“You know I'll be
Your life, your voice your reason to be
My love, my heart
Is breathing for this
Moments in time
I'll find the words to say
Before you leave me today”
Shut the door, turn the light off
I wanna be with you
I wanna feel your love
I wanna lay beside you
I can not hide this even though I try
A luz machucou os meus olhos mais uma vez quando abri os olhos naquela manhã cinzenta, outra vez. Eu só queria não ter que acordar para não ser atingindo pela realidade cruel assim que abrisse os olhos.
O gosto amargo do álcool ainda estava na minha língua, e eu só queria que aquela sensação horrível sumisse do meu peito, eu só queria que parasse doer tanto. Já tinham se passado três longas semanas e eu ainda estava me escondendo, fugindo como um covarde, assim como na primeira vez.
Eu sabia que ela não merecia o que eu estava fazendo, mas eu sentia tanto medo, não conseguia entender como aquilo tinha acontecido justo com a gente... Com ela.
Sentei-me na cama esfreguei o rosto nas mãos aflito irritado, eram tantos sentimentos em um só. Não consigo entender como ela pode ver algo de bom em mim, eu era um covarde, desde o início eu fui...
Flashback on
Eu andei apressado pelos corredores da faculdade para variar eu estava atrasado de novo, se Kelly me visse agora com certeza estaria rindo de mim. Por sorte ou azar os corredores estavam vazios, então aproveitei para puxar o trabalho que eu já deixaria na mesa do senhor McVoy assim que entrasse na sala.
Mas antes que eu fizesse qualquer coisa eu me choquei com força com alguém e tanto eu como a outra pessoa parar no chão.
- Que merda!
A voz suave e levemente irritada me fez levantar os olhos para a dona dela e... Meu Deus do céu. Aquela garota era tão linda que eu mal podia acreditar que ela existia, ou, talvez eu estivesse alucinando.
- Você não olha por onde anda idiota? – perguntou furiosa, levantando-se do chão assim como eu.
- Desculpe... É que eu não vi você, eu sinto muito.
Eu não conseguia parar de olhá-la.
- Sente muito – repetiu, ajeitando o cabelo curto – Quer saber, vai para o inferno.
Fiquei ali parado olhando-a curioso enquanto ela ia embora furiosa e resmungando com certeza me xingando de vários palavrões possíveis, e talvez até me amaldiçoando.
Balancei a cabeça negativamente rindo da situação e voltei a seguir o caminho até a sala agora tomando o maior cuidado possível.
(...)
Já fazia quase meia hora que eu estava ali sentado observando a garota que trombei no corredor, ela estava concentrada em algo que via no celular e pela sua expressão não parecia ser algo bom.
Desde o dia em que a vi pela primeira vez que eu não conseguia tirar aqueles olhos da minha cabeça, talvez eu estivesse ficando maluco, mas eu estava completamente encantado por ela. É idiota eu sei, principalmente pela forma como ela me tratou.
Ela finalizou a ligação prendeu os cabelos curtos nos dedos, tinha alguma coisa errada, mas eu não podia simplesmente ir até lá e me intrometer na vida dela.
- Louis! Ainda de olho na garota? - Harry meu amigo perguntou ao sentar- se ao meu lado na lanchonete da faculdade.
- Pois é - suspirei cansado - Eu sei lá, tem alguma coisa nela que me deixou...
- Idiota? - sugeriu ele num tom divertido, eu ri empurrando com meu ombro.
- Você não entende - balancei a cabeça negativamente, meus olhos não conseguiam deixá-la.
- O que eu entendo, Tomlinson, é que você é um covarde que não vai atrás da garota.
- Eu sei. Bom, é melhor eu ir tenho muita coisa pra fazer - avisei me levantando.
- Você vai ao luau da Virginia hoje à noite, certo? - quis saber levantando-se também.
- Não vou prometer - murmurei.
- Ah! Qual é, Louis? - reclamou – Vamos, vai ser divertido, além do que eu ouvi dizer que a sua garota vai estar lá - disse passando um dos braços por meus ombros, procurei a garota sentada a poucos metros de mim, agora ela conversava com uma outra garota que eu não fazia ideia de quem pudesse ser.
- Tudo bem, eu vou - aceitei minha derrota, não que eu estivesse reclamando, claro.
- É assim que se fala, cara - Harry me deu alguns tapinhas nas costas rindo feito um idiota.
Estava decidido então eu iria a essa festa.
Flashback off
Heart beats harder
Time escapes me
Trembling hands touch skin
It makes this harder
And the tears stream down my face
Talvez eu devesse ter ficado em casa naquele dia, como eu pretendia fazer, e não ter escutado Harry como eu fiz, e assim eu não teria me apaixonado por ela, tão rapidamente. Mas eu sei que nada disso teria dado certo, aquela noite era para ter acontecido, ela era par ter sido minha e nada do que eu fizesse poderia mudar algo, na verdade não tinha como eu não ter me apaixonado por ela desde o nosso acidente no corredor.
Aqueles lindos e brilhantes olhos castanhos, como eu poderia não amar aqueles olhos, como eu poderia não amar aquela garota?
Flashback on
Eu detestava areia principalmente quando ela grudava no meu pé, em meus dedos era irritante, porém o motivo de estar ali poderia valer a pena se a garota não quisesse me matar quando eu me aproximasse.
Assim que cheguei logo encontrei Harry e nós nos juntamos a outros amigos, a festa estava bem legal para dizer a verdade, mas já fazia algum tempo que eu estava ali e nada da garota. Resolvi me afastar um pouco de todo aquele barulho que só estava me dando dor de cabeça, eu nunca fui bom para essas coisas e apesar de odiar areia eu resolvi caminhar um pouco para relaxar colocar os pensamentos em ordem e talvez pensar em alguma maneira de me desculpar com a garota na segunda.
Depois de alguns minutos caminhando e aos poucos perdendo o som daquela música eletrônica irritante aos poucos, comecei até a gostar do silêncio e do som das ondas, mas foi algo na areia a alguns metros de mim, ou melhor, alguém sentado na areia que realmente tomou minha atenção e quanto mais eu me aproximava mais eu me sentia um filho da puta idiota e sortudo do planeta. Bom, talvez eu não precisasse esperar até segunda para me desculpar.
Era ela.
Tomei coragem antes que eu desistisse e continuei caminhando em direção a ela, meu coração parecia querer sair correndo desesperado, meu Deus eu era mesmo um covarde. Ela não tinha percebido minha aproximação.
- Oi – falei me fazendo ser notado ali. Ela virou o rosto pra mim, seus lindos olhos castanhos me analisaram por longos segundos antes de abrir um sorriso pra mim.
- Ah! Olá, senhor desastrado – ela disse gentil e divertida – Pelo jeito não sou só eu que não está curtindo essa festinha – continuou.
- É. Eu não sou muito disso – comentei apontando para a festa que corria solta atrás de mim.
- É, eu também não – sorriu outra vez – Senta aí – mandou e eu a obedeci prontamente sentando-me ao seu lado ela ainda tinha aquele sorriso quando esticou uma das mãos pra mim – .
- Louis – apertei sua mão macia – Tomlinson.
- Então, Tomlinson, o que veio fazer aqui se não gosta de festas? – quis saber curiosa.
- Meu amigo insistiu para que eu viesse – contei, eu tinha vindo só para poder vê-la esse era o único motivo, mas eu era covarde demais para simplesmente admitir.
- Uhm! Acho que não, Tomlinson, acho que veio por causa de alguma garota – rebateu esperta.
Pigarreei nervoso.
- Claro que não – menti descaradamente.
riu baixo assentindo, talvez aceitando minha desculpa.
- Ok – disse. Então voltou a olhar para o mar a nossa frente, deixando o silêncio entre nós, eu era mesmo um idiota.
- Er... Mas e você... Por que veio se também não gosta? – quebrei o silêncio.
respirou fundo, antes de me responder.
- Eu estava precisando respirar e pensar um pouco – murmurou – A proposito, Tomlinson – me olhou - Me desculpe por aquele dia no corredor, eu estava tendo um dia péssimo e descontei no primeiro que cruzou o meu caminho.
- Não se preocupe, eu também sou muito atrapalhado – ri.
- Certo, então o que você estuda?
- Música.
- Nossa! Sério? – ela arregalou os olhos, assenti – Que máximo! Canta alguma coisa para ver se sua voz é boa mesmo – pediu me desafiando.
- Ok – vasculhei uma música legal na minha mente. Pigarreei antes de começar – Beauty queen of only eighteen, She had some trouble with herself, He was always there to help her, She always belonged to someone else.
arregalou os olhos surpresa e quando eu parei envergonhado, ela bateu palmas e riu com euforia.
Deus, a risada dela era maravilhosa.
- Uau! Tomlinson, amei a sua voz e amei a música é a minha favorita – disse – Vou gravar você cantando – brincou.
Balancei a cabeça negativamente, queimando de vergonha.
- Oh meu Deus! Você ficou com vergonha – riu ainda mais ao me descobrir.
- Claro que não – menti evitando olhá-la.
- Está sim – retrucou – E quer saber, Tomlinson? Adorei você com vergonha.
Voltei meus olhos para ela, seus lindos e brilhantes olhos castanhos sorriam para mim, e foi ali que eu soube que estava apaixonado.
Flashback Off
If we could only have this life for one more day
If we could only turn back time Eu me apaixonei tão depressa por aquela garota, mas como não iria, é perfeita.
Depois daquela festa, sempre que nos encontrávamos nos corredores, na lanchonete da faculdade, ou em qualquer lugar, nós sempre conversávamos por muito tempo sobre coisas aleatórias até percebermos que tínhamos passado da hora, ela ria alto demais chamando a atenção de todos a nossa volta. Ela era maravilhosa, eu adoro tudo nela.
Começamos a passar tanto tempo juntos depois de algumas semanas que eu simplesmente e mesmo que eu quisesse não conseguiria de jeito nenhum me afastar daquela garota linda.
Era fácil fazê-la rir, eu ficava embriagado cada vez que ela se aproximava, eu amo a mania que ela de te olhar nos olhos, e de ficar tão perto, e assim que eu a beijei pela primeira vez...
Flashback On
Eu não conseguia parar de ouvir aquela música desde que ela havia dito que era a sua favorita, estava me deixando idiota. Quero dizer um pouco mais idiota.
Estava tão concentrado na canção que nem ao menos percebi ela se aproximar.
- Tomlinson!
Ela sorria, assim como seus olhos castanhos.
- ! Oi – pausei a música e sorri para ela.
- Ouvindo minha música? – perguntou, sentou-se ao meu lado.
- Eu também gosto dessa música sabia? – indaguei – A propósito... O que faz aqui a essa hora?
nunca chegava cedo as terças-feiras.
- Não tinha nada para fazer – deu de ombros – E também senti sua falta.
Foi tão espontâneo, meu coração deu um solavanco.
- Ei, o que você fez nesse cabelo maluco? – ela se aproximou franzindo as sobrancelhas – Gostei do que fez.
Ela levantou uma das mãos e tocou meu cabelo, mas eu estava olhando para ela feito idiota. Os lábios vermelhos e tão convidativos e tão perto dos meus.
Não seja covarde, Louis!
Fui tomado pelo impulso, eu a beijei sem pensar duas vezes. Por um segundo não estávamos mais ali. Foi um beijo curto, parei ao perceber que ela estava imóvel me olhando surpresa.
Merda, eu estraguei tudo.
- Ah... eu... Me desculpe – me desesperei.
Ela sorriu tímida, tocou os lábios e voltou a se aproximar.
- Pensei que nunca faria isso, Tomlinson – murmurou com aquele sorriso – agora – travesso nos lábios antes de juntar nossas bocas e mesmo surpreso e incrédulo eu retribuí o beijo dela.
Flashback Off
Eu ainda consigo sentir a macies a intensidade e o gosto do beijo dela. Daquele dia em diante ela simplesmente grudou em mim, e eu não permiti que ela fosse embora mais.
Desde o primeiro instante em que eu esbarrei nela eu soube que era a garota da minha vida, e esse fato foi confirmando-se a cada dia em passamos juntos, conheci os pais dela um mês depois assim como ela conheceu os meus também, me lembro que fiquei morrendo de medo do pai dela, o senhor era linha dura, mas aos poucos fui ganhando a confiança dele.
e minha mãe pareciam amigas de infância, quase não acreditei quando vi as duas combinando uma saída juntas. Eu realmente não tinha do que reclamar da minha vida com , ela era uma garota maravilhosa, gentil, carismática e feliz ela fez amizade com todos os meus amigos Harry e ela pareciam se conhecer a anos e isso ás vezes me dava ciúmes, mas ela com aquele jeitinho meigo e perfeito me fazia amá-la ainda mais.
Cada momento que vivemos era tão especial, eu quis sempre fazê-la feliz e que todos os instantes maravilhosos e inesquecíveis para ela, todos os beijos, os abraços os carinhos... Eu sou completamente dela, fomos um do outro no mesmo lugar em que ela me deu o sorriso mais lindo, com o mar e o entardecer como testemunha do nosso amor.
Flashback On
parecia uma criança correndo de um lado para o outro na areia e brincando com a água jogando-a para cima e eu me divertia a ajudando com os dois aproveitando cada chance que tinha para abraça-la e beijá-la o cheiro daquela garota me deixava maluco. O sol estava se pondo e o lugar que escolhemos para ficarmos mais à vontade estava deserto, assim como tinha pedido.
Ela conseguia se soltar de mim e correu para aonde as nossas coisas estavam e se deitou na areia sob a minha camisa, corri para ela cobrindo seu corpo com o meu sustendo meu peso nas mãos apoiadas de cada lado do seu corpo na areia.
- Fugindo de mim, é? – perguntei baixo.
- Eu? Imagina, Tomlinson – fingiu-se inocente me fazendo rir.
- , você não me engana – insisti me aproximando de sua boca.
- Eu juro que não estava fugindo – mordeu o lábio. Suspirei, ultimamente ficar assim tão perto dela estava sendo bem difícil para eu me controlar, estávamos a quase seis meses juntos e eu nunca tinha sentido um desejo tão grande como agora e para piorar ela não estava facilitando a minha vida, ficava me provocando a todo instante e dando indiretas sempre que podia – Bobo.
- Linda.
Ela fechou os olhos sorrindo, eu amava aquele sorriso.
- Eu adoro você – sussurrou, abriu os olhos e eles brilhavam ainda mais. Seus dedos finos acariciaram meu rosto e eu me arrepiei – Muito.
- Eu te amo – soprei sentindo de perto sua respiração falhar e seu coração acelerar – Muito – completei como ela havia feito.
- Me ama? – indagou.
Assenti.
- Amo.
- Louis... Eu também amo você – sua voz tremeu levemente. Minha pequena estava nervosa. Linda.
Eu a beijei. Suas mãos foram para o meu cabelo, minha língua tocou a sua e eu não podia mais me conter, nosso beijo ficou mais intenso nossas respirações ficaram intensas e falhas e os toques mais ousados, mas quando deixei seus lábios descendo os meus para o pescoço dela eu parei não porque fiquei com medo, mas queria que ela estivesse pronta para isso, era especial demais para que eu estragasse tudo por que não conseguia me controlar perto dela.
- O que foi? – ela quis saber me olhando confusa e ofegante.
- Nada – respondi, tentando me levantar, mas ela me impediu.
- Tomlinson, o que eu fiz de errado?
- Nada. Você não fez nada de errado, , é que... – suspirei – Não quero apressar você – confessei.
Ela riu.
- O que? – pedi sem entender aquela reação.
- Você é fofo, Louis. Eu quero você, e quero agora – disse sapeca.
- Tem certeza? – insisti receoso.
- Ai, Tomlinson, para com essa besteira, eu quero você – ralhou.
- Você é tão romântica – zombei.
- É, eu sei – revirou os olhos – Eu tenho certeza, eu quero ser sua – seus olhos castanhos fixos nos meus.
Meu coração parecia que sairia correndo do meu peito de tanta emoção que eu estava sentindo, ela queria ser minha, toda minha e eu queria ser dela eternamente e então eu a fiz minha ali mesmo naquela praia onde me apaixonei por ela, com o mar e o lindo pôr do sol como nossas únicas testemunhas.
Flashback Off
You know I'll be
Your life, your voice your reason to be
My love, my heart
Is breathing for this
Moments in time
I'll find the words to say
Before you leave me today
Ter em meus braços foi tão incrível que mesmo depois de algum tempo eu não conseguia acreditar que ela me amava e que tinha sido minha. A emoção foi tão diferente de todas que ela já tinha me dado, eu não sabia explicar, mas era bom, era muito bom... Mas a vida é uma caixinha de surpresa mesmo, porque foi em meio a tanta felicidade e a tanto amor que tudo desmoronou...
Flashback On
Quatro dias.
Há quatro dias que eu não tinha nenhuma notícia de , há quatro dias em que eu tentava entender o que tinha acontecido para que esse sumiço repentino acontecesse a quatro dias em que eu estava no escuro, nós estávamos bem tudo estava bem. Nada de brigas discussões ou palavras mal ditas.
Resolvi ir até a casa dela de uma vez, já que ela não me atendia nem aparecia na faculdade, nem mesmo Debby a melhor amiga dela não tinha notícias, aquilo estava muito errado.
Toquei a campainha da casa dos pais dela, por algum motivo estranho eu fiquei nervoso demais com a espera. Quando a porta foi aberta o semblante cansado de Meg a irmã mais nova de me deixou aflito.
- Louis! – sua voz não passava de um sussurro sôfrego que a qualquer momento se transformaria em choro.
- Oi, Meg – a cumprimentei estranhando – Er... A está eu preciso falar com ela – pedi.
A garota me olhou com tanta tristeza que eu comecei a ficar assustado.
- Oh, Louis! A ela...
- O que houve com a ? – perguntei.
- Ela não te contou, não é? – rebateu.
- Contou o que? – comecei a ficar desesperado.
- Entre eu vou te contar – ela pediu e assim eu o fiz não podia aguentar ficar sem notícias de desse jeito e se tinha um segredo que poderia clarear minha mente então eu queria saber.
Me sentei em um dos sofás grandes da sala dos , Meg fez o mesmo ao meu lado. Ela suspirou antes de começar me deixando ainda mais nervoso.
- Não entendo por que não te contou nada – ela murmurou confusa, olhando para o chão.
- Contar o que, Meg? Não estou entendendo nada – repliquei ainda mais confuso que ela e lá no fundo começando a me preocupar com essa revelação.
Meg suspirou antes de começar.
- A está doente, Louis.
- O quê? – meu coração disparou de uma forma que eu pensei que teria um ataque – Como assim doente? Ela não... O que ela tem? – minha voz tremeu.
- Ela tem leucemia, Louis – contou.
Não.
- Desde quando? – quis saber.
- Já faz alguns anos, ela já faz tratamento e estava tendo um bom resultado e nós ficamos tranquilos, mas... Há algumas semanas atrás o médico disse a ela que o tratamento não está mais sendo o suficiente e... – a voz dela falhou e as batidas do meu coração também.
- O quê? – pedi.
- Não tem mais nada que se possa fazer.
Puxei o ar com força, aquilo só podia ser mentira.
- Não – balancei a cabeça em negativo, eu não conseguia acreditar – Não pode ser – olhei para ela – Onde ela está?
- Louis...
- Onde ela está, Meg? – não a deixei falar, me levantei.
- Ela passou mal toda essa semana e ontem levamos ela para o hospital, ela não está nada bem, Louis – contou.
- Não é verdade – gritei assustando Meg que pulou no sofá.
- Louis, por favor – pediu ela.
- Ela não pode estar doente – meus olhos começaram a arder – Me diz que isso é uma brincadeira, ou só uma desculpa que ela pediu para que dissessem pra mim quando eu viesse procurá-la – implorei.
- Eu sinto muito – eu podia sentir o sofrimento dela, seus olhos estavam cheios de lágrimas – Não consigo entender por que ela não te contou, pedimos tanto para a fazer, e ela tinha nos prometido que iria contar – Meg continuava tentando me explicar, mas eu não queria explicação, não dela, tinha escondido aquilo e só provava que ela não confiava em mim de forma alguma, ela não me amava – Louis – a garota suspirou – Eu posso te dar o endereço do hospital em que ela está internada, vai gostar de te ver.
- Eu não vou vê-la – encarei Meg – Se não confiou em mim eu... – disse magoado.
- Louis, por favor...
A interrompi, não queria ouvi-la tentar me convencer, eu não iria aquele hospital.
- Já chega, eu não quero ouvir mais nada – me levantei depressa – Diga a que eu desisto – falei antes de sair daquela casa.
Eu só queria que aquilo tudo fosse mentira.
Flashback Off
Close the door
Throw the key
Don't wanna be reminded
Don't wanna be seen
Don't wanna be without you
My judgement clouded
Like the tonight sky
Hands are silent
Voices numb
Try to scream out my lungs
But it makes this harder
And the tears stream down my face
If we could only have this life for one more day
If we could only turn back time
Meu coração estava despedaçado, dilacerado. Por que aquilo tinha que acontecer?
A campainha não parava de tocar e eu já estava cansado de ouvi-la também, decidi me arrastar até a porta, e quando a abri Harry estava pardo do outro lado com as duas mãos apoiadas na parede.
- Pensei que tivesse morrido já que não abria essa droga de porta – ele já entrou reclamando, mas eu não lhe dei muita atenção e voltei para o sofá, agarrei a garrafa de Uísque e tomei mais um gole.
- O que você quer aqui, Harry? – perguntei grosseiro, Harry olhava minha sala e pela sua expressão não estava gostando do que estava vendo, já que aquele lugar pareceu ter sido abandonado, garrafas espalhadas pelo chão, sobre a mesinha de centro e eu jogado no sofá parecendo um trapo.
- Vim te buscar, você precisa ir até o hospital, precisa de você – fechei os olhos – Os médicos disseram que ela não...
- Eu não vou – o interrompi, eu não queria ouvi-lo terminar aquela frase.
- Louis, qual é o seu problema? – Harry me olhava furioso – A está naquele hospital precisando de você, seu imbecil e você está aqui se escondendo nesse apartamento feito um covarde.
- Harry, eu não posso – insisti, fraco por dentro.
- Covarde! – ralhou – É isso o que vai fazer abandonar a garota que dizia amar logo agora?
Enfiei os dedos no cabelo nervoso, Harry estava me irritando com toda aquela.
- Vai embora daqui, Harry – mandei, me controlando.
- Não vou. Não até você se levantar daí e ir até aquele hospital se despedir dela.
Meu coração estava dilacerado.
- Sai daqui – gritei, expulsando toda aquela raiva e a dor de mim, avancei sobre Harry que me manteve afastado dele sem esforço, eu estava fraco, não só fisicamente como também psicologicamente e emocionalmente.
- Por favor, Louis. Ela precisa de você – insistiu, desisti de lutar e desabei no chão e então o choro veio com toda a força.
- Eu não vou conseguir vê-la partir, não posso, Harry – confessei por cima do choro. Eu era sim um medroso, sempre fui e agora por que isso seria diferente?
- Mas você precisa, Louis, antes que seja tarde. Me diz, era esse amor que você dizia sentir por ela – ele continuou mexendo violentamente na ferida, eu não conseguia parar de chorar, e doía tanto porque Harry tinha razão, eu a estava abandonando e em um momento em que ela mais precisava de mim e do meu amor – Por favor, cara não deixe ir sem que tenha dito que a amava.
Levantei meus olhos para Harry, ele tinha razão. Eu já tinha tomado a decisão.
Flashes left in my mind
Going back to the time
Playing games in the street
Kicking balls with my feet
Theres a numb in my toes
Standing close to the edge
Theres a pile of my clothes at the end of your bed
As I feel myself fall
Make a joke of it all
Entrei no corredor e não demorei a avistar o senhor e a senhora e Meg, os três estavam abatidos e meu coração apertou-se ainda mais.
- Louis! – Meg foi a primeira a me ver, ela correu para mim e me abraçou – Que bom que você veio, ela não... – sua voz se perdeu e eu a apertei em meu abraço.
- Eu posso vê-la? – perguntei, Meg se afastou e olhou para a mãe e para o pai, assim como eu também. Eles deveriam estar morrendo de raiva de mim, e eu no lugar deles também estaria, que tipo de namorado eu fui?
- Claro – ele assentiu me surpreendendo, a mãe dela estava com os olhos vermelhos de tanto ter chorado a voz fraca.
Elas me levaram até o médico de que me autorizou a entrar. Nunca me senti tão fraco como quando entrei naquele quarto, estava deitada sobre a cama, a pele antes corada agora estava pálida, eu estava perdendo a minha garota.
Me aproximei da cama chorando outra vez, ela abriu os olhos e eu me debrucei sobre seu corpo frágil.
- Me perdoa! – supliquei – Eu te deixei sozinha.
- Shhh... – seus dedos acariciavam meu cabelo – Eu te amo, Louis.
Levantei meu rosto até o dela e segurei suas mãos mornas.
- Eu também te amo – soprei em sua boca.
- Eu quero sair daqui, por favor, Louis, me leva daqui – pediu, sua fala estava fraca e devagar.
- Mas...
- Por favor, quero ficar com você – insistiu – É meu último pedido.
Fechei os olhos com força, e olhei para as duas mulheres e os dois homens atrás de mim parados na porta, suplicando com o olhar para que eles me deixassem levá-la.
O médico respirou fundo.
- Tudo bem, mas só por duas horas – aceitou.
Senti apertar meus dedos e voltei a olhá-la.
- Me leve para a praia, Louis – pediu.
Ela queria que eu a levasse para o lugar aonde tudo tinha começado, aquilo doeria demais. O médico responsável por ela preparou tudo para a nossa saída, saiu em uma cadeira de rodas enrolada em um cobertor, o senhor fora dirigindo com a mulher ao seu lado. eu mantive em meus braços durante todo o percurso, Meg sentou-se ao nosso lado, eu não conseguia parar de chorar.
Quando chegamos, segurei nos braços e levei-a pela areia, ela iria se despedir de mim, no nosso lugar favorito.
You know I'll be
Your life, your voice your reason to be
My love, my heart
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Moments in time
I'll find the words to say…
Me sentei na areia, acomodei em meu corpo mantendo ela ali em meus braços aquela praia nunca foi perfeita, encostei meu rosto na cabeça dela, os pais dela e Meg decidiram ficar afastados, mas não tanto, eu podia ouvir o choro baixo da mãe dela.
- Esse lugar está ainda mais lindo desde a última vez que estive aqui – ela disse baixo com a voz fraca.
- Não tanto quanto você, linda – murmurei, sentindo aquele perfume que só ela tinha.
- Você sempre foi tão mentiroso – riu, apertei-a em meus braços.
- Eu nunca menti para você, – acariciei seus braços com meus dedos devagar – Sinto muito por todo esse tempo que fiquei longe – pedi aflito quebrando o breve silêncio que se instalou.
- Está tudo bem, você está aqui agora... É o que importa – rebateu.
O mar estava calmo e o sol já estava fraco no horizonte.
- Eu te amo tanto, – soprei – Não sei o que vou fazer sem você – confessei.
- Você vai ficar bem, Lou – seu tom soou tão firme que por um instante eu acreditei, mas como seria possível uma vida sem ela? – Louis?
Chamou baixo.
- Sim – respondi.
- Promete pra mim que vai me amar para sempre?
- ... – minha voz falhou, eu não iria conseguir – Como não poderia amar você, minha linda?
Beijei seus cabelos curtos.
- Eu vou te amar para sempre, Louis – prometeu.
Meu coração apertou-se outra vez, por que eu podia sentir que ela estava indo embora. Eu fui tão estupido por tê-la deixado sozinha todos esses dias, quando eu poderia ter aproveitado seus últimos dias, ter dito milhões de vezes que eu a amava e que ela tinha sido a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, mas eu fui covarde.
- Por que a vida tem que ser tão injusta com você... Com a gente? – resmunguei entre o choro que eu já não aguentava.
se remexeu um pouco.
- A vida não foi injusta, Louis... – levantou seus olhos lindos para mim – Ela me deu você. Meu melhor presente.
- Meu coração sempre será seu – prometi.
- E o meu sempre será seu, Tomlinson – riu baixo – Louis? – chamou devagar.
- Sim – murmurei.
- Canta para mim – o pedido mais doloroso, e em meio ás lágrimas cantei para ela.
- Beauty queen of only eighteen, she had some trouble with herself, he was always there to help her, she always belonged to someone else – enquanto eu cantava eu podia sentir sua respiração ficar mais fraca.
- Eu amo a sua voz, Louis… - sussurrou – Eu amo você.
A ajeitei em meu corpo, seus olhos fixos nos meus perdiam a intensidade aos poucos.
- I drove for miles and miles, and wound up at your door. I've had you so many times but somehow, I want more – ela sorriu, o sorriso mais doce que eu já tinha visto, toquei seu rosto com as pontas dos meus dedos - I don't mind spending everyday, out on your corner in the pouring rain. Look for the girl with the broken smile, ask her if she wants to stay awhile. And she will be loved – beijei seus lábios, ela fechou os olhos e contra sua boca soprei - She will be loved – lhei dei outro beijo suave – Eu te amo, – declarei, colocando todo o meu coração naquelas três palavras – Toda vez que eu vier para esse lugar eu vou me lembrar de você – observei o horizonte - E quando eu sentir a sua falta eu vou estar aqui e eu espero que você esteja aqui – o silêncio veio, olhei para ela, seus olhos estavam fechados – ? – tentei, mas foi em vão – Não, por favor – supliquei, mas já era tarde demais. Apertei seu corpo sem vida e chorei expulsando a dor do meu peito, escutei o choro dos três atrás de mim.
E foi em meus braços que ela havia partido, naquele lugar onde fizemos nossas juras de amor, onde o céu as estrelas e o mar foram testemunhas desse amor tão verdadeiro.
foi o meu ponto de luz mais perfeito e que para sempre eu amaria.
Before you leave me today.
Fim.
Nota da autora: Espero que tenham gostado assim como eu gostei escrever essa short. Um beijo e tchau.