Capítulo Único
12 de Junho
10:10
10:10
null balançava a perna de maneira frenética, ansiando para o início do intervalo das aulas da manhã, já que ela teria que passar o dia todo naquele inferno chamado colégio. A garota desenhava estrelas e corações no caderno enquanto esperava os dez minutos que faltavam.
— null null? — O coração da moça gelou ao ouvir seu nome ser pronunciado pela coordenadora que tinha acabado de entrar na sala. Não tinha feito nada de errado, tinha? A garota olhou para a mulher que estava na porta e ficou aliviada por Ana Cristina não estar com uma cara de brava. — Tem uma encomenda pra você lá na recepção!
null queria beijar a pessoa que tirou ela de sala antes do tempo. Ao descer as escadas, lembrou-se que hoje era o dia mais esperado dos casais, dia dos namorados, e o pátio do colégio tinha corações apaixonados por quase todo lado. null sempre quis ganhar um buquê no colégio e fazer as pessoas cochicharem sobre aquilo, mas aquele era seu último ano e não estava namorando, então era melhor estender o sonho para a faculdade. Só que para a surpresa da garota, um florista com um lindo buquê de rosas vermelhas e brancas a esperava na guarita.
— null? — Ela concordou com a cabeça sem conseguir pronunciar nada. Aquilo só podia ser alguém brincando com ela. — Pediram para te entregar.
O rapaz passou os flores para a moça, que agradeceu ainda boquiaberta. Entre as rosas tinha um bilhete dourado, que ela logo o pegou para ler.
PS: Ainda tem mais surpresas.
ASS: null null”
Um sorriso se formou no rosto da menina, ele só podia ser louco. Ela e null nunca namoraram de fato, por mais que agissem como, era algo mais para “amizade com benefícios” ou “estamos juntos, porém não assumidos”, só que eles sempre deixaram claro que tinham sentimentos um pelo outro. Era difícil de explicar a relação dos dois.
Quando voltou para o pátio, o sinal já tinha tocado, e logo foi abordada por suas amigas.
— Quem foi que mandou?
— Você está namorando?
— Está escondendo as coisas agora?
— Pera, meninas! — null pediu tentando conciliar as coisas, ainda desnorteada com a surpresa. — não estou namorando e nem estou escondendo nada!
— E essas flores? — Maria Luisa perguntou cruzando os braços, como se dissesse “ata, estou acreditando”.
— Foi uma surpresa, mas não estou namorando.
A garota subiu para deixar o buquê na sala da coordenadora e depois teve que aturar suas amigas encher o saco o resto do dia.
12 de junho
17:40
17:40
Assim que pessoa saiu pelo portão do colégio, depois de um tinha inteiro de aula, se deparou com null Marx, sua melhor amiga, a esperando.
— Muito lindo esse buquê! — Foi a primeira coisa que ela disse assim que a menina se aproximou.
— Você está por trás disso, não está? — A garota perguntou com a mão livre na cintura, desacreditada.
— Não sei de nada! — Marx colocou as mão em forma de redenção. — mas ele me deu uma missão, então vem comigo!
— Ah, não!
— Para de reclamar, null!
As duas andaram até um apartamento no fundo do colégio, onde null morava. null era dois anos mais velha que null, tinha dezoito, se conheceram por conta de amigos em comum e logo se tornaram próximas. null era de fora e veio para a cidade pra fazer a faculdade.
Ao chegar na casa dela, null colocou o buquê e a bolsa na mesa e se jogou no sofá, derrotada depois de onze aulas.
— O que ele está aprontando? — Perguntou enquanto observava a menina largar as coisas da faculdade pelo apartamento.
— Eu não sei!
— null…
— Realmente não sei, null! — A mais velha olhou para ela de forma sincera. — ele só pediu para te pegar no colégio, mandar você se arrumar e depois te deixar na casa dele. — null assistiu a amiga lista cada coisa nos dedos. — mas não me deu motivos, então não interrogue!
— Vocês são chatos, sabem que eu odeio surpresas, fico ansiosa!
— Fala isso para ele quando chegar lá, agora levanta a bunda daí e vai tomar banho, você ta fedendo a suor!
— Tô nada, estou cheirosinha! — null disse cheirando a blusa da farda, não estava fedendo tanto assim. — só um pouquinho, vai!
— Você passou o dia todo com essa roupa e ainda andou no sol quente, quer enganar a quem? — null pousou as mãos na cintura, fazendo null se lembrar da mãe.
— Eu tenho que avisar a dona Magareth, senão ela fica doida!
— null, sua mãe já foi avisada!
— Quê? Todo mundo sabia disso?
— Banho, null, só vai se arrumar. — null apontou para a porta do banheiro, lugar onde a mais nova estava segundos depois.
Aproveitou o banho para pensar, a forma com que as gotas de água escorriam quente pela sua pele a fazia relaxar. Foi um dia intenso e essa saída de noite seria ótimo para poder deixar sua mente longe da pressão que era ser uma aluna do terceiro ano.
Ao sair do cubículo, foi em direção ao quarto de null, se deparando com uma amiga com cara de confusa.
— Que foi?
— Tava pensando no que você deve vestir.
— Roupa, talvez! — null brincou encarando as roupas que estavam na cama também. — Que tal a saia?
— Gostei!
12 de Junho
19:13
19:13
Era quase sete e quinze da noite quando o carro de null estacionou em frente a casa dos null, o coração de null estava na mão de tanto nervosismo. No final de tudo, tinha decidido usar uma saia jeans e um cropped azul escuro, e agora estava ali parada naquele automóvel.
— Não vou abrir a porta para você! — Marx falou e a menina mostrou a língua.
— Já estou indo! — Disse abrindo finalmente a porta do carro. — Obrigada, null!
— Me liga pra contar tudo depois! — Foi última coisa que null ouviu sua amiga falar antes de dar partida do carro.
Parada na frente da casa, null contou de um até dez varias vezes tentando controlar sua ansiedade, mataria null por deixá-la assim. O rapaz morava em um condomínio e por conta disso a casa não tinha muros, apenas uma porta enorme de vidro, porém não conseguia ver o interior da casa por conta da cortina. Tomou coragem e andou até a entrada da casa, ao abrir a porta se deparou com um ambiente parcialmente escuro iluminado por um caminho de lâmpadas em formato de velas, andando um pouco, percebeu que tinha uma foto dos dois e uma cartinha coladas na parede. Seu coração já estava a mil novamente e dessa vez ela não sabia como controlar. Despregou os dois da parede e abriu a cartinha para ler.
A foto foi no quarto dele, estávamos jogando no xbox e null achou melhor “guardar tecnologicamente” o momento.
Já com a visão meio embaçada pelas lembranças, continuou o caminho até encontrar mais uma foto e um bilhetinho, null só podia está de brincadeira!
A foto era de uma festa que ele a tinha puxado para ir, na casa de um amigo dele que mais tarde se tornou amigo dela também. Com esse pequeno relacionamento, eles estavam sempre juntos em todos os lugares. Quando null dormia na na cada de null, às vezes, de madrugada, iam no Bob’s, que era 24hrs, quando estavam com fome ou para qualquer outro lugar; o intervalo entre a noite e a manhã era, definitivamente, o momento do dia favorito deles.
Andando mais um pouco, antes de subir a escada tinha outra foto, em que essa fez careta porque ela estava horrível, com outro bilhete.
Lágrimas rolavam pelo rosto da garota, null sempre soube o quanto ela era apaixonada por ele e o garoto sempre fez questão de demonstrar que o sentimento era recíproco. Na foto, null estava com os cabelos bagunçados e com uma cara de “sofrida”, mas sorrindo como ele. null sempre a arrancava os melhores sorrisos. Subiu as escadas, seguindo as velas artificiais, e já no topo tinha outra foto com outro bilhete.
A foto era do dia em que eles se “resolveram”, null estava com o rosto no pescoço do rapaz, que sorria como nunca. Andou mais um pouco pelo corredor até parar na frente da porta do quarto do garoto, onde as velas acabavam; Já na porta esbranquiçada, tinha apenas um bilhete. Respirou fundo antes de ler.
null não esperou mais nenhum segundo para abrir a porta, dando de cara com ele. null null pousava as mãos no bolso da calça jeans que usava, no quarto havia balões vermelho por todo canto e atrás dele tinha tinha uma bexigas douradas escrito “Quer namorar comigo?” . Quando ele a encarou, lágrimas voltaram a desceram pelo rosto da menina, adeus maquiagem, e a única coisa que null pensou naquele momento é o quanto amava aqueles olhos, aquela boca, aquele rosto, o quanto amava ele
. Correu em direção ao rapaz, passando por cima de todas as bolas de assopro, colando seus lábios delicados nos dele, logo null contornou a cintura da menina aprofundando o beijo.
— E então? — null perguntou quando se largaram por conta da falta de ar.
— Ainda preciso responder? — O garoto sorriu em resposta, antes de voltar a grudar os lábios nos da garota mais uma vez.
FIM
Nota da autora: Opa amores, espero que tenham gostado! É um romance bem agua com açucar, me inspirei no pedido de namoro da minha prima hahaha.
Vejo vocês por ai, xoxo <3
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Vejo vocês por ai, xoxo <3









