela, invés de vê-la dormindo, ele iria vê-la completamente nua, implorando para que os dedos que a fodiam e a bolinavam fossem os dele.
Do namoradinho não.
Mas os dele.

Ah! Isso era mais do que ele poderia imaginar.
Dentro de sua cabeça, ele sentia toda a culpa rondá-lo. Porra! Ele poderia ter entrado na merda daquele banheiro e ter mostrado para a menina que ele estava ali, justamente no momento que ela mais precisava. Mas em meio ao caos do arrependimento, ele ouviu a voz quase extinta de sua consciência dizendo que o que ele fez foi o certo. Não seria realmente apropriado invadir o banheiro da menina do nada enquanto ela estava num momento tão íntimo. Iria assustá-la e então ele estaria literalmente ferrado. Seria quase como ele ter sido pego ao pé da escada da mansão. Sem falar que não iria olhá-lo nunca mais nos olhos, o que ele concluiu que tal fato não poderia acontecer nunca. Então havia sido melhor mesmo ele ter se segurado e ter se contentado, mais uma vez, com sua mão.
E como se recebesse uma carga elétrica pelo corpo, ele se lembrou das fotos. Aquelas fotos deveriam ser reveladas de um jeito ou de outro, e ele não abriria mão disso. Teria as fotos armazenadas no celular e reveladas, onde ficariam escondidas em um canto escuro de seu guarda-roupa, por baixo de montes e montes de roupas. Tirou o celular do bolso com pressa e abriu a pasta de imagens onde ele encontrou muitas das fotos que ele havia tirado da menina, mas nenhuma era mais enlouquecedora do que a imagem da menina se tocando. Ele enquadrou perfeitamente o rosto satisfeito dela. Enquadrou na medida certa para que aquela foto enlouquecesse qualquer um. Tirara muitas iguais, onde a menina alternava os movimentos da boca para aberto, fechado ou mordendo os lábios. A forma como ela se contorcia era insana e ele temia que acabasse endurecendo no meio da rua, provavelmente tendo que andar com dificuldade.
Deixou o trabalho de ver as fotos da menina quando chegasse em sua casa, onde podia se sentir mais à vontade ao analisar aquelas fotografias e se quisesse se masturbar de novo, não pensaria duas vezes. Ele, particularmente, não curtia a masturbação, pois preferia mil vezes o ato em si. Não se conformava que nem um beijo ele tinha roubado da garota. Estava se achando um molenga. Um verdadeiro bobão, como se tivesse medo de se aproximar demais da menina e ela correr dele como quem foge da cruz. Não era o de verdade que estava ali. Era um garotinho medroso que se rendia à masturbação para aliviar o desejo de foder aquela boceta rosada que tinha no meio das pernas. Não. Ele não poderia perder mais tempo algum. Não quando ele sabia que a menina o queria tão desesperadamente. Ele precisava fazer alguma coisa e faria rápido.
Ao chegar em casa, fez o mesmo processo que sempre fazia quando saía escondido: entrou silenciosamente pelo escuro e caminhou em passos calmos até seu quarto. Ligou a luz e começou a sorrir sozinho. Ele ainda estava tentando acreditar no que havia presenciado. Parecia que tudo não tinha passado de um sonho, uma imaginação ou uma peça pregada por sua mente, mas quando ele parava para pensar, nada disso coincidia. Era realidade. se masturbou pensando nele e ele apenas se entregou ao momento, masturbando-se também. Talvez tenha sido a melhor masturbação de sua vida, pois a imagem de nua não era mais uma invenção de sua mente. Não. Dessa vez ele viu com seus próprios olhos e, sacando o celular do bolso abrindo a pasta de imagens, ele pôde confirmar o quanto ela era mais gostosa do que ele jamais havia imaginado.
O corpo nu e macio dela se contorcendo em prazer, as pernas abertas enquanto suas mãos bolinavam o botão rosa inchado, os peitos de medida certa sendo espremidos de vez em quando por sua mão que os apertava com força no intuito de sentir mais prazer... Ah, quando ele viu aqueles peitos sendo apertados e a bocetinha dela sendo tocada com tanto ardor e busca pelo prazer, ele teve que se segurar muito. Ele não pensaria duas vezes antes de cair de boca nos peitos dela e chupar os mamilos até que ficassem vermelhos e experimentaria o gosto de seu corpo na ponta da língua ao penetrá-la com seu paladar aguçado e ansioso para descobri-la. E quando ele viu, já estava se tocando por dentro da calça.
Acariciava seu mastro rígido calmamente, sentindo todas as suas veias começarem a latejar enquanto seus olhos passavam pelas fotos variadas de . A cabeça de seu pau deu um salto quando ele mirou as íris bem em cima da cavidade da menina que era estocada pelos dedos pequenos. Ele queria tanto ter enterrado seu pênis duro ali... Queria tanto ter invadido aquele banheiro e fodê-la bem fundo, mas se ele fizesse isso, além de colocar tudo a perder, ele iria contrariar o que ele mesmo pensava sobre sexo difícil... Tudo era mais gostoso quando havia certa luta para conseguir. Tudo era mais prazeroso quando ele rastejava, praticamente dava a alma para obter algo. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde iria se entregar a ele. Era apenas uma questão de tempo. Tempo esse que ele não ousava perder mais. Iria até o fim na luta de tentar ficar com a menina somente para ele independente de tudo o mais. Independente do namorado filhinho de papai, independente do pai da menina ser rico e poderoso, independente de ela ser rica e ele pobre. Nada o faria mudar de ideia. Antes, seu medo era a oscilação de diferenças entre ele e , mas agora ele enxergava tudo como um obstáculo idiota. não ligava para nada disso. Não ligava para dinheiro, diferença de classe ou preconceitos que a sociedade aplicava e aplica contra os outros. não se importava com nada e a prova disso era o desejo que ela também sentia por ele.
Enquanto acariciava mais forte a extensão do pau duro e ereto, ele se lembrava de como ela perdia o ar toda vez que ele estava muito perto, da vez que eles quase se beijaram, de algumas horas atrás quando ela se masturbou pensando nele... Era impossível negar que a menina não estava louca por ele.
Estava decidido: ele não perderia mais tempo. Iria encurralar na segunda-feira e daquele dia não passaria. Ele não aceitaria que passasse o dia sem que ele arrancasse um mísero beijo dos lábios dela. Iria beijá-la, sim. E, se possível, iria querer muito, mas muito mais vindo dela. E com esse pensamento, ele se aliviara prazerosamente pela segunda vez naquela noite e pela milésima vez naqueles tempos.
No dia seguinte, acordara quase na hora do almoço, mas tinha planos ao invés de almoçar em casa escutando os monólogos da mãe. Levantou e não demorou tempo algum no banho, apenas passando sabonete no corpo forte e secando a água de mau jeito. Vestiu qualquer roupa que apareceu em sua frente e saiu do quarto levando uma pequena quantidade de dólares em seu bolso junto com seu celular já com a bateria carregada. Atravessou o corredor e a sala tentando não despertar a atenção de sua mãe que andava para cá e para lá na cozinha, mexendo em várias panelas. Não queria que a mãe o impedisse de sair antes do almoço, porque se ela o visse, certamente ele seria barrado e não gostaria nadinha disso. Saiu porta afora sentindo o calor rodeá-lo assim que ele ficou à mercê do sol. Ele não gostava daqueles tempos onde de manhã fazia frio, mais tarde fazia um sol de lascar e a noite esfriava de novo. Ele preferia o frio, sem oscilações de temperatura. Ele gostava do frio e apenas o frio.
Ignorando totalmente o calor infernal, ele andou na direção da rua onde várias lojas de diversas utilidades residiam. Seu objetivo era a Photographs and Revelations, que era a maior loja de fotografias e afins de onde ele morava. Charlie, o gerente, o conhecia de muito tempo atrás, pois o seu único interesse era a fotografia. Se tinha uma profissão que ele seguiria na vida, era fotografia. Tinha um apego com fotos, tanto que não hesitava ao tirar fotos de escondido e ambas saíam muito bem tiradas. E era exatamente para isso que ele estava indo à Photographs and Revelations. Revelaria as fotos de , as guardaria e cuidaria delas como se fosse sua própria vida. Faria de tudo para que ninguém as encontrasse ou descobrisse sobre aquelas fotos.
Adentrou a loja sentindo o aroma fresco e perfumado invadir suas narinas. Adorava quando as lojas de fotografias tinham aquele aroma cheiroso como a Photographs and Revelations. Passou entre várias prateleiras de baterias de Polaroid, filmes em rolos, máquinas fotográficas desde as mais simples até a que ele mais visava: uma Pentax 645d. Poderia ficar ali namorando aquela máquina por horas e horas até lembrar-se do que ele estava fazendo ali naquela loja, mas sua ansiedade para revelar as fotos da menina era tão grande que ele nem ficou admirando a Pentax por muito tempo. Andou na direção do balcão onde o gerente, Charlie, estava e, sorrindo, foi falar com o homem grisalho que lia uma caderneta com atenção, mas percebendo a presença do menino, abriu um grande sorriso.
! — exclamou. — Que felicidade em vê-lo, menino. Faz um tempo que você não aparece na loja.
— Eu andei sumido, Charlie. — o garoto falou enquanto colocava as mãos dentro dos bolsos da calça. — Tive uns pequenos problemas esses dias. Problemas muito graves. — ele falou lembrando-se de . A garota realmente era um grande problema para ele, mas nada que ele não suportasse.
— Eu espero que tudo esteja bem. Tenho a impressão que envolve seus pais. — o homem falou encarando o menino e ele negou, sorrindo.
— Passou longe, cara. Bem longe.
— Ah! Então é mulher. — disse simplesmente, dando de ombros. apenas ergueu as sobrancelhas.
— É, talvez você tenha acertado. — o menino falou indiferente e voltou a olhar o homem com interesse. — Preciso revelar umas fotos, mas eu mesmo quero revelá-las. Sozinho. — o homem o encarou.
— Você sabe que eu só deixei você revelar as fotos daquela vez porque senti dó de você choramingando que queria aprender. Levei uma baita bronca do dono da loja por isso. Nem vem. — o homem balançava a cabeça freneticamente.
— Por favor, Charlie. Essas fotos são muito importantes para mim, você não imagina o quanto.
— Eu posso imaginar que coisa boa não é. O que há nessas fotos? — Charlie perguntou tentando procurar alguma coisa nas mãos do garoto que poderia indicar relações com as fotos que ele queria revelar.
— Eu não posso lhe contar. É meio que segredo meu. Apenas eu posso saber.
— Eu não sei, . Você não me contar do que se trata é bem complicado. Não sei se posso permitir que você revele fotos secretas demais e nem é permitido que fregueses revelem fotos sozinhos aqui. Ainda mais você que é um garoto. — Charlie crispou os lábios. — Não deixarei.
— Charlie, presta atenção: Alguma vez eu revelei fotos comprometedoras aqui? Alguma vez eu apareci com fotos que poderiam fazer você perder o seu emprego? Eu não quero que os funcionários daqui revelem essas fotos porque eu... — o menino hesitou. — Porque eu tenho ciúmes.
— Ciúmes? Ciúmes de que, garoto? — o homem perguntou nervoso.
— Não interessa. — falou grosso. — Eu apenas quero revelar essas fotos e, como sempre, sairei por aquela porta e todos irão achar que foi você quem as revelou para mim.
, meu patrão me pegou deixando você revelar as fotos aquela vez. Se ele me pegar de novo...
— Não vai pegar, Charlie. Apenas me deixe entrar sozinho na sala e você fica do lado de fora vigiando. Eu termino antes de você sequer contar cinco minutos.
O homem encarou o garoto com os olhos semicerrados. Ele considerava por demais e toda aquela paixão do menino para com a fotografia era algo que o estimulava a querer ajudá-lo. Ele apenas tinha medo de ser pego pelo patrão, o dono da loja, enquanto ajudava um garoto a revelar fotos que provavelmente, por serem secretas, seriam obscenas. Mas se ele tomasse cuidado, vigiando os outros empregados, os fregueses e o horário, — pois o patrão chegava em trinta minutos — ele conseguiria ajudar sem se comprometer com nada. Rolou os olhos e se levantou da cadeira, passando pelo balcão e indo até um dos funcionários, sob o olhar ansioso de .
— Preciso revelar umas fotos agora. — ele falou ao empregado. — Me espere aqui e me chame caso o patrão chegar.
— Tudo bem. — o garoto loiro assentiu. — Não quer que eu vá revelar?
— Não é necessário. Eu mesmo irei. O menino é freguês de tempos aqui.
O garoto assentiu e o homem veio na direção de , que não conseguia conter o sorriso de satisfação.
— Vamos logo, . O patrão irá chegar em menos de trinta minutos e eu não estou a fim de perder o emprego.
O garoto comemorou por dentro, mas permaneceu impassível por fora. Agradecia muito a Charlie pela bondade e pelo risco que ele se impunha ao ajudá-lo daquela forma. O dono da Photographs and Revelations era muito severo e exigente, e proibia os funcionários de saírem um dedinho que fosse da linha. Charlie, provavelmente, já havia estourado a cota de paciência do patrão enquanto ajudava em suas loucuras, mas o garoto sabia que o homem não iria se desfazer de Charlie facilmente. Ora, Charlie era um grande gerente e todos sabiam disso. Muitas vezes as pessoas iam àquela loja apenas para bater um papo com o gerente e o dono tinha total conhecimento desse fato. Então não perdia a oportunidade de abusar nem que fosse um pouquinho da boa vontade e crédito de Charlie, ainda mais por uma causa nobre como fotos de nua.
Seguiu Charlie pelo corredor detrás do balcão onde levava à conhecida sala de revelações de fotos da loja. Perdeu a conta de quantas vezes fora ali dentro para revelar algumas bobagens apenas para se divertir enquanto se imaginava revelando suas fotos profissionais. Mas hoje ele faria diferente: Não usaria a revelação de fotos comum. Ele usaria a impressora especial a laser que havia ali e faria isso escondido de Charlie. Ele sabia o quanto o homem prezava aquela impressora, mas teria de passar por cima de suas ordens aquele dia.
— Você já sabe o processo. — o homem falou abrindo a porta, deixando que entrasse em passos desleixados para dentro. — É apenas revelar o filme e dar o fora. Cassey (o dono) não vai gostar nada de me ver deixando você fuçar aí dentro. — Charlie já ia fechando a porta, mas logo a abriu abruptamente. — Hey! Não vai usar nada além do necessário, certo? Tudo, menos aquela impressora ali. — ele apontou exatamente para a impressora que o menino queria usar, mas permaneceu quieto, entediado. — Se precisar usá-la me chame. Não quero que você quebre essa impressora, porque nem o meu salário de cinco meses seguidos pagaria uma dessa.
O menino nada respondeu, apenas recebeu um olhar fulminante de Charlie e logo a porta se fechou. Olhou tudo ao redor e aquela ansiedade corrosiva tomou conta de suas veias. Ele retirou o celular e o cabo USB do bolso da calça e foi em direção ao notebook que estava posto em uma mesa em um canto escuro da sala vermelha. Ele imprimiria aquelas fotos com a melhor qualidade possível e para isso precisava usar a impressora intocável de Charlie sem que ele soubesse. Sem perder tempo, sentou-se em frente ao notebook digitando a senha decorada em sua mente (charlieapproves) e logou o notebook já colocando o USB na entrada lateral. Balançava a perna freneticamente sentindo-se cada vez mais nervoso e logo a pasta de seu celular apareceu e ele tratou de procurar todas as fotos que imprimiria. Selecionou as fotos da primeira vez em que ele viu dormindo, as que ela estava transando com o namorado, as que tirou sem que ela soubesse em meio à sala de aula e/ou em seus momentos aleatórios na semana do trabalho de Matemática e, por fim, as fotos da menina se tocando. Ah, essas eram as mais excitantes e ele não poderia negar. Talvez devesse parar de olhar o dedo pequeno da menina espremendo seu clitóris inchado e andar logo com o processo de revelação antes que Charlie entrasse pela porta vendo tudo o que ele queria e ia aprontar ali dentro.
Passou as fotos para o notebook e depois ligou a impressora, já começando a fazer o andamento do impresso. Clicou aqui e ali para conseguir imprimir todas as trinta e cinco fotos e, mexendo em algumas coisas adicionais na impressora, ouviu o barulho da foto sendo impressa. Mordeu o lábio inferior vendo o carregamento ser transferido de uma para duas das fotos e um sorriso estranho surgiu por seu rosto. “Eu realmente tirei poucas fotos de assim?” perguntava a si mesmo. Era realmente possível que tivesse tirado apenas trinta e cinco fotos ao longo daquele bimestre com andando pra lá e pra cá em sua frente? Imagina. Não acreditava em tamanha burrice de sua parte. Trinta e cinco fotos não davam para nada, ele deveria ter tirado bem umas cinquenta e cinco para compensar.
Enquanto esperava a impressão das fotos restantes concluírem, ele pegou as que já estavam prontas e começou a olhar uma por uma. As imagens impressas eram muito mais reais e qualificativas que as do celular. Era muito mais nítido quando a foto estava estampada no papel enorme que era expelido pela impressora. A imagem de dormindo era encantadora e totalmente entorpecente. Os traços do rosto dela eram banhados pela luz da lua da noite em que ele a viu pela primeira vez e suspirou ao lembrar-se do perfume da menina deixando-o tonto. Maldito perfume doce de morango. Maldita garota. Com os lábios crispados, tratou de pegar outra porção de fotos e passou a fitá-las com tanta obsessão que ele não suportaria a ideia de que outra pessoa estivesse ali com ele naquele momento. O corpo nu da menina encaixado no corpo de outro cara, mesmo que fosse seu namorado, ainda o deixava realmente nervoso e tudo o que ele queria era gritar. Mas ele fazia de tudo para ver aquela foto da transa de com o namorado apenas como uma foto em que ela estava nua por cima de um monte de almofadas e travesseiros de sua cama. Mesmo em meio às lágrimas daquele dia, ele enquadrara a foto tão perfeitamente que praticamente não era possível saber que uma pessoa estava ali com a menina àquela hora. Parecia que ela estava sozinha, nua, se abraçando. As mãos do namorado estavam postadas na cintura dela e as dela, provavelmente, estavam repousadas no peitoral do menino, já que os braços não eram visíveis. A presença do namorado, , também não era tão notável nas outras fotos e orgulhou-se de si mesmo. Era bem desse jeito que ele queria as fotos de sua garota. Completamente sozinha, entregue ao prazer, mas sem ser tocada por ninguém que não fosse ele.
Então veio as fotos que ele tirou enquanto a menina estava distraída, imersa em seu mundo. Fotos dela estudando, sorrindo aleatoriamente, mexendo no cabelo, andando pela casa com a saia vermelha do uniforme ou, para piorar, um short de lycra preto ou branco, as pernas cruzadas sob o sofá enquanto suas mãos mexiam afobadas no celular... Esses tipos de fotos o deixavam encantado por ela. A inocência que ela emanava era inexplicável e tudo o que ele pensava naquele momento era o quanto ela era absurdamente viciante, o quanto que ele poderia lutar, mas sempre estaria tentado a se entregar a ela. Nem que ele quisesse se esquivar. Já estava mais do que encantado, viciado, obcecado, possessivo. Ela era tudo e somente dele. E logo vieram as fotos da masturbação que foram as que mais o tentou.
Em uma parte muito escura e empoeirada de si mesmo ele queria ser carinhoso com pelo encantamento e amor que ela passava para as pessoas com seu jeito educado e simples de ser. Mas por outro lado, ele sentia um instinto de selvageria apossar-se dele quando ele via a menina liberar o lado mais tentador dela, que era o lado mulher. Aquela menina deveria fazer absurdos em cima de uma cama, tanto que ela fodia bem enquanto dava para o namorado. O problema era que o namorado era somente um amadorzinho de merda, enquanto era experiente e sabia como se virar no sexo deixando a parceira completamente fora dos eixos. Olhar as fotos da vagina descoberta e gostosa de , molhada pela água do chuveiro e excitação evidente, era torturante para ele. Ele não pensaria duas vezes antes de cair de boca naquela carne macia e puxar os grandes lábios com seus dentes até que ela tremesse inteira e o mandasse chupar mais rápido e mais gostoso. Porra! Como ele queria!
E vendo aquelas fotos ele apenas firmara sua decisão.
De segunda-feira não passava.
Ele arrancaria a cara de com o beijo que ele reprimia dentro de si. Ele a engoliria com sua boca e sua língua selvagens por demais e a faria ficar para sempre com a marca daquele beijo na boca dela. Ela o procuraria para que ele a beijasse, e quando ele fizesse isso, iria implorar por mais e não aguentaria ficar nem mais um segundo longe dele.
Com esse pensamento, imprimiu todas as fotos e apagou-as do notebook, desligando o mesmo em seguida. Atravessou a sala procurando uma pasta onde colocou as fotos e escreveu por cima a quantidade das fotos reveladas para serem cobradas por Charlie. Chegou à porta dando duas batidinhas e então a figura grisalha de Charlie apareceu abrindo a passagem para o menino.
— Pronto? Terminou? Não corro mais risco de perder meu emprego? — o garoto revirou os olhos e continuou caminhando até o balcão da loja, que Charlie assumiu com pressa enquanto olhava ao redor, provavelmente procurando o chefe. — Graças a Deus Cassey não chegou ainda. Quantas fotos você revelou? — perguntou ao menino.
— Trinta e cinco.
— Nossa, bastante não? — o homem sorriu enquanto digitava algo no computador e comprimiu as sobrancelhas.
— Não. Ainda são muito poucas. — disse simplesmente. — São o mínimo para o tanto de fotos que eu tenho que tirar.
— O que anda prendendo sua atenção, garoto? Você sempre foi tão desencanado de tudo...
— Sempre tem uma primeira vez, Charlie. É a primeira vez que estou dessa forma.
“É a primeira vez que estou viciado numa garota e, por mais que eu sofra, estou adorando essa nova fase da minha vida.”
— Espero realmente que não seja nada grave. Bom, não vou cobrar caro de você porque fui proibido de fazer o meu serviço.
— Então posso ganhar desconto toda vez que eu mesmo revelar minhas fotografias?
— Claro que não. Esta foi a última vez. Apenas tenho pena de você e quero dar um desconto de amizade.
— Se for por pena, pode mandar a conta em dobro, por favor.
— Estou brincando, seu idiota. — o homem sorriu. — São quinze dólares.
— Fala sério, Charlie. Quinze dólares é um filme em rolo da prateleira da frente. — o menino falou apontando a prateleira repleta de filmes.
, para. Quinze dólares ou as fotos ficam.
Jogo baixo, pensava. Mas ele não poderia recusar. Nunca recebera uma mesada e economizava dinheiro do que sua mãe lhe dava às vezes e, com o pouquinho que sobrava, comprava tudo o que precisava. Ele precisava daquelas fotos e agradecia muito a Charlie pela bondade de revelá-las pela metade do preço.
— Obrigado, cara. — o menino falou, sincero. — Amigo igual você no mundo não tem.
— Não mesmo. Só eu pra colocar um emprego onde eu recebo dois mil e quinhentos por mês em risco pra que você consiga realizar suas loucuras.
— Um dia você sai dessa espelunca e começa a trabalhar para mim. Seu salário será aumentado mil vezes mais.
— Estou tentado pela oferta, . Estarei esperando. — o garoto acenou agradecendo mais uma vez e saiu porta afora.
Agora sim. Com as fotos de reveladas, nítidas, tentadoras e bem guardadas dentro de seu guarda roupa, ele tinha o aval completo. Cairia em cima da menina sem perder nem um segundo de seu tempo.
Segunda havia chegado bem depressa, ele achava. Em visto toda sua ansiedade para rever a garota depois dos últimos acontecimentos e sua decisão, ele estava começando a sentir o calor da aproximação da hora. Seria a primeira vez que ele veria depois do pornô, seria a primeira vez que ele veria depois de ela ter derramado suco de uva nele quando faltavam apenas alguns centímetros para eles se beijarem, seria a primeira vez que ele veria depois de ter visto o nome dele sair pelos lábios dela em meio à uma masturbação pra lá de pecaminosa... Seria como se voltasse àquele dia da festa, mas com a diferença: ele estava conhecendo mais do que nunca. Além de conhecer algumas das fraquezas que a menina deixava transparecer, ele conhecia também tudo o que a roupa escondia do corpo dela. E mesmo com toda a sua baixa autoestima, ele viu o quanto ele estava mais elevado que os idiotas da escola que caíam de quatro pela garota.
Ele era a dupla dela na aula de matemática, ele quem a deixava completamente fora dos eixos, coisa que ele suspeitava que o namoradinho não conseguia, pois foi ele quem a libertou do casulo envergonhado e a fez assistir um pornô ao lado dele, foi ele quem invadiu a casa dela escondido somente para vê-la dormir, foi ele quem tirou fotos escondido da menina, foi ele quem a viu se masturbar no banho e era nele que ela pensava enquanto se tocava fortemente em meio ao tesão.
Porra!
Quer mais?
Ele havia se elevado tão perfeitamente no nível dos outros garotos que começou a achá-los ainda mais patéticos. Não que se achasse inferior àqueles bobalhões sem estrutura, porque ao contrário, pode ter vindo de família pobre, mas sabia reconhecer seu valor. Mas com tantas meninas histéricas falando dos garotos do time de futebol, dizendo para todos os ouvidos as “maravilhas” que eles faziam entre quatro paredes, o garoto pensava que eles seriam mais ágeis com , já que agora ela era a mais popular e a mais cobiçada da escola. Bom, ele que não iria reclamar, afinal de contas, o caminho estava livre para ele e tudo o que ele queria era que às oito da manhã chegasse rapidamente para eles terem as primeiras aulas de matemática juntos, sentados um ao lado do outro.
Não demorou muito tempo até tomar seu banho e vestir o uniforme da escola, vulgo a camisa que deu a ele. Aquela camisa tinha ficado muito boa e ele adorou ter recebido de presente da menina, mesmo que ela não soubesse o quanto ele precisava de uma. A camisa antiga o apertava e o sufocava enquanto que a nova já o deixava bem mais à vontade. Não mostrara a camisa para sua mãe e trataria de arranjar alguma desculpa quando a mulher percebesse a camisa números maior do a que ele tinha em casa. Diferente dos outros dias que saía desgrenhado e desleixado, ele se olhou no espelho e tratou de dar um jeito no cabelo, fazendo um pequeno monte ereto na frente, como um pequeno topete. Os fios castanhoescuros incrivelmente o obedeceram e ficaram no lugar onde ele arrumou. Sorriu para sua imagem e passou a mão em seu rosto, sentindo a pele macia, pois havia feito a barba no dia anterior. Antes que pudesse passar o perfume, passou a mão mais uma vez no cabelo testando se os fios iam ficar no mesmo lugar e logo borrifou o perfume em seu pescoço, pulsos e no peitoral coberto pela blusa. Pegou sua carteira, as chaves da Harley e seu celular colocando-os no bolso da calça social preta e agarrou a alça de sua mochila colocando-a nos ombros.
Não tardou a comer alguma coisa na cozinha de café da manhã e logo foi em direção à garagem buscar a Harley. Naqueles dias, ele não estava se atrasando tanto para a escola, o que era bom, em sua opinião. Ele não suportaria repetir mais uma vez o terceiro ano. Na verdade, estava contente de ter repetido porque caiu em sua sala e estava ali como uma distração e isso ele adorava. Se sentia totalmente instigado a ir para a escola e encontrá-la todos os dias. Sentou em cima da moto se ajeitando e não demorou a sair pelas ruas sentindo o vento colidir forte contra seu rosto. As manhãs na cidade estavam esfriando aos poucos, mas ele sabia que aquilo era só o começo. O tempo mudaria
em breve e o frio tomaria conta, junto de muita chuva, e ele estava ansioso para essa época. Era bem compreensível ele gostar tanto do frio, justamente uma pessoa como ele completamente perturbada e problemática. Ele preferia mil vezes estar sentindo a pele cortar pelo gelo do vento do que sentir o suor descer por seu rosto no calor. O único calor que ele gostava era bem diferente do calor de temperatura da Terra e provinha de uma pessoa da qual ele não conseguia se esquecer.
Ao lembrar-se da menina, ele se colocou a dirigir mais rápido, acelerando a moto na velocidade mais próxima aos 110 km/h. Ignorando qualquer congestionamento ou a possibilidade de receber alguma multa, ele correu em direção à escola chegando bem antes do que o previsto. Estacionou a moto e não demorou para caminhar em direção ao prédio escolar, ignorando qualquer olhar em sua direção ou especulação alheia. Não era novidade que por onde ele passava alguém questionava sobre sua sanidade mental ou sobre como um garoto tão bonito poderia se tornar tão violento e perigoso. “Foda-se”, ele pensava. Caminhava firmemente como sempre e tratou de subir os três lances de escada que o levavam à sua sala. Tudo o que ele esperava era que chegasse antes de e sentasse em sua cadeira apenas esperando a hora de ela sentar ao lado dele e começarem a aula, mas ao contrário do que ele imaginava, quando adentrou a sala a menina já estava sentada em sua costumeira carteira, três mesas de distância da sua.
Automaticamente, seus olhos se fixaram um no outro. O azul forte dos olhos dela se postaram sobre os intensos do menino e a eletricidade dominante que os consumia todas as vezes que eles se viam se instaurou naquele momento. A força do olhar de sobre a garota era inexplicável, pois ele a encarava sem qualquer pudor ou hesitação. Deixava claras todas as suas intenções para com a menina, mas sabia que ela era completamente inocente para perceber alguma coisa. Mas, felizmente, naqueles dias, ela estava mais atenta e provavelmente percebia tudo o que ele fazia, ele sabia disso. Mas o olhar que ela deu a ele era como se ela estivesse se martirizando. O olhar azul sofrido da menina era colocado sobre ele como se ela sentisse culpa, medo, arrependimento ao mesmo tempo em que queria muito alguma coisa. Ele percebia o conflito interno que a menina estava enfrentando. Ora, querendo ou não ela tinha um namorado e quase cedeu um beijo a duas vezes em um intervalo pequeno de uma hora. Viu o menino nu da cintura para cima e não conseguiu esconder o quanto ela gostou disso. Se masturbou pensando nele e o que ela não imaginava — e nem deveria — era que ele estava ali vendo tudo e que daquele ela não escapava. era a mais inocente nessa história e se sentia culpado por ter que desviá-la do caminho da “pureza” ou fidelidade ao namorado. Mas ele estava pouco se importando. era dele. O namorado que se fodesse.
Sentindo o olhar nervoso da menina sobre ele, apenas a olhou por um momento e depois sentou em sua cadeira. Não poderia dar bandeira de que sabia alguma coisa, caso contrário tudo estaria literalmente perdido. Mas era tão difícil se controlar quando ela estava sentada ali, coberta pelo uniforme, sendo que ele já sabia tudo o que aqueles tecidos escondiam, se ele sabia que cor eram os mamilos pontudos da menina, o tamanho certo de seus peitos perfeitos, a textura macia de seu órgão e como ela ficava corada quando estava sentindo prazer. Ele sabia de tudo. Mas não podia dar bandeira alguma.
Sentou em sua cadeira como se não tivesse imaginando nada e ficou na dele apenas esperando a menina se aproximar para sentar-se ao seu lado. Enquanto esperava a sineta bater, ele não aguentava e lançava olhares para a garota sentindo-a inquieta e constantemente a via encolhendo as pernas contra o corpo. Vez ou outra ela o olhava, mas virava rapidamente como se o simples fato de olhá-lo fosse acabar com todas as suas forças para ser fiel ao namorado ou não se culpar tanto mais pra frente. Ele a percebia mexendo no cabelo por várias vezes em menos de quinze segundos, empurrando os cabelos para os lados direito e esquerdo do corpo, onde deixava seu rosto completamente coberto pela cascata preta ou livre dos fios grandes e compridos que compunham a cabeleira dela. Então a sineta tocou e imediatamente a Sra. Maggi adentrou a sala já deixando seus livros em cima da mesa, pegando o diário com pressa e fazendo a chamada rapidamente, mesmo com a metade da sala para fora. Não demorou muito até que ela desatasse a falar.
— Andem logo, o que estão esperando? Formem suas duplas e entreguem os trabalhos. Iremos corrigir alguns exercícios mais complicados hoje e na próxima aula teremos matéria nova, andem! — a professora falava com pressa enquanto passava na mesa de cada dupla recolhendo os trabalhos.
suspirou e se aproximou de , enquanto segurava o trabalho em uma das mãos, e se sentou ao lado dele. O perfume dela invadiu seu olfato e ele respirou-o fechando os olhos podendo sentir até o gosto do perfume em sua boca. Ele se aproximou da menina, buscando sentir o perfume dela de perto. Ele não poderia dar bandeira que tinha visto ela se masturbar, mas... poderia provocá-la um pouco, não é mesmo? Justamente aquele dia que ela estava tão cheirosa e tão anormalmente apetitosa... Ele não resistiria deixá-la um pouco fora das estribeiras.
— Bom dia. — sussurrou perto dos cabelos dela e percebeu a menina, atrapalhada com os materiais, dar um salto na cadeira e encará-lo com os olhos azuis arregalados. Ah, como ela estava nervosa!
— Ah, bom dia, . Me desculpe, eu... Eu estou muito atrapalhada hoje... — ela falava pigarreando a cada oração e quis muito dar risada. Adorava provocá-la. Percebeu que provocar era mais divertido do que qualquer outra coisa. Principalmente quando ela estava nervosa justamente por ele estar ao lado dela.
— Quer ajuda? Posso entregar o trabalho para a Maggi. — disse simplesmente, mas ele encarava o corpo da menina com tanto apreço que a viu se mexer desconfortável na cadeira.
— Eu... Não, eu...
— Eu insisto. — ele puxou o trabalho da mão dela e continuou firmando o olhar sobre a menina.
Não demorou muito tempo até a professora pegar o trabalho depressa da mão do menino e ele também não delongou para “se ajeitar” na cadeira e aproximar-se de . A menina estava muito nervosa, mas era apenas o começo. estava decidido desde quando ele a pegara gemendo seu nome na sexta-feira. Aquele dia ele pegaria de jeito, mas faria muito diferente do que ele estava acostumado. Ele queria que ela chegasse até ele, implorando por um beijo seu. E ele tinha seus métodos de fazer a menina se render por completo.
— Como foi o seu fim de semana? Proveitoso? — perguntou para a garota e ela sorriu ainda nervosa.
— Foi, foi sim. Fiquei em casa o tempo inteiro, não saí muito. — a voz dela começou a ficar mais firme, mas ele não se intimidava. Quem estava no controle ali era ele, isso era fato.
— É mesmo? — ele perguntou fingindo interesse. — E o seu namorado? Não se encontraram?
Nesse momento a garota virou-se tão abruptamente na direção dele, que os cabelos voaram rapidamente. Os olhos azuis estavam levemente arregalados e a boca entreaberta em surpresa. sorriu satisfeito por dentro.
— Por que quer saber de ? — ela perguntou apreensiva e ao mesmo tempo curiosa. O menino deu de ombros.
— Sei lá, acho que ele deveria tentar te ver pelo menos no final de semana, não? — a menina sorriu em ironia, mas o sorriso de vencia todos os níveis irônicos daquela conversa. — Se você fosse minha namorada eu não ia te largar nunca.
Naquele momento a menina o encarou com os olhos ainda mais esbugalhados, mas percebeu o quanto ela queria que ele continuasse aquele monólogo, o quanto ela ansiava por saber o que viria a seguir e ele, é claro, não iria deixar de proporcionar aquele prazer a ela.
— É sério. — disse passando os olhos pelo rosto dela e dando o sorriso que ele sabia que ia desestruturá-la. sabia muito bem como seduzir uma garota e agora que conhecia de modo mais “íntimo”, sabia que a menina não o pararia com as provocações e apenas retribuiria, o que levaria a ele ter o seu plano realizado. — Não sei como seu namorado te deixa por aí. Eu no lugar dele iria querer andar com você o tempo inteiro, te vigiando totalmente. Queria você sob os meus olhos todo o segundo de todos os dias. — ele disse encarando-a com seu olhar marcante e viu a menina corar fortemente. Ela sorriu pequeno mordendo o lábio inferior e o encarou com os olhos brilhantes.
tem faculdade, . Não pode me dar muita atenção. — ela disse cruzando os braços sobre as pernas e sorriu, sarcástico.
— E daí?
A menina abriu a boca para falar alguma coisa, mas fechou-a rapidamente, respirando fundo. Talvez ela não tivesse muitos argumentos para defender o namoradinho, pois ele realmente a abandonava. Mas ao contrário de tudo, estava ali para suprir as necessidades da garota, não é mesmo? Inclusive ser o namorado dela, mesmo que diferente em questão de pessoa, mas isso era um assunto a ser discutido mais tarde. Agora, ele estava encarando-a profundamente e sentia a menina completamente submissa a seus olhos. Ela olhava bem no profundo e ele podia sentir a eletricidade que emanava daquele instante insano de olhares. Antes que ambos pudessem falar alguma coisa, Maggi desatou a falar sobre os procedimentos das aulas daquele dia.
— Só de ver os trabalhos, muitos de vocês tiveram dúvidas no exercício 35, que é sobre Coordenadas do Ponto Médio de um Segmento. Iremos corrigi-lo juntos agora. Abram o caderno, por favor.
A Sra. Maggi estava completamente apressada e perdida naquele dia, observava. Não que tivesse se importando com a professora, apenas aproveitou a deixa para provocar de uma forma mais reservada, mas ao mesmo tempo ousada. Ela abria o caderno enquanto os cabelos caíam por seu rosto e ele percebia que ela tentava a todo custo esquecer que ele estava ali. “Que pena”, ele sorria por dentro. Não deixando passar mais tempo, ele se aproximou da menina encostando sua perna a dela.
— Qual o exercício que ela quer corrigir mesmo? — ele perguntou soprando seu hálito sobre os cabelos da menina e ela paralisou.
— É aquele que tem que indicar as coordenadas e determinar os pontos, é...
O garoto sorriu mais alto, achando graça de .
— Calma, . Você está atrapalhando tudo. — se encostou mais ao corpo dela, esbarrando seu braço ao dela de propósito para pegar o livro que estava na mesa da menina. — É para indicar os pontos e determinar as coordenadas do ponto médio do segmento PQ. — ele falou e encarou a menina, ficando mais próximo do rosto dela. Ela, rapidamente, olhou para os lábios dele e umedeceu os seus com a ponta da língua. prendeu a respiração ao tê-la tão próximo e não poder beijá-la ali mesmo. Tinha que ser forte e esperar a hora certa.
— Desculpe. — ela disse balançando a cabeça negativamente e virando as páginas do livro com pressa, de forma a se distrair. — Eu não sei o que há comigo hoje. — ela deu uma risada forçada e mexeu nos cabelos jogando-os para o lado contrário ao que estava. O perfume dela invadiu o olfato dele e ele se aproximou mais da garota quase podendo tocar o pescoço dela com a ponta de seu nariz.
Antes de qualquer coisa, ele conferiu a sala inteira e viu que todos estavam quietos em seus afazeres, pouco preocupados com quem estava ao redor. Assim que ele voltou seu olhar a garota, ele contemplou os fios do cabelo dela brilharem à medida que a luz iluminava-os, via o contraste com sua pele alva e o quanto ela tentava se ocupar para esquecer que ele estava ali, mas... Ele queria a atenção dela e não desistiria. Sorriu enquanto jogava o ar de seu hálito nela e se aproximou com a cadeira, o que fez a menina olhar rapidamente para ele. Quando ela o encarou, parecia que tudo havia perdido o sentido. Os olhos dela não se demoraram muito em seus olhos e logo baixaram para os lábios entreabertos, ansiosos para beijar os dela. Viu a menina morder, lentamente, o lábio inferior enquanto encarava os seus com desejo e vontade. Ele se aproximou um pouco mais dela e quando estavam a apenas alguns milímetros de se beijarem — os olhos dela estavam quase fechados — ele soltou o ar dentro da boca dela, despertando-a a tempo de vê-lo voltar ao seu lugar com um sorriso nos lábios. Ela o encarou confusa e extremamente paralisada e não usou voltar seu olhar a ela. Queria deixá-la imaginar o que teria acontecido se ele tivesse a beijado.
Abriu seu caderno, conferindo a reação da garota de vez em quando, mas não se demorou a rabiscar qualquer coisa para dar a impressão a ela de que ele não estava se importando. Ela permanecia parada, encarando o nada e ele podia ver o quanto ela estava inquieta. Quis muito sorrir e explicitar o quanto aquilo era realmente engraçado, mas não usou olhá-la nem um segundo que fosse. Ouvia a voz de Maggi como se aquilo fosse mais do que necessário e preciso ou importasse de verdade e passou a ignorar a menina que ainda continuava quieta em seu canto, provavelmente sendo infestada pelos pensamentos confusos. Ele a viu dar um suspiro e voltar a fazer as coisas pendentes e então pôde sorrir completamente satisfeito.
Parte um de seu plano: Deixar completamente absorta em hipóteses, desejos e vontades. Concluído.


Depois da aula de Matemática, onde ele fazia questão de esbarrar seu corpo forte na menina o tempo inteiro, onde ele se aproximava dela sem permissão e a olhava profundamente enquanto via imagens obscenas da menina em sua mente, ele percebera que estava beirando a loucura. Perdeu a conta de quantas vezes se aproximou da garota, instigando-a a pensar que ele iria beijá-la e se afastou. Por algumas vezes, erguia a manga de sua camisa deixando visível seu braço forte e via o olhar cobiçoso da menina sobre seus músculos e sorriu por dentro. Adorava provocar o sexo oposto e ainda mais quando esse “sexo” era . Viu que ela estava ficando irritada e deu graças a Deus quando a sineta tocou anunciando o fim da aula. Ela saiu sem falar nada para ele e se sentou, emburrada, em seu lugar. Mordia o lábio inferior com força enquanto cruzava os braços abaixo dos seios, estufando-os para frente. via aquilo como uma cena muito, mas muito divertida, mas ele sabia que no final tudo seria ainda melhor. Ela correria atrás dele, sim. Mas ele ainda tinha que fazer alguma coisa em relação a isso e ele já sabia muito bem o que precisava ser feito.
Na sala de aula, ele era quieto e não costumava levantar nenhuma vez, a não ser para ir para o intervalo das aulas ou para ir embora, mas naquele dia era diferente. Na terceira aula, ele se levantara tanto no intuito de chamar a atenção de e ficou muito feliz ao ver que surtiu resultado. As terceiras aulas de segunda-feira eram as de Biologia, com o sr. Clainwton, e ele aproveitou para deixar ainda mais fora de si. Em todo o momento, no meio de alguma discussão entre os alunos sobre o Reino Protista e os protozoários existentes, ele se levantava e, constantemente, perguntava coisas ao professor, mesmo que soubesse o que significavam. Ao se levantar da cadeira, segurando com força o caderno sob seus dedos longos, ele erguia a manga da camisa social, abria alguns botões em seu peitoral e saía andando firmemente na direção da mesa do professor, porém ele sentia os olhares pesarem sobre ele. Sabia que muitos dos alunos idiotas da classe estavam encarando-o, mas o que realmente importava era se ela estaria o olhando. E ao voltar para a sua mesa, ele via como a menina se esquecia de tudo ao redor e firmava o azul forte de seus olhos sobre ele. Ele erguia o queixo quadrado e a olhava firmemente, sorrindo quase que imperceptível, mas ele sabia que a menina percebia suas intenções por trás daquele olhar. Ela erguia a sobrancelha em desafio, mas ele não se intimidava. Ele apenas andava em direção a sua carteira e, quando se sentava, a encarava com os lábios comprimidos num sorriso sexy. Ela virava rapidamente o rosto para o oposto de onde ele estava, mas depois de cinco segundos o encarava de novo. Não podia deixar de dar uma piscadela para ela, apenas para tentá-la ainda mais.
A aula de Biologia passou oscilando entre o rápido e devagar, mas independente do tempo, estava provocando a menina e vendo o quanto ela estava se envolvendo naquilo, o quanto era fácil deixá-la maluca. E ele estava adorando isso. Quando faltava pouco para a sineta do intervalo bater, ele sentiu o coração pular. Era naquele tempo de intervalo que ele pretendia acabar com toda aquela tortura. Ele tinha duas opções: deixar que a menina viesse de livre e espontânea vontade até ele — que era o que ele queria — ou simplesmente agarrá-la na hora da saída e mostrar a ela o que era bom de verdade. E quando a sineta tocou, ele não desperdiçou tempo algum. Viu a menina levantar-se, com seu grupo que tagarelava sem parar, e ficou a uma distância segura atrás dela, mas que se ela olhasse para trás, poderia vê-lo caminhando, observando-a com os olhos pesados e vigilantes. O corredor da sala estava apinhado de gente, mas ele apenas enxergava no meio de toda aquela multidão. Não enxergava mais ninguém. Apenas a menina. Caminhava atrás dela até que ambos entraram no refeitório. Ao contrário de todos, ele ficou do lado de fora da porta, somente encarando-a com pesar pelas costas dela. Viu a menina sentar-se à mesa em que geralmente lanchava e automaticamente ela olhou para a porta e passava os olhos ansiosos por lá. Ele saiu detrás da parede e entrou no campo de visão de que, quando o viu, parou de procurá-lo imediatamente. sorriu malicioso, os de seus olhos estreitando-se sob as pálpebras e analisando por completo. A menina torceu as pernas uma contra as outras e mordeu o lábio inferior. As bochechas dela estavam coradas, mas ela não fazia nenhum impulso de esconder o quanto ela estava intimidada e o quanto gostava daquilo. Apenas o olhava com toda a fibra de seu corpo e soube: aquela era a hora.
Olhou sugestivamente para a menina e virou seu corpo lentamente para a saída do refeitório e tomou o rumo da sala de aula. Seu coração batia desesperado em seu peito e ele torcia com todas as forças para que a menina estivesse largando tudo no refeitório e fosse atrás dele de qualquer forma. Alguns alunos ainda desciam para o refeitório, mas ele tomava o caminho contrário, seguindo na direção dos lances de escada e subindo-os lentamente enquanto sentia a ansiedade corroer suas veias. Será que ela viria? Será que ela esqueceria o merda do namorado e se entregaria a ele aquela hora? Será mesmo? Ele entrou na sala de aula e, deixando a porta aberta, foi em direção à mesa dos professores, sentando-se ali em seguida. Suas pernas balançavam ansiosas e ele esfregava as mãos uma nas outras enquanto olhava de dois em dois segundos para a porta.
Talvez ela não venha. Talvez ela realmente goste daquele idiota e o dispensasse por completo e da próxima vez que eles fizessem dupla, ela o repeliria dizendo para não se aproximar dela com segundas intenções. Era isso que ela falaria. Poderia ser totalmente tolice da parte dele deixar a menina escolher entre aceitar ou não ficar com ele, mas ele não queria ser o culpado por um arrependimento futuro. Ele queria que provasse o interesse nele e depois de todos aqueles dias, ele sabia que ela queria. Por isso deixou que a menina escolhesse segui-lo ou não aquela hora. Ele estava bem consigo mesmo, mas se ela não aparecesse ali naquele momento, ele iria procurá-la e encurralá-la. Não passaria mais nem um dia sem sentir o gosto dela em sua língua, isso ele não abriria mão. Mesmo que ela pestanejasse, ele deixaria o seu egoísmo falar mais alto, ainda mais quando ele sabia que quando a menina o conhecesse de verdade, quando ela conhecesse o gosto de seu beijo, o gosto de sua habilidade sexual, o gosto de sua foda, ela não iria resistir. Iria se entregar a ele.
E imerso em pensamentos conturbados e conflituosos sobre se iria encontrá-lo ali ou não, ele não escutou quando os passos leves, porém firmes da menina entraram na classe enquanto os olhos azuis o encaravam com desejo. Ele apenas percebeu a presença da menina quando escutou o clique da porta sendo trancada e a imagem dela à frente.
era uma menina mais do que atraente e gostosa. Mas aquela hora ela estava quatro vezes mais atraente e gostosa. Os cabelos estavam jogados para um lado, o que deixava seu rosto redondo em evidência total, os olhos azuis levemente pintados estavam olhando-o com muito desejo e excitação, o nariz arrebitado conseguia quebrar um pouco da malícia em seu rosto deixando-a ainda mais interessante e os lábios... Os lábios em forma de coração estavam contraídos e espremidos pelos dentes que os mordia com força. Não resistindo somente olhar para seu rosto pingando desejo, ele desceu os olhos para a camisa social da menina, conseguindo lembrar-se da textura de seus peitos grandes e quis gemer ao lembrar-se dos mamilos rosados que vira na noite em que se masturbou pensando nele. Lembrou-se de como ela apertava aqueles pedaços de carne com vontade e como ele chuparia gostoso aqueles mamilos tentadores que ela carregava em sua parte frontal. Passou os olhos pela barriga dela se lembrando do quanto a garota era bem cuidada e o quanto as curvas dela eram bem distribuídas e imensamente chamativas quando ela ficava nua. E ao fitar a saia vermelha do uniforme e lembrar-se da bocetinha rosada que ela cobria, ele não aguentou. Colocou-se de pé num salto e caminhou na direção da menina, tomando a cintura dela com força para ele. O baque do corpo pequeno dela com o seu, forte e repleto de músculos, foi agressivo e a maneira como ele apertava a cintura dela contra a dele era mais do que excitante. O olhar azul dela estava firme no seu e ele semicerrava seus olhos ao analisar cada traço de seu rosto. Ele arrastou uma das mãos que estava segura na cintura dela e esfregou-a sobre um dos braços da menina até chegar em seu rosto. Ele tocou, com o indicador e o polegar, o queixo da menina levantando-o lentamente conseguindo sentir o hálito doce de morango bater em seu rosto e ele prender a respiração por um segundo buscando controle. Passou o polegar sobre os lábios macios da menina, sentindo o quanto ele iria amar beijá-los, o quanto ele esperava por aquele momento, desde o dia em que ele a viu pela primeira vez. Ela fechava os olhos sob o toque dele e os abria lentamente enquanto seus olhos batiam em , que continuava a acariciar seus lábios com movimentos calmos e apreciativos.
Não aguentando mais ficar nessas de somente apreciar, segurou a cintura da menina com força e a levou na direção da mesa dos professores rapidamente, conseguindo ver a surpresa da menina em sua face quando ele a sentou fortemente sobre a mesa. Se colocou entre as pernas dela e pôde sentir circulá-lo com pelo quadril com as pernas cruzadas. Mordeu o lábio inferior com força sentindo o perfume viciante da menina tomar conta de tudo ao redor, sentindo seu pau começar a fisgar dentro de sua calça e levou uma de suas mãos à nuca da menina, puxando os fios de cabelo dela para baixo, o que fazia com que o rosto dela ficasse ainda mais visível e próximo para ele a beijar. Ela fechou os olhos, soltando um gemido e ele grunhiu.
— Você estava esperando por isso? — ele sussurrou contra os lábios dela e ele sentia sua saliva quase escorrer de tanta vontade que ele tinha de beijá-la. Mas ele iria provocá-la antes, ah se ia. — Estava? — ele rosnou e puxou o cabelo da menina mais para baixo, fazendo-a gemer novamente.
... — ela sussurrou e abriu os olhos, olhando diretamente para os lábios crispados do menino. — Por favor...
— Estava ou não estava? — ele falou mais alto e, como consequência, apertou a cintura dela fortemente, fazendo a menina contorcer seu corpo na mesa.
— Desde o dia da festa. — ela soprou contra os lábios dele e ele fechou os olhos sentindo o poder das palavras proferidas por ela. — Desde o dia que eu te vi. — ela dizia, com os olhos fortemente fechados enquanto contorcia seu corpo sobre o corpo pesado do garoto. — Eu quis te beijar... Eu quis te ter... Ah... — ela mordeu o lábio inferior torturantemente e grunhiu forte.
Foi em direção ao pescoço da menina e passou a língua ali sentindo a pele macia dela em contato com seu paladar. O perfume de morango misturado ao do perfume champanhe dela fez um fogo ardente se acender dentro de seu peito e tudo o que ele fez foi abrir sua boca e morder a pele sensível do pescoço da menina, que respirou fundo, contendo um gemido, e empurrou o quadril dele na direção do seu com as pernas cruzadas. Ele sentia seu pau começar a ficar totalmente rígido e pôde sentir o choque assim que encostou seu sexo duro contra o fundo das pernas dela, sentindo a vagina da menina. Ele sugou o máximo de pele que podia e, como se mastigasse aquele pedaço de carne, chupou o pescoço dela com força, sem se importar se ficaria marca ou algo do tipo. Apenas sugava, chupava e lambia alternando velocidades entre o rápido e o devagar, o muito devagar e o acelerado demais. A menina tinha a cabeça curvada para trás e as mãos dela puxavam os cabelos rebeldes do menino instigando-o a continuar com as chupadas fortes em seu pescoço. A mão que estava na cintura de procurava a barra de sua blusa e, assim que encontrou, adentrou-a e acariciou a cintura da menina sentindo a pele arder sob os dedos longos. Deixou de segurar forte os cabelos da nuca dela e passou a acariciar suas costas abaixando vagarosamente até chegar à bunda de e quando apertou com força os glúteos alcançáveis, a garota suspirou forte segurando um gemido.
— Por favor... — ela falava enquanto ainda chupava seu pescoço com possessão e apertava as coxas quase desnudas da menina. — Me... me beija... — ela falou baixo demais, mas não impediu de ouvir o pedido. Ele abandonou o pescoço da menina, os lábios provavelmente muito roxos, e a encarou com fervor. Ela tinha o olhar pingando tesão e ele sorriu safado.
— O que você quer? Eu realmente não entendi o seu pedido. — ele falou provocativo e, pela primeira vez, a viu em beira de um ataque de nervos.
— Eu quero que você me beije, porra! — ela falou alto e ele agarrou os cabelos dela com força novamente. Ela arranhou a nuca dele dolorosa e prazerosamente e ele mordeu o lábio inferior. — Me beija agora!
Parte dois de seu plano: Fazer segui-lo e implorar por um beijo seu. Concluído.
Se aproximou no rosto dela, e assim que chegou aos lábios, estirou sua língua para fora e acariciou os lábios em forma de coração da menina, vendo ela fechar os olhos e jogar a cabeça mais para trás. Ele molhou os lábios dela com a saliva de sua língua e logo ele sentiu a língua da menina moldar-se à dele fora de suas bocas. Ele pincelou a língua dela rapidamente, mas substituiu-a por seus lábios, que prenderam o lábio inferior da menina numa sugada forte e audível. Ele mordeu o lábio inferior dela sentindo-o escorregar por seus dentes e, não resistindo mais, a beijou com toda a força de vontade que havia em sua alma. E quando seus lábios se postaram sobre os dela pela primeira vez em todo aquele tempo, um filme passou em sua mente numa velocidade impressionante, mas ele distinguia tudo. O dia da festa, quando ele a viu usando o vestido lilás, a inocência espalhada por todos os cantos, a fixação inexplicável que ele sentiu quando a viu, o quanto a lembrança dela o acalmava em meio ao caos de sua vida pessoal, a perseguição fora do conhecimento da menina, a invasão de domicílio, a transa dela com o namorado, a dupla formada pela professora de Matemática, sua semana ao lado dela, o filme pornô, a masturbação, o desejo e toda aquela confusão de sentimentos que os cercavam. Ele trouxe a cabeça dela mais para frente e então enfiou sua língua sem delongas dentro da boca de , fazendo movimentos extremamente viciantes e rápidos na junção dos lábios. A língua dela se movia perfeitamente contra a sua e ele sentia as unhas dela o arranhando nas costas, fazendo com que espasmos de prazer surgissem pelo seu corpo e se concentrassem justamente onde a menina pressionava com o fundo de sua calcinha: seu pau, agora, totalmente duro e firme dentro das calças, implorando por qualquer mínimo de atenção que fosse. O gosto da menina invadia sua boca e ele aproveitava ao máximo aquele momento como se fosse o último de sua vida. Nunca havia sentido tanto prazer ao beijar uma garota e nunca havia provado gosto tão excitante como aquele. Todas as garotas tinham gostos diferentes, mas o de era uma mistura exótica de morango e menta, fazendo com que ele apenas engolisse seus lábios ainda mais. Chupava a língua dela com força puxando-a para dentro de sua boca e, por algumas vezes, desgrudava os lábios dos dele, mas ele continuava chupando a língua da menina.
O corpo dela estava quase que deitado sobre a mesa, mas com um impulso completamente inesperado da parte dela, se viu sentado na mesa enquanto a estava sobre o colo dele, colocando uma perna de cada lado de seu corpo. Ela voltou a beijá-lo com força sem se importar em ser agressiva e começou a movimentar o quadril sobre o dele e ele achou que fosse gozar ali mesmo. A fricção que ela fazia sobre seu pau com sua vagina quente — ele sentia mesmo sobre os tecidos das roupas — era enlouquecedora e ele só conseguia imaginar a imagem da vagina da menina recebendo seu pau grande, grosso e duro. Podia até sentir o quanto a menina deveria ser apertadinha e o quanto ela comprimiria seu pênis enorme em seu corpo com todo o aperto íntimo. Ele puxava os cabelos dela, apertava com força a sua cintura puxando-a para baixo a fim de sentir mais o contato de seus sexos quentes, passava a mão por baixo da saia dela, sentindo suas coxas desnudas encherem suas mãos, chupava e engolia os lábios dela com vontade e todo aquele beijo não era o suficiente para sanar a vontade de ambos.
Eles precisam foder.
Precisavam transar, caralho! Ele precisava comer ela de uma vez naquela porra de sala! Ele não estava aguentando apenas beijá-la quando ela se movia tão enlouquecedoramente sobre seu colo, instigando seu lado selvagem dar as caras.
E antes que ele pudesse rasgar a blusa do uniforme dela, a maldita sineta tocou anunciando o fim do intervalo. Eles se separaram ofegantes e quis gritar muito alto. As respirações estavam aceleradas, os lábios completamente roxos, as línguas pareciam ainda sentir os movimentos frenéticos realizados naquele beijo forte e todo o tremor no corpo de ambos estava mais do que evidente. , mesmo sem querer, desceu do colo do menino, abaixando sua saia e respirando forte, fazendo com que seus seios saltassem pela forma como ela respirava acelerado. passou as mãos pelo cabelo desgrenhado e pelo rosto levemente suado, sentindo o nível da pegada com , mas não ousou se levantar da mesa dos professores, ainda mais quando ele estava de pau duro, louco pra gozar. mordeu o lábio inferior, com um sorriso pequeno e encarou . O azul dos olhos dela estava satisfeito, mas ao mesmo tempo dava lugar para uma confusão bem pequenininha. Ele a encarou com a força no olhar e viu os lábios dela vermelhos pelo beijo que eles haviam dado. Ela virou os calcanhares na direção da porta, mas antes que ela se afastasse, ele ligou o “foda-se” para sua ereção e puxou a garota com força em sua direção, fazendo a menina bater de frente com o monte de seus músculos e mordeu o lábio inferior dela com um pouco de demora, soltando aos poucos por seus dentes.
— Isso ainda não acabou. — ele decretou e ela sorriu passando a língua pelos lábios dele.
— Acredito que não. — disse apenas e roubou um selinho rápido do menino enquanto ia até a porta e destrancava a mesma.
Não demorou muito tempo até a sala encher novamente e as aulas começarem.
No meio de todas as aulas restantes, os olhares entre ambos era mais do que constantes e ele sentia vontade de beijá-la de novo. Porra, como aquela garota beijava bem! Porra, como ele queria beijar e fodê-la com força! Porra, porra, porra! Ele não via a hora do sinal bater e agarrá-la de novo, sentir o beijo dela de novo e de novo e de novo. Até que demorou que a sineta da saída batesse, mas quando bateu, ele viu que a menina dispensara o grupo, que saiu na frente, e ficou na classe enquanto a sala inteira e o professor saíam porta afora.
Assim que estavam sozinhos, ambos olharam um para o outro com o olhar safado completamente cientes do que aconteceria dali em diante.
Iriam se beijar naquele momento. Iriam se pegar forte como fizeram no intervalo.
E não seria só daquela vez, não mesmo.
Se dependesse de , ele iria beijá-la todas as horas, minutos e segundos de cada dia que passasse. Se ele já era viciado em apenas pelo fato de ela ser extremamente intrigante, inocente e linda, se viciara ainda mais quando sentiu o quanto o beijo dela podia ser melhor do que simplesmente imaginar.
Parte três de seu plano: Beijar e fazê-la implorar por mais. Mais do que concluído.



XIV. Complications in the midst of desire.


Assim que os alunos saíram para suas casas e a sala ficou totalmente vazia, ela voltou seus olhos para . O garoto a encarou de volta com o olhar queimando e ela mordeu o lábio inferior apenas esperando que ele a pegasse daquele jeito extremamente delicioso que ele a pegara poucas horas atrás. Nunca em sua vida ganhara um beijo tão intenso quanto o que ela havia ganhado de . Ali ela pôde perceber o quanto ele era diferente de todos os garotos com que ficara e, com certeza, era muito melhor quando se tratava do assunto sexo, ou foda, como ela sabia que mencionava. tinha a pegada certa. A pegada que ela nunca havia provado de outros garotos, mas que com certeza era a melhor de todas e sua preferida. Beijar deveria estar pesando em sua mente, mas ao pensar em , ela não sentia mais nada. Tudo o que ela queria era sentir o beijo do garoto novamente, sentir o quanto ele era gostoso e o quanto ela queria se entregar totalmente para ele, o quanto ela queria senti-lo totalmente dentro dela. Ela sentiu o quanto ele estava excitado, o quanto o pau dele grande e grosso tocava o fundo de sua calcinha úmida pela excitação que ela sentia no momento em que ele a beijava. Ela nunca imaginou que, ao chegar à escola aquele dia, iria beijar assim como estava querendo desde a semana passada.
Ela se sentiu tão envergonhada por ter se masturbado pensando em que ela achava que não conseguiria encará-lo nos olhos na segunda-feira. Passou o final de semana inteiro com a lembrança do corpo forte do menino na mente, agradecendo a Deus por não ter ido se encontrar com . Ela não queria ver de forma alguma naqueles dias. Ela queria ficar sozinha com seus pensamentos e mesmo que se sentisse mal por estar desejando da maneira mais carnal e traíra possível, ela não queria deixar de pensar nele de jeito nenhum. Quando chegou segunda-feira, ela sentia como se todos os segredos dela estivessem estampados em sua testa. O quanto ela estava atraída por , o quanto ela queria ser beijada por ele, o quanto ela queria foder com ele, o quanto ela queria terminar tudo com por causa dele... Ela queria tanta coisa, mas o que mais o incomodava era o fato de que ela havia se masturbado enquanto pensava nele. Ela temia que alguém descobrisse que ela andou se tocando enquanto estava pensando no garoto problemático e perturbado da escola. Não que se importasse com o que as pessoas pensavam, mas... Ela tinha namorado, oras! Ela não queria ser tachada de vadia e/ou puta por aí. E o que mais a deixava com medo era pensar na possibilidade de descobrir alguma coisa do que ela andara fazendo enquanto pensava nele. Ela não conseguiria se segurar quando o visse novamente, mas tinha que tentar com todas as forças.
Vê-lo entrando pela sala de aula e a olhando com o mesmo olhar invasivo de sempre a deixou completamente absorta. O modo como ele a olhava parecia que era possível o garoto sondar seus pensamentos mais obscuros, mais íntimos e, no meio dessa avaliação minuciosa, conseguir vislumbrar a imagem dela se masturbando enquanto pensava nele da forma mais erótica possível. Os profundos e olhos dele a analisavam totalmente e, em alguma parte de seu subconsciente, ela se sentia culpada por ter se entregado ao desejo de sua carne enquanto colocava à prova toda sua fidelidade a , mas ao mesmo tempo ela se sentia completa e satisfeita por ter uma vaga noção, no fundo de sua imaginação, do quanto poderia ser incrivelmente excitante e gostoso. Intimidada pelo olhar dele, ela o observou sentar calmamente em sua carteira da última fileira, mas como um imã ele a encarava sempre que podia. Ela tentava ao máximo fugir do olhar dele, o peso de seu desejo consumindo cada célula de seu corpo. Ela não estava aguentando mais se privar de . Eram semanas reprimindo a vontade de ficar com ele, semanas olhando-o de longe e desejando cada vez mais a aproximação dele com a sua, os dias que passaram juntos eram a prova de que ele também a queria e a provocava apenas para conseguir aquilo que ela estava tentando a todo custo fugir. Ela não podia mais lutar contra si mesma. Estava à beira de jogar tudo para o alto e a lembrança de não era forte o bastante para impedi-la, muito menos o seu respeito por ele. Respeito era o mínimo que reverberava por sua mente já tomada pela imagem do garoto sombrio de olhos .
Como se tudo pudesse piorar ainda mais cedo do que ela imaginava, teve de se juntar rapidamente com na aula de Matemática e não conseguiu esconder o quanto estava nervosa ao ficar perto dele. Ele a encarando sem disfarçar, a provocando com perguntas, com toques, gestos e tentativas de sedução que a estavam deixando à beira da loucura. O que mais a deixou intrigada foi ele questionar sobre . Ela não queria falar sobre Dan naquele momento e agradeceu mentalmente quando Maggi começara a falar e o assunto deles foi direcionado ao estudo. Não que ela conseguisse se concentrar. estava tirando-a dos eixos e ela quis se bater muito ao ter lido o enunciado errado, a ponto do menino sorrir divertido e começar com as provocações fazendo com que ela tivesse que se segurar para não ligar um “foda-se” bem grande e agarrá-lo em meio à sala infestada de alunos. A aula de Matemática passou torturante e o aroma do perfume de não era muito bom para a sua sanidade. Ela tentava ao máximo se concentrar em qualquer outra coisa, mas assim que se distraía, ela sentia o menino esbarrar nela — sem querer ou não — e tirá-la dos eixos novamente. Na aula de Biologia não foi diferente e vê-lo andando para lá e para cá na sala de aula sob os olhares dos outros alunos a deixou inquieta. estava usando a camisa que ela havia lhe dado e que ficava extremamente sexy em seu corpo forte. Ela via que, independente do menino ser perturbado ou despertar receio nas pessoas, as garotas da sala o olhava com exímio interesse e até chegavam a comentar umas com as outras alguma coisa sobre o menino. Ela não conseguiu escutar o que o restante da sala falava, mas era capaz de escutar o que Britney Heigns e as garotas ao seu lado comentavam.
é um garoto bem estranho, mas não podemos deixar de reparar como ele é bonito... — Bell Thangs, uma das garotas da torcida, falava enquanto analisava falar com o professor.
— Eu nunca disse que ele não era. Sempre achei um gostoso. — Britney falou enquanto mexia em seu estojo de veludo. — Se ele não fosse tão surtado, eu faria de tudo para conseguir ficar com ele.
— Eu iria ficar com ele e pedir muito mais além de um beijo. — Stacia Müller, outra garota, falou e elas sorriam maliciosas.
— E você, ? — as meninas se viraram para ela e, embora tentasse esconder, estava sentindo um resquício de ciúme no fundo de sua alma. — O que acha do Gostoso-Surtado ? Você é dupla dele. Tem muita coisa para contar.
— Desiste, Bell. — disse Britney. — Já tentei arrancar tudo sobre , mas ela se recusa a dizer alguma coisa que preste.
— Está querendo o bofe só pra você, amiga? — Stacia perguntou maliciosa e rolou os olhos discretamente.
Ela suspirou pesado, soltando o ar lentamente enquanto encarava as amigas com os olhos azuis em fendas, mas vendo que não podia dar muita bandeira, sorriu pequeno.
— Ele é normal. Nada de interessante. É claro que era interessante — e muito — mas... Suas amigas não precisavam saber disso, não é mesmo?
— Ai, ! Você está fazendo atividades com ele, ele nunca surtou?
— Lógico que já surtou! — uma das meninas gritou por cima da outra. — Mas o mais importante é saber se você já pegou.
— Mas tem namorado, esqueceu? — Britney falou e logo as meninas começaram a falar uma por cima das outras, em uma confusão sem fim e se dispersou completamente dos assuntos aleatórios e voltou a fitar .
Ele andava até sua carteira enquanto a encarava e ela firmou o olhar, observando-o caminhar e sentar-se à mesa. A aula de Biologia foi tão torturante, pois não tirava os olhos dela. estava à beira de uma redenção completa de todo seu autocontrole. As meninas da torcida ainda tentavam descobrir coisas sobre e ela não estava gostando nada, nada disso. Ela queria que elas parassem com as perguntas sobre o menino e sobre especulações da pegada de , do quanto a agressividade dele poderia render excelentes momentos entre quatro paredes com o garoto. Agradeceu internamente quando o sinal do intervalo bateu e logo seus olhos se postaram no garoto, vendo-o ficar de pé, mas não tirar o olhar de cima dela. Ela mordeu o lábio inferior e caminhou com o grupo para fora da classe, não ousando olhar para trás e procura-lo. Caminhou até o refeitório entre assuntos aleatórios com as garotas e os grandalhões do time e sentou-se em seu lugar de sempre, aguardando que Kaius McMillan fosse buscar alguma coisa para ela.
Kaius sempre se prontificava a buscar alguma coisa para comer e ela não entendia isso muito bem. Não entendia qual o conceito da boa vontade do garoto, embora soubesse que ele gostava muito dela, como um amigo. Talvez fosse somente para agradá-la, ela pensava. Em meio à espera, ela olhou para a porta do refeitório e o viu, parado ali, a encarando com os olhos estreitos. Ele a olhava tão profundamente que ela não podia entender outra coisa senão a mensagem que ele passava: ele estava chamando-a para algum lugar. Aquele olhar de quem diz “estou à sua espera” era constante e firme, o que fez com que a menina não tivesse outra alternativa a não ser ficar completamente tentada a segui-lo. E então veio em sua mente toda aqueles dias que passou com , sua primeira vez vendo um filme para maiores ao lado de um garoto, os quase-beijos que eles iriam dar, o tronco nu do menino ensopado e adoçado de suco de uva, sua imaginação fértil levando-a a pensar em como seria quando as mãos dele estivesse em contato com seu corpo e o quanto ele era desejado por garotas lindas como as meninas da torcida.
O que ela estava esperando? Ele estava ali dando um sinal para ela e ela queria ir até ele.
Que se foda , que se foda namoro, que se foda fidelidade. Ela queria beijar por inteiro, sentir o quanto ele podia ser experiente com toda aquela masculinidade que ele exalava, mesmo em meio ao caos que ele demonstrava às pessoas como seus surtos de violência. E quando ele a olhou pela última vez antes de se virar para sair do refeitório, ela tomou a decisão mais importante daqueles dias: iria atrás de e não hesitaria em beijá-lo, em ficar com ele. Ele estava a querendo e o que ela sentia também era recíproco. Não perderia tempo.
Saiu da mesa sem dar vazão a ninguém e mesmo escutando as perguntas constantes de seus amigos sobre onde ela estava indo, não se importou. Apenas saiu do refeitório com o pensamento direcionado em . Onde ele estaria a esperando? Onde ele iria? As perguntas rondavam sua mente, mas ela apenas caminhava em direção ao prédio onde residiam as salas. Antes de subir o lance de escadas, passou pelo corredor dos banheiros certificando-se de que não estava ali. Ora, ela achava inapropriado se atracar com um garoto em um banheiro — mesmo enquanto ela já tinha um namorado — mas não podia deixar de confirmar que ele não estaria ali esperando-a. Sem perder mais tempo, subiu os três lances de escada até sua sala, sentindo esperança de que o menino poderia estar ali, e não se surpreendeu ao vê-lo sentado em cima da mesa dos professores, distraído.
Antes de entrar na sala, conferiu os dois lados do corredor constatando que não havia ninguém ali e, respirando fundo, entrou na sala trancando a porta e chamando a atenção do garoto para si. O olhar que ele a lançou fora tão intimidador, tão... Animal... Que ela não pôde se segurar muito mais que o estritamente necessário para seus limites. Com alguns toques precisos em seu corpo, ela fora capaz de implorar por um beijo dele. Nunca sentiu tanta vontade de beijar um garoto como queria beijar . E, com os olhos fechados, ela sentiu sua cintura ser abraçada por uma mão forte e rodeada por braços másculos e um perfume másculo, viril tomar conta se seu olfato. Ela sorriu.
— Finalmente, sós. — ele sussurrou em seu ouvido e ela colocou sua mão em sua cintura por cima da dele, apertando-a.
Eles estavam parados no corredor no meio da sala. Ela queria virar seu rosto para beijá-lo novamente, pois estava ansiando aquilo com toda a sua alma, mas antes que pudesse tomar o ímpeto da ação, viu o garoto desvencilhar-se de seu corpo e caminhar até a porta. Um vazio forte tomou conta dela e ao vê-lo se aproximar da porta, sentiu um leve desespero. Ele não se atreveria ir embora naquele momento, não é mesmo? Suas esperanças foram novamente acendidas quando ele girou a trinca da porta, trancando-os ali dentro. Viu o garoto caminhar em sua direção, o olhar dele queimando sobre seu corpo, suas bochechas esquentando um pouco, mas ela não se enfraqueceu diante da situação. Ergueu o queixo e ficou ainda mais instigada quando ele chegou a sua frente, tomando seu queixo entre seus dedos. Os olhos passavam rapidamente por seu rosto e o lábio inferior dele foi prendido por seus dentes brancos e brilhantes. Ah, como ela amou beijar esses lábios.
— Eu estou me segurando muito para não acabar com toda essa porra de tortura e arrancar sua roupa aqui mesmo. — ele falou sério enquanto a menina sentiu uma espécie de fogo subir por sua espinha. Os garotos com quem ela se relacionava não eram tão diretos ou instigavam sua vontade de dizer obscenidades prazerosas.
Ela sorriu pequeno e, com um ímpeto de coragem e astúcia, colou seu corpo ao monte de músculos dele, levantando-se na ponta dos pés e sussurrando o mais próximo de seu ouvido:
— E eu não me importaria nem um pouco se você as arrancasse. — ela falou e ele grunhiu, puxando sua cintura com força contra o corpo dele.
Ela sentia a ereção firme, grande e dura dele bater em sua barriga e seu ventre se contrair numa vontade louca de tocá-lo por inteiro. Não acreditava que estava cedendo à daquela forma, disposta a falar obscenidades que nunca falara com ou com o outro garoto com quem tivera relação sexual. Com tudo parecia fluir totalmente e até mesmo um beijo, ela percebera, era estritamente necessário e prazeroso quando ela se soltava e deixava ser levada pelo garoto. Ele apertava sua cintura com possessão e ela se sentia completamente entregue quando ele a agarrava daquele jeito. O perfume dele tomava conta de tudo ao redor e o que mais a deixava louca era o modo como ele a encarava, o modo como ele olhava para seus lábios, a maneira como ele prendia seus cabelos da nuca enquanto passava a mão sem pudores por suas coxas, subindo sua saia...
Ela deveria parar, pois estava indo longe demais, mas... Como pará-lo se ela ainda nem o beijou novamente? O beijo dele era tão bom, tão intenso, tão excitante que ela não podia simplesmente pará-lo. Ela tinha que experimentar tudo de novo, e de novo e ainda mais uma vez. Parecia que não se cansaria de beijar os lábios macios e vorazes de , principalmente quando ele despertava a mulher que era guardada tão escondida dentro de si. Ela estava gostando de se soltar, estava gostando de provocar e estava gostando mais ainda de ver que o garoto estava completamente excitado por ela.
Viu os lábios dele se aproximarem dos dela e, quando faltavam apenas alguns milímetros de distância, ela puxou o lábio inferior dele com seus dentes, sem se importar se iria machucá-lo ou não. Ah, como ela queria sentir o gosto dele em sua boca. Sugou fortemente, enquanto deixava seus olhos azuis pousados nele, contemplando cada ação da face do garoto. Ele tinha os olhos fechados e a boca retorcida num sorriso safado enquanto ela passava a língua e os dentes no lábio inferior dele. As mãos dele apertavam fortemente a cintura dela e a respiração dele batia em cheio no rosto corado e pervertido da menina. soltou o lábio dele audivelmente e quando ele abriu os olhos, ela contemplou o fundo castanho de suas íris e viu ali dentro as chamas de fogo que se acendiam ficando cada vez mais altas. Ela não suportaria mais esperar. Entrelaçou seus braços ao redor do pescoço dele, empurrando-o mais ainda em sua direção, fazendo com que seus lábios se chocassem no mesmo segundo.
Inicialmente foi um selinho apertado e molhado, mas ao sentir as mãos dele adentrarem sua blusa e apertarem a pele de sua cintura com força e tesão, ela abriu a boca e não demorou tempo algum para enfiar a língua dentro da boca dele, chocando-se com a dele formando a dança que era nova para ela. A velocidade que suas línguas se entrelaçavam, esfregando-se, espremendo-se entre os lábios que se moviam rapidamente era alucinante. Parecia que o mundo inteiro perdia o sentido e restavam apenas eles, num espaço todo branco, se beijando rapidamente, as cabeças girando de acordo os movimentos realizados por suas línguas sedentas uma pela a outra. Ela não acreditava que estava ali se entregando aos beijos de depois de tanto tempo imaginando como seria beijá-lo. O beijo dele era melhor do que qualquer coisa que ela pudesse provar ou sequer pensar. Talvez, de todos garotos que ela já ficou, era em disparado o melhor. Ele sabia o que fazer com ela, como abalar sua sanidade sempre intacta, como despertar desejos que ela nunca sentira, mas sempre teve vontade de conhecer... Ela estava com vontade de transar com ele e pouco se importava se eles estavam dentro daquela sala de aula da escola que seu pai administrava. Ela queria sentir o volume dele dentro dela, a comendo com força como nunca antes um garoto ousou comê-la.
Mesmo sentindo sua respiração ruir e seu pulmão reclamar dentro do peito, ela não parou de beijá-lo nem por um decreto. Continuou a mover seus lábios apressados por cima dos dele, que engoliam seus lábios e chupavam à medida que o beijo ficava ainda mais acelerado, em meio a toda aquela bolha de prazer. Ela ousou puxar a ponta da língua dele com os dentes e começar a chupar forte, ao mesmo tempo que acariciava a língua dele com a sua. Eles desgrudaram os lábios por alguns segundos e ela continuou chupando a língua dele, que estava fora da boca dele. Ela molhava o pedaço de carne com sua saliva e estava extremamente viciada no gosto que emanava da boca dele. Era mais do que ela poderia querer um dia.
As mãos dele subiam ansiosas por suas costas, por baixo da camisa, e ela soltou a língua dele com um gemido quando ele postou as duas mãos em seus seios, apertando-os com força. Ela jogou a cabeça para trás, os lábios roxos, fechando os olhos com força. Ele começou a apertar forte e lentamente seus peitos, que estavam grandes pela excitação que tomava conta de cada fibra de seu corpo. Ao abrir os olhos, ela viu com a cabeça se abaixando na direção de seu busto e, por cima da blusa, ele passou o nariz pela curvatura de seus seios, inspirando com força.
... — ela disse com a voz arrastada e ele mordeu o peito direito dela por cima da blusa. Suas pernas fraquejaram. — Ah...
— Shhh... — ele falou baixinho, jogando o ar de sua boca, quente, por cima do tecido da blusa dela. — Não fale nada, por favor.
— Você está me torturando. — ela gemeu sofrida e ele sorriu safado, tirando as mãos dos peitos dela e colocando-as no cós da saia vermelha. Ela o encarou com os olhos nervosos.
— Apenas estou devolvendo o troco. — ele falou enquanto encarava os lábios dela. — Você me torturou desde quando apareceu naquela maldita festa. Agora eu te pergunto: eu reclamei?
Ela arregalou os olhos, incrédula. “Como ele ousa falar comigo desse jeito? Esse garoto idiota!”, pensava com raiva. Se sentindo afrontada e desafiada, ela juntou todas as suas forças e, embora ele fosse bastante forte e grande, conseguiu empurrá-lo em direção a uma das carteiras que estavam na sala. O menino sentou com força e a fitou com os olhos surpresos, porém repletos em expectativa. Ela o viu arquear uma sobrancelha na sua direção em desafio e ela sentiu algo correr por suas veias, muito diferente do que sempre sentia quando estava com alguém. Ela sentia a necessidade de mostrar para ele do que ela era capaz, afinal, ele estava despertando um lado dentro dela que nem ela sabia que existia.
— Eu poderia continuar te torturando, sabia? Aí veríamos quem iria reclamar nessa merda. — falou com a voz firme e o garoto fitou-a mordendo o lábio inferior.
— Você gosta de ficar no controle, ? — ele perguntou e a menina prendeu um sorriso. — Fique sabendo que você vai encontrar um grande problema na frente, por que... Cá entre nós... — ele soprou no ouvido dela. — Eu costumo não dar espaço para garotas. Ela balançou a cabeça negativamente, discordando. Ela não sabia bem se ela gostava de ficar no controle, mas... Ficar por cima de parecia muito melhor do que deixa-lo por cima.
— Podemos ver como isso vai funcionar... — ela disse enquanto arrumava a gola amassada da camisa dele, que por sinal, era a que ela lhe deu. Ficou satisfeita ao vê-lo usando a camisa, mas... Era tão insignificante no momento. — Eu estou realmente tentada a rasgar a camisa que eu te dei... Mas eu não gostaria de ter que deixar você voltar para casa nu da cintura para cima. — ela disse forjando um ar pensativo e ao mesmo tempo travesso. No fundo de si, ela encontrava resquícios de timidez ao falar tanta besteira para , mas se sentia tão à vontade falando aquelas coisas para ele que tudo não passou de uma vergonha boba e idiota. Ele sorriu malicioso na direção dela, puxando-a para ficar entre as pernas musculosas dele. Com a puxada forte, ela apoiou as duas mãos nas coxas dele e, sem pensar muito, apertou-as sentindo como estavam rígidas e como o pau dele estava evidente por dentro da calça social do uniforme.
— Daremos um jeito com os botões. — ele soprou e a menina, pela primeira vez, tomou coragem para tocá-lo no peitoral forte.
Ela sentiu a dureza do peito dele e quis muito que a maldita camisa não estivesse cobrindo o tronco do garoto. Se ela abrisse aqueles botões, iria beijá-lo, lambê-lo, chupá-lo em toda a área de pele exposta, iria puxar com seus dentes os pelos que ele tinha na linha abaixo da cintura e, por fim, chegaria ao pau latejante dele e não mediria esforços na hora de relaxar a garganta e engoli-lo totalmente até o talo.
Porra, ela nunca sentiu uma vontade tão grande de chupar um garoto como ela queria chupar . Nem mesmo que era seu namorado há quase um ano. Praticara sexo oral em porque ele a pedira muito, mas com ela não esperaria que ele pedisse, apenas faria. E estava decidida a fazer isso no momento em que seus lábios percorressem todo o peitoral dele. Dando um beijo estalado seguido de uma mordida forte nos lábios do menino que passou a língua pela boca dela, foi desabotoando os botões da camisa dele e cada espaço de pele que aparecia, ela ficava ainda mais empolgada. Lançou um olhar safado para ele, que tinha os olhos em chamas, e encostou-se mais para o pescoço dele, sentindo o maldito perfume amadeirado tomar conta de suas narinas. Inspirou forte e quando a distância estava praticamente vencida, ela passou a língua da clavícula dele até o queixo, deixando um rastro de saliva brilhante predominar pela pele alva do garoto. Ele gemeu. O gemido dele apenas a instigava a continuar e ela decidiu que não pararia até que recebesse o gozo dele em seus lábios. Ela nunca havia engolido esperma de qualquer garoto que transara, mas com ela queria fazer tudo da forma como seu tesão mandava. E o tesão gritava bem alto dentro dela que ela tinha que engolir todo o líquido branco que o garoto expelisse para fora.
Continuou abrindo os botões e sua língua, junto com seus lábios, acompanhava cada espaço de pele que aparecia e o gosto do perfume misturado ao gosto de estavam inundando sua boca numa velocidade impressionante e tudo o que ela queria era nunca mais tirar a boca da pele de . O garoto jogava a cabeça para trás e alternava com olhares maliciosos para a garota e ela não tirava os olhos dele, o azul forte como um laser indo na direção dos . Não se demorando muito, ela atingiu exatamente onde estava querendo: os pelos abaixo do umbigo — a camisa foi totalmente desabotoada.
Passou a língua por cima dos pelos do menino e em seguida, puxou-os com seus dentes fazendo gemer alto e o pau duro e grande do garoto esbarrar em sua garganta. Um tipo de fogo do inferno acendeu em seu corpo e ela arrastou suas mãos pelas coxas dele, apertando enlouquecedoramente e foi se aproximando, vagarosamente, do ponto que ele mais necessitava contato. Sua saliva escorria pela pele dele e se perdia pelo cós da calça social preta e, por algumas vezes, ela ousava soprar no rastro úmido, causando calafrios no garoto. Levou suas mãos para o botão que fechava a calça e fitou o tronco dele, molhado por sua saliva e vermelho por seus beijos e mordidas e quando desatou o botão, uma batida na porta foi ouvida e todo o seu corpo pareceu querer morrer naquela hora.
Puta que pariu.
— Tem alguém aí dentro? Oi?? — a voz de uma mulher perguntava e girava a maçaneta com força. e se encararam nervosos e somente mais uma batida na porta fora necessário para que o garoto descesse da mesa, abotoasse sua blusa com rapidez e começasse a sentir algo estranho correr por suas veias. E então a imagem de apareceu contornada em neon em sua mente e ela começou a tremer levemente. A imagem do namorado sorrindo, os olhos verdes brilhantes, os dentes bem alinhados enquanto seus lábios murmuravam palavras românticas de amor direcionadas a ela. Os cabelos claros dele estavam sedosos e o amor que ele nutria por ela passava por cada traço de sua face.
Ali, parada na frente de , depois de ter chupado e lambido o peitoral dele, sem falar nos beijos loucos que haviam trocado e sua permissão para que ele pegasse em seus peitos e em suas coxas, ela sentiu uma confusão de sentimentos tomar conta de sua mente. Porra, mas não foi só isso! E as coisas que ela falou para ele? As insinuações sexuais, provocações e tudo mais? Porra! Porra! Porra! Porra! Estava mais do que ferrada! Traiu com . Ela cedeu ao seu maior pecado. .
O toque de em seus ombros despertou-a por um momento. Olhou para ele sentindo medo pela pessoa que estava do lado de fora tentando abrir a porta e sentindo seu coração começar a bater forte em seu peito. O garoto a fitava com os olhos semicerrados e mordeu o lábio inferior se aproximando dela.
— Vou me esconder embaixo da mesa. — ele apontou para a carteira onde ele sentava nas aulas. — Você diz que ficou estudando e que dormiu. Leve a mulher para longe e depois eu saio.
O que falava naquele momento parecia passar como um branco em sua mente. Depois de alguns segundos, quase um minuto assimilando o que ele havia dito, ela assentiu e se dirigiu à porta depois de desamassar sua saia e sua blusa, arrumando o cabelo aos poucos e pegando sua bolsa, colocando-a nos ombros. Assim que chegou à porta, fitou que se encolhera de qualquer jeito embaixo da carteira. No fundo, ela quis muito sorrir daquela cena. Um garoto enorme daquele se escondendo embaixo de uma mesa apenas para não ser pego fazendo malandragens depois da aula. Malandragens com ela. Suspirou alto e abriu a porta, encarando a imagem da inspetora.
? O que está fazendo aqui? Não me ouviu chamar? — a mulher disparou nas perguntas e olhou para sala, movimentando os olhos para todos os cantos. tampava a visão dela com seu corpo, pois, mesmo que estivesse escondido embaixo da mesa, ele era grande o suficiente para ser reconhecido ali.
— Eu... Eu acabei pegando no sono... Estava estudando e não vi a hora passar, me desculpe. — disse atrapalhada, mas a inspetora sorriu.
— O horário da saída foi há mais de quarenta minutos, querida. — então ela ficou quarenta minutos se atracando com naquela sala? — Vamos. Irei te levar ao estacionamento.
Ela assentiu e a inspetora colocou a mão em suas costas a guiando para as escadas. Antes que pudesse se afastar por completo, ela lançou um olhar à que tinha a sobrancelha arqueada e o olhar safado encarando-a profundamente. E, ali, ela sentiu a culpa tomá-la por completo, mas ao mesmo tempo sabia que se ela entrasse naquela sala de novo, ela se pegaria com da mesma forma.
E isso era que estava a matando.
Assim que estacionou o carro na garagem de sua casa, fechou os olhos com força apoiando a cabeça no volante. Ela não sabia ao certo que tipo de sentimento que ela sentia naquele momento, se era arrependimento, frustração, culpa ou até mesmo nada. De um lado, a imagem de seu namorado aparecia constantemente e ela sentia seu coração se contorcer, mas do outro lado ela ainda era capaz de sentir os beijos de por seus lábios e seu pescoço, as mãos fortes passando por seu corpo e todo aquele tesão que ela nunca havia sentido na vida, mas que com ela conseguira sentir tão nitidamente. Ao tocar seus lábios com as pontas das unhas, ela podia sentir como estavam macios e cheios. Parecia que havia a beijado há menos de cinco segundos atrás. Ela podia sentir com clareza o gosto do beijo dele em sua língua e, se fechasse os olhos, podia imaginar a língua dele percorrendo todos os cantos de sua boca, atingindo pontos que a excitavam no sul de seu corpo. E se sua imaginação e lembrança fossem ainda maiores, ela até conseguiria sentir o monte de músculos charmoso dele a rodeando por completo, enquanto as mãos grandes adentravam sua saia e massageavam suas coxas...
Mas ela não podia se envolver desse jeito!
Ela não podia ficar dependente dos beijos de sendo que ela tinha um namorado, merda! E no meio disso ela concluiu que ela queria . A confusão de sentimentos que a assolava, enquanto ela imaginava as mãos do garoto por todo o seu corpo, inclusive pela sua excitação aguçada, transformou-se no óbvio: ela não queria . Ela queria .
Demorou tanto tempo para assumir o que estava em frente aos seus olhos, mas agora que provou de o prazer mais desconhecido e excitante possível, ela não podia mais fugir da realidade. Estava completamente atraída, presa e necessitando dos toques de e de todo aquele jeito só dele de fazê-la se soltar e mostrar o seu lado que nenhum garoto conheceu um dia.
Mas assumindo isso, ela se lembrava de . Como terminar o namoro com o garoto? Iria contar que simplesmente se interessou fortemente por um garoto que era melhor que ele? Simplesmente diria que ela não iria conseguir beijá-lo sem pensar em outro garoto e que, mesmo que ele se esforçasse, seus beijos não se igualariam aos de ? E o pior: como iria contar que havia o traído com sua dupla de Matemática e que não se arrependia de nada? Ela sentia sua cabeça começar a pesar e todos os acontecimentos se embaralhavam fazendo com que ela forçasse a testa ainda mais no volante. Ela que havia procurado na sala, ela que havia dado vazão para ele a provocar todo o tempo e logo depois não aguentar a pressão e implorar um beijo dele. Mas que culpa ela tem se ela estava completamente atraída pelo garoto a ponto de terminar o relacionamento de quase um ano com um rapaz que só a fez feliz? Ele que apareceu na vida dela, encarando-a, confundindo-a com todo aquele mistério, aguçando sua curiosidade para descobrir mais de quem ele era e ainda por cima o maldito tinha uma pegada infernal que a deixava salivando ansiosa por uma próxima vez. Logo, a culpa é toda dele.
Vendo que não adiantaria de nada ficar dentro do carro pensando no que não havia mais volta, carregou sua mochila, trancando o carro em seguida e andando em direção à mansão. Até quando ela andava, ela se sentia mais confiante, mais mulher, mais ousada. Será possível que tinha esse poder de melhorar as autoestimas alheias com apenas uns beijinhos ou beijões compartilhados? Ela não sabia responder, apenas sorria automaticamente enquanto seus dedos ainda tocavam seus lábios que foram beijados pelos lábios extremamente gostosos daquele garoto do inferno.
Precisava falar com Nana. Ela precisava contar tudo para Nana e decidir o que fazer da sua vida, porque ela estava completamente, totalmente e literalmente ferrada. Pelo menos alguém com a mente aberta e experiente iria lhe ajudar a concertar toda a confusão. Entrou com pressa na casa e não demorou a encontrar Nana com os olhos claros arregalados para ela.
Mon Dieu, onde você se meteu? Eu estava te esperando há quase uma hora e meia, ! — a mulher falava balançando as mãos indo ao encontro da menina, passando as mãos pelos braços dela. — Onde você estava? Estava fazendo o quê?
hesitou ao ver o desespero da mulher por conta de seu “desaparecimento” e sua mente ficava martelando sobre quanto tempo ela deve ter ficado com dentro daquela sala. Seriam quarenta minutos mesmo? Mas nem pareceu tudo isso...
— Eu estou bem, Nana. Eu juro. — a menina tentou acalmar a mulher que mesmo assim estava aflita. — Eu... Aconteceu uma coisa e eu preciso te contar o que houve. Eu acho que eu deveria ter te escutado e ter me concentrado nos meus estudos, mas... Resolvi olhar mais para o “lado complexo” da coisa.
— O que aconteceu, ma petit? Já posso imaginar que está no meio disso, certo? — a garota assentiu. — Vem aqui.
A menina foi puxada para sentar no sofá branco da sala de visitas e não demorou a esfregar as mãos umas nas outras, demonstrando seu nervosismo. A primeira parte de tudo era contar à Nana que não resistiu à pressão e acabou traindo com , mesmo quando ela mandara a garota avaliar a situação e ela afirmar, com certeza, que sua intenção não era terminar com . Tanto esperou, tanto se esforçou em suportar, para no fim, acabar traindo o coitado do namorado.
— Eu sei que eu estou errada. Mas eu lutei muito para tudo ser ao contrário. — ela começou recebendo olhares nervosos de Nana. — Eu... — ela hesitou, mas não demorou mais tempo para assumir a verdade. — Eu traí com .
Os olhos da governanta se arregalaram levemente, mas ao contrário da expressão de surpresa que achava que a mulher assumiria, ela a encarou com um sorriso pequeno desenhado em seu rosto. fitava a mulher com a confusão estampada em sua face.
— Eu sabia. — a mulher sorriu mais abertamente. — Eu apenas estava esperando o dia que você iria me contar isso.
— Nana, o que você está falando? Eu estou aqui desesperada porque, eu não sei direito, não consigo me arrepender de ter me atracado com agora há pouco. — ela despejou desesperada. — A imagem de não para de piscar na minha mente, mas eu apenas sinto tristeza por ter o traído, mas eu voltaria naquela escola e faria tudo de novo. Eu não hesitaria em deixar me beijar de novo. Nana percebia a confusão no rosto da garota e o quanto a menina queria que ela a ajudasse a esquecer e começar a aceitar , mas... Não iria adiantar de nada. Ela percebia o quanto a garota estava atraída por e ceder aos beijos dele era só o começo de toda aquela saga. O melhor que havia a fazer era a garota terminar de uma vez com , não expô-lo à traição e ficar com , sem magoar ninguém e viver feliz. Era isso que ela aconselharia à menina.
— Eu sei bem o que você quer ouvir, fille, mas eu não falarei isso. Eu vou dar o conselho mais certo no meio disso tudo e cabe a você, somente a você, querer segui-lo ou não. — a mulher suspirou e prendeu a respiração. — Você sabe muito bem que não há mais escapatória. O único jeito é você terminar com e assumir que está gostando de .
— Eu não estou gostando de . — ela falou um pouco mais alto, mas esmoreceu a expressão. — Nana, eu não quero magoar .
— Sim, eu sei. Mas o que você quer? Quer continuar com e traí-lo toda a hora com ou terminar com e não magoar ninguém?
— Mas eu não vou mais beijar . — até ela mesma se espantou com essa afirmação. Nana a fitou em desafio e ela se pôs a pensar. — Eu... Eu não posso mais ficar com ele, mesmo que eu queira muito. Eu não posso terminar com sem mais nem menos, sem uma justificativa plausível.
— Mas você tem uma justificativa plausível, ! — a mulher exclamou. — Você simplesmente diz que não vai dar mais, que você encontrou outra pessoa. — Mas ele pode ficar magoado comigo, Nana. Ele pode não querer mais saber de mim.
— Ele vai ficar magoado com você se não terminar com ele. Acorda, . — a mulher rolou os olhos e mordeu o lábio inferior, balançando a perna freneticamente. Ela sentia o coração tremer por tudo o que estava acontecendo. Suspirou alto.
— Se eu não tivesse corrido atrás de naquela sala e o beijado, nada disso estaria acontecendo. — falou, virando a cara.
— Você correu atrás dele? — a menina assentiu. — , você tem que parar de pensar nos outros e pensar em você. Se encontrasse uma garota que mexesse com ele da mesma forma que mexe com você, você acha que ele ficaria te namorando ou terminaria com você num símbolo de respeito?
— Eu não sei. — a menina falou um pouco mais alto. — Nana, eu não me vejo terminando com nem por . Eu posso estar fervendo por dentro, querendo o corpo dele mais do que tudo no mundo, querendo que ele me beije, querendo tudo o que eu não devia querer com ele. — a garota falava rápido e Nana a fitava com os olhos arregalados. — Mas eu não me vejo longe de . Eu não acho que pode dar aquilo que me dá.
A governanta respirou fundo, apoiando as costas no encosto do sofá e voltou seus olhos claros para a menina, analisando todo o rosto nervoso dela.
não é o seu primeiro e nem será o último, chérie. Você precisa entender que a sua vida está começando agora e que todas essas escolhas são só o início de tudo. Não perca a oportunidade de ser feliz porque quer ver outra pessoa feliz. Ninguém sabe se faria a mesma coisa por você. Eu dei o meu conselho, mas como eu disse, cabe a você decidir. — a menina abriu a boca para falar outra vez, mas Nana a impediu. — Você que vai decidir, . Eu não posso fazer mais nada. Pensa um pouco e depois voltamos a conversar sobre o assunto, tudo bem?
— Eu... — Nana a olhou com os olhos atravessados e a menina respirou mais calma. — Tudo bem. Eu vou pensar.
— Antes que você pense, é melhor almoçar. Saco vazio não para em pé, não é mesmo? — a mulher deu um sorriso amável para a menina, levantando-se e a abraçando. — Oh, ma petit... — a menina se jogou nos braços da mulher, necessitando fortemente daquele abraço. — Você não sabe o quanto eu esperei para ver você crescer, ver você com namoradinhos. — a mulher sorriu e a menina sorriu junto. — Eu só espero que você faça a escolha certa. — ela olhou no fundo dos olhos azuis da garota e enxugou as lágrimas tímidas que escorriam pelo rosto corado da menina. — Você tem que pensar na sua felicidade, na sua paz. Pensa direitinho e, independente do que você escolher, eu vou te apoiar, tudo bem?
O que restava a era assentir e começar a pensar. Ela sabia que Nana estava mais do que certa sobre ela precisar pensar e sobre... . Ela sabia que o melhor que ela teria a fazer era terminar com para que não houvesse problemas e mágoas futuras, pois, ela mesma assumia que ela estava mais do que envolvida por e, mesmo que tentasse escapar, não conseguiria se livrar tão cedo daquela prisão que se instaurou entre ela e o garoto. Ela ainda podia sentir o gosto do beijo dele, podia sentir o toque firme, podia sentir todo aquele tesão que tomou conta da sala de aula onde eles se pegaram pelas duas vezes consecutivas... Era mais do que ela poderia explicar. Queria repetir tudo de novo, mas ainda piscava em sua mente e ela tentava de todas as formas buscar algum tipo de arrependimento, mas nada aparecia. Nem mesmo um indício de importância. Era como se estivesse realmente apagado de sua mente, como se a única coisa que realmente importasse fosse a mágoa que ele provavelmente sentiria dela quando soubesse que ela o traiu. Essa era a única coisa em que ela conseguia pensar em relação ao namorado. Nem mesmo quando se lembrava dos meses maravilhosos em que passou com ele na França e nos poucos dias que tivera com ele nos Estados Unidos. Sua mente estava ocupada com apenas uma coisa: a pegação com .
Enquanto almoçava, desobedeceu Nana e começou a pensar no que ela deveria fazer. Não que quisesse tomar uma decisão drástica que poderia colocar em risco sua felicidade e arrependimento, mas ela não podia ter outra alternativa a não ser tentar esquecer . O garoto mal entrou em sua vida e já fez o maior rebuliço, colocando em risco o namoro dela com um garoto pra lá de perfeito, que dava tudo por ela, que fazia tudo por ela. Com apenas dias e dias de olhares penetrantes, marcantes, incessantes e extremamente enlouquecedores, ele colocou o mundo dela de cabeça para baixo. Ela nunca havia sentido esse tipo de sentimento com nenhum outro garoto e, com , tudo estava sendo prazeroso, mas ao mesmo tempo preocupante. Ela sentia que não iria ser como . Muito ao contrário. Iria ser diferente, não seria o namorado totalmente carinhoso, — quem garante que seria namorado algum dia? — não parecia ser o tipo de garoto que iria trazer o café da manhã antes que ela acordasse, iria ser agressivo e totalmente possessivo, assim como ele demonstrara enquanto a beijava com força e tocava em sua pele como se ela não pudesse sair de perto dele por nem um segundo. E era isso que ela achava mais excitante. Ela se excitava facilmente com e toda aquela descoberta com relação ao garoto só fez o seu interesse por ele aumentar, mas de outro lado estava com todo o seu requinte, com todo o seu carinho, amor, compreensão, educação. achava educado, mas... O garoto era tão grosseiro às vezes. era mais light e toda vez que eles transavam era com amor. Com , só de experimentar os beijos dele, parecia que ele iria a foder literalmente e não a amar como ela queria. Na verdade, ela queria muito ter uma foda com , porque ele foi o único garoto que a despertou tal vontade, mas... Ele aparentava ter a enorme tendência de machuca-la e ela não queria ser machucada por ninguém. não ousaria a machucar de forma alguma, não era mesmo?
E mesmo com todo aquele nervoso, aquela confusão e tudo embaralhando em sua mente, oscilando entre e , ela decidiu: iria ficar com . Ela nunca teve motivos para reclamar do namorado (apenas quando ele a repreendia pela amizade com Nana), ele sempre fora carinhoso com ela, amável, amigo, conselheiro, compreensivo e demonstrava sentir amor por ela. Ele não merecia que ela o trocasse por um garoto que apareceu em dois meses. Ela não teria coragem de jogar fora um relacionamento de quase um ano com o garoto que ela sempre quis porque se sente atraída pelos mistérios e completamente insana pela pegada forte de , o garoto grandalhão que conheceu há muito pouco tempo. Como ela ousava? Era lógico que era muito melhor, iria amá-la muito mais, iria querê-la muito mais e dar tudo — ou quase tudo — que ela sempre quis. Não tinha mais volta. Ela iria ficar com e, mesmo com todo aquele desejo por reprimido dentro do peito, ela não ousaria voltar atrás. “Foda-se”, ela pensava. “A partir de agora ele não é nada mais, nada menos do que a minha dupla na aula de Matemática, nada mais do que um garoto que estuda na minha sala, nada mais do que um garoto que, por um acaso, eu acabei beijando. Nada além disso.”
E com essa decisão, ela levou seu prato para a cozinha, encarando Nana com os olhos mais azulados e estreitos.
— Eu me decidi. — Nana a olhou surpresa, aguardando a resposta. — não é pra mim. — a expressão da governanta murchou e suspirou, fechando os olhos e abrindo-os, levemente, em seguida. — Vou ficar com .
Tudo o que a governanta poderia fazer naquele momento era abraça-la com força e desejar que ela fosse feliz, mas dentro de seu coração ela sabia que iria acabar se machucando. A garota não havia enxergado, mas... Ela estava se apaixonando por ... E ficar com iria ser muito, mas muito pior.
A garota não sentia diferente, mas não iria terminar com por . Não quando ela não sabia o que esperar de um garoto que batia nos outros, que se drogava e surtava de vez em quando. Ela não podia. Mesmo que ele beijasse muito bem, mesmo que ele fosse o garoto imperfeitamente perfeito para ela... Ela não voltaria atrás.
era somente uma página que, mesmo relutante, ela fazia questão em virar.
Parecia que tinham passado apenas algumas horas desde a última vez em que ela esteve na escola. Quando menos esperava, já estava subindo os três lances de escada rumo à sua sala, sentindo o coração bater forte por voltar ali depois de ter ficado com . Sua decisão ainda estava firme, mas ela não podia negar que se sentia balançada só de saber que iria encontrá-lo depois de todo aquele fogo que viveu com ele no dia anterior. Caminhava em passos nervosos pelo corredor apinhado de alunos, sentindo o olhar constante de todos sobre ela. Já havia se acostumado com os olhares curiosos e atravessados, mas não podia deixar de se sentir estranha quando era observada de uma forma pra lá de invasiva pelos garotos e de forma invejosa pelas garotas. Em uma de suas conversas com Britney Heigns, a loira aconselhou-a a ignorar todo e qualquer tipo de olhar alá laser feminino que ela recebesse. Segundo a amiga, era apenas porque muitas gostariam de ocupar o lugar dela como líder de torcida, mas achava isso uma grande besteira. No fundo, o que nenhuma delas desconfiava era que as meninas encaravam porque sentiam inveja de ela ser a mais desejada da escola. Anya Miller não suportava a ideia de ter seu status competido por , mesmo que a garota não estivesse nem aí para isso.
Entrou na sala de aula e, sem se atrever a olhar a carteira de , sentou em seu lugar e tirou o material, já começando a escrever qualquer coisa no caderno que pudesse distrair sua mente de erguer a cabeça para o lado e ver se havia chegado ou se viria para a escola. Agradeceu quando Kaius McMillan e os garotos do futebol junto com Britney Heigns e as meninas vieram sentar ao seu lado, já começando a conversar animadamente sobre vários assuntos. sempre se enturmava, mas não costumava falar muito quando o grupo conversava, porém aquele dia era diferente. Ela iria se enturmar totalmente e ficou ainda mais feliz quando Britney se virou para ela, em companhia das garotas.
, iremos começar os ensaios da torcida. Os meninos já estão treinando para o campeonato de futebol para o fim do ano, acredita? Temos que começar a ensaiar as coreografias e o nosso tema. — a loira disse empolgada e sorriu feliz.
— Claro! É só me falar o dia que eu estarei lá.
— Vou avisar no grupo, assim todas nós saberemos.
E então elas desataram a falar sobre as roupas, sobre os ensaios, temas, músicas, coreografias e várias coisas que teriam que fazer quando o campeonato de futebol interclasse chegasse. Apenas paravam de conversar quando um professor começava a explicar a matéria ou passar exercícios valendo algum ponto que ela não arriscaria perder. Ficou mais do que aliviada quando a Sra. Maggi dispensou a reunião das duplas para começar uma matéria especial sobre Matrizes alegando que cairia na prova bimestral junto com Geometria Analítica e não se sentiu totalmente tranquila quando a professora pediu que as duplas estudassem a matéria entre si para realizarem a prova.
Estava se achando realmente forte porque, mesmo sem conferir se se fazia presente na sala de aula, ela sentia um olhar forte sobre ela e toda aquela carga vinha de seu lado esquerdo, tecnicamente de onde o garoto sentava. Muitas vezes, em meio às conversas, ela olhava o espaço onde, no dia anterior, ela esteve beijando fortemente , deixando que o garoto passasse a mão por toda a área de seu corpo e tudo o mais. Era impossível não se perder em pensamentos e desejos, querer ficar com ele novamente, querer se entregar àquela paixão proibida que ela sentia, mas sempre ela se lembrava de e, mesmo sentindo um pouco de desânimo por isso, ela se recusava a dar trela para ou até mesmo alguma esperança. Mas mesmo lutando contra o impossível, ela não escapou de receber olhares sugestivos do garoto quando o sinal do intervalo bateu.
Enquanto andava para a porta, ela se atreveu a virar para trás e encontrar, por acidente, a imagem gostosa e perfeita de moldada em sua frente, a encarando com os profundos olhos em fendas safadas e os lábios deliciosos e macios que ela havia beijado estavam repuxados em um sorriso de canto pra lá de malicioso. A sobrancelha dele estava erguida e era como se ele estivesse usando sua persuasão para que ela ficasse naquela sala com ele, mas... Ela não iria ficar. Mesmo com sua mente e seu coração quase a empurrando na direção de , ela se negava. Talvez uma parte bem escondida (que ela nem sabia que existia) a tivesse dando moral para seguir com sua decisão sem se deixar levar por , mas... Era tão difícil. Vê-lo ali depois de ter ficado com ele era bem diferente do que vê-lo em qualquer dia na escola. Ela havia beijado ele. Ela havia sentido o gosto da língua dele em sua boca, em meio à chupadas e esfregadas. Isso era um fator bem interessante a ser considerado e porque diabos parecia tão mais bonito e gostoso aquele dia?
Deixando de lado seus pensamentos conturbados e esquisitos, ela desceu as escadas em rumo ao refeitório, mas ao se sentar, buscava com os olhos na porta, assim como ele fez no dia anterior, na esperança de que ele aparecesse na porta do refeitório, a olhando como se mandasse ela o procurar na sala vazia para enfiar a língua inteira em sua boca em movimentos alucinados. Mas ele não veio. E ela também não foi atrás dele.
O intervalo se passou sem novidades e, duas aulas depois, ela precisava sair um pouco da sala, pois estava começando a sentir o olhar de a sufocar e toda a sua decisão de total fidelidade a querer ruir. O garoto não parava de olhá-la e nem de tentar chamar sua atenção e isso a estava desconcentrando, pois, tudo o que ela queria era olhar para ele e dizer para que a esperasse no final da aula, pois ela queria muito se entregar a ele. Logo, se viu caminhando na direção do professor de Física, pedindo licença para ir ao banheiro.
— Você pode, mas só não pode demorar. — o professor disse e assentiu agradecendo, saindo em seguida.
Praticamente corria até o andar de baixo onde ficavam os banheiros. Precisava de um tempo sozinha, um tempo para pensar e ficou muito feliz ao entrar no banheiro e ver que havia somente ela ali dentro. Olhou-se no espelho e repreendeu-se por ser tão fraca.
— Você tem que pensar em . — ela dizia para si mesma, olhando o reflexo de sua imagem. — Você tem que esquecer que ficou com e lembrar que tem que ficar com . — ela suspirou. — Você entendeu? , , e mais . Chega de ficar em dúvida!
Abriu a torneira colocando a mão por baixo do jato d’água e molhou seu rosto e pescoço, fechando os olhos ao sentir a água gelada entrar em contato com sua pele quente. Mordia o lábio inferior instintivamente e decidiu que, mesmo que procurasse paz naquele banheiro, até mesmo o toque de suas mãos em seu corpo a fazia se lembrar de . E isso não era um bom sinal.
Bufou nervosa fechando a torneira e se pôs a sair do banheiro e voltar para a sala, pronta para encarar qualquer coisa. “Quem dera se eu estivesse realmente pronta para enfrentar essa droga alojada em mim”. O que ela não contava era que, ao sair do banheiro, uma mão forte a puxasse com força para dentro do banheiro novamente e, com pressa, trancasse a porta. Ela não contava com isso. Não mesmo.
— O que é isso? — ela falou mais alto e logo a imagem forte e musculosa de apareceu em sua frente. Seu chão havia desaparecido sob seus pés e ela não conseguia proferir nenhuma palavra naquele momento.
— Você não me procurou no intervalo, então eu me dei ao trabalho de descer aqui para falar com você.
Os olhos azuis da menina se arregalaram e fitaram com extrema confusão. Ela estava ali lutando para fugir de e, do nada, ele aparece em sua frente dizendo que queria falar com ela?
— Falar o quê, ? — ela perguntou, franzindo o cenho. — Eu não estou a fim de conversa.
— É mesmo? — o olhar dele queimava e a garota sentiu que tudo estaria perdido naquele momento. — Então vamos direto ao ponto.
E logo as mãos dele estavam tomando a cintura dela com força e batendo o seu corpo pequeno contra o corpo forte dele. O perfume amadeirado invadiu seu olfato. A mesma possessão que ela sentiu no dia anterior começou a reverberar por sua mente e ela quase fechou os olhos e se entregou à . Quase.
— Me solta, por favor. — falou com a voz baixa e se surpreendeu que tivesse capacidade de falar em meio aos lábios de que quase alcançavam seu pescoço. O garoto já estava com o rosto no pescoço da menina, mas logo seus olhos fortes e bonitos se postaram no rosto dela e ele franziu o cenho.
— Não entendi. — falou duvidoso e suspirou, tocando as mãos dele e as tirando de sua cintura.
— Não podemos fazer isso novamente. — ela disse encarando-o. — Eu não podia ter deixado você me beijar e nem ter deixado que chegássemos àquele ponto.
rolou os olhos e a encarou com as pálpebras semicerradas. tremeu por dentro.
— Vai me dizer que você não gostou? — a voz dele era áspera e ela sentiu um baque no peito. Porra, ela tinha adorado, mas... Era tudo tão complexo.
— Eu gostei, . — ela hesitou. — Mas você sabe que eu tenho namorado e nós não respeitamos isso. Nem eu e nem você. Eu não quero continuar com isso.
— O que você quer dizer? Que vai terminar com o tal ou que...
— Que eu não quero mais nada com você. — ela disse firme e ele arregalou levemente os olhos. — Eu amo e é com ele que eu quero ficar. Com você tudo foi muito intenso, mas... Não passou de tesão. E não é isso que eu quero.
Os lábios finos do garoto crisparam ao ouvir o que ela disse e sentiu uma dor imensa no coração por dispensar daquela maneira. O que ela não entendia é o porquê que doía tanto dentro dela escolher no meio de toda aquela confusão.
... Escute bem... — ele tinha a voz baixa e trêmula, como se também estivesse muito atingido com a notícia de sua escolha. — Não se preocupe com nada. Eu apenas queria uma chance...
— Não insiste, ! — ela falou mais alto. A dor em seu coração estava cada vez mais forte e cada palavra proferida era como uma punhalada em seu peito, mas ela ignorou. — Me deixa em paz! Eu já decidi o que eu quero e gostaria que você respeitasse a minha decisão. Vamos nos tratar como antes de tudo isso, ok? Simplesmente como amigos, parceiros em Matemática e colegas de classe. Vamos esquecer que um dia nos beijamos, esquecer que temos essa maldita tensão sexual dentro de nós e parar de fantasiar coisas. — ela olhava fundo nos olhos dele e via que ele permanecia impassível, a encarando com os olhos atravessados. — Eu tenho namorado e quero ficar com ele. Você vai arranjar outra pessoa que saiba retribuir aquilo que você quer e eu não acho que essa pessoa seja eu. — ela sentia o coração bater forte dentro de seu peito e uma dor imensamente grande era misturada às batidas aceleradas. — Eu... — ela sentia a garganta se fechar enquanto o olhar forte e tristonho do menino a tomava por completo. Não aguentando a dor no peito e o olhar penetrante de sobre ela, não demorou nem um segundo para abrir a porta do banheiro e sair correndo.
Era isso. Tinha dispensado e decidido ficar com .
Era isso que ela queria e era isso que ela tinha acabado de fazer.
Mas porque então ela sentia que tudo iria desmoronar se ela não voltasse naquele banheiro e retirasse tudo o que disse?
E mesmo sem ter conhecimento do que poderia acontecer, ela sabia que aquele jogo estava apenas começando e se esquecer de seria tão mais difícil como terminar o relacionamento com . Mas a pergunta que a assolava naquele momento, em meio à dor e às lágrimas que escorriam pelo seu rosto, era: “Será que eu fiz a escolha certa?”



Complications in the midst of desire: Repentance.


Semanas depois...

Desde o dia em que disse diretamente à a sua decisão, ela não conseguia mais olhá-lo nos olhos e nem mesmo sentia o olhar dele se direcionar a ela. Por algumas vezes buscava os olhos dele, mas ao olhar para a carteira do garoto, ele estava muito distante do mundo e alheio a qualquer coisa, até mesmo a ela. Em meio às aulas de Matemática, ele evitava qualquer tipo de contato com ela e, quando era ela quem tentava, o garoto respondia com meias palavras e a ignorava totalmente. Se soubesse que a dor da rejeição seria tão forte como estava sendo aqueles dias, ela não teria feito nada em relação à . Todas as noites, as lágrimas desciam de seus olhos, encharcando seu rosto e pescoço e ela quase não conseguia dormir. Parecia que o mundo havia perdido o sentido e nos dias em que via , era somente para a sua irritação. estava tão estranho àqueles dias que ela fazia questão de fugir dele a qualquer custo. Depois de todo o acontecido com , beijar e viver um romance com ele ficou completamente diferente. Não conseguia mais beijar sem comparar os beijos dele com os de . Não conseguia ser tocada por sem ansiar toda aquela animalidade que experimentara dos toques precisos de sua dupla. Tudo na vida dela mudara de forma arrebatadora e ela se sentia completamente desnorteada sabendo que dispensou por um garoto que, provavelmente, não sentia mais nada. Nem mesmo os carinhos que proporcionava a ela estavam surtindo efeito.
E isso a estava deixando louca.
Os dias se passavam apenas para deixar sua mente ainda mais insana. A displicência e ignorância de para com ela era cortante. Os ensaios da torcida já tinham sido agendados e nem quando ela se enturmava para conversar sobre as músicas e temas ela se animava. Todas as amigas estavam em sua bolha de animação pessoal e ela era a única que parecia sofrer horrores naqueles tempos. Ela sentia como se fosse gritar a qualquer momento quando Britney Heigns e as garotas lhe perguntavam sobre com questionamentos sobre como havia sido a noite de amor entre eles, quais presentes ela havia ganhado dele nos fins de semana em que saía com o namorado... E parecia que o mundo inteiro ia explodir em dois segundos.
Ela podia sentir o arrependimento a atingir todos os dias, encobrindo-a cada segundo de cada minuto. Nana era a única ciente de todo aquele pesadelo que a menina estava vivendo, mas a garota sabia que a governanta não poderia fazer nada além de abraça-la e tentar confortá-la com carinhos em seus cabelos enquanto ela lutava para tentar se manter forte. Porra, ela era tão fraca assim em decisões? Talvez sim. E ela via que a decisão de querer estava desgraçando sua vida totalmente. Ela não queria e não adiantaria nada continuar namorando com ele sendo que o seu coração havia sido arrancado de seu peito por . A paixão que ela reconheceu sentir por ele estava passando para um estágio de necessidade. Ela estava necessitando terminar com e ficar com .
Seus cabelos eram afagados por Nana e as lágrimas estavam se secando em seu rosto conforme ela pensava. O olhar claro da governanta tomou conta de sua visão e ela respirou fundo.
— E então? — a voz da mais velha perguntou. — Qual a sua decisão?
Por um momento, pensou que Nana estaria lendo sua mente. Mas ao perceber o olhar sugestivo da mulher e se lembrar de que fora criada por seu pai, sua mãe e inclusive por Nana, ela suspirou, assentindo, proferindo agora a decisão mais correta de toda a sua vida:
é o que eu quero. — ela suspirou alto. — E eu vou lutar por ele.



Just like animals...


O segundo bimestre do ano letivo estava quase acabando e permanecia na mesma revolta de sempre. Porém, naqueles dias, ele estava ainda mais revoltado. Um filme se passava longamente em sua memória e ele viu que mulheres realmente podem estragar a sua vida, mesmo que elas sejam muito inocentes com cara de anjinhos inofensivos. Ele não diria que se arrependia de tudo o que havia feito para ficar ao lado de , porque ele não se arrependia, mas se sentia um verdadeiro idiota. Sua mente vagava para o primeiro dia em que ele passou a seguir a garota e então a oscilação de realidades o atingiu novamente.
Naquele dia, ele pensou: “O que uma garota com esse tipo de vida vai querer comigo? Um garoto completamente perturbado, cheio de problemas, desleixado e pobre?”. Por que ele não escutou a sua maldita consciência quando, de poucas e raras vezes, ela aparecia para orientá-lo a ser menos trouxa? Por que ele simplesmente não largou de mão a garota maldita e continuou a se drogar com a porra da cocaína para esquecer o inferno que era a sua vida? Por quê? Seria muito mais fácil para ele se tivesse se entregado à cocaína, na qual não iria lhe decepcionar com palavras mesquinhas. Mas não. Ele resolveu que era muito melhor colocar sua obsessão por paz em cima da filha do administrador, conhecê-la e ver o quanto ela era extremamente encantadora a ponto de não parar de pensar nela um segundo de seu dia, a ponto de seu corpo implorar pelo dela, a ponto de se imaginar tocando toda a área da pele dela enquanto masturbava seu mastro, a ponto de se apaixonar por ela e se fixar ainda mais quando a beijou pela primeira vez. Mesmo com todo aquele tempo separados, sem direcionar palavras um ao outro, ele ainda podia sentir os beijos da garota espalhados pelos seus lábios, tronco e abaixo da linha de seu umbigo. Todo o lugar que ela tocara com seus lábios parecia queimar, mesmo depois de dias em que eles haviam ficado.
Lembrar-se do dia em que ficou com ela pela primeira vez era muito bom, mas ao mesmo tempo trazia a lembrança de quando, no dia seguinte, ela chegara a ele dizendo que escolheu ficar com o namorado idiota e bobão. Ele viu que a garota havia se soltado tão bem com ele naquele dia, o provocado com palavras que ele nunca imaginaria que ela falaria para ninguém e, dentro do seu consciente, ele tinha a leve certeza que ela nunca pronunciara nada parecido a . Seu ego subia metros de altura quando ele percebia que era ele que atiçava o lado mulher da menina frágil e retraída que encantava a todos que a rodeavam. Apenas ele conseguiu arrancar o beijo que muitos penaram para conseguir, apenas ele conseguiu ouvir as entonações sexuais que ela falava e apenas ele conseguiu fazer com que ela o desejasse tão ardentemente a ponto de querer transar com ele naquela sala, sem ao menos se importar com quem estava passando no corredor do lado de fora. Os beijos que ela dava em seu peitoral, as sugadas, lambidas e todos aqueles momentos enlouquecedores que viveram ainda pairavam em sua mente. A língua macia dela acariciando a sua dentro e fora da junção de suas bocas, as unhas já grandes da mão pequena arranhando sua nuca e puxando seus cabelos, logo, a língua dela descendo por seu peito e chegando tão perto de seu pênis quase que totalmente duro por contato. Porra. Estava tão bom.
Foi frustrante quando a inspetora chegou naquela hora. Nem mesmo o medo por ser pego ali quase fornicando com a filha do administrador lhe importou naquele momento. Ele odiava ser interrompido em horas como aquela, ainda mais quando ele estava no momento que ele mais esperou durante todo aquele tempo. Ele finalmente estava se pegando com , finalmente tinha encostado suas mãos na pele da barriga dela, finalmente tinha apertados os peitos gostosos dela e massageado as coxas fartas, quase que tocando a vagina dela com seus dedos ansiosos. Mas tudo tinha que ser atrapalhado por uma maldita inspetora.
O que mais o preocupou naquela hora foi ver o olhar assustado de e logo a confusão nos olhos dela. Era possível ver que a realidade estava caindo nela como uma bomba e logo menos ela iria perceber que se atracou com um garoto que não era o namoradinho idiota. Depois que a menina foi atender a porta, ele decidiu que correu em muito chão para chegar até ali e que ela não iria repeli-lo de qualquer forma. Ora, ela também havia gostado de se pegar com ele naquela sala, tanto que iria fazer um oral nele se nada tivesse sido interrompido. Ah, como ele desejava aquele oral... E foi quando ela deu uma última olhada para ele antes de se retirar, ele se sentiu completo. Havia ficado com a garota dos seus sonhos e estava completamente apaixonado por ela. Não via a hora de encontra-la no dia seguinte para que pudessem voltar àquela saga maravilhosa que era o desejo de um para com o outro, mas qual foi a sua surpresa ao chegar no dia seguinte e a menina não dar a mínima atenção para a sua existência?
Viu quando ela havia entrado na classe, praticamente correndo, e logo se sentar em sua cadeira, puxando materiais de outras matérias e escrever rapidamente. Olhava a garota profundamente enquanto ela escrevia com pressa, mas logo teve de desviar quando o grupo do fundão chegou e sentou-se ao redor dela. Não queria chamar mais atenção das pessoas alheias, então observava de canto de olho, vendo largar os materiais e começar uma conversa pra lá de animada com seus amigos. Não olhou para ele nenhum segundo que fosse. E as três aulas se passaram assim. em seu mundo colorido e em seu mundo negro, porém querendo um pouco de cor para o permanent gray of your world*. Tinha a esperança de que, no intervalo das aulas, ela fizesse o mesmo que fez no dia anterior: fosse procura-lo para se renderem a mais beijos eletrizantes pela manhã. A única vez que ela o olhou diretamente nos olhos foi antes de sair da sala e ele a encarou com toda a lembrança dos beijos em sua mente. Não iria correr atrás dela aquele dia. Queria que ela viesse até ele e então, quando ela saiu pela porta, ele sentou em sua cadeira esperando os corredores ficarem totalmente vazios e os passos lentos de serem escutados por ele enquanto ela irrompia pela sala no intuito de se entregar àquela onda de prazer novamente.
Mas isso não aconteceu.
Quando o sinal bateu, acabando com todas as suas esperanças, ele quis muito chutar alguma coisa. Ele não acreditava que ficara ali esperando aquela menina aparecer e ela não apareceu. Ele tinha certeza que ela sabia que ele estaria ali dentro, mas ela não se deu ao trabalho de subir os lances de escada novamente e ter ido ao seu encontro. Isso era mais do que frustrante e irritante. Ele tentava a todo custo procurar alguma objeção no olhar dela assim que ela entrou na sala, mas ela o ignorava totalmente e isso estava certamente muito errado. Ele pensou e repensou várias vezes se havia feito alguma coisa errada, mas nada vinha na sua mente, então ele concluíra que... Ela estava arrependida de ter ficado com ele. Era isso, não é? Ela estava arrependida por ter o beijado enquanto tinha um namorado idiota que confiava nela. Ah, mas ele não entregaria os pontos tão facilmente. era dele, totalmente dele. E ele iria mostrar isso para ela.
Assim que viu a garota sair porta afora, ele achou que era o melhor momento para encurralar a menina e tentar conversar algo com ela. Porra, ela não o olhou e nem deu vazão para ele poder se aproximar dela e perguntar se havia algum problema. Apenas o ignorou. E ele detestava ser ignorado. O professor de Física não hesitou muito ao deixa-lo sair, talvez por medo de o garoto surtar novamente quando ele disse que não estava se sentindo bem. Quanto mais longe estivesse de sua sala, melhor. Não sabia lidar com surtos. E pegou essa deixa para ir atrás de .
Enquanto caminhava procurando-a pelos corredores onde apenas alguns alunos caminhavam, ele pensava em onde ela provavelmente estaria. A escola era enorme e poderia estar em qualquer lugar. Talvez no banheiro, talvez falando com algum professor ou talvez na secretaria pedindo para ser mudada de classe. A última opção o apavorou e ele passou a andar mais rápido. Até chegar à secretária era necessário que ele passasse em frente aos banheiros e quando viu a porta do banheiro feminino fechada, ele achou que ela poderia estar por ali e não na secretaria reclamando sobre ele. Seria meio estranho se ela fizesse isso. Ficou parado do lado da porta do banheiro e se alguma garota diferente de aparecesse ali, ele ficaria irritado. Ajeitou a manga da camisa em seus cotovelos e mergulhou os dedos nos fios de seu cabelo, bagunçando-os totalmente em nervoso.
Assim que a porta se abriu, ele reconheceu imediatamente o perfume de morango do mal que o perseguia e a silhueta da garota pequena que mexera com todos os seus sentidos. Sem delongas, empurrou-a em direção ao banheiro, fechando a porta em seguida e ficando cara a cara com a menina. O perfume dela estava tão forte aquele dia que ele não via a hora de enfiar a ponta de seu nariz pela pele do pescoço dela e inalar com força aquele aroma que o viciou, mas antes que pudesse ao menos encostar seus lábios nela, ela o repeliu. A confusão em sua face e em seus sentimentos era mais do que visível e parecia que ele havia perdido o chão, que ele estava em pé em uma nuvem pronta para diluir-se. As palavras dela eram firmes e duras como ferro e parecia que havia espinhos desenhando cada traço das palavras que ela proferia. E sem dó alguma, ela jogou toda aquela tortura em cima dele quando disse que não queria nada com ele, que preferia o namorado idiota. Ela assumira que há, sim, uma tensão sexual entre eles, mas ela resolveu que era muito melhor que eles esquecem tudo e qualquer tipo de sentimento que pudesse haver entre eles dois. Disse que tudo não passou de tesão. Disse que amava o namorado.
“Então é isso?” ele pensou com raiva. “É isso que você quer? Quer jogar toda essa porra de desejo e sentimentos que temos um pelo outro por causa de um namorado idiota?” E então ele sentiu a raiva tomar cada ponto de seu corpo. As veias que compunham dentro dele tremiam e latejavam, como se em vez de ter sangue correndo por elas, tivesse cólera misturado à fúria. E o filme em sua cabeça continuou passando rapidamente e as imagens da festa o bofetearam a cara. Ele nunca imaginaria que colocar os pés naquela festa fosse fazer começar o inferno que ele estava passando. Se ele soubesse que fosse lhe causar tanta dor de cabeça e decepção, ele não teria pisado os pés naquela porra de festa. Para começo de conversa, ele nem queria ter ido naquela droga, mas a curiosidade lhe atingiu tão fortemente que ele não tinha mais para onde correr a não ser ver de perto a garota desgraçada. Mas mesmo que não tivesse ido àquela festa, ele iria encontra-la na escola e, principalmente, em sua sala de aula, sentada há três carteiras de distância da sua.
Merda.
Ele poderia ter pedido para mudar de classe, não era mesmo? No início do ano, os idiotas da secretaria sempre deixavam mudar a classe desde que houvesse uma boa justificativa. Mesmo ele sendo o garoto-problema de todo o prédio, ele daria um jeito para ser posto em outra classe, ah, isso ele faria com certeza. Mas ele não sabia que estaria ali naquela fossa enquanto desfilava pela sala com toda a droga da sua inocência cativante e todo o seu encantamento natural.
O filme continuava passando e ele via o quanto fora idiota ao segui-la e mais idiota ainda ao arriscar sua pele ao entrar escondido na casa da garota e olhá-la dormir. Todas as três vezes em que se atreveu ir escondido, ele só faltou morrer do coração. A primeira foi uma grande sorte, pois o segurança não estava nem aí, a segunda ele teve que drogar o coitado do homem apenas para chegar à porta do quarto de e vê-la transando com a porra do namorado. Depois ele teve a maldita chance de conhecer a garota e se apaixonar ainda mais por ela, o que não ajudou nada em sua situação insana. E mais ainda, a viu se masturbar pensando nele e ele tivera a certeza de que ela o queria tanto quanto ele a queria. Mas não. Ela escolheu ficar com a porra do namorado.
controlou o impulso de pegar qualquer coisa em seu quarto e tacar fortemente na parede no intuito de diminuir a dor e a raiva que sentia. Sua mão trêmula até ousou se levantar para pegar o relógio que estava em seu criado mudo pequeno, mas no meio do caminho ele tomou um choque de realidade. “Por que eu estou fazendo isso mesmo?” perguntava-se. cortou todo e qualquer relacionamento entre nós dois e eu estou perdendo o meu tempo quebrando meu quarto de novo por causa dela? Eu quebrei tudo da outra vez e adiantou alguma coisa?”. Em meio às memórias que o preenchiam naquele momento, ele se lembrou de como chegara bravo no dia em que viu a garota transando com . Lembrou em como seu quarto perdera quase tudo de vidro e o quanto ele teve que ouvir de seu pai pela barulheira. A maior parte de suas preocupações era direcionada à garota e o que ele recebia? Um aviso de que a menina preferia a ele. Ele sorriu em ironia.
— Se é o que você prefere, então assim seja. — e deu de ombros.
Ele a ignorou desde quando ela o disse que iria ficar com . Nas vezes que eles se reuniram para estudarem juntos e ela direcionava alguma pergunta para ele, ele a respondia com o mínimo de vontade possível e queria deixar claro que respeitava a escolha dela, assim como ela o havia pedido. “Ela poderia ser como eu e ficar calada. Ela não quer espaço? Pois então.” Ele não queria falar com ela e parecia que percebia isso, pois mordia o lábio inferior (muito tentadoramente, para o desgosto de ) e virava o rosto, sem graça, para o lado oposto ao do garoto. Ver rastejando para ter algum contato com ele o deixava com fiapos de esperança faiscando por seu peito, mas ele tratava de cortar toda e qualquer empolgação que viesse sentir por uma possível reconciliação entre ele e a garota. Não aconteceria. Ela mesma determinou isso.
Concluiu que ele não ganharia nada se estressando pelo fato da escolha de não ter sido ele, então desistiu de espatifar o relógio na parede. “Ela não é digna de merecer a minha importância”.
Se ele pudesse, ele faltaria na merda da escola no dia seguinte, mas se ele faltasse, teria que passar o dia inteiro com o idiota do seu pai, pois ele começara a pegar folgas nas sextas-feiras para que pudesse trabalhar no domingo. A loja de móveis que seu pai gerenciava estava cada vez melhor e apareciam clientes nos domingos e ele tinha que supervisionar tudo, portanto, a troca dos dias foi favorável. Não que ele se importasse em como seu pai administrava tudo no emprego, mas ele não podia deixar de ouvir quando ele puxava o ar do peito e contava tudo à Anabell de forma a humilhá-la, pois depois de seu discurso sobre render no trabalho, ele sempre pronunciava palavras doloridas como “você é uma vagabunda que não trabalha há anos”. A vontade de era dar um murro bem dado na cara do pai, mas ele não queria arranjar problemas mais do que ele já havia arranjado para si mesmo. Ele não tinha escolha a não ser ir para o manicômio e encontrar, mais uma vez, a imagem encantadora e destruidora de outra vez. Ele não suportava mais encarar a menina de frente.
E isso era apenas o começo, pois a metade do ano ainda estava aí pela frente, pronta para ser desfrutada.

A mesa do café já estava pronta e Anabell andava para lá e para cá arrumando as coisas, afobada. Não era nem sete e meia da manhã quando desceu e encontrou sua mãe sambando pela cozinha inteira, aprontando o café da manhã às pressas.
— Hm... Você está bem? — perguntou , encarando a figura da mãe, que se assustou levemente.
— Ah, querido. Você já está pronto para a aula? Espere um segundo, estou arrumando o café. — ela disse enquanto mexia em um bule de chá no fogão. — Seu pai está em casa hoje e não estou acostumada a preparar café completo durante a semana.
deu de ombros e se sentou à mesa, colocando a mochila ao seu lado, ao pé da cadeira. Ele via que sua mãe não tinha costume de fazer um café da manhã completo e reforçado como seu pai exigia durante a semana. Era tudo muito novo e Anabell iria demorar a se acostumar ao fato de que toda a sexta-feira o marido estaria em casa para atazaná-la. — Precisa de ajuda? — perguntou quando viu a mulher derrubar a tampa de inox da panela no chão. O garoto rolou os olhos sentindo um pouco de raiva. Anabell sempre ficava daquele jeito quando se tratava de Marcius e isso o irritava.
— Não, . Pode ficar aí. Só falta o chá terminar de ferver e você poderá tomar o seu café.
Algumas paneladas fortes depois e ela colocou o bule de chá na frente de , que já estava cortando o pão e passando a manteiga por dentro dele. O garoto agradeceu e a mulher suspirou claramente se acalmando.
— Seu pai vai acabar me deixando louca. — ela disse passando a mão pelo rosto, limpando vestígios de suor. — Eu não esperava que ele pegasse folga às sextas-feiras. Justamente o dia que faço compras para a semana.
— Você se importa muito. — o garoto falou enquanto mordia um pedaço de pão. Os olhos da mulher se postaram no filho, encarando-o.
— O que você quer dizer, ? — a voz dela tinha um quê de insatisfação e enrijeceu o corpo. Não queria discutir com a mãe justamente no dia em que estava tão irritado, mas... Às vezes ela pedia por umas boas verdades.
— Você se importa demais e ainda por cima se contenta com pouco. Não interessa o que você faça, ele nunca vai dar o valor que você merece. — ele disse virando a cara enquanto tomava um gole do chá.
— Vai começar, ? Já disse várias vezes que odeio conversar sobre isso com você. — a voz da mulher era ríspida e colocou seus olhos frios em cima da mãe.
— Acho que você se esquece de que eu sou o único que fica parado no meio dessa merda. — a mulher abriu a boca, pronta para reclamar, mas o garoto foi mais rápido. — Não sei quanto tempo você vai suportar apanhar dele. Por minha parte eu te digo: eu cansei. — ele levantou com pressa da cadeira pegando sua mochila e pendurando-a em seus ombros largos e rígidos. — Não sei que hora volto hoje. Não estou a fim de olhar para a cara dele.
Em meio aos protestos de sua mãe, ele ignorou e saiu porta afora em direção à garagem em busca da Harley. Ele não estava mesmo a fim de ficar em casa tendo que ouvir as brigas de seus pais e ainda mais resistindo às provocações que aquele velho nojento e asqueroso dirigia a ele. Se recusava a isso. Já não bastava o perrengue que ele passava em sua vida escolar, seria possível que nas sextas-feiras, dia que ele tirava para relaxar a mente, o pai não o deixaria em paz? Quis muito grunhir com raiva. Aquele dia não podia ser pior. Estava sentado em sua moto indo em direção à escola prestes a se encontrar com aquela diaba de saia sendo que poderia ficar em casa caso seu pai idiota não estivesse de folga. Puta que pariu. Por que tudo de ruim caía na cabeça dele, mesmo? Se, porventura, houvesse vidas passadas, ele teria cometido algum ato abominável que ele estaria pagando nessa vida de merda que ele levava? Ele não acreditava que aos dezenove anos ele tinha que lidar com essas situações cotidianas horrorosas. “Quem dera se fosse uma situação cotidiana normal. Quem dera...” ele pensava enquanto colocava o capacete e dava partida na moto, saindo logo em seguida.
O que o acalmava era o vento que batia em seu rosto pela abertura do capacete. A brisa gelada do vento era a única coisa que o fazia esquecer-se de todos os seus problemas psicológicos e pessoais. Muitas vezes ele queria ter asas e voar para bem longe daquela merda. Queria ir para onde o vento o carregasse, independente de qual fosse o lugar. Pelo menos, voando, ele não teria que conviver com seus pais malucos e idiotas e muito menos iria se importar que certa garota o trocou por um trouxa. Em sua opinião, era um trouxa total e era muito idiota a ponto de achar que aquele garoto desprezível iria significar alguma coisa para ela. Por outro lado, ele achava muito melhor que se afastasse de , pois, com os problemas que ele enfrentava em casa, não era certo colocar uma garota certinha e estruturada para fazer parte do tornado que era sua vida. estava muito segura longe dele e por mais que ele achasse que era um péssimo namorado, ele não podia fazer nada, pois ele também não seria o namorado perfeito para a garota. Não do jeito que ela merece. E pensar nisso o afligia tanto, pois ele queria ser o namorado não perfeito, mas totalmente imperfeito para ela. Daqueles namorados que os opostos se encaixam com os dela. E ele tinha tantos opostos em relação à garota que tudo poderia ser diferente quando eles tentassem ficar juntos. Mas ela não o queria. Ela queria o namorado riquinho cheio de mimimi. Então ela que fique com aquele palerma e o deixasse em paz.
Seu plano de não correr atrás da menina fora muito bem sucedido durante aqueles dias que se sucederam ao fora que ele levou dela. Não a olhava, não dirigia a palavra a ela e não fazia questão nenhuma de interagir com ela nem mesmo nas aulas de Matemática, quando era estritamente preciso. “Foda-se.” ele pensava sempre que tinha que responder exercícios ao lado dela. “Eu sei matemática, então não tenho porque me preocupar com aleatoriedades.” Mas no fundo de sua mente, ele conseguia ouvir a maldita voz falar em seu ouvido “Lembra que ela não consegue lidar com números... Ela precisa tanto de você, . Olhe para ela...” e mesmo sem querer, ele olhava para a menina com os lábios de coração prensados um no outro, respondendo um cálculo muito complicado para a cabeça anti-matemática dela. “Vai deixa-la tirar notas ruins só por causa de uma bobeira?” e então ele ficava ainda com mais raiva. Aquilo não era uma bobeira. Aquilo era a dor que ele sentia por ele ter sido trocado por um almofadinha mauricinho rico. E por mais que doesse no coração dele, ele não iria voltar atrás. Não correria atrás de nunca mais e nem faria questão de dirigir a palavra a ela, a não ser que não houvesse escapatória.
E foi assim que os dias se sucederam entre os dois. Nada mais, nada menos do que ignorância total um ao outro.
E mesmo que o machucasse profundamente, ele estava tentando viver daquela forma.
Ao chegar ao estacionamento, deixou sua moto no cubículo e logo atravessou as pessoas caminhando em direção ao prédio para subir para a sala. Enfiava os dedos nos fios de seus cabelos, bagunçando-os, mas sua vontade era puxá-los com força. Ele queria tanto ter faltado naquele dia. Tanto, tanto, tanto. Automaticamente a lembrança o levava a seu pai, essas horas deitado na porra da cama enquanto ele não podia tirar um dia de descanso que fosse. Sentia a mesma raiva inundar seu corpo e suas veias latejarem dentro de seu corpo, então decidiu que iria encarar tudo de frente e parar de reclamar muito, afinal, eram apenas seis aulas com cinquenta minutos cada uma. Iria passar rápido, ele acreditava.
Entrou na sala do mesmo jeito desleixado de sempre, ignorando olhares e arrastando os pés. Sentou em sua cadeira e abaixou a cabeça sentindo o sono invadi-lo aos poucos. Desde quando tivera sua última conversa com , ele não conseguia dormir direito sem ter o sono interrompido por flashes da menina com o namorado e rindo alto do sentimento que ele já nutriu por ela. Isso mesmo. Já nutriu. considerava todo e qualquer sentimento que tivesse por parte de seu passado obscuro. Ele sabia que demoraria um tempo até que ele conseguisse se livrar completamente desse encosto que era gostar e estar apaixonado por , mas quanto mais ele se convencesse de que já estava livre dos encantos dela, melhor. Continuou com a cabeça abaixada sobre os braços e sentia os olhos fecharem aos poucos, quando ele escutou um barulho forte vindo de seu lado direito. Ele ergueu a cabeça, alarmado, mas se arrependeu de ter sido curioso demais. Ele viu a imagem de completamente diferente do normal enquanto Kaius e os garotos pegavam as coisas dela que haviam caído no chão.
— Eu... Me desculpe. Não sei o que há comigo hoje. — ela disse mordendo o lábio inferior e, por mais que quisesse desviar a atenção da menina, ele não conseguia.
— Cuidado, . Quase que seu celular quebra a tela. — Kaius falou e entregou o aparelho para a garota que sorriu em agradecimento. Imediatamente, os olhos dela se cravaram nos de e ambos trocaram os olhares que tanto sentiam falta.
Ele, completamente preso àquelas bolas azuis, passou a fita-la com toda a força que havia em sua alma. No fundo, ele sabia que sentia muita saudade de olhá-la daquele jeito que ele amava, principalmente porque ele não a olhava havia dias e dias e, para a sua desgraça, aquele dia ela estava realmente diferente. Os cabelos pretos naturalmente lisos estavam com grandes cachos bem modelados que desenhavam sua curva da cintura conforme caíam por seu corpo. A blusa social branca estava com três botões abertos, mostrando a fenda bem elaborada de seus seios apertados pelo sutiã vermelho que, segundo sua visão extremamente boa, ele conseguiu distinguir. As unhas grandes dela estavam pintadas também de vermelho, o que combinava com a saia do uniforme um pouco mais curta que ela estava usando. E aquela maldita saia o provocava de todas as formas. As pernas brancas sem manchas dela brilhavam e ele voltou seu olhar por todo o corpo dela novamente parando, finalmente, em seu rosto pequeno de bebê. Os olhos azuis dela estavam ainda mais claros aquele dia, contrastando com a alva pele e as bochechas naturalmente coradas, que o levavam a observar os lábios pintados de vermelho que ele beijou há algum tempo atrás. De repente, ele sentiu que toda e qualquer decisão que ele tomara de se afastar dela totalmente parecia ser a maior tolice do mundo. Ela estava radiante e tão provocante aquele dia que parecia uma verdadeira praga. Ela apareceu totalmente gostosa e linda apenas para tirá-lo dos eixos. Ao ver o olhar dela brilhar sobre o seu, ele se lembrou de que ela escolhera o namorado idiota ao invés dele. Se ela escolheu o namorado, por que então estava o encarando? Nem deveria, certo?
Virou a cara rudemente para o lado, procurando encarar qualquer coisa que não fosse a garota, mas por mais que não estivesse olhando-a, a imagem da beleza dela pairava sobre sua mente e era como se ela tivesse se sentado na carteira defronte a ele, o encarando com os olhos azuis cobertos de sedução. “Porra, filha da puta!” ele colocou a cabeça entre as mãos. “Sai da minha mente, inferno! Sai!”. Mas a imagem de não saia de jeito nenhum, deixando o garoto quase à beira da insanidade ou até mesmo na própria insanidade.
A aula começou e nem com os milhões de textos e anotações que tivera de fazer naquele dia sua mente descansava um segundo da imagem da garota. Na verdade, estava muito difícil se controlar para não olhar para o lado e contemplar o quanto ela estava gostosa aquele dia. Ele sempre soube que era reservada e extremamente cautelosa em relação às roupas, mas aquele dia ela resolvera inovar de uma forma que ele nunca havia visto. Ela estava sexy, mas ao mesmo tempo sua inocência era a mesma. Por muitas vezes ele achava que sua mente insana estava fantasiando tudo aquilo, mas ele podia comprovar que era a mais pura realidade quando contemplava o quanto os garotos da sala estavam extasiados a olhando e o tanto que Britney Heigns e as garotas a elogiavam sobre como ela estava linda aquele dia. É, ela estava linda até demais. “Linda demais para o meu gosto.”
A aula antecedente ao intervalo era a de Vera Maggi, o que não facilitava muito a sua vida, ainda mais quando a professora exigiu que as duplas se reunissem para estudarem pela última vez.
— Vocês sabem que segunda-feira será a nossa avaliação do 2º bimestre, então se reúnam e comecem a estudar. Quero todos tirando um A+ nessa prova. Nada de A- entenderam? Quero um A+.
E então a sala começou a se movimentar para formarem as duplas. grunhiu baixo. Não queria aquele pedaço de mau caminho do lado dele justamente aquele dia. Ele ainda estava muito magoado e irritado com ela e nem mesmo a beleza que ela tinha iria mudar aquilo. Mas ele também não queria ser grosso com ela. Mesmo que dessa vez ele tivesse razão em ficar irritado e desapontado, ele não queria ser grosso com ela de forma alguma, afinal de contas, ela nunca foi grossa com ele e sempre o tratou muito bem dentro da escola e dentro da casa dela. Não podia ser egoísta e pensar somente em si mesmo.
Seus pensamentos foram desviados de foco quando o perfume fortíssimo de morango tomou conta de seu olfato e ele inspirou, procurando guardar mais ainda na memória aquele aroma indescritível que passou a ser o seu vício, mas que não era mais. Ele se sentia tolo por pensar que não estava mais viciado em , mas essa era a forma de ele aceitar que não poderia ter a menina, independente de todo o sacrifício que ele fizera para estar perto dela. Nada disso importava mais. Assim que ela se sentou, de canto de olho ele pôde ver a menina retirar o material, abrir o livro e começar a lê-lo sozinha, sem se importar com a presença dele ao seu lado. Talvez por costume em levar foras dele, ela tenha percebido que agora ela teria que se virar sem ele na Matemática. Por mais que se sentisse mal por vê-la ali só, ao mesmo tempo sentia certa alegria por ter sido deixado em paz com seus pensamentos conturbados e confusos. Ele não queria que ela proferisse uma só palavra a ele para confundi-lo ainda mais.
Fez o mesmo que a menina, sem direcionar uma só palavra a ela, abriu seu material e começou a passar os olhos pela matéria de Geometria Analítica e Matrizes. Ao fitar a matéria de Matrizes, ele olhou para a garota de canto de olho enquanto a via anotar algo em seu caderno pequeno cor-de-rosa. Matrizes era muito fácil para ele, mas será que também era fácil para ela? Será que ela precisava de ajuda em alguma coisa? Ele contemplava a menina escrever rapidamente, mas via o quanto ela mordia o lábio inferior, passando a língua levemente pelo lábio mordido e logo voltava a mordê-lo de novo. Tentação era muito pouco para descrever aquele momento e ele se sentia realmente afrontado a falar com ela e tentar manter uma relação amigável, porque ser amigo dela também era muito bom. Mas ele não queria ser amigo, porra! Ele queria ser a merda do namorado dela. Iria cuidar tão bem dela como nunca cuidou de ninguém em sua vida.
Antes que pudesse cometer algo que iria se arrepender depois, ele voltou sua atenção para a matéria começando a anotar os principais pontos que deveria lembrar. “Foda-se se ela precisa de ajuda. Ela me trocou.”. E ele permaneceu naquela birra total até o intervalo chegar. A sineta tocou e a menina se assustou levemente olhando para ele com os olhos azuis extremamente atraentes. Ele devolveu o olhar, franzindo o cenho e ela mordeu o lábio, arrumando suas coisas depressa e saindo em seguida, deixando a fragrância de morango no ar. Ele respirou aliviado quando viu a sala se esvaziar por completo e esfregou o rosto em suas mãos.
— Essa vadia está me enlouquecendo. — ele esfregava o rosto com mais força. — Eu não vou aguentar. Eu vou acabar fodendo ela aqui mesmo. Ela vai me tirar a sanidade! — ele exclamou mais alto, soltando o rosto com força enquanto jogava a cabeça para trás e largava as mãos em cada perna. — Ela escolheu a porra do namorado. Será que eu não entendo isso?
E num ímpeto ele chutou sua carteira e saiu irrompendo porta afora. Precisava se acalmar ou então não aguentaria a pressão de ficar mais três torturantes aulas ao lado de .

— Separem os grupos e arrumem as fileiras. Teremos prova surpresa agora! — a professora de Inglês falou e toda a classe ficou quieta. Todos odiavam provas surpresas. — Andem logo. A prova tem vinte questões, imagino que não queiram atrasar o horário da saída.
amaldiçoou a mulher com todas as forças. Odiava provas na última aula do dia, ainda mais sendo sexta-feira. Mas ao lembrar-se de que se chegasse em casa cedo ele encontraria o idiota Marcius , ele ficou até um pouco mais animado em ter que responder vinte questões sobre a literatura inglesa e conjugar alguns verbos e organizar frases. A professora passava de carteira em carteira entregando a folha da prova e arrumando as fileiras do modo correto.
— Escrevam as respostas em folha separada, por favor. Não é necessário copiar o enunciado, mas quero que respondam as questões respectivamente. Se houver confusão com os números das questões, eu tirarei pontos. — ela entregou uma folha a , que passou a analisar a prova. — Já podem começar. Não quero conversas paralelas. Cada um com a sua prova e com os seus problemas.
Ao ler a prova, agradeceu mentalmente por não ter faltado aquele dia. Se ele faltasse, teria que fazer mais duas provas. Uma substituta da prova surpresa e uma recuperação adicional para quem precisasse de nota. É claro que ele tiraria uma nota fácil na prova surpresa de literatura, mesmo que não houvesse pegado o caderno para estudar a matéria. Esse era o fator positivo de repetir de ano e rever tudo novamente. Ele deu uma olhada na classe inteira e via todos fazendo a prova correndo praticamente. Não queriam perder tempo naquela escola sendo que era sexta-feira. E ele também não pretendia ficar ali até depois do horário da saída. Ele queria se afastar de o máximo possível.
Passaram-se vinte minutos e ele ainda estava na nona questão. Que merda! Como aquelas perguntas eram enormes e ainda por cima requeriam respostas maiores ainda. Sua mão latejava de tanto escrever e ele ainda amaldiçoava a professora com todas as pragas existentes. Por que ela foi dar aquela merda de prova fodida? Não podia ser apenas dez questões? Mas aí ele se lembrou de que ele estava estudando na melhor escola da cidade e que dez questões nunca seriam a quantidade de exercícios de uma prova que aqueles professores dão. Enquanto esticava os dedos e os estralava, ele olhou automaticamente para , vendo a menina escrever do seu jeito sereno, mas pelo que ele podia ver, ela já estava no verso da folha, o que o fez ficar irritado.
A prova tinha dez questões na parte da frente e mais dez questões atrás. Ele ainda estava na penúltima questão da parte da frente enquanto que e provavelmente a maioria dos alunos estavam no verso da folha, quem dirá quase terminando aquela merda de prova. Rolou os olhos e voltou a escrever, partindo logo em seguida para a décima questão. Assim que acabou, virou o verso da folha encontrando mais exercícios de literatura e só faltou morrer. A partir do exercício quinze que começavam as frases e conjugações, o que ia demorar uma eternidade para ele conseguir chegar lá. Antes que chegasse ao menos na décima segunda questão, boa parte da sala já entregava a prova para a professora e ela os liberava em seguida dizendo que segunda-feira já teria o resultado da prova em mãos. Ele sentiu a ansiedade de ir embora corroer seu corpo e passou a escrever mais rápido, transformando sua letra garrancho em uma letra quase que ilegível. Então ele se lembrou de que os professores idiotas não consideravam questões com letras ilegíveis, o que fez com que o menino tivesse de apagar duas linhas e recomeçar a escrever. Ele sentia a raiva toma-lo por completo e pareceu que iria explodir quando a sineta da saída bateu e grande parte dos alunos se levantou. Ele fitou todos os alunos que estavam em pé e inclusive os cérebros de barata dos jogadores do time de futebol que estavam indo embora. As meninas da torcida também se levantaram eufóricas, mas receberam um “shiu” grosso da professora. A única que ficara escrevendo foi , que nem deu atenção ao movimento da classe.
? — ele ouviu Britney Heigns a chamar. — Você ainda não terminou? — ela ergueu a cabeça para Britney e negou, mordendo o lábio inferior. — Quer que eu te espere lá fora?
Antes que pudesse responder, ela mordeu o lábio mais forte e virou seu rosto na direção de , o que fez com que o garoto ficasse ainda mais confuso. Os olhos verdes de Britney também o observaram.
— Não precisa, Brit. Pode ir embora. Eu ainda estou na quinze. — ela fez um movimento com os lábios e logo Britney se despediu dela, entregando a prova para a professora e saindo em seguida. Ele viu suspirar e voltar a escrever. Sobraram só os dois e a professora dentro da classe. “Pelo menos ela está na quinze. E eu que estou na onze ainda.”. Voltou sua atenção para a prova e passou a escrever mais rápido, mas tomando cuidado para não vacilar na caligrafia. Sua mão latejava forte, mas ele não estava nem aí. Ele queria terminar aquela merda logo.
— Falta muito para vocês terminarem? — a professora perguntou depois de quinze minutos que a sineta tocou. já estava na décima quinta questão, conjugando verbos.
— Já estou na dezoito, professora. — ele ouviu a voz de falar e logo o olhar da professora direcionou a ele.
— Quinze. — disse apenas e voltou a escrever.
A professora deu um suspiro e se sentou em sua cadeira, olhando as provas que ela pegara dos alunos que já tinham ido embora. estava ficando maluco de tantos verbos que ele tinha que conjugar, tantas frases sem noção para concertar e qual verbo idiota daria sentido àquela frase chula. Ele esperava que pelo menos um A conseguisse tirar naquela merda. Ele escreveu mais do que escrevia a semana inteira e ficaria realmente bravo se a professora aparecesse com um B ou C desenhado na folha de respostas.
Assim que chegou na vigésima questão, ele sentiu a euforia tomar conta ele. “Finalmente essa merda acabou! Não acredito que terminei essa droga.” ele pensava, feliz. Logo, se levantou de sua carteira e fez a mesma coisa que ele, ambos caminhando lado a lado para entregar a prova para a professora, que tinha todos os seus pertences guardados. Ignorando a proximidade com , ele viu a professora pegar as duas provas e guardar dentro de uma pasta, se levantando em seguida.
— Bom, obrigada. Segunda já terei a nota de vocês. Bom fim de semana. — ela disse apenas e saiu em direção à porta.
rolou os olhos, estralando os dedos doloridos e logo foi em direção à sua carteira arrumar sua mesa. Ele escutou mexer em sua carteira e supôs que a garota também estava arrumando as coisas dela, mas... E daí? Isso não o importava nem um pouquinho que fosse. Assim que colocou a alça da mochila sobre os ombros, ele se virou para ir embora, mas qual foi a sua surpresa ao encontrar a porta fechada e parada diante dela o encarando de longe com os olhos fortes sobre ele.
— O que está fazendo? — perguntou e fitou a garota com os olhos semicerrados. — Preciso ir embora, com licença?
— Agora não, . — ela disse e franziu o cenho ainda mais. — Temos que conversar antes de qualquer coisa.
Ele sentiu a alça da mochila escorregar por seu braço e logo ele a colocou em cima da carteira, porém sem desviar o olhar da garota parada à porta. Ela tinha as mãos apertando uma a outra e os lábios crispados, claramente nervosa. Ele não estava muito diferente, encarava como se ela estivesse com alguma doença psíquica e precisasse de ajuda rapidamente. Talvez ela precisasse, mas não seria ele a fornecer tal privilégio. Ela o trocou, não é mesmo?
— Não temos nada a conversar. — ele disse frio. — Tudo o que você precisou falar comigo já foi dito há dias atrás.
— Não foi. — ela disse e suspirou alto, virando o corpo para a porta e girando a trinca, trancando-os dentro da sala.
, o que você quer? Eu preciso ir para casa. Não tenho tempo para ficar de conversinha com você.
Ela ignorou o que ele disse e caminhou na direção dele com os olhos azuis cintilando. Ele a fitava com a expressão irritada, mas por dentro revoluções aconteciam e só ele sabia o tamanho da encrenca que era ficar perto demais daquela garota.
— Eu preciso que você me escute. Eu sei que eu falei todas aquelas coisas para você, mas eu realmente preciso que você me dê uma chance e me escute.
— Não sei se eu quero. — ele virou a cara. — Você deixou bem claro que...
— Não interessa o que eu disse, ! — ela exclamou alto e ele a observou. — Eu cometi um puta erro e estou aqui pedindo para você me ouvir. Eu não vou te forçar a nada, eu só preciso que você me diga que vai me escutar. — os olhos dela estavam contorcidos numa tortura visível e ele via que o que quer que ela tinha para falar com ele era sincero.
O que ele perderia em ouvir ? Talvez nada. Ou talvez tudo, pois ninguém o garantia que o que ela iria falar era o que ele queria ouvir. Ela poderia falar coisas sobre o namorado e ele iria ficar maluco de raiva. Como ela ousaria falar daquele idiota? Mas por outro lado, ela poderia falar qualquer outra coisa que não fosse o namorado imbecil. Ela poderia ter muitas outras coisas para falar com ele, não é mesmo? E se ele não escutasse, como ele iria saber? Mas por que ele estava tão inseguro em aceitar?
— Não sei se devo. — ele falou cruzando os braços sob o peito forte. — Da última vez eu deixei você falar tudo e você falou muita coisa. Já não foi o bastante para você?
— Ai, meu Deus! — ela colocou a mão no rosto e logo gritou. — Quer saber? Que se dane tudo! Que se dane educação, que se dane classe, que se dane a porra toda! — ela abriu os braços e o fitou com os olhos sérios. — Você vai me escutar e foda-se se não quiser ouvir, mas vou falar tudo o que está entalado na merda da minha garganta. — era preciso dizer que estava completamente paralisado aquela hora? — Eu pensei que eu queria , que eu o amava, que ele era o cara da minha vida, mas eu me enganei! — a voz dela subia oitavas a mais. — Ele é um grande empecilho na minha vida, ele não é mais o cara que eu conheci, ele passou a significar muito menos para mim depois do maldito dia que eu conheci você. Aquela festa foi a ruína da minha vida. Você me olhar o tempo inteiro foi a chave de todo esse inferno que eu estou passando. Puta que pariu, eu nunca me senti tão atraída por alguém como eu me sinto por você, . Eu nunca quis tanto um cara na minha vida como eu te quero. Eu nunca quis que um cara me fodesse forte como eu quero que você me foda! — a essa altura o queixo de estava no chão e ele via os olhos úmidos da menina enquanto ela berrava, vomitando todas as palavras. — Eu nunca cogitei a possibilidade de trair o meu namorado com quem quer que seja, mas eu penso todos os dias em traí-lo com você. Todos os dias eu penso em como eu fui idiota ao ter escolhido ao invés de você, o quanto eu quis negar para mim mesma o que estava sentindo, o quanto eu quis fugir de toda essa maldita confusão, mas eu não consigo mais! Eu não aguento isso. Eu necessito de você! Você virou a porra de um vício que eu não consigo controlar e tudo o que eu quero é que você rasgue essa merda de roupa que eu estou vestindo e me coma como nunca comeu uma garota na vida. Eu. Quero. Você. Inteiro. Pra mim. — ela disse pausadamente e respirou fundo, o busto acelerado conforme sua respiração ficava ruidosa. — Eu quero você, . Eu estou disposta a largar tudo para ficar com você. Ignore tudo o que eu te disse dias atrás. Não é com que eu quero ficar. É com você.
Cada palavra que ele escutou sair da boca daquela garota maluca estava reverberando por sua mente como um viva voz. “Então ela está me dizendo que se arrepende de ter dito que queria ficar com o namorado? Então ela está me dizendo que quer ficar comigo e que eu a coma? Ela está querendo se entregar a mim, é isso mesmo?”. Sua expressão provavelmente estava beirando ao choque e ele não conseguia desviar o olhar do azul imenso e insano dos olhos daquela menina. Ela respirava acelerado, as bochechas extremamente coradas, os peitos balançando conforme a respiração dela, os cabelos com cachos iluminando sua fisionomia e a pele alva contrastando com todo aquele torpor que era a formosura dela. Puta que pariu. Ele estava oco. Ela disse que ele havia virado um vício? Então ela também sentia toda aquela porra de obsessão que ele sentia por ela? Talvez nem tanto como ele sentia, mas... Ela o queria. Ela queria transar com ele, ela queria foder com ele, ela queria que ele a tocasse, ela o queria total e inteiramente para ela.
— Ai, fala alguma coisa, ! — ela falou alto e ele pareceu acordar. — Eu não estou aguentando essa merda desse silêncio. Eu preciso de uma resposta! Você me quer ou não quer?
E, ah, ela começou a falar palavrões também. E isso era muito excitante.
E ela acabou de perguntar se ele a queria.
Suas pernas estavam presas sob o chão e mesmo cansado de ver filmes em sua mente, ele conseguiu contemplar tudo na frente dele naquele momento. A garota inocente, educada, refinada, filha do administrador da escola, namorada de um garoto rico, desejada por todos os garotos da escola, líder de torcida, gostosa, amável e deliciosa em quem ele estava viciado há meses estava em sua frente implorando para que ele a fodesse. A garota que ele viu dormir, viu transando com o namorado e se masturbando enquanto pensava nele estava em sua frente necessitando que ele a possuísse com força. A garota que tinha um gato desprezível e fofoqueiro (ainda iria acertar as suas contas com aquele gato branco), que era a garota mais bonita que ele já viu na vida, que exercia um poder sobrenatural sobre ele estava a poucos passos de distância dele enquanto exigia que ele arrancasse as malditas roupas do uniforme dela. A maldita saia...
Ela queria foder com ele.
Ela correra atrás dele para dizer que o queria totalmente.
Ela o trancou naquela merda de sala para que pudesse se entregar por completo a ele.
Não iria perder a chance de foder naquele dia. Porém, não naquela sala.
Ele sentiu todo o seu corpo se enrijecer, pegou sua mochila com pressa e puxou pela mão com força em direção à porta. Os passos dele eram largos e fortes, o que fazia com que a menina tivesse que correr para acompanha-lo. Ele saiu corredor afora ainda a carregando pela mão, puxando-a com força.
— Onde você está me levando? — ela perguntou com a voz amedrontada. — ? Para onde estamos indo?
— Cale a boca. — ele disse áspero e só queria chegar logo no lugar certo aonde ele iria, finalmente, foder com toda a força que havia em sua alma.
Ele ainda puxava a menina e logo encontrou o corredor restrito da escola, indo em direção à última porta do corredor, que era a porta do arquivo morto. arregalou os olhos e tocou o braço forte do garoto.
, o que você quer aqui dentro? Não podemos entrar aqui.
! Quer ficar quieta!? — ele berrou. — Guarda a porra da sua voz pra gemer o meu nome enquanto eu estiver te chupando inteira dentro dessa sala. Ao contrário, fica quieta.
A garota tinha os olhos arregalados para ele e não demorou um segundo a mais para abrir a porta do arquivo morto e empurrar para dentro da sala, trancando a porta por dentro em seguida. A sala estava totalmente escura e tudo o que ele escutava era a respiração acelerada de e os batimentos frenéticos de seu coração saltitando dentro de seu peito. Ele soltou o ar e procurou o interruptor de luz, ligando-o em seguida. A luz amarelada era fraca, mas ele conseguia enxergar com nitidez. As bochechas dela estavam ainda mais vermelhas, a blusa social completamente marcada por suas curvas bem acentuadas, os cabelos com a mesma aparência incrível e os olhos azuis o fitavam com confusão, mas logo mudaram para expectativa.
Ele caminhou na direção dela em passos lentos, enquanto via a garota dar passos pequenos para trás, ao oposto dele. Ele passava os olhos sem restrições pelo corpo dela parando nos seios fartos que se mexiam descompassadamente. Mal podia acreditar que estava ali podendo olhar para ela sem disfarçar suas verdadeiras intenções. A cada passo que ele caminhava para ela, ele sentia seu corpo inteiro se enrijecer e somente de pensar que ele estava dentro de uma sala prestes a ter sua foda mais do que esperada com , ele sentia seu pau contorcido latejar por dentro de sua boxer e calça. Ele era capaz de sentir o suor brotando na raiz de seus cabelos e o olhar da garota pesava sobre ele entre expectativa e apreensão. Ah... Aquela garota iria ter a melhor foda que ela já experimentara na vida. Ele iria enterrar seu pau tão fundo dentro da bocetinha pequena dela e iria bombar várias e várias vezes até ela gemer seu nome tão alto que apenas a imagem dele estaria pairando sob seus olhos fechados em êxtase.
Ao ver a menina bater as costas na parede, o olhar dela se cravou ao dele e ele balançou a cabeça negativamente, bem lentamente. Passava os olhos por todo o corpo dela e imaginava quando suas mãos iriam tocar a pele pura dela, sem ter nenhum tecido atrapalhando.
— Espero que você esteja se preparando. — ele disse com a voz baixa, seus olhos fixos no rosto dela. — Isso aqui vai ser uma foda, você sabe disso não é?
— É isso que eu quero. — ela disse firme, com o queixo levantado. — Não quero uma transa comum. Eu quero foder com você. Quero que você me coma por completo.
Ele chegou a milímetros de distância dela e ele era capaz de ver como a respiração dela falhava à medida que ele chegava ainda mais perto. O olhar dela revezava entre os olhos e seus lábios e ele deu um sorriso safado enquanto fixava suas íris nos lábios em forma de coração. Não a tocou inicialmente, apenas enfiou a ponta do nariz em seus cabelos sedosos e perfumados, inspirando levemente o perfume que emanava dali.
— Quanto tempo você estava esperando por isso? — ele puxou o ar com força inalando o perfume e sentiu a menina tremer um pouco.
— Há muito tempo. — a voz dela estava arrastada. — Desde quando começamos a conversar.
— E a festa? — ele passou a ponta do nariz pela pele do pescoço dela, ainda buscando inalar o perfume viciante que ela tinha. — Não significou nada para você?
— Eu quis te beijar. — ela falou jogando a cabeça para trás, mordendo o lábio inferior. — Eu quis sentir o seu gosto na minha língua.
Ele sorriu, soltando o ar no pescoço dela e ela prendeu um gemido. Vagarosamente, uma de suas mãos se colocou sobre a cintura dela, acariciando com o dedão a curvatura bem acentuada do corpo de violão dela. Ele deu um leve beijo na pele do pescoço dela enquanto sentia as mãos dela lhe acariciarem o braço forte.
— Então me dá licença para te mostrar o que um homem de verdade faz numa foda.
E logo ele virou o corpo dela com força, deixando as costas dela apoiadas fortemente em seu tronco. A bunda arrebitada tocava seu pau e ele ouviu a garota exclamar de surpresa e mexer o quadril levemente pela sua ereção. Suas mãos agarraram a cintura dela com força e possessão, trazendo o corpo dela ainda mais para o seu na intenção de encostar sua ereção rígida na curvatura do traseiro dela. A cabeça de foi lançada para trás e apoiada no ombro do garoto, que não perdeu tempo algum para estirar a língua para fora de sua boca e lamber a pele doce e perfumada do pescoço dela. O rastro de saliva era visto mesmo com a pouca luminosidade da sala e ele decidiu que iria deixar sua marca naquela pele tão branca e deliciosa. Cuspiu um pouco para deixar a pele ainda mais molhada e abocanhou uma parte, chupando e sugando para dentro de sua boca fazendo movimentos circulares com a língua na pele da garota que, há essa hora, já rebolava massageando seu cacete duro. Ele tinha os braços abraçando a garota com possessão contra o seu corpo e seus quadris se mexiam em uma dança desconhecida, apenas para conseguirem se tocar intimamente com aquele contato entre a bunda da garota com seu sexo latejante.
A boca de estava devorando a pele do pescoço da menina enquanto as mãos dela pararam na cintura dele, tentando adentrar a camisa social do uniforme dele na intenção de tocar sua barriga sarada. Mesmo percebendo a vontade da menina, ele não conseguia desgrudar sua boca daquele pedaço de carne que ele provava. O gosto de morango agora inundava toda a sua boca deixando-o ainda mais entorpecido e viciado naquela merda. iria enlouquecê-lo, se é que já não estava enlouquecendo.
Depois de tempos chupando toda a área do pescoço dela, vendo que a pele alva dela já tinha grandes marcas vermelhas, ele se lembrou de que havia coisas muito mais interessantes para se explorar no corpo dela, como por exemplo, os peitos. Ah, os peitos de eram tão gostosos que ele não poderia deixar de passar um bom tempo chupando aquelas bolas de mamilos rosados. Então, imediatamente, ele virou a menina para sua frente e sem ao menos esperar um segundo, invadiu a boca dela com sua língua desesperada, no qual ela chupou forte antes de finalmente de render ao beijo. Era a terceira vez que eles se beijavam e depois de tanto tempo sem sentirem o gosto um do outro na junção de suas bocas, era tudo muito intenso quando a vontade aumentava. Suas cabeças moviam-se apressadas uma na direção da outra, ora mudando de lado, ora permanecendo no mesmo lugar, mas cada vez mais abrindo a boca na intenção de receber mais daquele beijo que trocavam. A língua de circulava em toda a área da boca da menina, esfregando-se na língua dela até o ponto de sentir acariciar os dentes da garota, não tardando a enrolar de novo suas línguas mais do que ansiosas. Enquanto uma de suas mãos adentrava a blusa dela e beliscava levemente a pele de sua cintura bem acentuada, a outra mão caminhou pelas costas da menina e parou em sua nuca, onde ele ousou puxar os fios ao mesmo tempo em que direcionava a velocidade do beijo, trazendo a garota ainda para mais perto dele, deixando seus corpos completamente colados e as bocas cada vez mais unidas nos movimentos frenéticos de lábios e línguas. Deu um passo para trás de forma que uma das pernas da garota ficasse entre as suas e quando ela encostou a coxa em seu mastro grande, ambos gemeram com o contato, o que fez com que a beijasse ainda mais forte e enfiasse a língua por completo na boca dela, onde ela chupava com força.
Com uma mordida na ponta da língua, ela quebrou o beijo lambendo os lábios em seguida, os olhos fechados e a cabeça jogada para trás. Os cabelos dela batiam praticamente na metade da bunda e ele agarrou forte os fios pretos direcionando sua cabeça até o ouvido dela, soprando o ar quente de sua boca ali, fazendo com que a menina se arrepiasse fortemente. Ele não percebeu quando a mão ousada de desenhou seu tronco até chegar à sua calça social, que estava realmente apertada. Ele só percebeu a intenção da garota quando ela, de propósito, apertou seu pau com a mão pequena, massageando-o logo depois. Ele grunhiu com força e a jogou em cima de uma mesa que havia perto do monte de estantes com livros e cadernos diversos. A mesa estava abarrotada de papéis, mas ele não queria nem saber. Era naquela porra daquela mesa que ele ia trepar com e dane-se o mundo inteiro. O apertão que ela deu em seu cacete parecia que continuava latejando fortemente como se ela ainda o tivesse bolinando e ele sentiu que precisava se livrar da porra da calça logo de uma vez, mas... Ela estava deitada naquela mesa, o encarando com os olhos azuis travessos, completamente luxuriosos e cheios de expectativa... Ele não podia deixar de jogar o seu peso sobre o corpo pequeno dela e tirar aquele uniforme insignificante que ela vestia.
Desde o primeiro dia que ele a havia visto com o uniforme da escola, ele ficara excitado. Ele mal podia acreditar que estava com a garota em mãos em vez de espiá-la pela porta de seu quarto ou de imaginá-la em seus pensamentos maliciosos enquanto ele se rendia a mais uma punheta. Não. Ela estava ali, deitada naquela mesa com a blusa branca do uniforme transparecendo seu sutiã vermelho, com a saia vermelha levemente erguida mostrando suas coxas fartas e suas mãos no cós da saia, brincando com o tecido enquanto o encarava com os olhos brilhantes de luxúria. Ele jogou seu peso em cima do corpo dela ao se deitar por cima da silhueta pequena, mas segurou um pouco a massa forte de seu corpo para não deixa-la sem ar. Ele era realmente muito grande em comparação com a garota, então teria que ser cuidadoso para não machuca-la com o peso de seu corpo. Puxou o lábio inferior dela com seus dentes e passou a língua suavemente por ele, deixando-o úmido e vermelho. O estalo pôde-se ouvir quando ele largou o lábio de coração dela e a fitou com os grandes olhos transbordando toda a obscenidade que ele queria fazer com ela naquele momento.
— Você queria que eu rasgasse suas roupas, não é verdade? — ele perguntou em um tom safado e ela contorceu o corpo por baixo dele, erguendo um pouco a cabeça na direção dele, olhando com possessão para seus lábios. — Eu estou muito tentado a rasgar essas merdas todas e te deixar nuazinha na minha frente, mas... — ele aproximou seus lábios dos lábios dela, quase os tocando enquanto falava com a voz baixa. — Não irei rasgar nada hoje porque o que eu tiver de ver aqui é só para eu ver e mais ninguém. Quero ter o prazer de te despir completamente enquanto você assiste eu beijar cada traço de pele sua.
— Então faça o favor de tirar logo porque eu não estou aguentando mais ficar sufocada nessa merda. — ela disse e ele sorriu malicioso levando os dedos na direção dos botões da blusa dela enquanto distribuía selinhos leves pela boca dela. Ele voltou a beijar o pescoço dela, lambendo a pele e, abaixo deles, as pernas da garota se abriram completamente, dando espaço para ele se encaixar seu quadril entre as coxas dela. Com isso, ela apertou o quadril do rapaz e enlaçou com suas pernas, no que sentiu que era um sinal para que continuasse com toda aquela saga prazerosa que estava apenas começando.
Quando desabotoou o primeiro botão, seus lábios desceram pelo pescoço dela acompanhados da língua que traçava o caminho delicioso de saliva pela pele dela e então ele deu o primeiro beijo na parte recém-exposta. A pele dela tinha o mesmo aroma de morango que ele tanto amava, mas ele sentia um gosto doce além do de morango que era bem diferente da fruta. Algo na pele dela o lembrava dum doce recheado de leite condensado, pois a pele dela tinha gosto de leite condensado quase beirando ao gosto de chocolate branco e isso o estava enlouquecendo. Ao mesmo tempo em que sua língua caminhava pelos espaços de pele que aparecia, ele inspirava com força o perfume de morango misturado ao de leite condensado que ela exalava e o que mais o intrigava era o quanto ela tinha um gosto doce cravado na pele. Aquela garota era totalmente deliciosa e ele mal podia esperar para sentir o gosto do mel que com certeza estaria molhando sua vagina pequenina, pois ele era capaz de sentir o quente que emanava do sexo dela em direção ao seu que já estava o incomodando dentro da calça.
Ainda totalmente concentrado em desabotoar os botões da blusa da garota, ele continuava seus beijos em linha reta abaixando-se vagarosamente sobre o corpo dela até que o último botão foi desatado. Com um beijo em cima do umbigo dela, ele voltou para cima a beijando em todo o caminho até chegar à fenda dos peitos dela, afundando o nariz por entre a junção dos seios enquanto sentia as bolas lhe apertarem o nariz. O cheiro de morango era forte ali e ele não resistiu colocando a língua dentro da fenda quando retirou o nariz. Ela gemeu quando ele abriu a fenda dos peitos dela e começou a pincelar a língua pela pele dela e chupar as laterais dos peitos que não estavam cobertos pelo sutiã. E ali ele se lembrou de como ela agarrava o mamilo e puxava enquanto ele a espiava se masturbar dentro daquele banheiro. Puta que pariu, . Ele voltou até o rosto dela encontrando os olhos azuis completamente fechados enquanto a boca estava entreaberta e, levemente, encostou sua língua na abertura da boca dela encontrando a língua úmida e macia dela na qual eles entrelaçaram sem ao menos encostarem seus lábios. Assim que ambos não aguentaram ficar somente no enrolar de línguas fora de suas bocas, eles se beijaram com força e aproveitou para retirar a blusa do uniforme dela por completo e jogar no chão da sala do arquivo morto. Não queria aquele pedaço de pano insignificante naquela mesa atrapalhando. A mesma coisa ele pensava do sutiã e não demorou tempo algum para encontrar o fecho da peça e desatá-lo. Ao partir o beijo, ele viu que o sutiã era realmente vermelho como ele havia observado e um sorriso surgiu por seus lábios. Ele adorava garotas vestidas de vermelho e de vermelho era tão provocante quanto qualquer outra. Está aí a explicação para o quanto a saia do uniforme o tirava do sério.
Com os olhos fixos no azul intenso dos dela, ele foi abaixando a alça do sutiã e, com pressa, atirou a peça para longe e passou a olhar os peitos nus da garota. Um fogo começou a brotar dentro dele e ele não aguentaria ficar mais um segundo apenas se lembrando de como ela bolinava o mamilo excitado enquanto se masturbava naquele dia em que ele entrou na mansão escondido. Os seios dela eram grandes e fartos e os mamilos eram rosados e bico estava completamente arrebitado, o que denunciava o quanto a garota estava excitada — a barriga dela se movia conforme a respiração dela ficava ruidosa ao ver se aproximar de seu seio direito. Ele lançou a ela um olhar completamente penetrante e, ainda a encarando, estirou a língua para fora e tocou o mamilo rosado da menina em um movimento reto, mas depois começou a circular a ponta da língua por ele e pela auréola. Sem delongas, abriu a boca e engoliu o máximo do peito dela e passou a sugar forte, o que fazia com que mais pele e carne entrasse dentro de sua boca e o que ele podia fazer era apenas chupar mais forte enquanto sua língua tomava conta de todos os espaços de pele que ele tinha dentro da boca. Seus olhos encaravam a garota e a via jogar a cabeça para trás em sinal claro de excitação. O corpo dela, que estava um pouco levantado, se jogou por completo na mesa enquanto ele sugava seu seio com força querendo deixar a marca de seus chupões na pele dela para que ela se lembrasse de quem a chupou daquele jeito. Ah, ele queria deixar sua marca totalmente no corpo dela e faria questão de que a pele dela ficasse bem marcada de seus beijos, de seus chupões, de suas sugadas, de toda a sua brutalidade por conta da excitação que ele sentia naquele momento. Enquanto revezava os peitos em chupões, lambidas e sugadas violentas que faziam a garota arquear o corpo para cima, ele se sentia preso dentro das roupas que usava e suava com força, molhando o tecido caro da camisa social e se sentia completamente sufocado com a calça lhe apertando o quadril mais do que avantajado pela excitação que sentia.
Os peitos de eram realmente um verdadeiro paraíso, pois quanto mais ele chupava, mais ele se viciava e mais gostava de ouvir a garota gemer baixo enquanto as unhas grandes dela lhe acariciavam os cabelos desgrenhados. Quando afastou sua boca dos seios dela, ele sentiu seu pau dar uma tremida ao ver o tanto que os peitos dela estavam lambuzados por sua saliva e o quanto aquilo era excitante. Assim que ele se afastou, a garota levou a mão no peito esquerdo, apertando-o com força enquanto passava a mão por toda a área que chupou. O garoto encarava a cena e os olhos azuis da menina estavam em um tom mais escuro por conta da excitação que ela sentia e o menino achou que fosse morrer quando ela levou a palma melada com a saliva de até a boca e passou a língua por toda a extensão de sua mão na intenção de ter a saliva de mais uma vez em sua língua. Ele sentiu suas pupilas dilatarem rapidamente naquele momento e ele não suportou.
Teria que pegar aquela garota com força. Como ele estava sendo tão bonzinho até agora? Como ela ousara provoca-lo com lambidas?
E antes que ele pudesse tomar outra atitude, colocou três de seus dedos para dentro de sua boca pequena e começou a chupá-los, sem tirar o olhar de um só segundo que fosse. O garoto acompanhava todo o processo que ela fazia de enfiar e retirar, retirar e enfiar de volta e aquilo estava o deixando maluco. É como se ela mostrasse o que ela seria capaz de fazer quando estivesse com o pau dele em mãos, tendo a liberdade de fazer o que bem entender. E isso fez quase explodir nas calças.
Sem pensar muito, ele pegou o cós da maldita saia vermelha e procurou algum botão ou zíper para abri-la rapidamente. Ah, ele iria chupar com toda a sede que sua alma tinha de ter o mel dela em seus lábios. Ela nunca iria se esquecer das sugadas que ele daria em sua boceta. Ele ficou irritado por não encontrar o zíper da saia e já ia levantando o tecido sem tirar nada quando o interrompeu.
— Assim eu não quero. — ela disse e a fitou com o cenho mais que franzido. Ela não ia fazer doce agora, não é? — Se você quer me comer, tem que me comer direito, . — ela disse simplesmente como se a tensão sexual não estivesse sendo o bastante suficiente para ela ofegar. O garoto estava indignado. — Eu não vou querer que você me foda com essa saia atrapalhando.
— Então dá pra tirar essa merda? — ele rugiu para ela. — Eu não estou a fim de te deixar sambando pelada por aí quando sairmos daqui, então faça o favor de tirar essa droga de uma vez.
— Você não sabe lidar com situações. Tsc, tsc. — ela disse debochando e se sentou sobre a mesa, as pernas bem abertas enquanto estava entre elas a encarando com os olhos irritados.
Antes que ele pudesse responder à provocação da garota folgada, ele viu a menina descer um zíper (de onde ele não sabia), levantar a bunda para puxar o tecido para cima e em vez de tirar a saia pelas pernas, passou a roupa por cima de sua cabeça, fazendo com que seus peitos balançassem pelo cós justo da saia que o atravessou. A garota encarou com uma sobrancelha arqueada em desafio e jogou a saia longe, deixando claro que aquela peça estaria esquecida por um bom tempo. passou os olhos por todo o corpo dela e se fixou na vagina evidente, pois as pernas de estavam bem abertas. A calcinha que ela usava era vermelha e de renda, mas pelos buracos da renda ele conseguia distinguir a boceta que o tirou do sério na noite da masturbação e nas fotos que ele tinha guardado no fundo de seu armário. A barriga lisa e seca da menina tinha pequenas entradas que indicavam a proximidade de seu sexo e quis muito passar a língua naquelas entradas até chegar à vagina dela e chupar por completo. Mas antes que pudesse atacar a menina, ele teve a ideia que o deixou mais do que empolgado e ele não deixaria sair dali sem que ela fizesse aquilo.
— Quero que você se masturbe pra mim. — falou com a voz grossa e a garota arregalou levemente os olhos.
— Tá brincando? — ela perguntou e ele negou, sorrindo safado.
— Vai me negar isso? Eu posso me masturbar na sua frente se você quiser.
— Não se dê ao trabalho. Eu mesmo quero tirar suas roupas. — e com um olhar safado, ela mordeu o lábio inferior e se aproximou dele para lhe roubar um selinho, sugando o lábio dele com os seus. Ela sorriu e ele levantou o queixo para analisa-la melhor. A garota se ajeitou na ponta da mesa que era encostada numa parede e ajustou suas costas, abrindo bem as pernas deixando mais do que visível a vagina coberta pela renda fina. procurou guardar aquela imagem com todas as suas forças. quase que nua em sua frente, com as pernas abertas e pronta para se masturbar. Isso ele não poderia se esquecer em momento algum.
Um dedo da menina desceu do meio de seus peitos, bem lentamente, passando por sua barriga lisa até chegar ao cós da calcinha vermelha. Ela brincou com a ponta do dedo indicador enrolando a renda enquanto o olhar de queimava na direção dela que, enquanto enrolava ainda mais a renda, fazia com que relances de sua vagina aparecessem, deixando o garoto completamente sufocado entre as roupas. A vontade dele era retirar todas as suas roupas e ficar nu na frente dela se tocando enquanto via a menina fazer o mesmo, mas antes que pudesse levar suas mãos até os botões da camisa para retirá-la, esticou os dedos pequenos e desabotoou os botões em uma velocidade tão rápida que ele se perguntou como ela conseguia ser tão ágil com os dedos. Aquilo só o fez ficar ainda mais duro.
A menina abriu a camisa dele com força e o arranhava com as unhas enquanto retirava a peça de seu corpo. Ele agarrou a cintura dela com possessão a colocando sentada em seu colo e roçou sua ereção dura e firme pela vagina dela, que gemeu alto enquanto pressionava ainda mais o pau duro. De repente, a menina se afastou dele e, certificando-se de que não caísse para fora da mesa, levantou-se e ficou em pé na frente do garoto, que a olhava com toda a luxúria e possessão que ele tinha guardados dentro de si. Então ele viu a garota colocar um dedo de cada lado de seu quadril e descer lentamente a calcinha e ir abaixando o corpo à medida que a peça rendada chegava perto de seus joelhos, tornozelos e, enfim, aos pés. Ele tinha o olhar produzindo chamas de fogo intensas que provavelmente faiscavam na direção da menina, mas ela continuou a provoca-lo com o olhar transbordando malícia, mas ao mesmo tempo a inocência dela o instigava a ficar realmente maluco. Assim que ela chutou a peça para fora da mesa, ela virou o corpo, ficando de costas para ele e olhou para a direção dele dando uma piscadela com os olhos azuis brilhando. Ele sentia o suor descer por seu peito forte até se perder nos gomos de seu abdômen e ele achou que fosse enfartar quando viu a garota voltar a se sentar à mesa e abrir as pernas, deixando sua vagina completamente descoberta à mostra e ele fitou toda a nudez deliciosa da menina. Os cabelos pretos já estavam com os cachos se desmanchando e ela os colocava de um lado só do rosto, enquanto seu rosto abaixava e encarava a boceta rosada e os olhos se levantavam lentamente na direção de o provocando. Sem conseguir se conter, o garoto tocou seu pau por cima da calça massageando-o com calma, sem ousar tirar os olhos da garota. Ela sorriu, mordendo o lábio inferior e logo seu dedo indicador desenhou as entradas de sua barriga e tremeu ao ver a garota se aproximar mais ainda da vagina brilhante e encharcada. Até de longe ele conseguia ver o quanto estava pronta para ele, mas... Ele queria tanto vê-la se masturbando novamente, mas dessa vez ela tendo a consciência de que ele estava a assistindo enquanto massageava seu pau enorme coberto pela calça. Ele sentiu seu ventre dar uma contorcida tremenda quando viu a garota desenhar com dedo a linha de sua vagina e puxar os poucos pelos que haviam e logo gemer ao sentir prazer com os pelos sendo puxados. deu uma apertão na cabeça de seu pênis e não aguentou, desabotoando o botão da calça em seguida e enfiando a mão por dentro da boxer, encontrando a carne dura e quente de seu pau latejando com força.
Sem desviar os olhos da menina por um segundo que fosse, ele viu a garota abrir os lábios vaginais e um dedo pressionar um botão rosado que fez com que a garota tremesse e gemesse, fechando os olhos. Ele mordeu o lábio inferior e fixou os olhos no dedo dela que mexia o clitóris em círculos pequenos. O dedo dela se movia com calma em torno do botão inchado e os demais dedos quase tocavam a entrada da menina e quis muito vê-la penetrar os dedos dentro dela, para lhe dar um gosto de como seria quando seu pau estivesse enterrado naquela boceta. Sua mão em seu cacete se mexia mais rápido e ele sentiu o pênis crescer em sua mão enquanto os movimentos do dedo de ficavam mais precisos e os gemidos dela reverberavam pela sala, trazendo a melodia que ele nunca seria capaz de esquecer.
— Ah... — ela dizia enquanto seus olhos estavam fortemente fechados. Ele mordeu o lábio inferior.
— Mexe mais rápido. — ele disse enquanto seus olhos ainda estavam fixos nos movimentos da mão dela. — Pressiona mais, . Vai ficar tão gostoso se você mexer bem rápido. — ele falava com a voz arrastada e sensual, e ficou realmente satisfeito quando viu a garota acelerar ainda mais os movimentos. — Isso, querida. Pressione para dentro...
E ela pressionou o clitóris com tanta força que seus dedos dos pés estavam envergados e sua pele estava arrepiada. Ele grunhiu e largou seu pau composto por veias nervosas e engatinhou na direção da menina. Ela estava com os olhos bem fechados e não foi capaz de ver o garoto se aproximar, apenas se alarmou quando sentiu a mão dele acariciando o braço que lhe bolinava o sexo. Ele a encarou com os olhos fumegando e logo tocou a mão que se movimentava sobre o clitóris excitado. Ele acompanhou o ritmo dela, mas foi só uma questão de poucos segundos até ele substituir o dedo dela pelo seu. Ao tocar na pele macia da vagina dela e sentir o clitóris duro e macio sob seu dedo, ele sentiu que poderia gozar a qualquer minuto, mas segurou-se totalmente na intenção de prolongar o momento o máximo que pudesse. Circulou o clitóris com calma enquanto a menina soltava o ar em seu rosto e, com um beijo firme nos lábios dela seguido de sugadas na língua, ele desceu pelo corpo dela, rastreando o caminho com a saliva e chegou até as entradas dela — sua mão ainda a tocava com calma, deixando a menina na beira da loucura. Ele passou a língua pelas marcas e beijou toda a extensão das entradas e às vezes passava a ponta da língua pelo umbigo da menina, penetrando-o fundo e mexendo a língua por lá. As costas dela se arqueavam severamente e ele aumentou um pouco a pressão no clitóris dela. Não queria que a garota gozasse em seus dedos, queria que ela gozasse em sua boca. Ah, ele queria tanto provar o mel da boceta dela que não aceitaria que ela chegasse ao clímax antes que ele a tocasse com seus lábios e língua.
Vendo que a excitação da menina estava realmente atiçada, ele procurou descer o rastro de saliva para o sexo dela e ela gemeu mais alto colocando a sola dos pés nas costas de , deixando as pernas abertas somente para a cabeça de se infiltrar por dentro das coxas grossas. Ele soltou a respiração na vagina dela e ela gemeu.
— Ah... ... — o nome dele saiu como uma música dos lábios dela e ele soprou mais forte a pele excitada e molhada. — Porra, não me tortura. Ele encostou a boca no topo da linha da vagina dela e puxou com os dentes os pequenos pelos que haviam ali. Ela gemeu mais alto.
— O que você quer? — ele perguntou, os lábios raspando nos pelos pubianos dela, deixando tudo ainda mais prazeroso.
— Eu... Eu quero que você me chupe, agora. — ela disse com falta de ar e ele balançou a cabeça negativamente, como se estivesse falando com uma criança.
— Nananinanão. Eu sei que não é só isso. — ele disse e logo seu dedo escorregou pelo líquido lubrificante dela, encontrando a entrada pequena. Ele controlou o desejo de penetrá-la. Antes precisava que ela saísse do sério.
— Porra, , eu vou acabar com você! — ela gritou mais alto e o garoto sorriu, sentindo-se vitorioso. — Eu quero que você enfie a língua dentro de mim e me chupe inteira, merda! — ele sorriu alto e ela ignorou, continuando a falar como se tudo não o divertisse. — E depois você vai enfiar esse pau inteiro em mim e vai enterrá-lo com força, entendeu? É isso que eu quero que você faça, seu idiota!
Altamente satisfeito, ele estirou a língua para fora e pincelou o clitóris dela, molhando-o com sua saliva. Ela arqueou as costas gemendo mais alto e ele se sentiu mais do que poderoso naquele momento. Ele estava chupando . Estava praticando sexo oral nela e isso era mais do que excitante. Ele circulou a língua pela boceta dela procurando sorver mais do líquido lubrificante dela e o gosto da menina invadia todos os cantos degustadores de sua boca. Ele olhava para ela, completamente contorcida da mesa, e depois fechava os olhos enquanto sugava a vagina dela com força. Ele abria os lábios e abocanhava a carne macia e rosada, sentindo-a preencher cada canto de sua boca com a boceta gostosa que ela tinha. O gosto que emanava da boceta dela não era diferente do gosto de leite condensado que ele sentiu. A garota era realmente doce e isso o excitou mais ainda. Ele voltou as mãos para a bunda dela e aproximou o quadril dela mais ainda de seu rosto na intenção de chupar ainda mais forte. Às vezes puxava os pelos dela e os lambia, molhando-os com saliva. Ele procurou a entrada da garota com a língua e, assim que encontrou, penetrou-a inteira dentro dela fazendo movimentos circulares e atingindo pontos que faziam a garota estremecer fortemente sobre a mesa e sob seus braços. Ele engolia a saliva infestada do gosto da menina e sentia ainda mais vontade de chupa-la sem ter a intenção de parar um segundo que fosse. Assim que ele decidiu que gostaria de descobrir o quanto ela era apertada — pois sua língua também havia ficado um tanto pressionada pelas paredes dela — largou a boceta dela com um estalo forte e dois de seus dedos acariciaram-na desde os pelos pubianos até que encontrassem sua entrada, na qual, com um olhar safado direcionado a ela, ele penetrou. Seus dedos entraram pelo canal escorregadio da menina, mas foram apertados pelas paredes internas dela, o que o deixou com a impressão de que ela era realmente muito apertada.
— Porra, ! — ele grunhiu enquanto estocava os dedos até o talo para dentro dela. As pernas da menina estavam bem abertas e ela tinha o corpo jogado para trás. — Você é apertada pra caralho, garota. Vou te rasgar no meio.
— Eu não me importo. — ela falou alto e ele estocou o dedo mais para dentro da boceta dela trazendo arrepios até mesmo para ele.
Seu pau reclamava fortemente dentro da calça e ele sabia que não iria durar muito tempo até que ele gozasse dentro da boxer. Enfiou mais um dedo dentro dela e sentiu os três dedos realmente apertados dentro dela e ele sabia que ela estava realmente próxima do orgasmo. Bastavam apenas mais algumas estocadas para a menina gozar em sua mão. Ele retirou seus dedos lambuzados de dentro dela e os colocou imediatamente dentro da boca passando a língua por todos eles na intenção de não perder nenhum vestígio que seja do gosto de dentro da vagina dela. Enquanto chupava seus dedos, ele viu a mão da menina descer até o clitóris e recomeçar os movimentos, mas ele bateu de leve na mão da garota, a afastando do sexo.
— Não se atreva. — ele disse zangado. — Agora eu vou te mostrar o que eu sou capaz de fazer. Agora sim você vai experimentar uma foda de verdade. — ele falou e, sem delongas, se livrou da calça social e da boxer apertada, libertando seu mastro rígido e firme, implorando por atenção.
O olhar da menina direcionou-se ao pau dele e ele a viu morder o lábio inferior com força, indo na direção de sua ereção enorme e dura. Ela levantou os olhos azuis para ele, numa inocência sem fim e o pegou com suas mãos pequenas, alisando toda a extensão do mastro dele. Ele sentia suas veias dilatarem por dentro de seu corpo e sentia seu ventre receber um frio cortante como se ele estivesse caindo de uma altura tremenda. Ela passou a acariciar o pau dele com mais força e precisão, fazendo com que as pernas dele tremessem nas bases e ameaçassem perder o equilíbrio. Ela se aproximou vagarosamente da ereção dele e, ao chegar à cabeça, passou a língua pela pele fina de textura dura da glande dele. Ele soltou um gemido alto sentindo o coração bater mais forte dentro do peito, bombeando o sangue em velocidade extrema por seu corpo. A umidade da língua dela em seu pau era perfeita e ela parecia estar fazendo tudo na maior calma, como se ele não estivesse perto de derramar-se por completo. Antes que pudesse agarrá-la e penetrar fundo dentro dela, ela abocanhou seu pau até onde conseguia e começou a bater junto enquanto apertava um pouco a base e massageava os testículos enormes do garoto que já estava mais do que insano. Ela enrolou a língua ao redor dele e, ao chegar na ponta, circulava a língua pelo freio latejante dele e ele sentia que se ela não parasse de chupa-lo naquele momento, iria gozar na boca dela sem restrições, mas... Ele queria gozar com ela, dentro dela, na junção de seus sexos excitados. Não a deixou gozar enquanto estava a chupando exatamente porque queria seu gozo misturado ao dela, queria ter um único corpo ao se juntar com ela e não esperou nem um segundo até agarrar os cabelos dela com força e a jogar em direção à mesa, deitá-la e subir em cima de seu corpo pequeno.
Os lábios dela estavam muito vermelhos e ela passava a língua por eles. O garoto a beijou com força e correspondeu avidamente enquanto abria bem a boca para receber a língua de por inteiro. Assim que eles romperam o beijo, ele soltou o ar no ouvido dela e empurrou seu pau para a vagina dela, deixando a carne dura dele bater no sexo dela.
— Agora eu vou te foder tão fundo que você não vai ver outra imagem além da minha. — ela gemeu enquanto ele continuava falando. — Vou atingir todos os pontos que os idiotas nunca conseguiram. Vou te mostrar que uma foda comigo é melhor do que uma foda com mil caras diferentes. Vou te enlouquecer, garota.
— Então enfia logo esse pau dentro de mim. Eu não aguento mais esperar. — ela disse e ele enfiou sua mão no espaço de seus corpos e segurou seu pau com firmeza e procurou a entrada dela com a cabeça.
Assim que a encontrou, o garoto pressionou a glande para que a vagina dela abrisse caminho e então ele finalmente se sentiu realizado. Tinha por completo em suas mãos e só bastava que ele enfiasse mais fundo para que ele a enlouquecesse de vez. A garota inocente, desejada, gostosa e comprometida não aguentou ficar longe dele e estava ali, molhada e excitada por ele. E lembrar-se de toda a sua história de paixão e obsessão pela menina, acompanhado de um gostar muito intenso, ele não demorou tempo algum para enfiar em uma só estocada, seu pau enorme por inteiro dentro da boceta pequena dela. A garota deu um gemido alto quando ele adentrou por completo o corpo dela e ele se acostumou ao aperto que os músculos vaginais dela submeteram seu pau duro e mais do que excitado. Ele fechou os olhos sentindo a quentura que emanava de dentro dela e se acostumou para poder se movimentar nela sem correr o risco de gozar de imediato. Ele agarrou a cintura dela, elevando o quadril da menina mais para cima de modo a deixar a penetração ainda mais clara e proveitosa. Ele respirou fundo, abrindo os olhos e encarando o azul imenso que o fitava de volta.
— Vai, porra! — ela exclamou e ele grunhiu nervoso.
Retirou seu pau quase por completo de dentro dela e, lentamente, o enfiou de volta deixando a garota gemer longamente ao sentir a extensão dele por completo dentro dela. Ele retirou novamente e em movimentos muito lentos, o colocou de volta e abriu os olhos o fitando com raiva.
— Filho da puta, não me tortura! — ela quase gritava e ele sorriu alto enquanto fazia os mesmos movimentos de retirar rápido e entrar bem lentamente. — Me come direito.
— Tá sentindo isso, ? — ele perguntou enquanto desacelerava os movimentos, quase que parando a penetração. Ela choramingou. — Isso que você está sentindo é tudo o que eu sentia quando você falava do seu namorado e eu ouvia... Tudo o que eu sentia quando eu via que você me queria, mas não assumia porque tinha aquele idiota atrapalhando tudo... Tudo o que eu sentia quando eu via que você não ia me querer... Tudo o que eu senti quando você me disse que preferia aquele palerma a mim. — ele parou os movimentos e os peitos da garota se mexiam descompassadamente. — Agora eu quero que você me diga: Quem você prefere agora? Quem pode te dar prazer de verdade? Quem te faz enxergar o sexo com outros olhos? Com os olhos que você quer ver?
Ela grunhiu com raiva, tentando aproximar o quadril do de para sentir o pau enterrar dentro dela, mas ele o retirou totalmente e ela o olhou, alarmada. Ele fitava a garota com o desafio implícito nos olhos e ela respirou fundo.
— Eu nunca quis tanto uma pessoa como eu te quero, . — a voz ela era sincera e ele mordeu o lábio com força. — Eu nunca senti tanto prazer na minha vida. Nunca me soltei com outro garoto a não ser com você. Eu. Quero. Você. Só você, entendeu? Só você! — ela aumentava a voz. — SÓ VOCÊ! AGORA ME FODE, SEU FILHO DA PU... E então ele enfiou seu pau de volta com toda a força que havia em sua alma e a garota gritou mais alto. Ele bombava com força em movimentos acelerados na boceta dela. Seu pau entrava e saía com pressa do corpo dela e quando chegava ao talo, ele sentia que alcançava fundo dentro do corpo da menina, que estava com as pernas mais do que abertas para recebe-lo cada vez mais para dentro. Seus músculos enormes ganhavam ainda mais evidência pela força que ele aplicava ao seu corpo para foder com força e ele tinha noção de que ficava cada vez maior à medida que ele a fodia em movimentos de vai-e-vem. A mesa arrastava os pés sob o chão quando ele dava o impulso de enfiar o caralho mais fundo dentro dela e quando o retirava para enfiar novamente. A menina gemia forte e ele não estava muito atrás, o suor pingando na junção de seus corpos, pingando na barriga dela e sua voz rosnando excitada enquanto sentia as paredes da menina apertar seu pênis com força. A filha da puta era realmente muito apertada e isso estava fazendo com que seu pau ficasse ainda mais comprimido dentro do corpo dela, prestes a ter o gozo praticamente expulso de seu freio.
— Filha da puta, gostosa... — ele falava com o nariz enterrado no pescoço dela, inspirando o cheiro de morango e leite condensado. — Ah, a melhor boceta que eu já fodi.
... — ela gemia enquanto rebolava o quadril na direção do dele, querendo que o pênis dele a atingisse mais fundo. — Ah...
Ele enfiou o pau inteiro dentro dela e parou de mexer por um segundo. Ela apertou os olhos e ele passou a movimentar o pau circularmente, com o cacete todo enfiado dentro dela. Pelo modo como a menina gemia, ele estava atingindo pontos que a excitavam por completo e ele se sentiu mais do que satisfeito por ver como a garota estava entregue àquele momento. Os movimentos ainda estavam bem calmos e ele a sentia totalmente enquanto circulava seu pau dentro dela. Por mais que ele soubesse que iria gozar em muito pouco tempo, ele não queria deixar de conhecer cada traço daquela garota que roubou sua sanidade e a jogou no lixo. Ele queria conhecer por completo aquela garota infernal que, ao mesmo tempo em que trazia paz, trouxe também muitos problemas.
Mas antes que ele pudesse improvisar em seus movimentos, de repente a garota se levantou e, inexplicavelmente, o colocou sentado na mesa enquanto ela se sentava em seu colo, com seu pau ainda dentro dela. Ele arregalou os olhos para ela e ela se moveu uma vez sobre o pau dele, levantando-se e sentando enquanto o encarava com os lábios pressionados.
— Deixa que eu cuido da foda agora. — ela disse olhando os lábios dele e deu um selinho no garoto, que sorriu e abraçou sua cintura a puxando para mais perto dele.
Ele apertou os dois lados da curva de violão da cintura dela e, com um impulso, ela se levantou sobre o mastro dele e logo sentou novamente, o garoto preenchendo o canal escorregadio de sua boceta. Ela jogou a cabeça para trás ainda movimentando-se devagar sobre ele, mas logo ele não aguentou ser tão torturado e aplicou mais força na cintura da menina, obrigando-a a acelerar os movimentos, ao qual ela não pestanejou e começou a sentar mais fundo no pau dele. Ele ergueu o quadril levemente, a fodendo com toda a sua vontade e força. Enfiava fundo dentro dela e ela arqueava as costas quando o sentia preenche-la mais ainda. Os bicos dos peitos dela esfregavam-se sob o peitoral forte do garoto e ela também não perdeu tempo para arranhar o peito e abdome musculoso do menino puxando os mamilos dele de vez em quando sob seus dedos ansiosos. Ele sentiu seu pau vibrar dentro dela e os músculos vaginais dela o apertaram com força. Ele fechou os olhos e mordeu o lábio inferior, o barulho do pênis adentrando a vagina era evidente e ele sabia que ele iria gozar logo menos.
Ele sentiu a boceta dela o apertar com mais vontade e ele soube que não iria demorar nem dois minutos para se derramarem totalmente. Sem conseguir segurar o pré-gozo, ele desceu um dedo até o clitóris dela o pressionando para dentro em movimentos circulares e a garota gemeu ainda mais excitada, seu pau cada vez mais preso dentro dela. Com mais alguns movimentos violentos pelo clitóris dela, ele sentiu seu pau ficar realmente úmido e a vagina dela o engolir enquanto ela soltava um gemido prolongado e fino, indicando que ela havia chegado ao orgasmo. A pressão em seu pau também foi o suficiente para ele se render por completo àquele prazer inigualável que ele nunca sentiu na vida. Seu esperma saiu em vários jatos, molhando as paredes da garota e o fundo de sua vagina, já que ela estava sentada e o pau dele estava engolido até o talo pela bocetinha apertada e pequena. Ele gemeu e sem pensar muito, o nome dela saiu por seus lábios.
... — ele tinha os olhos fechados e a imagem da menina pairava em sua mente e ele sabia que ela também era capaz de vê-lo naquele momento, pois ela também o chamou.
...
E, sem delongas, ela enterrou a cabeça no peito dele e ele não demorou a abraça-la, aproximando o corpo dela ainda mais do seu. O suor descia pelo corpo de ambos e ele enfiou o nariz nos cabelos desgrenhados dela inspirando o perfume com força. O aroma de morango era misturado ao aroma de sexo e isso ele guardou na mente, pois era mais do que excitante o cheiro de sexo que emanava do corpo dela. Ela também o abraçou e mesmo com o pau enterrado no corpo dela, ele não desfez aquele contato. Estava mais do que conectado a e não era porque seus sexos ainda mantinham encontro em seus quadris. Estavam conectados, pois era inexplicável a sensação que eles sentiam naquele momento. Se pudessem, prolongariam aquelas horas o máximo que conseguissem ou voltariam no tempo para repetir novamente aquela foda totalmente alucinante que acabaram de ter. “Para uma primeira vez, até que foi bom”, o garoto pensou e quis sorrir alto. Tinha sido mais do que bom. Tinha sido foda pra caralho. Finalmente ele havia tido sua primeira vez com , finalmente ela se entregou a ele do modo como ele sempre quis e aquele momento em que eles estavam abraçados, conectados sexualmente e sentimentalmente era o melhor momento que ele poderia querer com . Melhor do que quando ele passou o primeiro dia a seguindo e vendo o quanto ela era encantadora, melhor do que quando ele foi bem recebido na mansão dos e muito bem tratado, melhor do que o pornô que o permitiu ver o quanto a garota o queria... Aquele momento era inigualável. Mas o único problema que o preocupava era o namorado de . Era lógico que ela havia dito que o queria, que ela não queria mais o namorado e que tinha feito a escolha errada, mas... E se ela falou aquilo no calor do momento apenas para transar com ele? E se, quando eles saíssem daquela sala, ela fosse correndo para o namorado lhe pedindo perdão pela traição cometida e depois chegasse nele dizendo que não queria mais saber dele? Ele não sabia se conseguiria suportar a decepção.
— No que você tanto pensa? — a voz doce e meiga dela tirou sua atenção de seu mundo pessoal e ele a encarou com os olhos estreitos.
— Estou pensando em como ficamos agora. — ele disse e a garota franziu a testa em confusão.
— Como assim?
— Você tem namorado, . — ele rolou os olhos. — Vive dizendo isso para mim. Eu não quero ser o seu amante ou coisa do tipo, muito menos...
— Para, . — ela disse mais alto que ele e também rolou os olhos. Ele a fitou. — Do que você está falando? Parece que esse momento não significou nada para você.
— Claro que significou. Por isso que estou preocupado de você vir me dizer que se arrependeu, que foi um erro, que...
, eu já tomei a minha decisão e ela é irrevogável. — ela disse sincera e semicerrou os olhos.
— É mesmo? E posso saber o que você decidiu?
Ela suspirou forte, desenhando linhas abstratas com a unha no peito duro ele e, depois de um tempo, ela levantou os olhos para encará-lo.
— Eu vou terminar com .


*Permanent gray of your world: Cinza permanente do seu mundo.



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