02 - Best Christmas Ever

Finalizada em: 04/11/2017

Capítulo Único

Era o segundo Natal que os nove passavam juntos. Na verdade, era o primeiro Natal que null iria passar com os amigos. Os pais da menina se inspiraram em “Christmas With the Kranks” e aboliram o Natal. Decoraram a casa com a filha, montaram a árvore e até enfeitaram a fachada da residência com luzes e o tradicional boneco de gelo no telhado, mas subiram em um avião e quiseram aproveitar o verão do Caribe. Quando eles vieram com a ideia para a filha, alegando ser uma segunda lua de mel, após vinte e cinco anos de casados, a menina sentiu-se um gênio por aquilo ter passado pela sua mente. Convidaria a todos para o Natal em Harrow.
null e null haviam sido os primeiros a chegar. O garoto buscou a namorada que veio em um voo de Dublin para Heathrow e em cerca de meia hora estacionaram em frente da grande casa branca que a amiga morava com os pais.
- Presentes! – null ergueu os braços com as diversas sacolas que carregava quando a amiga abriu a porta.
- Mais presentes! – null deu uma voltinha como se ele fosse o presente.
- Ai, meu Deus – null pulou enquanto batia palmas – Você voou de Dublin só pra passar o Natal comigo, eu não tô acreditando nisso.
- Você resolveu passar o Natal do ano passado longe da gente – null deu de ombros – Não vai convidar a gente pra entrar, sem educação?
- Vem, vem, entrem – null tirou algumas sacolas do braço da amiga assim que ela entrou na casa – null, não vem por quê?
- Vocês não prestou atenção no belo presente de Natal que eu sou – o menino apontou para sua cabeça onde tinha um laço vermelho preso – Eu sou um presente.
- Muito bonito – null então abraçou o garoto – Estava com saudades de você, seu lindo – ela falou e então o amigo deu um beijo na bochecha dela, logo em seguida entrou na casa – Mas esse presente só a null pode desembrulhar.
- Muito bem desembrulhado por sinal – a garota levantou um dedo e respondeu ao pé da árvore, onde colocava as diversas sacolas que havia trazido.
- Amor, ninguém precisa saber detalhes da nossa intimidade.
- null – null então se virou e encontrou o garoto sentado no sofá – É a null!
- Tem certas coisas que eu não preciso saber obrigada, de nada – a menina se defendeu – E, por favor, eu sou uma menina pura!
- AH, TÁ BOM! – null falou no tom de voz mais alto que pode e logo começou a gargalhar – Eu sei o que você e o null fizeram na noite de estreia do filme.
null... null sentiu um aperto no peito ao ouvir o nome dele e mais ainda por saber que ele não estaria presente, de novo, no Natal com ela.
- Claro que não sabe, null – a menina desconversou – Vocês querem beber alguma coisa?
- Sei, eu sei, eu sei – o garoto então seguiu null até a cozinha.
- Sabe? – a garota se apoiou na porta da geladeira – Então fala.
- Erm, null – o garoto ficou sem graça – Você sabe o que vocês dois fizeram naquela noite.
- Você é ridículo! – a menina então voltou para a geladeira, mas virou novamente para ele – É só para seu consentimento, não foi só aquele dia – ela piscou para ele e virou novamente para o eletrodoméstico – Responde logo, o que você quer beber?
null estava boquiaberto sem reação com a confissão de null e a menina gritando com ele, mais uma vez naquele curto período de tempo que estava na casa dela, o despertou.
- Cerveja – ele deu de ombros – E seria um tanto quanto estranho vocês namorarem igual o século passado.
A menina então deu uma risada abafada e tirou uma garrafa longneck de dentro do refrigerador, entregando para o garoto.
- Você é de casa, não espere que eu te sirva a noite inteira – null empurrou a bebida contra o peito do garoto e foi saindo do cômodo – E o senhor está muito interessando nas minhas intimidades com o null.
- Me respeita, null! – o garoto voltou para a sala atrás dela, provocando.
- Acho que você me cansa, null – null deu a língua – null, como está tudo lá na Irlanda?
- Normal – ela deu de ombros – Depois do ano novo eu já vou voltar pra Manchester e pros meus laboratórios da vida.
- Todas vamos – null rolou os olhos – Eu vou mudar de quarto. Tô precisando de homem pra me ajudar na mudança. E aí, null. Rola ou não rola?
- Quem é homem aqui? – o menino olhou pela sala e então apontou para uma figura em gesso de um Papai Noel que a garota tinha em um aparador – Ele. Ele é homem.
- Ai, meu Deus – null escondeu o rosto em sua mão aberta – Você me envergonha, null.
- Tem gente em casa? – os três ouviram então alguém gritando e instantaneamente reconheceram a voz – Eu não consigo tocar a campainha.
- Ai, meu Deus, eu estou indo! – null cantarolou e seguiu para a porta. Ao abrir, encontrou seu melhor amigo carregado de caixas e sacolas em um braço enquanto no outro uma bandeja cheia de doces – !
- Linda! - o garoto sorriu ao ver o largo sorriso da amiga. Era como se fossem irmãos. Não eram nascidos do mesmo pai e da mesma mãe, nem moravam na mesma casa, mas eram irmãos que a vida colocou um no caminho do outro – Feliz Natal!
- Feliz Natal, amor da minha vida! – ela então pegou a bandeja da mão do menino – Entra que a casa é nossa.
- Cadê a mãe? – o menino, que já conhecia aquela residência como a palma de sua mão foi indo em direção a sala.
- Caribe, baby – null então colocou os doces em cima da mesa e então tirou alguns presentes da mão do menino, levando para a árvore – E o pai também.
- Espera pra eu ver se eu entendi – null levantou do sofá – Vocês chamam os pais um do outro, de pais?
- E de avó, de tio... Pra quem era filha única de repente eu passei a ter todas as princesas da Disney de irmã.
- E eu fiquei na mesma, só ganhei esse bagulho – null finalmente colocou os presentes de sua mão na árvore e estava livre, encontrando uma null de braços cruzados e bufando – Ai, meu Deus, que saudades de você – ele puxou a amiga pelo braço e a envolveu em um abraço, levantando-a do chão.
- Nós fomos fazer compras de Natal juntos na semana passada, null – ela então cedeu ao garoto e deu uma gargalhada alta.
- Mas como você é insuportável – o menino então colocou a garota no chão – Cadê o boiola do seu namorado?
- Com a mãe – null rolou os olhos – Não me levem a mal, eu a amo, mas eu queria ele junto comigo essa noite.
- Ai, essa senhora null – null então se jogou no sofá – Sempre mimando os filhos e os querendo embaixo da própria asa. Não tem problema, você tem a mim essa noite, que sou muito melhor do que ele.
- Vou ignorar esse comentário ridículo – null então sentou no sofá – Quer beber alguma coisa? – o amigo balançou a cabeça afirmativamente – Você sabe onde fica a geladeira.
- Mas isso é jeito de receber as pessoas em casa? Nossa mãe não te deu educação?
- A casa também é sua – null rolou os olhos – Alguém tem notícias do null e da null? E do null e da null?
- O null e a null... – null falou devagar, imitando a voz do amigo – Quem sabe eles chegam pra ceia de ano novo.
- Parece o null falando – null riu achando aquela imitação incrível – null deve estar chegando com a null. Ele foi até Brighton buscar ela, pra fazer bonito com a família da namorada, qualquer coisa assim, e logo ia vir.
- Brighton não é longe daqui.
- Trânsito perto de Heathrow – null explicou – Parece que o país inteiro ou tá chegando ou tá querendo sair da cidade.
A campainha tocou novamente e null pulou do sofá para atender. A menina arrumou o vestido que usava ao chegar à porta e então a abriu.
- Cheguei! – null, que estava com uma bandeja de batatas e vegetais animou quando viu a amiga – Estamos atrasados?
- Adivinha qual casal não está aqui? – ela então cumprimentou a amiga, retirando a bandeja da mão dela.
- O devagar do null e a null? – null fez exatamente como null havia feito alguns instantes atrás e null riu, concordando – Eles chegam pro ano novo.
null deu um cutucão em null ao ver null carregando a bandeja que antes null estava carregando.
- Só a gente não trouxe comida – ela sussurrou – Merda, como eu ia esquecer?
- Você veio de avião, amor – null pareceu não estar preocupado com o que a namorada lhe dizia – Como você ia embarcar com comida, mala, presentes e mais uma ceia de Natal.
- Você mora aqui e podia ter feito – a menina deu um sorriso amarelo e tocou o rosto dele, empurrando – O que eu vou falar pra null?
- Ela nem percebeu, null, não fica maluca com isso – o garoto abanou a mão para o casal que estava entrando na residência – E para de encarar o meu rosto procurando cravos.
- Mas tem um gostoso aqui – a menina se aproximou.
- Nem pense nisso, null – ele pulou para longe dela e a garota fingiu estar chateada. A voz de null os fez voltar à realidade em que estavam.
- Caramba, você e o null estão conectados hoje – ela deu passagem – Por favor, entrem!
- One Direction is here? – null falou com voz feminina quando null se virou para ele e null rolou os olhos.
- Ele veio de Brighton até aqui falando que ia ser a Veronica de novo.
- Quê? – null não sabia se olhava pra amiga ou pro menino com sacolas na sua frente.
- One Direction! You’re filming their new movie.
- Ah, isso – null gargalhou – Alguns deles devem estar por aí.
- Sure, I love new movies!null se virou para a porta encontrando null – Cara, tu não ta vestido de mulher por quê?
- Noite de Natal, me respeita – null rolou os olhos e assim como os demais anteriormente, colocou alguns presentes na árvore – E eu tô com a null, não é como se eu pudesse me transformar sempre que me der vontade.
- Ai, eu fico feliz de ser motivo pra alguma besteira não ser feita nesse relacionamento – a menina reclamou – Juízo é uma coisa que pelo visto, ele ainda tem.
- The real movie starsnull então se tocou do que havia acontecido e continuou com sua fala – I LOVE THE DIRECTION!
- Atrasado, null – null riu – Mas valeu a tentativa. Eu estou ficando com fome.
- Falta o casal marcha lenta.
- De qualquer forma, peru ainda não está pronto – a menina deu de ombros.
- Você tá cozinhando? – null colocou a mão na boca incrédulo – Eu quero saber se seu banheiro é bom, se você tem sal de frutas nessa casa, e o número da emergência mais próxima... Ah, e se todo mundo nesse recinto tem plano de saúde.
- Convido você pra minha casa pra você tirar sarro de mim, null? – null fingiu estar chateada e jogou uma almofada nele que desviou – Só porque eu queria uma noite de Natal entre pessoas queridas. E é assim que eu sou retribuída, muito obrigada.
- Ela e o null são feitos um pro outro – null gargalhou – Os dois são muito dramáticos.
- Nossa como você é engraçado. Há, há, há – null balançou a mão ao vento e fingiu uma risada – Alguém me lembra de não convidar o null a próxima vez.
- Deixa que eu anoto – null tirou o celular do bolso e fingiu digitar alguma coisa – Palhaços não são permitidos em festas de Natal – a menina então guardou o aparelho no mesmo local – Meu Deus, cadê a null e o null que o monstro que habita meu estômago ta urrando de fome.
- Nossa, amor... – null virou para ela assustado e colocou a mão na barriga da garota – Mas nosso filho ta reclamando tanto assim da falta de comida?
- O respeito é bom e ele tem que existir em um relacionamento, null null – null deu um leve tapa na mão do dele que arregalou os olhos, levando-a novamente para perto de seu corpo.
- Meu Deus, mas essas meninas estão de TPM hoje – null arregalou os olhos – E se o null não ta aqui pra curar a da null... Oh! – ele pôs as duas mãos na boca – Sobra pra mim?
- Você que quis ser meu irmão... Er, hora de arcar com as consequências – null abraçou o amigo e sentiu um beijo dele no topo de sua cabeça – Enfim, todos trouxeram roupa pra dormir aqui, certo? Não tem quarto suficiente pra todo mundo, mas a gente sempre dá um jeito.
- Ficou no carro – null concordou – E você sabe que a gente dorme em qualquer lugar, até estação de trem.
- Que noite maluca – null sorriu lembrando-se da noite na estação de Metz, na França – Acho que eu nunca tive tanto medo em toda a minha vida.
Levou mais cerca de meia hora no meio daquela conversa e lembranças da turnê pela Europa, até a campainha tocar novamente.
- Finalmente! – null gritou ao ouvir o sinal.
null correu pela última vez para a porta e ao abrir, encontrou null e null com chapeuzinhos de duende. Os dois abanavam a mão, enquanto na outra tinham algumas sacolas.
- Trouxemos arroz e fios de ovos – null estendeu o braço para null – Na sacola vermelha.
- Obrigada por virem – null pegou a sacola da mão do menino e abraçou os dois – Vocês estão uma graça de duendes.
- Ajudantes do Papai Noel – null riu e deu uma voltinha – Meu casaco vermelho está até combinando.
- E eu com calças verdes – null mostrou para null – Apesar de que eu pedi pra null vir de ajudante sexy do Papai Noel – null confidenciou quando a namorada se afastou e a amiga gargalhou.
- Meu Deus, esses amigos estão com muito fogo hoje – null comentou, lembrando do que null havia falado sobre ela e null anteriormente – Tenho medo do que essas paredes irão ouvir essa noite.
- Nada do que elas nunca tenham ouvido – null voltou e deu um beijo na bochecha da amiga, mostrando que tinha ouvido o que o namorado lhe falou – Oi, todo mundo!
- O que você quis dizer com isso, Gabi?
- Deixa quieto – null tentou abafar com seu largo sorriso e null negou com a cabeça, fechando-a atrás do menino que entrava.
- Marcel? Marceeel! – ouviu-se a voz de null vindo da sala.
- Oh – o menino arregalou os olhos e então começou a abanar a mão com um largo sorriso – Hiii – o menino entrou na sala fingindo que ajeitava os óculos inexistentes no rosto – Uai, cadê o nosso coreógrafo gay?
- Com a mamãe – null tirou sarro e tomou um tapa no topo da sua cabeça de null, que defendia o namorado – Já que todo mundo chegou, nós podemos finalmente ir para a ceia que eu preciso tirar a barriga da miséria?
- Venham todos para a mesa enquanto eu tiro o peru do forno – null apontou o lugar onde iriam comer e foi logo em seguida para a cozinha.
Depois de a garota colocar o que ela havia preparado na mesa, todos finalmente se juntaram em volta dela e fizeram uma oração para agradecer o ano que haviam passado, o que iria começar e as amizades e os relacionamentos. Tudo começou em um hotel na Bélgica onde elas passaram a ser as meninas mais sortudas do fandom. Hoje eram amigos, namorados, irmãos... Estavam todos entrelaçados.
Estavam no meio da ceia e null servia vinho para ela e as amigas, já que os garotos optaram por beber cerveja aquela noite, quando a campainha tocou, inesperadamente, novamente naquela noite. A garota achou estranho e olhou no relógio de pulso. Era quase meia noite. Não conseguia imaginar ninguém que poderia fazer uma aparição inesperada e também não havia chance de seus pais já terem voltado da viagem.
A menina então se levantou e caminhou em direção à entrada e quando abriu a porta, deu de cara com nada menos que o Papai Noel em sua casa. null, preocupado com a amiga, já que ela não esperava mais ninguém, observava ela da mesa e virou novamente dando de ombros quando a viu dar um sorriso.
- Feliz Natal, Papai Noel – ela estava achando graça naquilo, mas não conseguia imaginar quem estava por baixo daquela fantasia. Ela não se importou, devia ser uma boa alma com o espírito natalino extremamente aflorado que estava passando de casa em casa.
- Ho, ho, ho – o Papai Noel deu sua risada tradicional e então fez um sinal para que ela esperasse. Ela, mostrando-se bastante interessada concordou e logo a figura carismática pegou alguns cartazes que estavam no chão, aos seus pés. Então ele apontou para eles na sua frente.
– Leia! – a menina leu em voz alta o que está escrito e balançou a cabeça, mostrando que estava seguindo a linha de raciocínio.
A pessoa por baixo daquela roupa jogou o primeiro cartaz para o lado e abaixou novamente, dessa vez, apertando play em um som portátil que também estava por lá. Uma música calma de Natal começou e a menina então leu o cartaz novamente.

“Papai Noel também pode ser cupido, então eu vim a essa hora da noite trazer uma declaração.”

null cruzou os braços e deu uma risada, desviando o rosto. null não existia. Mesmo quando ele não estava com ela, ele dava um jeito de estar presente.

“Your hand fits in mine like it's made just for me.
But bear this in mind it was meant to be.”

Ela mal podia acreditar quando lia a letra de Little Things naqueles papéis, então Papai Noel jogou o que ela já havia lido no chão e continuou.

“And I'm joining up the dots with the freckles on your cheeks.
And it all makes sense to me.”

- Eu vou matar o null – ela sussurrou, apoiada na porta. Não precisava de muito pros seus olhos marejarem. Na primeira estrófe da música, eles já estavam cheios d’água.

“I know you've never loved the crinkles by your eyes when you smile.
You've never loved your stomach or your thighs.”

A garota balançou a cabeça concordando plenamente com a última frase e levou sua mão para a barriga, dando a língua. A primeira lágrima chata e insistente escorreu por sua bochecha e ela tratou de limpar rapidamente. Como queria que ele estivesse com ela.

“The dimples in your back at the bottom of your spine.
But I'll love them endlessly.”

- I won’t let these little things… – ela começou a cantarolar, crente que eram os versos do próximo cartaz, quando Papai Noel fez sinal para ela esperar e a garota achou estranho. Se null havia contratado alguém para usar aquela fantasia, quais eram as chances da pessoa ter se interessado em tomar conhecimento da música?

“I know you've never loved the sound of your voice on tape.
You never want to know how much you weigh.
You still love to squeeze into your jeans.
But you're perfect to me.”

null poderia ouvir Little Things milhares de vezes, principalmente se ela viesse direto da voz de seu namorado direto em seu ouvido. As lágrimas se tornaram espontâneas e escorreriam contra sua vontade.
- Papai Noel, traz ele pra mim? – a menina permitiu que as lágrimas escorressem pelo seu rosto como uma cachoeira, não ligando se iria borrar sua maquiagem.

“I’m in love with you, and all your little things.”

- Obrigada, Papai Noel – null sorriu e tentou limpar o rosto em vão – Ele pode não estar comigo, mas definitivamente, foi o senhor que trouxe o melhor presente pra mim.
A pessoa fantasiada então virou o outro cartaz.

“Espera! Papai Noel agora faz declaração de amor?”

Os olhos de null então enxergaram na esquina o carro preto que ela tanto conhecia, sem prestar atenção na imagem folclórica à sua frente. Papai Noel olhou para ver onde ela observava.
- Ai, meu Deus! – foram as únicas palavras que saíram da boca dela antes de suas duas mãos esconderem seu rosto completamente.
Não havia mais chances dela deixar se iria permitir que aquelas lágrimas continuassem a escorrer pelo rosto. Ele era o Papai Noel dela. Realmente, era o melhor Natal da vida dela.
Assim que a menina tirou a mão do rosto, seus olhos o viram. Já não usava mais gorro, nem tinha um monte de pedaços de algodão branco espalhados para o rosto. Com a cara lavada e o melhor de seus sorrisos, ele segurou o último cartaz.

“Eu te amo, null!”

- Feliz Natal, amor – o garoto sorriu e largou a última cartolina.
- null! – a menina falou em um murmuro e então pulou no braço do garoto, enroscando sua perna em volta do corpo dele, enquanto null a abraçava pela cintura, e o beijou carinhosamente.
null passava as mãos nas costas da namorada, enquanto ela estava com os dedos emaranhados pelo cabelo dele, quando uma voz atrapalhou os dois.
- Caramba, a null tá pegando o Papai Noel – null arregalou os olhos.
null e o namorado trocaram um olhar e logo os pés dela tocaram novamente o chão e se afastou com as mãos entrelaçadas na dele. Antes de olhar para o melhor amigo, seus olhos se direcionaram para cima do batente da porta e viu que o visco que sua mãe havia pendurado, ainda estava inteiro e recheado de frutos. null piscou para namorada que abriu a boca novamente aquela noite. Sra. null não havia colocado lá à toa. A mulher sabia dos planos de null.
- Papai Noel? – null, null e null se juntaram a null na porta.
- Caramba, é o null! – null riu e virou para dentro gritando – Gente, o null ta aqui vestido de Papai Noel.
- Cadê meu presente? – null esticou os braços como uma criança.
- Só eu tenho presente hoje – null então entrou na casa, puxando o namorado e se apoiou no ombro dele, beijando sua bochecha – O que te fez dirigir até aqui?
- Você – os olhos dele encontraram com os dela – Minha família entendeu que você é a garota da minha vida e a gente não podia passar mais um Natal longe.
null então olhou em volta. A mesa estava farta, a árvore cheia de presentes, seus pais estavam bem e se divertindo, e estava reunida de seus melhores amigos e namorado, fantasiado de Papai Noel. Todos estavam com ela naquela noite importante. A garota lembrou-se da oração de agradecimento feita anteriormente e um filme rápido da viagem pela Europa, no ano anterior, passou pela sua cabeça. Ela abriu os olhos vendo todos em volta da mesa rindo e sentiu-se abençoada. Talvez aquele tenha sido o melhor Natal de todos.





Fim.



Nota da autora: Segundo conto de quatro. Na linha do tempo da fanfic, esse conto se passa em Dezembro de 2013. Venho com a nota maior no último conto!



Nota da beta: Gente, o Liam fantasiado de papai noel fazendo surpresa pra ela foi a coisa mais fofinha que li! Estou matando as saudades de Eurotour, aaaaaa! <3

Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.
Para saber quando essa fic vai atualizar, acompanhe aqui.


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