Lovers: Behind the Scenes

Postada em: 10/06/2019

Capítulo 1 – O Pub

Um bar secreto para celebridades e clientes da alta sociedade coreana. Sua irmã trabalhava lá como bartender. Vez ou outra, passava lá para ver como estava indo. A vida de casada com o dono do local tirava todo o tempo que tinha, pois ela ainda fazia questão de trabalhar no pub do marido. Ele era um homem bom e generoso, que se apaixonara aos poucos por ela e a tentou conquistar de todos os jeitos. Ele só soube que ela se importava quando, um dia, chegou com o rosto machucado, e ela o encheu de perguntas e cuidados. Desde aquele dia, eles não se separaram mais.
Me aproximei da porta do pub, que parecia como uma loja de gisangs, e segui para a porta ao fundo da loja. Lá, tinha uma porta com senha e, depois que se abria, tinha dois seguranças. Cumprimentei Brad e Timmy, dois afro-americanos de quase dois metros de comprimento. Depois de três anos me vendo entrar e sair dali todas as semanas, eles já tinham se tornado meus guardiões.
– Yo, Tim. Yo, Brad! – acenei com minha mão direita.
– Quando a agasshi vai me dar um apelido? – revirei os olhos.
– Mas, Brad, que apelido seu nome oferece? Bra? Quer que eu te chame assim? – todos rimos, e ele liberou minha passagem.

Minha irmã estava testando novas receitas para coquetéis quando cheguei.
– Yo, sis! – dei um beijo no rosto dela e me sentei de costas para o bar, dando uma olhada no local. Não tinha muita gente, só alguns políticos com suas paqueras e um GD conversando alegremente com sua garota japonesa. – Vejo que não temos nada de diferente, hein?
– Parece que mais tarde vamos receber um novo convidado. – Virei meu corpo em direção a ela.
– Conte-me mais.
– Sabe que não posso. – Fiz cara de choro, e ela, por fim, falou – Mas, como você sabe, nada te impede de ficar por aqui.
– É isso aí, sis – levantei a mão e demos um high-five – Vou ver como está o Sun lá na cozinha. See ya!

Sun era o chefe de cozinha do pub. Mas por que teria um chefe de cozinha em um pub? Já mencionei que aquele lugar só recebia membros de nome e da alta sociedade, não é? Não importava que não tivesse dinheiro no bolso. Se era reconhecido fora da Coreia, já tinha permissão de vir até lá, mas, antes, tinha que achar alguém que conhecesse o local e lhe convidasse.

Ajudei Sun a organizar o estoque. Era algo que achava divertido, e ele me fez um prato de jajangmyeong. Quando vi a hora, já estava dando uma e meia da manhã. Decidi ir pra casa, tinha aula na parte da manhã. Fui para o bar, para me despedir da minha irmã, quando recebi um olhar direto dela, que seguiu até a outra ponta do bar.
Lá estava ele, o novo convidado. Cabelo castanho avermelhado, brincos em três partes da orelha, lábios vermelhos, com uma jaqueta preta e tomando... whisky. Wow, forte. O semblante dele estava fechado e pensativo. Eu já tinha visto aquele rosto antes... Wow, wow, ele era mais bonito pessoalmente. Com aquela expressão séria no rosto, se não era o KangNam, é claro que era o JaeBum. Sentei no bar e pedi uma soda. Minha irmã me entregou e perguntou se eu sabia quem era. Eu acenei que sim e abri minha carteira, mostrando a foto de um grupo. Ela logo entendeu de quem se tratava e, a partir daquele momento, ele receberia o tratamento mais alto da casa.

Na semana seguinte, passei bem cedo no pub para pegar money com minha irmã. O Halloween se aproximava, e ela queria oferecer fantasias de alta qualidade aos seus clientes. Só que, naquele dia, acho que fui cedo demais. Não é como se eu dormisse muito. Era por volta das cinco da manhã, e me deparei com um JB dormindo em cima do balcão. Chamei Brad e Tim para colocá-lo em um dos quartos que tinha no pub. Ele nem foi contra. Pedi para Sun fazer uma bebida para ressacas e deixei na cabeceira da cama com um bilhete:

"Judie menos do seu corpo e converse com alguém! Segunda às 14h.
P.S.: Beba, vai fazer bem para você."


Fui em uma costureira amiga minha e pedi para fazer fantasias de heróis da DC, Marvel e clássicos do terror. Em seguida, fui para a aula. As matérias não me interessavam, muito menos as pessoas. Tinham grupos de fangirls por todo o prédio, sempre cochichando empolgadas. Isso significava que algum idol estava para ingressar no campus ou, pelo menos, tentar. Se tivessem acesso ao que eu tinha, elas já teriam estragado tudo, porque requeria maturidade para vê-los só como humanos trabalhadores bem remunerados que têm problemas e sonhos como qualquer outro ser...

Não sabia o que tinha dado em mim para chamá-lo para conversar, provavelmente porque ele era um dos seres que mais me atraíam naquele meio, ou porque eu tinha visto um processo de autodestruição começando.

Naquele dia, me arrumei um pouco. Decidi colocar uma presilha em um lado do meu cabelo e deixar o restante solto. Coloquei uma calça preta com uma regata prateada e peguei minha jaqueta preta. A maquiagem estava impecável, efeito colateral de se viver na Coreia do Sul: você era automaticamente fuzilada por vários tipos de produtos e modos de fazer uma make-up perfeita.
Cheguei antes do horário combinado. Brad e Timmy trocaram olhares quando passei por eles. Sabiam que essa noite não seria como as outras para o meu convidado. Surpreendentemente, ele já estava no bar quando cheguei. Acenei para a minha irmã e murmurei para ele, “me siga”. Fomos para o quarto de salas privadas do local. A minha ficava mais ao fundo, equipado com tudo o que eu gostava. Entrei. Ele me acompanhou e já foi logo iniciando a conversa.
– Como você pode me ajudar? – olhei para o pé dele e, depois, seu rosto.
– Primeiro, sente-se – me acomodei no canto do sofá – Segundo, você é disciplinado demais e extravasa suas frustrações e problemas na bebida. Esse não é o caminho. A responsabilidade que carrega todo o tempo entra aqui também. Você é sempre o exemplo.
– Não precisa me lembrar disso, porque eu não esqueço nem por um segundo. Talvez só quando eu bebo.
– Tem duas pessoas perto de você com quem pode dividir o peso do mundo, deveria se abrir mais com eles.
– Eles não seriam capazes.
– Eles aguentam mais do que imagina. – Abri uma soda e enchi meu copo e mais um – Aqui, tome um pouco.
Ele pegou o copo com soda e ficou encarando a bebida, até pegar uma garrafa de vodka em cima da mesa de centro e derramar um pouco no copo, me fazendo revirar os olhos.
– Não vou ficar alterado, aquele dia foi diferente. Em vez de confiar em quem está ao meu lado – tomou um gole, levantou a cabeça e me encarou –, eu poderia confiar em você.
– E você confiaria em mim? Uma completa estranha?
– Posso não te conhecer ainda, mas sei que não é qualquer uma. Você tem poder aqui dentro, então tem poder lá fora. – aquela observação dele me arrancou risos.
– Querido, aqui dentro eu sou alguém, sim, por causa de contatos, mas, lá fora, eu não sou ninguém. Não venha pensando que acertou o jackpot, porque não acertou não.
– Hm – ponderou sobre o que eu tinha acabado de dizer e respondeu: – Melhor ainda, você tem quem pode protegê-la e ainda ter uma vida livre de deveres e expectativas que os outros têm sobre você.
– Não é bem assim, mas o meu peso é pena comparado ao seu.
– Então o que você está me sugerindo?
– Desabafe com alguém que confia.
– Então eu deveria fazer isso com você!
– Por que eu?
– Porque se eu falar algo para você e sair daqui, esse local acaba. Ninguém vai confiar mais nos serviços prestados aqui.
– Eu não trabalho aqui.
– Mas, pelo que eu vi, sua irmã, digo, pela aparência, trabalha e seria prejudicada.
– Você é mais calculista e perceptivo do que eu pensava.
– Por um acaso você é uma AhGaSe?
– Acontece que sou.
Ele mexeu no bolso da jaqueta e tirou um cartão grande.
– Uma credencial de full access em qualquer show que fizermos, até fora do país.
– Você pode sair distribuindo essas coisas assim?
– Eu não distribuo nada, esse é o primeiro e último que confio a alguém. Use-o quando eu precisar de você.
– Erm, jogando a classe para o lado, moço, eu não sou ninguém.
– Melhor ainda, você é invisível.
Oh, great!
– Então vamos começar nossas seções agora mesmo.
– Me sentindo a Camille de The Originals. – revirei meus olhos, tomei mais um gole da minha soda e encarei-o – Sou toda ouvidos!
– Eu estou cansado, todos nós estamos. Precisamos de férias, mas não devemos abandonar o barco. Lutamos demais por esse lugar na indústria.
– Por isso que você continua em cima dos palcos mesmo que com o ligamento rompido.
– Exato. Estamos no final das promoções. Eu sou o líder, tenho que dar o exemplo e mostrar para os mais novos que não se pode desistir de algo só por causa de um machucado. Se dá para você segurar o microfone e cantar, você deve ir e fazer o melhor show que conseguir.
– Só que falar é fácil, e seu psicológico vai definhando conforme vai se esforçando com o corpo pedindo descanso.
That's it! – ele terminou sua bebida e se levantou – Ah! Me passa seu celular!
Entreguei o aparelho a ele. Ele mexeu por um tempo. O celular dele tocou e, em seguida, ele desligou.
– Esse é o meu número. Se precisar de algo, me liga, porque quando eu precisar de você, eu irei ligar.
Peguei o aparelho de volta e olhei a hora.
– Nossa! Gastamos muito tempo aqui, já é quase hora da minha aula.
– Vem! Eu te levo. – ele estendeu a mão. Por um segundo, vi um rosto mais suave.
– Mas se alguém ver-
– Não se preocupe. – ele me puxou e saiu andando. Passei pela minha irmã, e ela estava com o semblante assustado. Quando chegamos nos seguranças, eles bloquearam o caminho.
– Tudo bem, Tim. Tudo bem, Brad! – eles se afastaram e liberaram o caminho.
Havia uma SUV preta esperando por ele no estacionamento, entramos e, em minutos, estávamos na minha universidade. A SUV parou, e eu desci.
Kamsahamnida!
Bye!

Mal entrei na sala e vários olhares estavam sobre mim. Quando me sentei, veio aquele monte de meninas em cima.
– Quem estava com você na SUV? Por que você estava em uma van da JYP? Você foi recrutada? O que há com suas roupas?
Comecei a pensar em como era possível elas saberem que era uma van da JYP. Nem plotado o carro era. E, nossa, tinha me esquecido de trocar de roupas. Eles nunca me viram assim.
– Não sei sobre o que estão perguntando. Aquela era a van de funcionários do bar da minha irmã. Vocês devem estar confundindo. Não tinha JYP escrito nela.
– A placa da van pertence a JYP.
– Cara, vocês são assustadoras!
O professor entrou na sala, e alguém gritou “Me apresenta a Suzy?”.
– Apenas parem. Não tenho nada a ver com a JYP e nem com vocês. Agora, se não se importam, o professor está esperando vocês se sentarem para a aula começar.

Ao chegar em casa, mandei uma mensagem para o Sr. Im.

"Parabéns por deixar minha universidade em alerta sobre mim! Essas gurias são assustadoras, elas sabem os números das placas que a JYP possui."


Não demorou muito e ele respondeu:

"Desculpe, não achei que já tínhamos atingido esse nível de popularidade. Isso não vai se repetir da próxima vez!"


Respondi:

"Ok, não foi realmente sua culpa, só precisava falar com alguém."


A resposta foi imediata.

"Posso te ver hoje?"


Fiquei surpresa.

"Não vão suspeitar que tem algo estranho não?"


Fui tomar banho e, quando voltei, ele tinha respondido.

"Eu estou machucado e trabalhando. Eles estão me deixando livre. Te vejo hoje depois da meia-noite."


Respondi com um "ok!" e fui pegar as fantasias de Halloween.
Eu devia ser alguém de muita sorte ou muito azar. Minha vida de tranquilidade e rotina mundana parecia estar mudando. As fantasias tinham ficado ótimas. A minha de Viúva Negra ficou impecável. Busquei-as no fim da tarde. Adorava quando tinha festa temáticas no pub, eram os dias mais divertidos!
Levei as fantasias para a minha irmã. Ela estava atrás do balcão do pub quando cheguei, e já me lançou um olhar inquisitório.
– Vai me explicar o que está fazendo? – coloquei as roupas no balcão.
– Nem eu sei!
– Cuidado!
– Pode deixar, não vou fazer nada que prejudique o pub.
– O problema é você se machucar.
Sentei-me no banco de frente ao balcão.
– Não sei de nada do que vai ou pode acontecer, nem sei o que ele espera de mim e não sei se posso me proteger.
– Exatamente! Você precisa se proteger. Cuidado.
– Ok! – respirei fundo e me dirigi à minha sala. Liguei a TV e fiquei assistindo a um programa de variedades aleatório com idols.

Nem vi a hora passar. Só notei que já era tarde porque, da entrada da sala, ele estava me fitando. Ele se aproximou da mesa de centro e sentou-se na ponta ao fundo. Eu estava na outra, então que ficamos frente a frente. Desliguei a TV e resolvi iniciar o diálogo.
– E aí?
– Isso são modos de se falar?
– Temos praticamente a mesma idade. Vamos ficar mais confortáveis um com o outro e deixar a formalidade de lado.
– Você não tem ideia do quão difícil isso é! – ele passou as mãos pelos cabelos, puxando-os para trás. Fiquei sem reação com a imagem a minha frente. Ele notou e pigarreou. – Se não tivesse pesquisado sobre você, pensaria que é uma sasaeng.
– Desculpe se uma bela espécime está à minha frente e não consigo disfarçar o meu fascínio por sua beleza.
– O que aconteceu com o não ser formal?
– Enfim, como foi o seu dia?
– Me conte mais sobre as pessoas da sua universidade.
– Tem sasaengs lá. Elas memorizam as placas de carro das empresas. Fiquei assustada. E o grupo que me abordou são do fandom do GOT7.
– Sim, tem algumas assustadoras mesmo. Elas fizeram algo a mais?
– Além de me cercar, não. Mandei-as irem passear e a presença do professor ajudou.
– Hm. Vamos ter uma apresentação amanhã. Quero que use a credencial.
– Não me conformo com você trabalhar machucado, mas eu entendo.
– Não vai me servir nada?
– Se depender de mim, você só beberia suco de maracujá.
– Eu me sirvo então. – JB pegou uma garrafa de whisky dentre as outras bebidas na mesa e se serviu. – Como são os fãs em seu país?
– Algo que nunca viu antes. Você fica impressionado com a quantidade de amor eles possuem e com a altura de seus gritos.
– Interessante!
– Faz a mente da sua empresa para o GOT7 ir para lá. Mesmo que de férias. – Ele riu.
– Férias? Desconheço o significado dessa palavra. – Com um riso sarcástico, me contou como foi seu dia.


Capítulo 2 – Vícios

O Music Bank daquele dia foi especial. Ele cantou todas as músicas olhando para mim, menos If You Do. Mais tarde, ele disse que ela não combinava conosco e, por isso, preferiu cantar olhando para nenhum lugar específico.
No final de semana seguinte ao show, houve a festa de Halloween no pub. Ele foi com a fantasia de Nick Fury e me encheu de piadinhas sobre a Viúva Negra. Estávamos no balcão do bar, bebendo suco de acerola com energético e outras coisas, especial da minha irmã.
– Mas se você é a viúva negra, significa que, se eu me casar com você, vai me matar?
– Provavelmente, meu caro Nick. É da minha natureza. – tomei um gole do coquetel – Na verdade, não acho que me chamem assim por conta dos meus exs, não.
– Você tem mais do que um ex?
– Seguindo a história, eu já fui casada, namorei com o Demolidor, dei uns pega no Tony Stark e ainda mexi com o coração do Homem-Aranha.
– Wow!
– E já fui líder dos Vingadores!
– Poderosa, hein?
– Fazer o quê? Eu sei escolher minhas fantasias. – começamos a rir, bebemos mais um pouco, e ele decidiu me levar em casa. Era a primeira vez que ele fazia isso. Estava um pouco nervosa, mesmo só com ele me acompanhando até a porta.
Despedi-me da minha irmã e fomos para a van. Os seguranças do pub deram um olhar significativo para o JB quando ele passou por eles, e eu pisquei para o Brad e o Timmy.
Ao chegar na van, ele entrou primeiro, estendeu a mão e me puxou para dentro. Choquei meu corpo contra o dele, mas não reclamamos.
Ele disse que era para que eu sentasse ao lado da janela e, assim que eu o fiz, ele se inclinou sobre mim e passou o cinto de segurança sobre meu colo, fechando-o.
– Segurança nunca é demais! – ele disse e fechou o próprio cinto.
Já havia passado meu endereço para ele, e ele comunicou ao motorista. Eu morava em um condomínio particular. O dono do local estava no exército, mas o nível de segurança não tinha ficado mais fraco. Tive que sair da van para liberarem a sua entrada. Isso era um pouco desconfortável, mas só de estar no condomínio do Park Yoo Chun e ele ser de segurança máxima era um luxo. Em casos como aquele, de um idol me trazer para casa, era até uma dádiva morar ali.
A SUV preta seguiu até minha casa e parou na garagem. O motorista saiu do carro assim que estacionou, e eu estranhei.
– Por que ele... – apontei para o banco do motorista.
– Para nos dar privacidade. – Mais uma vez, ele se inclinou sobre mim, desabotoou o cinto e me beijou. Suas mãos subiram para meu rosto e ficavam passeando entre minha face e meu pescoço, já eu aprofundei minha mão direita naquele cabelo brilhante e macio. Ficamos assim por mais um tempo até precisarmos de ar, me enchendo beijinhos no final do beijo.
– Você sabia que só assim dá para sentir seu jeito carinhoso e frágil?
– Quando estou apaixonado, tendo a ficar muito sensível com os outros à minha volta.
– Opa, quem é a pessoa dos exs agora?
– Estar apaixonado não significa ser correspondido.
– Mas então você está? Apaixonado?
Ele pigarreou e mexeu na gola blusa.
– ‘Tá quente aqui, não é?
Arqueei minhas sobrancelhas e soltei um riso.
– Você está vermelho. Gente, eu consegui deixar o Im Jae Beom com vergonha.
– Para... – ele abriu a porta da van e disse: – Vem, já está tarde.
Saímos da van, e ele me acompanhou até a porta da entrada da minha casa, pigarreando mais uma vez.
– Sabe, comprei algo para você. – olhei com interesse para ele – É algo bem simples, mas que ninguém vai notar...
– Hm!
Ele tirou um saquinho preto de dentro do sobretudo e pôs nas minhas mãos.
– Espero que você goste.
Abri o saquinho e, dentro dele, havia um par de brincos.
– São lindos! – pulei nele, dando um forte abraço.
– Eu tenho um par igual a esses.
– Então... São brincos de casais. As coisas na Coreia são muito rápidas – dei um sorriso malicioso.
– É, são... – ele estava ficando vermelho mais uma vez, e eu o beijei. Ele ficou surpreso no início, mas me puxou mais para perto em seguida. Entre beijos, ele confessou: – Eu não quero que isso acabe.
– Muito menos eu! – demos mais um beijo. Eu entrei em casa, e ele foi embora.

Na faculdade, tudo estava indo muito bem e tranquilo, até que chegou o dia das provas dos vestibulandos. Muitos idols que queriam ser algo além de músicos faziam aquelas provas, e foi naquele belo dia que conheci mais um membro do GOT7.
Eu estava a caminho do bebedouro quando um ser bem alto parou ao meu lado e tudo que eu ouvia eram gritos. Estávamos cercados por alunos. Olhei para cima e vi um belo YuGyeom.
– Oi.
– Você que é a ?
– Como você sabe?
– Você precisa me ajudar a me livrar deles.
Olhei em volta e pensei rápido.
– AH, MEU DEUS, É O JB NO FIM DO CORREDOR? – Todos olharam, e a maioria até começou a correr. Naquele instante, agarrei um YuGyeom que olhava para o final do corredor, procurando seu hyung. – Seja menos, Gyeom!
Levei-o até a sala de vassouras e nos tranquei lá.
– Como você sabe meu nome?
– JB disse que podia pedir sua ajuda caso precisasse, e que você me ajudaria.
– Aish, aquele cabeça de prego. – Encarei YuGyeom. – Você é um idol, tem que encarar seus fãs.
– Mas hoje é dia de prova. Quero me concentrar nisso.
– Ok! Que horas é a prova?
Ele olhou para o relógio no pulso.
– Daqui a pouco. Minha sala é a 307.
– Quê? É no andar de cima... – vi a cara de preocupação dele – JB deve me ver como uma super-heroína.
– Ele mencionou algo sobre isso mesmo... – olhei para ele sem entender e comecei a bolar um plano.
– Vamos fazer o seguinte. Eu saio primeiro e despisto os alunos. Volto para te buscar, e você corre como se sua vida dependesse disso.
– Ok! Posso fazer isso!
– Com pernas tão longas assim – apontei para elas –, não espero menos.
Saí do armário de vassouras e comecei a andar pelo corredor. Perguntei a algumas se tinham encontrado o JB, e elas falaram que não. Olhei pela janela e vi alguém meio ruivo no pátio e gritei: – AQUELE ALI NÃO É O JB?
A manada estava solta, correndo para todos os lados. Em segundos, já não havia quase ninguém mais no andar. Abri a porta da sala de vassouras e puxei o gigante pelo braço.
– Corre! – Apontei para a escada e a subimos rapidamente. Passamos por um ou dois estudantes, que não entenderam o que estava acontecendo, e seguimos direto para a 307. Ele foi o último a chegar. Na saída, ele foi com manager do grupo, e eu, para casa.

– Só queria entender o que esse Jae Bum está pensando que eu sou. – o celular tocou e era ele.
Yeboseyo!
– Quem você acha que eu sou?
– Uma garota de muitos talentos. Obrigado e parabéns pelo que fez hoje.
– Você é quem deveria cuidar dos seus maknaes.
– Se você os ajudar, é como se eu os ajudasse.
– Ah! Falou aí outra metade de mim.
– Quando posso te ver?
– Essa pergunta só funciona em uma via. Quando você vai me ver?
– Tenho um tempo essa semana, e, quando digo essa semana, quero dizer hoje. Queria passar esse tempo com você!
– Quem disse que idol não namora é muito ingênuo.
Eu o escutei tossindo do outro lado da linha.
– Podemos ver um filme na sua casa.
– Você quer vir a minha casa?
– Tem lugar mais seguro?
– Ok! Eu escolho o filme!
– E eu levo as bebidas!
– Você vem me ver e se embriagar? Não na minha residência.
– Nem um cantil de whisky? – revirei meus olhos.
– Você não precisa disso.
– Tem razão, eu tenho um novo vício, e ele é até saudável.
– Às vezes eu acho que você já está dopado quando fala comigo.
– E estou. Cheio de dopamina circulando pelo meu corpo.
Gente! Aquele lado doce dele estava de mais.
– Te vejo mais tarde, então. Beijos, Sr. Addicted.
– Beijos, Srta. Viúva Negra.

Passei o resto do dia arrumando a casa. Fui tomar banho no último minuto. Eu estava desligando o chuveiro quando a campainha tocou. Me enrolei em um roupão e abri a porta. Lá estava ele, lindo, sensual, corado e com um engradado de café enlatado nas mãos.
– Sabe, eu sei fazer café!
– Estou te poupando trabalho e ainda reclama? – me deu um rápido selinho, me tirando do ar por um segundo, e eu murmurei um “entre”.
– Vou me trocar, só um instante. – Antes de me trocar, coloquei uma pipoca no microondas e fui para o quarto. Vesti uma calça de moletom cinza com estampas aleatórias e uma camiseta preta. Desembaracei meu cabelo, passei perfume e lápis no olho. Retornei para a sala. A pipoca já estava em uma tigela, e ele estava lendo os títulos dos meus livros e DVDs na estante.
– Acho que eu não disse "sinta-se em casa" e não, não vamos ver nenhum desses.
– Não fiz nada de mais, mas, se foi um incômodo, me desculpe. – ele voltou a encarar a estante e murmurou para si – Que pena, fiquei interessado pelo Star Wars!
– Cada filme tem três horas de duração. – ele se surpreendeu.
– O que temos para hoje mesmo?
– Starstruck!
C'mon, você não precisa mais disso. Já me tem logo aqui ao seu lado. – ele me abraçou.
No comments – me sentei no sofá – Também podemos ver alguma série. Já viu Sense8?
– Não tenho tempo para isso... Mas já que estou com você... – ele se sentou no sofá e acariciou meu rosto – Why not?
So, let's do it. – liguei a TV na Netflix e começamos a assistir a série mais falada do ano.
– Sabe... – ele passou o braço por cima dos meus ombros e me encarou – Os meninos já sabem de você.
Oh, really? – nem tinha percebido...
– Digo, antes do ocorrido com o Gyeom.
– É mesmo? E aí? – ele voltou a encarar a TV.
– Não se importaram, e parece que não sou o único suscetível a um romance...
– Conta mais que está ficando interessante. – ele soltou um leve riso.
– O Junior parece que também conheceu alguém que o tirou da melancolia em que estava.
– Vish!
– Que foi?
– Nada, só não gostaria de ser o manager de vocês nesse momento.
E foi assim que a primeira guerra de pipocas foi instaurada na minha casa.
– Quero ver você limpar isso depois!
– Eu? – ele questionou – Eu estarei bem longe daqui.
– Safado!
E, assim, a segunda guerra de pipoca começou. Nem tinha tanta pipoca assim, mas parecia não ter fim. Terminamos deitados no chão, rindo da situação de cada um.
Subimos de volta para o sofá, e ele disse que queria deitar no meu colo. Deixei e aproveitei para ficar mexendo em seu cabelo.
– Gosto mais dele preto. – ele voltou o olhar para mim.
– Devo voltar para essa cor, então? Acho que se eu pedir, eles deixam.
– Se você quiser... – acariciei o rosto dele – O loiro ficou bem fofo, ainda mais quando você sorri, mas eu prefiro o preto.
Ele segurou minha mão direita, entrelaçou nossos dedos e deu um beijo nela. Arrepios se espalharam pelo meu corpo e o pensamento "Quem diria que Im Jae Bum seria esse doce de pessoa?".
– No que está pensando? – ele começou a acariciar meu braço direito.
– No quão diferente é esse JB do que eu via nos vídeos. – ele enrijeceu.
– Isso é ruim? – olhei para ele, sorrindo.
– Isso é ótimo!
Ele ergueu o corpo do meu colo e me deu um beijo em seguida.
– Só não parta meu coração, que aquele JB irá voltar. – olhei nos olhos dele e vi que era sério.
– Não parta você meu coração... Não sou tão suscetível a me apaixonar por alguém. – encarei a TV.
– Então, não nos machuquemos. – ele acariciou meu rosto – Mas se alguém descobrir... – ele mordeu o lábio inferior.
– Se alguém descobrir, eu aguento lutar contra.
– Não quero te perder! – ele viu que fiquei surpresa. Tossiu em seco mais uma vez e sentou no sofá, prestando atenção na série, mas não sem antes passar o braço esquerdo sobre meus ombros e me puxar para bem perto de si. Passei meus braços em volta de sua cintura e ficamos ali o resto da noite fazendo maratona de Sense8.


Capítulo 3 – Confession Song

– Último fanmeeting da era de MAD, aí vou eu. – da janela do ônibus a caminho do fansign do GOT7, vi uma menina estrangeira saindo de uma loja de CDs com um MAD na mão. Parecia animada. Ela também deveria estar a caminho do fansign. Bom saber que tinham mais AhGaSes estrangeiras por perto. Se eu a visse lá, iria abordá-la.
Desci no próximo ponto e já havia muita gente na fila. Para aquele dia, havia decidido usar os brincos que o Jae havia me dado. Entrei na fila e esperei pacientemente pela liberação da entrada. Não queria abusar da minha credencial especial.
Como fui uma das primeiras da fila, consegui me sentar logo na primeira fileira de cadeiras. O shopping estava lotado de fãs, curiosos e imprensa. Não demorou muito, e o GOT7 subiu ao palco, todos sorridentes. Jackson perturbando cada membro, como sempre, e o JB, que estava sério por um minuto, abriu um sorriso quando nossos olhares se encontraram. Em seguida, ele olhou para o Jackson e fingiu estar rindo de algo que ele disse.
O momento dos autógrafos havia chegado. Seguia a ordem das cadeiras, e acabei deixando outras coreanas da primeira fila passarem na minha frente. Todas ficavam dando pequenos surtos. Deslizei meu álbum sobre a mesa para cada membro e o último da sequência era ele. Ele pegou meu álbum, encostando suas mãos nas minhas, e começou a assinar.
– Brincos bonitos esses que está usando!
– Obrigada, foi presente de alguém especial.
– Devo dizer que essa pessoa tem muito bom gosto!
– Tenho que concordar! Aqui – entreguei um pirulito a ele –, trouxe para você adoçar sua boca.
– Queria adoçá-la de outro jeito... – antes que ele terminasse a frase, JB recebeu uma cotovelada do Junior, que, por sua vez, sorriu para mim.
Sussurrei para o JB um "te vejo mais tarde" e sorri para um Junior bem simpático. Voltei ao meu lugar nas cadeiras. Com o passar de cada fileira, fui ficando entediada, até que as últimas fãs desceram do palco e me localizaram na frente. Eram algumas das meninas da faculdade que gostavam do GOT7. Assim que voltaram para o lugar, começaram a jogar bolinhas de papel em mim. Os meninos perceberam e olharam diretamente para elas, que pararam no mesmo momento, abaixaram a cabeça e foram para o fundo do local. Todos voltaram seus olhares para mim e sorriram. Fiquei tão envergonhada, mas feliz por me protegerem.
O fansign se desenvolveu de forma engraçada, rolando um MarkSon e olhares de vergonha do líder para eles.
Quando o evento chegou ao fim, todos os fãs foram saindo obedientemente. Eu, como a brasileira que era, fiquei enrolando e ficando para trás.
– Hey! Falando em BR, não vi aquela AhGaSe de mais cedo.
Quando só havia os seguranças no local, tirei minha credencial da bolsa e coloquei no pescoço, ganhando acesso livre por onde passava. Mais cedo, Jae havia me mandado um SMS pedindo para encontrá-lo no estacionamento, dentro de uma SUV. Me dirigi ao local e me encontrei com o motorista. Assim que me viu, pediu para que eu entrasse na van e sentasse no fundo. Com o passar do tempo, os membros foram chegando, e aquele ser que me arrancou do meu mundinho também.
Ele se sentou bem ao meu lado e segurou minha mão de forma bem tranquila e natural. Todos os membros estavam me encarando, e eu fui ficando cada vez mais envergonhada, murmurei um "oi" e todo mundo começou a zoar com o JB.
– Me respeitem, eu sou o líder.
– Erm, hm, prazer.
– Você também, né? Podia ter me apresentado os meninos de forma mais digna. – dei um tapa de brincadeira no ombro dele.
– Você viu? A gente te defendeu! – BamBam falou e fez uma cara de "salvei o dia".
– Meus heróis! – fingi estar emocionada – Mas é sério, obrigada.
Eles murmuraram algumas frases de apoio e explicaram que foram eles que pediram ao líder para que me levasse lá naquele dia. Queriam aproveitar o jantar que teriam com a empresa e me incluir. Só que teríamos que ser discretos, ainda mais porque o JYP appa estaria lá em pessoa.
– Aaah – fingi desapontamento –, e eu contando com uma transmissão em vídeo que nem ele fez em Producer.

Chegamos no restaurante e todos os empregados da JYP estavam lá. Vi inclusive os meninos do Day6, 2PM oppas e aquelas meninas lá, daqueles grupos que a JYP havia lançado há pouco tempo.
Tinha uma mesa reservada para cada grupo e sua equipe. Nos sentamos na dos fundos, que estava reservada ao GOT7. JB sentou do meu lado esquerdo e o Jackson do direito. Mark e Junior na minha frente, do lado oposto da mesa. A comida era farta e boa. Se havia um belo momento para partir daquele plano, era a hora. Os meninos não paravam de brincar e conversar. Saíram andando por todo o lugar, tirando selfies com os staffs. Foi quando reparei que o Junior havia desaparecido não muito depois de chegarmos ali. Cutuquei o JB.
– Hey! Cadê o Junior? – ele me deu um sorriso.
– Aproveitando o tempo livre que vamos ter. Ele está chamando de férias, mas não é bem isso....
– Ãhn, ok! Queria que vocês pudessem ter isso.
– Nós queremos e não queremos. Nosso corpo meio que está gasto, mas não queremos ser esquecidos. A imprensa não quer que esqueçam de nós nem por um minuto...
– Hm... – olhei para porta e vi o convidado mais esperado da noite: JYP.
Ele saiu cumprimentando a todos e sentou-se na mesa do GOT7. Cumprimentou-me e fez uma breve análise de mim. Olhou para o JB e disse:
– Espero que saiba o que está fazendo.
– Meu contrato já tem mais de cinco anos...
– Só não quero seu coração partido de novo.
– Com licença – engoli em seco –, desculpa me intrometer, mas... If You Do...
– Baseado no sofrimento dos meus filhos aqui. Falando neles, cadê meu Junior?
– Livraria. – JYP sorriu, acenou para o JB e se retirou da mesa.
– Nosso papel aqui já foi cumprido. – ele se levantou e estendeu a mão para mim, que segurei. Ele me puxou, e abandonamos o local. Levou-me até um parquinho que tinha perto do meu condomínio. Ficamos conversando sobre nossas diferenças culturais. O que mais o chocou foi que, no Brasil, você não estava realmente namorando uma garota sem antes perguntar a ela se queria. Ele achou que coisas assim eram só para pedidos de casamento. Me encheu de perguntas sobre os casais brasileiros, até que comecei a cochilar, e ele me deixou em casa.

Na semana seguinte, foi anunciado um repackage do álbum atual. Ele estava ocupado até para dar suas escapadas usuais. Era uma quinta-feira quando pediu para que eu o encontrasse em um endereço em Bundang. Coloquei uma saia curta de lã preta, meia-calça, uma blusa azul marinho com glitter, botas de cano médio e um casaco longo preto. O dia estava bem frio, e não queria arriscar um resfriado. Por via das dúvidas, coloquei um gorro.
Cheguei no endereço e me deparei com uma escola. O porteiro estava à minha espera e me deixou entrar. Apontou o caminho que deveria seguir e me encontrei de frente às portas de um ginásio. Abri uma das portas e encontrei um caminho de pétalas de rosa cercado por velas até uma árvore de Natal. Comecei a sorrir e a procurar por ele, que não me desapontou, saindo de trás da árvore, cantando.

“Centenas de confissões que eu boleie sem sucesso
Às vezes eu me sinto sem confiança, eu deveria só começar de novo
Eu digo que com certeza eu irei me confessar, mas é sem sentido se eu não faço nenhum movimento no final
Não consigo manter minha cabeça erguida na sua frente sem soltar um sorriso apaixonado

Eu estou apaixonado por você, por que essas palavras são tão difíceis?
Eu continuo hesitando em dizer, de novo e de novo

Por que é tão difícil escrever uma simples carta?
Eu continuo escrevendo e rasgando, de novo e de novo
Você pode até não se sentir do mesmo jeito que eu
E eu posso não a ver novamente, é isso que me mais me amedronta
Não ter a coragem para te contar...
Com essa música, deixe-me abrir meu coração para você

Eu te amo, bebê, eu, eu te amo (por um tempo longo)
Eu te amo, bebê, eu, eu te amo
Eu amo”


Naquele momento, eu já estava com as mãos tampando minha boca e tentando não chorar.

“Eu espero sua resposta durante o dia inteiro
Eu continuo escrevendo e apagando para ter certeza de que não há nenhum erro nas minhas palavras
Acidentalmente digo coisas que eu não queria
As linhas dramáticas que pratiquei em frente ao espelho
São todas esquecidas quando eu fico em frente a você, me frustrando
Minhas mãos hesitam em frente às suas
As batidas do meu coração ficam mais altas, talvez você consiga as ouvir, yeah
Você pode até não se sentir do mesmo jeito que eu
Eu posso não a ver novamente, é isso que me amedronta
Não ter a coragem para te contar
Com essa música, deixe-me abrir meu coração para você

Eu te amo, bebê, eu, eu te amo (por um tempo longo)
Eu te amo, bebê, eu, eu te amo
Eu amo

Meu coração bate como uma bateria
Meus braços aguardam pelo dia em que irão te abraçar apertado
Meu calendário aguarda pelo dia marcado em vermelho
Minha confissão só está à espera da minha coragem
Embora eu ainda seja um bobo tímido
Eu espero que essa canção que eu escrevi por incontáveis noites
Entregue a minha sinceridade
Pegue um lado do fone em sua mão e escute o que eu venho tentando te dizer”


Com uma mão, ele me entregou um dos fones que estava usando, e escutei o que era.

“Eu te amo, bebê eu, eu te amo (por um tempo longo)
Eu te amo, bebê eu, eu te amo
Eu amo, eu amo”


Com a outra mão, ele me deu uma rosa branca e perguntou:
– Você aceita namorar comigo?
Sem mais o que pensar, disse sim, e ele me beijou de um jeito leve e apaixonado.
– Fiz do jeito brasileiro o que achou?
– Brasileiros não gastam tanto esforço em coisas assim. Mas eu amei e... eu também te amo.
Nós dois não conseguíamos parar de sorrir e rir. Também não queríamos nos soltar, mas sabia que logo ele teria que ir. Tiramos algumas fotos no local, ajudei-o a arrumar as coisas e fomos para a SUV preta.
– O que achou da música?
– Linda. Você quem compôs?
– Não, foi o JinYoung PD. Eu só alterei algumas palavras. Ele disse que era para confessarmos nossos sentimentos nesse Natal.
– Não creio que ele disse isso para vocês, e sim para seus fãs...
– Ainda assim, achei adequado... E eles não precisam saber disso se não quiserem.
– Se você diz...
Ele tirou uma sacola de trás Do banco onde estava sentado e me entregou.
– Só mais um presente hoje. Até o momento, é exclusivo, hein.
Abri o presente e me deparei com dois álbuns. Eram ambos MAD, só que com capas diferentes. Ele me explicou que era a versão de inverno do álbum, e a Confession Song se encontrava neles.
– Eu realmente esperava que você tivesse férias.
– Você não tem ideia de quão lotada nossa agenda está para dezembro.
– Acha que consegue passar o Natal comigo?
– Desculpa, ainda não tenho certeza.
Ele me deixou em casa e foi direto para a empresa ensaiar para o lançamento da versão da minha confissão, só que com algumas palavras diferentes.

No dia seguinte, passei as músicas do CD para o meu iPod e fui escutando para a aula. Não tinha percebido, mas eu estava cantando a faixa título de cor já. Ela realmente era especial. Estava na janela da minha sala quando vi a estrangeira da loja de CDs passando no pátio.
– Que legal – pensei alto – Ela estuda aqui também. Deve ser como eu, veio através de intercâmbio.
Estava na sala esperando o professor chegar quando fui cercada pelas fãs do GOT7.
– Como você sabe a música do GOT7 que acabou de lançar?
– Por que eles te defenderam no fansign?
– Você possui alguma relação com eles, não é mesmo?
– Hm... Oi? Do que vocês estão falando? Que entrevista toda é essa?
– A Confession Song só foi lançada essa noite, mas a cantou a semana toda.
– Sei de nada não. Nem vi que lançaram música nova.
– Nem os segue. Como pode ser uma IGOT7?
– Ãhn... – vi o professor entrando na sala e agradeci mentalmente a ele – O professor está na sala aguardando por vocês mais uma vez.
– Não pense que se safou dessa.
– Ok...


Capítulo 4 – Sasaengs

Vi a estrangeira mexendo no celular na área de descanso da universidade e resolvi arriscar uma conversa.
– Hey – ela me fitou – Desculpa me intrometer, mas é brasileira?
– Sim. Você também é?
– Uhum. Vi você pela janela do ônibus outro dia, estava com um MAD na mão.
– Ah! Sou nova no fandom, estava indo para o fansign.
– Pois é, você foi? Não te vi lá.
– Ah! É que ocorreu um imprevisto e não pude ir... – o telefone dela começou a tocar, e seus olhos brilharam.
– Namorado?
– Nada específico ainda. Agora, se me der licença, vou ver se consigo um avanço... – ela atendeu o celular e saiu andando alegre enquanto conversava com a pessoa do outro lado da linha.

Depois da aula, segui direto para o pub. Havia um tempo que não ia até lá.
– Oi, sumida! Como você está? – minha irmã estava atrás do balcão, polindo os copos pra variar.
– Acho que encrencada. – sussurrei para ela. Ela me encarou.
– O que houve? É por causa do Im Jae Bum?
– É, mas a culpa não é bem dele.
– Ai, meu Deus, você está grávida? – ela parou de polir os copos.
What? Você está doida? Jamais! – vi a cor voltando ao seu rosto, e ela continuou a polir os copos.
– Então o que é?
– O GOT7 tem sasaengs, e parte delas são da minha faculdade. Nada bom, não é?
– Hum, você acha que elas estão suspeitando de algo?
– Eu acho que eu já estou sendo é seguida.
– Como você foi ser tão óbvia?
– A culpa não é minha se ele usou uma música super amorzinho para me pedir em namoro e acontece dela ser o single do repackage do último álbum deles.
OMG! Ele te pediu em namoro com todas as letras?
– Uhum, bolou um cenário e tudo mais. – ela ficou me encarando por um tempo.
– É, ele deu mole. Me conta sobre essa música nova.
Passei o resto do dia conversando com minha irmã e com os outros trabalhadores do local. Quando cheguei em casa, já era uma hora da manhã. Tomei banho, escovei meus dentes e me deitei na cama. Assim que fechei meus olhos, recebi uma mensagem no celular. Era ele.

"Já dormiu?"

"Eu não. E você já dormiu... essa semana?"

"Dormi no avião."

"Uau, super confortável."

"Primeira classe, sabe como é..."

"Você está onde agora?"

"Acabei de voltar para a Coreia. Queria te ver."

"Estou em casa, se quiser vir. Mas não seja óbvio. Acho que estou sendo observada."

"Vou de carro, então."

"Waiting for you!"

";-)"


Levantei, me enrolei no roupão e preparei chocolate quente. Levei o chocolate e as canecas para a sala e deixei-os sobre a mesa de centro. A campainha tocou em seguida. Abri a porta e ele estava lá, lindo e radiante, com um cachecol preto e seu casaco de lã cinza.
– Boa noite, arabudi (avô). – Ele abriu um sorriso e depositou um beijo em minha testa.
Aigoo, não vai me convidar para entrar?
Aigoo, pensei que não se importava com essas formalidades. Entre, por favor!
– Não, antes quero te mostrar uma coisa – ele segurou minha mão e saiu me arrastando para fora da casa – Olha – apontou para o céu –, está nevando.
Levantei minha mão e peguei um floco de neve. Era o primeiro dia de neve do inverno em Seoul.
– Não podia não te ver no primeiro dia de neve. – ele não parava de sorrir, e, então, olhei para ele.
– Quer dizer que quer passar a eternidade comigo?
– Eu não me importaria. – ele segurou minhas duas mãos, me puxou para perto e me deu um beijo cheio de sentimento, calmo, profundo, carinhoso e apaixonado. Nos separamos para nos olhar por um instante.
– JB.
– Aish.
– Jae.
– Hm.
– Não vou te largar nunca!
– Assim espero. Tenho arriscado muito para viver esse amor juvenil.
– Anda, vamos entrar. Fiz chocolate quente para nos esquentar.
Ele me abraçou e entramos na casa. Depois que tomou o chocolate, acabou desmaiando de sono no sofá. Cobri-o e fui me deitar no quarto. Meu estômago estava inquieto. Ele conseguira me laçar. O que seria de mim a partir daquele momento?
Na manhã seguinte, me deparei com um copo de achocolatado na minha frente e um bilhete. Nele, ele pedia desculpas por não esperar que acordasse e que sentia a minha falta.
– Se ele sente a minha falta, imagina eu?
O mês estava acabando. Conversei com a outra brasileira algumas vezes. Quando o assunto era namorado, nós duas éramos muito vagas sobre o assunto. Tinha algo suspeito e similar nisso...
A primeira semana de dezembro foi uma loucura para o GOT7. Eles tinham shows, fanmeetings, fansigns, viagens para outros países e até premiação a comparecer. JB mandava mensagem vez ou outra. Peguei uma transmissão dele no V app mexendo no celular, enquanto estava em Hong Kong. Segundos depois, recebi uma mensagem dele falando que estava com saudades. Eu ri disso, mas gostei. Me senti realmente especial. Ah! Como paixão deixava a gente bobo.

As provas semestrais da faculdade estavam se aproximando, então passava o dia e a noite estudando no pub, o melhor lugar. Tinha comida, bebida, uma sala só minha e ninguém para me perturbar.
Todos os dias tinha que despistar as sasaengs. Já estava ficando irritante.
Esbarrei com a brasileira, que aprendi que atendia pelo nome de , algumas vezes na faculdade, e marcamos de fazer algo juntas. Ambas não tínhamos certeza de como seria nosso Natal.

Decidimos ir em uma cafeteria em Hongdae uma semana antes do Natal. Estava indo tudo bem e tranquilo, quando notei duas sasaengs sentadas não muito longe da nossa mesa. Não me aguentei e fui xingá-las.
– HEY! DÁ PARA PARAREM DE ME SEGUIR! Já estou cansada de ter que ficar olhando sobre meu ombro nas ruas. Não tenho nada a ver com seus oppas, então me esqueçam!
estava assustada em sua cadeira, e seu olhar se encontrou com o de um rapaz no canto da cafeteria. Não me era estranho. Ele observava a cena com cautela e deixando uma sem reação.
– Desculpa, mas é muito suspeito você vir a cafeteria que o JinYong vem. – a sasaeng de cabelos longos se levantou.
– Eu lá sabia que seu amado vem aqui? Eu só gosto do lugar, não tenho culpa de termos bom gosto. Só parem! Já deu! Não sou essas sonsas que têm medo de vocês e se deixam atingir. – saí andando, mas antes chamei minha amiga – , vamos!
Porém, estava estática em seu lugar, fazendo com que eu olhasse com atenção para ela.
, você está bem? – a menina saiu do transe e logo se juntou a mim.
– Desculpa, acho que vi alguém...
– Me desculpe pelo show, mas não tenho paciência para ser seguida como uma suspeita de assassinato.
Seguimos para uma loja de roupas e ficamos olhando as últimas peças que tinham saído. não parava de trocar SMS com alguém, o que chamou a minha atenção.
– Está tudo bem?
– Está, acho que agora tenho planos para o Natal.
– Uh, com o namorado misterioso? – A garota ficou vermelha e soltou um som que parecia com uma confirmação. – Eu ainda não tenho certeza do que fazer.
Naquele instante, meu celular vibrou, e li a mensagem na tela.

"Você está oficialmente convidada para a festa de Natal da JYP. Traje esporte fino. Te pego às 8PM! ;-)".


– Bom, erm, como eu ia dizendo... Preciso comprar uma roupa nova para o Natal.
– Eu também. – Ficamos nos olhando por alguns segundos, suspeitando uma da outra.
Acabou que escolhi um vestido preto e justo no corpo e minha mais recente amiga, um vestido vermelho. Eu usaria um casaco vermelho que já tinha em casa e minhas botas pretas. Nos despedimos na porta do shopping e seguimos caminhos separados.


Capítulo 5 – Natal

Não sabia o que pensar. Ele iria me apresentar para os amigos e outras pessoas com quem trabalhava. Precisava dar o melhor de mim. Não ser grossa com ninguém, mas também não deixar que me rebaixassem por conta de minha cor e nacionalidade. Coreanos tendiam a dividir opiniões sobre pessoas de pele mais escura que a deles.
Marquei uma hora no salão. Fiz cabelo e unhas, passei meu perfume e fiquei impecável. O vestido preto de gola V valorizava o meu colo, mas decidi ficar sem um cordão. Usaria só brincos e pulseiras prateadas naquela noite.
Oito da noite, a campainha tocou. Ao abrir a porta, me deparei com um JB sorrindo, usando seus brincos triangulares, com o cabelo recém-cortado nas laterais e a parte de cima penteado para trás. Usando um casaco vinho e luvas de couro pretas com um sapato social da mesma cor, e também com um cachecol vermelho em volta do pescoço, ele emitia um cheiro de colônia maravilhoso. Ele era maravilhoso.
– Oi! – ele disse, abrindo mais o sorriso ao me ver.
– O-oi? – não conseguia não sorrir. – Você está ótimo!
– Você está divina! – JB estendeu sua mão. Corri no sofá para pegar minha bolsa e, então, corri novamente para segurar a mão dele.
Fomos até o carro. Ele abriu a porta para mim, que, por minha vez, deslizei rapidamente para dentro do automóvel. Em seguida, ele já estava ao meu lado.
– Nervosa?
– N-nah... – ele arqueou uma das sobrancelhas – Talvez um pouco.
JB segurou minha mão e depositou um leve beijo nela.
– Vai dar tudo certo. Confie em mim. – sentindo ondas elétricas passarem pelo meu corpo, acenei positivamente com um sorriso, e ele deu partida no carro.

A festa já havia começado. Os membros estavam ansiosos pelas pessoas que conheceriam naquela noite. Junior foi o primeiro a chegar com a acompanhante. Todos ficaram sem saber como agir e acabaram soltando um oi em coro.
– OOOi – Eles se olharam, e todos riram.
Annyenghaseyo, -mida!
Annyeong – todos acenaram, sorrindo, e começaram a enchê-la de perguntas. Só foram ficar calados quando viram JB entrar no salão de festas.
O casal recém-chegado deixou seus casacos na entrada e caminharam para dentro do salão.

– Se estiver muito nervosa, pode apertar minha mão. – não hesitei em segurar sua mão com força, fazendo JB rir de dor. – Forte você, hein?
– Desculpa, vou tentar me controlar – fiquei corada. Parecia ter deixado JB com vontade de estar em um lugar mais reservado só nós dois, mas como não era o lugar apropriado e nem a hora mais certa, ele respirou fundo e seguiu até os membros de seu grupo, me guiando ao seu lado.

– Oh! – as duas meninas soltaram juntas – Você?
– Sabia que tinha algo de "errado" e muito similar conosco. Seu boy é o...
– Junior – apertou a mão do namorado. Enquanto isso, todos se olhavam, sem entender nada.
– Vocês já se conhecem? – JB perguntou.
– Somos da mesma universidade.
– Nem pensamos em perguntar sobre isso, né, hyung? – Junior coçou a cabeça.
– Verdade! Que bom que já se conhecem e estudam juntas. Facilita nossa vida!
– Hein? – Ambas questionaram.
– Depois a gente explica – respondeu Junior – Prazer, sou Park JinYong, mas me chamam de Junior.
– Prazer – apertei sua mão, e Jackson, que até então estava calado, pigarreou, fazendo uma reverência, pegando em minha mão e a beijando – Prazer, Jackson Wang. Pode me chamar de seu criado!
– Opa, quero! – JB me olhou de rabo de olho, me fazendo rir sem graça. Resolvi, então, complementar a frase. – Para guardar em um pote e pôr na estante.
– Qual é a de vocês com nos colocar em um pote? – Jackson questionou.
– Você também? – Olhei para , e ela acenou, rindo de forma positiva.
Todos se apresentaram. YoungJae e YuGyeom demonstraram serem os mais tímidos. Só acenaram de longe, mas demonstraram ser os mais curiosos sobre o Brasil.
– Todo mundo sabe sambar? – perguntou Gyeom.
– Nah – nós rimos.
– Tem ursos no Brasil? – foi a vez de YoungJae.
– Não. O Brasil é muito quente para que eles possam viver lá, mas acho que em alguns zoológicos devem ter.
– Que tipo de homens as brasileiras gostam? – BamBam perguntou.
– Ãhn... – Eu e olhamos para nossos namorados e depois nos fitamos.
– Todas gostam de asiáticos?
– Não é bem assim. Há quem não se importe com a etnia, mas há quem tenha uma preferência maior. No geral, brasileiras gostam de brasileiros ou europeus...
– Aah – Um BamBam triste saiu para pegar algo para beber e Jack foi junto. YoungJae e YuGyeom viram que tinha suas comidas preferidas sendo servidas e foram atrás dos garçons. Mark notou que ficou segurando vela e foi atrás do Jackson em busca de champanhe.
Os dois casais ficaram se olhando, as meninas segurando nas mãos dos meninos e sorrindo para eles.
– Hm – pigarreou JB – Eu vou levá-la ali para mostrá-la uma coisa. – Junior sorriu e respondeu, já falando com sua namorada.
– Isso me lembra que há algo que quero lhe mostrar – e levou a menina para o lado oposto de onde JB tinha ido com a sua amada.

JB a levou até uma sala no andar superior do salão.
– Onde estamos? – dei uma olhada rápida no local.
– Shiu – sussurrou JB, tampando meus lábios com um dedo.
– Não vamos ter problemas se ficarmos aqui?
– Não se preocupe com isso. Por agora, se preocupe com nós dois – ele me puxou pelo pescoço, selando nossos lábios de maneira intensa e separando brevemente para um sussurro. – Eu estava louco para fazer isso com você desde que chegamos aqui.
– Vivendo perigosamente, é, love? – Mordisquei seu lábio inferior, o que gerou um efeito interessante, fazendo-o intensificar todos seus toques.
– Autocontrole é a minha especialidade, mas você está me fazendo perder isso. – JB desceu as mãos pelo meu vestido e apertou minha bunda com força.
– Opa, isso é novidade. – eu ri e o puxei para mais um beijo antes de descermos de volta ao salão.

Chegando ao salão, os olhares de JB e JYP se cruzaram. Ele, então, decidiu dirigir-se até ele.
– PD-nim, boa noite!
– Boa noite, JaeBum. Essa lady ao seu lado é a sua fonte de paz?
– Er... Sim. – JB apertou a mão dela. – Essa é a , e, , esse é o nosso produtor, mestre e mentor, Park Jin Young.
– Muito prazer, JYP ahjussi! – disse, apertando-lhe a mão.
Aigoo, pode me chamar só de JYP.
– Erm... Ok – sorri, encabulada.
– Cuide bem dele como tem feito. Ele é muito importante para nós.
– Não se preocupe, pretendo manter o bom trabalho.
JYP se despediu e foi falar com seus outros idols.
– Aah, sobrevivi – respirei fundo.
– Sabia que tudo daria certo.
– Ah, claro, claro! – Nos juntamos aos outros membros e passamos a noite nos divertindo com eles. Quando o relógio anunciou que era meia-noite, todos recebemos uma taça de champanhe e fizemos um brinde.
– Venha comigo! – JB me guiou até um jardim que havia na varanda do salão. – Feche seus olhos.
De forma relutante, fechei meus olhos e notei-o deslizar para atrás de mim. Senti algo frio encostar em meu pescoço, abri os olhos e encontrei um JB sorridente à minha frente.
– Espero que goste! – Toquei no metal e consegui ver que era um pingente com a inicial de meu nome.
OMG! Eu amei! – Fiquei tão animada que pulei em seus braços, nos quais JB me segurou contra seu peito por um longo tempo. – Sabe, também tenho algo para você.
Me desvencilhei dele e abri minha bolsa. De lá, tirei uma caixinha. Quando JB abriu, viu que era uma pulseira com um pingente e com a inicial do nome dele.
– Acho que, no fim de tudo, pensamos igual. – ele me puxou pela cintura, depositando um leve e longo beijo em meus lábios.
– Te quero, hoje e sempre. – Sussurrei.
– Para sempre! – Ouvi em resposta.
Saímos da festa sem nos despedirmos de ninguém. Estavam todos espalhados pelo prédio, e JB não via a hora de chegarmos em casa.


Epílogo

Parte 1 – Amor Físico


JB estacionou bem perto da entrada da casa da namorada, deixando espaço só para abrir a porta, o que ele fez em segundos. Assim que a garota estava para fora do carro, ele bateu a porta e começou a beijá-la intensamente. Eles se apressaram para a porta da casa e, enquanto ela abria, ele a abraçava por trás, abrindo os botões do casaco vermelho dela e beijando seu pescoço.
– Adorei esse casaco. Fico ótimo em você, só que...
Ela conseguiu abrir a porta, e eles entraram. JB já foi logo tirando o casaco dela e o dele. Ele a puxou e a levantou no colo. Os dois começaram a se beijar. Ele foi caminhando com ela até o quarto e sentou na cama com ela ainda em seu colo.
Ela começou a tirar a gravata dele e a abrir a camisa. As mãos dele já passeavam pelas coxas da menina, tirando sua meia-calça.
Ao mesmo tempo em que a camisa dele chegou ao chão, o vestido dela também chegou. Ele a deitou na cama, terminando de se livrar da meia-calça e de suas próprias calças, e deitou por cima dela, ficando entre suas pernas.
As mãos do casal passeavam pelo corpo um do outro. Logo, estavam completamente desnudos embaixo do cobertor e beijando cada centímetro que conseguiam um do outro. JB já estava ficando mais agressivo, dando mordidas mais fortes no ombro da namorada, e ela torcia para ele não ter que tirar a camisa tão cedo fora dali, pois veriam marcas de arranhões por suas costas.
O sexo foi consumado com bastante intensidade, deixando os dois esgotados, e acabaram desmaiando de sono.
Quando JB acordou, estava abraçando a amada, e ela estava com a cabeça apoiada em seu ombro, com uma mão sobre sua barriga. Ele estava extasiado com a imagem que via.
Saranghae! – disse baixinho. A menina, que já estava um pouco acordada, escondeu o rosto, deixando-o surpreso, e deu um beijo em sua bochecha, sussurrando em seguida em seu ouvido:
Nado, nado saranghae! – Os dois ficaram abraçados por mais um tempo, até que a fome foi maior e foram preparar algo para comer.
Ela preparou chocolate quente e JB, torradas. Os dois se sentaram no sofá da sala, enrolados em um edredom, e ficaram um alimentando o outro. JB dava torrada na boca da namorada e ela na dele. Dividiram a mesma caneca com chocolate quente e acabaram se perdendo debaixo do edredom mais uma vez.
Mais tarde, se arrastaram até o banheiro. JB tinha que ir se preparar para um dos Gayos, e ela tinha prova na faculdade no dia seguinte. A decisão de tomarem banho juntos não foi das melhore. Por um lado, foi... Mas JB chegou atrasado em seu compromisso.
Hyung, você estava até agora com a noona? – Se aproximou um Gyeom chocado. JB sorriu, envergonhado. Coçou a cabeça e olhou para o JinYoung.
– Nem olhe para mim. Cheguei aqui hoje de manhã. – os dois amigos riram, e todos foram ensaiar, agora com os sete reunidos.

Parte 2 – Tempo ao Tempo


Os dias se passaram, e as brasileiras estavam mais grudadas que nunca. Contavam sobre momentos que tiveram com seus namorados, mas que antes não tinham ninguém com quem pudessem falar.
– JinYoung é inacreditável. Ele é incrível.
– JB se demonstrou um líder em todos os quesitos – suspirava.
– JinYoung é tão protetor e carinhoso.
– Aaah, foi lindo! – as duas, falando e suspirando juntas, se entreolharam e riram.
– Pena que agora nem sei quando o verei de novo. – apoiou a cabeça sobre sua mão, que estava em cima da mesa.
– Nem eu o JinYoung. – suspirou novamente e apoiou a cabeça sobre a mão, que também estava na mesa.
Segundos depois, os celulares de ambas vibraram. Eram eles mandando mensagem.

"Depois do Ano Novo, eu, você e uma viagem para Jeju por cinco dias. Faça suas malas."


– Seria um sonho? Estaria eu alucinando?
– Então somos duas! – Na mensagem que a amiga recebeu, estava escrito:

"Breve período de descanso, planeje o que quer fazer comigo por 3 dias."


– Nossa, JinYoung é tão sem sal às vezes. – riu.
– Eu sei, mas eu o amo assim mesmo.
– Awn, que linda!
As meninas foram para suas casas e começaram a se organizar para seus passeios. recebeu uma mensagem em seu celular assim que chegou em casa:

"Eu te amo!"


A menina estava completamente apaixonada e ficou sorrindo, abobalhada, olhando a mensagem no Kakao. Respondeu depois de um tempo com um "Eu te amo mais" e começou a arrumar as malas.

Ela estava indo para Jeju. Onde naquela ilha eles iriam? Seja onde for, ia ser um máximo. colocou seus biquínis na mala e mais algumas peças de roupas. A última semana do ano foi tão corrida que o casal não pôde se encontrar nem por um breve momento, mas ela o podia ver na televisão. O Gayo do dia 31 definitivamente foi o melhor e, não muito depois que ele acabou, alguém tocou a campainha de sua casa. A garota mal abriu a porta e já estava contra a parede de sua sala, sendo beijada intensamente por seu namorado JB. Ele percorria o corpo dela com suas mãos e as apertava em cada lugar macio que encontrava.
– Feliz Ano Novo para você também – sussurrou entre os beijos e começou a dar leves mordidas e chupões no pescoço branco como papel de JB, deixando um rastro vermelho.
– O táxi – JB deu um chupão no pescoço da namorada – Está – apertou a mão na coxa direita dela – Nos esperando – ele a suspendeu no colo, a pressionando mais contra a parede.
– Desse jeito, não vamos a lugar algum – riu, e JB ficou fitando as clavículas da namorada. Ele mordeu os lábios e a soltou no chão.
– Ok! Foco! Eu... perdi o controle... Você me faz perder o controle. – ele mexeu em seus cabelos, aproximou-se dela e deu um selinho nos lábios inchados da garota.
– Não estou reclamando, até gosto – ela acariciou o rosto do namorado – Mas temos um avião para pegar, não é – sorriu e deu mais um beijo em JB.
Com muita dificuldade, os dois foram para o táxi, fizeram o check-in e voaram para Jeju.

Parte 3 – A Ilha dos Sonhos


Jeju era uma ilha considerada para casais, destino de lua de mel para muitos.
JB e a namorada não perderam muito tempo depois que chegaram no hotel e já foram caminhar pela praia mais próxima. O casal estava totalmente feliz. Inclusive, para garantir a paz, os celulares ficaram guardados no fundo da bolsa de .
Ao passarem por um arco de pedras naturais na beira da praia, JB tomou a garota em seus braços e a olhou nos olhos:
– Eu preciso te dizer que amo você! – os dois se beijaram intensamente e, quando se separaram, olhou em seus olhos e respondeu:
– Eu também amo você!


Fim



Nota da autora: Oi menines, depois de muitos anos resolvi voltar a publicar uma fic, o felizardo da vez foi o JB, comecei isso lá em 2015 e decidi só terminar em 2019. Menino JB mexe com meus feelings desde que vi Dream High 2 e declarei ele o melhor acontecimento daquele dorama, que sorriso minhas senhoras e senhores!
Posto muito sobre o GOT7 no meu Twitter mas se quiserem a conta de notícias mais antiga e divertida sobre eles vem de @Elo_GOT7 e @IGOT7Brasil meus filhos hahaha no insta vocês me acham como @elo_got7
Espero conseguir escrever com o Jackson da próxima vez! Wait a minute! I’m out!





Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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