CAPÍTULOS: [Prólogo][Capítulo 1]









Prólogo



-Dean?! O que você esta fazendo aqui? Pensei que estivesse atrás de Sam. –perguntou o anjo que usava uniforme militar e um boné. –Você é o Dean do passado, não é? Quem te trouxe para cá? -perguntou sobre os olhos confusos de Dean sobre si.
-Estou sonhando Cass. –disse, lembrava de ter se jogando no colchão duro do hotel e adormecer. –Onde esta Sam
-Este é o seu sonho. Não sei onde ele esta. –disse Cass. –Perdi as contas dos sonhos que voce teve com o virus Croatoan. –Cass guardou a arma no cós da calça até um grupo de garotas peitudas passaram por eles correndo aparentemente assustadas por uma horda de contaminados. –Dean, mais um daqueles filmes? –perguntou o anjo vendo-as longe.
-Se me der licença, tenho que salvar algumas donzelas. –deu meia volta indo para as tendas. –Jo. –Dean sorriu instantaneamente para a mulher e a garota de cabelos loiros
-Elas não podem conversar com voce, sonhos não são interativos. É apenas uma miragem de pessoas que voce conheceu... digo, pessoas que de alguma forma fizeram parte de sua vida. –explicou Cass e Dean soltou um “Hum”.
-Geralmente tenho pesadelos, e não sonhos com “zumbis gostosas”... Se é um sonho, porque voce esta aqui falando comigo?
-Sou um anjo, Dean. Um anjo- falou como se aquilo não fosse obvio. Quando chegaram as tendas, onde seria o refugio -fora do tal apocalipse, ambos foram até as mesas de piqueniques onde um grupo contava mantimentos e munições.
-Cass, escutou isso? –Dean parou de encarar um grupo de coelhinhas que havia desejado alguns minutos atrás, parecia uma criança que tinha acabado de ganhar um presente. –Cass!
-Dean, é sua imaginação, voce imagine e depois é projetado em sua mente. É seu sonho, voce mexe as cordinhas.
-Cass, isto não faz parte do meu sonho. –Fazia tempo que nenhum anjo maligno ou demônio lhe fazia uma visita particular, apenas Cass. –Não faz sentido, Cass. –falou para o anjo que tinha desaparecido, passou entre as pessoas que se moviam naturalmente sem entrar em pânico, ótimo. Chegou até as grades que separava os contaminados com os saudáveis, tirou a arma da calça e apontou para o corpo estendido no chão.

-Dean, acorde. Dean! –Sam tinha as mãos no braço do irmão, chacoalhando. –Dean, voce esta com febre. –disse Sam pegando alguns frascos de comprimidos. –Voce dormiu umas 6 horas, esta tudo bem? –Antes de responder o irmão, foi para o banheiro sentido sua cabeça girar, apoiou as mãos na pia fria tentando recuperar o fôlego. Nunca havia tido um sonho tão lúcido, podia jurar que sentiu o liquido quente entre seus dedos, manchando sua blusa de vermelho.
Capítulo 1


Tortas!

Luisiana, Laplace


-Voce vai ter um infarto, como os coelhos. –Dean estava na sétima latinha de energético. –Quando os coelhos estão eufóricos, eles morrem do coração, e voce não para de balançar a perna e cantarolar essa musica horrível. –Sam desligou o radio e olhou de reflexo para Dean, o irmão tinha olheiras e o rosto pálido, não dormia fazia dias. –Sei que voce não esta sem alma Dean, então porque não tenta dormir um pouco? –perguntou Sam.
-Não! Não! –gritou, Sam fez uma careta assustado. –Sam, estou tão animado! É incrível... –Dean sentia seu coração disparar a mil, queria gritar, correr e cantar loucamente como se fosse seu ultimo dia naquele mundinho. –Sammy, nunca me senti tão vivo!
-Dean, voce vai acabar nos matando. –Sam suspirou sentido o irmão acelerar na estrada para Louisiana. –Idiota. –bufou colocando os fones encostando a cabeça no estofado. Horas se passaram até que o estrondo do porta-malas acorda-lo, tirou os fones sentindo suas orelhas doloridas .
-Bom dia bela adormecida. –Dean disse bebendo café, pararam numa cafeteria com um hotel atrás, onde Dean já tinha feito o check-in e esvaziado o carro. –Peguei nossa câmera, nem sabíamos que tínhamos uma.
-Talvez porque ela fosse minha, Dean. Nos não devíamos estar aqui, temos um caso. –Sammy se espreguiçou e tentou alcançar o outro copo de café, Dean se esquivou.
-Esse é meu, tem uma cafeteria ali Sammy. E compra um salgado, estou com fome. –acenou para o irmão que bufou.
?

-Olha Sam um barbeiro, que tão aparar as pontinhas, em? –apontou para um homem que segurava uma navalha brilhante, Sam tentou avista-lo até o desleixado sumir. –Acho que ele fechou para hora do almoço.
-Dean, não devíamos estar aqui. Temos um caso, pessoas podem morrer. –repetiu.
-Sammy, quanto tempo a gente não tira uma férias, em? –perguntou para o irmão. –Isso, nunca! Por isso estamos aqui, a cidade das tortas! –abriu os braços girando como uma criança, Sam olhou para baixo rindo. –Qual é irmãozinho, deixo voce visitar os museus e fazer outras coisas de nerds. Registre esse momento. –lhe entregou a câmera e foi para frente de uma loja caseira, a tenda quadriculada branca e vermelha trazia um ar de fazenda. –Aqui, nossa primeira parada! –quando entraram na loja, o sininho tocou e uma senhora de cabelos brancos enrolados sorriu limpando as mãos no avental. –Então a senhora que é vovozinha? Digo, aquela senhora da placa. –disse Dean e a mulher assentiu meiga.
-É assim que essa cidade me conhece, filhos. Parecem com fome. Sentem-se, irei trazer a famosa torta. –Sam agradeceu e foi até Dean que já tinha sentado na janela, olhando o cardápio.
O lugarzinho era simples e espaçoso, tinha mesas redondas com toalhas estampadas, uma parede com fotos da cidade, competições e eventos anuais e uma televisão pequena na parede, onde Sam olhava atentamente o noticiário.
-O que foi? –Dean perguntou encarando o irmão. –Voce esta com cara de quem tem um caso... estou vendo a fumaçinha sair de sua cabeça. –riu e o irmão chamou a senhora que apressou o passo, carregando uma bandeja. –Obrigado. –com água na boca, Dean começou a devorar a torta de carne, era simplesmente deliciosa.
-A senhora poderia me emprestar o jornal? –perguntou. –E trazer a torta de amora e de limão. –sorriu e a velhinha assentiu. –Tem um pouco de carne, aqui. –indicou a bochecha de Dean que fechou os olhos saboreando o momento, ao menos ligando se o rosto estava sujo.
-Cara, estamos de férias. –falou de boca cheia, Sam ia anotando os desaparecimentos no caderno enquanto tomava café. –Por que não come torta e relaxa um pouco.
-Tem pessoas desaparecidas Dean. Alguém precisa fazer alguma coisa, e voce parece ocupado. –sorriu irônico e Dean limpou a boca com o guardanapo. –Dean, estamos no meio de um apocalipse.
-Sempre estamos no meio de um apocalipse, até o apocalipse precisa de férias. –brincou. –Esta bem Sammy, o festival de tortas começa sexta, até lá vamos resolver este caso para aproveitamos, combinado? –o irmão assentiu. Dean deixou algumas notas sobre a mesa e acenou para a senhora. –Cara, parece que vou explodir. –acariciou a barriga, arrotando.
-Cara! Que nojo, Dean. –Sam fez uma careta. –Voce devorou em menos de 10 minutos aqueles três tortas, vai ter dor de barriga. –avisou.
-Qual é! Temos 8 anos?
?

-Preciso de um laxante. –disse Dean atrás da porta do banheiro, seu estomago revirava. –Sammy, estou morrendo. –falou para o irmão que mantinha-se longe do banheiro para não sentir o cheiro e os barulhos de Dean. -Sammy! –encostou na patente da porta, com as mãos na barriga. –Se voce abrir a boca, vou socar sua cara.
-Dean, voce esta péssimo. –Dean usava uma calça de moletom e uma camiseta branca de pijama, algumas gotas se suor caiam em sua testa, ele fedia. –Já ouviu falar em banho?
-Preciso de um estomago novo e balas. Balas de menta. Pode fazer isso? E trazer alguns filmes.
-É apenas uma virose, voce já enfrentou coisas piores Dean. –disse Sam, que vestia o terno. –Tente dormir, quando acordar vai se sentir melhor.
-Ah certo, Dr. –revirou os olhos. –Me ligue se precisar de algo, vou trazer algumas coisinhas pra cá. –fechou a porta do banheiro novamente, Sam riu. Após pegar distintivo e ligar para Bobby para checar as tempestades ou coisas suspeitas foi para a delegacia.
-Senhor. –assim que entrou na sala do policial, sentiu cheiro de comida. –Vejo que o senhor esta na hora do almoço. –o homem careca limpou as mãos na farda e jogou o pacote de alumínio no lixo. –Agente Frehley.
-Então agente já comeu as tortas da redondeza? –perguntou colocando o chapéu.
-Não, senhor. Posso fazer algumas perguntas? –sentou-se e o policial suspirou bebendo uma garrafa de água. -5 desaparecimentos em 2 semanas, estranho para uma cidade pequena, não acha?
-Certo filho. Já veio uns engomados perguntar sobre os desaparecimentos.
-Somos de outro departamento. –engoliu em seco.
-Estamos cheios de turistas por causa do festival, pode ter sido qualquer um.
Parte 2


Não tinha nenhum sinal sobrenatural naquela maldita cidade! Era quase impossível descobrir quem foi o sequestrador... sem nenhuma cena de crime e testemunhas.
-Dean. –chamou assim que chegou no quarto, viu algumas embalagens sobre a mesa e garrafas vazias e frascos de remédios. –Tudo bem? –perguntou abrindo a porta do banheiro, o irmão mais velho sentado na tampa do vaso mastigava um pedaço de torta de carne. –Que diabos é isso?
-Sammy, eu estava com fome. Morrendo de fome... aproveitei para comprar comida e fazer a barba, estou bonito não? –disse piscando e Sam revirou os olhos, Dean tinha as mãos gordurosas como sua testa, que brilhava. –Quer um pedaço? -estendeu a fatia.
-Não quero essa porcaria, pensei que voce estivesse passando mal. –comentou.
-Estava, até comer torta.
-Ótimo Dean, agora podemos ir embora, ainda temos um caso porem, não aqui. –Sam andou pelo quarto pegando armas e jogando as roupas dentro da mala até Dean aparecer com uma garrafa de coca-cola. –Não há nada aqui, não para nos. Sem enxofre, fantasmas ou qualquer coisa.
-Sammy, temos um evento para sexta esqueceu?
-Ficar aqui para comer mais tortas não é um evento, Dean. Temos mais coisas para nos preocupar. –encarou o irmão que fez beiço, como uma criança. -Okey! Ótimo... –revirou os olhos. -Quero dar uma ultima olhada na cidade, até lá nunca mais chegamos perto de tortas. Quinta-feira 17:30
-Boa tarde queridos. –comentou Amélia, a vovozinha simpática. –Este é meu filho, Todd ele é o barbeiro da cidade, alias querido voce ficou lindo. –a velha sorriu pondo a mão no ombro de Dean que olhou para Sam. –Ele esta aqui para me ajudar já que amanha é o festival. –O que vão querer?
-Temporada, não? Muito movimentado. –comentou Sam olhando ao redor, alem dos irmãos tinha um casal perto da entrada de ar... estranho.
-Vou querer de carne, e voce Sam? –perguntou o irmão. -Apenas água. –sorriu e a mulher pareceu decepcionada.
-Qual é Sam, ela é uma senhora simpática devia pelo menos experimentar.
-Dean, não sente essa áurea? Digo, essa atmosfera estranha.
-A única coisa estranha que eu vejo aqui, é voce Sam.
-Aqui esta, minha mãe colocou um tempero especial. –disse o tal Todd. –Sua água. –bateu o copo de vidro, fazendo alguns respingos molhar a face de Sam que ergueu a sobrancelha.
-É Sam, achei outra coisa estranha. –olhou de relance para Todd que lhe encaravam. Dean mastigou o primeiro pedaço, depois outro... outro e parecia que nem duas tortas saciava sua fome, o vazio no estomago. Sam tomou um gole da água, só de ver Dean mastigando compulsivamente já lhe deixou cheio, nunca mais queria ou chegar perto de torta ou qualquer outra coisa feito de massa. –Esse.... tem...mpero... esta...va ótimooooo. –riu olhando para o garfo, olhando para os dois garfos, dois Sam que sorria olhando para sua testa. –Samm....y? –antes do irmão responder seu rosto caiu na torta, ou no que restou dela.
?

-Sam? –ainda grogue Dean tentou mexer os braços porem estavam amarrados como Sammy, sentado numa cadeira e tinha alguns cortes no braço e a camiseta rasgada. O porão escuro, cheirava água sanitária e sangue. –Que diabos, Sammy! –chamou o irmão de novo, que balançou a cabeça despertando. –Sammy?
-Dean? –olhou para o irmão. –Voce esta bem? -Sammy, estamos encurralados. Presos. –bufou tentando enxergar quem era o maldito que teve a audácia de prender os irmãos Winchester num maldito porão. –Maldição! -reclamou. –Sam, voce esta sangrando.
-Ah, serio? Lembro que estávamos comendo torta, até... Dean.
-O que foi, Sam? –falou sem paciência, já estava sentido seus braços formigarem.
-Finalmente, acordaram! –Amélia vestia botas de plástico amarela e um macacão Jeans, seu cabelo estava preso num coque.
–Vocês serão meu prato principal, esse grandão aqui parece ser delicioso. –circulou o irmão mais novo.
-Voce que sequestrou aquelas pessoas. Onde elas estão?
-Sua velha maluca. –Dean gritou.
-Seu irmão comeu uma delas assim que chegou aqui, tinha acabado de sair do forno. –sorriu e Dean arregalou os olhos. –Voce ainda não se acostumou, não é? –curvou-se olhando para Dean. -É apenas uma questão de tempo, infelizmente vocês vão morrer agora.
-Voce matou todas aquelas pessoas, para fazer tortas? Esta da brincadeira, não é? –perguntou e a mulher continuou intacta.
-Voce come a primeira vez, a segunda... e depois de algumas semanas seu estomago se acostuma com a carne humana. –sorriu Amélia.
-Voce nos drogou. Voce é uma sádica, maldita. –cuspiu Dean. –Quando eu sair daqui, vou te matar sua velha!
-Mamãe. –Todd apareceu segurando uma navalha. –Podemos começar. –as luzes acenderam, e os irmãos se entreolharam, havia macas de metal e uma bancada de madeira, Dean conseguiu ver o corpo desmembrado noutro lado e uma serie de ganchos com pernas, braços e um pedaço de pele que escorria sangue. –Quem vai ser o primeiro?
-Eles estão tensos, vamos esperar querido.
-O que vamos fazer com o Norman e a velha Norma. –riu Dean tentando manter-se calmo sem pensar nos quilos de carne que já tinha ingerido.
-Voce comeu carne humana esse tempo todo. Faz sentido voce passar mal e querer comer mais, alguns pesquisadores afirmam que é praticamente um vicio, por isso voce desejava mais. –Sam disse olhando o irmão que fechou os olhos respirando lentamente, “Não Dean, não”. –Dean, carne humana. –Sammy riu.
-Sam, cala a sua boca! Vou vomitar na sua cara.
Bom, já preparei o tempero. –sorriu Amélia que segurava uma tigela com ervas e um pincel de cozinha, Todd veio logo atrás. –O grandalhão ali. –Sam encarou Dean, o irmão parecia norteado.
-Se voce encostar um dedo nele Sweeney Todd vou enfiar essa navalha no meio da sua testa.
-Sem ofensas, querido. –disse Amélia ainda passando o tempero na testa de Dean, o cheiro até que não era ruim, uma mistura de especiarias com cheiro verde. –Voce parece apetitoso. –Todd se posicionou atrás de Dean, puxando seu pescoço pressionando a lamina fria, Dean tremeu, “vamos lá, Sammy”.
-Isso vai pimenta? –perguntou Dean sarcástico. Sam com um canivete tentava se soltar das amarrações até que sentiu as cordas caindo, num gesto rápido pegou uma lenha que estava perto do forno e bateu na cabeça da velha que caiu como uma pedra, Todd encarou o corpo da mãe desfalecido e apertou a navalha, o pescoço de Dean sangrava.
-Qual é! Essa jaqueta era nova. –disse Dean sem paciência olhando para Sam. –Sammy...
-Voce não tem culpa. –aproximou-se Sammy com a madeira em mãos o garoto na medida que via o grandalhão chegar mais perto soltou o canivete e foi até uma mesa hospital onde tinha diversas facas. –Esta bem, cansei. –pulou sobre o garoto que caiu com o peso de Sam. Após amarrar a família Bates no restaurante ligaram para os policias, não queriam lidar com isso na verdade eles não tinham nada a ver com isso, que paguem a pena pelo que fizeram.
-Devíamos mata-los Sam. –Dean pressionava uma toalha branca no pescoço. –O desgraçado podia ter pegado minha artéria, Sammy!
-Mas não pegou, não lidamos com humanos e sim coisas de outro mundo. –Sam disse bebendo café. –Voce esta bem?
-Eu comi umas mil tortas de carne humana, como voce quer que eu me sinta? -fez careta. –Preciso fazer uma desintoxicação, cara.
Continua...



Nota da autora: Oi meninas, espero que entendam que essa é minha primeira fic <3 Desculpe a confusão, tudo vai se esclarecer ao decorrer da historia, qualquer coisa grita lá: https://www.ask.fm/Gliicy


comments powered by Disqus




Qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.



TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SITE FANFIC OBSESSION.