Capítulo Único
Eu não poderia estar mais orgulhosa.
Assistindo a cerimônia de premiação da Copa do Mundo de 2018, eu não tinha forças para segurar as minhas lágrimas de felicidade.
Depois de uma primeira fase pouco convincente, a seleção francesa cresceu, consideravelmente, após a partida de oitavas de final disputada contra a Argentina e trilhou o seu caminho para o título.
O tão esperado bicampeonato.
Após a final perdida em 2006, para a Itália, com direito à expulsão de um dos maiores ídolos do futebol francês, Zinédine Zidane, a segunda estrela estava engasgada no inconsciente da população francesa.
A Eurocopa de 2016 foi outra grande decepção.
Perder em casa para a equipe de Portugal, sem Cristiano Ronaldo, não era nem sequer especulado pelos franceses.
Mas, depois de uma trajetória cheia de empecilhos, o título chegou.
Após derrotar a Croácia pelo placar total de 4x2, tivemos a coroação desse time tão jovem, mas cheio de grandes talentos.
Quatro gols da França, sendo dois dele.
.
Considerado o melhor jogador da final e o terceiro melhor jogador do campeonato.
O meu .
Marido maravilhoso e o melhor pai que eu poderia querer para os meus filhos.
૪
Uma chuva de papel picado caia em cima de nossa seleção, enquanto a taça dourada era, finalmente, erguida pelas mãos do nosso capitão Hugo Lloris.
Era oficial. Éramos campeões mundiais.
Em meio à comemoração, os olhos de meu marido me focalizaram e ele começou a caminhar em minha direção.
- Ganhamos, Ma chérie. - disse , ao chegar em minha frente, com os olhos marejados, antes de selar os nossos lábios e dar início a um beijo carinhoso.
- Vocês foram incríveis, Mon petit. - disse, partindo o beijo e abraçando-o fortemente. - Eu estou tão orgulhosa de você.
- Eu só conseguia pensar em vocês antes de cobrar a falta e, depois, o pênalti. - falou, fazendo referência aos lances que antecederam os seus gols. - O sorriso de vocês foi o que me impulsionou a ignorar a pressão de ter que ser decisivo em uma final de Copa do Mundo. - terminou, pegando um Theo e uma Méline inquietos, que já não conseguiam mais ficar parados ao meu lado, empolgados demais ao ver a aproximação do pai.
- Nós quatro gritamos feito loucos com seus gols. - disse, passando a mão em minha barriga já protuberante de 6 meses de gestação. - Esses dois até iniciaram uma discussão para decidir para quem você marcou. - falei, apontando para os meus filhos, que brincavam com a medalha dourada pendurada no pescoço de .
- Vocês fizeram isso mesmo, crianças? - perguntou , colocando ambos no chão, para logo em seguida agachar-se e deixar todos os três em uma mesma altura.
- Eu sou a mais velha, Papa! - disse, Meli, com uma carinha que demonstrava toda a sua indignação. - O primeiro gol foi meu! - completou, cruzando os bracinhos e encarando o irmão de forma emburrada.
- Pode ficar com o seu gol, Méline! - Theo falou, estirando a língua para a irmã. - Eu tenho um meu também!
- Epa, epa! Calma vocês dois. - apaziguou, . - Os dois gols são de vocês quatro. Ou vocês não acham que a mamãe e o Loan não merecem também? - disse, lembrando de mim e do caçula que estava em meu ventre.
- Você poderia ter feito mais gols, Papa! - falou Theo, com atrevimento.
- Theodore! - repreendi meu filho.
- Não é assim que funciona, seu bobo! - Meli respondeu, com tom de obviedade. - Ou você acha que o papai não queria fazer pelo menos um hat-trick? - finalizou, utilizando o termo que aprendeu com Paul Pogba, colega de time de meu marido e grande amigo da família, poucos dias atrás.
- Ei, vocês dois! - mais uma vez, interrompeu a implicância de nossas crias. - A Meli tá certa quando disse que não funciona assim, campeão. - falou, calmamente, encarando nosso filho do meio. - O papai queria fazer uns dez gols para vocês quatro e para os seus irmãos que ainda virão. - falou, piscando um olho para mim, e sorrindo largamente ao me ver fazer uma careta em resposta.
Fala sério, ainda não dei à luz nem ao que está em minha barriga e ele já pensa nos próximos?
- Contudo, hoje não deu. Você se importa em dividir esse seu gol? - perguntou, enfim.
- Não, papa! - disse, meu menininho, abrindo seu sorrisinho fofo. - A maman e o Loan não podem ficar sem gol! - respondeu, com exasperação.
- E você, Meli?
- Também não, papai! - respondeu, de forma meiga, a minha primogênita.
- Então, estamos todos resolvidos? - perguntou para nossos filhotes.
- Sim! - responderam ambos, em uníssono
- Ótimo! - exclamou , levantando-se com uma pequena careta por sentir suas pernas dormentes devido ao tempo agachado.
- Eu ainda fico impressionada com a sua paciência. - eu disse, beijando sua bochecha direita. - Nem parece aquele moleque marrento que eu conheci em uma matinê no centro de Paris. - disse, com implicância.
- Você também não me lembra muito aquela chatinha que adorava contestar tudo o que eu dizia. - replicou, sorrindo de lado, fazendo-me rolar os olhos para a sua provocação. - Na verdade... - tentou começar com mais uma de suas gracinhas - Outch, ! - exclamou, de forma dramática, após eu dar um soquinho em seu braço.
- Bobão! - estirei minha língua para , de forma infantil.
- Não pode, mamãe! - disse Theo, com tom de repreensão, puxando o tecido de minha camisa. - Tem que pedir desculpa pro papa não chorar! - completou, apontando para , que fazia uma cara forçada de choro.
- Você tá certo, filho. Não pode implicar, mas o seu pai só está brincando. - cutuquei meu marido idiota. - Não é, ? - perguntei, incisivamente
- Sim sim. - respondeu, rapidamente. - Papai tá brincando. - Olha vocês aí! - interrompendo nosso momento família, chegou Pogba, acompanhando de Mbappé, segurando a taça da Copa em suas mãos.
- Venham logo tirar uma foto com a nossa patroa! - completou o francês mais velho.
- Patroa? - indaguei, confusa com os termos utilizados por meu amigo.
- Patroa, ué. - quem me respondeu foi Kylian. - Nós trabalhamos apenas para ela e por ela. Somos os seus nobres servos.
- Okay... - respondi, questionando mentalmente o grau de sanidade de meus amigos. - Vem, ! , pega os seus filhos e se arrumem logo aqui! - Paul nos apressou.
- Mas isso não é contra o protocolo oficial? Tocar na taça sem ser campeão, de fato. - questionei, confusa, o meu marido, que, naquele momento, já guiava Méline e Theodore para se alinharem próximos à taça.
- Xiiiiiu, amor. - respondeu-me, colocando o dedo indicador em seus próprios lábios. - Só vem, . Vamos aproveitar o momento. Talvez não tenhamos outra chance... - disse tentando me convencer, após observar a minha hesitação.
- Se formos processados, eu não me responsabilizo por isso. - disse, finalmente me rendendo ao momento.
- Vamos, casal! Vocês são muito lentos! Nem parecem que vão dominar o mundo com a força da reprodução! - Pogba exclamou, colocando as mãos na cintura de forma cômica e, extremamente, exagerada.
Naquele momento, posando com minha família para o fotógrafo que Paul arrastou até ali e, muito provavelmente, quebrando alguns protocolos da FIFA, eu me senti completa. Aquele sentimento indescritível que irradiava o meu peito não poderia ser nada além de, simplesmente, felicidade.
Assistindo a cerimônia de premiação da Copa do Mundo de 2018, eu não tinha forças para segurar as minhas lágrimas de felicidade.
Depois de uma primeira fase pouco convincente, a seleção francesa cresceu, consideravelmente, após a partida de oitavas de final disputada contra a Argentina e trilhou o seu caminho para o título.
O tão esperado bicampeonato.
Após a final perdida em 2006, para a Itália, com direito à expulsão de um dos maiores ídolos do futebol francês, Zinédine Zidane, a segunda estrela estava engasgada no inconsciente da população francesa.
A Eurocopa de 2016 foi outra grande decepção.
Perder em casa para a equipe de Portugal, sem Cristiano Ronaldo, não era nem sequer especulado pelos franceses.
Mas, depois de uma trajetória cheia de empecilhos, o título chegou.
Após derrotar a Croácia pelo placar total de 4x2, tivemos a coroação desse time tão jovem, mas cheio de grandes talentos.
Quatro gols da França, sendo dois dele.
.
Considerado o melhor jogador da final e o terceiro melhor jogador do campeonato.
O meu .
Marido maravilhoso e o melhor pai que eu poderia querer para os meus filhos.
Uma chuva de papel picado caia em cima de nossa seleção, enquanto a taça dourada era, finalmente, erguida pelas mãos do nosso capitão Hugo Lloris.
Era oficial. Éramos campeões mundiais.
Em meio à comemoração, os olhos de meu marido me focalizaram e ele começou a caminhar em minha direção.
- Ganhamos, Ma chérie. - disse , ao chegar em minha frente, com os olhos marejados, antes de selar os nossos lábios e dar início a um beijo carinhoso.
- Vocês foram incríveis, Mon petit. - disse, partindo o beijo e abraçando-o fortemente. - Eu estou tão orgulhosa de você.
- Eu só conseguia pensar em vocês antes de cobrar a falta e, depois, o pênalti. - falou, fazendo referência aos lances que antecederam os seus gols. - O sorriso de vocês foi o que me impulsionou a ignorar a pressão de ter que ser decisivo em uma final de Copa do Mundo. - terminou, pegando um Theo e uma Méline inquietos, que já não conseguiam mais ficar parados ao meu lado, empolgados demais ao ver a aproximação do pai.
- Nós quatro gritamos feito loucos com seus gols. - disse, passando a mão em minha barriga já protuberante de 6 meses de gestação. - Esses dois até iniciaram uma discussão para decidir para quem você marcou. - falei, apontando para os meus filhos, que brincavam com a medalha dourada pendurada no pescoço de .
- Vocês fizeram isso mesmo, crianças? - perguntou , colocando ambos no chão, para logo em seguida agachar-se e deixar todos os três em uma mesma altura.
- Eu sou a mais velha, Papa! - disse, Meli, com uma carinha que demonstrava toda a sua indignação. - O primeiro gol foi meu! - completou, cruzando os bracinhos e encarando o irmão de forma emburrada.
- Pode ficar com o seu gol, Méline! - Theo falou, estirando a língua para a irmã. - Eu tenho um meu também!
- Epa, epa! Calma vocês dois. - apaziguou, . - Os dois gols são de vocês quatro. Ou vocês não acham que a mamãe e o Loan não merecem também? - disse, lembrando de mim e do caçula que estava em meu ventre.
- Você poderia ter feito mais gols, Papa! - falou Theo, com atrevimento.
- Theodore! - repreendi meu filho.
- Não é assim que funciona, seu bobo! - Meli respondeu, com tom de obviedade. - Ou você acha que o papai não queria fazer pelo menos um hat-trick? - finalizou, utilizando o termo que aprendeu com Paul Pogba, colega de time de meu marido e grande amigo da família, poucos dias atrás.
- Ei, vocês dois! - mais uma vez, interrompeu a implicância de nossas crias. - A Meli tá certa quando disse que não funciona assim, campeão. - falou, calmamente, encarando nosso filho do meio. - O papai queria fazer uns dez gols para vocês quatro e para os seus irmãos que ainda virão. - falou, piscando um olho para mim, e sorrindo largamente ao me ver fazer uma careta em resposta.
Fala sério, ainda não dei à luz nem ao que está em minha barriga e ele já pensa nos próximos?
- Contudo, hoje não deu. Você se importa em dividir esse seu gol? - perguntou, enfim.
- Não, papa! - disse, meu menininho, abrindo seu sorrisinho fofo. - A maman e o Loan não podem ficar sem gol! - respondeu, com exasperação.
- E você, Meli?
- Também não, papai! - respondeu, de forma meiga, a minha primogênita.
- Então, estamos todos resolvidos? - perguntou para nossos filhotes.
- Sim! - responderam ambos, em uníssono
- Ótimo! - exclamou , levantando-se com uma pequena careta por sentir suas pernas dormentes devido ao tempo agachado.
- Eu ainda fico impressionada com a sua paciência. - eu disse, beijando sua bochecha direita. - Nem parece aquele moleque marrento que eu conheci em uma matinê no centro de Paris. - disse, com implicância.
- Você também não me lembra muito aquela chatinha que adorava contestar tudo o que eu dizia. - replicou, sorrindo de lado, fazendo-me rolar os olhos para a sua provocação. - Na verdade... - tentou começar com mais uma de suas gracinhas - Outch, ! - exclamou, de forma dramática, após eu dar um soquinho em seu braço.
- Bobão! - estirei minha língua para , de forma infantil.
- Não pode, mamãe! - disse Theo, com tom de repreensão, puxando o tecido de minha camisa. - Tem que pedir desculpa pro papa não chorar! - completou, apontando para , que fazia uma cara forçada de choro.
- Você tá certo, filho. Não pode implicar, mas o seu pai só está brincando. - cutuquei meu marido idiota. - Não é, ? - perguntei, incisivamente
- Sim sim. - respondeu, rapidamente. - Papai tá brincando. - Olha vocês aí! - interrompendo nosso momento família, chegou Pogba, acompanhando de Mbappé, segurando a taça da Copa em suas mãos.
- Venham logo tirar uma foto com a nossa patroa! - completou o francês mais velho.
- Patroa? - indaguei, confusa com os termos utilizados por meu amigo.
- Patroa, ué. - quem me respondeu foi Kylian. - Nós trabalhamos apenas para ela e por ela. Somos os seus nobres servos.
- Okay... - respondi, questionando mentalmente o grau de sanidade de meus amigos. - Vem, ! , pega os seus filhos e se arrumem logo aqui! - Paul nos apressou.
- Mas isso não é contra o protocolo oficial? Tocar na taça sem ser campeão, de fato. - questionei, confusa, o meu marido, que, naquele momento, já guiava Méline e Theodore para se alinharem próximos à taça.
- Xiiiiiu, amor. - respondeu-me, colocando o dedo indicador em seus próprios lábios. - Só vem, . Vamos aproveitar o momento. Talvez não tenhamos outra chance... - disse tentando me convencer, após observar a minha hesitação.
- Se formos processados, eu não me responsabilizo por isso. - disse, finalmente me rendendo ao momento.
- Vamos, casal! Vocês são muito lentos! Nem parecem que vão dominar o mundo com a força da reprodução! - Pogba exclamou, colocando as mãos na cintura de forma cômica e, extremamente, exagerada.
Naquele momento, posando com minha família para o fotógrafo que Paul arrastou até ali e, muito provavelmente, quebrando alguns protocolos da FIFA, eu me senti completa. Aquele sentimento indescritível que irradiava o meu peito não poderia ser nada além de, simplesmente, felicidade.
Fim
Nota da autora: Parece que agora eu desembestei a escrever contos com jogadores de futebol ahahaha
Eu não sou muito fã do Griezmann, mas depois de não ter sido hexaltada nessa Copa, senti-me na necessidade em escrever algo que me fizesse um pouco mais próxima do título. Assim, acredito que colocar o Antoine como pp casou perfeitamente com o que eu tinha em mente. No mais, deixem um comentário aí embaixo, por favor! Um beijo e até a próxima <3
Outras Fanfics:
Ma Fierté (Esportes/Futebol - Shortfics)
Mon Trésor (Esportes/Futebol - Shortfics)
Qualquer erro no layout dessa fanfic, notifique-me somente por e-mail.
Eu não sou muito fã do Griezmann, mas depois de não ter sido hexaltada nessa Copa, senti-me na necessidade em escrever algo que me fizesse um pouco mais próxima do título. Assim, acredito que colocar o Antoine como pp casou perfeitamente com o que eu tinha em mente. No mais, deixem um comentário aí embaixo, por favor! Um beijo e até a próxima <3
Outras Fanfics:
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