Capítulo Único
Em plena sexta-feira estávamos em uma aula chata que demorava para acabar, Kimmy Hayes, minha melhor amiga desde a segunda série, me mandou um bilhetinho todo amassado que dizia o seguinte: Lauren! Preciso muito falar com você, me espera na hora da saída.
Fomos embora juntas como de costume, só que em silêncio, pois o novo ficante dela estava conosco. Quando ele se despediu e virou a esquina, continuamos andando, até que Kim puxou-me pelo braço e disse:
- Preciso falar com você agora!
- O que houve? - perguntei.
- Escuta, eu vou dormir na casa do meu ficante hoje e preciso de um favor seu - ela disse.
- O seu pai nunca vai deixar você fazer isso! – exclamei soltando uma gargalhada.
- É aí que você entra na história. Meu pai está viajando a trabalho, e como hoje é sexta, falei para ele que você iria dormir lá em casa.
- Você falou isso para ele? Para quê? - perguntei assustada.
- Lauren, meu pai só irá chegar amanhã por volta do meio-dia. Falta menos de um mês para gente se formar no ensino médio e eu nunca dormi fora de casa, só tenho essa chance para fazer alguma loucura antes de acabar a escola - explicou.
- Kim, você sabe que eu não gosto desse tipo de coisa - falei.
- Por favor, amiga! Amanhã cedo eu já estarei em casa, antes dele chegar, eu prometo - ela dizia enquanto me abraçava.
- Tudo bem, fazer o quê, né! - bufei.
- Mas tem uma coisa: ele vai ligar no telefone fixo lá de casa umas onze horas, você atende e inventa alguma coisa, diz que eu peguei no sono, sei lá.
- E você acha mesmo que ele vai acreditar nisso? - perguntei com certa desconfiança.
- Em você ele acredita. A Santa Lauren Conners! - ela disse apertando minhas bochechas de modo infantil.
- Para! Que horas é para estar na sua casa? - perguntei afastando as mãos dela de mim.
- Umas oito horas.
- Okay! Até mais tarde então - disse enquanto me despedia dela. - Até! - respondeu.
Peguei o ônibus de sempre para chegar em casa e fiquei sentada olhando pela janela, imaginando se esse tal plano daria certo. Nunca fui de contar mentiras para ninguém, mas ajudaria minha amiga nisso, sou conhecida como a ''santinha'' da turma e a única que era virgem no terceiro ano do ensino médio. É que eu não conseguiria fazer esse tipo de coisa com qualquer um, pode ser brega da minha parte, mas eu estou me guardando para o homem certo.
O que eu sabia sobre a família de Kim, era que os pais dela se conheceram ainda jovens e a mãe dela engravidou cedo, com uns dezoito anos. Então foram obrigados a se casar. Mas quando Kimmy cresceu, sua mãe foi embora para algum canto da Europa com outro homem e nunca mais deu notícias, deixando-a apenas com o pai, o Sr. Andrew Hayes, que criou a filha praticamente sozinho, por isso ele é tão rígido com ela. Acho que ele tem medo dela acabar engravidando cedo também.
Cheguei em casa, fui direto para o meu quarto, fiz minhas lições e passei a maior parte da tarde vendo filmes. Depois arrumei minha bolsa com um pijama, escova de dentes, livros para estudar para o vestibular, celular e fui para a casa de minha amiga.
- Que bom que você já chegou! - disse Kimmy.
- Se cuida - eu disse dando risada.
- Pode deixar! Estou saindo, você já sabe o que fazer, né? - perguntou.
- Sei sim. E por favor, usa camisinha, tá? - pedi.
- Uso sim, Santa Lauren! - ela disse dando risada.
- Até amanhã! - me despedi dando-lhe um forte abraço.
- Até! E muito obrigada por tudo, amiga! - ela disse enquanto me abraçava de volta.
Fiquei observando Kimmy caminhar, até sua silhueta sumir na rua. Entrei em sua casa, que já conhecia muito bem, tranquei as portas e fui procurar algo para comer. Fiz um sanduíche, sentei no sofá, fiquei assistindo um pouco de TV, li meus livros e fui ficando sonolenta, quase dormindo... Cochilei durante um bom tempo, e quando acordei já era meia-noite! Meu Deus! E o telefone ainda não havia tocado.
Preciso de um banho! pensei. Subi até o quarto para ver se tinha alguma toalha sobrando, porque tinha esquecido a minha, e enquanto caminhava ia tirando minhas roupas e deixando-as pelo caminho, em seguida desci para pegar minha bolsa e tomei um baita susto, que me deixou completamente paralisada.
O senhor Andrew, pai de Kim, estava parado perto do sofá! Não consegui dizer nada, porque era pra ele voltar só amanhã! O plano já era! Ele vai brigar com nós duas e nunca mais vai confiar em mim também! E para piorar estou só de calcinha e sutiã na frente dele. O que eu faço? O que eu digo? E agora?
- Boa noite, Lauren, tudo bem? - ele perguntou.
- Tudo - disse com uma voz falhada.
- A Kimmy está lá em cima?
Meu coração começou a disparar e um silêncio horrível tomou conta da casa.
- Lauren, me responde! - exclamou.
Sentei no sofá, peguei uma almofada para esconder meu corpo e comecei a chorar.
- Aconteceu alguma coisa com a minha filha? Pelo amor de Deus, me responde! - gritou enquanto sentava ao meu lado.
- Mil desculpas, por favor! Não brigue com ela! - implorei chorando cada vez mais.
- Cadê a Kimmy? – perguntou enquanto limpava minhas lágrimas.
- Ela foi passar a noite na casa de um rapaz lá do colégio - contei.
- Não posso deixá-la sozinha por uma noite, que ela já apronta uma dessas! - exclamou.
- Desculpa, ela vai voltar amanhã de manhã - falei baixinho.
- Não precisa se desculpar, eu tenho certeza que isso foi tudo ideia dela. Meter você de cúmplice nessa história!
Continuei chorando enquanto ele limpava minhas lágrimas, acariciou meu rosto e inesperadamente me deu um beijo na testa. Isso me acalmou na hora, depois me afastei rapidamente dele.
- O que foi? - perguntou.
- Não me sinto confortável com isso - respondi.
- Só por que você está em trajes íntimos?
- Também, mas o senhor é o pai da minha melhor amiga! - eu disse.
- Me chame de Andrew, esqueça a formalidade - pediu.
- Bom, vou procurar uma toalha... - falei enquanto levantava do sofá, largando a almofada.
- Não precisa ficar escondendo seu corpo, sabia? Você tem um corpo lindo! - ele disse enquanto se levantava também.
Parou bem na minha frente, acariciou meu rosto e nos beijamos. Eu nunca tinha ficado tão perto do Sr. Andrew, mas sempre achei ele bonito: cabelos escuros, olhos castanhos, traços marcantes, um pouco mais jovem do que a maioria dos pais por aí e tinha o corpo em forma para alguém da sua idade.
Estava me entregando totalmente, até que caí na real:
- Sr. Andrew, eu não posso... - sussurrei.
- Eu sempre te achei linda! Sei que é errado, mas nunca vamos ter outra chance como esta - ele dizia enquanto suas mãos envolviam suavemente minha cintura.
Voltamos a nos beijar lentamente, suas mãos ficaram perdidas entre minha cintura e minhas costas, seu toque era leve e gentil. Eu estava totalmente parada, até que decidi tocá-lo também, segurei em seus braços e fui subindo as mãos até sua nuca. Andrew passou as pontas de seus dedos pelos meus cabelos, acariciou meus braços, olhou no fundo dos meus olhos e me pegou no colo, subindo lentamente as escadas até chegarmos em seu quarto.
Andrew colocou-me no chão com cuidado, tirou suas roupas, ficando somente em trajes íntimos igual a mim, colou seu corpo no meu, deitamos na cama desse jeito... Ele estava por cima, suas mãos habilidosas conseguiram tirar meu sutiã com certa facilidade, tapei meus seios com as mãos, admito que ainda estava envergonhada. Ele colocou suas mãos delicadamente em meus pulsos, afastando meus braços para que pudesse ver meus seios, beijou e chupou cada um deles por um bom tempo. A sensação era ótima, não queria que ele parasse com aquilo nunca! Em seguida foi removendo minha calcinha, quando então sussurrei:
- Vai com cuidado, eu ainda sou virgem.
Ele assentiu com a cabeça, continuando com as carícias, depois coloquei minhas mãos em seus braços fortes os alisando, Andrew desceu sua cueca e se livrou dela jogando-a em um canto qualquer. Observei que seu membro era grosso e duro, mordi meu lábio inferior de tanto desejo enquanto o admirava. Com carinho, foi introduzindo um de seus dedos em mim, suspirei profundamente, logo após, introduziu outro dedo fazendo movimentos circulares, aquilo estava me excitando muito!
Quando percebeu a minha excitação, colocou seu pênis bem devagar até entrar de uma vez... Ah! Nossa!
Andrew fazia movimentos lentos aumentando cada vez mais a velocidade, lambeu meus seios novamente, agarrei em suas costas, fechei os olhos e dei um sorriso. Ele sorriu de volta e agora estava gemendo, voltamos a nos beijar e não paramos mais. Envolvi sua cintura com minhas pernas e fiquei olhando fixamente em seus olhos. Eu estava tão excitada! Senti uma onda de calor que foi tomando conta do meu corpo, uma sensação maravilhosa! Soltei um gemido contido e tive meu primeiro orgasmo.
Andrew percebeu e gozou alguns minutos depois, sua expressão foi de puro prazer. Ele retirou seu membro de dentro de mim e deitou-se ao meu lado na cama, ofegante. Depois puxou-me para que eu pudesse deitar em seu peito, beijando minha testa novamente e me abraçando.
- Você foi meu primeiro - eu disse.
- Que honra! E você será minha última... - ele sussurrou.
- Última? - perguntei.
- Sim, depois de ter feito isso com você, não quero saber de mais ninguém - respondeu.
- Sério?
- Sério. Pra mim não foi apenas sexo. Teve algo a mais... - sussurrou em meu ouvido.
Olhei em seus olhos e percebi que ele estava sendo sincero. Acariciei seu rosto, nos olhávamos com certa ternura e ficamos abraçados até pegarmos no sono.
Só voltei ao mundo real quando o primeiro raio de sol penetrou pela janela em direção aos meus olhos. Já era de manhã! Kimmy vai chegar logo! Droga!
Levantei-me rapidamente e cutuquei Andrew para que acordasse.
- Por favor, acorda! - exclamei.
- Já é de manhã! Kimmy! Meu Deus! - ele disse enquanto pulava da cama.
- Olha, eu vou recolher minhas roupas, você recolhe as suas e fica aqui dormindo que eu vou pro quarto dela! - expliquei.
- Certo - assentiu com a cabeça.
- Finge que não sabe que ela dormiu fora de casa, diz que você chegou de madrugada e deixa o resto comigo - falei.
- Combinado! - exclamou.
- E mais uma coisa: pra mim também teve algo a mais... - disse enquanto lhe dava um último beijo.
Saí correndo desesperadamente pela casa, apanhando todas as minhas peças de roupas que estavam pelo caminho, coloquei meu pijama, fui para o quarto e deitei rapidamente na cama de Kim.
Alguns minutos depois escutei a porta da frente abrir, Kimmy subiu as escadas lentamente, os passos estavam cada vez mais próximos, até que ela entrou no quarto e me chamou:
- Lauren! Acorda!
- Kimmy! Bom dia! - exclamei.
- O carro do meu pai está aqui. Você viu ele chegando? - perguntou assustada.
- Não vi nada, Kim, ele deve ter chegado de madrugada – disse, me fazendo de desentendida.
- Bom, se ele não me ligou enfurecido pedindo pra eu voltar para a casa, não deve ter percebido nada mesmo! - exclamou.
- É... Vamos tomar café? - perguntei tentando mudar de assunto.
- Vamos, estou faminta. Gastei muita energia essa noite! - ela disse enquanto fazia uma pose sensual.
Tomamos café juntas e ela me contou tudo sobre a noite com o tal rapaz que ela estava ficando, minha noite foi perfeita também, mas eu jamais poderia dizer isso a ela. Esse iria ser o único segredo entre nós.
- Bom dia, meninas! - uma voz familiar exclamou.
- Pai! - disse Kimmy enquanto abraçava Andrew.
- Você voltou logo - completou.
- Cheguei de madrugada, filha, nem deu tempo de ligar avisando - ele disse enquanto olhava fixamente para mim.
- Bom, eu preciso ir embora. Minha mãe está me esperando... - eu disse.
- Mas já, amiga? - Kim perguntou.
- Sim. Nos vemos segunda-feira na escola! - exclamei.
Dei um abraço apertado em Kimmy e apenas acenei para Andrew, que ficou me olhando sem dizer uma palavra. Eu queria abraçá-lo, beijá-lo e confessar que estou sentindo "algo a mais" por ele desde ontem à noite, mas ele definitivamente estava fora do meu alcance. Impossível.
Nos formamos no ensino médio e seguimos caminhos diferentes, fui perdendo o contato com Kimmy e com o pai dela. Passei no vestibular e fui cursar minha tão sonhada faculdade, só que tive que mudar de cidade por causa disso. Conheci um menino chamado George, um garoto que estudava o mesmo que eu e hoje estou noiva dele, mas toda vez que fazemos amor eu só consigo pensar no Andrew, o meu primeiro.
Fomos embora juntas como de costume, só que em silêncio, pois o novo ficante dela estava conosco. Quando ele se despediu e virou a esquina, continuamos andando, até que Kim puxou-me pelo braço e disse:
- Preciso falar com você agora!
- O que houve? - perguntei.
- Escuta, eu vou dormir na casa do meu ficante hoje e preciso de um favor seu - ela disse.
- O seu pai nunca vai deixar você fazer isso! – exclamei soltando uma gargalhada.
- É aí que você entra na história. Meu pai está viajando a trabalho, e como hoje é sexta, falei para ele que você iria dormir lá em casa.
- Você falou isso para ele? Para quê? - perguntei assustada.
- Lauren, meu pai só irá chegar amanhã por volta do meio-dia. Falta menos de um mês para gente se formar no ensino médio e eu nunca dormi fora de casa, só tenho essa chance para fazer alguma loucura antes de acabar a escola - explicou.
- Kim, você sabe que eu não gosto desse tipo de coisa - falei.
- Por favor, amiga! Amanhã cedo eu já estarei em casa, antes dele chegar, eu prometo - ela dizia enquanto me abraçava.
- Tudo bem, fazer o quê, né! - bufei.
- Mas tem uma coisa: ele vai ligar no telefone fixo lá de casa umas onze horas, você atende e inventa alguma coisa, diz que eu peguei no sono, sei lá.
- E você acha mesmo que ele vai acreditar nisso? - perguntei com certa desconfiança.
- Em você ele acredita. A Santa Lauren Conners! - ela disse apertando minhas bochechas de modo infantil.
- Para! Que horas é para estar na sua casa? - perguntei afastando as mãos dela de mim.
- Umas oito horas.
- Okay! Até mais tarde então - disse enquanto me despedia dela. - Até! - respondeu.
Peguei o ônibus de sempre para chegar em casa e fiquei sentada olhando pela janela, imaginando se esse tal plano daria certo. Nunca fui de contar mentiras para ninguém, mas ajudaria minha amiga nisso, sou conhecida como a ''santinha'' da turma e a única que era virgem no terceiro ano do ensino médio. É que eu não conseguiria fazer esse tipo de coisa com qualquer um, pode ser brega da minha parte, mas eu estou me guardando para o homem certo.
O que eu sabia sobre a família de Kim, era que os pais dela se conheceram ainda jovens e a mãe dela engravidou cedo, com uns dezoito anos. Então foram obrigados a se casar. Mas quando Kimmy cresceu, sua mãe foi embora para algum canto da Europa com outro homem e nunca mais deu notícias, deixando-a apenas com o pai, o Sr. Andrew Hayes, que criou a filha praticamente sozinho, por isso ele é tão rígido com ela. Acho que ele tem medo dela acabar engravidando cedo também.
Cheguei em casa, fui direto para o meu quarto, fiz minhas lições e passei a maior parte da tarde vendo filmes. Depois arrumei minha bolsa com um pijama, escova de dentes, livros para estudar para o vestibular, celular e fui para a casa de minha amiga.
- Que bom que você já chegou! - disse Kimmy.
- Se cuida - eu disse dando risada.
- Pode deixar! Estou saindo, você já sabe o que fazer, né? - perguntou.
- Sei sim. E por favor, usa camisinha, tá? - pedi.
- Uso sim, Santa Lauren! - ela disse dando risada.
- Até amanhã! - me despedi dando-lhe um forte abraço.
- Até! E muito obrigada por tudo, amiga! - ela disse enquanto me abraçava de volta.
Fiquei observando Kimmy caminhar, até sua silhueta sumir na rua. Entrei em sua casa, que já conhecia muito bem, tranquei as portas e fui procurar algo para comer. Fiz um sanduíche, sentei no sofá, fiquei assistindo um pouco de TV, li meus livros e fui ficando sonolenta, quase dormindo... Cochilei durante um bom tempo, e quando acordei já era meia-noite! Meu Deus! E o telefone ainda não havia tocado.
Preciso de um banho! pensei. Subi até o quarto para ver se tinha alguma toalha sobrando, porque tinha esquecido a minha, e enquanto caminhava ia tirando minhas roupas e deixando-as pelo caminho, em seguida desci para pegar minha bolsa e tomei um baita susto, que me deixou completamente paralisada.
O senhor Andrew, pai de Kim, estava parado perto do sofá! Não consegui dizer nada, porque era pra ele voltar só amanhã! O plano já era! Ele vai brigar com nós duas e nunca mais vai confiar em mim também! E para piorar estou só de calcinha e sutiã na frente dele. O que eu faço? O que eu digo? E agora?
- Boa noite, Lauren, tudo bem? - ele perguntou.
- Tudo - disse com uma voz falhada.
- A Kimmy está lá em cima?
Meu coração começou a disparar e um silêncio horrível tomou conta da casa.
- Lauren, me responde! - exclamou.
Sentei no sofá, peguei uma almofada para esconder meu corpo e comecei a chorar.
- Aconteceu alguma coisa com a minha filha? Pelo amor de Deus, me responde! - gritou enquanto sentava ao meu lado.
- Mil desculpas, por favor! Não brigue com ela! - implorei chorando cada vez mais.
- Cadê a Kimmy? – perguntou enquanto limpava minhas lágrimas.
- Ela foi passar a noite na casa de um rapaz lá do colégio - contei.
- Não posso deixá-la sozinha por uma noite, que ela já apronta uma dessas! - exclamou.
- Desculpa, ela vai voltar amanhã de manhã - falei baixinho.
- Não precisa se desculpar, eu tenho certeza que isso foi tudo ideia dela. Meter você de cúmplice nessa história!
Continuei chorando enquanto ele limpava minhas lágrimas, acariciou meu rosto e inesperadamente me deu um beijo na testa. Isso me acalmou na hora, depois me afastei rapidamente dele.
- O que foi? - perguntou.
- Não me sinto confortável com isso - respondi.
- Só por que você está em trajes íntimos?
- Também, mas o senhor é o pai da minha melhor amiga! - eu disse.
- Me chame de Andrew, esqueça a formalidade - pediu.
- Bom, vou procurar uma toalha... - falei enquanto levantava do sofá, largando a almofada.
- Não precisa ficar escondendo seu corpo, sabia? Você tem um corpo lindo! - ele disse enquanto se levantava também.
Parou bem na minha frente, acariciou meu rosto e nos beijamos. Eu nunca tinha ficado tão perto do Sr. Andrew, mas sempre achei ele bonito: cabelos escuros, olhos castanhos, traços marcantes, um pouco mais jovem do que a maioria dos pais por aí e tinha o corpo em forma para alguém da sua idade.
Estava me entregando totalmente, até que caí na real:
- Sr. Andrew, eu não posso... - sussurrei.
- Eu sempre te achei linda! Sei que é errado, mas nunca vamos ter outra chance como esta - ele dizia enquanto suas mãos envolviam suavemente minha cintura.
Voltamos a nos beijar lentamente, suas mãos ficaram perdidas entre minha cintura e minhas costas, seu toque era leve e gentil. Eu estava totalmente parada, até que decidi tocá-lo também, segurei em seus braços e fui subindo as mãos até sua nuca. Andrew passou as pontas de seus dedos pelos meus cabelos, acariciou meus braços, olhou no fundo dos meus olhos e me pegou no colo, subindo lentamente as escadas até chegarmos em seu quarto.
Andrew colocou-me no chão com cuidado, tirou suas roupas, ficando somente em trajes íntimos igual a mim, colou seu corpo no meu, deitamos na cama desse jeito... Ele estava por cima, suas mãos habilidosas conseguiram tirar meu sutiã com certa facilidade, tapei meus seios com as mãos, admito que ainda estava envergonhada. Ele colocou suas mãos delicadamente em meus pulsos, afastando meus braços para que pudesse ver meus seios, beijou e chupou cada um deles por um bom tempo. A sensação era ótima, não queria que ele parasse com aquilo nunca! Em seguida foi removendo minha calcinha, quando então sussurrei:
- Vai com cuidado, eu ainda sou virgem.
Ele assentiu com a cabeça, continuando com as carícias, depois coloquei minhas mãos em seus braços fortes os alisando, Andrew desceu sua cueca e se livrou dela jogando-a em um canto qualquer. Observei que seu membro era grosso e duro, mordi meu lábio inferior de tanto desejo enquanto o admirava. Com carinho, foi introduzindo um de seus dedos em mim, suspirei profundamente, logo após, introduziu outro dedo fazendo movimentos circulares, aquilo estava me excitando muito!
Quando percebeu a minha excitação, colocou seu pênis bem devagar até entrar de uma vez... Ah! Nossa!
Andrew fazia movimentos lentos aumentando cada vez mais a velocidade, lambeu meus seios novamente, agarrei em suas costas, fechei os olhos e dei um sorriso. Ele sorriu de volta e agora estava gemendo, voltamos a nos beijar e não paramos mais. Envolvi sua cintura com minhas pernas e fiquei olhando fixamente em seus olhos. Eu estava tão excitada! Senti uma onda de calor que foi tomando conta do meu corpo, uma sensação maravilhosa! Soltei um gemido contido e tive meu primeiro orgasmo.
Andrew percebeu e gozou alguns minutos depois, sua expressão foi de puro prazer. Ele retirou seu membro de dentro de mim e deitou-se ao meu lado na cama, ofegante. Depois puxou-me para que eu pudesse deitar em seu peito, beijando minha testa novamente e me abraçando.
- Você foi meu primeiro - eu disse.
- Que honra! E você será minha última... - ele sussurrou.
- Última? - perguntei.
- Sim, depois de ter feito isso com você, não quero saber de mais ninguém - respondeu.
- Sério?
- Sério. Pra mim não foi apenas sexo. Teve algo a mais... - sussurrou em meu ouvido.
Olhei em seus olhos e percebi que ele estava sendo sincero. Acariciei seu rosto, nos olhávamos com certa ternura e ficamos abraçados até pegarmos no sono.
Só voltei ao mundo real quando o primeiro raio de sol penetrou pela janela em direção aos meus olhos. Já era de manhã! Kimmy vai chegar logo! Droga!
Levantei-me rapidamente e cutuquei Andrew para que acordasse.
- Por favor, acorda! - exclamei.
- Já é de manhã! Kimmy! Meu Deus! - ele disse enquanto pulava da cama.
- Olha, eu vou recolher minhas roupas, você recolhe as suas e fica aqui dormindo que eu vou pro quarto dela! - expliquei.
- Certo - assentiu com a cabeça.
- Finge que não sabe que ela dormiu fora de casa, diz que você chegou de madrugada e deixa o resto comigo - falei.
- Combinado! - exclamou.
- E mais uma coisa: pra mim também teve algo a mais... - disse enquanto lhe dava um último beijo.
Saí correndo desesperadamente pela casa, apanhando todas as minhas peças de roupas que estavam pelo caminho, coloquei meu pijama, fui para o quarto e deitei rapidamente na cama de Kim.
Alguns minutos depois escutei a porta da frente abrir, Kimmy subiu as escadas lentamente, os passos estavam cada vez mais próximos, até que ela entrou no quarto e me chamou:
- Lauren! Acorda!
- Kimmy! Bom dia! - exclamei.
- O carro do meu pai está aqui. Você viu ele chegando? - perguntou assustada.
- Não vi nada, Kim, ele deve ter chegado de madrugada – disse, me fazendo de desentendida.
- Bom, se ele não me ligou enfurecido pedindo pra eu voltar para a casa, não deve ter percebido nada mesmo! - exclamou.
- É... Vamos tomar café? - perguntei tentando mudar de assunto.
- Vamos, estou faminta. Gastei muita energia essa noite! - ela disse enquanto fazia uma pose sensual.
Tomamos café juntas e ela me contou tudo sobre a noite com o tal rapaz que ela estava ficando, minha noite foi perfeita também, mas eu jamais poderia dizer isso a ela. Esse iria ser o único segredo entre nós.
- Bom dia, meninas! - uma voz familiar exclamou.
- Pai! - disse Kimmy enquanto abraçava Andrew.
- Você voltou logo - completou.
- Cheguei de madrugada, filha, nem deu tempo de ligar avisando - ele disse enquanto olhava fixamente para mim.
- Bom, eu preciso ir embora. Minha mãe está me esperando... - eu disse.
- Mas já, amiga? - Kim perguntou.
- Sim. Nos vemos segunda-feira na escola! - exclamei.
Dei um abraço apertado em Kimmy e apenas acenei para Andrew, que ficou me olhando sem dizer uma palavra. Eu queria abraçá-lo, beijá-lo e confessar que estou sentindo "algo a mais" por ele desde ontem à noite, mas ele definitivamente estava fora do meu alcance. Impossível.
Nos formamos no ensino médio e seguimos caminhos diferentes, fui perdendo o contato com Kimmy e com o pai dela. Passei no vestibular e fui cursar minha tão sonhada faculdade, só que tive que mudar de cidade por causa disso. Conheci um menino chamado George, um garoto que estudava o mesmo que eu e hoje estou noiva dele, mas toda vez que fazemos amor eu só consigo pensar no Andrew, o meu primeiro.