Terceiro de uma série de quatro contos relacionados à fanfic Eurotour.
Capítulo Único
desceu no metrô e não precisou andar muitos quarteirões para chegar ao destino desejado. A rua calma em uma zona afastada do centro de Londres dizia que estava em uma região residencial onde poucos afortunados podiam ter sua casa própria. E por casa própria, ela dizia algo mais de vinte vezes maior que seu apartamento de 20m², em Earls Court. Mas não podia reclamar, seus pais a ajudavam nas despesas do aluguel e estava perto do seu trabalho. Ela não precisava de tanto conforto assim.
Ao virar a esquina, a casa térrea apareceu no fim da rua. Com um vasto jardim à sua frente, os dois andares completamente cheio de janelas grandes. balançou a cabeça em negação enquanto continuava seus passos. Ele sempre tinha mania de ostentar.
passou pelo portão aberto e atravessou o jardim bem cuidado com fontes. Ao alcançar a porta, tocou a campainha três vezes e não demorou para aquela voz conhecida e irritante, que ela tanto amava, vir de lá de dentro.
— Se não for a minha irmãzinha, pode dar meia volta e ir embora.
não se aguentou em gargalhadas. Não importa quantas vezes falasse, Louis sempre iria falar que ela era mais nova que ele. E a desculpa sempre seria que, não importa o que aconteça, ele sempre iria proteger ela como um irmão mais velho.
— É assim que você recebe as pessoas na sua casa? — foi o que ela perguntou quando a porta foi aberta e Louis apareceu com um bebê em seu colo — Ai, meu Deus, esse é o pequeno Freddie?
A garota logo tratou de tirar a criança de seis meses dos braços de Louis e adentrou a casa do melhor amigo, caminhando em direção ao sofá, largando sua bolsa dos ombros e brincando com o menino que ria para ela. Tinha um sorriso igual ao de Lou e o pequeno nariz ridiculamente fofo.
— Nós precisamos rever essa amizade. — comentou quando Louis sentou no sofá ao lado, após fechar a porta — Primeiro, eu descubro que você iria ser pai pelos tabloides. Depois você nem se digna a me mandar uma mensagem sobre isso. E pra acabar, eu só conheço seu filho com seis meses de vida. — ela abaixou os olhos e percebeu que Freddie brincava com seu colar — Mas é o neném mais lindo do mundo. Quem é o bebê mais lindo? É o Freddie! — brincou com o menino.
Louis suspirou. tinha razão de tudo o que falava. Quando descobriu que a mãe de Freddie estava grávida, uma das primeiras coisas que tinha que fazer, era recorrer à amiga. Mas o desespero bateu na porta dele.
— Eu senti a sua falta. — Louis murmurou e abriu um sorriso. — O último um ano e meio foi muito complicado. Só consegui levar porque eu sabia que em algum lugar desse mundo, eu tinha você.
— Você sabe que eu estou por aqui desde quando voltei do Brasil. Acabei a faculdade e vim embora para Londres para trabalhar. — sentiu um puxão e percebeu que ainda era Freddie com seu colar — Quer começar da onde?
Louis tirou o filho do colo da melhor amiga e o colocou em um cercadinho cheio de brinquedos que estava pela sala. Poderia conversar e observar o menino, sem que a melhor amiga ficasse com marcas no pescoço.
— De vez em quando você acerta em alguma coisa.
— Ahn? — Louis não entendeu, ao sentar no sofá ao lado dela, mas a viu apontando para o pequeno Freddie — Ah, ele. Foi à calmaria que me segurou nesses últimos meses.
— Fala tudo, Louis. Abra o seu coração e me diz tudo! — o incentivou.
— Tudo começou com o Zayn saindo da banda pelas razões erradas. A gente estava em tour na Ásia. Ele anunciou para todo mundo que queria ser um garoto normal, voltou pra Inglaterra, terminou o namoro com a , — se lembrava de acionando ela e para um Skype urgente — Foi embora para os Estados Unidos e lançou uma música. ! — Louis parecia que queria gritar ao lembrar daquilo — Era só falar que queria viver carreira solo. Que não gostava da nossa música. Não precisava apunhalar a gente pelas costas.
Em silêncio, balançava a cabeça de forma positiva. Zayn sempre foi o mais calado nos cinco.
— Você sabe que ele sempre foi o elo mais fraco nessa banda, Lou. Foi questão de tempo para a corda estourar pro lado dele.
— Estourar? Ele simplesmente cortou o elo que nos ligava e nos deixou no meio de uma turnê sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo. A gente precisou se adaptar sem ele. Mas paciência, ele que fique feliz no canto dele e não mexa com a gente.
— Exatamente. Se ele não quer mais ligação com vocês e tudo que viveram juntos, paciência. Vira a página, próximo tópico.
— A mãe do Freddie me procurou falando que estava grávida. — Louis balançou a cabeça em negação, mas com um sorriso nos lábios — Eu voei até Los Angeles, fiz todos os testes para comprovar e precisei anunciar para a família que eu seria pai.
— Para a família? Vimos que a sua família se resume aos seus seis irmãos de sangue. A postiça que você agregou não precisava ficar sabendo.
— … — Louis bateu na perna da amiga, que se sentou direito, e apoiou a cabeça na coxa dela — Se eu te contar que eu fiquei com medo de você gritar comigo, porque eu engravidei uma americana, o que você vai fazer?
— Rir da sua cara, Tomlinson! — beliscou o amigo que riu — Talvez eu fosse te chamar de irresponsável mesmo, mas é uma criança, seu filho. Talvez eu o ame mais do que eu te amo.
— Não esperaria menos de você.
Os dois trocaram um sorriso e lembrou do dia que ela precisou de colo, em plena Alemanha, quando Louis finalizou o show em Hamburgo e passou o resto da noite sentado no chão do hostel, acariciando a cabeça dela e falando que tudo iria ficar bem. A vida adulta e responsabilidades é uma droga, e só naquele momento ele percebeu o quanto sentia falta de sua melhor amiga.
— A mãe do Freddie é legal?
— Muito. Ter um filho com ela está sendo uma experiência incrível. Na época ela disse que eu não precisava assumir o filho, mas estava me contando porque eu tinha o direito de decidir aquilo.
— Se você não assumisse, nós teríamos muitos problemas, Louis.
— Eu teria problemas com muita gente. — ele riu — É a primeira vez que ele vem para a Inglaterra, sabia? Eu fui buscar ele semana passada para passar um tempo comigo.
— Ele é adorável, Lou. Nem parece que é seu filho.
— Você não é capaz de manter o nível da conversa sem me difamar, não é ?
— Até parece que você não me conhece. — ela deu de ombros — E como está sendo esse tempo que a banda está dando?
— Bom. Veio em uma hora boa. Foram cinco anos sem parar, viajando o mundo inteiro, gravando CD em quarto de hotel. Aí o Freddie nasceu. Pelo menos eu estou podendo me dedicar a ele sem toda a loucura.
— Ótimo, Lou. Pelo visto você está feliz. Depois de todo o caos, veio à calma, não é mesmo? — ele concordou — E a namorada?
— Está nos Estados Unidos. Você acredita que nós já brigamos por sua causa? — ele levantou e ergueu uma sobrancelha — Ela queria saber quem é a menina que está na maioria das minhas fotos nas redes sociais e no meu celular. Ela só acreditou que você era você, depois que minhas irmãs confirmaram, ela me pediu desculpas.
— Daqui a pouco eu sou tratada como pivô da separação do meu melhor amigo. Era só o que me faltava. — jogou a cabeça para trás dando uma gargalhada — Eu quero conhecê-la.
— Um dia vocês vão. Já falamos sobre mim, . Sua vez.
olhou de lado para ele e coçou a nuca.
— Eu me formei em Manchester, consegui um emprego em Londres, fim! — ela deu um sorriso amarelo para o amigo que rolou os olhos para ela.
— Fala comigo, irmãzinha. Como você está?
sabia que não tinha como fugir. Louis iria dar um jeito de tirar dela tudo o que estava guardado no fundo, escondido, para nunca mais mexer. E ela também sabia que o amigo fazendo isso, iria fazer tudo sair voando, e ela iria se sentir mais leve.
— O Liam vai ser pai. — ela comentou olhando as unhas — Você está sabendo de algo? Não vi fotos, mas estão especulando que a namorada dele está grávida.
Em vez de encarar como sempre fazia, Louis preferiu disfarçar o olhar e focar em Freddie, que brincava com algo em seu cercadinho.
— Lou, pode falar pra mim. Eu não sou mais criança, eu sei lidar com o fato de um ex-namorado ser pai. Até porque, fazem… Sei lá, mais de um ano que a gente terminou.
e Liam haviam terminado o relacionamento seis meses depois dela ter voltado do Brasil. A distância não havia feito o relacionamento esfriar, visto que ele foi ao país visitar ela, e ela o acompanhou pela América do Sul. Mas passou a faltar interesse da parte de Liam quando ela voltou para Manchester. Em uma noite em tour, Liam ligou dos Estados Unidos para confessar a primeira traição. Louis depois contou que aquilo virou rotineiro.
Então, quando ele voltou para a Inglaterra para o fim de ano, pôs um fim na relação. Com lágrimas nos olhos, pois ela ainda amava Liam, mas sentia que o relacionamento estava prendendo a vida dos dois acontecer. Ela sentia que sua vida estava parada, vivendo apenas para estudar e esperar a oportunidade de encontrar o namorado — que aparentemente estava vivendo sua vida como um homem solteiro.
— Lou, eu não sei em que condições esse bebê está vindo. Eu honestamente desejo muita felicidade pro Liam, pra namorada dele, e que essa criança chegue com muita saúde. Mas é bom, porque se ele tinha planos de, hipoteticamente, começar uma família cedo comigo, eu não poderia dar para ele isso. — soltou uma risada irônica — Eu mal dou conta de pagar o meu aluguel sem a ajuda dos meus pais. Imagina criar um bebê.
— Você sabe que não precisa viver de aluguel em um apartamento onde você mal consegue andar, .
— Não começa, Lou. — levantou a mão, dando um basta nas ideias do amigo. Sabia que se deixasse, ele iria comprar um apartamento em pleno Chelsea ou Battersea Reach para ela — Eu superei o Liam e as traições dele. Mas não vou mentir que é difícil ver seu ex-namorado sendo pai em breve.
— Mas você…
— Eu sei! — levantou e levou as mãos à cabeça, andando de um lado para o outro — Eu sei que eu acabei de falar que eu não tinha como começar uma família agora com ele. Mas ninguém falou sobre quando eu estiver com a vida fluindo, e não comendo Meal Deals do Tesco, para poder pagar as contas do mês. Mas passou! Eu estou bem, prometo!
— Nenhum namorado em vista? — ela riu e balançou a cabeça, negando — Ótimo, porque eu teria que fazer um interrogatório para saber quais seriam as intenções dele com a minha irmãzinha.
— Você não existe, Lou! — ela correu até o amigo e se jogou no colo dele, no sofá — Eu casei com o trabalho. Estou fazendo tudo o que eu sempre quis na vida. Se aparecer alguém por aí… Quem sabe?
— Eu sei. Não pode ser qualquer um não. Depois de um relacionamento com uma estrela mundialmente conhecida do pop, não é simplesmente um executivo de alto escalão que tem a permissão para namorar você. Quem sabe… Um jogador de futebol?
— Futebol? — levou uma mão ao queixo, fingindo que estava pensando — Futebol parece bom. Posso ouvir um amém?
— Amém! — Louis levantou as mãos ao alto e os dois riram — E as meninas, como elas estão?
— Nunca mais falei com a Gabi depois que eu voltei do Brasil. A está bem, voltou para Brighton e está trabalhando por lá. Agora a … Ela e o Niall noivaram secretamente. — não conseguiu não gargalhar da feição de abestado que Louis fez com aquela informação.
— Oh, Nialler…
— Pois é! Niall convidou eu e a para irmos até Dublin de surpresa para . Disse que como estávamos às três juntas quando o relacionamento deles começou, ele achava mais que justo que nós estivéssemos por perto para abençoar aquela união. E ele também está todo focado e dedicado na carreira solo. Niall não sabe viver sem música e sem .
Louis parou por um momento, pensando em todos os assuntos que ele e estavam conversando naquela tarde. Zayn saiu da banda e terminou com , ele se descobriu pai, o One Direction entrou de férias — e ele não acreditava que talvez essas férias tivessem um fim —, Liam e sua melhor amiga não estavam mais juntos, e ele ainda seria pai em breve. Niall estava em carreira solo e noivo do grande amor de sua vida. Harry estava por aí.
Quem imaginaria, três anos antes, que a vida estaria tão diferente e cada um tivesse tomado um rumo.
— A vida é estranha, não é? Se alguém me dissesse, lá em 2013, no dia que nos conhecemos em Paris, que em três anos, tudo o que a gente conversou, fosse acontecer, eu iria rir da cara da pessoa e mandar ela se tratar. E olha como estamos… Tudo tão diferente.
— Muita coisa aconteceu, Lou. E um dia eu ouvi uma frase que gostei muito. Tudo de ruim que acontece com a gente, é para melhorar. A gente não passou por momentos difíceis, mas que nos fez levantar a cabeça e estamos bem hoje?
— Nem fala! Quase caí de costas com a notícia de que eu seria pai do little lad ali.
— Imagino. Mas aposto que hoje você daria a vida por ele, estou errada?
— E você está errada alguma vez na vida, ? — ela piscou para o melhor amigo — Mas sabe uma coisa que não importa o que aconteça, não vai mudar? Eu e você. Você sempre vai ser a minha irmãzinha.
— E você sempre o irmão teimoso que não aprende que eu sou mais velha que você.
— Quer ser madrinha do Freddie?
“Even when the night changes, it will never change me and you.”
Ao virar a esquina, a casa térrea apareceu no fim da rua. Com um vasto jardim à sua frente, os dois andares completamente cheio de janelas grandes. balançou a cabeça em negação enquanto continuava seus passos. Ele sempre tinha mania de ostentar.
passou pelo portão aberto e atravessou o jardim bem cuidado com fontes. Ao alcançar a porta, tocou a campainha três vezes e não demorou para aquela voz conhecida e irritante, que ela tanto amava, vir de lá de dentro.
— Se não for a minha irmãzinha, pode dar meia volta e ir embora.
não se aguentou em gargalhadas. Não importa quantas vezes falasse, Louis sempre iria falar que ela era mais nova que ele. E a desculpa sempre seria que, não importa o que aconteça, ele sempre iria proteger ela como um irmão mais velho.
— É assim que você recebe as pessoas na sua casa? — foi o que ela perguntou quando a porta foi aberta e Louis apareceu com um bebê em seu colo — Ai, meu Deus, esse é o pequeno Freddie?
A garota logo tratou de tirar a criança de seis meses dos braços de Louis e adentrou a casa do melhor amigo, caminhando em direção ao sofá, largando sua bolsa dos ombros e brincando com o menino que ria para ela. Tinha um sorriso igual ao de Lou e o pequeno nariz ridiculamente fofo.
— Nós precisamos rever essa amizade. — comentou quando Louis sentou no sofá ao lado, após fechar a porta — Primeiro, eu descubro que você iria ser pai pelos tabloides. Depois você nem se digna a me mandar uma mensagem sobre isso. E pra acabar, eu só conheço seu filho com seis meses de vida. — ela abaixou os olhos e percebeu que Freddie brincava com seu colar — Mas é o neném mais lindo do mundo. Quem é o bebê mais lindo? É o Freddie! — brincou com o menino.
Louis suspirou. tinha razão de tudo o que falava. Quando descobriu que a mãe de Freddie estava grávida, uma das primeiras coisas que tinha que fazer, era recorrer à amiga. Mas o desespero bateu na porta dele.
— Eu senti a sua falta. — Louis murmurou e abriu um sorriso. — O último um ano e meio foi muito complicado. Só consegui levar porque eu sabia que em algum lugar desse mundo, eu tinha você.
— Você sabe que eu estou por aqui desde quando voltei do Brasil. Acabei a faculdade e vim embora para Londres para trabalhar. — sentiu um puxão e percebeu que ainda era Freddie com seu colar — Quer começar da onde?
Louis tirou o filho do colo da melhor amiga e o colocou em um cercadinho cheio de brinquedos que estava pela sala. Poderia conversar e observar o menino, sem que a melhor amiga ficasse com marcas no pescoço.
— De vez em quando você acerta em alguma coisa.
— Ahn? — Louis não entendeu, ao sentar no sofá ao lado dela, mas a viu apontando para o pequeno Freddie — Ah, ele. Foi à calmaria que me segurou nesses últimos meses.
— Fala tudo, Louis. Abra o seu coração e me diz tudo! — o incentivou.
— Tudo começou com o Zayn saindo da banda pelas razões erradas. A gente estava em tour na Ásia. Ele anunciou para todo mundo que queria ser um garoto normal, voltou pra Inglaterra, terminou o namoro com a , — se lembrava de acionando ela e para um Skype urgente — Foi embora para os Estados Unidos e lançou uma música. ! — Louis parecia que queria gritar ao lembrar daquilo — Era só falar que queria viver carreira solo. Que não gostava da nossa música. Não precisava apunhalar a gente pelas costas.
Em silêncio, balançava a cabeça de forma positiva. Zayn sempre foi o mais calado nos cinco.
— Você sabe que ele sempre foi o elo mais fraco nessa banda, Lou. Foi questão de tempo para a corda estourar pro lado dele.
— Estourar? Ele simplesmente cortou o elo que nos ligava e nos deixou no meio de uma turnê sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo. A gente precisou se adaptar sem ele. Mas paciência, ele que fique feliz no canto dele e não mexa com a gente.
— Exatamente. Se ele não quer mais ligação com vocês e tudo que viveram juntos, paciência. Vira a página, próximo tópico.
— A mãe do Freddie me procurou falando que estava grávida. — Louis balançou a cabeça em negação, mas com um sorriso nos lábios — Eu voei até Los Angeles, fiz todos os testes para comprovar e precisei anunciar para a família que eu seria pai.
— Para a família? Vimos que a sua família se resume aos seus seis irmãos de sangue. A postiça que você agregou não precisava ficar sabendo.
— … — Louis bateu na perna da amiga, que se sentou direito, e apoiou a cabeça na coxa dela — Se eu te contar que eu fiquei com medo de você gritar comigo, porque eu engravidei uma americana, o que você vai fazer?
— Rir da sua cara, Tomlinson! — beliscou o amigo que riu — Talvez eu fosse te chamar de irresponsável mesmo, mas é uma criança, seu filho. Talvez eu o ame mais do que eu te amo.
— Não esperaria menos de você.
Os dois trocaram um sorriso e lembrou do dia que ela precisou de colo, em plena Alemanha, quando Louis finalizou o show em Hamburgo e passou o resto da noite sentado no chão do hostel, acariciando a cabeça dela e falando que tudo iria ficar bem. A vida adulta e responsabilidades é uma droga, e só naquele momento ele percebeu o quanto sentia falta de sua melhor amiga.
— A mãe do Freddie é legal?
— Muito. Ter um filho com ela está sendo uma experiência incrível. Na época ela disse que eu não precisava assumir o filho, mas estava me contando porque eu tinha o direito de decidir aquilo.
— Se você não assumisse, nós teríamos muitos problemas, Louis.
— Eu teria problemas com muita gente. — ele riu — É a primeira vez que ele vem para a Inglaterra, sabia? Eu fui buscar ele semana passada para passar um tempo comigo.
— Ele é adorável, Lou. Nem parece que é seu filho.
— Você não é capaz de manter o nível da conversa sem me difamar, não é ?
— Até parece que você não me conhece. — ela deu de ombros — E como está sendo esse tempo que a banda está dando?
— Bom. Veio em uma hora boa. Foram cinco anos sem parar, viajando o mundo inteiro, gravando CD em quarto de hotel. Aí o Freddie nasceu. Pelo menos eu estou podendo me dedicar a ele sem toda a loucura.
— Ótimo, Lou. Pelo visto você está feliz. Depois de todo o caos, veio à calma, não é mesmo? — ele concordou — E a namorada?
— Está nos Estados Unidos. Você acredita que nós já brigamos por sua causa? — ele levantou e ergueu uma sobrancelha — Ela queria saber quem é a menina que está na maioria das minhas fotos nas redes sociais e no meu celular. Ela só acreditou que você era você, depois que minhas irmãs confirmaram, ela me pediu desculpas.
— Daqui a pouco eu sou tratada como pivô da separação do meu melhor amigo. Era só o que me faltava. — jogou a cabeça para trás dando uma gargalhada — Eu quero conhecê-la.
— Um dia vocês vão. Já falamos sobre mim, . Sua vez.
olhou de lado para ele e coçou a nuca.
— Eu me formei em Manchester, consegui um emprego em Londres, fim! — ela deu um sorriso amarelo para o amigo que rolou os olhos para ela.
— Fala comigo, irmãzinha. Como você está?
sabia que não tinha como fugir. Louis iria dar um jeito de tirar dela tudo o que estava guardado no fundo, escondido, para nunca mais mexer. E ela também sabia que o amigo fazendo isso, iria fazer tudo sair voando, e ela iria se sentir mais leve.
— O Liam vai ser pai. — ela comentou olhando as unhas — Você está sabendo de algo? Não vi fotos, mas estão especulando que a namorada dele está grávida.
Em vez de encarar como sempre fazia, Louis preferiu disfarçar o olhar e focar em Freddie, que brincava com algo em seu cercadinho.
— Lou, pode falar pra mim. Eu não sou mais criança, eu sei lidar com o fato de um ex-namorado ser pai. Até porque, fazem… Sei lá, mais de um ano que a gente terminou.
e Liam haviam terminado o relacionamento seis meses depois dela ter voltado do Brasil. A distância não havia feito o relacionamento esfriar, visto que ele foi ao país visitar ela, e ela o acompanhou pela América do Sul. Mas passou a faltar interesse da parte de Liam quando ela voltou para Manchester. Em uma noite em tour, Liam ligou dos Estados Unidos para confessar a primeira traição. Louis depois contou que aquilo virou rotineiro.
Então, quando ele voltou para a Inglaterra para o fim de ano, pôs um fim na relação. Com lágrimas nos olhos, pois ela ainda amava Liam, mas sentia que o relacionamento estava prendendo a vida dos dois acontecer. Ela sentia que sua vida estava parada, vivendo apenas para estudar e esperar a oportunidade de encontrar o namorado — que aparentemente estava vivendo sua vida como um homem solteiro.
— Lou, eu não sei em que condições esse bebê está vindo. Eu honestamente desejo muita felicidade pro Liam, pra namorada dele, e que essa criança chegue com muita saúde. Mas é bom, porque se ele tinha planos de, hipoteticamente, começar uma família cedo comigo, eu não poderia dar para ele isso. — soltou uma risada irônica — Eu mal dou conta de pagar o meu aluguel sem a ajuda dos meus pais. Imagina criar um bebê.
— Você sabe que não precisa viver de aluguel em um apartamento onde você mal consegue andar, .
— Não começa, Lou. — levantou a mão, dando um basta nas ideias do amigo. Sabia que se deixasse, ele iria comprar um apartamento em pleno Chelsea ou Battersea Reach para ela — Eu superei o Liam e as traições dele. Mas não vou mentir que é difícil ver seu ex-namorado sendo pai em breve.
— Mas você…
— Eu sei! — levantou e levou as mãos à cabeça, andando de um lado para o outro — Eu sei que eu acabei de falar que eu não tinha como começar uma família agora com ele. Mas ninguém falou sobre quando eu estiver com a vida fluindo, e não comendo Meal Deals do Tesco, para poder pagar as contas do mês. Mas passou! Eu estou bem, prometo!
— Nenhum namorado em vista? — ela riu e balançou a cabeça, negando — Ótimo, porque eu teria que fazer um interrogatório para saber quais seriam as intenções dele com a minha irmãzinha.
— Você não existe, Lou! — ela correu até o amigo e se jogou no colo dele, no sofá — Eu casei com o trabalho. Estou fazendo tudo o que eu sempre quis na vida. Se aparecer alguém por aí… Quem sabe?
— Eu sei. Não pode ser qualquer um não. Depois de um relacionamento com uma estrela mundialmente conhecida do pop, não é simplesmente um executivo de alto escalão que tem a permissão para namorar você. Quem sabe… Um jogador de futebol?
— Futebol? — levou uma mão ao queixo, fingindo que estava pensando — Futebol parece bom. Posso ouvir um amém?
— Amém! — Louis levantou as mãos ao alto e os dois riram — E as meninas, como elas estão?
— Nunca mais falei com a Gabi depois que eu voltei do Brasil. A está bem, voltou para Brighton e está trabalhando por lá. Agora a … Ela e o Niall noivaram secretamente. — não conseguiu não gargalhar da feição de abestado que Louis fez com aquela informação.
— Oh, Nialler…
— Pois é! Niall convidou eu e a para irmos até Dublin de surpresa para . Disse que como estávamos às três juntas quando o relacionamento deles começou, ele achava mais que justo que nós estivéssemos por perto para abençoar aquela união. E ele também está todo focado e dedicado na carreira solo. Niall não sabe viver sem música e sem .
Louis parou por um momento, pensando em todos os assuntos que ele e estavam conversando naquela tarde. Zayn saiu da banda e terminou com , ele se descobriu pai, o One Direction entrou de férias — e ele não acreditava que talvez essas férias tivessem um fim —, Liam e sua melhor amiga não estavam mais juntos, e ele ainda seria pai em breve. Niall estava em carreira solo e noivo do grande amor de sua vida. Harry estava por aí.
Quem imaginaria, três anos antes, que a vida estaria tão diferente e cada um tivesse tomado um rumo.
— A vida é estranha, não é? Se alguém me dissesse, lá em 2013, no dia que nos conhecemos em Paris, que em três anos, tudo o que a gente conversou, fosse acontecer, eu iria rir da cara da pessoa e mandar ela se tratar. E olha como estamos… Tudo tão diferente.
— Muita coisa aconteceu, Lou. E um dia eu ouvi uma frase que gostei muito. Tudo de ruim que acontece com a gente, é para melhorar. A gente não passou por momentos difíceis, mas que nos fez levantar a cabeça e estamos bem hoje?
— Nem fala! Quase caí de costas com a notícia de que eu seria pai do little lad ali.
— Imagino. Mas aposto que hoje você daria a vida por ele, estou errada?
— E você está errada alguma vez na vida, ? — ela piscou para o melhor amigo — Mas sabe uma coisa que não importa o que aconteça, não vai mudar? Eu e você. Você sempre vai ser a minha irmãzinha.
— E você sempre o irmão teimoso que não aprende que eu sou mais velha que você.
— Quer ser madrinha do Freddie?
“Even when the night changes, it will never change me and you.”
Fim.
Nota da autora: Sem nota.
Nota da beta: Quantas coisas aconteceram, Liih! Triste demais isso, mas trouxe bem a realidade do 1D hoje em dia, né? Me preparando psicologicamente para o último conto 3
Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.
Para saber quando essa fic vai atualizar, acompanhe aqui.
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