Capítulo Único
- ! – Minah gritou no andar de cima.
- No escritório, Minah! – respondi.
Minah trabalhava comigo. Era fotógrafa como eu, mas se interessava mais pelas edições das imagens. O trabalho pesado sempre sobrava para mim. Mas eu amava o que fazia. Ser fotógrafa sempre foi o meu sonho.
Me mudei para a Coreia há 3 anos, atrás de um emprego imperdível. Um ano depois, fui demitida e foi aí que me tornei independente. Meu escritório era na minha casa e Minah dividia as despesas comigo. As pessoas estavam sempre se casando ou comemorando alguma coisa, e lá estávamos nós, registrando os momentos.
- Você não vai acreditar! – Minah abriu a porta de repente.
- Se você não disser, eu nunca vou saber. Desembucha, Minah! – gritei curiosa.
- Nós recebemos um convite! – ela estava animada.
- E? – nós recebíamos muitos convites. Até fizemos um photoshoot de um grupo de kpop que não era tão famoso. E as fotos ficaram lindas.
- Da Tommy. – ela balançou o celular diante dos meus olhos.
- De quem? – perguntei sem entender o porquê daquele alvoroço.
- A marca Tommy Hilfiger te diz alguma coisa, ? – ela cruzou os braços sobre o peito e eu arregalei os olhos.
- Tá de brincadeira? – larguei o notebook que usava para editar as fotos e dei a volta na mesa, tomando o celular das mãos de Minah e lendo o e-mail ali.
- E nós vamos trabalhar com . – ela suspirou e se abanou com as mãos.
era tão somente o modelo mais procurado da Coreia. Estava nos tabloides toda semana, seja por um desfile, por uma aparição em algum lugar ou por um escândalo. Certo, dificilmente ele estava envolvido em escândalos.
A proposta era simples. iria modelar para a Tommy e eu teria que fazer as melhores fotos que poderia ter. Segundo eles, a marca estava buscando novos talentos no ramo da fotografia e meus cabelos vermelhos tinham chamado a atenção de um produtor que passava por um parque da cidade enquanto eu fazia um ensaio de casamento. Como meu portfólio estava disponível on-line para qualquer um que quisesse ver, eles acabaram por ver as fotos e lá estava eu, recebendo um e-mail para trabalhar para eles.
- Minah, isso é incrível! – lhe devolvi o celular e me joguei na cadeira ao seu lado.
- Não é? Imagina trabalhar com . – ela suspirou de novo.
- Estou mais interessada na marca. – rebati.
- , nós vamos trabalhar com . – ela riu.
- Mimi, nós vamos trabalhar para a Tommy Hilfiger. – rebati rindo.
- Posso confirmar com eles e marcar uma visita? – ela perguntou, mudando de assunto.
- Claro! – respondi rápido.
- Volto em um minuto para editar as fotos com você. – ela saiu do nosso escritório e ouvi seus passos na escada.
Meu coração saltou de alegria de novo. Eu iria trabalhar para a Tommy Hilfiger. era só uma consequência.
***
No dia seguinte, lá estávamos nós indo em direção ao escritório da Tommy Hilfiger na Coreia. Minah quase corria, preocupada por chegar atrasada. Parei diante da grande porta de vidro e segurei Minah pelo pulso.
- Respira, arruma esse cabelo e se acalma. – pedi. Arrumei meu cabelo vermelho e Minah arrumou seus fios cinzentos. Puxei a alça da bolsa que carregava comigo e entrei, sendo seguida por minha amiga. – e Kim Minah. Nós temos uma reunião com o senhor Lee. – eu disse à recepcionista.
- Bem-vinda, senhorita . Senhorita Kim. – ela fez uma reverência contida e nós retribuímos. – O senhor Lee as aguarda.
Dando a volta no balcão, ela caminhou até o elevador, onde um rapaz bonitinho parecia nos aguardar.
- Sou Choi Minhyuk, secretário do senhor Lee. – ele se apresentou. – Vamos, ele está esperando.
Ele nos deu passagem e entrou logo depois, ficando de costas para nós.
- Seu cabelo é bonito, senhorita . E podemos dizer que é por causa dele que estamos aqui. – ele comentou. Mesmo sem ver, podia jurar que ele estava sorrindo.
- E como descobriu meu nome? – suas palavras me fizeram acreditar que ele estava envolvido em tudo aquilo.
- Perguntei a uma das pessoas que estava com a noiva que você fotografava. – ele confirmou minhas suspeitas. – Seu vermelho chama a atenção.
- Ela fica parecendo um vulcão em erupção, quando explode e perde a cabeça. – Mimi riu e usei o cotovelo para lhe acertar as costelas. “Pare de falar”, eu disse sem fazer som.
- Chegamos. – Minhyuk anunciou quando o elevador abriu as portas. – O senhor Lee vai recebê-las em um minuto.
Ele sumiu por uma porta e nós começamos a observar o lugar. Era um escritório bonito, com a decoração em tons de preto e cinza.
- Bem-vindas. – um homem disse e Mimi e eu nos viramos para encarar o dono da voz. Pela imponência e o modo de vestir, aquele só podia ser o senhor Lee. – Minhyuk não mentiu quando falou de seus cabelos, senhorita . – ele riu.
- É um prazer conhecê-lo, senhor Lee. – me curvei e Minah me imitou.
- Vamos, entrem. – ele nos deu passagem. – Muito estilosa, senhorita Kim. – ele elogiou Mimi, que abriu um sorriso enorme. – Sentem-se.
Mimi e eu nos sentamos de frente para a grande mesa e passamos a encarar o homem que sentou na nossa frente.
- Bom, senhorita , tenho muitas recomendações do seu trabalho e do da senhorita Kim. A Tommy tem um contrato previamente preparado para seus fotógrafos, com um valor previamente definido. Mas se esse valor for muito abaixo do seu, podemos negociar. – ele explicou.
- Senhor Lee, só a oportunidade de trabalhar com a Tommy já valeria. – eu sorri.
- E de trabalhar com . – Minah murmurou e eu lhe lancei um olhar de reprovação.
- já assinou o contrato dele. Agora é a vez de vocês. – ele sorriu e Minhyuk depositou os contratos a nossa frente. Quando meus olhos bateram nos números digitados ali, quase cuspi o pulmão fora. O valor era muito acima do meu. – Está tudo bem, senhorita ?
- Sim, senhor Lee. Desculpe assustá-lo. – curvei a cabeça.
- É que ninguém nunca nos pagou tanto. – Mimi riu.
- Valorizamos nossos profissionais, senhorita Kim. – Minhyuk se pronunciou. Assinamos nossos contratos, esclarecemos alguns pontos e os devolvemos a Minhyuk. – Liberem a agenda pelo resto do mês. Nas próximas duas semanas, vocês são da Tommy Hilfiger.
***
Minhyuk nos deu um dia para reagendarmos nossos ensaios que possivelmente cairiam na semana em que trabalharíamos para eles. Só tínhamos 2 contratos em duas semanas, e quando explicamos o porquê da remarcação de datas, os contratantes entenderam perfeitamente. Trabalhar para a Tommy era uma grande oportunidade e todos pareciam entender aquilo.
No meu tempo livre, passei a pesquisar sobre , analisar suas imagens e ver quais ângulos o favoreciam.
Claro que ele não era o único modelo, mas era o principal. vestiria das camisas da nova coleção às boxers que a Tommy estava inserindo no mercado.
- Imagina essas coxas naquela boxer azul que tem no site. – Mimi se jogou ao meu lado enquanto eu analisava algumas fotos de ensaios passados de .
- Mimi, controle-se. Seja profissional. – ralhei.
- , por favor. Olha esse homem, caramba. – ela se irritou. – Ele é alto, definido e incrivelmente... Bonito.
- “Bonito” era a palavra que você queria usar? – perguntei rindo.
- Acho que a palavra certa é gostoso. – ela se corrigiu e eu ri mais ainda.
- Mimi, eu sei que ele é bonito e tal, mas eu preciso que você se controle. – pedi quando parei de rir.
- , assim você ofende meu profissionalismo. – ela cruzou os braços sobre o peito e ergueu uma sobrancelha na minha direção.
- Me desculpe. Mas é que esse é o trabalho da nossa vida. – suspirei.
- Eu sei, . Vai dar tudo certo. Acredite. – ela sorriu, me tranquilizando. – Mas vamos montar uns looks. Amanhã pegamos cedo.
Ela levantou do sofá, completamente animada, não me deixando outra alternativa a não ser segui-la.
♡♡♡
Acordamos cedo no dia seguinte, nos arrumamos e seguimos no meu carro para o estúdio onde seriam feitas as fotos.
Mimi tinha insistido para que eu calçasse minhas botas que eu só usava em ocasiões especiais. Elas tinham um cano curto e eram confortáveis, mas pediam uma produção melhor. E foi o que Mimi fez naquele dia. Eu até tinha passado uma maquiagem, destacando meus olhos.
Assim que estacionei o carro, percebi Minhyuk parado na porta, nos esperando, olhando constantemente para o relógio. Me apressei em pegar minha câmera e Mimi a dela e praticamente corremos na direção do rapaz.
- Não estamos atrasadas, estamos? – perguntei cansada pela corrida.
- Não. Mas sim. Ele deveria ter chegado há uma hora para a maquiagem. – ele olhava para os lados, procurando um que claramente não estava lá. Se estivesse, seria fácil vê-lo, ele tem quase dois metros de altura. O que me faz lembrar que sou uma anã perto dele. – Entrem e se aprontem. Vamos começar com os modelos que já estão aqui.
Já estávamos entrando quando uma voz estrondosa nos fez travar no caminho e arrepiou todos os pelos do meu corpo, de um jeito bom.
- Minhyuk, espera! Me desculpe! Céus, eu estou muito atrasado. – gritava enquanto corria em nossa direção. Vestia jeans preto e uma camiseta sem estampa, também preta. Os cabelos cinza, quase platina, se destacavam naquele look escuro.
E o desgraçado era incrivelmente mais bonito ao vivo.
- Senhor , deveria ter chegado há uma hora! – Minhyuk ralhou dos seus 1,70m, visivelmente menor que .
- Eu sei, eu sei. – ele quase sussurrou, as mãos apoiadas nos joelhos, tentando recuperar a respiração. – Mas eu estava tentando deixar o Toben com a minha irmã. Aquele cachorro está incrivelmente teimoso hoje.
Ele parecia irritado com Toben e não nos notou ali. Mimi se remexeu inquieta ao meu lado e eu segurei sua mão por impulso.
- O senhor Lee vai ficar irritado. Céus, coitado de mim. – Minhyuk murmurou e eu sorri. – , por que ainda está aí parada? Vá se aprontar, mulher! – ele quase gritou. então notou nossa presença e Minah apertou minha mão de volta quando ele olhou diretamente em seus olhos.
- Modelos novas? – perguntou curioso.
- Suas fotógrafas. – Minhyuk respondeu indiferente. – Vá, . Comece a fotografar os rapazes. ficará pronto em uma hora. – com um gesto de mão, ele nos dispensou. Apertei a alça da bolsa e a mão de Minah e a puxei para dentro.
- Ele achou que nós éramos modelos. – ela murmurou. – Significa que nos acha bonitas, . A ponto de ser modelo. – ela começou a dar pulinhos enquanto andava.
- Ou só estava zoando com a nossa cara. – rebati indiferente. Empurrei a porta do estúdio e praticamente a joguei lá dentro. – Vamos, Mimi. Se concentre.
Comecei a arrumar minha câmera e mexi no cenário sem que ninguém pudesse ver. O olhar que nos lançou não me pareceu de admiração. Ele nem sequer tinha nos visto até Minhyuk falar comigo. Arrogante.
Uma staff trouxe um grupo de rapazes e, céus, eles eram lindos. Mimi me ajudava tirando fotos de outro ângulo enquanto eu pegava o ângulo principal.
- está na maquiagem. – Minhyuk se aproximou. – Posso ver algumas das fotos?
Chamei Mimi com uma mão e passamos a mostrar algumas fotos para Minhyuk.
- Eu gostei particularmente desse. Dessa. – me corrigi rapidamente. A foto era de um modelo de pele morena e olhos claros, uma linda combinação.
- É um ótimo ângulo. – uma voz grave falou ao pé do meu ouvido e eu e Minhyuk demos um pulo no lugar, consequentemente assustando Minah. Controlei o palavrão que quis sair da minha boca e encarei o dono da voz.
- Senhor , por favor, não nos assuste assim. – pedi tentando controlar a raiva.
- Ah, me chame apenas de . Vamos ter um bom tempo trabalhando juntos. – ele piscou. – A propósito, belo cabelo, .
Assim que meu apelido saiu de sua boca, os pelos da minha nuca se arrepiaram. Na voz dele, soava grave e sensual.
Mas o que eu estou dizendo?
- Só a título de informação, meu nome é . Só os mais próximos me chamam de . – rebati com os braços cruzados sobre o peito.
- Mas nós podemos ser próximos. – ele enrolou a ponta do meu cabelo entre os dedos grandes e mordeu o lábio inferior, sorrindo em seguida. Mimi fez um barulho baixinho atrás de mim, um suspiro que quase virou um gemido.
- Eu estou de passagem aqui, senhor . – puxei meu cabelo de seus dedos. – Agora, se não se importa, gostaria de começar as fotos.
Levantei a câmera em minhas mãos e encarei Minhyuk ao lado do modelo grande demais. O baixinho tentava controlar o riso, enquanto sorria de forma enigmática, como se estivesse encarando uma expressão matemática e já soubesse a resposta.
- Vamos trabalhar. – bateu palmas e o som reverberou no meu corpo. Eu estava tentando me controlar, mas ele era bonito demais para ser ignorado por meus olhos.
- , você está louca? – Mimi perguntou baixinho. – Você praticamente rejeitou ele.
- Fala sério, Mimi. Olha o que você tá falando. – rebati.
- , você é durona. – Minhyuk comentou ao meu lado. – é bonito demais para ser rejeitado assim.
- Vocês estão malucos, os dois. – me afastei deles e tomei meu lugar para iniciar as fotos. – Senhores, vamos começar. – gritei para os rapazes e todos tomaram seus lugares.
Faria as fotos de com o resto dos rapazes, depois sozinho. A cena era a coisa mais linda que minha lente já tinha capturado. se destacava entre os rapazes, com sua pele branca e seus cabelos acinzentados. O sorriso dele era o mais sensual possível e, céus, estava difícil continuar encarando tanta beleza.
- Acho que temos o suficiente. – gritei no estúdio. – Obrigada, rapazes.
Ouvi um coro grave de “obrigado” e recebi várias reverências e sorrisos de derreter qualquer um.
- Bom trabalho! – reverenciava os rapazes que acenavam para ele. – Somos só nós dois agora, ? – ele me encarou e perguntou com um sorriso malicioso. Em outro contexto, aquilo poderia soar com outro sentido. Mimi suspirou pesado e eu lhe encarei.
- Está tudo bem, Minah? – perguntei preocupada.
- Ah, sim, . – ela parecia frustrada. – Você vai precisar de mim ou eu posso tomar um café?
- Eu preciso de um minuto, . – falei ao mais alto. Segurei o braço de Mimi e me afastei com ela. – O que foi?
- , dê uma chance. é tipo o crush da nação. Eu o acho maravilhoso, mas se você pegar ele, eu vou ficar feliz como se tivesse sido eu. – ela cruzou os braços sobre o peito e riu.
- Mimi, vá tomar seu café. Não sabe mais o que está dizendo. – a empurrei levemente. Voltei para o meu lugar e encarei .
- Ela está bem? – ele perguntou, mas não parecia realmente preocupado.
- Está ótima. Só precisa de café. Podemos? – ergui a câmera.
- Vamos lá. – ele sorriu ladino.
começou a fazer poses e mais poses, uma mais linda que a outra. Às vezes, sorria abertamente. Em outras, fazia uma cara sexy, uma expressão de prazer enquanto jogava a cabeça para trás.
- . – Minhyuk chamou atrás de mim. – Abra a camisa. Alguns botões apenas.
Engoli em seco e virei para encarar Minhyuk, lhe lançando um olhar que misturava reprovação e nervosismo. Quando voltei a encarar , ele estava com parte do peito forte exposto pela abertura da camisa, as mãos no cós da calça, como se quisesse forçá-la para baixo, revelando o elástico do que parecia ser uma boxer vermelha, também da marca. Os músculos de seus braços estavam saltados e ele me encarava com um meio sorriso.
- Está bom assim? – ele perguntou. Não encontrei voz pra responder, estava com a boca seca.
- Ótimo! – Minhyuk exclamou. – O que acha, ?
Me limitei a me esconder atrás da câmera e cliquei uma vez, apenas para dizer que iria começar. Cada clique fazia meu coração falhar uma batida.
Melhor emprego da minha vida.
- Acho que temos o suficiente por hoje. Obrigada a todos. – reverenciei a equipe quando cliquei uma última vez.
- Graças. – ele meio reclamou, meio agradeceu. – Poderíamos tomar um café. O que me diz, ?
- Não posso. Minah está me esperando para irmos para casa. Obrigada por hoje. – reverenciei, juntei minhas coisas e saí quase correndo dali.
POV off
POV
Eu juro que queria entender o que se passa na cabeça daquela baixinha de cabelos vermelhos. Sempre que eu tentava convidá-la para qualquer coisa, ela saía correndo como se estivesse fugindo.
Era isso. estava definitivamente fugindo de mim. Fugiu no primeiro dia de fotos. No segundo. Nos dias das fotos externas. No dia das fotos com as garotas... Eu só não entendia o porquê.
Eu sou , o modelo mais cobiçado da Coreia. Muitas mulheres morreriam para estar na minha cama. Mas eu só conseguia pensar naquela estrangeira de cabelo vermelho. E ela era a única garota que não queria nada comigo. O que eu estava fazendo de errado?
Peguei o celular e disquei rapidamente para quem poderia me ajudar, sem me importar com a hora.
- Por Deus, . São onze da noite. Vai dormir que amanhã faremos o ensaio cedo. – Minhyuk reclamou assim que atendeu.
- Preciso do número da . – ignorei suas reclamações.
- Para quê? – ele perguntou com um tom risonho.
- Assuntos particulares. – respondi sério.
- Não sou autorizado a enviar números de telefones de um profissional para o outro. – ele rebateu.
- Por favor, Minhyuk! Por favorzinho. Eu te levo um café extra amanhã. – implorei.
- Aish! Você é insistente mesmo. Credo. Vou te enviar por mensagem. Vá dormir. – e desligou. Sorri vitorioso e fiquei esperando o número chegar por mensagem. Assim que a notificação apareceu, cliquei no número e fiquei ouvindo os toques atento, enquanto ele chamava.
- Alô? – uma voz com um tom de cansaço atendeu.
- Trabalhando até tarde, ? Pegamos cedo amanhã. – ralhei. Ouvi uma expressão surpresa.
- ? Quem te deu meu número? – ela perguntou.
- Minhyuk. – respondi quase me arrependendo de ter ligado, ela parecia nervosa. – Está ocupada? Estou atrapalhando alguma coisa? – perguntei receoso. Talvez ela fugisse porque tinha um namorado. Ou... não. Esquece.
- Ah, não. Minah e eu estávamos editando algumas fotos, mas ela foi dormir e eu fiquei tentando terminar. – ela explicou. – Por que ligou?
- Queria ouvir sua voz. – confessei baixinho.
- ... – ela chamou em tom de alerta.
- Me desculpe. Você tem um namorado, não é? – perguntei.
- Eu não tenho um namorado. E, antes que pergunte, Minah e eu somos apenas amigas que dividem as contas. – ela respirou forte no telefone. – Mas você está confundindo as coisas.
- Eu sei o que eu quero, . Amanhã conversamos sobre isso. Vamos dormir. Vou sonhar com você. – eu ri e desliguei sem lhe dar direito de resposta.
Não menti quando disse que sonharia com ela. Ultimamente, ela aparecia em meus sonhos, e eles não eram nada castos. Seus cabelos vermelhos sempre estavam espalhados pelos meus lençóis brancos, num contraste perfeito, e minhas mãos estavam em seus seios descobertos. E eu sempre acordava... animado.
Era melhor dormir. Amanhã era dia de fotografar com as boxers. Se não se rendesse, bom... Eu continuaria insistindo até conseguir provar daqueles lábios.
POV off
POV
Acordei cedo, nervosa demais com a ligação de na noite anterior. Ele estava estranho. Estava claramente confundindo nossa relação profissional. Eu não queria acreditar em Minhyuk e Minah, então apenas ignorava ou desviava de todas as investidas dele, mesmo querendo cair em seus braços e beijar sua boca bonita. Não sou de ferro!
- Bom dia! – desejei para todos.
- Chegaram cedo. – Minhyuk sorriu.
- Ninguém me disse o que iríamos fotografar hoje. Estou ansiosa. – respondi.
- Cuecas. Hoje vamos fotografar as cuecas. – Minhyuk respondeu rindo. Arregalei os olhos e encarei Mimi. – O senhor Lee ligou e disse para fazermos uma capa de revista. Algumas modelos estão vindo também.
- E você só me avisa isso agora? – perguntei.
- Algum problema com apenas de boxer? – ele riu mais.
- Nenhum. – Mimi respondeu.
- Estamos prontos? – a voz de ecoou pelo estúdio. Ele vinha enrolado num roupão branco, os cabelos alinhados e descalço. – Bom dia, . – ele sorriu para mim. – Oi, Mimi. – cumprimentou minha amiga que suspirou como uma garota apaixonada.
- Vamos começar. Temos muito trabalho. vai vestir pelo menos umas 10 cuecas diferentes hoje. E fazer uma capa de revista. – Minhyuk bateu palmas e a equipe se dispersou, cada um indo para o seu posto. caminhou até o centro do local de fotos e desamarrou o nó do roupão, deixando o tecido deslizar por seus ombros largos e revelando a primeira boxer do dia: azul.
De repente, o ar parecia pesado demais. O nó do roupão parecia estar na minha garganta.
Pai amado, que obra perfeita.
Ele passou as mãos sobre o abdômen e levantou os olhos para me encarar. E o ar-condicionado não seria capaz de esfriar o calor que subiu pela minha nuca quando seus olhos encontraram os meus.
fez poses e mais poses, uma mais insinuativa que a outra. Por seu corpo ainda passaram as boxers vermelha, preta, cinza, rosé e a convidada especial, que ficou para o final, a branca. E seria com ela que ele estamparia a capa da revista.
Ele tentava ser discreto e eu também, mas vez ou outra ele arrumava o volume ali. E que volume. Provavelmente o frio do ar-condicionado estava fazendo algum efeito sobre si.
- Me digam que estão prontos para a revista. – o senhor Lee chegou gritando no estúdio. Nós tínhamos 6 modelos, de jeans e biquíni, maquiadas e arrumadas, para que ele escolhesse quem faria a capa da revista com .
- As modelos são essas, senhor. – Minhyuk se adiantou e apresentou as meninas. O senhor Lee as olhou com atenção e fez uma cara de reprovação.
- Eu preciso de alguém mais... – e fez um gesto exagerado na altura do peito. Eu ri porque entendi o que ele queria. Mais seios. As meninas eram magrinhas demais. – A pose da capa é muito específica, Minhyuk. Eu sinto muito meninas, mas estão dispensadas. – com um gesto de mão, ele dispensou as modelos.
Sem modelo, sem capa. Hora de ir para casa.
- . – o senhor Lee chamou e eu virei para encará-lo. – Pode tirar essa jaqueta? – ele perguntou incerto.
- Claro, senhor. – tirei a jaqueta de couro que estava sobre meus ombros, sem entender onde ele chegaria com aquilo.
- Temos nossa modelo, Minhyuk. Leve-a para a maquiagem e coloque um jeans da Tommy nela. – ele ordenou ao baixinho. – Eu vou aumentar seu cachê, . – ele gritou para mim.
- Mas o que está acontecendo aqui? – perguntei sem entender.
- Parabéns, . Você vai estampar uma capa de revista comigo. – sorriu ladino.
- Nem pensar! – gritei exasperada. – Vocês ficaram malucos?
- . – o senhor Lee se aproximou. – Você é a modelo perfeita. Eu vou aumentar seu cachê. Seu rosto não vai aparecer. Eu prometo. – ele apertou meu ombro.
- Descreva a foto, senhor Lee. – exigi.
- vai estar exatamente como está, sentado. E você vai estar de jeans, nua na parte de cima, com o peito colado ao dele e a cabeça escondida na curva do pescoço dele. É simples. – ele respondeu como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
- Nem pensar. – neguei. – Eu não vou ficar seminua abraçada com o .
Mimi me puxou pelo braço e me afastou de todos ali.
- Ficou doida? – ela perguntou com raiva. – Está vendo ali só de boxer branca? Eu queria ter peitos o suficiente para fazer essa foto e sentar no colo daquele homem. – ela cuspiu as palavras e eu ri. – Não ria, . Você vai voltar lá e vai dizer sim para essa foto. Vai fazer a maquiagem e vai sentar no colo do e se abraçar àquele corpo maravilhoso. Está me ouvindo? Eu vou estar aqui pronta para fazer a foto.
Mimi se afastou de mim e eu pensei nas possibilidades. Dinheiro a mais. Foto para o portfólio. Sentar no colo de . Mesmo que vestido. Eu poderia comprovar se o volume ali era o que parecia ser.
Suspirei cansada, me amaldiçoado por ser tão fraca e ceder aos meus desejos mais profundos e secretos, e voltei para perto de todos.
- Onde faço a maquiagem?
***
A equipe levou cerca de uma hora e meia para fazer uma maquiagem, que eu julguei desnecessária, e arrumar meus cabelos que caíam soltos por minhas costas cobertas pelo roupão.
A calça da Tommy moldava bem meus quadris e meu peito subia e descia com minha respiração pesada. Eu estava nervosa.
- Vai ficar tudo bem. Não se preocupe. – se aproximou e praticamente sussurrou no meu ouvido.
- Em posição! – Mimi gritou para todos.
beijou minha testa e se afastou. Subiu na cama que tinha ali (usamos em algumas fotos, por insistência de Minhyuk), e sentou de lado, sobre os calcanhares.
- Vamos, . Eu tiro seu roupão quando você estiver em posição. – Minhyuk se aproximou. Caminhei até a cama e subi. Encarei e ele bateu nas próprias coxas, sorrindo arteiro. Desfiz o nó do roupão, o deixando frouxo, e me posicionei, mas sem sentar eu seu colo. As mãos grandes dele adentraram o roupão e apertaram minha cintura, puxando meu corpo em sua direção, colando meu peito ao seu.
- Pronta? – ele perguntou com a testa colada na minha. Não respondi, apenas sentei eu seu colo coberto pela boxer, e, céus, como eu queria que nada nos incomodasse ali. O volume era real. Abracei sua cintura com nas pernas e coloquei os braços para trás.
- Pronta. – respondi olhando em seus olhos.
Minhyuk deslizou o roupão pelos meus braços, me deixando apenas de calça, e eu automaticamente descansei meus braços nos ombros de . Escondi o rosto na curva de seu pescoço e respirei fundo, vendo sua pele se arrepiar. De repente, senti seus lábios macios na tatuagem que eu ostentava no ombro e em parte do braço.
- É linda. – ele sussurrou contra a minha pele. Eu estava me sentindo quente demais, com sérias dificuldades para respirar.
Eu ouvia os cliques da câmera da Mimi, mas evitava me mexer para não cair numa situação constrangedora. Já estava sendo difícil demais sentir minha pele arrepiada e meus seios eriçados contra o peito dele.
- , como uma boa fotógrafa, suponho que você consiga fazer dessa uma foto mais sensual, sem mostrar seu rosto. – o senhor Lee gritou. – Vamos lá.
- Siga meus comandos. – ordenei para .
Virei seu rosto para que ele encarasse a lente de Mimi e apoiei meu rosto na lateral do seu. Levei uma de suas mãos ao meu quadril e coloquei a minha por cima da sua, levando minha outra mão aos seus fios e puxando sem força. Os cliques de Mimi eram incontáveis.
- Posso sugerir uma pose, senhor Lee? – perguntou quando os flashes pararam. Ouvi um murmúrio de aprovação do senhor Lee. – Minhyuk, traga o roupão da . Preciso que confie em mim. – ele sussurrou para mim. Apenas confirmei com a cabeça. Senti o roupão em meus ombros e me afastei dele. – De costas, . Postura reta. – ordenou. Apertei o roupão contra o corpo e fiz o que ele disse. – Eu vou colocar minhas mãos em seus seios e você vai tirar o roupão, OK?
Eu nem tinha mais voz para responder. Meus mamilos estavam eriçados desde que começamos isso e eu já me sentia extremamente excitada. não estava diferente. Seu volume batia na minha bunda e eu só queria poder levar a mão até ali para ouvi-lo gemer. Eu estava fora de controle, era isso. Fugi de todas as investidas para acabar assim, excitada e com as mãos de cobrindo meus seios nus.
As palmas das enormes mãos de encontraram meus mamilos rígidos e eu tive que controlar minha vontade de gemer. Minhyuk puxou o roupão que estava entre nós e tentou ajeitar as mãos, quase massageando meus seios de uma forma gostosa.
- Apoie a cabeça no meu ombro. E não se mexa, ou eu vou acabar gemendo. – ele colou o corpo ao meu o máximo que pôde. E lá estávamos nós, quase protagonizando um pornô no meio do estúdio.
Os cliques de Mimi eram frequentes. Eu podia ver os flashes, mas estava mais interessada naquele corpo quente junto do meu.
- , me encontre no meu camarim em 5 minutos. – ele sussurrou, seu hálito quente resvalando em meu ouvido.
- Bom trabalho, pessoal! – Mimi gritou e Minhyuk correu em minha direção com nossos roupões. Vesti o meu e jogou o dele por cima do ombro, saindo apressado do estúdio. Lhe acompanhei com os olhos e, despistando todo mundo, lentamente o segui. Assim que entrei no camarim, o encontrei ainda de boxer andando de um lado para o outro.
- Está tudo bem, ? – perguntei para chamar a sua atenção. Ele se virou abruptamente e caminhou em minha direção, tomando meus lábios de forma voraz. Sem ter como fugir daqueles braços enormes, apenas aceitei o beijo até que nós dois ficamos sem fôlego.
- Eu não aguento mais, . Você tá me deixando louco. – ele sussurrou próximo à minha boca.
Mas o que foi que eu fiz, meu pai?
- Eu não estou entendendo. – me afastei levemente dele. – O que eu fiz?
- Você me deixou louco de desejo. – ele se aproximou novamente. – Eu só consigo pensar em você, na sua boca, nos seus cabelos espalhados no lençol da minha cama. No seu corpo no meu, . Estou louco para tirar essa calça e ver o que você está vestindo por baixo. – suas mãos foram para o nó do meu roupão com a clara intenção de desfazê-lo. Coloquei minha mão sobre a sua e me afastei minimamente.
- Não, . – disse com a força que me restava.
- O quê? – ele perguntou visivelmente confuso.
- Isso é tesão acumulado. Procure alguém e resolva seu problema. Amanhã temos o ensaio com as meninas e não queremos situações constrangedoras. – eu ri sem humor.
Por mais que eu quisesse seguir os conselhos de Mimi e me fartar nele até que eu não tivesse mais forças, quando acabasse, eu sairia prejudicada. tem cara de que fode bem e direito, e eu provavelmente não acharia mais ninguém que me satisfizesse como ele.
- , eu não estou entendendo. – ele me olhou com a testa franzida.
- Eu também quero isso. Mas não desse jeito. – cruzei os braços sobre o peito ainda coberto apenas pelo roupão.
- O que você quer de mim? Um pedido de namoro? – ele perguntou com as mãos na cintura e uma expressão debochada.
- Uma cama já era suficiente. Não tem a menor chance de uma rapidinha naquele sofá minúsculo. Não caberíamos os dois ali. – rebati irônica e apontei para o móvel. o encarou e me olhou com uma careta. – Se vista e vá descansar, .
Dei as costas e fui para o camarim onde eu tinha deixado minhas roupas. Demorei mais que o necessário para me vestir, na esperança de que já tivesse ido embora quando eu saísse.
Grande foi o meu engano.
Assim que entrei no estúdio onde Mimi me esperava, estava plantado entre ela e Minhyuk, devidamente vestido, de braços cruzados sobre o peito forte e com um sorriso pretensioso no rosto.
- , as fotos vão ser à tarde amanhã. – Minhyuk explicou com um sorrisinho.
- O que aconteceu com as fotos pela manhã? – perguntei confusa.
- disse que vocês precisam resolver umas coisas hoje e me pediu a manhã de folga. – ele entortou a boca em um sorriso malicioso.
Aquele maldito tinha pensado em tudo?
- Resolver que coisas? – encarei , mas foi Minhyuk quem respondeu.
- Algo sobre as fotos de peças íntimas. – o baixinho riu.
Sei bem de que peças íntimas ele estava falando.
- Dê a chave do seu carro para a Minah. – ordenou. – Quando acabarmos, eu te levo em casa. – ele sorriu. Aquela frase tinha tantos sentidos que eu fiquei momentaneamente sem ar. Mimi estendeu a mão com um sorriso de lado e eu a encarei.
- Vamos, . Quero ir para casa. – ela me apressou. Lhe encarei e ela ergueu as sobrancelhas, como se me desafiasse a lhe contrariar. – A chave, . Vá resolver suas coisas.
Suspirei derrotada e entreguei a chave para Mimi, virando para encarar .
- Se despeça e vamos. – ele disse com uma voz grave.
- Pare de me dar ordens, seu metido. – ralhei. se aproximou de mim e colou a boca no meu ouvido.
- Você sabe onde eu quero estar metido. – ele sussurrou. – Te espero lá fora. Até amanhã, pessoal. – se despediu e saiu.
- Vocês dois, sinceramente. – encarei Mimi e Minhyuk. – Nem para me ajudar.
- Estamos te ajudando. – Mimi rebateu.
- A ter uma foda maravilhosa. – Minhyuk comentou.
- Calem a boca. Só vamos conversar. – dei as costas e me dirigi à saída, ouvindo um “aham” alto e malicioso vindo dos dois. – Cuidado com o meu carro, Kim Minah! – gritei de costas para ela.
Peguei minha bolsa e saí do estúdio, indo para o estacionamento e encontrando escorado em um carro enorme, igual ao ego dele.
- Pensei que tinha desistido. – ele me olhou.
- Considerando o fato de que eu não sei o porquê dessa reunião de emergência, eu deveria mesmo ter desistido. – me fiz de desentendida. andou em minha direção, e com as mãos em minha cintura, aproximou nossos corpos de forma violenta. Arfei alto pelo contato, sentindo uma semiereção ali.
- Tem certeza de que não sabe de nada? – ele soprou no meu ouvido.
- ... – eu iniciei, mas fui cortada.
- , por favor. Pare de falar. Pare de dizer que eu estou confundindo as coisas. Vamos apenas aproveitar esse momento, sim? – ele disse cada uma daquelas palavras com o nariz colado ao meu rosto, passeando pela pele, em um carinho gostoso. Fechei os olhos e suspirei, abraçando seu pescoço.
- Eu odeio o quanto você é incrivelmente insistente e irresistível. – me dei por vencida e beijei seus lábios. nos girou e começou a me empurrar até me escorar em seu carro, prensando meu corpo com o seu.
- Vamos embora antes que eu tenha você para mim aqui mesmo. – ele disse contra meus lábios. Sorri involuntariamente e o empurrei levemente.
- Vamos, temos que falar sobre as fotos. – disse baixinho e ele riu com vontade.
- Sim. As peças íntimas. – ele confirmou e se afastou de mim e eu dei a volta no carro, entrando no lado do passageiro e encarando ao meu lado. Ele colocou o carro em movimento e dirigiu apressadamente até um prédio que não ficava muito longe dali.
Saímos do carro, tomando o elevador que nos levaria até o andar de . Assim que as portas se fecharam atrás de mim, se colou ao meu corpo e passou a me beijar com vontade.
- , alguém pode nos ver. – o empurrei pelos ombros.
- As pessoas ricas desse prédio provavelmente estão trabalhando a essa hora. – ele se aproximou de novo, mas o barulho do elevador anunciando o andar o fez olhar para os lados. – Chegamos.
As portas do elevador se abriram pra um apartamento enorme. Não tinha um hall separando o elevador do apartamento. As portas já se abriam dentro do apartamento. Meu queixo caiu, completamente chocada pelo que estava vendo.
- ... – chamei baixinho, encantada pela decoração em tons de preto e branco e pela enorme parede de vidro de onde era possível ver toda Seul com suas luzes bonitas. Queria poder tirar uma foto dali.
- É lindo, eu sei. – ele riu e me abraçou por trás. Afastou meu cabelo e beijou minha nuca. – Eu deixo você olhar o quanto quiser depois, mas agora tenho outras prioridades.
Seus dentes rasparam na minha pele e eu me arrepiei por completo, um tremor correndo pelo corpo e respondendo em minha intimidade.
- Sim, as peças íntimas. – consegui fazer piada.
- Exato. Quero ver as que você está usando. – suas mãos largaram minha cintura e foram para os meus ombros, puxando a jaqueta, e logo voltaram à cintura, dessa vez por baixo do tecido da camiseta. Suas unhas curtas arranharam minha pele e eu gemi em resposta. – Me diga que eu posso tirar tudo.
- Tire. – suspirei. – Tire tudo e acabe logo com isso. Não estou aguentando mais as provocações. – quase ordenei.
- , você não sabe o quanto eu acho sexy esse seu tom de ordem. – ele sussurrou em meu ouvido e suas mãos subiram por meu tronco, levando minha camiseta para cima e expondo meu sutiã negro.
- , eu adoro sua voz grave e sussurrada, mas, por favor, fale menos e faça mais. – pedi de novo. Ele me virou de frente para si e me encarou com um sorriso safado.
- Meu quarto. – foram as únicas palavras que ele disse. Começou a andar e consequentemente me empurrar em direção a algum lugar que eu achei ser o quarto. Minhas suspeitas se confirmaram quando senti algo macio de encontro às minhas pernas e caí deitada no colchão.
puxou sua camisa pela cabeça, expondo aquele corpo maravilhoso de novo e fez o mesmo com minha blusa. Seus dedos longos acharam o fecho do meu sutiã com rapidez e ele se livrou da peça tão rápido quanto. Senti sua boca de encontro aos meus mamilos rígidos e gemi alto, sentindo seus lábios se curvando em um sorriso contra minha pele. Quando satisfeito, desceu uma trilha de beijos pelo vão entre os meus seios em direção à minha calça. O botão foi aberto com rapidez e a calça saiu do meu corpo de repente.
- O que mais você está escondendo de mim, mocinha? – ele perguntou quando viu o grande apanhador de sonhos tatuado em minha coxa.
- Nada. Juro que essa é a última. – sorri de sua expressão desconfiada.
- Queria que a Tommy vendesse calcinhas também. Pra gente tirar foto assim. Você só de calcinha, com esse corpo todo exposto, as tatuagens se destacando... – ele mordeu o lábio inferior.
- Eu não sou modelo, . – respondi sorrindo.
- Modela só pra mim, então. Eu vou adorar fotografar você. – ele sorriu.
- , menos palavras. – ordenei.
- Mais ação. – ele levou os dedos à lateral da minha calcinha e puxou para baixo, me deixando completamente nua. Esticou o braço e guardou o tecido na gaveta ao lado da cama, de onde tirou um preservativo.
- Essa calcinha é minha. – apontei.
- Era. Agora é minha. Lembrança. – ele deu de ombros. Tirou a própria calça, revelando uma boxer vermelha e um volume indecente e delicioso ali.
Se ajoelhou diante de mim e separou minhas pernas. Quando seus lábios tocaram minha intimidade, arqueei as costas, completamente tomada pelo prazer, e levei minha mão aos seus cabelos, o pressionando contra mim. Quando estava quase chegando ao ápice, se afastou bruscamente.
- , eu não consigo mais. – ele levantou e se livrou da boxer com pressa, vestindo o preservativo. Me ajeitei na cama e ele subiu, posicionando o corpo acima do meu. – Me avise se doer.
Quando pensei em perguntar porque ele achava aquilo, olhei para o seu membro e entendi. Ah, o volume…
Ele guiou o membro para minha entrada e me penetrou devagar, soltando gemidinhos roucos a cada centímetro que se afundava em mim. Quando chegou ao fim, gememos juntos, de olhos fechados. Com as mãos em minha cintura, ele iniciou movimentos contidos e lentos, mas os sons que escapavam de sua garganta indicavam que ele não continuaria assim por muito tempo.
Abracei sua cintura com minhas pernas e puxei seu corpo mais para perto. E foi aí que ele perdeu o controle. deitou o corpo sobre o meu e acelerou os movimentos, deixando o ritmo quase frenético. Suas mãos se colocaram ao lado da minha cabeça e seus dedos longos bagunçaram meus cabelos sobre o lençol.
- . – ele gemeu rouco no meu ouvido, sua respiração pesada fazendo cócegas na minha pele. – Diga... diga que está vindo. – ele pediu.
- ... só... só mais um pouco. – ofeguei. Ele parou os movimentos e eu lhe encarei confusa. se afastou o máximo que pôde e estocou com força, atingindo algum ponto em mim e me fazendo literalmente gritar. – Aí . De novo.
Com o mesmo movimento repetido mais duas vezes, eu me desfiz com um gemido agudo. intensificou os movimentos de novo e rapidamente chegou ao ápice com um som rouco que rasgou sua garganta e arrepiou os pelos do meu corpo. Seu corpo caiu sobre o meu, exausto e suado, e eu me abracei ao seu pescoço, tentando me recuperar de tudo.
- Isso foi incrível. – sussurrei contra a pele de seu pescoço.
- Queria poder fotografar esse momento. Seus cabelos vermelhos estão lindos contra o branco da minha cama. – ele respondeu.
- Eu prefiro estar atrás da câmera, não na frente dela. – rebati. – Você vai me levar em casa, não é? – perguntei baixinho.
- Vou. Mas descanse primeiro. Não quero ter que te carregar no colo até sua casa. – ele beijou minha testa e se afastou, sumindo por uma porta. Inspirando o perfume de impregnado nos lençóis, eu adormeci.
***
Acordei no meio da noite na completa escuridão. Me vi com a cabeça deitada no peito de e com sua mão em minha cintura, nós dois ainda nus. Me levantei lentamente para não acordá-lo, vesti a blusa que ele vestia quando chegou ao estúdio, uma camiseta azul, e saí na ponta dos pés. Fui até a cozinha e preparei um chá. Peguei na xícara e me aproximei da parede de vidro, observando Seul.
- Perdeu o sono? – a voz de preencheu o cômodo. Virei para lhe encarar e o encontrei de com a mesma boxer de antes, os olhos inchados pelas poucas horas dormidas.
- Acordei assustada. Vim tomar um chá. Espero que não se importe. – expliquei. se aproximou e me abraçou por trás.
- A vista é linda. – ele sussurrou.
- Eu vou ter que tirar algumas fotos. – suspirei.
- Não estou falando daquela vista. Estou falando dessa. – ele deslizou as mãos pela minha barriga e as direcionou aos meus quadris. Seu nariz passou pela pele do meu pescoço e eu me arrepiei involuntariamente.
- Acho que eu deveria ir para casa. – murmurei.
- Vamos aproveitar o restinho da noite, . Por favor. Você nunca mais vai me dar outra chance que eu sei. – ele mordeu o lóbulo da minha orelha.
- . – alertei.
- Eu sei. Você não acha isso certo. Mas nós somos só um homem e uma mulher buscando a satisfação. Ignore nossas relações profissionais. – ele pediu quase sôfrego.
- Só hoje. – me dei por vencida.
Uma das mãos dele deslizou por entre as minhas pernas e seu dedo alcançou minha intimidade, fazendo movimentos circulares sobre meu clitóris. Me senti sendo empurrada até mais próximo da janela e só então me dei conta de que ainda segurava a xícara, agora vazia.
- , a xícara. – eu ri.
- , você vai mesmo me atrapalhar por causa de uma maldita xícara? – ele tomou o objeto das minhas mãos e esticou o braço até o apoio mais próximo, uma cadeira, deixando a xícara lá. – Você é inacreditável, garota.
- Poderia quebrar. – eu disse ainda olhando para a parede de vidro.
- Quem se importa? Minha prioridade é você. Eu posso comprar outra xícara depois. Já você... eu só posso ter essa noite. – ele soprou contra a minha pele.
Suspirei feito uma garota apaixonada. sabia usar as palavras. E a boca. E as mãos, que, inclusive, apertavam meu corpo contra o seu. Estendi a mão e a apoiei contra o vidro frio da parede/janela e voltou com seu trabalho em meu clitóris, seu membro já ganhando vida contra a minha bunda.
- Você já está pronta para mim de novo? – ele perguntou e seus dedos se deslizaram para a minha entrada. Senti ele penetrar um dedo e me remexi inquieta com o prazer que me tomava.
- ... Alguém pode nos ver. – alertei. Afinal, eu estava quase nua prensada entre uma parede de vidro e o corpo de .
- Só nós podemos ver lá fora. Eles não podem nos ver. – explicou sem parar o trabalho de seus dedos em mim. – Me deixe ter você de novo, . – ele pediu com um gemido.
- Proteção. – disse simplesmente.
A quem eu estava querendo enganar? Era óbvio que eu queria mais e mais de . Aquele gigante insistente é viciante.
Ele se afastou e eu quase caí pela falta de apoio e contato. Virei o rosto apenas para vê-lo entrando no quarto e saindo de lá rapidamente com um preservativo em mãos.
- Sinceramente, garota. Qual o seu feitiço? – ele colou o corpo ao meu novamente.
- Neta de bruxa. – eu ri.
- , empina pra mim, antes que eu enlouqueça. – ele pediu grave. Apoiei as mãos no vidro frio e empinei a bunda na direção de , o observando por cima do ombro.
Ele baixou a boxer o suficiente para que seu membro se visse livre e vestiu o preservativo. Com uma mão em meu quadril e a outra em seu membro, ele o guiou para a minha intimidade e penetrou devagar, gemendo rouco e alto. Começou a se movimentar, a princípio, com um ritmo leve que ganhou velocidade quando seus dedos deslizaram pela minha pele e encontraram meu clitóris outra vez. Gemi alto e comecei a empurrar o corpo contra o dele, até que senti minhas pernas fraquejarem.
- ... . – chamei entre ofegos. – Minhas pernas.
Meus músculos doíam pela posição extremamente prazerosa, porém igualmente desconfortável. Ele parou seus movimentos e saiu de mim, se afastando, e minhas pernas quase cederam. Me puxou pela blusa e caminhou decidido para o móvel mais próximo: a cadeira onde ele tinha descansado a xícara, que rapidamente foi ao chão, em um movimento brusco, se espatifando em pedaços. Ele sentou e me puxou para o seu colo, me fazendo colocar as pernas ao lado de suas coxas, no pouco espaço que tinha, e guiando seu membro para a minha entrada, me fazendo sentar devagar sobre si.
- Rebola. – ele ordenou com os olhos fixos nos meus. Me abracei ao seu pescoço e colei minha testa a sua. Comecei a movimentar o corpo para frente e para trás, num vai e vem mais que prazeroso. fechou os olhos e respirou pesado, o ar batendo em cheio no meu rosto. Não me contive e o beijei desesperadamente, aumentando o ritmo de meus movimentos. Partimos o beijo apenas gemer alto quando atingimos nosso ápice juntos.
- ... – chamei de olhos fechados e recebi um breve selar em resposta. – Acho que precisamos de um banho.
- E cama. – ele completou.
- E você precisa juntar os cacos da xícara. – alertei.
- Amanhã. Agora preciso de descanso e do seu corpo abraçado ao meu. Na minha cama. – ele levantou comigo no colo e eu enrolei minhas pernas ao redor de sua cintura. Tomamos um banho rápido e deitamos de conchinha, de boxer e eu com outra de suas camisas, rezando para a noite nunca acabar.
***
Acordei na manhã seguinte com ao meu lado. Graças aos heróis, ele não estava agarrado a mim. Levantei devagar, fiz uma higiene rápida, vesti minhas roupas (sem a calcinha, que além de roubada, foi escondida) e saí de fininho. Peguei o primeiro táxi que vi e fui para casa. Minah dormia tranquilamente em sua cama e não me viu chegar, o que me dava brecha para dizer que cheguei ainda na noite anterior.
Resolvi dormir pelo resto do dia, mas fui acordada poucas horas depois por uma Minah eufórica e ansiosa por informações, como se eu fosse dizer alguma coisa.
- Kim Minah, pare de perguntar e vá se vestir. Temos que estar no estúdio daqui a pouco. – ralhei.
- Eu pergunto ao , não tem problema se não quiser me contar. – ela deu de ombros e saiu. Suspirei cansada porque sabia que era passível a abrir aquela boca deliciosa e contar tudo para quem perguntasse.
Depois de devidamente arrumada, segui Minah até o estúdio, completamente sem vontade de encarar .
- Você está horrível. Nem parece que trans... – Minhyuk começou e eu rapidamente coloquei minha mão sobre sua boca, no intuito de lhe calar.
- É exatamente por isso que ela está horrível. Não a vi chegar ontem e ela não quer me dizer nada. – Minah fez uma cara de reprovação.
- Precisamos de detalhes, . – Minhyuk disse contra a minha mão.
- Nada de detalhes. Não tem nada para contar. – insisti.
- Vamos começar? – a voz de reverberou pelo estúdio e eu me encolhi no lugar. – Oi, . Oi, Mimi. – ele disse simples e sorriu. – , acho que precisamos conversar sobre a festa de lançamento da revista. Depois do ensaio, lá em casa? – ele piscou e se afastou.
- Deus, por que eu não nasci com essa sorte? – Mimi choramingou ao meu lado.
Deus, por que não consigo resistir?
- Eu queria não ter nascido com ela. – menti para disfarçar e comecei o ensaio. Pelo visto, e eu ainda tínhamos muito o que conversar.
♡♡♡
Um mês depois do fim do ensaio fotográfico, o senhor Lee marcou uma conferência de imprensa para lançar a nova coleção e a capa da revista e praticamente me obrigou a estar presente, na bancada, respondendo às perguntas dos jornalistas.
Mimi estava de pé ao meu lado apenas para me dar apoio. Disse que não responderia nada e que eu tinha sido a responsável por estarmos ali. estava sentado do meu outro lado e o senhor Lee e Minhyuk observavam de longe. A conferência era nossa.
Muitas perguntas foram direcionadas a , claro, até que um rapaz alto levantou a mão e direcionou sua pergunta a mim.
- Senhorita , sabemos que a senhorita é americana. – ele iniciou, mas eu o cortei.
- Da América do Sul. – corrigi.
- Sim, mais precisamente do Brasil. – ele sorriu ladino. – E que veio por um emprego que não deu certo. Como foi parar na Tommy?
Meu Deus. Eles sabiam demais.
- Minhyuk nos achou em um ensaio externo para um casamento. – expliquei.
- E os cabelos vermelhos dela chamaram a atenção. – Mimi me empurrou e respondeu. – Nosso portfólio está disponível on-line, senhores. Temos ótimos trabalhos. – ela piscou. Os repórteres riram e balançou a cabeça em negativa, com um sorriso no rosto, não acreditando na petulância de Mimi.
- Senhor , vai nos revelar quem é a misteriosa mulher da capa? – alguém perguntou.
- É minha namorada. – ele sorriu satisfeito. – Ela prefere ficar atrás das câmeras, mas cede para mim. E eu adoro fotografá-la. – ele apertou minha mão que repousava sobre a mesa e seu sorriso se alargou mais ainda. Não evitei sorrir junto.
Assim que a compreensão atingiu todos, uma chuva de flashes começou, as perguntas vindo em avalanche. Mas nada ali nos afetava.
, em sua insistência, havia me conquistado, e tinha deixado que eu o conquistasse. E nada mais importava a não ser nós dois.
- No escritório, Minah! – respondi.
Minah trabalhava comigo. Era fotógrafa como eu, mas se interessava mais pelas edições das imagens. O trabalho pesado sempre sobrava para mim. Mas eu amava o que fazia. Ser fotógrafa sempre foi o meu sonho.
Me mudei para a Coreia há 3 anos, atrás de um emprego imperdível. Um ano depois, fui demitida e foi aí que me tornei independente. Meu escritório era na minha casa e Minah dividia as despesas comigo. As pessoas estavam sempre se casando ou comemorando alguma coisa, e lá estávamos nós, registrando os momentos.
- Você não vai acreditar! – Minah abriu a porta de repente.
- Se você não disser, eu nunca vou saber. Desembucha, Minah! – gritei curiosa.
- Nós recebemos um convite! – ela estava animada.
- E? – nós recebíamos muitos convites. Até fizemos um photoshoot de um grupo de kpop que não era tão famoso. E as fotos ficaram lindas.
- Da Tommy. – ela balançou o celular diante dos meus olhos.
- De quem? – perguntei sem entender o porquê daquele alvoroço.
- A marca Tommy Hilfiger te diz alguma coisa, ? – ela cruzou os braços sobre o peito e eu arregalei os olhos.
- Tá de brincadeira? – larguei o notebook que usava para editar as fotos e dei a volta na mesa, tomando o celular das mãos de Minah e lendo o e-mail ali.
- E nós vamos trabalhar com . – ela suspirou e se abanou com as mãos.
era tão somente o modelo mais procurado da Coreia. Estava nos tabloides toda semana, seja por um desfile, por uma aparição em algum lugar ou por um escândalo. Certo, dificilmente ele estava envolvido em escândalos.
A proposta era simples. iria modelar para a Tommy e eu teria que fazer as melhores fotos que poderia ter. Segundo eles, a marca estava buscando novos talentos no ramo da fotografia e meus cabelos vermelhos tinham chamado a atenção de um produtor que passava por um parque da cidade enquanto eu fazia um ensaio de casamento. Como meu portfólio estava disponível on-line para qualquer um que quisesse ver, eles acabaram por ver as fotos e lá estava eu, recebendo um e-mail para trabalhar para eles.
- Minah, isso é incrível! – lhe devolvi o celular e me joguei na cadeira ao seu lado.
- Não é? Imagina trabalhar com . – ela suspirou de novo.
- Estou mais interessada na marca. – rebati.
- , nós vamos trabalhar com . – ela riu.
- Mimi, nós vamos trabalhar para a Tommy Hilfiger. – rebati rindo.
- Posso confirmar com eles e marcar uma visita? – ela perguntou, mudando de assunto.
- Claro! – respondi rápido.
- Volto em um minuto para editar as fotos com você. – ela saiu do nosso escritório e ouvi seus passos na escada.
Meu coração saltou de alegria de novo. Eu iria trabalhar para a Tommy Hilfiger. era só uma consequência.
No dia seguinte, lá estávamos nós indo em direção ao escritório da Tommy Hilfiger na Coreia. Minah quase corria, preocupada por chegar atrasada. Parei diante da grande porta de vidro e segurei Minah pelo pulso.
- Respira, arruma esse cabelo e se acalma. – pedi. Arrumei meu cabelo vermelho e Minah arrumou seus fios cinzentos. Puxei a alça da bolsa que carregava comigo e entrei, sendo seguida por minha amiga. – e Kim Minah. Nós temos uma reunião com o senhor Lee. – eu disse à recepcionista.
- Bem-vinda, senhorita . Senhorita Kim. – ela fez uma reverência contida e nós retribuímos. – O senhor Lee as aguarda.
Dando a volta no balcão, ela caminhou até o elevador, onde um rapaz bonitinho parecia nos aguardar.
- Sou Choi Minhyuk, secretário do senhor Lee. – ele se apresentou. – Vamos, ele está esperando.
Ele nos deu passagem e entrou logo depois, ficando de costas para nós.
- Seu cabelo é bonito, senhorita . E podemos dizer que é por causa dele que estamos aqui. – ele comentou. Mesmo sem ver, podia jurar que ele estava sorrindo.
- E como descobriu meu nome? – suas palavras me fizeram acreditar que ele estava envolvido em tudo aquilo.
- Perguntei a uma das pessoas que estava com a noiva que você fotografava. – ele confirmou minhas suspeitas. – Seu vermelho chama a atenção.
- Ela fica parecendo um vulcão em erupção, quando explode e perde a cabeça. – Mimi riu e usei o cotovelo para lhe acertar as costelas. “Pare de falar”, eu disse sem fazer som.
- Chegamos. – Minhyuk anunciou quando o elevador abriu as portas. – O senhor Lee vai recebê-las em um minuto.
Ele sumiu por uma porta e nós começamos a observar o lugar. Era um escritório bonito, com a decoração em tons de preto e cinza.
- Bem-vindas. – um homem disse e Mimi e eu nos viramos para encarar o dono da voz. Pela imponência e o modo de vestir, aquele só podia ser o senhor Lee. – Minhyuk não mentiu quando falou de seus cabelos, senhorita . – ele riu.
- É um prazer conhecê-lo, senhor Lee. – me curvei e Minah me imitou.
- Vamos, entrem. – ele nos deu passagem. – Muito estilosa, senhorita Kim. – ele elogiou Mimi, que abriu um sorriso enorme. – Sentem-se.
Mimi e eu nos sentamos de frente para a grande mesa e passamos a encarar o homem que sentou na nossa frente.
- Bom, senhorita , tenho muitas recomendações do seu trabalho e do da senhorita Kim. A Tommy tem um contrato previamente preparado para seus fotógrafos, com um valor previamente definido. Mas se esse valor for muito abaixo do seu, podemos negociar. – ele explicou.
- Senhor Lee, só a oportunidade de trabalhar com a Tommy já valeria. – eu sorri.
- E de trabalhar com . – Minah murmurou e eu lhe lancei um olhar de reprovação.
- já assinou o contrato dele. Agora é a vez de vocês. – ele sorriu e Minhyuk depositou os contratos a nossa frente. Quando meus olhos bateram nos números digitados ali, quase cuspi o pulmão fora. O valor era muito acima do meu. – Está tudo bem, senhorita ?
- Sim, senhor Lee. Desculpe assustá-lo. – curvei a cabeça.
- É que ninguém nunca nos pagou tanto. – Mimi riu.
- Valorizamos nossos profissionais, senhorita Kim. – Minhyuk se pronunciou. Assinamos nossos contratos, esclarecemos alguns pontos e os devolvemos a Minhyuk. – Liberem a agenda pelo resto do mês. Nas próximas duas semanas, vocês são da Tommy Hilfiger.
Minhyuk nos deu um dia para reagendarmos nossos ensaios que possivelmente cairiam na semana em que trabalharíamos para eles. Só tínhamos 2 contratos em duas semanas, e quando explicamos o porquê da remarcação de datas, os contratantes entenderam perfeitamente. Trabalhar para a Tommy era uma grande oportunidade e todos pareciam entender aquilo.
No meu tempo livre, passei a pesquisar sobre , analisar suas imagens e ver quais ângulos o favoreciam.
Claro que ele não era o único modelo, mas era o principal. vestiria das camisas da nova coleção às boxers que a Tommy estava inserindo no mercado.
- Imagina essas coxas naquela boxer azul que tem no site. – Mimi se jogou ao meu lado enquanto eu analisava algumas fotos de ensaios passados de .
- Mimi, controle-se. Seja profissional. – ralhei.
- , por favor. Olha esse homem, caramba. – ela se irritou. – Ele é alto, definido e incrivelmente... Bonito.
- “Bonito” era a palavra que você queria usar? – perguntei rindo.
- Acho que a palavra certa é gostoso. – ela se corrigiu e eu ri mais ainda.
- Mimi, eu sei que ele é bonito e tal, mas eu preciso que você se controle. – pedi quando parei de rir.
- , assim você ofende meu profissionalismo. – ela cruzou os braços sobre o peito e ergueu uma sobrancelha na minha direção.
- Me desculpe. Mas é que esse é o trabalho da nossa vida. – suspirei.
- Eu sei, . Vai dar tudo certo. Acredite. – ela sorriu, me tranquilizando. – Mas vamos montar uns looks. Amanhã pegamos cedo.
Ela levantou do sofá, completamente animada, não me deixando outra alternativa a não ser segui-la.
Acordamos cedo no dia seguinte, nos arrumamos e seguimos no meu carro para o estúdio onde seriam feitas as fotos.
Mimi tinha insistido para que eu calçasse minhas botas que eu só usava em ocasiões especiais. Elas tinham um cano curto e eram confortáveis, mas pediam uma produção melhor. E foi o que Mimi fez naquele dia. Eu até tinha passado uma maquiagem, destacando meus olhos.
Assim que estacionei o carro, percebi Minhyuk parado na porta, nos esperando, olhando constantemente para o relógio. Me apressei em pegar minha câmera e Mimi a dela e praticamente corremos na direção do rapaz.
- Não estamos atrasadas, estamos? – perguntei cansada pela corrida.
- Não. Mas sim. Ele deveria ter chegado há uma hora para a maquiagem. – ele olhava para os lados, procurando um que claramente não estava lá. Se estivesse, seria fácil vê-lo, ele tem quase dois metros de altura. O que me faz lembrar que sou uma anã perto dele. – Entrem e se aprontem. Vamos começar com os modelos que já estão aqui.
Já estávamos entrando quando uma voz estrondosa nos fez travar no caminho e arrepiou todos os pelos do meu corpo, de um jeito bom.
- Minhyuk, espera! Me desculpe! Céus, eu estou muito atrasado. – gritava enquanto corria em nossa direção. Vestia jeans preto e uma camiseta sem estampa, também preta. Os cabelos cinza, quase platina, se destacavam naquele look escuro.
E o desgraçado era incrivelmente mais bonito ao vivo.
- Senhor , deveria ter chegado há uma hora! – Minhyuk ralhou dos seus 1,70m, visivelmente menor que .
- Eu sei, eu sei. – ele quase sussurrou, as mãos apoiadas nos joelhos, tentando recuperar a respiração. – Mas eu estava tentando deixar o Toben com a minha irmã. Aquele cachorro está incrivelmente teimoso hoje.
Ele parecia irritado com Toben e não nos notou ali. Mimi se remexeu inquieta ao meu lado e eu segurei sua mão por impulso.
- O senhor Lee vai ficar irritado. Céus, coitado de mim. – Minhyuk murmurou e eu sorri. – , por que ainda está aí parada? Vá se aprontar, mulher! – ele quase gritou. então notou nossa presença e Minah apertou minha mão de volta quando ele olhou diretamente em seus olhos.
- Modelos novas? – perguntou curioso.
- Suas fotógrafas. – Minhyuk respondeu indiferente. – Vá, . Comece a fotografar os rapazes. ficará pronto em uma hora. – com um gesto de mão, ele nos dispensou. Apertei a alça da bolsa e a mão de Minah e a puxei para dentro.
- Ele achou que nós éramos modelos. – ela murmurou. – Significa que nos acha bonitas, . A ponto de ser modelo. – ela começou a dar pulinhos enquanto andava.
- Ou só estava zoando com a nossa cara. – rebati indiferente. Empurrei a porta do estúdio e praticamente a joguei lá dentro. – Vamos, Mimi. Se concentre.
Comecei a arrumar minha câmera e mexi no cenário sem que ninguém pudesse ver. O olhar que nos lançou não me pareceu de admiração. Ele nem sequer tinha nos visto até Minhyuk falar comigo. Arrogante.
Uma staff trouxe um grupo de rapazes e, céus, eles eram lindos. Mimi me ajudava tirando fotos de outro ângulo enquanto eu pegava o ângulo principal.
- está na maquiagem. – Minhyuk se aproximou. – Posso ver algumas das fotos?
Chamei Mimi com uma mão e passamos a mostrar algumas fotos para Minhyuk.
- Eu gostei particularmente desse. Dessa. – me corrigi rapidamente. A foto era de um modelo de pele morena e olhos claros, uma linda combinação.
- É um ótimo ângulo. – uma voz grave falou ao pé do meu ouvido e eu e Minhyuk demos um pulo no lugar, consequentemente assustando Minah. Controlei o palavrão que quis sair da minha boca e encarei o dono da voz.
- Senhor , por favor, não nos assuste assim. – pedi tentando controlar a raiva.
- Ah, me chame apenas de . Vamos ter um bom tempo trabalhando juntos. – ele piscou. – A propósito, belo cabelo, .
Assim que meu apelido saiu de sua boca, os pelos da minha nuca se arrepiaram. Na voz dele, soava grave e sensual.
Mas o que eu estou dizendo?
- Só a título de informação, meu nome é . Só os mais próximos me chamam de . – rebati com os braços cruzados sobre o peito.
- Mas nós podemos ser próximos. – ele enrolou a ponta do meu cabelo entre os dedos grandes e mordeu o lábio inferior, sorrindo em seguida. Mimi fez um barulho baixinho atrás de mim, um suspiro que quase virou um gemido.
- Eu estou de passagem aqui, senhor . – puxei meu cabelo de seus dedos. – Agora, se não se importa, gostaria de começar as fotos.
Levantei a câmera em minhas mãos e encarei Minhyuk ao lado do modelo grande demais. O baixinho tentava controlar o riso, enquanto sorria de forma enigmática, como se estivesse encarando uma expressão matemática e já soubesse a resposta.
- Vamos trabalhar. – bateu palmas e o som reverberou no meu corpo. Eu estava tentando me controlar, mas ele era bonito demais para ser ignorado por meus olhos.
- , você está louca? – Mimi perguntou baixinho. – Você praticamente rejeitou ele.
- Fala sério, Mimi. Olha o que você tá falando. – rebati.
- , você é durona. – Minhyuk comentou ao meu lado. – é bonito demais para ser rejeitado assim.
- Vocês estão malucos, os dois. – me afastei deles e tomei meu lugar para iniciar as fotos. – Senhores, vamos começar. – gritei para os rapazes e todos tomaram seus lugares.
Faria as fotos de com o resto dos rapazes, depois sozinho. A cena era a coisa mais linda que minha lente já tinha capturado. se destacava entre os rapazes, com sua pele branca e seus cabelos acinzentados. O sorriso dele era o mais sensual possível e, céus, estava difícil continuar encarando tanta beleza.
- Acho que temos o suficiente. – gritei no estúdio. – Obrigada, rapazes.
Ouvi um coro grave de “obrigado” e recebi várias reverências e sorrisos de derreter qualquer um.
- Bom trabalho! – reverenciava os rapazes que acenavam para ele. – Somos só nós dois agora, ? – ele me encarou e perguntou com um sorriso malicioso. Em outro contexto, aquilo poderia soar com outro sentido. Mimi suspirou pesado e eu lhe encarei.
- Está tudo bem, Minah? – perguntei preocupada.
- Ah, sim, . – ela parecia frustrada. – Você vai precisar de mim ou eu posso tomar um café?
- Eu preciso de um minuto, . – falei ao mais alto. Segurei o braço de Mimi e me afastei com ela. – O que foi?
- , dê uma chance. é tipo o crush da nação. Eu o acho maravilhoso, mas se você pegar ele, eu vou ficar feliz como se tivesse sido eu. – ela cruzou os braços sobre o peito e riu.
- Mimi, vá tomar seu café. Não sabe mais o que está dizendo. – a empurrei levemente. Voltei para o meu lugar e encarei .
- Ela está bem? – ele perguntou, mas não parecia realmente preocupado.
- Está ótima. Só precisa de café. Podemos? – ergui a câmera.
- Vamos lá. – ele sorriu ladino.
começou a fazer poses e mais poses, uma mais linda que a outra. Às vezes, sorria abertamente. Em outras, fazia uma cara sexy, uma expressão de prazer enquanto jogava a cabeça para trás.
- . – Minhyuk chamou atrás de mim. – Abra a camisa. Alguns botões apenas.
Engoli em seco e virei para encarar Minhyuk, lhe lançando um olhar que misturava reprovação e nervosismo. Quando voltei a encarar , ele estava com parte do peito forte exposto pela abertura da camisa, as mãos no cós da calça, como se quisesse forçá-la para baixo, revelando o elástico do que parecia ser uma boxer vermelha, também da marca. Os músculos de seus braços estavam saltados e ele me encarava com um meio sorriso.
- Está bom assim? – ele perguntou. Não encontrei voz pra responder, estava com a boca seca.
- Ótimo! – Minhyuk exclamou. – O que acha, ?
Me limitei a me esconder atrás da câmera e cliquei uma vez, apenas para dizer que iria começar. Cada clique fazia meu coração falhar uma batida.
Melhor emprego da minha vida.
- Acho que temos o suficiente por hoje. Obrigada a todos. – reverenciei a equipe quando cliquei uma última vez.
- Graças. – ele meio reclamou, meio agradeceu. – Poderíamos tomar um café. O que me diz, ?
- Não posso. Minah está me esperando para irmos para casa. Obrigada por hoje. – reverenciei, juntei minhas coisas e saí quase correndo dali.
POV off
POV
Eu juro que queria entender o que se passa na cabeça daquela baixinha de cabelos vermelhos. Sempre que eu tentava convidá-la para qualquer coisa, ela saía correndo como se estivesse fugindo.
Era isso. estava definitivamente fugindo de mim. Fugiu no primeiro dia de fotos. No segundo. Nos dias das fotos externas. No dia das fotos com as garotas... Eu só não entendia o porquê.
Eu sou , o modelo mais cobiçado da Coreia. Muitas mulheres morreriam para estar na minha cama. Mas eu só conseguia pensar naquela estrangeira de cabelo vermelho. E ela era a única garota que não queria nada comigo. O que eu estava fazendo de errado?
Peguei o celular e disquei rapidamente para quem poderia me ajudar, sem me importar com a hora.
- Por Deus, . São onze da noite. Vai dormir que amanhã faremos o ensaio cedo. – Minhyuk reclamou assim que atendeu.
- Preciso do número da . – ignorei suas reclamações.
- Para quê? – ele perguntou com um tom risonho.
- Assuntos particulares. – respondi sério.
- Não sou autorizado a enviar números de telefones de um profissional para o outro. – ele rebateu.
- Por favor, Minhyuk! Por favorzinho. Eu te levo um café extra amanhã. – implorei.
- Aish! Você é insistente mesmo. Credo. Vou te enviar por mensagem. Vá dormir. – e desligou. Sorri vitorioso e fiquei esperando o número chegar por mensagem. Assim que a notificação apareceu, cliquei no número e fiquei ouvindo os toques atento, enquanto ele chamava.
- Alô? – uma voz com um tom de cansaço atendeu.
- Trabalhando até tarde, ? Pegamos cedo amanhã. – ralhei. Ouvi uma expressão surpresa.
- ? Quem te deu meu número? – ela perguntou.
- Minhyuk. – respondi quase me arrependendo de ter ligado, ela parecia nervosa. – Está ocupada? Estou atrapalhando alguma coisa? – perguntei receoso. Talvez ela fugisse porque tinha um namorado. Ou... não. Esquece.
- Ah, não. Minah e eu estávamos editando algumas fotos, mas ela foi dormir e eu fiquei tentando terminar. – ela explicou. – Por que ligou?
- Queria ouvir sua voz. – confessei baixinho.
- ... – ela chamou em tom de alerta.
- Me desculpe. Você tem um namorado, não é? – perguntei.
- Eu não tenho um namorado. E, antes que pergunte, Minah e eu somos apenas amigas que dividem as contas. – ela respirou forte no telefone. – Mas você está confundindo as coisas.
- Eu sei o que eu quero, . Amanhã conversamos sobre isso. Vamos dormir. Vou sonhar com você. – eu ri e desliguei sem lhe dar direito de resposta.
Não menti quando disse que sonharia com ela. Ultimamente, ela aparecia em meus sonhos, e eles não eram nada castos. Seus cabelos vermelhos sempre estavam espalhados pelos meus lençóis brancos, num contraste perfeito, e minhas mãos estavam em seus seios descobertos. E eu sempre acordava... animado.
Era melhor dormir. Amanhã era dia de fotografar com as boxers. Se não se rendesse, bom... Eu continuaria insistindo até conseguir provar daqueles lábios.
POV off
POV
Acordei cedo, nervosa demais com a ligação de na noite anterior. Ele estava estranho. Estava claramente confundindo nossa relação profissional. Eu não queria acreditar em Minhyuk e Minah, então apenas ignorava ou desviava de todas as investidas dele, mesmo querendo cair em seus braços e beijar sua boca bonita. Não sou de ferro!
- Bom dia! – desejei para todos.
- Chegaram cedo. – Minhyuk sorriu.
- Ninguém me disse o que iríamos fotografar hoje. Estou ansiosa. – respondi.
- Cuecas. Hoje vamos fotografar as cuecas. – Minhyuk respondeu rindo. Arregalei os olhos e encarei Mimi. – O senhor Lee ligou e disse para fazermos uma capa de revista. Algumas modelos estão vindo também.
- E você só me avisa isso agora? – perguntei.
- Algum problema com apenas de boxer? – ele riu mais.
- Nenhum. – Mimi respondeu.
- Estamos prontos? – a voz de ecoou pelo estúdio. Ele vinha enrolado num roupão branco, os cabelos alinhados e descalço. – Bom dia, . – ele sorriu para mim. – Oi, Mimi. – cumprimentou minha amiga que suspirou como uma garota apaixonada.
- Vamos começar. Temos muito trabalho. vai vestir pelo menos umas 10 cuecas diferentes hoje. E fazer uma capa de revista. – Minhyuk bateu palmas e a equipe se dispersou, cada um indo para o seu posto. caminhou até o centro do local de fotos e desamarrou o nó do roupão, deixando o tecido deslizar por seus ombros largos e revelando a primeira boxer do dia: azul.
De repente, o ar parecia pesado demais. O nó do roupão parecia estar na minha garganta.
Pai amado, que obra perfeita.
Ele passou as mãos sobre o abdômen e levantou os olhos para me encarar. E o ar-condicionado não seria capaz de esfriar o calor que subiu pela minha nuca quando seus olhos encontraram os meus.
fez poses e mais poses, uma mais insinuativa que a outra. Por seu corpo ainda passaram as boxers vermelha, preta, cinza, rosé e a convidada especial, que ficou para o final, a branca. E seria com ela que ele estamparia a capa da revista.
Ele tentava ser discreto e eu também, mas vez ou outra ele arrumava o volume ali. E que volume. Provavelmente o frio do ar-condicionado estava fazendo algum efeito sobre si.
- Me digam que estão prontos para a revista. – o senhor Lee chegou gritando no estúdio. Nós tínhamos 6 modelos, de jeans e biquíni, maquiadas e arrumadas, para que ele escolhesse quem faria a capa da revista com .
- As modelos são essas, senhor. – Minhyuk se adiantou e apresentou as meninas. O senhor Lee as olhou com atenção e fez uma cara de reprovação.
- Eu preciso de alguém mais... – e fez um gesto exagerado na altura do peito. Eu ri porque entendi o que ele queria. Mais seios. As meninas eram magrinhas demais. – A pose da capa é muito específica, Minhyuk. Eu sinto muito meninas, mas estão dispensadas. – com um gesto de mão, ele dispensou as modelos.
Sem modelo, sem capa. Hora de ir para casa.
- . – o senhor Lee chamou e eu virei para encará-lo. – Pode tirar essa jaqueta? – ele perguntou incerto.
- Claro, senhor. – tirei a jaqueta de couro que estava sobre meus ombros, sem entender onde ele chegaria com aquilo.
- Temos nossa modelo, Minhyuk. Leve-a para a maquiagem e coloque um jeans da Tommy nela. – ele ordenou ao baixinho. – Eu vou aumentar seu cachê, . – ele gritou para mim.
- Mas o que está acontecendo aqui? – perguntei sem entender.
- Parabéns, . Você vai estampar uma capa de revista comigo. – sorriu ladino.
- Nem pensar! – gritei exasperada. – Vocês ficaram malucos?
- . – o senhor Lee se aproximou. – Você é a modelo perfeita. Eu vou aumentar seu cachê. Seu rosto não vai aparecer. Eu prometo. – ele apertou meu ombro.
- Descreva a foto, senhor Lee. – exigi.
- vai estar exatamente como está, sentado. E você vai estar de jeans, nua na parte de cima, com o peito colado ao dele e a cabeça escondida na curva do pescoço dele. É simples. – ele respondeu como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
- Nem pensar. – neguei. – Eu não vou ficar seminua abraçada com o .
Mimi me puxou pelo braço e me afastou de todos ali.
- Ficou doida? – ela perguntou com raiva. – Está vendo ali só de boxer branca? Eu queria ter peitos o suficiente para fazer essa foto e sentar no colo daquele homem. – ela cuspiu as palavras e eu ri. – Não ria, . Você vai voltar lá e vai dizer sim para essa foto. Vai fazer a maquiagem e vai sentar no colo do e se abraçar àquele corpo maravilhoso. Está me ouvindo? Eu vou estar aqui pronta para fazer a foto.
Mimi se afastou de mim e eu pensei nas possibilidades. Dinheiro a mais. Foto para o portfólio. Sentar no colo de . Mesmo que vestido. Eu poderia comprovar se o volume ali era o que parecia ser.
Suspirei cansada, me amaldiçoado por ser tão fraca e ceder aos meus desejos mais profundos e secretos, e voltei para perto de todos.
- Onde faço a maquiagem?
A equipe levou cerca de uma hora e meia para fazer uma maquiagem, que eu julguei desnecessária, e arrumar meus cabelos que caíam soltos por minhas costas cobertas pelo roupão.
A calça da Tommy moldava bem meus quadris e meu peito subia e descia com minha respiração pesada. Eu estava nervosa.
- Vai ficar tudo bem. Não se preocupe. – se aproximou e praticamente sussurrou no meu ouvido.
- Em posição! – Mimi gritou para todos.
beijou minha testa e se afastou. Subiu na cama que tinha ali (usamos em algumas fotos, por insistência de Minhyuk), e sentou de lado, sobre os calcanhares.
- Vamos, . Eu tiro seu roupão quando você estiver em posição. – Minhyuk se aproximou. Caminhei até a cama e subi. Encarei e ele bateu nas próprias coxas, sorrindo arteiro. Desfiz o nó do roupão, o deixando frouxo, e me posicionei, mas sem sentar eu seu colo. As mãos grandes dele adentraram o roupão e apertaram minha cintura, puxando meu corpo em sua direção, colando meu peito ao seu.
- Pronta? – ele perguntou com a testa colada na minha. Não respondi, apenas sentei eu seu colo coberto pela boxer, e, céus, como eu queria que nada nos incomodasse ali. O volume era real. Abracei sua cintura com nas pernas e coloquei os braços para trás.
- Pronta. – respondi olhando em seus olhos.
Minhyuk deslizou o roupão pelos meus braços, me deixando apenas de calça, e eu automaticamente descansei meus braços nos ombros de . Escondi o rosto na curva de seu pescoço e respirei fundo, vendo sua pele se arrepiar. De repente, senti seus lábios macios na tatuagem que eu ostentava no ombro e em parte do braço.
- É linda. – ele sussurrou contra a minha pele. Eu estava me sentindo quente demais, com sérias dificuldades para respirar.
Eu ouvia os cliques da câmera da Mimi, mas evitava me mexer para não cair numa situação constrangedora. Já estava sendo difícil demais sentir minha pele arrepiada e meus seios eriçados contra o peito dele.
- , como uma boa fotógrafa, suponho que você consiga fazer dessa uma foto mais sensual, sem mostrar seu rosto. – o senhor Lee gritou. – Vamos lá.
- Siga meus comandos. – ordenei para .
Virei seu rosto para que ele encarasse a lente de Mimi e apoiei meu rosto na lateral do seu. Levei uma de suas mãos ao meu quadril e coloquei a minha por cima da sua, levando minha outra mão aos seus fios e puxando sem força. Os cliques de Mimi eram incontáveis.
- Posso sugerir uma pose, senhor Lee? – perguntou quando os flashes pararam. Ouvi um murmúrio de aprovação do senhor Lee. – Minhyuk, traga o roupão da . Preciso que confie em mim. – ele sussurrou para mim. Apenas confirmei com a cabeça. Senti o roupão em meus ombros e me afastei dele. – De costas, . Postura reta. – ordenou. Apertei o roupão contra o corpo e fiz o que ele disse. – Eu vou colocar minhas mãos em seus seios e você vai tirar o roupão, OK?
Eu nem tinha mais voz para responder. Meus mamilos estavam eriçados desde que começamos isso e eu já me sentia extremamente excitada. não estava diferente. Seu volume batia na minha bunda e eu só queria poder levar a mão até ali para ouvi-lo gemer. Eu estava fora de controle, era isso. Fugi de todas as investidas para acabar assim, excitada e com as mãos de cobrindo meus seios nus.
As palmas das enormes mãos de encontraram meus mamilos rígidos e eu tive que controlar minha vontade de gemer. Minhyuk puxou o roupão que estava entre nós e tentou ajeitar as mãos, quase massageando meus seios de uma forma gostosa.
- Apoie a cabeça no meu ombro. E não se mexa, ou eu vou acabar gemendo. – ele colou o corpo ao meu o máximo que pôde. E lá estávamos nós, quase protagonizando um pornô no meio do estúdio.
Os cliques de Mimi eram frequentes. Eu podia ver os flashes, mas estava mais interessada naquele corpo quente junto do meu.
- , me encontre no meu camarim em 5 minutos. – ele sussurrou, seu hálito quente resvalando em meu ouvido.
- Bom trabalho, pessoal! – Mimi gritou e Minhyuk correu em minha direção com nossos roupões. Vesti o meu e jogou o dele por cima do ombro, saindo apressado do estúdio. Lhe acompanhei com os olhos e, despistando todo mundo, lentamente o segui. Assim que entrei no camarim, o encontrei ainda de boxer andando de um lado para o outro.
- Está tudo bem, ? – perguntei para chamar a sua atenção. Ele se virou abruptamente e caminhou em minha direção, tomando meus lábios de forma voraz. Sem ter como fugir daqueles braços enormes, apenas aceitei o beijo até que nós dois ficamos sem fôlego.
- Eu não aguento mais, . Você tá me deixando louco. – ele sussurrou próximo à minha boca.
Mas o que foi que eu fiz, meu pai?
- Eu não estou entendendo. – me afastei levemente dele. – O que eu fiz?
- Você me deixou louco de desejo. – ele se aproximou novamente. – Eu só consigo pensar em você, na sua boca, nos seus cabelos espalhados no lençol da minha cama. No seu corpo no meu, . Estou louco para tirar essa calça e ver o que você está vestindo por baixo. – suas mãos foram para o nó do meu roupão com a clara intenção de desfazê-lo. Coloquei minha mão sobre a sua e me afastei minimamente.
- Não, . – disse com a força que me restava.
- O quê? – ele perguntou visivelmente confuso.
- Isso é tesão acumulado. Procure alguém e resolva seu problema. Amanhã temos o ensaio com as meninas e não queremos situações constrangedoras. – eu ri sem humor.
Por mais que eu quisesse seguir os conselhos de Mimi e me fartar nele até que eu não tivesse mais forças, quando acabasse, eu sairia prejudicada. tem cara de que fode bem e direito, e eu provavelmente não acharia mais ninguém que me satisfizesse como ele.
- , eu não estou entendendo. – ele me olhou com a testa franzida.
- Eu também quero isso. Mas não desse jeito. – cruzei os braços sobre o peito ainda coberto apenas pelo roupão.
- O que você quer de mim? Um pedido de namoro? – ele perguntou com as mãos na cintura e uma expressão debochada.
- Uma cama já era suficiente. Não tem a menor chance de uma rapidinha naquele sofá minúsculo. Não caberíamos os dois ali. – rebati irônica e apontei para o móvel. o encarou e me olhou com uma careta. – Se vista e vá descansar, .
Dei as costas e fui para o camarim onde eu tinha deixado minhas roupas. Demorei mais que o necessário para me vestir, na esperança de que já tivesse ido embora quando eu saísse.
Grande foi o meu engano.
Assim que entrei no estúdio onde Mimi me esperava, estava plantado entre ela e Minhyuk, devidamente vestido, de braços cruzados sobre o peito forte e com um sorriso pretensioso no rosto.
- , as fotos vão ser à tarde amanhã. – Minhyuk explicou com um sorrisinho.
- O que aconteceu com as fotos pela manhã? – perguntei confusa.
- disse que vocês precisam resolver umas coisas hoje e me pediu a manhã de folga. – ele entortou a boca em um sorriso malicioso.
Aquele maldito tinha pensado em tudo?
- Resolver que coisas? – encarei , mas foi Minhyuk quem respondeu.
- Algo sobre as fotos de peças íntimas. – o baixinho riu.
Sei bem de que peças íntimas ele estava falando.
- Dê a chave do seu carro para a Minah. – ordenou. – Quando acabarmos, eu te levo em casa. – ele sorriu. Aquela frase tinha tantos sentidos que eu fiquei momentaneamente sem ar. Mimi estendeu a mão com um sorriso de lado e eu a encarei.
- Vamos, . Quero ir para casa. – ela me apressou. Lhe encarei e ela ergueu as sobrancelhas, como se me desafiasse a lhe contrariar. – A chave, . Vá resolver suas coisas.
Suspirei derrotada e entreguei a chave para Mimi, virando para encarar .
- Se despeça e vamos. – ele disse com uma voz grave.
- Pare de me dar ordens, seu metido. – ralhei. se aproximou de mim e colou a boca no meu ouvido.
- Você sabe onde eu quero estar metido. – ele sussurrou. – Te espero lá fora. Até amanhã, pessoal. – se despediu e saiu.
- Vocês dois, sinceramente. – encarei Mimi e Minhyuk. – Nem para me ajudar.
- Estamos te ajudando. – Mimi rebateu.
- A ter uma foda maravilhosa. – Minhyuk comentou.
- Calem a boca. Só vamos conversar. – dei as costas e me dirigi à saída, ouvindo um “aham” alto e malicioso vindo dos dois. – Cuidado com o meu carro, Kim Minah! – gritei de costas para ela.
Peguei minha bolsa e saí do estúdio, indo para o estacionamento e encontrando escorado em um carro enorme, igual ao ego dele.
- Pensei que tinha desistido. – ele me olhou.
- Considerando o fato de que eu não sei o porquê dessa reunião de emergência, eu deveria mesmo ter desistido. – me fiz de desentendida. andou em minha direção, e com as mãos em minha cintura, aproximou nossos corpos de forma violenta. Arfei alto pelo contato, sentindo uma semiereção ali.
- Tem certeza de que não sabe de nada? – ele soprou no meu ouvido.
- ... – eu iniciei, mas fui cortada.
- , por favor. Pare de falar. Pare de dizer que eu estou confundindo as coisas. Vamos apenas aproveitar esse momento, sim? – ele disse cada uma daquelas palavras com o nariz colado ao meu rosto, passeando pela pele, em um carinho gostoso. Fechei os olhos e suspirei, abraçando seu pescoço.
- Eu odeio o quanto você é incrivelmente insistente e irresistível. – me dei por vencida e beijei seus lábios. nos girou e começou a me empurrar até me escorar em seu carro, prensando meu corpo com o seu.
- Vamos embora antes que eu tenha você para mim aqui mesmo. – ele disse contra meus lábios. Sorri involuntariamente e o empurrei levemente.
- Vamos, temos que falar sobre as fotos. – disse baixinho e ele riu com vontade.
- Sim. As peças íntimas. – ele confirmou e se afastou de mim e eu dei a volta no carro, entrando no lado do passageiro e encarando ao meu lado. Ele colocou o carro em movimento e dirigiu apressadamente até um prédio que não ficava muito longe dali.
Saímos do carro, tomando o elevador que nos levaria até o andar de . Assim que as portas se fecharam atrás de mim, se colou ao meu corpo e passou a me beijar com vontade.
- , alguém pode nos ver. – o empurrei pelos ombros.
- As pessoas ricas desse prédio provavelmente estão trabalhando a essa hora. – ele se aproximou de novo, mas o barulho do elevador anunciando o andar o fez olhar para os lados. – Chegamos.
As portas do elevador se abriram pra um apartamento enorme. Não tinha um hall separando o elevador do apartamento. As portas já se abriam dentro do apartamento. Meu queixo caiu, completamente chocada pelo que estava vendo.
- ... – chamei baixinho, encantada pela decoração em tons de preto e branco e pela enorme parede de vidro de onde era possível ver toda Seul com suas luzes bonitas. Queria poder tirar uma foto dali.
- É lindo, eu sei. – ele riu e me abraçou por trás. Afastou meu cabelo e beijou minha nuca. – Eu deixo você olhar o quanto quiser depois, mas agora tenho outras prioridades.
Seus dentes rasparam na minha pele e eu me arrepiei por completo, um tremor correndo pelo corpo e respondendo em minha intimidade.
- Sim, as peças íntimas. – consegui fazer piada.
- Exato. Quero ver as que você está usando. – suas mãos largaram minha cintura e foram para os meus ombros, puxando a jaqueta, e logo voltaram à cintura, dessa vez por baixo do tecido da camiseta. Suas unhas curtas arranharam minha pele e eu gemi em resposta. – Me diga que eu posso tirar tudo.
- Tire. – suspirei. – Tire tudo e acabe logo com isso. Não estou aguentando mais as provocações. – quase ordenei.
- , você não sabe o quanto eu acho sexy esse seu tom de ordem. – ele sussurrou em meu ouvido e suas mãos subiram por meu tronco, levando minha camiseta para cima e expondo meu sutiã negro.
- , eu adoro sua voz grave e sussurrada, mas, por favor, fale menos e faça mais. – pedi de novo. Ele me virou de frente para si e me encarou com um sorriso safado.
- Meu quarto. – foram as únicas palavras que ele disse. Começou a andar e consequentemente me empurrar em direção a algum lugar que eu achei ser o quarto. Minhas suspeitas se confirmaram quando senti algo macio de encontro às minhas pernas e caí deitada no colchão.
puxou sua camisa pela cabeça, expondo aquele corpo maravilhoso de novo e fez o mesmo com minha blusa. Seus dedos longos acharam o fecho do meu sutiã com rapidez e ele se livrou da peça tão rápido quanto. Senti sua boca de encontro aos meus mamilos rígidos e gemi alto, sentindo seus lábios se curvando em um sorriso contra minha pele. Quando satisfeito, desceu uma trilha de beijos pelo vão entre os meus seios em direção à minha calça. O botão foi aberto com rapidez e a calça saiu do meu corpo de repente.
- O que mais você está escondendo de mim, mocinha? – ele perguntou quando viu o grande apanhador de sonhos tatuado em minha coxa.
- Nada. Juro que essa é a última. – sorri de sua expressão desconfiada.
- Queria que a Tommy vendesse calcinhas também. Pra gente tirar foto assim. Você só de calcinha, com esse corpo todo exposto, as tatuagens se destacando... – ele mordeu o lábio inferior.
- Eu não sou modelo, . – respondi sorrindo.
- Modela só pra mim, então. Eu vou adorar fotografar você. – ele sorriu.
- , menos palavras. – ordenei.
- Mais ação. – ele levou os dedos à lateral da minha calcinha e puxou para baixo, me deixando completamente nua. Esticou o braço e guardou o tecido na gaveta ao lado da cama, de onde tirou um preservativo.
- Essa calcinha é minha. – apontei.
- Era. Agora é minha. Lembrança. – ele deu de ombros. Tirou a própria calça, revelando uma boxer vermelha e um volume indecente e delicioso ali.
Se ajoelhou diante de mim e separou minhas pernas. Quando seus lábios tocaram minha intimidade, arqueei as costas, completamente tomada pelo prazer, e levei minha mão aos seus cabelos, o pressionando contra mim. Quando estava quase chegando ao ápice, se afastou bruscamente.
- , eu não consigo mais. – ele levantou e se livrou da boxer com pressa, vestindo o preservativo. Me ajeitei na cama e ele subiu, posicionando o corpo acima do meu. – Me avise se doer.
Quando pensei em perguntar porque ele achava aquilo, olhei para o seu membro e entendi. Ah, o volume…
Ele guiou o membro para minha entrada e me penetrou devagar, soltando gemidinhos roucos a cada centímetro que se afundava em mim. Quando chegou ao fim, gememos juntos, de olhos fechados. Com as mãos em minha cintura, ele iniciou movimentos contidos e lentos, mas os sons que escapavam de sua garganta indicavam que ele não continuaria assim por muito tempo.
Abracei sua cintura com minhas pernas e puxei seu corpo mais para perto. E foi aí que ele perdeu o controle. deitou o corpo sobre o meu e acelerou os movimentos, deixando o ritmo quase frenético. Suas mãos se colocaram ao lado da minha cabeça e seus dedos longos bagunçaram meus cabelos sobre o lençol.
- . – ele gemeu rouco no meu ouvido, sua respiração pesada fazendo cócegas na minha pele. – Diga... diga que está vindo. – ele pediu.
- ... só... só mais um pouco. – ofeguei. Ele parou os movimentos e eu lhe encarei confusa. se afastou o máximo que pôde e estocou com força, atingindo algum ponto em mim e me fazendo literalmente gritar. – Aí . De novo.
Com o mesmo movimento repetido mais duas vezes, eu me desfiz com um gemido agudo. intensificou os movimentos de novo e rapidamente chegou ao ápice com um som rouco que rasgou sua garganta e arrepiou os pelos do meu corpo. Seu corpo caiu sobre o meu, exausto e suado, e eu me abracei ao seu pescoço, tentando me recuperar de tudo.
- Isso foi incrível. – sussurrei contra a pele de seu pescoço.
- Queria poder fotografar esse momento. Seus cabelos vermelhos estão lindos contra o branco da minha cama. – ele respondeu.
- Eu prefiro estar atrás da câmera, não na frente dela. – rebati. – Você vai me levar em casa, não é? – perguntei baixinho.
- Vou. Mas descanse primeiro. Não quero ter que te carregar no colo até sua casa. – ele beijou minha testa e se afastou, sumindo por uma porta. Inspirando o perfume de impregnado nos lençóis, eu adormeci.
Acordei no meio da noite na completa escuridão. Me vi com a cabeça deitada no peito de e com sua mão em minha cintura, nós dois ainda nus. Me levantei lentamente para não acordá-lo, vesti a blusa que ele vestia quando chegou ao estúdio, uma camiseta azul, e saí na ponta dos pés. Fui até a cozinha e preparei um chá. Peguei na xícara e me aproximei da parede de vidro, observando Seul.
- Perdeu o sono? – a voz de preencheu o cômodo. Virei para lhe encarar e o encontrei de com a mesma boxer de antes, os olhos inchados pelas poucas horas dormidas.
- Acordei assustada. Vim tomar um chá. Espero que não se importe. – expliquei. se aproximou e me abraçou por trás.
- A vista é linda. – ele sussurrou.
- Eu vou ter que tirar algumas fotos. – suspirei.
- Não estou falando daquela vista. Estou falando dessa. – ele deslizou as mãos pela minha barriga e as direcionou aos meus quadris. Seu nariz passou pela pele do meu pescoço e eu me arrepiei involuntariamente.
- Acho que eu deveria ir para casa. – murmurei.
- Vamos aproveitar o restinho da noite, . Por favor. Você nunca mais vai me dar outra chance que eu sei. – ele mordeu o lóbulo da minha orelha.
- . – alertei.
- Eu sei. Você não acha isso certo. Mas nós somos só um homem e uma mulher buscando a satisfação. Ignore nossas relações profissionais. – ele pediu quase sôfrego.
- Só hoje. – me dei por vencida.
Uma das mãos dele deslizou por entre as minhas pernas e seu dedo alcançou minha intimidade, fazendo movimentos circulares sobre meu clitóris. Me senti sendo empurrada até mais próximo da janela e só então me dei conta de que ainda segurava a xícara, agora vazia.
- , a xícara. – eu ri.
- , você vai mesmo me atrapalhar por causa de uma maldita xícara? – ele tomou o objeto das minhas mãos e esticou o braço até o apoio mais próximo, uma cadeira, deixando a xícara lá. – Você é inacreditável, garota.
- Poderia quebrar. – eu disse ainda olhando para a parede de vidro.
- Quem se importa? Minha prioridade é você. Eu posso comprar outra xícara depois. Já você... eu só posso ter essa noite. – ele soprou contra a minha pele.
Suspirei feito uma garota apaixonada. sabia usar as palavras. E a boca. E as mãos, que, inclusive, apertavam meu corpo contra o seu. Estendi a mão e a apoiei contra o vidro frio da parede/janela e voltou com seu trabalho em meu clitóris, seu membro já ganhando vida contra a minha bunda.
- Você já está pronta para mim de novo? – ele perguntou e seus dedos se deslizaram para a minha entrada. Senti ele penetrar um dedo e me remexi inquieta com o prazer que me tomava.
- ... Alguém pode nos ver. – alertei. Afinal, eu estava quase nua prensada entre uma parede de vidro e o corpo de .
- Só nós podemos ver lá fora. Eles não podem nos ver. – explicou sem parar o trabalho de seus dedos em mim. – Me deixe ter você de novo, . – ele pediu com um gemido.
- Proteção. – disse simplesmente.
A quem eu estava querendo enganar? Era óbvio que eu queria mais e mais de . Aquele gigante insistente é viciante.
Ele se afastou e eu quase caí pela falta de apoio e contato. Virei o rosto apenas para vê-lo entrando no quarto e saindo de lá rapidamente com um preservativo em mãos.
- Sinceramente, garota. Qual o seu feitiço? – ele colou o corpo ao meu novamente.
- Neta de bruxa. – eu ri.
- , empina pra mim, antes que eu enlouqueça. – ele pediu grave. Apoiei as mãos no vidro frio e empinei a bunda na direção de , o observando por cima do ombro.
Ele baixou a boxer o suficiente para que seu membro se visse livre e vestiu o preservativo. Com uma mão em meu quadril e a outra em seu membro, ele o guiou para a minha intimidade e penetrou devagar, gemendo rouco e alto. Começou a se movimentar, a princípio, com um ritmo leve que ganhou velocidade quando seus dedos deslizaram pela minha pele e encontraram meu clitóris outra vez. Gemi alto e comecei a empurrar o corpo contra o dele, até que senti minhas pernas fraquejarem.
- ... . – chamei entre ofegos. – Minhas pernas.
Meus músculos doíam pela posição extremamente prazerosa, porém igualmente desconfortável. Ele parou seus movimentos e saiu de mim, se afastando, e minhas pernas quase cederam. Me puxou pela blusa e caminhou decidido para o móvel mais próximo: a cadeira onde ele tinha descansado a xícara, que rapidamente foi ao chão, em um movimento brusco, se espatifando em pedaços. Ele sentou e me puxou para o seu colo, me fazendo colocar as pernas ao lado de suas coxas, no pouco espaço que tinha, e guiando seu membro para a minha entrada, me fazendo sentar devagar sobre si.
- Rebola. – ele ordenou com os olhos fixos nos meus. Me abracei ao seu pescoço e colei minha testa a sua. Comecei a movimentar o corpo para frente e para trás, num vai e vem mais que prazeroso. fechou os olhos e respirou pesado, o ar batendo em cheio no meu rosto. Não me contive e o beijei desesperadamente, aumentando o ritmo de meus movimentos. Partimos o beijo apenas gemer alto quando atingimos nosso ápice juntos.
- ... – chamei de olhos fechados e recebi um breve selar em resposta. – Acho que precisamos de um banho.
- E cama. – ele completou.
- E você precisa juntar os cacos da xícara. – alertei.
- Amanhã. Agora preciso de descanso e do seu corpo abraçado ao meu. Na minha cama. – ele levantou comigo no colo e eu enrolei minhas pernas ao redor de sua cintura. Tomamos um banho rápido e deitamos de conchinha, de boxer e eu com outra de suas camisas, rezando para a noite nunca acabar.
Acordei na manhã seguinte com ao meu lado. Graças aos heróis, ele não estava agarrado a mim. Levantei devagar, fiz uma higiene rápida, vesti minhas roupas (sem a calcinha, que além de roubada, foi escondida) e saí de fininho. Peguei o primeiro táxi que vi e fui para casa. Minah dormia tranquilamente em sua cama e não me viu chegar, o que me dava brecha para dizer que cheguei ainda na noite anterior.
Resolvi dormir pelo resto do dia, mas fui acordada poucas horas depois por uma Minah eufórica e ansiosa por informações, como se eu fosse dizer alguma coisa.
- Kim Minah, pare de perguntar e vá se vestir. Temos que estar no estúdio daqui a pouco. – ralhei.
- Eu pergunto ao , não tem problema se não quiser me contar. – ela deu de ombros e saiu. Suspirei cansada porque sabia que era passível a abrir aquela boca deliciosa e contar tudo para quem perguntasse.
Depois de devidamente arrumada, segui Minah até o estúdio, completamente sem vontade de encarar .
- Você está horrível. Nem parece que trans... – Minhyuk começou e eu rapidamente coloquei minha mão sobre sua boca, no intuito de lhe calar.
- É exatamente por isso que ela está horrível. Não a vi chegar ontem e ela não quer me dizer nada. – Minah fez uma cara de reprovação.
- Precisamos de detalhes, . – Minhyuk disse contra a minha mão.
- Nada de detalhes. Não tem nada para contar. – insisti.
- Vamos começar? – a voz de reverberou pelo estúdio e eu me encolhi no lugar. – Oi, . Oi, Mimi. – ele disse simples e sorriu. – , acho que precisamos conversar sobre a festa de lançamento da revista. Depois do ensaio, lá em casa? – ele piscou e se afastou.
- Deus, por que eu não nasci com essa sorte? – Mimi choramingou ao meu lado.
Deus, por que não consigo resistir?
- Eu queria não ter nascido com ela. – menti para disfarçar e comecei o ensaio. Pelo visto, e eu ainda tínhamos muito o que conversar.
Um mês depois do fim do ensaio fotográfico, o senhor Lee marcou uma conferência de imprensa para lançar a nova coleção e a capa da revista e praticamente me obrigou a estar presente, na bancada, respondendo às perguntas dos jornalistas.
Mimi estava de pé ao meu lado apenas para me dar apoio. Disse que não responderia nada e que eu tinha sido a responsável por estarmos ali. estava sentado do meu outro lado e o senhor Lee e Minhyuk observavam de longe. A conferência era nossa.
Muitas perguntas foram direcionadas a , claro, até que um rapaz alto levantou a mão e direcionou sua pergunta a mim.
- Senhorita , sabemos que a senhorita é americana. – ele iniciou, mas eu o cortei.
- Da América do Sul. – corrigi.
- Sim, mais precisamente do Brasil. – ele sorriu ladino. – E que veio por um emprego que não deu certo. Como foi parar na Tommy?
Meu Deus. Eles sabiam demais.
- Minhyuk nos achou em um ensaio externo para um casamento. – expliquei.
- E os cabelos vermelhos dela chamaram a atenção. – Mimi me empurrou e respondeu. – Nosso portfólio está disponível on-line, senhores. Temos ótimos trabalhos. – ela piscou. Os repórteres riram e balançou a cabeça em negativa, com um sorriso no rosto, não acreditando na petulância de Mimi.
- Senhor , vai nos revelar quem é a misteriosa mulher da capa? – alguém perguntou.
- É minha namorada. – ele sorriu satisfeito. – Ela prefere ficar atrás das câmeras, mas cede para mim. E eu adoro fotografá-la. – ele apertou minha mão que repousava sobre a mesa e seu sorriso se alargou mais ainda. Não evitei sorrir junto.
Assim que a compreensão atingiu todos, uma chuva de flashes começou, as perguntas vindo em avalanche. Mas nada ali nos afetava.
, em sua insistência, havia me conquistado, e tinha deixado que eu o conquistasse. E nada mais importava a não ser nós dois.
FIM
Nota da autora: Sem nota.