Capítulo 1
“Quem procura acha....
Quem pede é atendido...
Saiba onde procurar...
E selecione os seus pedidos....”
Maktub – Oriente
Havia algo em olhar as estrelas, era difícil de compreender a fascinação que apenas essa atividade levava o ser humano a fazer inúmeros suposições e questionamentos. Suspirei enquanto levava novamente à garrafa aos meus lábios. Já fazia um tempo que estava sentado distante de tudo. Logo à minha frente, no vale, estava um aglomerado de universitários e bem ao centro, no palco, estava meus dois melhores amigos. e não perdiam uma festa e sempre era assim: ou eles assumiam o papel de DJs ou eram os convidados de honra. Naquela festa em específico, ambos assumiram o papel principal e pela empolgação geral... ela duraria até o amanhecer.
Detestava aparentar estar deprimido ou qualquer outro sentimento que fosse contrário à curtição mas estava preocupado com a faculdade, uma matéria em específico: Cálculo! Sempre fui apaixonado por administração, e embora fosse zoado pelos garotos por trabalhar na empresa de meu pai (clássico caso de nepotismo); amava a experiência de entender como cada peça era fundamental e no entanto lá estava eu, longe das calouras, longe das veteranas, longe da minha segunda paixão: mulheres!
Eu era completamente apaixonado por elas, seres tão sedutores porém complexos. Elas eram como a matemática e eu era péssimo nisso, mas minha lábia compensava a minha falta de entendimento. Sempre fui entusiasta em tentar compreender o sexo oposto; havia algo nelas que me deixava louco! Não importava se a fêmea era loira, ruiva, morena, alta, baixa, magra, gorda, elas me tinham em suas mãos! Sua suavidade, a força que tinham, a ingenuidade, a libido ... Cada uma me cativava a seu modo! Boa parte da minha vida passei as observando, buscando compreender a essência delas, mas cada uma era, de fato, inigualável! E acredite, tive muito mais delas em meus lençóis do que pude enumerar, porém nutria um respeito sem medidas por cada uma que me envolvi. Elas eram poderosas, donas de se, e isso ninguém tinha o direito de lhes privar! Elas poderiam conquistar o que quisessem e acredite, havia visto belos exemplos disso acontecer.
Meus pais sempre foram pessoas incomuns, eram um casal peculiar: uma treinadora de futebol (agora dona de um time feminino de futebol) da liga feminina de Los Angeles e um magnata italiano, dono da metade da indústria hoteleira e investidor/dono de tantos outros assuntos que lhe parecesse promissor (vinho, automóveis, etc). O romance dos dois surgiu de modo inesperado, mamãe era filha de uma cozinheira, ela crescera cercada de dificuldades, sua mãe (minha avó) lutou para criar seus 4 filhos sozinha enquanto tinha de providenciar: roupa, comida, educação e o principal amor! Mamãe fora criada no subúrbio de L.A, um lado nada glorioso da cidade dos anjos. Única menina entre 3 irmãos mais velhos se viu apaixonada por esporte, dona de uma personalidade forte buscou realizar seus sonhos enquanto batalhava para estudar e alcançar o respeito que garotos possuíam, afinal quando se é uma mulher já nasce buscando o seu lugar. Mamãe sempre me contou como minha avó não deixava que nada faltasse aos seus filhos, mesmo que tivesse de passar dias fora de casa para que houvesse um teto, comida e o que seus filhos necessitasse. Era bonito como ela narrava que embora vovó fosse uma mulher rígida o amor nunca ficou implícito, ela apenas ensinava seus filhos a disciplina para que conseguissem o melhor que podiam, e Helena Sánchez deixava claro que Maria Sánchez era o maior exemplo de guerreira e mãe que teve em sua vida, infelizmente dona Maria Sánchez acabou falecendo após contrair uma pneumonia grave, não me lembro muito dela, mas certamente a estimo tanto quanto mamãe. Já Gianluca teve tudo o que queria de modo fácil, meus avós eram pessoas influentes e conheciam muita gente. No entanto papa e mamãe só foram se conhecer num jogo em Madrid. Dona Helena estava de férias e fora acompanhar suas amigas numa partida entre Real Madrid X Juventus. Papa havia perdido uma aposta contra um rival e agora tinha de ver a partida do seu time na torcida do adversário. E no meio da torcida merengue houve a troca de olhares, como um bom galanteador papa não deixou de notar a ragazza que estava atenta a partida e xingava a cada erro que o time merengue cometia. Mas como uma boa dama Dona Helena colocou Gianluca em seu lugar após pegar ele lhe lançando olhares inapropriados. E em meio à uma richa, idas e vindas do destino, os opostos mais completos eram a minha lição de vida e inspiração.
No entanto, estava ali, cansado e frustrado demais para sequer cogitar a ideia de me divertir. Era um caso perdido mesmo! Me joguei contra a grama observando o céu. A imensidão anil estava repleta de pontos brilhantes, era incrível como dois mundos se chocavam: não tão longe rolava uma festa repleta de bebidas, som e diversão e aqui estava o silêncio e o céu estrelado. Era algo a se comparar.
Minha preocupação havia sido o único motivo que me desmotivara a permanecer junto aos meus amigos; a faculdade era e sempre seria minha prioridade. E pensar que tudo saiu da linha por conta de uma professora!
1 Mês atrás.......
estava atrasado...como sempre! Estávamos parados em frente ao seu prédio já havia algum tempo. Por causa dele chegaríamos atrasado para o primeiro horário. apertava a buzina a cada cinco segundos irritado. Ele estava por um fio, era conhecido por sua despontualiade, o que minha madrinha, a mãe dele, perdia a pouca paciência. Jane era uma típica britânica e como tal detestava atrasos, o que seu filho, David , cometia em excessos! Mas a situação de David se dava ao fato dos atrasos em todas as aulas; como um bom britânico abusava de seu charme com todos os professores da universidade Hummer Western Holliford. A faculdade que era tão restrita, e rígida, mas que meus amigos adoravam testar o reitor Hall. já havia recebido um ultimato para que não se atrasasse em mais nenhuma aula já que suas faltas estavam em um índice altíssimo! saiu com seu cabelo em um topete, as vestes todas em um estilo vintage (Fiorella!) e eu acabamos gargalhando da forma que ele estava vestido. Isso era obra da irmã dele. Ele retirou os óculos escuros e revirou os olhos antes de nos xingar até a quarta geração enquanto dirigia feito um piloto de fuga até a faculdade. Ele estava atrasado, e se safaria caso Morath o deixasse passar. Difícil, porém assim que o próprio pôs os olhos sobre a figura de ... não teve como não nos deixar passar.
.......√.......√.......√.......
No instante em que sai correndo por aqueles corredores, longos, senti que algo não ia dar certo. Era uma sensação que quando me acometia... eu podia esperar o pior e no instante em que adentrei a sala, cálculo II, MRS.. Era o que estava gravado na placa estúpida, porém a gostosa que me encarava com uma expressão deliciosamente furiosa não possuía nada de estúpida. Os óculos de grau em uma armação preta, uma vestimenta semiformal, na qual a camisa de poliéster vermelha criava um contraste com o blazer e jeans escuros, e saltos. Estava perdido, ferrado, de todas as maneiras! Aquela mulher não podia ser a minha professora.
Sorri de modo galanteador e pedi desculpas pelo atraso, óbvio que não consegui prestar atenção nas palavras proferidas por ela meus olhos estava ocupados em acompanhar o movimento dos lábios dela, e como seus braços cruzavam-se em forma de manter a pose.
Me sentei em um dos lugares ao fundo, perto das janelas, precisava de muito ar para refrear os pensamentos que inundavam minha mente, Mr. era um senhor respeitado por todo o campus porém aquela mulher estava no lugar dele e eu não tinha ideia de como a troca fora feita. Afinal, iniciara o curso com ele, em mais de uma disciplina esbarrava com ele assumindo o papel de meu orientador, mas o S talhado no final da placa dourada da porta indicava a mudança permanente da mulher que prosseguia escrevendo algumas palavras e explicando pontos que não entravam em meus ouvidos.
— Hey, Carter. – Sussurrei para o meu colega que escrevia algo em seu caderno com afinco.
— Agora não ! – Reclamou num sussurro.
— Onde está o ? – Insisti de modo determinado.
— Você não ficou sabendo? – Ele me olhou surpreso. Balancei a cabeça em negação, sabia que teria que pegar as anotações de Vernant após o término do período, mas até lá prosseguiria colhendo informações do que estava acontecendo. Carter então prosseguiu. — O cara se aposentou, ele anunciou isso mês passado, mas você não estava aqui quando ele fez o anúncio e falou que a neta assumiria o cargo dele. Então aí esta Beatrice ou como ela salientou MRS. . – Carter deu de ombros antes de sorrir finalizando a conversa.
Então era isso, o coroa se aposentou e passou o trabalho para a neta! Deixei meus olhos correrem por todo o corpo dela, em primeiro instante havia tirado apenas uma conclusão: ela era tentadora demais! Em segundo instante concluí que ela fazia parte das minhas mais secretas fantasias, em terceiro instante: estava fadado a reprovar na matéria. Os pontos com o avô não seriam levados em conta com ela. Meus méritos com o coroa eram equivalentes a zero com ela. Peguei meu caderno e comecei a elaborar uma estratégia de como não me sabotar nisso, porque as piores e mais temíveis provas estavam prestes a chegar! Respirei fundo enquanto buscava manter meus olhos distantes do que me faria perder a linha de raciocínio. Me sentia como um adolescente descobrindo o sexo oposto!
Montei cuidadosamente a tabela e um organograma, até mesmo usei parte do tempo para resolver, novamente, alguns exercícios que havia transcrevido do notebook para o caderno, preferia a liberdade de resolver os cálculos sob a folha e não numa tela, estava envolvido pela complexidade da questão que não notei que a aula havia se encerrado, e olha que se passaram três períodos seguidos, portanto foram longas horas envolvido em buscar alternativas de não me ferrar por causa de mulher.
Mamãe detestava que houvesse herdado o gene Don Juan de papa, havia cometido uns “deslizes” aqui e ali por mais de uma vez por conta do meu apreço pelos seres mais belos que existiam. Era uma paixão desenfreada e até que encontrasse alguém que me cativasse ao ponto de esquecer qualquer outra mulher seguiria amando-as pelo caminho.
— Senhor , está resolvendo de forma errada!
Dei um pulo ao ouvir a voz feminina próxima demais, no mesmo instante o perfume cítrico invadiu meu olfato, a mulher à minha frente estava com seus olhos fixos nos cálculos que executava até minutos atrás.
— A aula já findou-se? – Acabei a respondendo de forma confuso e polido além da conta.
— O erro frequente é iniciar o cálculo multiplicando por 60 e somando dois múltiplos de dois quando o correto e dividir por dois, somar vinte e quatro e subtrair cem para então multiplicar por sessenta. – Ela apagou todo o cálculo executado substituindo os valores na equação, mostrando então o meu erro.
— Devo ter confundido os valores. – Comentei abobado pelo raciocínio rápido da mulher e pela forma paciente em que me indicou a forma correta de executar.
— Claro. – Ela acabou soltando um riso baixo antes de falar algo que me ofendeu, porém não muito. – Suas habilidades em matemática são péssimas, ao contrário da sua fama que lhe precede em sobrenome. – Seu tom revelava sua polidez e profissionalismo, mas sua fala remetia a fama de meu pai antes dele firmar o compromisso com minha mãe.
Minha face revelou meu completo desagrado em relação ao que ela me dissera. Estava ofendido não pelo meu ego ferido sobre a matemática, pouco me importava de fato com isso! Odiava, detestava com veemência como colocavam de forma pejorativa o compromisso dos meus pais. Me ergui pegando os meus materiais, e os colocando de forma desleixada dentro da mochila antes de encará-la de forma firme, sem medo ou receio.
— Meu sobrenome precede apenas quem são meus progenitores mas isso não significa que possui qualquer autoridade em colocar meus esforços em dualidade Miss . – Sorri de modo provocativo. — Minha fama não diz verdadeiramente quem eu sou.
Finalizo a sentença sussurrando-a de forma sedutora no ouvido dela, poderia parecer infantil o ato tomado mas adorei ver a surpresa estampada nos olhos da mulher e o modo como os pelos eriçaram apenas pelo o que havia falado. Recebi o tapa sem sentir qualquer ardência, já havia recebido inúmeros, mas saber que poderia causar algo em minha nova professora... com toda certeza havia sido o melhor jeito de iniciar o dia. Sai da sala de modo despreocupado, ainda que Mrs. tivesse disparado feito um furacão pela entrada após estalar seus dedos em minha face, estava tranquilo. Demonstraria a ela, em primeira mão o quão habilidoso poderia ser. Afinal, um era muito mais que poderia se esperar!
Quem pede é atendido...
Saiba onde procurar...
E selecione os seus pedidos....”
Maktub – Oriente
Havia algo em olhar as estrelas, era difícil de compreender a fascinação que apenas essa atividade levava o ser humano a fazer inúmeros suposições e questionamentos. Suspirei enquanto levava novamente à garrafa aos meus lábios. Já fazia um tempo que estava sentado distante de tudo. Logo à minha frente, no vale, estava um aglomerado de universitários e bem ao centro, no palco, estava meus dois melhores amigos. e não perdiam uma festa e sempre era assim: ou eles assumiam o papel de DJs ou eram os convidados de honra. Naquela festa em específico, ambos assumiram o papel principal e pela empolgação geral... ela duraria até o amanhecer.
Detestava aparentar estar deprimido ou qualquer outro sentimento que fosse contrário à curtição mas estava preocupado com a faculdade, uma matéria em específico: Cálculo! Sempre fui apaixonado por administração, e embora fosse zoado pelos garotos por trabalhar na empresa de meu pai (clássico caso de nepotismo); amava a experiência de entender como cada peça era fundamental e no entanto lá estava eu, longe das calouras, longe das veteranas, longe da minha segunda paixão: mulheres!
Eu era completamente apaixonado por elas, seres tão sedutores porém complexos. Elas eram como a matemática e eu era péssimo nisso, mas minha lábia compensava a minha falta de entendimento. Sempre fui entusiasta em tentar compreender o sexo oposto; havia algo nelas que me deixava louco! Não importava se a fêmea era loira, ruiva, morena, alta, baixa, magra, gorda, elas me tinham em suas mãos! Sua suavidade, a força que tinham, a ingenuidade, a libido ... Cada uma me cativava a seu modo! Boa parte da minha vida passei as observando, buscando compreender a essência delas, mas cada uma era, de fato, inigualável! E acredite, tive muito mais delas em meus lençóis do que pude enumerar, porém nutria um respeito sem medidas por cada uma que me envolvi. Elas eram poderosas, donas de se, e isso ninguém tinha o direito de lhes privar! Elas poderiam conquistar o que quisessem e acredite, havia visto belos exemplos disso acontecer.
Meus pais sempre foram pessoas incomuns, eram um casal peculiar: uma treinadora de futebol (agora dona de um time feminino de futebol) da liga feminina de Los Angeles e um magnata italiano, dono da metade da indústria hoteleira e investidor/dono de tantos outros assuntos que lhe parecesse promissor (vinho, automóveis, etc). O romance dos dois surgiu de modo inesperado, mamãe era filha de uma cozinheira, ela crescera cercada de dificuldades, sua mãe (minha avó) lutou para criar seus 4 filhos sozinha enquanto tinha de providenciar: roupa, comida, educação e o principal amor! Mamãe fora criada no subúrbio de L.A, um lado nada glorioso da cidade dos anjos. Única menina entre 3 irmãos mais velhos se viu apaixonada por esporte, dona de uma personalidade forte buscou realizar seus sonhos enquanto batalhava para estudar e alcançar o respeito que garotos possuíam, afinal quando se é uma mulher já nasce buscando o seu lugar. Mamãe sempre me contou como minha avó não deixava que nada faltasse aos seus filhos, mesmo que tivesse de passar dias fora de casa para que houvesse um teto, comida e o que seus filhos necessitasse. Era bonito como ela narrava que embora vovó fosse uma mulher rígida o amor nunca ficou implícito, ela apenas ensinava seus filhos a disciplina para que conseguissem o melhor que podiam, e Helena Sánchez deixava claro que Maria Sánchez era o maior exemplo de guerreira e mãe que teve em sua vida, infelizmente dona Maria Sánchez acabou falecendo após contrair uma pneumonia grave, não me lembro muito dela, mas certamente a estimo tanto quanto mamãe. Já Gianluca teve tudo o que queria de modo fácil, meus avós eram pessoas influentes e conheciam muita gente. No entanto papa e mamãe só foram se conhecer num jogo em Madrid. Dona Helena estava de férias e fora acompanhar suas amigas numa partida entre Real Madrid X Juventus. Papa havia perdido uma aposta contra um rival e agora tinha de ver a partida do seu time na torcida do adversário. E no meio da torcida merengue houve a troca de olhares, como um bom galanteador papa não deixou de notar a ragazza que estava atenta a partida e xingava a cada erro que o time merengue cometia. Mas como uma boa dama Dona Helena colocou Gianluca em seu lugar após pegar ele lhe lançando olhares inapropriados. E em meio à uma richa, idas e vindas do destino, os opostos mais completos eram a minha lição de vida e inspiração.
No entanto, estava ali, cansado e frustrado demais para sequer cogitar a ideia de me divertir. Era um caso perdido mesmo! Me joguei contra a grama observando o céu. A imensidão anil estava repleta de pontos brilhantes, era incrível como dois mundos se chocavam: não tão longe rolava uma festa repleta de bebidas, som e diversão e aqui estava o silêncio e o céu estrelado. Era algo a se comparar.
Minha preocupação havia sido o único motivo que me desmotivara a permanecer junto aos meus amigos; a faculdade era e sempre seria minha prioridade. E pensar que tudo saiu da linha por conta de uma professora!
1 Mês atrás.......
estava atrasado...como sempre! Estávamos parados em frente ao seu prédio já havia algum tempo. Por causa dele chegaríamos atrasado para o primeiro horário. apertava a buzina a cada cinco segundos irritado. Ele estava por um fio, era conhecido por sua despontualiade, o que minha madrinha, a mãe dele, perdia a pouca paciência. Jane era uma típica britânica e como tal detestava atrasos, o que seu filho, David , cometia em excessos! Mas a situação de David se dava ao fato dos atrasos em todas as aulas; como um bom britânico abusava de seu charme com todos os professores da universidade Hummer Western Holliford. A faculdade que era tão restrita, e rígida, mas que meus amigos adoravam testar o reitor Hall. já havia recebido um ultimato para que não se atrasasse em mais nenhuma aula já que suas faltas estavam em um índice altíssimo! saiu com seu cabelo em um topete, as vestes todas em um estilo vintage (Fiorella!) e eu acabamos gargalhando da forma que ele estava vestido. Isso era obra da irmã dele. Ele retirou os óculos escuros e revirou os olhos antes de nos xingar até a quarta geração enquanto dirigia feito um piloto de fuga até a faculdade. Ele estava atrasado, e se safaria caso Morath o deixasse passar. Difícil, porém assim que o próprio pôs os olhos sobre a figura de ... não teve como não nos deixar passar.
.......√.......√.......√.......
No instante em que sai correndo por aqueles corredores, longos, senti que algo não ia dar certo. Era uma sensação que quando me acometia... eu podia esperar o pior e no instante em que adentrei a sala, cálculo II, MRS.. Era o que estava gravado na placa estúpida, porém a gostosa que me encarava com uma expressão deliciosamente furiosa não possuía nada de estúpida. Os óculos de grau em uma armação preta, uma vestimenta semiformal, na qual a camisa de poliéster vermelha criava um contraste com o blazer e jeans escuros, e saltos. Estava perdido, ferrado, de todas as maneiras! Aquela mulher não podia ser a minha professora.
Sorri de modo galanteador e pedi desculpas pelo atraso, óbvio que não consegui prestar atenção nas palavras proferidas por ela meus olhos estava ocupados em acompanhar o movimento dos lábios dela, e como seus braços cruzavam-se em forma de manter a pose.
Me sentei em um dos lugares ao fundo, perto das janelas, precisava de muito ar para refrear os pensamentos que inundavam minha mente, Mr. era um senhor respeitado por todo o campus porém aquela mulher estava no lugar dele e eu não tinha ideia de como a troca fora feita. Afinal, iniciara o curso com ele, em mais de uma disciplina esbarrava com ele assumindo o papel de meu orientador, mas o S talhado no final da placa dourada da porta indicava a mudança permanente da mulher que prosseguia escrevendo algumas palavras e explicando pontos que não entravam em meus ouvidos.
— Hey, Carter. – Sussurrei para o meu colega que escrevia algo em seu caderno com afinco.
— Agora não ! – Reclamou num sussurro.
— Onde está o ? – Insisti de modo determinado.
— Você não ficou sabendo? – Ele me olhou surpreso. Balancei a cabeça em negação, sabia que teria que pegar as anotações de Vernant após o término do período, mas até lá prosseguiria colhendo informações do que estava acontecendo. Carter então prosseguiu. — O cara se aposentou, ele anunciou isso mês passado, mas você não estava aqui quando ele fez o anúncio e falou que a neta assumiria o cargo dele. Então aí esta Beatrice ou como ela salientou MRS. . – Carter deu de ombros antes de sorrir finalizando a conversa.
Então era isso, o coroa se aposentou e passou o trabalho para a neta! Deixei meus olhos correrem por todo o corpo dela, em primeiro instante havia tirado apenas uma conclusão: ela era tentadora demais! Em segundo instante concluí que ela fazia parte das minhas mais secretas fantasias, em terceiro instante: estava fadado a reprovar na matéria. Os pontos com o avô não seriam levados em conta com ela. Meus méritos com o coroa eram equivalentes a zero com ela. Peguei meu caderno e comecei a elaborar uma estratégia de como não me sabotar nisso, porque as piores e mais temíveis provas estavam prestes a chegar! Respirei fundo enquanto buscava manter meus olhos distantes do que me faria perder a linha de raciocínio. Me sentia como um adolescente descobrindo o sexo oposto!
Montei cuidadosamente a tabela e um organograma, até mesmo usei parte do tempo para resolver, novamente, alguns exercícios que havia transcrevido do notebook para o caderno, preferia a liberdade de resolver os cálculos sob a folha e não numa tela, estava envolvido pela complexidade da questão que não notei que a aula havia se encerrado, e olha que se passaram três períodos seguidos, portanto foram longas horas envolvido em buscar alternativas de não me ferrar por causa de mulher.
Mamãe detestava que houvesse herdado o gene Don Juan de papa, havia cometido uns “deslizes” aqui e ali por mais de uma vez por conta do meu apreço pelos seres mais belos que existiam. Era uma paixão desenfreada e até que encontrasse alguém que me cativasse ao ponto de esquecer qualquer outra mulher seguiria amando-as pelo caminho.
— Senhor , está resolvendo de forma errada!
Dei um pulo ao ouvir a voz feminina próxima demais, no mesmo instante o perfume cítrico invadiu meu olfato, a mulher à minha frente estava com seus olhos fixos nos cálculos que executava até minutos atrás.
— A aula já findou-se? – Acabei a respondendo de forma confuso e polido além da conta.
— O erro frequente é iniciar o cálculo multiplicando por 60 e somando dois múltiplos de dois quando o correto e dividir por dois, somar vinte e quatro e subtrair cem para então multiplicar por sessenta. – Ela apagou todo o cálculo executado substituindo os valores na equação, mostrando então o meu erro.
— Devo ter confundido os valores. – Comentei abobado pelo raciocínio rápido da mulher e pela forma paciente em que me indicou a forma correta de executar.
— Claro. – Ela acabou soltando um riso baixo antes de falar algo que me ofendeu, porém não muito. – Suas habilidades em matemática são péssimas, ao contrário da sua fama que lhe precede em sobrenome. – Seu tom revelava sua polidez e profissionalismo, mas sua fala remetia a fama de meu pai antes dele firmar o compromisso com minha mãe.
Minha face revelou meu completo desagrado em relação ao que ela me dissera. Estava ofendido não pelo meu ego ferido sobre a matemática, pouco me importava de fato com isso! Odiava, detestava com veemência como colocavam de forma pejorativa o compromisso dos meus pais. Me ergui pegando os meus materiais, e os colocando de forma desleixada dentro da mochila antes de encará-la de forma firme, sem medo ou receio.
— Meu sobrenome precede apenas quem são meus progenitores mas isso não significa que possui qualquer autoridade em colocar meus esforços em dualidade Miss . – Sorri de modo provocativo. — Minha fama não diz verdadeiramente quem eu sou.
Finalizo a sentença sussurrando-a de forma sedutora no ouvido dela, poderia parecer infantil o ato tomado mas adorei ver a surpresa estampada nos olhos da mulher e o modo como os pelos eriçaram apenas pelo o que havia falado. Recebi o tapa sem sentir qualquer ardência, já havia recebido inúmeros, mas saber que poderia causar algo em minha nova professora... com toda certeza havia sido o melhor jeito de iniciar o dia. Sai da sala de modo despreocupado, ainda que Mrs. tivesse disparado feito um furacão pela entrada após estalar seus dedos em minha face, estava tranquilo. Demonstraria a ela, em primeira mão o quão habilidoso poderia ser. Afinal, um era muito mais que poderia se esperar!
Capítulo 2
— Você fez o quê? – lançava um olhar furioso em direção a Fiorella.
— Redecorei esse apartamento e convidei mamãe e papai para um jantar. – Fiorella deu de ombros enquanto analisava seu irmão com cuidado.
Após as aulas se fundarem acabamos seguindo para casa de , o que não esperávamos era ver que seus antigos móveis fossem substituídos por outros completamente diferentes. Fiorella havia feito uma “repaginada” no apartamento de seu irmão. A decoração simplista e notoriamente masculina dera lugar à uma clean e sofisticada. detestava essa parafernália já que vivia em eventos que seus pais o arrastavam; ele possuía um gosto completamente oposto ao seu status por isso adorava viver sozinho só que bastou ele permitir que sua irmã se instalasse por uma semana para que ela fizesse da vida do coitado uma confusão. Suas roupas, apartamento, ele estava realmente furioso com ela. a levou para fora enquanto puxei meu amigo para a cozinha.
— Ela não entende o termo propriedade e privacidade! – Ele soltou bruscamente enquanto fechava suas mãos, cerrando seus pulsos.
— Ellah passa dos limites em algumas coisas. – Concordei enquanto abria a geladeira absurdamente enorme para quem sobrevivia de delivery. — Dessa vez ela transformou seu apartamento num daqueles que seus pais usam como exemplo. – Gargalhei após ver fechar ainda mais a cara, encontrei duas cervejas (um milagre Fiorella deixar algo como isso ali) e entreguei uma a que a abriu automaticamente.
— Havia apenas uma regra! Uma! – Ele cuspiu as palavras enquanto lançava seu olhar por todo o espaço. — Ela poderia ficar contanto que não modificasse nada, não desse uma de Fiorella a decoradora! – Sua insatisfação clara evidenciava o quanto ele realmente estava chateado.
— Deveria ter insistido para ela ficar no Cambridge Palace. – Comentei enquanto levava a garrafa aos lábios, meu humor estava nas alturas por conta da professorinha.
— Me arrependo de não ter feito isso mas caí na chantagem emocional de Hunter. – balançou a cabeça desacreditado. — Como que meu pai me convencera a hospedar a louca da minha irmã?
— Chega disto! Logo que ela se mandar contrate um decorador e ajeite tudo de volta há como era. – Dei de ombros antes de prosseguir. — Não adianta se lamentar pelo leite derramado cara! Já que esta com um humor intragável volto amanhã para lhe contar as pérolas do meu dia... – Soltei a sentença no ar vendo que conseguira a atenção dele, ri de modo divertido.
— O que você aprontou dessa vez ? – virou-se com a curiosidade em seu olhar.
— Lembra do coroa ? – Comentei me prolongando.
— Sim, o que tem ele? Não me diga que ele enfim perdeu a paciência e lhe expulsou da aula. – comentou já com outro humor.
— Ele se aposentou... Essa não é a melhor parte ! – Dei uma pausa dramática em minha fala vendo rolar os olhos.
— Vá logo ao ponto idiota! – resmungou antes de tomar o restante da cerveja.
— A neta dele assumiu o cargo, e meu caro...Quem diria que o coroa tivesse uma beldade daquela na família! – Sorri ao finalizar minha fala vendo meu amigo gargalhar.
— A meta até a formatura é ter todo o corpo docente feminino em sua cama? – Ele arqueou a sobrancelha enquanto sorria divertido.
— Com exceções como Mary, Popper, e todas as senhoras não vejo desvantagem nisso. – Dei de ombros enquanto deixava escapar meu sorriso cafajeste.
— Então era por isso que o senhor estava com a marca vermelha em seu rosto. – apareceu na cozinha enquanto o olhava confuso. Parecendo entender o que ele perguntava logo emendou. — Nosso Don Juan deixou a sala com uma bela mão gravada em sua face esquerda.
— Como você soube disso? – Perguntei curioso.
— Dana e eu estávamos por ali quando avistamos a mulher deixar a sala num rompante e você sair em seguida com a marca da mão dela no rosto. – se sentou numa das banquetas.
— Quando vocês dois vão assumir esse rolo de vocês ? – indagou arqueando a sobrancelha.
— No mesmo dia em que admitir seu amor pela Kayla. – retrucou.
Acabei rindo com a discussão que se iniciou, os dois discutiam sobre não sentir nada além de atração pelas mulheres em questão mas ambos não poderiam estar mais errados...Kayla e Dana eram primas e conheceram os dois baitolas numa das inúmeras festas que frequentávamos e desde então ficam nesse chove não molha.
— Estou indo! Preciso me organizar para provar a certa beldade que sou muito mais que um Don Juan! – Falei mais alto que ambos antes de dar um aceno me despedindo.
Deixei eles discutindo, acenei para Fiorella que agora tagarelava em seu telefone na sacada; e sai dali. Meus pensamentos se encaminhavam em direção a uma certa mulher, cheia de si, mas não menos atraente. Contive um riso enquanto caminhava pela calçada com os olhos no horizonte enquanto a imagem daquela mulher povoava minha mente. Meu apartamento não ficava longe de onde estava, do apartamento do até o meu levava uns quinze minutos, era duas quadras de distância. morava num residencial próximo ao centro então ele sempre reclamava do quanto gastava com a gasolina, como se ele tivesse do que reclamar! Mas era como um ditado: Ricos gostam de ganhar dinheiro e não gastar sem propósitos!
Adentrei o apartamento jogando a mochila para o lado, tirando os sapatos enquanto seguia para a cozinha atrás de uma loira gelada. Abri a garrafa levando-a aos meus lábios enquanto enviava uma mensagem à Sanders; pediria a ele todo conteúdo que Mrs. passasse. Era uma batalha perdida tentar notar qualquer coisa além dela... suspirei me apoiando no beiral da sacada. Mamãe me comeria vivo pelo o que estava planejando fazer.
— Desculpe mama mas preciso honrar meu nome!
.......√.......√.......√.......
Estava completamente fascinado analisando a forma como Mrs. desfilava pelo tablado, explicando algo que não me atentei, seus quadris balançavam deliciosamente em minha frente.... É havia mudado meu lugar para mais perto dela. Fracasso? Perspectiva! Estava a estudando...um dos meus feitos era sempre me atentar as características de cada uma mulher com quem me envolvia. Conhecê-las era essencial e por isso estava ali, atento, observando não só o movimento gracioso dos quadris de minha professora. Havia reparado em pequenos detalhes, detalhes esses que passariam despercebidos caso não fixasse mais de alguns minutos de atenção. Seu rosto possuía sardas, em sua bochecha esquerda um pouco depois do meio dela havia uma covinha. Ela ficava irritada quando alguém a interrompesse no meio de um pensamento, uma veia saltava de modo leve demonstrando a irritação, suas unhas fincavam no material, mão, o que tivesse por perto. Sua postura demonstrava rigidez. Uma mulher que poderia ter sido levada a fora de sua zona de conforto e por isso preferia manter tudo sob seu controle, fui anotando alguns pontos de modo diligente. Estava fazendo uma análise, nunca se deve colocar o time em campo sem um estudo prévio.
Ao fim da aula tinha uma análise mediana. O fato era que não era transparente, bem restritiva mas adorava desafios e ela era o meu maior. Sanders deixou suas anotações em minha mesa antes de rumar para fora. Esperei a sala esvaziar antes de me levantar.
— Então , correto ? – Quebrei o silêncio.
— Somente meus amigos me chamam assim e definitivamente você não é um deles! – , a adorável Mrs. respondeu-me de forma ácida e ao mesmo tempo fria. Tive de conter um sorriso mediante a ação defensiva.
— Estou tentando ser razoável por aqui . – Ergui os braços com falsa inocência e decência.
— Razoável ? Corta essa ! Não sou burra! – Ela me olhou com desdém por cima dos óculos. Aquele olhar...aquela maldita boca rosada! Contive o impulso de me aproximar. Contato físico teria e seria usado em outro momento. — Não sou cega e muito menos idiota. – A voz dela me pegou de surpresa. Acabei sorrindo antes de erguer meus olhos para a imensidão âmbar que era aqueles olhos.
— Seria um crime lhe acusar de tal coisa ... – Saboreei cada palavra as pronunciando de modo aveludado enquanto me aproximava lentamente de sua mesa, sem desviar os olhos dela. — Você usou de palavras indevidas, mas não se preocupe... – Diminui o tom de voz como se fosse contar um segredo. — Não guardo rancor. – Pisquei para ela beijando a mão dela antes de deixar a sala sem mais uma palavra, antes de sair, no entanto, pude ouvir palavras nada belas sendo direcionadas a minha pessoa.
“ porque fora provocar-me?! “
Segui até a biblioteca, afinal teria de focar na matéria longe daquela tentação, a personificação dos meus mais sórdidos desejos...Coloquei as anotações de Sanders à minha frente enquanto retirava meu notebook, peguei a garrafa de água tomando uma longa golada antes de voltar a atenção para a tela à minha frente, os períodos de Gestão Financeira e Diretrizes de produção só iniciariam após algumas horas, o que me permitia tempo me concentrar em não reprovar na matéria que estava longe de compreender devido a nova figura no corpo docente.
Iniciei a transcrever o que Sanders copiara enquanto ouvia uma playlist montada por e , ambos não me permitiriam ouvir algo que não fosse aprovado por eles, ambos diziam que eu tinha péssimo gosto musical. Discordava, porém, amava demais a minha vida para debater sobre música com eles. Segui com dedicação resolvendo e copiando o que estava sendo proposto pela Mrs., estava imerso no conteúdo tratado que me surpreendi com Viola, uma estagiária de TI, sentando ao meu lado e em seguida retirando um dos meus fones, sua mão escorregou pela minha face antes de segurar minha camisa me puxando pelo colarinho até um canto afastado da biblioteca.
— Você tem ignorado os meus telefonemas Martin. – Ela comentou de modo manhoso. Retirei as mãos dela de mim as segurando acima do rosto dela, era cansativo lidar com esse tipo de mulher, mas hoje eu realmente precisava de uma dose para sanar o que ainda não tenho.
— Estive ocupado Vih. – Sussurrei deslizando minha boca pelo pescoço ébano, deslizei meus lábios deforma displicente, lânguido enquanto abaixava uma das minhas mãos, mantendo uma a segurando ali. Com a destra trouxe-a para mais perto enquanto sentia o perfume de lavanda impregnar-me. — Ando com problemas, mas você não quer saber disso. – Sorri antes de beijar ela de forma intensa saboreando o gosto de chocolate e amêndoas, provavelmente o sorvete que vendiam a duas quadras da faculdade. Sorri sobre o beijo ouvindo em seguida ela suspirar quando toquei sua pele por baixo de sua camisa.
— Não desapareça gato. – Ela sussurrou me encarando com seus olhos castanhos. Eram a parte mais encantadora de Viola, porém não estava no clima para enrolação.
Sorri de lado antes de erguê-la em meu colo a prensando contra a estante, deslizei meus lábios pela pele desnuda aspirando a fragrância que ela possuía. Mordisquei seu lóbulo antes de tornar a falar.
— Tire as suas vestes. – Minha voz denunciava a urgência, minha calça jeans começava a incomodar.
Diante meus olhos Viola se desnudava sem receio de ser flagrada, a observava com um sorriso, cativado. Afinal amava cada mulher, elas eram lindas, e adorava saborear cada boca, me perder nelas; era incrível como elas eram únicas. Perfeitas! Analisei cada parte do corpo de Viola antes de a puxar contra meu corpo.
— Você é linda! Não deixe nenhum babaca lhe dizer o contrário.
Sussurrei antes de beijá-la, senti ela sorrir sobre meus lábios antes de aprofundar o beijo. Suas mãos tocavam meu abdômen numa lenta provocação, e então ela embrenhou eles na braguilha da minha calça antes de abaixar o zíper e descer a calça...... A partir dali eu era a minha melhor versão, trabalhando duro em proporcionar a melhor experiência. Pouco me importava o meu prazer, me deleitava em ver a minha droga favorita deliciar-se em frenesi enquanto a tratava como devia. Poderia ser considerado o maior mulherengo daquele lugar, mas isso não significava que as tratava como meros objetos. Elas eram seres únicos! Porque deveria usá-las para alimentar meu ego ao invés de fazê-las se sentirem únicas? Elas mereciam o melhor e era exatamente isso que fazia naquele instante enquanto tinha as coxas fartas de Viola em minha cintura e meu membro dentro dela; os seios medianos estavam em meu campo de visão, minha boca intercalava entre silenciar a garota e dar devida atenção aquela parte tão tentadora que toda mulher possuía...
Estava tão imerso no ato que não notei que havia sido flagrado, os olhos do espectador me lançava algo entre surpresa e repúdio. Pisquei um dos olhos para a pessoa que deixou seu queixo “cair” mediante a ousadia. Mrs. devolveu o livro no lugar, exatamente na estante em que apoiava o corpo de viola, quase tive um ataque de risos, mas não poderia decepcionar a garota que murmurava meu nome enquanto deslizava sem dó suas unhas em minhas costas.
“ Cedo ou tarde eu a terei ! “
— Redecorei esse apartamento e convidei mamãe e papai para um jantar. – Fiorella deu de ombros enquanto analisava seu irmão com cuidado.
Após as aulas se fundarem acabamos seguindo para casa de , o que não esperávamos era ver que seus antigos móveis fossem substituídos por outros completamente diferentes. Fiorella havia feito uma “repaginada” no apartamento de seu irmão. A decoração simplista e notoriamente masculina dera lugar à uma clean e sofisticada. detestava essa parafernália já que vivia em eventos que seus pais o arrastavam; ele possuía um gosto completamente oposto ao seu status por isso adorava viver sozinho só que bastou ele permitir que sua irmã se instalasse por uma semana para que ela fizesse da vida do coitado uma confusão. Suas roupas, apartamento, ele estava realmente furioso com ela. a levou para fora enquanto puxei meu amigo para a cozinha.
— Ela não entende o termo propriedade e privacidade! – Ele soltou bruscamente enquanto fechava suas mãos, cerrando seus pulsos.
— Ellah passa dos limites em algumas coisas. – Concordei enquanto abria a geladeira absurdamente enorme para quem sobrevivia de delivery. — Dessa vez ela transformou seu apartamento num daqueles que seus pais usam como exemplo. – Gargalhei após ver fechar ainda mais a cara, encontrei duas cervejas (um milagre Fiorella deixar algo como isso ali) e entreguei uma a que a abriu automaticamente.
— Havia apenas uma regra! Uma! – Ele cuspiu as palavras enquanto lançava seu olhar por todo o espaço. — Ela poderia ficar contanto que não modificasse nada, não desse uma de Fiorella a decoradora! – Sua insatisfação clara evidenciava o quanto ele realmente estava chateado.
— Deveria ter insistido para ela ficar no Cambridge Palace. – Comentei enquanto levava a garrafa aos lábios, meu humor estava nas alturas por conta da professorinha.
— Me arrependo de não ter feito isso mas caí na chantagem emocional de Hunter. – balançou a cabeça desacreditado. — Como que meu pai me convencera a hospedar a louca da minha irmã?
— Chega disto! Logo que ela se mandar contrate um decorador e ajeite tudo de volta há como era. – Dei de ombros antes de prosseguir. — Não adianta se lamentar pelo leite derramado cara! Já que esta com um humor intragável volto amanhã para lhe contar as pérolas do meu dia... – Soltei a sentença no ar vendo que conseguira a atenção dele, ri de modo divertido.
— O que você aprontou dessa vez ? – virou-se com a curiosidade em seu olhar.
— Lembra do coroa ? – Comentei me prolongando.
— Sim, o que tem ele? Não me diga que ele enfim perdeu a paciência e lhe expulsou da aula. – comentou já com outro humor.
— Ele se aposentou... Essa não é a melhor parte ! – Dei uma pausa dramática em minha fala vendo rolar os olhos.
— Vá logo ao ponto idiota! – resmungou antes de tomar o restante da cerveja.
— A neta dele assumiu o cargo, e meu caro...Quem diria que o coroa tivesse uma beldade daquela na família! – Sorri ao finalizar minha fala vendo meu amigo gargalhar.
— A meta até a formatura é ter todo o corpo docente feminino em sua cama? – Ele arqueou a sobrancelha enquanto sorria divertido.
— Com exceções como Mary, Popper, e todas as senhoras não vejo desvantagem nisso. – Dei de ombros enquanto deixava escapar meu sorriso cafajeste.
— Então era por isso que o senhor estava com a marca vermelha em seu rosto. – apareceu na cozinha enquanto o olhava confuso. Parecendo entender o que ele perguntava logo emendou. — Nosso Don Juan deixou a sala com uma bela mão gravada em sua face esquerda.
— Como você soube disso? – Perguntei curioso.
— Dana e eu estávamos por ali quando avistamos a mulher deixar a sala num rompante e você sair em seguida com a marca da mão dela no rosto. – se sentou numa das banquetas.
— Quando vocês dois vão assumir esse rolo de vocês ? – indagou arqueando a sobrancelha.
— No mesmo dia em que admitir seu amor pela Kayla. – retrucou.
Acabei rindo com a discussão que se iniciou, os dois discutiam sobre não sentir nada além de atração pelas mulheres em questão mas ambos não poderiam estar mais errados...Kayla e Dana eram primas e conheceram os dois baitolas numa das inúmeras festas que frequentávamos e desde então ficam nesse chove não molha.
— Estou indo! Preciso me organizar para provar a certa beldade que sou muito mais que um Don Juan! – Falei mais alto que ambos antes de dar um aceno me despedindo.
Deixei eles discutindo, acenei para Fiorella que agora tagarelava em seu telefone na sacada; e sai dali. Meus pensamentos se encaminhavam em direção a uma certa mulher, cheia de si, mas não menos atraente. Contive um riso enquanto caminhava pela calçada com os olhos no horizonte enquanto a imagem daquela mulher povoava minha mente. Meu apartamento não ficava longe de onde estava, do apartamento do até o meu levava uns quinze minutos, era duas quadras de distância. morava num residencial próximo ao centro então ele sempre reclamava do quanto gastava com a gasolina, como se ele tivesse do que reclamar! Mas era como um ditado: Ricos gostam de ganhar dinheiro e não gastar sem propósitos!
Adentrei o apartamento jogando a mochila para o lado, tirando os sapatos enquanto seguia para a cozinha atrás de uma loira gelada. Abri a garrafa levando-a aos meus lábios enquanto enviava uma mensagem à Sanders; pediria a ele todo conteúdo que Mrs. passasse. Era uma batalha perdida tentar notar qualquer coisa além dela... suspirei me apoiando no beiral da sacada. Mamãe me comeria vivo pelo o que estava planejando fazer.
— Desculpe mama mas preciso honrar meu nome!
.......√.......√.......√.......
Estava completamente fascinado analisando a forma como Mrs. desfilava pelo tablado, explicando algo que não me atentei, seus quadris balançavam deliciosamente em minha frente.... É havia mudado meu lugar para mais perto dela. Fracasso? Perspectiva! Estava a estudando...um dos meus feitos era sempre me atentar as características de cada uma mulher com quem me envolvia. Conhecê-las era essencial e por isso estava ali, atento, observando não só o movimento gracioso dos quadris de minha professora. Havia reparado em pequenos detalhes, detalhes esses que passariam despercebidos caso não fixasse mais de alguns minutos de atenção. Seu rosto possuía sardas, em sua bochecha esquerda um pouco depois do meio dela havia uma covinha. Ela ficava irritada quando alguém a interrompesse no meio de um pensamento, uma veia saltava de modo leve demonstrando a irritação, suas unhas fincavam no material, mão, o que tivesse por perto. Sua postura demonstrava rigidez. Uma mulher que poderia ter sido levada a fora de sua zona de conforto e por isso preferia manter tudo sob seu controle, fui anotando alguns pontos de modo diligente. Estava fazendo uma análise, nunca se deve colocar o time em campo sem um estudo prévio.
Ao fim da aula tinha uma análise mediana. O fato era que não era transparente, bem restritiva mas adorava desafios e ela era o meu maior. Sanders deixou suas anotações em minha mesa antes de rumar para fora. Esperei a sala esvaziar antes de me levantar.
— Então , correto ? – Quebrei o silêncio.
— Somente meus amigos me chamam assim e definitivamente você não é um deles! – , a adorável Mrs. respondeu-me de forma ácida e ao mesmo tempo fria. Tive de conter um sorriso mediante a ação defensiva.
— Estou tentando ser razoável por aqui . – Ergui os braços com falsa inocência e decência.
— Razoável ? Corta essa ! Não sou burra! – Ela me olhou com desdém por cima dos óculos. Aquele olhar...aquela maldita boca rosada! Contive o impulso de me aproximar. Contato físico teria e seria usado em outro momento. — Não sou cega e muito menos idiota. – A voz dela me pegou de surpresa. Acabei sorrindo antes de erguer meus olhos para a imensidão âmbar que era aqueles olhos.
— Seria um crime lhe acusar de tal coisa ... – Saboreei cada palavra as pronunciando de modo aveludado enquanto me aproximava lentamente de sua mesa, sem desviar os olhos dela. — Você usou de palavras indevidas, mas não se preocupe... – Diminui o tom de voz como se fosse contar um segredo. — Não guardo rancor. – Pisquei para ela beijando a mão dela antes de deixar a sala sem mais uma palavra, antes de sair, no entanto, pude ouvir palavras nada belas sendo direcionadas a minha pessoa.
Segui até a biblioteca, afinal teria de focar na matéria longe daquela tentação, a personificação dos meus mais sórdidos desejos...Coloquei as anotações de Sanders à minha frente enquanto retirava meu notebook, peguei a garrafa de água tomando uma longa golada antes de voltar a atenção para a tela à minha frente, os períodos de Gestão Financeira e Diretrizes de produção só iniciariam após algumas horas, o que me permitia tempo me concentrar em não reprovar na matéria que estava longe de compreender devido a nova figura no corpo docente.
Iniciei a transcrever o que Sanders copiara enquanto ouvia uma playlist montada por e , ambos não me permitiriam ouvir algo que não fosse aprovado por eles, ambos diziam que eu tinha péssimo gosto musical. Discordava, porém, amava demais a minha vida para debater sobre música com eles. Segui com dedicação resolvendo e copiando o que estava sendo proposto pela Mrs., estava imerso no conteúdo tratado que me surpreendi com Viola, uma estagiária de TI, sentando ao meu lado e em seguida retirando um dos meus fones, sua mão escorregou pela minha face antes de segurar minha camisa me puxando pelo colarinho até um canto afastado da biblioteca.
— Você tem ignorado os meus telefonemas Martin. – Ela comentou de modo manhoso. Retirei as mãos dela de mim as segurando acima do rosto dela, era cansativo lidar com esse tipo de mulher, mas hoje eu realmente precisava de uma dose para sanar o que ainda não tenho.
— Estive ocupado Vih. – Sussurrei deslizando minha boca pelo pescoço ébano, deslizei meus lábios deforma displicente, lânguido enquanto abaixava uma das minhas mãos, mantendo uma a segurando ali. Com a destra trouxe-a para mais perto enquanto sentia o perfume de lavanda impregnar-me. — Ando com problemas, mas você não quer saber disso. – Sorri antes de beijar ela de forma intensa saboreando o gosto de chocolate e amêndoas, provavelmente o sorvete que vendiam a duas quadras da faculdade. Sorri sobre o beijo ouvindo em seguida ela suspirar quando toquei sua pele por baixo de sua camisa.
— Não desapareça gato. – Ela sussurrou me encarando com seus olhos castanhos. Eram a parte mais encantadora de Viola, porém não estava no clima para enrolação.
Sorri de lado antes de erguê-la em meu colo a prensando contra a estante, deslizei meus lábios pela pele desnuda aspirando a fragrância que ela possuía. Mordisquei seu lóbulo antes de tornar a falar.
— Tire as suas vestes. – Minha voz denunciava a urgência, minha calça jeans começava a incomodar.
Diante meus olhos Viola se desnudava sem receio de ser flagrada, a observava com um sorriso, cativado. Afinal amava cada mulher, elas eram lindas, e adorava saborear cada boca, me perder nelas; era incrível como elas eram únicas. Perfeitas! Analisei cada parte do corpo de Viola antes de a puxar contra meu corpo.
— Você é linda! Não deixe nenhum babaca lhe dizer o contrário.
Sussurrei antes de beijá-la, senti ela sorrir sobre meus lábios antes de aprofundar o beijo. Suas mãos tocavam meu abdômen numa lenta provocação, e então ela embrenhou eles na braguilha da minha calça antes de abaixar o zíper e descer a calça...... A partir dali eu era a minha melhor versão, trabalhando duro em proporcionar a melhor experiência. Pouco me importava o meu prazer, me deleitava em ver a minha droga favorita deliciar-se em frenesi enquanto a tratava como devia. Poderia ser considerado o maior mulherengo daquele lugar, mas isso não significava que as tratava como meros objetos. Elas eram seres únicos! Porque deveria usá-las para alimentar meu ego ao invés de fazê-las se sentirem únicas? Elas mereciam o melhor e era exatamente isso que fazia naquele instante enquanto tinha as coxas fartas de Viola em minha cintura e meu membro dentro dela; os seios medianos estavam em meu campo de visão, minha boca intercalava entre silenciar a garota e dar devida atenção aquela parte tão tentadora que toda mulher possuía...
Estava tão imerso no ato que não notei que havia sido flagrado, os olhos do espectador me lançava algo entre surpresa e repúdio. Pisquei um dos olhos para a pessoa que deixou seu queixo “cair” mediante a ousadia. Mrs. devolveu o livro no lugar, exatamente na estante em que apoiava o corpo de viola, quase tive um ataque de risos, mas não poderia decepcionar a garota que murmurava meu nome enquanto deslizava sem dó suas unhas em minhas costas.
“ Cedo ou tarde eu a terei ! “
Capítulo 3
Assim que adentrei meu apartamento fui recebido pelo delicioso aroma de lasanha. Sorri, isso só poderia significar uma coisa: Dona Helena estava na área! Deixei minha mochila ao lado da porta como de costume, as chaves do carro e o boné pendurei no cabideiro. Segui pelo corredor e avistei meus pais se provocando enquanto mamãe tentava evitar que papa roubasse um pouco. Me encostei no beiral da porta os observando.
Mamãe parecia mais jovem ao lado de papa, seu sorriso aparecia fácil e seus olhos possuíam um brilho único. Me perguntava se um dia teria o que os dois possuíam. Era algo realmente lindo embora difícil de se encontrar. E pensar que ambos teimaram em assumir os sentimentos que possuíam um pelo outro. Casal peculiar, mas era o meu maior exemplo. Mama estava com suas roupas características, vestes elegantes, porém esportivas. Ela não conseguia ficar parada e longe da sua paixão que era praticar esportes! Isso já nos rendera inúmeras situações engraçadas. O blazer estava sob o sofá deixando-a somente com a camiseta cinza facilitando seus movimentos, seus pés estavam descalços revelando que estava de saltos. Já papa estava com seu típico estilo “mafioso”, era uma marca de Gianluca seu estilo único.
Estava a tanto tempo focado nos dois que acabei me assustando quando Jena, mulher do meu irmão mais velho apareceu com Henrico, o bebê mais lindo que já havia visto. Luca apareceu logo em seguida me abraçando e então pigarreamos chamar a atenção deles, parecia que ambos entravam em uma dimensão só deles.
— Bambino! – Mama se aproximou me abraçando apertado. — Gianluca se comer um só pedaço dessa lasanha vou dormir de calça jeans! – Mamãe comentou alto enquanto averiguava minha situação. Todos no recinto acabaram rindo despertando o pequeno Jonas.
— Vocês deviam ter me avisado que viriam! – Comentei antes de dar um beijo na testa de mama.
— Que adereços interessantes figlio. – Papa comentou com humor a respeito das marcas que Viola deixara mais cedo.
— Você ensinou suas artimanhas e olha só o que ele se tornou! – Mama ralhou com papa. — Sua cópia Gianluca .
— O que posso fazer se os são os melhores. – Papa deu de ombros antes de pegar o pequenino.
— Disso não posso discordar. – Jane comentou abraçando Luca. O mesmo deixou um sorriso ladino tomar seus lábios enquanto abraçava a esposa de modo carinhoso.
— Onde estão os gêmeos? Giovane e Graziela? – Perguntei enjoado de tanto romance.
— Viajando como sempre! – Mama rolou os olhos descontente.
— Vamos comer isso antes que papa devore tudo só com os olhos! – Luca comentou divertido enquanto se encaminhava para a mesa já posta junto a Jane.
Rimos enquanto papa brincava com o neto; como um avô babão não deixou que tirassem piccolo de seus braços. As vezes ele conseguia ser mais turrão que mama. O jantar se seguiu animado e agradável. Mama me interrogava sobre a faculdade, se estava cuidando da saúde, me exercitando...coisas básicas de toda mãe. Já papa não perdia a oportunidade de me importunar a respeito das marcas avermelhadas em meu pescoço. Consegui ter uma noite em família, não completa já que os gêmeos não conseguiam se aquietar em nenhum lugar. Tudo o que faziam eram juntos, ambos eram os caçulas e como tal foram os mais mimados e após terminarem o ensino médio resolveram que iriam viajar o mundo inteiro para o desespero de mama; Diovane e Graziela estavam nessa há três anos sem escolherem um lugar para criar raízes. Sempre voltavam em datas comemorativas e especiais, porém dificilmente os víamos fora desses dias. Luca havia se casado alguns anos atrás, como o primogênito estudou e se qualificou para seguir os passos de papa, porém após frequentar as instalações dos clubes de futebol com mama se apaixonou pela área e hoje acabou se tornando técnico, fora num desses tours que ele encontrou Jane, ela era meio-campo de um time sueco e quando os dois se viram foi amor à primeira vista, segundo os dois, Luca e Jane eram casal romântico, que bom italiano não o é?! No entanto ambos sofreram muito para conciliar a careira e o relacionamento. Luca quem tomou a decisão de assumir a liderança da liga masculina de um time da Suécia e com isso fez que tanto o lado profissional quanto o pessoal finalmente se alinhassem.
Como sempre fora apaixonado por negócios escolhi acompanhar papa em tudo, desde viagens à conferências; isso desde muito novo. A admiração que possuía por papa era absurda. Ele tratava mama como uma verdadeira rainha, Graziela era sua princesinha, porém ele sempre tratou seus filhos de modo igual, ele era rígido quando necessário, afetuoso sempre, mas principalmente ele era presente! Nunca deixou de ir a qualquer evento escolar: quer seja apresentação, reunião de pais; papa estava sempre lá! Admirava o caráter dele, ele era o meu herói e mama minha heroína! Ambos eram meus parâmetros. Buscava ser metade do homem que ele era, e buscava encontrar uma mulher como mama. Seria uma tarefa árdua, mas até que ela chegasse provaria os lábios de muitas. Afinal de contas uma vez sempre !
.......√.......√.......√.......
Minha família acabou ficando por umas duas semanas na cidade, e embora os amasse e adorasse passar o tempo com eles , estava quase no fim do semestre e então por vezes acabava esquecendo de fazer um trabalho ou estudar para alguma prova. Até esse ponto havia sido razoável, o desafio estava em ter que apreciar à distância; lançava vez ou outra alguma investida, mas nada agressivo apenas para estudar sua reação. Tendo Gianluca como reforço consegui certos avanços. Havia contado a papa uma versão “um pouco” modificada, porém ele havia sacado que era mentira quando me indagou se tinha certeza de onde estava me metendo.
No entanto não imaginava que quando eles partissem eu sentisse tanta a falta deles; eram um grupo barulhento. Mama sempre estava preparando minhas refeições, minha rotina e realmente havia me acostumado com sua presença durante as duas semanas que ficou na cidade; papa me levava para ter conversas e momentos só nossos no qual tive seu auxílio no desafio de compreender e agir com Mrs.. Luca e eu passamos a semana nos momentos em que mama levava Jane para poder respirar e papa cuidava de Jonas nesse período. Era bom ter meu sobrinho e irmão por perto; sempre fomos muito unidos, porém como tínhamos interesses e aspirações divergentes acabamos nos distanciando, mas bastava ficarmos um ao lado do outro para falarmos por horas à fio.
E agora estava ali, sozinho, com um número brilhando no visor do celular enquanto o coração disparava e não sabia o que fazer. Afinal havia me preparado para todos os cenários menos aquele em que entraria em contato. Deslizei o indicador aceitando a chamada antes de colocar o aparelho no ouvido.
— Sim ? – Atendi a ligação com a voz calma, porém explodia em excitação.
— Martin... – A voz de Mrs. estava baixa porém firme. — O que quer de mim?
— .... – Iniciei, porém, fui interrompido por ela.
— Já lhe disse à respeito sobre me chamar assim! – Sua voz demonstrava que estava seguindo um rumo desagradável.
— Professora . – Salientei antes de prosseguir, meu tom aveludado buscava acalmá-la. — Não é sobre ter algo de você. É sobre querer conhecê-la verdadeiramente.
— Você sabe que isso é impossível. – Ela logo disparou.
— Você se prende a desculpas. – Confrontei. — Olha eu não estou atrás de você apenas por interesse físico. – Era um dos pontos necessários deixar claro. — Não completamente, mas mais que isso, quero descobrir suas comidas favoritas, quais são seus hobbies...– Novamente fui interrompido por ela.
— Você está se ouvindo ? – Ela questionou incrédula.
— Onde você mora? – A respondi com outra pergunta.
— Como assim? – Ela respondeu confusa.
— Estou indo até você, se for necessário provarei minha sinceridade com meus atos. Então Mrs. me diga onde está que estou a caminho. – Enquanto falava com trancava a porta do apartamento e descia até a garagem.
— Estou no Blackburn's. – Ela respondeu por fim.
— Chego em cinco minutos. – Respondi com firmeza enquanto ligava o carro.
Desliguei a chamada, sentia a adrenalina percorrer minhas veias enquanto seguia para fora do prédio. Enfim estaria avançando. Enfim poderia dar o primeiro avanço físico com ela, mas antes teria de ser cuidadoso. Não queria estragar as coisas antes de fato conhecê-la!
As ruas da cidade pareciam longas demais, havia pouco trânsito no entanto mas tudo parecia diferente. A antecipação, a ânsia...eu realmente estava completamente vidrado nela...
Atualmente........
Me levantei e espanei a grama que grudou em minhas vestes; joguei a garrafa contra a árvore mais próxima soltando um grito frustrado. Desde que aquela mulher tinha entrado em minha vida eu havia entrado em uma sinuca de bico. De caçador a caça!
— Malledeta !
Gritei enquanto caia ajoelhado, os olhos âmbar ainda estavam gravados em minha memória e aqueles lábios...Eu odiava como estava tão refém da presença dela, chegava a ser loucura como estava rendido. Enquanto ela colocava muralhas, erguia muros atrás de muros; empecilhos! Um dia estava em minha cama e no outro era uma megera fria!
— Mas que droga! Se ajeite !
Dei um tapa na minha cara, passei minhas mãos pelos meus cabelos frustrado. Acabei rindo da minha situação. Minha camisa estava aberta revelando meu abdômen marcado por ELA!
— É , você provou da ambrosia proibida meu caro.
Gargalhei sem humor e fechei a camisa, abotoando um por um os botões. Peguei o telefone encontrando algumas/inúmeras ligações perdidas de meus dois melhores amigos. Deveriam ter me ligado enquanto intercalavam na direção do som.
Mandei uma mensagem avisando-os que estava bem porém não no clima de curtir a festa. Caminhei entre as árvores desfrutando dos poucos momentos de silêncio antes de retornar para a agitação, passei entre as pessoas cumprimentando alguns conhecidos pelo caminho. Me direcionei até meu carro e logo dando partida. Tinha que por um ponto final.
Dirigi pelas ruas como um louco. Estava enfim acabar com aquela loucura! Estava fadado ao apenas dar meu coração àquela mulher?! Enquanto carros e mais carros passavam por mim mais perdido ficava. Aquele momento me levava ao exato em que a me ligara.
“ Oh sim! Aquela noite havia sido épica! ”
Lembrava do gosto daqueles tentadores lábios. Eram uma mistura de Blue Lagon com Dry Martine. Oh sim! Mrs. era uma excelente festeira. Sua pose formal escondia a mulher libertina e me envolver com ela... como havia me deixado afundar tanto nessa relação?!
Eu a tive tantas vezes, em tantos lugares mas como seu coração vazio me dispensava após gritar meu nome em seu ápice!
Ela era dona de se mesma e eu mais um mero acompanhante. Parei bruscamente o carro na orla da praia e sai dele de modo tempestivo. Digitei o tão conhecido número antes de ouvir à voz!
— Fui bem clara quanto a ligações nesse horário ! — atendeu de forma irritada. Sorri sabendo a expressão que a tomava. Ela estaria vestindo sua camisola de cetim, preta ou azul, talvez até a vermelha, porém eu não descobriria. Ela estaria linda como sempre esteve!
— É um adeus . — Me sentei na areia enquanto observava o mar. A lua era perfeitamente refletida nas águas calmas.
— São 3 da manhã. Do que está falando? — Ela indagou confusa, porém irritada, ouvia seus passos apresados. Talvez faria uma xícara de café?
— Apenas me faça concluir o semestre e eu lhe deixarei em paz. — Falei de modo calmo embora por dentro estivesse quebrando pouco a pouco.
— Seja mais claro por favor? Não o estou entendendo. — Sua voz estava mais alta. Já podia vislumbrar seu cenho franzido enquanto passava a mão pelo cabelo num misto de confusão e raiva. Tão bela!
— Estou acabando com isso seja lá o que temos ! — Suspirei batendo o punho na areia. — Você terá enfim a paz que me acusa de lhe tirar. Não mais estarei em seu caminho.
— Sua carta de alforria? — Ela soou temerosa.
— Algo do tipo. — Senti uma lágrima solitária escorrer por minha face. Prontamente a sequei. — Te vejo na segunda para pegar a declaração final Mrs. . — Desliguei a chamada jogando o telefone para longe.
Me levantei e chutei a areia debaixo de meus pés. A maresia tocava minha face, porém não sentia paz! Estava muito longe disso!
Estava no lugar onde tudo havia começado!
No exato local!
O farol estava à poucos metros de mim e naquele instante ele pareceu mórbido, solitário. Sorri amargo antes de pegar o telefone e entrar em meu carro dirigindo para longe daquela cidade.
Deixaria que meus instintos me guiassem, afinal um homem nunca deixa o destino agir! Ele faz a ação antes!
Não me contendo acabei na cidade vizinha em frente à casa dos . Estacionei de qualquer jeito o carro antes de sair correndo até a porta. Toquei a campainha insistentemente. Sentia que poderia acordar o quarteirão. Antes que pudesse processar algo abriu a porta. Vermelha! Ela usava a minha favorita! Deixei meus olhos percorrem aquela linda mulher antes de tornar a fixar em seus olhos.
— Não acabou de me lig... — A interrompi.
— Sim, sim acabei porém me dei conta que sem você sou como aquele farol. Mórbido. Solitário. Infeliz! — Respirei fundo me aproximando lentamente dela. — Pode parecer loucura um cara como eu me apaixonar... até mesmo eu me questiono, porém você me tragou, envolveu, me inebriou ao ponto de estar perdido em você. Suas curvas, seu intelecto! A forma que sempre me questiona se algo que usa está de fato bom quando na realidade tudo fica incrível em você! Eu amo cada pequena coisa em você, seu sorriso, seu sarcasmo... — Ri enquanto colocava uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. — Não me importo com regras...coloque-as até o ponto de se sentir confortáveis e quebrar a barreira. Estou aqui e assim permanecerei porque você é quem eu amo.
Sem esperar qualquer resposta a tomei em meus braços. Estava louco de saudades dela! A vira uma semana atrás por conta do feriado e os problemas que tivera de resolver. Mas ali, naquele instante, nada mais importava. O que seria de amanhã? Bem, a cada dia basta a sua preocupação. E naquela noite, a amaria mais uma vez. Prestaria reverência a cada pedacinho dela.
Mamãe parecia mais jovem ao lado de papa, seu sorriso aparecia fácil e seus olhos possuíam um brilho único. Me perguntava se um dia teria o que os dois possuíam. Era algo realmente lindo embora difícil de se encontrar. E pensar que ambos teimaram em assumir os sentimentos que possuíam um pelo outro. Casal peculiar, mas era o meu maior exemplo. Mama estava com suas roupas características, vestes elegantes, porém esportivas. Ela não conseguia ficar parada e longe da sua paixão que era praticar esportes! Isso já nos rendera inúmeras situações engraçadas. O blazer estava sob o sofá deixando-a somente com a camiseta cinza facilitando seus movimentos, seus pés estavam descalços revelando que estava de saltos. Já papa estava com seu típico estilo “mafioso”, era uma marca de Gianluca seu estilo único.
Estava a tanto tempo focado nos dois que acabei me assustando quando Jena, mulher do meu irmão mais velho apareceu com Henrico, o bebê mais lindo que já havia visto. Luca apareceu logo em seguida me abraçando e então pigarreamos chamar a atenção deles, parecia que ambos entravam em uma dimensão só deles.
— Bambino! – Mama se aproximou me abraçando apertado. — Gianluca se comer um só pedaço dessa lasanha vou dormir de calça jeans! – Mamãe comentou alto enquanto averiguava minha situação. Todos no recinto acabaram rindo despertando o pequeno Jonas.
— Vocês deviam ter me avisado que viriam! – Comentei antes de dar um beijo na testa de mama.
— Que adereços interessantes figlio. – Papa comentou com humor a respeito das marcas que Viola deixara mais cedo.
— Você ensinou suas artimanhas e olha só o que ele se tornou! – Mama ralhou com papa. — Sua cópia Gianluca .
— O que posso fazer se os são os melhores. – Papa deu de ombros antes de pegar o pequenino.
— Disso não posso discordar. – Jane comentou abraçando Luca. O mesmo deixou um sorriso ladino tomar seus lábios enquanto abraçava a esposa de modo carinhoso.
— Onde estão os gêmeos? Giovane e Graziela? – Perguntei enjoado de tanto romance.
— Viajando como sempre! – Mama rolou os olhos descontente.
— Vamos comer isso antes que papa devore tudo só com os olhos! – Luca comentou divertido enquanto se encaminhava para a mesa já posta junto a Jane.
Rimos enquanto papa brincava com o neto; como um avô babão não deixou que tirassem piccolo de seus braços. As vezes ele conseguia ser mais turrão que mama. O jantar se seguiu animado e agradável. Mama me interrogava sobre a faculdade, se estava cuidando da saúde, me exercitando...coisas básicas de toda mãe. Já papa não perdia a oportunidade de me importunar a respeito das marcas avermelhadas em meu pescoço. Consegui ter uma noite em família, não completa já que os gêmeos não conseguiam se aquietar em nenhum lugar. Tudo o que faziam eram juntos, ambos eram os caçulas e como tal foram os mais mimados e após terminarem o ensino médio resolveram que iriam viajar o mundo inteiro para o desespero de mama; Diovane e Graziela estavam nessa há três anos sem escolherem um lugar para criar raízes. Sempre voltavam em datas comemorativas e especiais, porém dificilmente os víamos fora desses dias. Luca havia se casado alguns anos atrás, como o primogênito estudou e se qualificou para seguir os passos de papa, porém após frequentar as instalações dos clubes de futebol com mama se apaixonou pela área e hoje acabou se tornando técnico, fora num desses tours que ele encontrou Jane, ela era meio-campo de um time sueco e quando os dois se viram foi amor à primeira vista, segundo os dois, Luca e Jane eram casal romântico, que bom italiano não o é?! No entanto ambos sofreram muito para conciliar a careira e o relacionamento. Luca quem tomou a decisão de assumir a liderança da liga masculina de um time da Suécia e com isso fez que tanto o lado profissional quanto o pessoal finalmente se alinhassem.
Como sempre fora apaixonado por negócios escolhi acompanhar papa em tudo, desde viagens à conferências; isso desde muito novo. A admiração que possuía por papa era absurda. Ele tratava mama como uma verdadeira rainha, Graziela era sua princesinha, porém ele sempre tratou seus filhos de modo igual, ele era rígido quando necessário, afetuoso sempre, mas principalmente ele era presente! Nunca deixou de ir a qualquer evento escolar: quer seja apresentação, reunião de pais; papa estava sempre lá! Admirava o caráter dele, ele era o meu herói e mama minha heroína! Ambos eram meus parâmetros. Buscava ser metade do homem que ele era, e buscava encontrar uma mulher como mama. Seria uma tarefa árdua, mas até que ela chegasse provaria os lábios de muitas. Afinal de contas uma vez sempre !
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Minha família acabou ficando por umas duas semanas na cidade, e embora os amasse e adorasse passar o tempo com eles , estava quase no fim do semestre e então por vezes acabava esquecendo de fazer um trabalho ou estudar para alguma prova. Até esse ponto havia sido razoável, o desafio estava em ter que apreciar à distância; lançava vez ou outra alguma investida, mas nada agressivo apenas para estudar sua reação. Tendo Gianluca como reforço consegui certos avanços. Havia contado a papa uma versão “um pouco” modificada, porém ele havia sacado que era mentira quando me indagou se tinha certeza de onde estava me metendo.
No entanto não imaginava que quando eles partissem eu sentisse tanta a falta deles; eram um grupo barulhento. Mama sempre estava preparando minhas refeições, minha rotina e realmente havia me acostumado com sua presença durante as duas semanas que ficou na cidade; papa me levava para ter conversas e momentos só nossos no qual tive seu auxílio no desafio de compreender e agir com Mrs.. Luca e eu passamos a semana nos momentos em que mama levava Jane para poder respirar e papa cuidava de Jonas nesse período. Era bom ter meu sobrinho e irmão por perto; sempre fomos muito unidos, porém como tínhamos interesses e aspirações divergentes acabamos nos distanciando, mas bastava ficarmos um ao lado do outro para falarmos por horas à fio.
E agora estava ali, sozinho, com um número brilhando no visor do celular enquanto o coração disparava e não sabia o que fazer. Afinal havia me preparado para todos os cenários menos aquele em que entraria em contato. Deslizei o indicador aceitando a chamada antes de colocar o aparelho no ouvido.
— Sim ? – Atendi a ligação com a voz calma, porém explodia em excitação.
— Martin... – A voz de Mrs. estava baixa porém firme. — O que quer de mim?
— .... – Iniciei, porém, fui interrompido por ela.
— Já lhe disse à respeito sobre me chamar assim! – Sua voz demonstrava que estava seguindo um rumo desagradável.
— Professora . – Salientei antes de prosseguir, meu tom aveludado buscava acalmá-la. — Não é sobre ter algo de você. É sobre querer conhecê-la verdadeiramente.
— Você sabe que isso é impossível. – Ela logo disparou.
— Você se prende a desculpas. – Confrontei. — Olha eu não estou atrás de você apenas por interesse físico. – Era um dos pontos necessários deixar claro. — Não completamente, mas mais que isso, quero descobrir suas comidas favoritas, quais são seus hobbies...– Novamente fui interrompido por ela.
— Você está se ouvindo ? – Ela questionou incrédula.
— Onde você mora? – A respondi com outra pergunta.
— Como assim? – Ela respondeu confusa.
— Estou indo até você, se for necessário provarei minha sinceridade com meus atos. Então Mrs. me diga onde está que estou a caminho. – Enquanto falava com trancava a porta do apartamento e descia até a garagem.
— Estou no Blackburn's. – Ela respondeu por fim.
— Chego em cinco minutos. – Respondi com firmeza enquanto ligava o carro.
Desliguei a chamada, sentia a adrenalina percorrer minhas veias enquanto seguia para fora do prédio. Enfim estaria avançando. Enfim poderia dar o primeiro avanço físico com ela, mas antes teria de ser cuidadoso. Não queria estragar as coisas antes de fato conhecê-la!
As ruas da cidade pareciam longas demais, havia pouco trânsito no entanto mas tudo parecia diferente. A antecipação, a ânsia...eu realmente estava completamente vidrado nela...
Atualmente........
Me levantei e espanei a grama que grudou em minhas vestes; joguei a garrafa contra a árvore mais próxima soltando um grito frustrado. Desde que aquela mulher tinha entrado em minha vida eu havia entrado em uma sinuca de bico. De caçador a caça!
— Malledeta !
Gritei enquanto caia ajoelhado, os olhos âmbar ainda estavam gravados em minha memória e aqueles lábios...Eu odiava como estava tão refém da presença dela, chegava a ser loucura como estava rendido. Enquanto ela colocava muralhas, erguia muros atrás de muros; empecilhos! Um dia estava em minha cama e no outro era uma megera fria!
— Mas que droga! Se ajeite !
Dei um tapa na minha cara, passei minhas mãos pelos meus cabelos frustrado. Acabei rindo da minha situação. Minha camisa estava aberta revelando meu abdômen marcado por ELA!
— É , você provou da ambrosia proibida meu caro.
Gargalhei sem humor e fechei a camisa, abotoando um por um os botões. Peguei o telefone encontrando algumas/inúmeras ligações perdidas de meus dois melhores amigos. Deveriam ter me ligado enquanto intercalavam na direção do som.
Mandei uma mensagem avisando-os que estava bem porém não no clima de curtir a festa. Caminhei entre as árvores desfrutando dos poucos momentos de silêncio antes de retornar para a agitação, passei entre as pessoas cumprimentando alguns conhecidos pelo caminho. Me direcionei até meu carro e logo dando partida. Tinha que por um ponto final.
Dirigi pelas ruas como um louco. Estava enfim acabar com aquela loucura! Estava fadado ao apenas dar meu coração àquela mulher?! Enquanto carros e mais carros passavam por mim mais perdido ficava. Aquele momento me levava ao exato em que a me ligara.
Lembrava do gosto daqueles tentadores lábios. Eram uma mistura de Blue Lagon com Dry Martine. Oh sim! Mrs. era uma excelente festeira. Sua pose formal escondia a mulher libertina e me envolver com ela... como havia me deixado afundar tanto nessa relação?!
Eu a tive tantas vezes, em tantos lugares mas como seu coração vazio me dispensava após gritar meu nome em seu ápice!
Ela era dona de se mesma e eu mais um mero acompanhante. Parei bruscamente o carro na orla da praia e sai dele de modo tempestivo. Digitei o tão conhecido número antes de ouvir à voz!
— Fui bem clara quanto a ligações nesse horário ! — atendeu de forma irritada. Sorri sabendo a expressão que a tomava. Ela estaria vestindo sua camisola de cetim, preta ou azul, talvez até a vermelha, porém eu não descobriria. Ela estaria linda como sempre esteve!
— É um adeus . — Me sentei na areia enquanto observava o mar. A lua era perfeitamente refletida nas águas calmas.
— São 3 da manhã. Do que está falando? — Ela indagou confusa, porém irritada, ouvia seus passos apresados. Talvez faria uma xícara de café?
— Apenas me faça concluir o semestre e eu lhe deixarei em paz. — Falei de modo calmo embora por dentro estivesse quebrando pouco a pouco.
— Seja mais claro por favor? Não o estou entendendo. — Sua voz estava mais alta. Já podia vislumbrar seu cenho franzido enquanto passava a mão pelo cabelo num misto de confusão e raiva. Tão bela!
— Estou acabando com isso seja lá o que temos ! — Suspirei batendo o punho na areia. — Você terá enfim a paz que me acusa de lhe tirar. Não mais estarei em seu caminho.
— Sua carta de alforria? — Ela soou temerosa.
— Algo do tipo. — Senti uma lágrima solitária escorrer por minha face. Prontamente a sequei. — Te vejo na segunda para pegar a declaração final Mrs. . — Desliguei a chamada jogando o telefone para longe.
Me levantei e chutei a areia debaixo de meus pés. A maresia tocava minha face, porém não sentia paz! Estava muito longe disso!
Estava no lugar onde tudo havia começado!
No exato local!
O farol estava à poucos metros de mim e naquele instante ele pareceu mórbido, solitário. Sorri amargo antes de pegar o telefone e entrar em meu carro dirigindo para longe daquela cidade.
Deixaria que meus instintos me guiassem, afinal um homem nunca deixa o destino agir! Ele faz a ação antes!
Não me contendo acabei na cidade vizinha em frente à casa dos . Estacionei de qualquer jeito o carro antes de sair correndo até a porta. Toquei a campainha insistentemente. Sentia que poderia acordar o quarteirão. Antes que pudesse processar algo abriu a porta. Vermelha! Ela usava a minha favorita! Deixei meus olhos percorrem aquela linda mulher antes de tornar a fixar em seus olhos.
— Não acabou de me lig... — A interrompi.
— Sim, sim acabei porém me dei conta que sem você sou como aquele farol. Mórbido. Solitário. Infeliz! — Respirei fundo me aproximando lentamente dela. — Pode parecer loucura um cara como eu me apaixonar... até mesmo eu me questiono, porém você me tragou, envolveu, me inebriou ao ponto de estar perdido em você. Suas curvas, seu intelecto! A forma que sempre me questiona se algo que usa está de fato bom quando na realidade tudo fica incrível em você! Eu amo cada pequena coisa em você, seu sorriso, seu sarcasmo... — Ri enquanto colocava uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. — Não me importo com regras...coloque-as até o ponto de se sentir confortáveis e quebrar a barreira. Estou aqui e assim permanecerei porque você é quem eu amo.
Sem esperar qualquer resposta a tomei em meus braços. Estava louco de saudades dela! A vira uma semana atrás por conta do feriado e os problemas que tivera de resolver. Mas ali, naquele instante, nada mais importava. O que seria de amanhã? Bem, a cada dia basta a sua preocupação. E naquela noite, a amaria mais uma vez. Prestaria reverência a cada pedacinho dela.
Fim?
Nota da autora: Não fiquem confusos! Essa é apenas uma base do vai ser de fato a história.
Espero que tenham gostado. Fiz com carinho e dedicação.
Quero agradecer a minha irmã Nick, você é incrível! A Carol Mioto pela paciência e por ser maravilhosa em todo o seu suporte.
E quero agradecer vocês leitores que chegaram até aqui.
Muito obrigada.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Espero que tenham gostado. Fiz com carinho e dedicação.
Quero agradecer a minha irmã Nick, você é incrível! A Carol Mioto pela paciência e por ser maravilhosa em todo o seu suporte.
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